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O Ministério Público de São Paulo deverá propor um pacto às empresas suspeitas de participar do cartel de trens entre 1998 e 2008, nos governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB. Pelo acordo, as empresas se comprometerão a pagar valores relativos a supostos prejuízos ao Tesouro em contratos de manutenção e aquisição de vagões ou sofrerão medida radical: ações judiciais de dissolução.

A medida tem sido discutida internamente entre integrantes da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social, braço do Ministério Público que investiga improbidade e desvios.

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Um grupo avalia que o melhor caminho é fazer esse termo de ajustamento de conduta com as empresas citadas no acordo de leniência da Siemens com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e contra as quais tenham surgido provas de conluio em negócios do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

A base para pedido de dissolução são os artigos 50 e 51 do Código Civil, que poderão dar amparo a eventual investida à empresa Alstom em outra apuração, sobre cartel de energia no governo paulista, gestão Covas.

Esse tipo de procedimento é adotado pelo Ministério Público quando não cabe mais uma ação por improbidade contra investigados. Nos casos dos cartéis dos transportes e da energia a maior parte dos contratos sob suspeita foi firmada no fim dos anos 90 e início dos anos 2000, período alcançado pela prescrição - na prática, esgotou-se o tempo para punição dos envolvidos. A saída, então, é ingressar com ação civil pública.

As primeiras denúncias sobre cartel chegaram em 2008 ao Ministério Público. Dois anos depois, a promotoria entrou com ação cautelar de sequestro de valores dos investigados no cartel de energia, inclusive o ex-chefe da Casa Civil de Mário Covas, Robson Marinho, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. A apuração sobre o cartel de trens ganhou fôlego a partir do acordo de leniência da Siemens com o Cade, de 2013.

O artigo 50 do Código Civil prevê que "em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica".

O artigo seguinte diz: "Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua".

A Alstom informou que "está colaborando" e reafirmou que "trabalha em obediência a um rígido código de ética, definido e implementado por sérios procedimentos, de maneira a respeitar todas as leis e regulamentações dos países em que atua".

A Polícia Federal também investiga o cartel, além do pagamento de propina a agentes públicos. O caso está no Supremo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Promotores de Justiça entregaram ontem, 12, à presidência da Assembleia Legislativa em São Paulo documento com 105 mil assinaturas contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 01/13, que concentra nas mãos do procurador-geral de Justiça poderes para investigar por improbidade prefeitos, secretários de Estado e deputados estaduais. De autoria do deputado Campos Machado, líder do PTB na Assembleia, a PEC 01 poderá ser votada amanhã, 14.

"Somos contrários à PEC 01 porque concentra toda a investigação nas mãos do procurador-geral, inviabilizando a efetividade do trabalho", diz Felipe Locke Cavalcanti, presidente da Associação Paulista do MP. "Seria uma medida contraproducente. Em dois Estados em que vigora esse modelo é muito reduzido o número de ações por improbidade."

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Campos Machado afirma que a emenda não tira poderes do Ministério Público. "É a PEC da dignidade, muitos prefeitos têm medo de perseguições."

Em junho, avalia o petebista, a PEC teria sido aprovada. Ante as manifestações populares, poderá sofrer um revés. "Eu não posso entrar numa luta como Tristão e sair como Isolda", disse o líder do PTB. Ele aponta para o fato de o Partido Ecológico Nacional (PEN) ter lançado em seu site Locke Cavalcanti como "pré candidato (da legenda) governador/SP". "Toda essa celeuma é para ganhar visibilidade para disputar cargo político? Seria inacreditável."

Locke disse que não se filiou a nenhuma agremiação. "Eles (PEN) fizeram convite, fiquei lisonjeado. É um elogio ao nosso trabalho, mas não respondi nem sim, nem não. Eu não estou filiado a nenhum partido. Recebi vários convites, não foi só do PEN. Não fechei a porta, mas não aceitei porque não é nem o momento."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mal superou a batalha da PEC 37, o Ministério Público concentra agora suas forças e influência para derrubar outra proposta de emenda à Constituição, a PEC 75/11, que ameaça a vitaliciedade da carreira porque prevê demissão de promotor e procurador pela via administrativa, sem decisão judicial. De autoria do senador Humberto Costa (PT-PE), a PEC faz parte do lote de 17 projetos que, na semana passada, sob pressão das ruas, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), rotulou como prioritário, a ser votado em regime de urgência.

O Ministério Público vê na emenda risco à independência da instituição. Sustenta que a garantia da vitaliciedade cairá porque a emenda prevê demissão de promotor pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), mesmo sem eventual condenação judicial definitiva. Ante a ofensiva do MP, Costa disse que vai sugerir ao presidente do Congresso que não coloque já em votação sua PEC.

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"A proposta é inconstitucional", afirma o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, em nota técnica enviada nesta segunda-feira aos senadores. "A vitaliciedade constitui garantia do membro do Ministério Público, que impede a perda do seu cargo senão por decisão judicial transitada em julgado."

Elias Rosa destaca que "a possibilidade de demissão de promotor ou procurador por decisão administrativa do CNMP é incompatível com a vitaliciedade, o sistema de direitos e garantias individuais e a divisão funcional do poder, na medida em que esse agente cumpre a importante função de defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis".

O senador diz que é contra a votação rapidamente. "As ruas estão cobrando, mas não podemos fazer uma discussão e votação meio a toque de caixa. Eu me manifestei publicamente, várias vezes, contra a PEC 37, inclusive na Comissão de Constituição e Justiça", observou, em alusão à emenda que alijava os promotores das investigações de âmbito criminal. Costa afirma que a redação atual do artigo 130 da Constituição prevê que compete ao CNMP o controle do cumprimento dos deveres funcionais dos promotores e procuradores, podendo, inclusive, avocar processos disciplinares e impor sanções. "A legislação tem tornado excessivamente burocrática a aplicação das penalidades, além de não prestigiar o Conselho do MP."

Ele defende que eventual demissão de promotor possa se dar administrativamente, "mas poderia ser questionada judicialmente". Afirma que sua intenção não é derrubar prerrogativas, mas sustenta: "A vitaliciedade presta-se a garantir a independência e a imparcialidade do Ministério Público e do Judiciário, não podendo de forma alguma servir de abrigo seguro aos membros. É prerrogativa, não é um privilégio."

Pétrea

O senador é autor de outra PEC que pede o fim da pena de aposentadoria para magistrados. "Há casos de corrupção e a pena proposta é a aposentadoria. Isso não é isonômico com o resto dos servidores. Precisa haver uma satisfação à sociedade. Quero eliminar esse absurdo, aberração."

"Querem enforcar o Ministério Público", reage a promotora Norma Angélica Cavalcanti, presidente em exercício da principal e mais influente entidade da classe, a Associação Nacional dos Membros do MP (Conamp). "O que o Ministério Público protege são os interesses da coletividade. Se o promotor não tem as prerrogativas da vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos ele não terá segurança e coragem para processar os poderosíssimos. As garantias são outorgadas à instituição, não ao indivíduo."

Em nota técnica, a Conamp argumenta. "Se erros são praticados, a solução é punir o indivíduo, não enfraquecer a instituição, colocando-a de joelhos perante seus algozes." Elias Rosa adverte que a Constituição excepciona a garantia da vitaliciedade a determinadas carreiras de Estado por força das atribuições que lhe são próprias, como ocorre em relação à função jurisdicional e do MP. "O conjunto de garantias deferidas ao exercício das funções de Ministério Público detém conteúdo e natureza de cláusula pétrea." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, reagiu à iniciativa do Tribunal de Justiça do Estado, que pede a desocupação de salas nos fóruns atualmente utilizadas por promotores. Elias Rosa divulgou comunicado a todos os promotores e procuradores do Ministério Público, por meio do qual avisa que cabe a ele, exclusivamente, qualquer decisão sobre eventuais solicitações para a desocupação de salas nos fóruns do Poder Judiciário.

Elias Rosa editou o Ato Normativo 770/2013, que regulamenta a tramitação de pedidos daquela natureza. O procurador-geral embasa sua decisão na Lei Complementar Estadual 734/93. "O Ato não inova com relação à manutenção e utilização dos espaços físicos próprios do Ministério Público, porque sua gestão encontra fundamento na Constituição Estadual, na Lei Orgânica Estadual, tal como já constou de Aviso publicado em 2012", assinala Elias Rosa.

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No último dia 17, a presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo encaminhou ofício ao chefe do Ministério Público com solicitação para que determine a "desocupação de salas" atualmente utilizadas pelo Ministério Público em 38 edifícios do Poder Judiciário em todo o Estado, no prazo entre 40 e 90 dias.

Um dos argumentos de Sartori é a "necessidade da obtenção de salas para juízes que não as têm". Segundo o desembargador, as salas de apoio "estarão preservadas" em poder do Ministério Público.

A medida causou desconforto e inquietação nas promotorias. Elias Rosa ressalta no comunicado a seus pares que é de sua competência, exclusivamente, a tramitação de "eventuais solicitações para a desocupação de espaços físicos administradores pelo Ministério Público no interior dos Fóruns".

O Porto Musical aporta nesta quarta (30) e vai até o dia 02 de fevereiro com objetivo de estimular a criação de redes de profissionais na área musical e tecnológica. A convenção é formada por cerca de 15 conferências, que acontece no Cine Teatro Apolo-Hermilo, e 16 showcases, gratuitos na Praça do Arsenal da Marinha, Bairro do Recife.

O evento reúne representantes de selos, gravadoras, sites, festivais, instituições culturais, promotores e agentes musicais, além de pessoas interessadas nas novas tendências do mercado da música. A grande novidade deste ano é a ação Speed Meetings, onde os participantes terão acesso direto com os conferencistas ou profissionais da área musical para assuntos de interesse específico, e o Porto Musical Experience, com caravanas a celeiros culturais da Região Metropolitana do Recife e do interior de Pernambuco.

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Maíra Freitas (RJ), Bixiga 70 (SP), Herbert Lucena (PE), Zé Manoel (PE) e Felipe Cordeiro (PA) são alguns dos artistas que vão se apresentar nos showcases gratuitos na Praça do Arsenal da Marinha, no Bairro do Recife. O encerramento da convenção ficará por conta da festa La Tabaquera, comandada pelos músicos Caçapa e Alessandra Leão.

As inscrições para participar da 6ª edição do Porto Musical estão sendo realizadas no Complexo Apolo Hermilo, no Bairro do Recife, e custam R$ 150. Confira a programação completa no site.

A Comissão Especial da Câmara vota nesta quarta-feira a PEC 37, que proíbe promotores e procuradores de realizarem investigações na esfera criminal. Se a proposta for aprovada, as investigações só poderão ser realizadas pelas Polícias Civil e Federal.

"A eventual aprovação da PEC pode representar grave retrocesso na defesa dos direitos fundamentais", alerta Márcio Elias Rosa, procurador-geral de Justiça de São Paulo. "O Ministério Público deve atuar de maneira cooperada com as polícias. Não é razoável o monopólio ou reserva de mercado de qualquer instituição sobre esse tipo de atividade." Para Rosa, a proposta surgiu de réus e investigados que temem punições. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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O novo procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias Rosa, mal assumiu o cargo e já está às voltas com uma demanda polêmica: o auxílio- alimentação. Em ofício de duas páginas, a Associação Paulista do Ministério Público (APMP) requereu ao chefe da instituição que mande pagar o benefício "com efeito retroativo" a todos os promotores e procuradores de Justiça, que são 1.855 no Estado.

O documento foi protocolado no gabinete do procurador-geral às 14h56 de segunda feira - quando Elias Rosa ainda fazia seu discurso de posse perante o Órgão Especial do Colégio de Procuradores, cúpula da instituição. O auxílio-alimentação, se concedido, vai provocar impacto financeiro de R$ 105 milhões no orçamento do Ministério Público.

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A associação dos promotores ampara a solicitação em duas medidas - uma do presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Ivan Sartori, que dia 23 de março mandou pagar a vantagem a seus pares, e a Resolução 133, de junho de 2011, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que reconheceu a simetria constitucional de comunicação das vantagens funcionais do Ministério Público Federal à magistratura em todo o País.

A resolução provocou a edição de medidas no âmbito da Justiça Federal e do Trabalho que estendem aos magistrados dessas áreas o pagamento do auxílio-alimentação. Essas medidas são alvo de questionamento ante o Supremo Tribunal Federal (STF). A Advocacia-Geral da União (AGU) alerta para "dano certo e iminente aos cofres públicos".

O relator da Resolução 133 do CNJ foi o então conselheiro Felipe Locke Cavalcanti, procurador de Justiça em São Paulo.

No final de março ele concorreu ao cargo de mandatário máximo do Ministério Público, mas foi preterido pelo governador Geraldo Alckmin. O escolhido pelo chefe do Executivo foi Elias Rosa, que fez uma campanha pautada no rigor orçamentário.

Princípio

O procurador Washington Epaminondas Medeiros Barra, presidente da APMP, assina a petição em que pleiteia a verba. Ele afirma que sua iniciativa se dá "em nome dos membros do Ministério Público paulista". Pede ao procurador-geral que consulte o Órgão Especial e edite instrumento normativo autorizando o pagamento.

O presidente da entidade que defende os interesses dos promotores fez campanha por Locke e a ele declarou seu voto no disputado pleito do Ministério Público. Barra não foi à posse de Elias Rosa - preferiu marcar presença na solenidade de posse de outro procurador-geral, o do Paraná, Gilberto Giacoia, também ocorrida segunda-feira.

No dia seguinte às eleições no MP, 25 de março, Barra enviou correspondência ao Palácio dos Bandeirantes, em nome da associação que preside, solicitando ao governador que nomeasse o primeiro colocado no pleito, Locke. Esforço em vão.

No ofício ao procurador-geral, Barra invoca a portaria do presidente do TJ para requerer "igual benefício, em homenagem ao princípio isonômico entre ambas as carreiras, notadamente no que tange aos aspectos remuneratórios".

Ele destaca que a Procuradoria-Geral da República regulamentou e atualizou o programa de auxílio-alimentação para todos os membros e servidores do Ministério Público da União, em exercício, por meio de sucessivas portarias, desde 1992. "Diversos outros Estados desta República, com custo de vida infinitamente inferior ao nosso, já fixaram valores para o pagamento daquela verba", insiste Barra. Ele sugere que "o pagamento deverá ter efeito retroativo". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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