Tópicos | próstata

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu para os homens "criarem coragem" para fazer o exame de toque retal que permite identificar os tumores da próstata que são palpáveis. "Seja homem, faça o exame de próstata", comentou Lula, na esteira do Novembro Azul, mês mundial de combate ao câncer de próstata.

"Todo homem que se preza, que se respeita, que gosta da família, da sua mulher, dos seus filhos, do seu pai, da sua mãe, que gosta dele próprio, da sua vida, precisa criar juízo e fazer exame de próstata", declarou, em transmissão semanal ao vivo nas redes sociais, denominada de Conversa com o Presidente, nesta terça-feira (7). "Tem vários tipos de exame, mas tem um que os homens têm medo que é chamado 'toque'."

##RECOMENDA##

Segundo Lula, "muito pior que o médico dar o toque é você descobrir que está com câncer e morrer por uma doença que podia curar". O presidente pediu para os homens que têm medo do exame perguntarem para suas mulheres "quantos toques ela leva na vida toda vez que vai ao médico e sai a mesma mulher que entrou".

"Morre muita gente por conta do câncer de próstata e você pode evitar isso com um pouquinho de coragem", afirmou.

Consumo excessivo de industrializados, bebidas alcoólicas, obesidade, tabagismo e não praticar exercícios físicos são fatores de risco para o desenvolvimento de câncer. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 704 mil novos diagnósticos de cânceres a cada ano do triênio de 2023 a 2025 - uma soma que resultará em mais de 2 milhões de novos casos da doença ao longo desses 36 meses. O mais recente estudo do INCA levou em conta mais de 21 tipos de cânceres, considerando, pela primeira vez, também os tumores de pâncreas e fígado.

Entre os mais comuns no Brasil, o câncer de pele do tipo não melanoma fica na liderança. No topo do ranking de incidência no país, aparecem ainda os tumores de mama, próstata, pulmão e intestino, estes dois últimos com fatores de risco altamente evitáveis, ligados a hábitos de vida pouco saudáveis. Em Pernambuco, o ranking é parecido. Depois do câncer de pele não melanoma, o de próstata é o mais recorrente, sendo seguido por câncer de mama, pulmão e cólon e reto. 

##RECOMENDA##

Apesar do cenário exigir atenção da população e dos órgãos de saúde, é preciso reforçar que o acompanhamento médico periódico e realização de exames de rotina para detecção precoce do câncer, aliados às novas frentes avançadas de tratamento da doença, são a chave para que os índices de incidência não levem também ao aumento das taxas de letalidade. “Precisamos estimular a conscientização da população em geral sobre a detecção precoce de tumores. Quanto mais cedo descoberta a doença, melhor o prognóstico, com resultados positivos às terapias e maiores chances de cura”, diz Carlos Gil Ferreira, diretor médico do Grupo Oncoclínicas e presidente do Instituto Oncoclínicas e da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

Abaixo, confira as principais informações sobre os 5 tipos de câncer mais comuns no Brasil:

Pele não-melanoma

O principal sinal do câncer de pele não melanoma é o surgimento de marcas ou “lesões” na pele como, manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram, além de feridas que não cicatrizam em até quatro semanas. Ao notar essas alterações, é importante passar por uma consulta com um médico para esta avaliação, de preferência um dermatologista. Além disso, existem sintomas de quando a doença está mais avançada. “Quando o tumor está com metástase, sinais como nódulos na pele, inchaço nos gânglios linfáticos, falta de ar ou tosse, dores abdominais e de cabeça podem aparecer”, afirma o oncologista Diogo Sales, da Multihemo Oncoclínicas.

Indivíduos de pele clara, cabelos claros ou ruivos, com sardas e olhos claros são mais propensos a desenvolver tumores de pele. A idade é um fator que também deve ser considerado, pois quanto mais tempo de exposição da pele ao sol, maiores os sinais da exposição crônica da pele, aumentando também a possibilidade de surgimento do câncer não-melanoma. Ainda assim, independente da cor de pele, idade e período do ano, a regra vale para toda a população: use sempre protetor solar, proteja o couro cabeludo com chapéus e use óculos de sol com proteção contra raios UV.

“A análise clínica da mudança nas características de possíveis alterações na pele é de extrema importância e o dermatologista tem o papel de orientar para uma proteção adequada e para avaliar os possíveis riscos que os raios solares podem causar na pele”, diz Rodrigo Perez Pereira, oncologista e líder da especialidade de tumores de pele do Grupo Oncoclínicas.

Uma vez diagnosticado o câncer de pele não melanoma, o médico especialista poderá considerar diferentes opções de tratamento, que serão discutidas e individualizadas para cada paciente. Na maioria dos casos, a cirurgia é a principal terapia recomendada e permite um controle adequado das lesões. Segundo o oncologista, o câncer de pele não melanoma apresenta alto percentual de cura se detectado e tratado precocemente. 

“Apesar dos baixos índices de letalidade pela doença, vale lembrar que o diagnóstico tardio pode levar a perdas funcionais, além de afetar amplamente a qualidade de vida do paciente. A melhor estratégia no combate ao câncer de pele não melanoma é atentar para os cuidados com a exposição contínua ao sol, sempre com a devida proteção. Não existe exposição ao sol 100% segura”, sintetiza. 

Mama

O câncer de mama pode apresentar sintomas que são percebidos no auto exame realizado pela própria mulher ou nas consultas de rotina com o médico ginecologista/mastologista. Na maioria dos casos, os sintomas observados são: nódulo ou caroço fixo e geralmente indolor (presente em cerca de 90% dos casos em que o câncer é percebido pela própria pessoa); vermelhidão na pele da mama acompanhada de retração e aparência de casca de laranja; alterações no mamilo, como retrações ou inversão;  pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço; e saída de líquido espontâneo e anormal dos mamilos, inclusive líquido sanguinolento.

É essencial lembrar, contudo, que na maioria dos casos os tumores começam a se desenvolver muito antes de se tornarem palpáveis ou apresentarem esses sinais - situação ideal para o diagnóstico. “Uma rotina de acompanhamento médico e realização de exames periódicos, em especial a mamografia anual em mulheres a partir dos 40 anos - exame de imagem na qual a mama é comprimida permite que sejam identificados tumores menores que 1 cm e lesões em início - são determinantes para a descoberta do câncer de mama logo no início. O diagnóstico precoce do câncer de mama, associado ao tratamento adequado”, explica Max Mano, oncologista e líder da especialidade de tumores de mama do Grupo Oncoclínicas.

O tratamento do câncer de mama depende da fase da doença (estadiamento), do tipo molecular do tumor e das condições clínicas do paciente (como idade, doenças preexistentes, se já passou pela menopausa - no caso de mulheres). Entre os procedimentos, pode ser recomendado cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia de bloqueio hormonal, terapia biológica (ou terapia alvo) e  imunoterapia.

“As chances de cura chegam a 95% ou mais quando o tumor é descoberto no início, sendo o tratamento, em geral, menos agressivo que melhora, em muito, a qualidade de vida durante e após o tratamento da doença. Por isso, a principal recomendação é que as mulheres não deixem de realizar os exames de rastreamento periódico, essenciais para a identificação de possíveis tumores, e mantenham uma rotina de acompanhamento médico. A qualquer sinal de alteração nas mamas, não deixe de buscar orientação especializada”, frisa Max Mano.

Próstata

Na fase inicial da doença, pelo fato dos sintomas serem silenciosos, o câncer de próstata é de difícil diagnóstico. A maioria dos pacientes apresentam indícios apenas nas fases mais avançadas da doença.

Quando aparentes, os primeiros sintomas que são detectados no câncer de próstata podem ser semelhantes ao crescimento benigno da glândula como dificuldade para urinar seguida de dor ou ardor, gotejamento prolongado no final, frequência urinária aumentada durante o dia ou à noite. Em fases mais avançadas da doença, é possível a presença de sangue no sêmen e impotência sexual, além de sintomas decorrentes da disseminação para outros órgãos, tal como dor óssea nos casos de metástases ósseas.

“Por apresentar sintomas mais evidentes nas fases mais avançadas, é recomendável que homens a partir de 50 anos, ou 45 anos para quem tem histórico da doença na família, façam anualmente o exame clínico (toque retal) e a medição do antígeno prostático específico (PSA) para rastrear possíveis alterações que indiquem aparecimento da doença”, recomenda Denis Jardim, oncologista especialista em tumores urológicos do Grupo Oncoclínicas.

Quando há suspeita da doença, é indicada uma biópsia através de ultrassonografia transretal para a confirmação do diagnóstico. “E aqui vale mais um lembrete: casos familiares de pai ou irmão com câncer de próstata, antes dos 60 anos de idade, podem aumentar o risco em 3 a 10 vezes em relação à população em geral. Por isso, é preciso que os homens estejam alerta e não deixem de realizar os exames de rastreamento rotineiramente, conforme orientação médica”, alerta o médico.

O tipo de tratamento dependerá do estágio e da agressividade em que a doença se encontra. Cirurgia,  radioterapia associada ou não a bloqueio hormonal e a braquiterapia (também conhecida como radioterapia interna) podem ser realizadas com boas taxas de resposta positiva. Há ainda situações em que podem ser adotados quimioterapia, uso de medicamentos que controlam os hormônios por via oral e também uma nova classe de remédios que são conhecidas como radioisótopos - partículas que se ligam em locais que se encontram acometidos pela doença, emitindo doses pequenas de radiação nestes locais.

Quando feito o diagnóstico precoce, as chances de cura podem passar de 90%, além de permitir a adoção de tratamentos menos invasivos e evitar que o paciente tenha outros impactos à saúde em geral. “É importante ressaltar que nem todos os pacientes diagnosticados com câncer de próstata necessitam de tratamento. A vigilância ativa poupa os pacientes de possíveis efeitos colaterais do tratamento cirúrgico ou radioterápico, e é segura para pacientes bem selecionados”, reforça Denis Jardim.

Colorretal

O tumor colorretal se desenvolve no intestino grosso: no cólon ou em sua porção final, o reto. O principal tipo de tumor colorretal é o adenocarcinoma e, em 90% dos casos, ele se origina a partir de pólipos na região (lesões benignas que crescem na parede interna do intestino) que, se não identificados e tratados, podem sofrer alterações ao longo dos anos, podendo se tornar o câncer.

“Após os 50 anos de idade, a chance de apresentar pólipos aumenta, o que consequentemente representa um aumento no risco de tumores malignos decorrentes dessa condição. Como resultado, mais de 80% dos casos de câncer colorretal acontecem a partir dos 50 anos, o que explica este limite de idade como critério para início do rastreio ativo, por meio dos exames de colonoscopia, principal forma de diagnóstico e prevenção”, comenta Alexandre Jácome, oncologista e líder da especialidade de tumores gastrointestinais do Grupo Oncoclínicas.

O câncer colorretal pode ser uma doença silenciosa e não causar sintomas imediatos. Mas, quando presentes, podem incluir: alteração nos hábitos intestinais, como diarreia, constipação ou estreitamento das fezes, que perdura por alguns dias;  mesmo após a evacuação, não há sensação de alívio, parecendo que nem todo conteúdo fecal foi eliminado (sintoma especialmente sugestivo nos casos de câncer de reto); sangramento retal (o sangue costuma ser bem vermelho e brilhante); presença de sangue nas fezes, tornando a sua coloração marrom escuro ou preta; cólica ou dor abdominal; sensação de fadiga e fraqueza; e perda de peso sem motivo aparente.

“É importante ressaltar que muitos desses sintomas podem ser causados por outras condições que não sejam câncer colorretal, como infecção, hemorroida ou síndrome do Intestino Irritável. Por isso a importância de, ao primeiro sinal de anormalidade, buscar por uma avaliação médica”, aconselha o médico.

Ele destaca ainda que pessoas com histórico pessoal de pólipos ou de doença inflamatória intestinal, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn, bem como registros familiares de câncer colorretal em um ou mais parentes de primeiro grau, principalmente se diagnosticado antes de 45 anos, devem ter atenção redobrada e realizar controles periódicos antes da idade base indicada para a população em geral.

Entre as alternativas de conduta para tratar o câncer colorretal estão cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e/ou terapias-alvo, indicados de acordo com o estágio da doença. “Felizmente, o câncer colorretal conta com um arsenal importante de alternativas terapêuticas e possui altas chances de cura na grande maioria dos casos. No entanto, é muito importante que a doença seja diagnosticada o quanto antes através dos exames de rotina, o que se reflete diretamente nas taxas de sucesso do tratamento”, enfatiza Alexandre Jácome.

Pulmão

Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o hábito de fumar está ligado a 90% dos casos de câncer de pulmão. Por isso, as pessoas que fumam ou fumaram durante longos períodos da vida possuem um risco aumentado para a doença. 

“De forma geral, a grande maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresentam sintomas ligados ao aparelho respiratório. É importante ficar em alerta caso haja tosse, falta de ar e dor no peito. Outros sintomas também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza, escarro com sangue, dor óssea, cefaléia, rouquidão, pneumonia recorrente ou bronquite; efusão pleural (acúmulo anormal de líquido na pleura); e alteração do ritmo habitual da tosse em fumantes, em que as crises acontecem em horários incomuns”, sintetiza Mariana Laloni, oncologista especialista em tumores torácicos do Grupo Oncoclínicas

A atenção a esses sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico da doença o quanto antes, mas, importante reforçar, embora possam surgir no começo do desenvolvimento do tumor, os sintomas do câncer de pulmão geralmente não ocorrem até que a doença já tenha atingido um estágio avançado, o que reduz as chances de cura e compromete a qualidade de vida do paciente.

“Para os pacientes com suspeita de câncer de pulmão, o médico poderá solicitar alguns dos exames, como tomografia de tórax e biópsia. Se o câncer realmente for diagnosticado, o médico irá solicitar novos exames para determinar o estágio em que ele se encontra, o que será útil na escolha do tratamento. É essencial que cada caso seja avaliado individualmente, abrindo a possibilidade de se identificar tais particularidades”, diz a médica.

As terapêuticas recomendadas variam de acordo com cada caso, mas podem incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e/ou imunoterapia. Atualmente, com o avanço das pesquisas científicas, já é possível também identificar mutações específicas responsáveis pelo crescimento do tumor, tornando viável a indicação de droga-alvo moleculares como alternativa para tratar a doença de forma ainda mais precisa sempre que possível.

Assim como outros tipos de câncer, se descoberto em fase inicial há chances amplas de cura. Como esse é , contudo, um tumor que avança silenciosamente, quando os primeiros sinais mencionados anteriormente surgem, a doença tende a estar já em estágio avançado. A grande maioria dos casos, em torno de 70%, são diagnosticados já em fase metastática, quando o câncer já avançou para outros órgãos, reduzindo as chances de cura para em torno de 5%.

“Por isso, o foco na conscientização para as formas de prevenção ao câncer de pulmão segue sendo a melhor alternativa. Para ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento da doença, é primordial ressaltar uma medida simples: não começar a fumar ou, se já for fumante, parar o quanto antes”, recomenda Mariana Laloni.

Da assessoria

O preconceito contra os exames de rastreamento para câncer de próstata, como o toque retal, e a desinformação estão entre os principais inimigos da saúde dos homens. Seis em cada dez homens no Brasil só procuram um médico quando os sintomas estão insuportáveis. É o que mostra uma pesquisa do Centro de Referência da Saúde do Homem da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz. A consequência é que 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados em estágios avançados.

 Essa estatística já mostra o tamanho do desafio da campanha Novembro Azul, de conscientização sobre o câncer de próstata. Esse descuido com a saúde retarda a detecção de muitas doenças. “Ainda não existe no Ministério da Saúde um programa específico de saúde do homem, com protocolos de rastreamento. Seguimos as diretrizes e recomendações da Sociedade Brasileira de Urologia, que é de pelo menos um exame de toque retal e um exame de PSA por ano, para homens a partir dos 50 anos. Nos casos em que há um risco maior, esse intervalo diminui para seis meses, a partir dos 45 anos. Fazemos um rastreamento por idade”, explica o urologista Gilflávio Normandes, do Centro de Tratamento Oncológico.

##RECOMENDA##

O câncer de próstata é o 2º tumor mais frequente entre os homens, após os tumores de pele (não melanoma). No Brasil, registra-se, em média, um diagnóstico de câncer de próstata a cada sete minutos, e uma pessoa morre por causa da doença a cada 40 minutos. A mortalidade por câncer de próstata atinge 25% dos pacientes. Esse percentual poderia ser menor se todos os casos fossem detectados com antecedência.

Apesar de ainda ser motivo constrangimento para muitos homens, o toque retal é importante para identificar possíveis alterações na próstata. Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. O exame de sangue para detectar o nível do PSA é o outro exame muito importante. Segundo a estimativa do INCA, em 2022 serão diagnosticados mais de 65 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil. Com o diagnóstico precoce, as chances de cura são de 90%.

Diagnóstico tardio

Quando os sintomas começam a aparecer, 95% dos casos já estão em fase adiantada. Por isso, é fundamental realizar exames periódicos, mesmo que não exista nenhum incômodo aparente.

A campanha do Novembro Azul de 2022 chama a atenção desses homens que negligenciam o autocuidado. O lema deste ano - “Cuide do que é seu” - é um alerta à população masculina, de que 11% dos homens vão desenvolver o câncer de próstata e, por isso, é preciso prevenir e fazer exames periódicos.

 O câncer de próstata se instala de maneira silenciosa. Na fase inicial, ele não apresenta sintomas. Nas fases avançadas, os sintomas são: dor, ardor ou dificuldade de urinar, sensação de não conseguir esvaziar completamente a bexiga, dor ao ejacular, presença de sangue na urina e dor óssea – sinais que só se manifestam nos casos mais graves.

 A idade é um dos fatores de risco, cerca de 62% dos casos são de homens a partir dos 65 anos. Além disso, o histórico familiar também influencia. “Homens que têm parentes de 1º grau, como pai ou irmão, que tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos, ou mesmo mulheres na família, como a mãe, que tenha tido câncer de mama, o risco é aumentado. O mesmo acontece com homens da raça negra, que tem uma incidência maior da doença”, explica Gilflávio Normandes.

Os fatores relacionados com o estilo de vida também aumentam o risco para a doença: alimentação inadequada, à base de gordura animal e deficiente em frutas, verduras, legumes e grãos; sedentarismo e obesidade.

Com informações do CTO.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, sem considerar os tumores de pele, o câncer de próstata é o mais comum entre os homens. São mais de 65 mil novos casos todos os anos, segundo estimativa do órgão. Dentro de um recorte, o homem nordestino corre maior risco de desenvolver a doença, enquanto o preto tem mais chance de desenvolver a forma mais grave dela.

A oncologista Silvia Fontan destaca que nos homens negros, além de ser mais agressivo em boa parte dos casos, o câncer de próstata nessa parcela da população tende a aparecer de forma mais precoce e, por isso, é indicado uma triagem para esse público a partir dos 45 anos.

##RECOMENDA##

O câncer de próstata ocupa a primeira posição mais frequente em todas as Regiões brasileiras, com um risco estimado de 63,94 por 100 mil na Região Sudeste; de 62 por 100 mil na Região Sul; de 65,29 por 100 mil na Região Centro-Oeste; de 72,35 por 100 mil na Região Nordeste; e de 29,39 por 100 mil na Região Norte.

Em 2020, de acordo com o Atlas da Mortalidade por Câncer do INCA, foram 18.841 mortes por câncer de próstata no Brasil. No mesmo ano, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, 810 homens morreram por conta do câncer de próstata no Estado. 

Embora seja um dos tipos de câncer mais comum em homens, por medo, machismo ou desconhecimento, muitos deles ainda preferem não conversar sobre o assunto.

“Ainda existe preconceito e, por incrível que pareça, ele ainda é grande, principalmente aqui porque quanto mais interior, quanto mais Nordeste, maior esse preconceito com o exame de toque. Por isso, é importante a divulgação em todos os meios para a gente conseguir conscientizar, porque se você faz o exame de toque junto com o PSA, você aumenta e muito a chance de descobrir o tumor na fase inicial, aumentando e muito a chance de cura", fala Silvia.

Mas porque a necessidade do toque retal?

Fontan explica que, com o toque, o urologista sente a próstata e vê se ela está normal. “O toque é um dos exames mais fidedignos para detectar uma operação prostática”, garante. 

Além do toque, existe o exame de PSA, que é um exame de sangue que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata, que é justamente o Antígeno Prostático Específico (PSA). Níveis altos dessa proteína podem significar câncer, mas também doenças benignas da próstata.

Confira abaixo detalhes sobre a doença e formas de prevenção divulgados pelo INCA

Qual exame confirma o câncer de próstata?

Para confirmar a doença é preciso fazer uma biópsia. Nesse exame são retirados pedaços muito pequenos da próstata para serem analisados no laboratório. A biópsia é indicada caso seja encontrada alguma alteração no exame de PSA ou no toque retal.

Homens sem sintomas precisam fazer exames?

Há uma divergência no universo médico sobre exames de rotina em homens sem sintomas da doença. Mas existem benefícios e riscos.

Benefícios

Realizar o exame pode ajudar a identificar o câncer de próstata logo no início da doença, aumentando assim a chance de sucesso no tratamento. 

Tratar o câncer de próstata na fase inicial pode evitar que se desenvolva e chegue a uma fase mais avançada.

Riscos

Ter um resultado que indica câncer, mesmo não sendo, gera ansiedade e estresse, além da necessidade de novos exames, como a biópsia.

Diagnosticar e tratar um câncer que não evoluiria e nem ameaçaria a vida. O tratamento pode causar impotência sexual e incontinência urinária.

Quais são os sinais e sintomas?

Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas e, quando apresenta, os mais comuns são: dificuldade de urinar, demora em começar e terminar de urinar, sangue na urina, diminuição do jato de urina e a necessidade de urinar mais vezes o dia ou à noite.

É possível prevenir o câncer de próstata?

A oncologista Silvia Fontan explica que o exercício físico faz parte de um conjunto de ações que ajudam a prevenir o desenvolvimento de tumores malignos, porque quando você se exercita, traz mais saúde para as células em geral. “Você aumenta a circulação sanguínea e consegue aumentar a eliminação de compostos tóxicos. A atividade física e a dieta balanceada são os dois ganchos para você tentar diminuir as chances de qualquer tipo de tumor e da maioria das doenças. Isso não quer dizer que as pessoas sedentárias e obesas vão desenvolver câncer [necessariamente]”, assevera.

Ter uma alimentação saudável, praticar atividade física, manter o peso corporal adequado, não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas pode diminuir o risco de várias doenças.

Novembro Azul é o mês de conscientização e prevenção do câncer de próstata. Nesse período, ações de saúde pública destacam que todo homem, a partir dos 50 anos, tem que ir ao urologista, pelo menos uma vez por ano. Homens negros ou com parentes de primeiro grau que tiveram câncer de próstata devem iniciar as consultas e exames preventivos mais cedo, aos 45 anos.

 O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens (depois do câncer de pele não melanoma). Um em cada seis homens terão câncer de próstata durante a vida.

##RECOMENDA##

 A doença afeta mais os homens acima de 50 anos, com excesso de peso e sedentários. Negros não apenas têm mais possibilidades de desenvolver o câncer de próstata, como estão sujeitos às formas mais agressivas da doença, indicam estudos científicos. 

O Novembro Azul lança perguntas importantes: tenho dificuldade para urinar? Acordo várias vezes durante a noite para ir ao banheiro e, mesmo assim, percebo que o jato está fraco? Há vestígios de sangue na urina? Sinto vontade fazer xixi com urgência? Se a resposta for sim para pelo menos uma dessas perguntas, é importante procurar um urologista.

A preocupação em incentivar os homens a procurar um especialista é antiga e aumentou por causa da pandemia. O medo de contrair covid-19 e os tabus que envolvem a realização dos exames preventivos são obstáculos para os homens procurarem atendimento médico.

De acordo com o urologista João Frederico Andrade, do Centro de Tratamento Oncológico – CTO, homens brasileiros vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres. "No caso do câncer de próstata, a negligência do público masculino pode resultar em um diagnóstico tardio, que significa que o tratamento será mais difícil”, diz ele.

Pesquisa realizada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, em 2019 (antes da pandemia), com 2.405 homens, mostrou que 59% deles não costumavam ir ao urologista. Entre os homens acima de 50 anos atendidos pela rede privada, 89% disseram já ter feito o PSA e 65%, o exame de toque. Entre os atendidos pelo SUS, 45% nunca foram submetidos ao toque retal e 16% não fizeram o exame de PSA.

Durante a pandemia, cerca de 90% afirmaram que houve uma redução em 50% das cirurgias eletivas, e 54,8% relataram que as cirurgias de emergências diminuíram pela metade. O atendimento ambulatorial e nos consultórios médicos teve uma redução ainda maior, de 80%. Foi o que constatou o levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Urologia no ano passado.

Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem uma evolução silenciosa. Por isso, muitos homens não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata, também chamado de HPB. Quando alguns sinais começam a aparecer, 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura.

A avaliação periódica é o primeiro e mais importante passo. “As chances de recuperação chegam até 90% quando a doença é diagnosticada precocemente”, alerta o especialista.

Confira os sintomas que são suspeitos e indicam que o homem deve ir ao médico:

·         Sensação de que sua bexiga não se esvaziou completamente e ainda persiste a vontade de urinar.

·         Dificuldade para interromper o ato de urinar.

·         Urinar em gotas ou jatos sucessivos.

·         Necessidade de fazer força para manter o jato de urina.

·         Vontade incontrolável de urinar, mesmo quando a bexiga não está cheia.

·         Sensação de dor na parte baixa das costas ou na pélvis (abaixo dos testículos).

·         Problemas em conseguir ou manter a ereção.

·         Sangue na urina ou no esperma (esses são casos muito raros).

·         Dor durante a passagem da urina ou nos testículos.

·         Ejaculação dolorida.

·         Dor lombar, na bacia ou nos joelhos.

·         Sangramento pela uretra.

Os fatores que podem ajudar a prevenir o câncer de próstata são alimentação saudável - rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais; manter o peso ideal do corpo, praticar atividades físicas, não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

Exames preventivos, como o toque retal, são fundamentais. O exame é rápido e indica se a próstata apresenta algum tipo de alteração. Quando há presença de câncer, a glândula endurece. Caso a alteração seja detectada, o médico pode solicitar outros exames para confirmar o diagnóstico, como o PSA (Antígeno Prostático Específico), o ultrassom transretal e a biópsia da glândula para análise.

A mais recente estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), indica que o câncer de próstata corresponde a 13,5% de todos os cânceres no mundo. A cada dia, 42 homens morrem em decorrência do câncer de próstata e aproximadamente 3 milhões vivem com a doença no mundo.

No Brasil, a doença corresponde a 29,2% dos tumores malignos em homens, se não considerarmos os tumores de pele não melanoma. A estimativa é de que a doença deve ter mais de 65.840 casos novos para cada ano do triênio 2020-2022, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Cerca de 15 mil homens morreram em 2018 por causa do câncer de próstata.

Com informações da assesoria do CTO.

[@#video#@]

No último domingo (15), Mateus Carrieri deixou os fãs preocupados. Em um vídeo publicado no Instagram, o ator e ex-participante de 'A Fazenda 12' revelou que estava pronto para fazer uma cirurgia na próstata. Ele disse na plataforma que decidiu expor o assunto para incentivar os homens a realizarem os exames preventivos. Nesta terça-feira (17), Carrieri tranquilizou os seus seguidores.

[@#video#@]

##RECOMENDA##

"Eu não estou com câncer na próstata, mas minha próstata está aumentada. Isso é muito comum em homens da minha idade. Eu vou fazer a raspagem na próstata para que ela não invada a área da bexiga e do canal da uretra. Esse controle do tamanho da próstata e essa próstata aumentada para evoluir para um câncer, é o primeiro passo. É uma cirurgia teoricamente simples", explicou.

Mateus Carrieri também usou os stories para mostrar sua recuperação após a operação. Ele não divulgou a data para deixar o hospital. Aos 54 anos, Mateus possui no currículo um trabalho extenso na televisão. Só na Globo, ele eternizou personagens nas novelas 'Amor com Amor se Paga', 'De Quina pra Lua', 'Salomé' e 'Vira Lata'. No final da década de 1990, ele fez sucesso ao viver o misterioso Miguel na obra infantil 'Chiquititas', no SBT.

Por meio de seu Instagram, Carlos Alberto de Nóbrega atualizou seus fãs sobre o seu estado de saúde. O humorista está internado no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, após ser diagnosticado com uma infecção generalizada. A princípio, ele havia informado que tinha comido um iogurte estragado e, por isso, passou mal.

Agora, explicou que, na verdade, o problema encontrado foi outro:

##RECOMENDA##

- Primeiro eu queria agradecer o carinho que vocês me receberam, com as respostas que mandaram pela minha saúde. Aconteceu uma coisa errada, uma grande coincidência. Eu falei daquele iogurte que eu tomei, que estava vencido, e eu realmente tomei, mas não teve nada a ver, foi uma incrível coincidência. O que eu tenho, depois de vários exames que eu fiz aqui, é uma prostatite e bacteriemia. Ou seja, é a minha próstata que está causando tudo isso.

Dando risada, ele ainda diz:

- Não tem nada a ver com o que eu comi ou deixei de comer. Podia até ser melhor se fosse aquilo, mas não.

A prostatite é um termo genérico para indicar uma infecção na próstata, segundo informações do site do hospital Albert Einstein. Ela é causada na maioria das vezes por bactérias encontradas no trato urinário ou no intestino grosso. Já a bacteriemia, também citada pelo humorista, é quando há a presença de bactérias no sangue, que podem causar febre, calafrios, dores, enjoos, dentre outros sintomas.

Os novos estudos que abordam o câncer em órgãos genitais e urinários, especialmente de próstata e rim, apontam uma tendência a buscar a combinação de terapias, o tratamento personalizado e foco na qualidade de vida do paciente. Médico oncologista e um dos fundadores do Instituto Vencer o Câncer, Fernando Maluf diz que as abordagens mais atualizadas têm um refinamento em relação às técnicas utilizadas nos últimos anos e colocam como proposta que o tratamento se adapte ao paciente, e não o contrário.

"Há, claramente, um avanço nas pesquisas de marcadores para selecionar qual é o melhor remédio para cada paciente, qual é o melhor tratamento da doença localizada, se deve-se operar, irradiar ou observar o caso de câncer de próstata. Também sobre ter parâmetros além dos químicos, ter parâmetros moleculares que vão nos dizer qual é o comportamento do tumor e ao que ele é resistente ou sensível. Tem ainda o desenvolvimento de novas formas de imunoterapia e o reconhecimento de estratégias que envolvam a combinação de remédios com ações diferentes, como imunoterapia e remédios antiangiogênicos (que impedem a formação de vasos que nutrem o tumor), imunoterapia e quimioterapia, imunoterapia e drogas biológicas."

##RECOMENDA##

Novidades na área foram discutidas no Simpósio Genitourinário da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), realizado no mês passado, e abrem novas perspectivas para o tratamento da doença, inclusive em pacientes que não apresentaram sucesso com algumas terapias. Esse é o caso do estudo Aramis, que avaliou a Darolutamida, uma droga que ainda não está disponível no Brasil, em pacientes com câncer de próstata ainda sem metástases, mas que são resistentes ao tratamento hormonal, que bloqueia a testosterona.

"Esse é um estudo que foi feito com mais de 1.500 pacientes da doença, nos quais já havia falhado cirurgia ou radioterapia, ou as duas, que a doença já havia progredido para um tratamento hormonal e aumentado. A gente viu que o tratamento com Darolutamida postergou o tempo para metástase ou morte em mais de dois anos, em tempo médio comparado com placebo. Além disso, diminuiu a chance de progressão da doença metastática ou de morte secundária à doença também em um porcentual bastante alto dos pacientes, na ordem de 59%, e a diminuição da morte global foi de 29%. A diminuição do risco do aparecimento de metástase com dor foi de 35%."

Ao evitar as metástases, o tratamento também consegue neutralizar um de seus principais sintomas, que é a dor, algo que compromete a qualidade de vida do paciente.

Ainda referente ao câncer de próstata, que de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) é o segundo mais comum entre homens no Brasil e com estimativa de cerca de 68 mil casos por ano (2018), os resultados finais do estudo Latitude, publicado em 2017 no periódico New England Journal of Medicine, foram apresentados. O foco eram pacientes com a doença metastática avançada que foram tratados com a combinação de castração hormonal, que é a redução de testosterona no organismo, via testítulo e glândula adrenal, que também atua na produção do hormônio.

"O estudo mostrou que a castração hormonal, que é a baixa da testosterona, juntamente com outro anti-hormônio, chamado abiraterona, foi superior a só a castração hormonal pura, que é a diminuição do nível de testosterona. Essas duas medicações - a injeção para baixar a testosterona via testículo e o comprimido para baixar a testosterona via glândula adrenal - são superiores em relação a só a diminuição da testosterona via testicular em termos de sobrevida global."

Rim

Para o câncer de rim, a combinação de imunoterapia e drogas que inibem a formação de vasos que nutrem o tumor e levam oxigênio para ele, chamadas de antiangiogênicas, aparece como tratamento de primeira linha para a doença, cuja estimativa é de cerca de 7 mil novos casos por ano no País. "O estudo Keynote 426 foi feito com 861 pacientes e mostrou que a combinação do antiangiogênico mais o imunoterápico como o primeiro tratamento da doença reduziu o risco de morte em 47%, aumentou a resposta de 35% para 59% e diminuiu o risco de progressão da doença ou morte em 31%." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um ciclo de palestras sobre conscientização de câncer de próstata e promoção da saúde de homem marcou a programação do Novembro Azul realizada pela UNAMA - Universidade da Amazônia, no campus Alcindo Cacela, no sábado (17). Profissionais do curso de Enfermagem organizaram um evento para que estudantes e o público em geral compreendessem a importância da prevenção do câncer de próstata, câncer no pênis e outras doenças comuns em homens.

Aline Cruz, coordenadora do evento, destacou a importância da educação em saúde. Segundo ela, o câncer, hoje em dia, é a segunda doença que mais causa mortes no mundo. “O Novembro Azul não é só câncer de próstata, é também câncer de pênis e outras doenças. É a valorização de saúde do homem, não somente como indivíduos, mas amplificadores de conhecimentos a todas as pessoas que estão pertos deles”, disse Aline.

##RECOMENDA##

Para Andrey Porpino, dentista e coordenador de Saúde do Homem na Sespa (Secretária de Saúde Pública do Pará), o evento é de interesse de toda a população masculina. “Eu, sendo homem, preciso ter a obrigação de ter conhecimento sobre o funcionamento do corpo masculino”, afirmou.

Renata Lopes, coordenadora do curso de Enfermagem, disse que desde o inicio do mês o grupo está trabalhando na campanha do movimento. “Sabemos que a gente precisa sensibilizar cada vez mais homens para que esses homens cuidem da saúde. Nosso principal objetivo é trazer conhecimento científico sobre essas doenças e sensibilizar o máximo de alunos, futuros profissionais e familiares para que eles sejam multiplicadores e que se previnam mais para que a gente tenha uma sociedade mais saudável”, disse.

O evento promoveu educação em saúde. “Esse evento traz para a gente a oportunidade de disseminar nosso conhecimento através de palestras. A intenção é promover conhecimento para acadêmicos e público em geral”, disse Tatiane Athaíde, aluna do 8º semestre de Enfermagem e uma das organizadoras do evento.

Joseane Correa, enfermeira do Ophir Loyola e do Hospital Universitário Barros Barretos, explicou como é feita a prevenção e o tratamento após o diagnóstico. “O paciente, geralmente quando tem câncer no pênis, precisa tirar metade desse pênis, ou tirar o pênis todo. Os médicos sabem que essa doença pode se prolongar para os órgãos adjacentes, porque o câncer cresce de uma forma desordenada e não vê barreiras. As cirurgias consistem em retirada das glândulas, ou ínguas, como os pacientes falam, e uma ampliação de margem cirúrgica dos tecidos que provavelmente estão comprometidos, para que esse câncer não atinja outros órgãos”, explicou.

Joseane destacou a importância do acompanhamento pós-cirúrgico. “No Ophir Loyola não deixamos o paciente ir embora para casa depois de fazer a penectomia (técnica cirúrgica que consiste na retirada cirúrgica exclusivamente do pênis). A espera é de uma ou duas semanas para fazer o segundo tempo cirúrgico. Porque os estudos científicos comprovam que vai evoluir a doença e não basta tirar só aquele pedaço de pênis”, disse.

A enfermeira explicou que os homens precisam estar atentos para qualquer alteração nos órgãos genitais. “Se tiver alguma alteração no pênis, o médico vai fazer o exame clínico, de preferência o urologista, que é o especialista, e em seguida a biópsia, porque geralmente para justificar a cirurgia no SUS é necessário ter a comprovação de que o paciente está com câncer de pênis”, afirmou Joseane.

Joseane disse que a higiene é uma das formas de se manter longe da doença. “Desde criança tem que ter seus atos de higienes corretos. Algumas crianças têm o acúmulo de pele, que é chamada fimose. Se essa pele dificultar a exposição do prepúcio para a limpeza, tem que fazer a cirurgia, que geralmente é feita em crianças. A higiene tem que ser diária”, detalhou.

É importante que o homem procure o médico se tiver feridas, caroços que dificilmente cicatrizem e se estiver com uma lesão há mais de um ano e que não cicatriza. A maioria dos casos ocorre com homens acima dos 50 anos, mas são cada vez mais comuns casos em jovens. “Na nossa realidade, na minha prática clínica, já atendi paciente com 19 anos. Temos observado cada vez mais homens jovens. E as regiões Norte e Nordeste, sobretudo o Estado do Pará, são as campeãs de câncer de pênis, que está associado a baixas condições socioeconômicas e educativas”, concluiu.

[@#galeria#@]

 

 

Quando chegaram ao Brasil, há uma década, os três robôs utilizados em cirurgias eram uma aposta para procedimentos cardiológicos. Com o passar dos anos, eles se expandiram - hoje somam 45 - e acabaram ganhando mais destaque na área urológica, principalmente para casos de câncer de próstata. Segundo médicos, os robôs ajudam na adesão do paciente ao tratamento: por serem mais precisos, reduzem o tempo de internação e os efeitos colaterais, como disfunção erétil e incontinência urinária.

"O paciente aceita melhor o tratamento cirúrgico (com robô) e, embora os riscos não sejam zero, são menores", diz José Roberto Colombo Júnior, urologista e especialista em cirurgia robótica urológica do Hospital Israelita Albert Einstein. Segundo o médico, o risco de incontinência após a cirurgia robótica varia de 2% a 3%. Já na convencional, é de 5%. Em relação à disfunção erétil, influenciam fatores como a própria função erétil antes da cirurgia, idade e condição de saúde - pacientes obesos e com diabete têm mais chance. "Com a operação robótica, a possibilidade de preservar (a função) é de 80%."

##RECOMENDA##

Segundo Flavio Trigo, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a cirurgia robótica cresceu no País especialmente nos últimos dois anos. Em vez de um médico segurar a pinça, fazer os "furinhos" e extrair o tumor, é o robô quem executa os movimentos. "A recuperação é mais rápida e o tempo de internação cai pela metade - um ou dois dias no hospital."

São Paulo é o Estado com maior número de equipamentos. Rio, Minas, Rio Grande do Sul, Paraná, Brasília, Pernambuco, Ceará e Pará também têm aparelhos, segundo a empresa H. Strattner, especializada em cirurgia minimamente invasiva e responsável pela distribuição dos robôs no País. Ainda de acordo com a companhia, os robôs em operação no Brasil devem realizar ao longo deste ano 8,5 mil cirurgias, sendo 5 mil urológicas e 90% delas, de próstata.

A tecnologia está disponível nas redes privada e pública, em instituições como o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), o Hospital de Amor (antigo Hospital de Câncer de Barretos) e o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Ao saber do diagnóstico de câncer de próstata de um dos irmãos, em 2011, o administrador Jorge Miguel Rebane Neto, de 54 anos, resolveu fazer o exame periódico. Estava com 47 anos e fazia o monitoramento desde os 45, pois o pai havia tido a doença, mas naquele ano atrasara o retorno ao médico. Foi sua sorte. "Eu também estava com câncer de próstata."

Rebane Neto foi submetido à cirurgia num domingo, na segunda-feira estava andando e na terça, saiu do hospital "Passei pela operação em novembro e em fevereiro já tinha voltado a correr. Só tive surpresas boas e meu grau de satisfação é de 100%", relata o administrador.

Teste genético

Além da cirurgia robótica, cresce no País o uso do rastreamento genético, indicado para familiares de pacientes que tiveram formas agressivas da doença. "Mesmo quando não há histórico familiar, a chance de achar mutação genética pode chegar a 11%, no caso de homens com PSA (enzima que mede atividade tumoral) muito alto e metástase", diz a oncologista Maria Nirvana Formiga, do Departamento de Oncogenética do A.C.Camargo Cancer Center.

Após passar por cirurgia robótica para remover a próstata em 2012, o aposentado Francisco Lobianco, de 68 anos, recebeu indicação para o rastreamento. O teste mostrou predisposição também para câncer de pâncreas, estômago e pele. "Fiquei muito mais cuidadoso. Apareceu uma gastrite num exame e fui fazer o tratamento imediatamente. E tomo mais cuidado com a pele."

Sobre a glândula: que é a próstata?

Localizada entre a bexiga e a uretra, a próstata é uma glândula que tem a função de produzir grande parte do líquido seminal, que nutre os espermatozoides.

Doenças

Duas doenças podem atingi-la: a hiperplasia prostática benigna (aumento da glândula, que pode ocorrer com o envelhecimento) e câncer (mais raro).

Exames

Exames preventivos (PSA e toque retal) devem ser feitos a partir dos 50 anos. Em caso de histórico familiar, o monitoramento deve começar antes, aos 45. "Com o diagnóstico precoce, a chance de cura é de 90%", diz Flavio Trigo, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia.

Tratamento

Caso o câncer seja detectado, o tratamento a ser adotado será definido pelo médico. Nem todos os tumores precisam ser removidos imediatamente. "A gente não precisa tratar todos os casos. São feitos exames de sangue e biópsias para acompanhar o tumor", explica José Roberto Colombo Júnior, urologista do Hospital Israelita Albert Einstein.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A campanha novembro azul é um alerta à saúde masculina, em especial para a necessidade de cuidados e medidas preventivas contra o câncer de próstata. Há diversos casos em que homens optam uma procura tardia ao médico, trazendo resultados negativos, como a descoberta da doença em estágios avançados - o que dificulta a cura.

Atualmente, o Brasil possui mais de 200 milhões de habitantes, desse total quase metade são de homens. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre o sexo masculino, ficando atrás apenas do câncer de pele. O INCA também afirma que neste ano de 2018, no Brasil, estão são esperados - ao todo - mais de 68 mil novos casos da doença. 

##RECOMENDA##

Nossa equipe procurou um especialista para saber mais sobre o câncer de próstata e como ocorre a prevenção - ainda alvo de preconceito por parte de várias pessoas. O LeiaJá também foi às ruas saber como anda o cuidado dos homens com a saúde. 

Confira todos os detalhes na matéria:

[@#video#@]

O Hiuf (High Frequency Ultrassound) é a única máquina do gênero no país a ser utilizado em operações de pacientes pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Com a máquina, é possível fazer a cirurgia do câncer de próstata, sem a necessidade de retirar o órgão, em apenas uma hora e meia.

O aparelho foi instalado no Centro de Referência em Saúde do Homem, em São Paulo, e custou R$ 3,1 milhões. O tratamento do paciente é de modo menos invasivo, sem necessidade de internação em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e no pós-operatório. Se não houver complicação no tratamento, o paciente pode ser liberado no mesmo dia.

##RECOMENDA##

Com Hifu, a instituição pretende ampliar em 50% o número de procedimentos no primeiro ano, chegando a até 2 mil cirurgias no segundo. Desde a sua instalação em maio, o equipamento foi utilizado em intervenções para procedimentos em 100 pacientes.

A unidade fica localizada à Avenida Brigadeiro Luis Antônio, 2.651, Jardim Paulista, em São Paulo, recebe pacientes encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde.

Pesquisa realizada ao longo de 20 anos confirma o que cientistas já suspeitavam: a cirurgia de câncer de próstata não oferece benefícios para homens no estágio inicial da doença. Nos diagnosticados precocemente, o procedimento não prolongou a vida e, com frequência, causou sérias complicações, como infecção, incontinência urinária e disfunção erétil.

A pesquisa foi publicada nesta quarta-feira (12) na revista científica The New England Journal of Medicine. Os cientistas da Universidade de Washington em Saint Louis (EUA) compararam, entre homens com câncer de próstata em estágio inicial, resultados da cirurgia e da simples observação. Vários dos homens em observação não precisaram de nenhum tratamento, porque no estágio inicial o câncer de próstata cresce devagar e raramente causa sintomas.

##RECOMENDA##

"Cerca de 70% dos diagnosticados com câncer de próstata estão em estágios iniciais da doença e têm tumor não agressivo, que fica confinado na próstata e, portanto, têm excelente prognóstico sem cirurgia. O estudo confirma que o tratamento agressivo é frequentemente desnecessário", afirma um dos autores, Gerald Andriole.

A descoberta ajudará a aprimorar os cuidados. "Esperamos que os resultados façam médicos desistirem de recomendar cirurgia ou radioterapia em pacientes com câncer de próstata não agressivo em estado inicial - e também convençam pacientes de que intervenções não são necessárias."

A pesquisa começou em 1994, assim que testes de sangue para câncer de próstata se tornaram rotina nos Estados Unidos. Com muitos diagnósticos, o padrão de tratamento passou a ser cirurgia ou radioterapia - e se acreditava que isso elevaria a sobrevivência. Mas, nos anos seguintes, complicações ligadas aos tratamentos preocuparam cientistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O café, melhor se não for descafeinado, pode representar uma arma na ajuda da prevenção do câncer de próstata. De acordo com um estudo italiano, três xícaras da bebida por dia, principalmente se for preparada a la italiana, pode reduzir em mais de 50% o risco deste tumor.

Essa foi a principal conclusão de uma pesquisa realizada por especialistas do Instituto Neurologico Mediterraneo de Pozzilli (Irccs Neuromed) em colaboração com o Instituto Superior de Saúde e com o Istituto Dermopatico dell'Immacolata de Roma (IDI), conduzida por George Pounis, do Neuromed, e publicada na revista "International Journal of Cancer".

##RECOMENDA##

Os pesquisadores italianos estudaram o consumo de café de cerca de 7 mil homens residentes da região do Molise e que participam do projeto epidemiológico Moli-sani. "Analisando os costumes relativos ao consumo de café e os casos de câncer de próstata registrados na amostra, pudemos evidenciar uma diminuição do risco, de 53%, nas [pessoas] que bebiam mais de três taças por dia", disse Pounis.

Já na segunda parte do estudo, os pesquisadores testaram as ações dos extratos de café com ou sem cafeína nas células de tumores em proveta. Os primeiros mostraram a capacidade de reduzir significantemente o crescimento das células cancerígenas e a capacidade de se formar uma metástase.

O efeito do café em grande parte desaparece com o descafeinado, sinal que o efeito benéfico observado é muito provavelmente devido à cafeína em si mais do que a outras substâncias contidas na bebida. "O nosso estudo indica que os consumidores habituais de café que bebem mais de três taças por dia têm menores probabilidades de ter tumores na próstata; naturalmente é bom que os excessos que podem ter efeitos negativos de outro tipo sejam evitados", afirmou Francesco Facchiano, um dos estudiosos envolvidos na pesquisa.

Já a italiana Licia Iacoviello, outra pesquisadora do estudo disse que também é necessário levar em conta que a pesquisa se relaciona "com uma população que bebe o café rigorosamente a la italiana, ou seja, com alta pressão e com a temperatura da água muito elevada" e que "este método, diferente dos seguidos em outras áreas do mundo, pode determinar uma maior concentração de substâncias bioativas".

O resultado de um exame deve ter deixado o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), no mínimo, assustado. Ele descobriu, na semana passada, através de uma biópsia, que tem um tumor na próstata. No entanto, o tumor é pequeno com dois milímetros, segundo informação o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. 

A boa notícia é que ele se encontra bem, segundo a sua assessoria de imprensa, que divulgou nota, nesta segunda (20), destacando que “Crivella está em perfeita saúde e trabalhando normalmente”. O comunicado também afirma que “há diversas opções de tratamento, não necessariamente cirúrgicos”. Por enquanto, o gestor irá se tratar com medicamentos. 

##RECOMENDA##

Para corroborar com a nota, Crivella também publicou no Facebook um vídeo, hoje, no qual aparece reunido com seu secretariado. Ele escreveu na rede social que está voltado para cuidar das pessoas. 

“Estou aqui, na prefeitura, com nosso secretariado para tocar os assuntos do Rio de Janeiro. Gostaria de fazer um alerta: governar muitas vezes é contrariar interesses e os inconformados, claro, vão expressar isso na mídia. Nós todos estamos voltados para cuidar das pessoas, mas há notícias no jornal de que não estou interessado em cuidar das pessoas, mas cuidar de mim, por exemplo, morando no Palácio da Cidade. Não dormi lá uma noite”.

Ele também se defendeu sobre a suposta construção de um muro. “Dizem que vou fazer um muro no valor de 1,6 milhão de reais. Não é verdade. Não existe esse orçamento. Não existe esse projeto, quem me dera ter esse recurso para aplicar nos hospitais. Vocês sabem que a administração passada deixou um rombo de 3 bilhões de reais. Pode confiar, nós estamos lutando por você”, ressaltou Crivella. 

Segue até o próximo dia 17 de novembro a realização gratuita de exames de prevenção ao câncer de próstata. A avaliação é feita em uma Unidade Móvel que está no pátio do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, no Derby. O serviço é oferecido das 8h às 13h, sendo distribuídas 150 fichas por dia, 30 para militares e 120 destinadas à sociedade civil.

A iniciativa é uma parceria entre o Sesi/PE e o Comando Geral do Quartel do Derby. Segundo informações da assessoria de comunicação da polícia, serão realizados 2 mil exames durante a campanha de prevenção. Os exames de ultrassonografia e PSA, exame de sangue que complementa o diagnóstico do câncer de próstata, estão sendo realizados na hora dentro da Unidade Móvel.  

##RECOMENDA##

Podem realizar os exames homens a partir de 40 anos, tendo que apresentar CPF e carteira de identidade. Mais informações pelo telefone (81) 3412.8330, pelo e-mail relacionamento@pe.sesi.org.br ou pelo WhatsApp (81) 9.8829.3330.

[@#video#@]

O empresário Daniel Eduardo Derkatscheff Vera, de 71 anos, que era sócio da farmácia Botica ao Veado D’Ouro - que vendeu milhares de remédios contra câncer de próstata falsificados, em 1998 - foi preso na manhã da quarta-feira, 2, no Brooklin, na zona sul da capital paulista. Ele foi condenado a 13 anos de prisão, em 2003, por crime contra a incolumidade pública, por ter falsificado o remédio para tratamento de câncer chamado Androcur.

Seus advogados entraram com uma série de recursos no Judiciário para tentar anular a sentença. O último recurso, que manteve a condenação, foi julgado em abril, mas o mandado de prisão, conforme a polícia, só foi expedido em outubro. Investigadores sabiam que ele recebia dinheiro da aposentadoria e montaram uma campana em uma agência do Brooklin. Quando entrou para receber o benefício, ele foi preso.

##RECOMENDA##

Segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, o empresário era procurado havia dois meses. A principal dificuldade era que ele não tinha uma rotina definida. O delegado contou que Derkatscheff ficou surpreso com a prisão.

Farinha

Na acusação contra ele e seu sócio, Edgar Helbig, consta que a farmácia Botica ao Veado D’Ouro produziu cerca de 1,3 milhão de comprimidos falsos de Androcur. A composição química era substituída por farinha e os acusados colocavam a etiqueta do verdadeiro remédio na embalagem para vender o produto.

O juiz responsável pelo processo em primeira instância afirmou na sentença condenatória de 2003 que os réus "revelaram torpeza, perversão, malvadez, cupidez e insensibilidade moral, posto que agiram única e exclusivamente visando ao ganho fácil, sem se importarem com o destino de milhares de pessoas".

Até o final deste ano, estima-se que mil homens residentes no Pará deverão descobrir que sofrem de câncer de próstata - 330 deles somente em Belém. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que apresenta uma taxa bruta de 25,09 ocorrências para cada 100 mil habitantes no Estado.

Em 2014, o Hospital Ophir Loyola, referência em tratamento da doença no Pará, registrou 277 casos. Até setembro deste ano, 211 ocorrências foram confirmadas. Por conta desses índices, o hospital decidiu intensificar a programação da campanha de conscientização Novembro Azul.  

##RECOMENDA##

Mundialmente, o mês de novembro é dedicado às ações voltadas para a prevenção do câncer de próstata e também à saúde do homem. O Ophir Loyola aderiu à causa há quatro anos. No hospital, o câncer de próstata ocupa o primeiro lugar entre os tipos que mais acometem os homens na faixa dos 68 anos.

O Inca aponta que o câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens, ficando atrás somente do de pele. São 69 mil novos casos registrados a cada ano, o que equivale a 7,8 ocorrências por hora. A probabilidade de morte provocada pela doença aumenta após os 50 anos de idade.

O urologista Ricardo Tuma informa que o câncer de próstata é com frequência descoberto através de exame físico ou por monitoramento dos exames de sangue, como o teste do Antígeno Prostático Específico (PSA). Segundo o médico, os tumores crescem de forma lenta, em média um centímetro a cada 15 anos.

Ricardo Tuma alerta que o toque real e a dosagem do PSA devem ser feitos em todo homem a partir dos 45 anos. Se houver histórico da doença na família, recomenda-se que os exames preventivos sejam feitos a partir dos 35 anos. Por ser uma doença silenciosa, consultar-se periodicamente com um especialista é essencial, acrescenta o médico.

Pênis - Um outro tipo de câncer que atinge os homens com grande incidência é o de pênis. Este é mais comum nas regiões Norte e Nordeste. Em 2014, o Ophir Loyola registrou 46 novos casos da doença e já contabiliza 34 até setembro deste ano.

O câncer de pênis está associado à fimose (não retirada do prepúcio, pele que recobre a glande), à falta de higiene do órgão e à contaminação pelo papiloma vírus humano (HPV). No Brasil, só em 2013, a doença ocasionou a morte de 396 homens. Considerado um tumor raro, o câncer de pênis tem maior incidência a partir dos 50 anos, mas também atinge jovens. 

Com informações de Ana Laura Carvalho.

O mês de novembro é destinado à campanha pela conscientização e tratamento do câncer de próstata. O período é dedicado ainda à quebra de preconceito quanto aos exames preventivos da doença que já possui uma estimativa de 69 mil novos casos ao ano. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 51% dos homens nunca consultaram um urologista, fato que leva a ser a doença mais prevalente nos homens.

Por conta disso, os homens podem se cadastrar para participar da XIV Campanha de Próstata, do Real Hospital Português. No dia 20 de novembro serão atendidos 300 pacientes previamente cadastrados até a próxima quarta-feira (10) através dos telefones 3416-7301 / 3416-7302. 

##RECOMENDA##

A organização da campanha reafirma a importância dos exames preventivos a homens a partir dos 45 anos e esclarecem que os inscritos terão acesso a consulta com um urologista e também farão os exames de PSA e toque retal. 

Serviço:

Inscrições XIV Campanha de Próstata do Real Hospital Português

Data: 10 e 11 de novembro

Onde: Ambulatório Maria Fernanda

Telefones: 3416-7301 / 3416-7302

Dia do atendimento: 20 de novembro

Com informações da assessoria

Uma nova estratégia de tratamento permitiu prolongar a vida de homens afetados por um câncer avançado de próstata, indicam os resultados de um teste clínico difundido neste domingo (1º) durante uma conferência médica. O estudo, feito com 790 homens que acabaram de ser diagnosticados com um câncer invasivo de próstata, demonstra que a quimioterapia combinada com tratamento hormonal prolonga a vida destes pacientes em cerca de um ano.

"A terapia hormonal é o tratamento clássico do câncer de próstata desde os anos 1950", disse Christopher Sweeney, oncologista do Instituto do Câncer Dana-Farber de Boston (Massachusetts, nordeste dos Estados Unidos), que desenvolveu esta pesquisa apresentada na conferência anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO), celebrada este fim de semana em Chicago (Illinois, norte). "Trata-se do primeiro estudo que identifica uma estratégia que prolonga a vida de pessoas que acabam de receber um diagnóstico de câncer de próstata com metástase", comentou. "Os resultados são importantes e esta terapia deveria ser o novo tratamento de referência para homens cujo câncer se propagou e podem suportar uma quimioterapia", acrescentou Sweeney.

O câncer de próstata é estimulado por hormônios masculinos ou andróginos no sangue. O tratamento hormonal visa a reduzir sua quantidade. Embora esta terapia seja eficaz, a longo prazo o câncer se torna resistente na maior parte dos casos.

A quimioterapia só costuma ser usada depois que a doença avança, apesar do tratamento hormonal. Metade dos 790 pacientes participantes no estudo foram tratados unicamente com terapia tradicional e os 50% restantes foram submetidos ao tratamento de supressão hormonal combinado com Docetaxel (Taxoten), um agente que impede a divisão e a multiplicação das células cancerosas.

Após um acompanhamento de 29 meses, 136 das pessoas tratadas apenas com terapia hormonal faleceram contra 101 do grupo que também se submeteu à quimioterapia. O tempo médio de sobrevida do grupo tratado apenas com terapia hormonal foi de 44 meses, e de 57,6 meses nos pacientes que receberam Taxoten. O tempo médio de aparecimento de sinais clínicos de um novo avanço do câncer foi de 19,8 meses no primeiro grupo e de 32,7 no segundo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando