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Os diretórios nacionais do DEM e do PSL decidiram, nesta quarta-feira (6), aprovar a fusão entre as duas legendas. O novo partido vai se chamar União Brasil e usar na urna o número 44. A nova sigla terá, em um primeiro momento, a maior bancada da Câmara, com 82 deputados, além de quatro governadores, oito senadores e as maiores fatias dos fundos eleitoral e partidário. Será a primeira vez em 20 anos que a direita reúne tantos parlamentares em uma única agremiação. A última vez foi no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, quando o PFL (atual DEM) elegeu 105 representantes.

O presidente da legenda será o atual presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), e a secretaria-geral ficará com ACM Neto, que hoje comanda o DEM. Para ser oficializada, a criação do União Brasil ainda precisa do aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A expectativa dos articuladores da fusão é que o tribunal dê a permissão até fevereiro do ano que vem.

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"Nós vamos agora decidir a política nacional não só no Congresso Nacional, mas em todos os Estados do País", afirmou o governador Ronaldo Caiado (DEM-GO) ao discursar hoje na reunião do partido.

Antes da decisão final dos dois partidos, as direções do DEM e do PSL se reuniram separadamente para aprovar a fusão. O diretório do DEM do Rio Grande do Sul foi o único a votar contra a fusão.

Na reunião do DEM, o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, que é pré-candidato ao governo gaúcho, apresentou dois requerimentos. Um deles para deliberar sobre o apoio do novo partido à reeleição de Bolsonaro e outro para dar direito à voto no diretório nacional a todos os deputados federais e senadores. Os dois requerimentos foram rejeitados.

Além de Lorenzoni, os ministros da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, que é filiado ao PSL, e ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, que é deputada licenciada pelo PL do DF, também estiveram no evento que sacramentou a fusão. A nova legenda vai ter força para decidir votações importantes e ter peso significativo num eventual processo de impeachment de Jair Bolsonaro.

Liderança

Com 82 deputados, a nova sigla vai desbancar o PT, que desde 2010 lidera o ranking de maiores bancadas na Câmara. Em 2018, foram 54 petistas eleitos. Hoje, o partido tem 53 deputados, empatado com o PSL. Mesmo que com a fusão parlamentares bolsonaristas deixem o novo partido, como esperado, a sigla ainda sem nome seguirá com o maior número de deputados.

A união é vantajosa para o DEM por causa do aumento do fundo partidário. Para o PSL, partido que cresceu repentinamente ao abrigar a eleição presidencial de Jair Bolsonaro em 2018, com quem depois rompeu, os principais atrativos são a capilaridade regional e estrutura que a outra sigla pode oferecer.

Apesar de a presidência ficar com Bivar, ACM Neto afirmou em entrevista semana passada ao Estadão/Broadcast Político que as decisões da nova legenda não ficarão concentradas na presidência e serão feitas de forma "compartilhada e colegiada". O União Brasil pretende pôr em prática uma cláusula que determina que qualquer decisão precisa ter o apoio de três quintos da direção do partido.

Apesar dos avanços, para ser confirmada a fusão é preciso ajustar conflitos regionais. Estados como Rio e São Paulo ainda não têm consenso sobre qual grupo político vai exercer o comando. Pelo acerto entre ACM Neto e Luciano Bivar, o PSL comandaria esses diretórios estaduais, mas os líderes regionais do DEM resistem a ceder os comandos.

No Rio, o deputado Sóstenes Cavalcante comanda provisoriamente o diretório estadual do DEM e trabalha para ficar com o comando permanente. O DEM resolveu fazer uma intervenção federal no Estado para retirar o ex-prefeito e vereador Cesar Maia da presidência estadual. O movimento aconteceu após a saída do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, filho de Cesar, da legenda.

Se for concretizada a fusão, o controle do diretório do Rio ficará com o prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho PSL, do grupo do ex-governador Anthony Garotinho (Pros).

"O Rio não tem solução ainda. Com o Waguinho, estou outro dia na rua, em outro partido. Não tem conversa com o Waguinho. Ele assumiu hoje, amanhã estou fora. Garotinho, Waguinho, essa turma aí estou fora", disse Sóstenes hoje antes de ir para a reunião do diretório nacional do DEM.

Em São Paulo também há uma falta de consenso sobre a eleição para governador em 2022. Uma ala tenta atrair Geraldo Alckmin, que está de saída do PSDB, para a fusão DEM-PSL. Outra ala quer apoiar o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), candidato do atual governador João Doria (PSDB) à sua sucessão. Alckmin também conversa com Gilberto Kassab e pode se filiar ao PSD.

O novo partido pretende ter candidatura própria a presidente da República. Atualmente são três pré-candidatos: o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o apresentador José Luiz Datena (PSL). Pacheco também mantém negociações para se filiar ao PSD. Como "plano B" caso Pacheco vá para o partido de Gilberto Kassab, o União Brasil planeja filiar o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que hoje está no Novo.

Apesar de ter como objetivo candidatura própria à Presidência, o comando da fusão DEM-PSL pretende liberar seus filiados para apoiarem outros candidatos, como o presidente Jair Bolsonaro. Apesar de não estar na base do governo, hoje o DEM tem entre seus quadros os ministros de Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

De acordo com políticos a par da união dos dois partidos, o líder da bancada na Câmara deve ser o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA). Elmar comanda as articulações para definir a fusão nos estados e é aliado próximo de ACM Neto.

O novo partido também quer atrair políticos insatisfeitos com as suas legendas e antecipar os efeitos da janela de troca partidária, período em que os eleitos para cargos em pleitos proporcionais - deputados federais, estaduais e vereadores - podem sair de suas siglas sem o risco de perderem o mandato. A janela está prevista para acontecer em março do ano que vem. Pelas regras eleitorais, um deputado pode trocar de partido fora da janela sem perder o mandato se a nova legenda escolhida for resultado de uma fusão.

Antes mesmo da oficialização da nova legenda, o deputado Celso Sabino saiu do PSDB e foi para o PSL. Sabino entrou em conflito com o comando tucano por conta da proximidade dele com o Centrão, que é base do governo de Jair Bolsonaro. O PSDB anunciou no início de setembro que é oposição ao governo. Outro insatisfeito com a legenda pela proximidade com o governo, o senador Márcio Bittar saiu do MDB para se filiar ao PSL.

Os organizadores da fusão também esperam filiar os deputados Felipe Rigoni (PSB-ES), Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA), Clarissa Garotinho (Pros-RJ), Daniela do Waguinho (MDB-RJ) e Capitão Wagner (Pros-CE), todos em conflito com suas respectivas legendas.

Por outro lado, também é esperada a desfiliação de cerca de 25 deputados ligados ideologicamente ao presidente Jair Bolsonaro. O grupo bolsonarista do PSL tem sido deixado de fora das conversas sobre a fusão.

Com a concorrência de partidos da direita por sua candidatura, na noite dessa quinta-feira (30), o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, jantou com outros dois interessados em representar a 'terceira via' na disputa à Presidência: o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Desejado pelas siglas, Moro teria indicado que só apoiará projetos que defendam a retomada da prisão após condenação em segunda instância. 

Com direito a brinde com o slogan 'O Brasil nos une', antes de tocarem as taças, Doria tentou convencer Moro a se candidatar ao Senado por São Paulo. Segundo O Globo, este não é o interesse inicial do ex-juiz da Lava Jato.

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O Podemos já havia feito a oferta para que Moro pudesse escolher se disputava por São Paulo ou pelo Paraná, mas também se disponibilizou em escolhê-lo como candidato do partido ao Executivo Federal, conforme o Congresso em Foco. 

Antes do encontro, Moro e Mandetta cumpriram agenda com lideranças do Movimento Brasil Livre (MBL) para debater sobre o apoio nas eleições. 

Com diversas ofertas para analisar, Moro deve confirmar seu destino após o resultado do PSDB sobre seu candidato e também segue atento à fusão do DEM ao PSL.

O novo partido que resultará da fusão do DEM com o PSL deve se chamar União Brasil e aparecer nas urnas com o número 44. As marcas foram definidas, nesta quarta (29), em reunião com dirigentes das duas legendas. O encontro teve a participação dos presidentes do DEM, ACM Neto, do PSL, Luciano Bivar, do vice-presidente do PSL, Antonio Rueda, e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).

O líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), disse que a escolha atende à ideia de não aproveitar o 17 do PSL, que foi usado na última campanha presidencial por Jair Bolsonaro, e nem o 25 do DEM. Para ajudar na decisão desses detalhes, os articuladores da fusão contrataram, na semana passada, uma pesquisa. "A premissa era de nome novo e número novo. Foram os melhores avaliados na pesquisa qualitativa", disse.

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A nova legenda será presidida por Bivar e terá ACM Neto na secretaria-geral. As executivas nacionais dos dois partidos já aprovaram a fusão e convocaram para o dia 6 de outubro uma reunião conjunta dos diretórios nacionais das duas legendas, quando serão decididos o estatuto e o programa do novo partido. De acordo com nota do PSL, na ocasião "também será eleita a Comissão Executiva Nacional Instituidora, órgão nacional que promoverá o registro do novo partido".

A União Brasil, se concretizada a fusão, terá as maiores fatias dos fundos eleitoral e partidário e o maior tempo de rádio e televisão para a eleição de 2022. Reunirá também a maior bancada da Câmara, com 81 deputados, com força para definir os rumos dos projetos da Casa, além de quatro governadores e sete senadores.

Pré-candidatos

O plano é ter candidatura própria a presidente da República. Atualmente são três pré-candidatos: o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o apresentador José Luiz Datena (PSL). Pacheco também mantém negociações para se filiar ao PSD. No entanto, os articuladores da fusão pretendem liberar seus filiados para apoiarem outros candidatos, como a reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

Apesar de não estar na base do governo, hoje o DEM tem entre seus quadros os ministros de Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Ambos votaram pela fusão na reunião da executiva. 

A Executiva Nacional do PSL decidiu, nesta terça-feira (28), aprovar por unanimidade o avanço do processo para a fusão com o DEM. Os diretórios nacionais dos dois partidos vão fazer uma reunião conjunta no dia 6 de outubro, em Brasília, para decidir de forma definitiva sobre a união.

Em nota, o presidente do PSL e também presidente do novo partido, deputado Luciano Bivar (PE), afirmou que a reunião do diretório definirá a forma como a nova legenda irá funcionar."Na ocasião serão aprovados os projetos comuns de Estatuto e o programa do novo partido. Também será eleita a Comissão Executiva Nacional Instituidora, órgão nacional que promoverá o registro do novo partido", disse.

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Na semana passada, a Executiva Nacional do DEM também aprovou o avanço da fusão e autorizou a convocação do Diretório Nacional para o próximo mês para deliberar sobre isso. Se aprovada em outubro pelos dois partidos, articuladores da fusão avaliam que a oficialização pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai acontecer até fevereiro do ano que vem.

O novo partido será presidido pelo atual presidente do PSL, Luciano Bivar, e terá o presidente do DEM, ACM Neto, na secretaria-geral. Em entrevista ao Estadão, Neto afirmou que as decisões da nova legenda não ficarão concentradas na presidência e serão feitas de forma "compartilhada e colegiada". "Todas as decisões internas terão que passar por uma apreciação colegiada da comissão instituidora do partido", disse.

A fusão das duas siglas, caso concretizada, terá as maiores quantias dos fundos eleitoral e partidário e o maior tempo de rádio e televisão para a eleição de 2022. O dinheiro será consequência de a nova sigla ter a maior bancada da Câmara, com 81 deputados, que também terá força para definir os rumos dos projetos da Casa. Além disso, a legenda terá quatro governadores e sete senadores.

Por outro lado, é esperada a desfiliação dos deputados ligados ideologicamente ao presidente Jair Bolsonaro e que hoje estão no PSL, caso de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O grupo bolsonarista do PSL tem sido deixado de fora das conversas sobre a fusão e não participou da reunião de hoje da Executiva.

Os organizadores da fusão esperam perder cerca de 25 deputados aliados do presidente após as duas legendas se unirem. O grupo governista planeja se filiar ao partido que Bolsonaro escolher para disputar a reeleição, algo que ainda não está definido. O presidente está sem legenda desde o final de 2019, quando deixou o PSL.

A legenda resultante da fusão trabalha com as candidaturas ao Planalto do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), do apresentador José Luiz Datena, que está filiado ao PSL, e com a do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O mineiro tem sido sondado para se filiar ao PSD, mas o comando do DEM tem usado a fusão e o tamanho do novo partido para tentar impedir isso. Como "plano B" caso Pacheco vá para o partido de Gilberto Kassab, a fusão DEM-PSL planeja filiar o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que hoje está no Novo.

Apesar dos avanços, para ser confirmada a fusão é preciso ajustar conflitos regionais. Estados como Rio, São Paulo e Pernambuco ainda não têm consenso sobre qual grupo político vai exercer o comando. Pelo acerto entre ACM Neto e Luciano Bivar, o PSL comandaria esses diretórios estaduais, mas os líderes regionais do DEM resistem a ceder os comandos.

Em São Paulo também há uma falta de consenso sobre a eleição para governador em 2022. Uma ala tenta atrair Geraldo Alckmin, que está de saída do PSDB, para a fusão DEM-PSL. Outra ala quer apoiar o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), candidato do atual governador João Doria (PSDB) a sua sucessão. Alckmin também conversa com Kassab e pode se filiar ao PSD.

Mesmo com a defesa de candidatura própria em 2022, a ideia é que os filiados sejam liberados para apoiar outros candidatos a presidente, como Jair Bolsonaro. ACM Neto afirmou que não pretende "criar constrangimentos" para quem não seguir a posição nacional. Apesar de não estar na base do governo, hoje o DEM tem entre seus filiados os ministros de Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), ambos votaram pela fusão na reunião da Executiva do DEM.

Em seu primeiro discurso como pré-candidato ao Governo de Pernambuco pelo Democratas, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, defendeu a pauta liberal ao criticar alta taxa tributária do Estado. Em evento no Centro do Recife, neste sábado (25), o gestor confirmou a saída do MDB para sua nova casa, que selou união nacional ao PSL.

Com o início da pré-campanha agendado após o feriado de 12 de outubro, quando começa a percorrer as mesorregiões do Estado para se aproximar do eleitorado, Miguel criticou aspectos da atual gestão como manutenção de estradas, Saúde, Segurança e abastecimento de água para indicar que os pernambucanos perderam o orgulho.

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“Pernambuco de hoje tá triste, tá perdendo as oportunidades", frisou ao indicar que, além da confiança dos populares, o Estado perdeu destaque na conjuntura nacional.

Ainda sem detalhes sobre a estratégia para escolha do vice, o sertanejo já não deverá contar com a figura de Mendonça Filho em sua chapa. Na ocasião, o próprio presidente estadual do DEM e, segundo Miguel, o responsável por sua migração ao partido, comunicou que vai concorrer ao Congresso como deputado em 2022.  

Além da missão de levar a oposição de volta ao comando do Governo de Pernambuco após 16 anos, o prefeito contou que conversa semanalmente com líderes da direita para realinhar o bloco diante das articulações para outra chapa do campo liberal. A intenção vem da provável aliança da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) com o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL).

Diante da ameaça de outro município protagonista no interior com a cidade vizinha ao Recife na Região Metropolitana, o pré-candidato pregou humildade e união. “Nós estamos unidos. Não tem divisão, não tem racha. Todos nós estamos falando reiteradas vezes que precisamos mudar Pernambuco, esse é o propósito que nos une”, complementou.

Filho do senador governista Fernando Bezerra Coelho (MDB) e irmão do deputado Fernando Filho (DEM-PE), o palanque do gestor de Petrolina contou com a presença do líder da bancada do DEM, o deputado Efraim Filho. O vice-presidente do PSL, Antônio Rueda, aproveitou a ocasião para firmar a unificação junto ao presidente do DEM, ACM Neto. "O projeto de Miguel é uma prioridade para o Democratas no Brasil", frisou ACM.

Miguel também recebeu apoio virtual da alta cúpula do DEM formada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e dos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado, e do Mato Grosso, Mauro Mendes.

Com presenças municipais de outros estados como os gestores de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), de Salvador, Bruno Reis (DEM), de Campina Grande, Bruno Cunha (Solidariedade), a deputada Priscila Krause (DEM) ainda ganhou destaque ao lado de cerca de 30 prefeitos do interior de Pernambuco.

A pesquisa de intenção de votos para a Presidência da República no pleito de 2022, divulgada pelo Ipec na noite desta quarta-feira (22), revelou um cenário pouco definido para os candidatos da chamada “terceira via”. Segundo o levantamento realizado entre os dias 16 e 20 de setembro, nomes como Datena (PSL), João Doria (PSBD) e Luiz Henrique Mandetta (DEM) pontuam de 1% a 3%, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

No primeiro cenário simulado pelo instituto, o governador de São Paulo, João Doria, aparece com 3% das intenções de voto. No segundo, 2%. Ele protocolou a inscrição como pré-candidato à Presidência da República na última segunda-feira (20) e ainda precisa disputar as prévias do partido com os nomes de Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, Tasso Jereissati, senador pelo Ceará, e o ex-prefeito de Manaus (AM), Arthur Virgílio Neto.

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Seguindo a mesma tendência, o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), foi citado por 3% da população na primeira simulação. Na segunda, pontuou 1%. Nesta quarta-feira (22), após a reunião da Executiva Nacional do DEM, que aprovou a fusão com o PSL, o ex-titular de Jair Bolsonaro (sem partido) mostrou entusiasmo no que chamou de “chance de viabilizar a terceira via”.

Já Datena (PSL-SP), que não foi incluído no primeiro cenário, aparecendo na segunda simulação com 3% das intenções de voto, se mostrou apreensivo com o avanço das negociações entre as legendas. Durante entrevista à Revista Veja no início da semana, o apresentador elogiou os nomes de Mandetta e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, para “vice” e deixou claro que só ficará no PSL caso seu nome seja cabeça de chapa na disputa eleitoral. Na mesma ocasião, acenou ao PDT com elogios a Ciro Gomes (PDT-CE).

Primeiro cenário

Entre os candidatos que compuseram o primeiro cenário simulado pelo Ipec, estão Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera com 48% das intenções de voto, Jair Bolsonaro (sem partido), 23%, Ciro Gomes (PDT), 8%, João Doria e Luiz Henrique Mandetta. Os votos brancos ou nulos somam 10%. Não sabem ou preferiram não responder são 4%.

Polarização

Na segunda simulação, a polarização entre Lula, que teria 45% dos votos e Bolsonaro, com 22%, permanece. Além de Doria, Datena e Mandetta, Ciro aparece com 6%; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, teria 1%; e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Simone Tebet (MBD-MS), também senadora, não pontuam. Brancos e nulos somam 9%, não sabem ou não responderam, 5%.

Para este levantamento, o instituto ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios. O nível de confiança é de 95%.

 

Em uma reunião realizada na noite desta terça-feira (21) a Executiva Nacional do Democratas (DEM) aprovou, por unanimidade, a possível fusão com o PSL. Os 41 votos  favoráveis e nenhum contrário submetem a decisão à convenção nacional, que deve acontecer em outubro. A possibilidade de revisão, no entanto, é quase nula.

A aprovação massiva do “super  partido de direita” contou com os votos favoráveis dos ministros Onyx Lorenzoni, do Trabalho, e Tereza Cristina, da Agricultura. Ambos são possíveis candidatos a disputar o governo do Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, respectivamente. Ademais, também participaram da reunião o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e o presidente do partido, ACM Neto (DEM-BA), além de outros quadros da legenda.

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Durante o encontro da Cúpula, os discursos de oposição ao governo e também ao PT foram marcados pela disputa interna entre os nomes que almejam o pleito presidencial no ano que vem. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, por exemplo, sinalizou a disponibilidade de seu nome para “enfrentar a esquerda”. Da mesma forma, o ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta, mostrou entusiasmo no que chamou de “chance de viabilizar a terceira via”.

De acordo com ACM Neto, ainda é cedo para falar sobre o projeto nacional que surgirá da fusão, mesmo assim, a estimativa é de que “o partido tenha papel decisivo nas eleições, inclusive na sucessão presidencial”. Caso seja confirmado, ainda neste ano, a nova legenda terá outro nome e novas diretrizes.

 

 

Prestes a ser oficializada, a fusão entre DEM e PSL vai criar uma megapotência partidária. A nova legenda deve nascer com 81 deputados federais e conquistar o posto de maior bancada na Câmara, com força para decidir votações importantes e ter peso significativo num eventual processo de impeachment de Jair Bolsonaro. Será a primeira vez em vinte anos que a direita reunirá tantos parlamentares em uma única agremiação. A última vez foi no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, quando o PFL (atual DEM) elegeu 105 representantes.

Caso a nova sigla seja concretizada, vai desbancar o PT, que desde 2010 elege as maiores bancadas na Câmara. Em 2018, foram 54. Mesmo que 25 parlamentares bolsonaristas deixem o novo partido, como esperado, a sigla que será criada seguirá com o maior número de deputados.

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A ideia de dirigentes de PSL e DEM é usar a megaestrutura que está sendo formada para atrair uma candidatura à Presidência em 2022 capaz de rivalizar com Bolsonaro e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além de maior partido da Câmara, a nova legenda deve controlar três Estados, favorecendo a formação de palanques regionais nas disputas eleitorais. Hoje, o PSL governa Tocantins, com Mauro Carlesse, e o DEM administra Goiás, com Ronaldo Caiado, e Mato Grosso, com Mauro Mendes.

O novo partido também deve ser o mais rico de todos. Terá perto de R$ 158 milhões por ano de Fundo Partidário, dinheiro público que abastece as legendas para gastos que vão de manutenção de sede, pagamento de salários, aluguel de jatinhos, entre outros. Em comparação, o PT ganhará R$ 94 milhões dessa verba pública neste ano.

A sigla que pode sair da fusão DEM-PSL receberá ainda, no que ano vem, a maior fatia do fundo eleitoral, cujo valor ainda deve ser fixado pelo Congresso. Se considerada a soma dos valores de 2020, o novo partido teria R$ 478,2 milhões, à frente do PT, que ficou com R$ 295,7 milhões somando as duas fontes de dinheiro público.

Do lado do DEM, a união é vantajosa justamente por causa do aumento de recursos públicos. Para o PSL, os principais atrativos para a fusão são a capilaridade regional e estrutura que a outra sigla pode oferecer.

O partido resultante da fusão reuniria ainda 554 prefeitos, 130 deputados estaduais e 5.546 vereadores, segundo o número de eleitos nas últimas eleições. No Senado, a alteração não seria significativa, pois o PSL acrescentaria apenas mais uma parlamentar - a senadora Soraya Thronicke (MS) - à bancada de seis senadores do DEM.

Dentro do PSL a união já é dada como certa e esperam anunciá-la em 21 de setembro. Mas a possibilidade de fusão desagrada a uma parte do DEM.

Resistências

Na primeira demonstração de união, os dois partidos divulgaram nota com críticas a Bolsonaro após as ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos atos de 7 de Setembro. DEM e PSL afirmaram que repudiam "com veemência" o discurso de Bolsonaro "ao insurgir-se contra as instituições de nosso País".

O texto gerou insatisfação em parte do DEM. O ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, que é deputado licenciado pelo DEM do Rio Grande do Sul, afirmou que a nota não o representa. Disse ainda que a nova legenda "talvez nasça grande", mas, "se não mudar o comportamento, será um partido nanico".

O Estadão apurou que há também conflitos no DEM do Rio. Lá, o deputado Sóstenes Cavalcante, aliado de Bolsonaro, comanda provisoriamente o diretório estadual. Trabalha para ficar com o cargo permanente.

O DEM fez uma intervenção no Estado para retirar o ex-prefeito e vereador Cesar Maia da presidência estadual. A medida ocorreu após a saída do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, filho de Cesar, da legenda. Se for concretizada a fusão, o controle do diretório do Rio ficará com um nome do PSL.

Em Pernambuco, o ex-ministro da Educação e presidente do DEM no Estado, Mendonça Filho (DEM), também resiste. "A minha preocupação é com a governança, como o partido vai se estabelecer, de que forma vai harmonizar os interesses regionais, nomes históricos do partido em posições regionais."

Negociações. Detalhes como nome e número da nova sigla não estão definidos. A operação tem como principais articuladores o atual presidente do PSL, Luciano Bivar, o vice-presidente do PSL, Antonio Rueda, e o presidente do DEM, ACM Neto. Bivar deve ser o presidente do novo partido, Rueda deve ficar com a vice-presidência e Neto, com a secretaria-geral.

Apesar das resistências no DEM, a fusão tem o apoio de Neto e do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. O ex-ministro tem articulado a sua pré-candidatura ao Planalto. Pelo lado do PSL, o pré-candidato é o apresentador José Luiz Datena. Outro citado como opção para 2022 é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) - ele é cobiçado pelo PSD e pode acabar saindo do DEM.

De saída do PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin recebeu na semana passada uma ligação do presidente nacional do DEM, ACM Neto, pedindo que ele espere o resultado de uma possível fusão do partido com o PSL antes de decidir sua futura filiação. Alckmin trabalha para ser candidato novamente ao Palácio dos Bandeirantes no ano que vem e vinha negociando a entrada no PSD de Gilberto Kassab.

Depois de ensaiar uma aproximação com o MDB, o PSL reavaliou sua estratégia e avançou nas tratativas para fazer uma fusão com o DEM com o propósito de criar um "super partido" para disputar as eleições de 2022. Liderado pelo deputado Luciano Bivar (PE), o PSL deixou de ser nanico e alcançou a segunda maior bancada da Câmara em 2018 (52 deputados federais) na esteira da eleição do presidente Jair Bolsonaro em 2018 - Bivar depois rompeu com o chefe do Executivo.

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Conforme noticiou o Estadão, já em outubro de 2019 a cúpula do DEM articulava com o grupo político ligado a Bivar uma possível fusão entre os dois partidos. Segundo aliados, após a conversa com ACM Neto, Alckmin ficou animado com a proposta, mas quer antes o aval de Kassab. "A criação desse novo partido deve ser considerada uma opção, mas isso não significa que vamos nos distanciar do PSD e do PSB", disse o ex-deputado Floriano Pesaro, um dos coordenadores políticos do ex-governador. Essa operação, porém, exigiria um expurgo da ala que hoje comanda o DEM paulista e é ligada ao governador João Doria (PSDB), que vai apoiar seu vice, Rodrigo Garcia (PSDB), para o governo.

A avaliação reservada de integrantes do DEM e do PSL é que a união beneficiaria a ambos: o PSL tem dinheiro e tempo de TV, mas não conta com quadros fortes para eleger uma bancada do mesmo tamanho no ano que vem, enquanto o DEM tem puxadores de voto e uma estrutura forte nos Estados, mas poucos recursos em caixa. A fusão ainda enfrenta resistências no DEM. Procurado, ACM Neto não quis se manifestar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de eleger 52 deputados federais na esteira de Jair Bolsonaro, em 2018, e romper com o presidente no ano seguinte, o PSL fechou uma aliança estratégica com o MDB para tentar se manter relevante nas articulações políticas visando as eleições de 2022. A aproximação entre as legendas começou durante um jantar em São Paulo, no início de junho, que reuniu o ex-presidente Michel Temer, o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), e o presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE).

Pelo acerto inicial, as duas siglas vão lançar um programa conjunto produzido pelas fundações Indigo (PSL) e Ulysses Guimarães (MDB), e apresentar candidaturas presidenciais próprias com o intuito de convergir em uma chapa única no começo do ano que vem. Os emedebistas apostam na senadora Simone Tebet (MT) e o PSL, no apresentador José Luiz Datena.

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Nos bastidores, porém, Datena já avisou que prefere disputar o Senado, e Bivar, então, seria indicado como vice de Simone nas negociações que buscam um nome da terceira via para enfrentar Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.

Em outra frente, o PSL mantém acesa a possibilidade de uma fusão, seja com o MDB ou outra sigla. Ao Estadão, Bivar admitiu negociações nessa linha e disse que as fusões são uma "tendência" no longo prazo.

Independentemente da sucessão presidencial, MDB e PSL querem estar juntos nas disputas estaduais e já trabalham na construção de um mapa nacional que privilegie essa dobrada. "O MDB e o PSL largaram na frente e estarão irmanados. Lá na frente vamos conversar sobre quem será nosso candidato (a presidente)", disse o deputado federal Júnior Bozella (SP), vice-presidente do PSL. Segundo ele, quem estiver "mais bem posicionado" vai indicar a cabeça de chapa.

Nas eleições de 2018, os dois partidos viveram momentos opostos. O MDB caiu de 66 deputados eleitos em 2014 para 34, enquanto o PSL saltou de 1 para 52.

Apesar das tratativas, há obstáculos como a proximidade de emedebistas com Lula e o PT em palanques estaduais prioritários - incluindo Pará, com Jader e Helder Barbalho; e Alagoas, com Renan Calheiros e Renan Filho.

Em meio a essas tratativas, foi Baleia Rossi quem articulou a ida de Datena para o PSL. O objetivo foi isolar a ala bolsonarista da sigla, que ainda tem influência do deputado Eduardo Bolsonaro (SP). "Há uma tentativa de juntar as fundações dos dois partidos em uma reflexão conjunta sobre os rumos do País. Até meados de setembro vamos apresentar um documento conjunto", disse o presidente da Fundação Indigo, Marcos Cintra. O documento já tem nome: "Ponto de Equilíbrio".

"A gente não se curvou. Seria mais fácil ter ficado no projeto de poder do Bolsonaro, como fez o Centrão. Mas não nos deixamos seduzir. Ficamos fiéis aos nossos objetivos: as bandeiras liberais", afirmou Bozzella. Dono da segunda maior fatia do fundo eleitoral e do tempo de TV (atrás do PT), o PSL é cortejado ainda por Progressistas e Podemos, que vislumbram uma fusão ou federação partidária, caso esse modelo seja aprovado no Congresso. A articulação também envolve o DEM e culminaria na formação de um "superpartido", hoje com 121 deputados e 15 senadores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na última semana de julho, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) relatou publicamente ter sofrido um “apagão” de memória e acordado com fraturas e hematomas pelo corpo, sem saber se as lesões teriam origem acidental ou seriam fruto de agressão física. Após as declarações, diversos relatos de pessoas que utilizam o medicamento Stilnox, substância hipnótica usada para induzir o sono e à base de zolpidem, ganharam espaço na mídia por darem luz a experiências similares à da parlamentar, que também faz uso do fármaco há cerca de 20 anos. As histórias foram publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo.

Cerca de 5% dos pacientes que fazem uso do hipnótico estão sujeitos a diminuição ou perda total da memória (amnésia), especialmente nas quatro primeiras horas após a ingestão, quando a medicação ainda está na corrente sanguínea. Desenvolvida há 30 anos, de início para regular o jet lag de pessoas que fazem viagens internacionais, a substância é considerada segura pelos médicos desde que usada de acordo com as indicações da bula, na dose certa e por tempo adequado.

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"A pessoa pode fazer e vivenciar coisas, que não ficam retidas na memória", afirma o psiquiatra Mauro Aranha. Nessa situação, mesmo parecendo estar acordado, o indivíduo não tem os mesmos reflexos nem o mesmo raciocínio.

Segundo o psiquiatra, se a pessoa acordar durante as quatro horas em que o fármaco circula na corrente sanguínea, ela pode não se lembrar do que fez. "Mas, se despertar quando a substância não está mais circulando no corpo, provavelmente já estará consciente dos próprios atos", explica.

A bula do medicamento alerta sobre "as propriedades farmacológicas do zolpidem, que podem causar sonolência, diminuição dos níveis de consciência —levando a quedas e, consequentemente, a lesões severas—, sonambulismo ou outros comportamentos incomuns (como dormir na direção e durante a refeição), acompanhado de amnésia".

Um advogado que também toma Stilnox, remédio usado pela deputada, e que pediu à reportagem para não ter o nome revelado disse que relacionou o cenário narrado por Joice a possíveis reações colaterais da substância antes mesmo de ela citar que faz uso do medicamento para dormir.

Nas palavras do advogado, "esse é um remédio que precisa ser tomado na cama e com a luz apagada", já que há riscos de a pessoa "se levantar no meio da noite e fazer coisas das quais não vai se lembrar no dia seguinte".

O advogado relata episódios malucos e até perigosos que vivenciou sob efeito do medicamento, como fazer macarrão em uma frigideira, deixar o gás aberto por sete horas e cair no banheiro. Ele diz que só descobriu os fatos no dia seguinte, ao ver indícios como a cozinha revirada e escoriações pelo corpo.

Apesar das experiências serem prescritas em bula, Joice Hasselmann não descarta a possibilidade de atentado. Segundo sua assessoria de imprensa, "os médicos descartaram a possibilidade de uma queda acidental" ter provocado as escoriações.

Três de quatro cenários divulgados, nesta quinta-feira (29), pelo Instituto Paraná Pesquisas, mostram o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula (PT) tecnicamente empatados na corrida presidencial de 2022. 

No quarto cenário, no estimulado entre Lula, Bolsonaro e Datena, o petista está um pouco à frente do atual chefe do Executivo, fora da margem de erro do levantamento, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. 

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A pesquisa foi contratada pelo PSL e testou o nome do apresentador José Luiz Datena. A "novidade" é a boa colocação do apresentador, que dos quatro cenários, aparece em terceiro lugar em três deles, desbancando o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). O Instituto ouviu 2.010 eleitores entre os dias 24 e 28 de julho.

Confira os cenários levantados pelo Instituto Paraná Pesquisas para o primeiro turno

Cenário 1

Lula (PT): 33,7%

Bolsonaro (sem partido): 32,7%

Datena (PSL): 7%

Ciro Gomes (PDT): 6,8%

João Doria (PSDB): 3,9%

Mandetta (DEM): 1,8%

Simone Tebet (MDB): 0,7%

Rodrigo Pacheco (DEM): 0,6%

Nenhum/Branco/Nulo: 9,4%

Não sabe/Não respondeu: 3,3%

Cenário 2

Lula (PT): 33,8%

Bolsonaro (sem partido): 32,8%

Datena (PSL): 7%

Ciro Gomes (PDT): 6,9%

João Doria (PSDB): 4,3%

Mandetta (DEM): 2,1%

Nenhum/Branco/Nulo: 9,6%

Não sabe/Não respondeu: 3,4%

Cenário 3

Lula (PT): 33,9%

Bolsonaro (sem partido): 32,8%

Ciro Gomes (PDT): 7,3%

Datena (PSL): 7,2%

Eduardo Leite (PSDB): 2,7%

Mandetta (DEM): 2,6%

Nenhum/Branco/Nulo: 10%

Não sabe/Não respondeu: 3,5%

Cenário 4

Lula (PT): 39,5%

Bolsonaro (sem partido): 34,2%

Datena (PSL): 11,8%

Nenhum/Branco/Nulo: 11%

Não sabe/Não respondeu: 3,4%

Na pesquisa para o segundo turno foi perguntado em quem a pessoa votaria nos confrontos Lula x Bolsonaro, Bolsonaro x Datena e Lula x Datena. Confira:

Cenário 1

Lula (PT): 43,3%

Bolsonaro (sem partido): 38,2%

Nenhum/Branco/Nulo: 15%

Não sabe/Não respondeu: 3,4%

Cenário 2

Bolsonaro (sem partido): 38,4%

Datena (PSL): 35,5%

Nenhum/Branco/Nulo: 22,3%

Não sabe/Não respondeu: 3,8%

Cenário 3

Lula (PT): 43,1%

Datena (PSL): 31,5%

Nenhum/Branco/Nulo: 22,3%

Não sabe/Não respondeu: 3%

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-> Em pesquisa estimulada, Lula tem 33,8% e Bolsonaro 25,2%

Em 2017, quando ainda era um partido nanico, o PSL havia destinado à então Fundação Abraham Lincoln um total de R$ 1,8 milhão, 22% de sua cota do Fundo Partidário. No ano passado, após virar a segunda maior bancada do Congresso, com a eleição do presidente Jair Bolsonaro, os repasses do partido à fundação, agora Índigo (Instituto Inovação e Governança), saltaram para R$ 23,9 milhões - um aumento de 1.228% em quatro anos.

O Índigo ocupa uma sala no quinto andar de um prédio comercial próximo da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. É o mesmo edifício que abriga a sede do PSL. Não há placas na porta da fundação e seu site tem inscrições abertas para três cursos a distância voltados às eleições de 2020: "Liberdade Econômica", "Curso Básico para Prefeitos" e "Formação Intensiva de Vereadores". Na área de publicações, o site mantém uma descrição da página com a frase "Lorem ipsum", um texto usado por diagramadores que não quer dizer nada, escrito para depois ser preenchido com frases reais.

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Ao ser questionada sobre quais atividades realizou de 2019 para cá, o Índigo enviou uma nota com a seguinte informação, sem mais detalhes: "Especificamente em relação a esta Fundação Índigo, nos anos de 2019 e 2020 foram realizados investimentos na sua área-fim com o desenvolvimento de projetos, especialmente aqueles voltados à área de transferência de conhecimentos".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os partidos políticos brasileiros deverão contar em 2022 com pouco menos de R$ 6 bilhões para custear suas campanhas eleitorais. Aprovado na última quinta-feira (15), pelo Congresso, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) define as prioridades e metas de gastos do governo federal para 2022. Ainda que em um cenário permeado pelas crises política e sanitária, o texto incluiu também um mecanismo que aumenta o Fundo Especial Eleitoral de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões.

O dinheiro, que sai dos cofres públicos e é dividido entre as legendas, é, atualmente, o principal modo de financiamento das campanhas eleitorais. Aprovado pelo Congresso, no entanto, o montante é recorde desde as eleições de 2014, quando ainda era permitido o financiamento via pessoa jurídica. Em 2015 foi determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que doações empresariais seriam banidas do processo eleitoral, já que desequilibram a disputa e abrem caminhos para processos de corrupção e tráfico de influência.

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Na prática, a LDO, assim como a generosa previsão para o Fundo Eleitoral Especial de 2022, ou “fundão”, como tem sido chamado, depende da sanção presidencial. O Orçamento para 2022 será enviado pelo governo ao Congresso e analisado até o final de agosto, quando o valor exato do fundo eleitoral será confirmado. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que pretende vetar o trecho da LDO, mas também há rumores de bastidores que apontam para um acordo que reduza o valor para R$ 4 milhões.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o responsável por finalizar o cálculo da divisão do dinheiro entre as siglas. No atual cenário, os mais beneficiados pela proposta devem ser o PSL e o PT, que contam com o maior número de representantes nas casas legislativas.

E se os R$ 5,7 bilhões fossem aplicados no combate à pandemia?

Com pouco mais de 16% da população totalmente imunizada até esta terça-feira (20), o Brasil ainda precisa aplicar cerca de 200 milhões de doses para garantir a proteção de todos os adultos maiores de 18 anos (160 milhões de pessoas). O cálculo foi feito por pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e da USP (Universidade de São Paulo) e apresentado na última sexta-feira (16). O LeiaJá projetou quantos imunizantes daria para comprar com o montante aprovado na LDO para o “fundão”, usando como base os valores divulgados como os contratados pelo Governo Federal.

Em números, a compra de 200 milhões de doses do imunizante Oxford/AstraZeneca, que custa US$ 3,16 (R$ 17 na cotação atual) se produzido em território nacional pela Fiocruz, daria aproximadamente R$ 3,4 bilhões. O valor representa cerca de 60% dos R$ 5,7 bilhões sugeridos para o “fundão”.

Caso o imunizante seja importado da Índia, o valor aumenta para US$ 5,25 cada, cerca de R$ 28. Nessa lógica, as 200 milhões de doses alcançariam aproximadamente 97% do suposto fundo eleitoral, R$ 5,2 bilhões.

Quando aplicado às doses da CoronaVac, imunizante desenvolvido pela chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, o cálculo revela o montante de R$ 10,6 bilhões pelas 200 milhões de doses necessárias. Isso porque a unidade da vacina custa US$ 10 (R$ 53 na cotação atual).

Com os 5,7 bilhões do fundo, contudo, ainda seria possível adquirir pouco mais de 100 milhões de doses da Coronavac, o suficiente para vacinar cerca de 80 milhões de brasileiros.

No caso da vacina produzida pela Pfizer acontece de forma parecida. Já que a unidade do imunizante sai por US$ 12 (R$ 62 na cotação atual), os R$ 5,7 milhões do fundo não conseguiram alcançar as 200 milhões de doses recomendadas para a imunização total no país. Apesar disso, o valor seria o suficiente para adquirir cerca de 90 milhões de doses.

Entenda como surgiu o Fundo Eleitoral Especial

A decisão do Supremo que em 2015 proibiu as doações de campanhas privadas - realizadas, em sua grande maioria, por empresas e empreiteiras - culminou na criação, em 2017, do Fundo Eleitoral Especial. Trata-se de um mecanismo de financiamento das campanhas eleitorais repassado apenas nos anos de pleito, como uma espécie de poder econômico dos partidos.

A “maior fatia” do montante é abocanhada pelas siglas que contam com o maior número de representantes. A cláusula de desempenho, válida desde 2018, determina como critério que em 2022 o partido consiga, ao menos, 2% dos votos válidos distribuídos em nove estados ou 11 deputados eleitos.

Fundo Partidário

Vigente desde 1965, o Brasil conta ainda com um mecanismo criado pela primeira Lei Orgânica dos Partidos Políticos, como forma de financiamento dos mesmos, para custear as despesas perenes, como manutenção de sedes, criação de programas, propaganda política, entre outras atividades. O recurso se origina no Orçamento federal e de penalidades aplicadas pela Justiça Eleitoral, com o repasse realizado anualmente.

A regra de distribuição é de 5% do valor a todos os partidos inscritos e de 95% conforme a representação da legenda (que atende à cláusula de desempenho). Em 2021, segundo o TSE, a previsão é de que o valor do Fundo Partidário seja de aproximadamente R$ 979 milhões. O Congresso Nacional tem prerrogativas de realizar cortes no valor, caso julgue necessário.

O montante justifica as críticas direcionadas à ampliação do fundo eleitoral nas redes sociais e de deputados como o líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ). O vice-presidente da CPI da Pandemia no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também fez comentários em tom de reprovação. Apesar disso, houve pouca resistência na votação, que teve o placar de 278 votos a favor, 145 contra e 1 abstenção na Câmara, e de 40 a 33 no Senado.

É possível destacar ainda a tentativa do Partido Novo, que vem se assumindo uma posição contrária ao governo e recentemente declarou ser a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O Novo propôs a votação de um destaque para retirar o chamado “fundão” do texto principal da LDO, e contou com o apoio do PSOL, Podemos, Cidadania e PSL - este último, contudo, manifestou-se favorável 15 minutos após a votação ser encerrada, de acordo com o Estadão. A ação não foi bem sucedida, visto que, somados, os votos das legendas de oposição não conseguiram contrapor a maioria.

Os deputados Carla Zambelli (PSL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) chegaram a criticar o fundo eleitoral em suas redes, mas votaram a favor do mecanismo com o argumento de que “precisavam aprovar as diretrizes para o Orçamento”.

Após anunciar que voltará às ruas para pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, o Movimento Brasil Livre (MBL) negocia com o PSL a migração em bloco do grupo para a sigla com o objetivo de disputar as eleições de 2022 e lançar o deputado estadual Arthur Do Val ao governo paulista. A organização condicionou a articulação, porém, à expulsão de todos os bolsonaristas que ainda permanecem no partido.

O assunto será tratado hoje, em uma reunião da cúpula do MBL com o deputado federal Luciano Bivar (PE), presidente nacional do PSL.

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Na disputa pela prefeitura paulistana no ano passado, Do Val, que se apresenta nas redes sociais como Mamãe Falei, concorreu pelo Patriota e recebeu mais de 500 mil votos (9,78%), ficando em 5° lugar.

Na ocasião, a legenda fez um acordo com o MBL e entregou ao grupo o comando do seu diretório municipal. Na prática, o movimento de direita e de bandeiras liberais que liderou as manifestações contra Dilma Rousseff (PT) tornou-se um partido dentro de outro.

Mas após o Patriota receber a filiação do senador Flávio Bolsonaro (RJ) e abrir suas portas ao presidente da República e seu grupo, o Movimento Brasil Livre passou a procurar alternativas para ir às urnas no ano que vem. "Não vou entrar em partido que tenha bolsonarista", disse Do Val ao Estadão.

A estratégia costurada pelo presidente do PSL-SP, deputado Junior Bozzella - que também integra a executiva nacional do partido -, é anunciar no mesmo dia em um ato político as filiações de Arthur Do Val e do apresentador José Luiz Datena, que assinou recentemente a ficha de filiação depois de deixar o MDB.

Apesar de o jornalista da Band ter desistido de ser candidato em cima da hora em outras ocasiões, o PSL não tem nada a perder. Nem Datena, que se mantém como um "player" político com a anuência da emissora em que trabalha.

O partido vai apresentá-lo como pré-candidato ao Planalto e assim se cacifar nas negociações com o centro e ganhar lugar nas pesquisas de intenção de voto. O MBL chegou a lançar o apresentador Danilo Gentili como "presidenciável", mas apoia Datena, considerado mais competitivo. O PSL tem se movimentado em sintonia com o MDB. Os dois partidos querem lançar um programa de governo conjunto e atuar juntos no ano que vem.

Com as novas denúncias contra o presidente e seu derretimento nas pesquisas, os ventos mudaram de lado no PSL, que agora prega uma repaginação da marca para tentar manter parte da força conquistada em 2018, quando elegeu 52 deputados federais.

O apresentador de TV José Luiz Datena assinou sua ficha de filiação ao Partido Social Liberal (PSL) nessa segunda-feira (5). De acordo com informações do jornal O Globo, Datena deve ser lançado como pré-candidato da “terceira via” para a Presidência da República em 2022.

As movimentações políticas ao redor do apresentador tornaram-se mais intensas no último dia 28, quando Datena participou de um jantar com o deputado Luciano Bivar (PSL-PE), presidente nacional da sigla. Na ocasião, também estiveram presentes o deputado Baleia Rossi (SP), presidente nacional do MDB, e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (sem partido-RJ).

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José Luiz Datena já foi filiado a inúmeros partidos, inclusive ao Partido dos Trabalhadores (PT), onde permaneceu por 13 anos. Também já esteve entre os nomes do Progressistas (PP), Partido Republicano Progressista (PRP), Democratas (DEM), e mais recentemente no Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

 

Com uma das maiores fatias do fundo eleitoral e rompido com o presidente Jair Bolsonaro, o PSL acertou a filiação do apresentador da TV Band José Luiz Datena e estuda lançá-lo na disputa pelo Palácio do Planalto nas eleições 2022, como outra opção entre os nomes da chamada "terceira via", ou ao Senado. A filiação será formalizada nesta semana.

Ainda rachado e abrigando nomes fiéis ao presidente, como os deputados Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli, o diretório estadual do PSL em São Paulo dá continuidade às mudanças que miram as próximas eleições. Uma das estratégias é trazer nomes "grandes" para a sigla.

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"A vinda do Datena acontece em um momento em que o país precisa de esperança. O Brasil não pode ficar refém de dois nomes. O PSL acredita num novo caminho para o nosso país e está unindo todas as forças na construção dessa terceira via", diz o presidente estadual do PSL em São Paulo, o deputado federal Júnior Bozzella.

Recentemente, o partido se abriu ao Movimento Brasil Livre (MBL) com a filiação do vereador paulistano Rubinho Nunes. Ele é advogado do grupo de onde ascenderam nomes que hoje estão no Legislativo, como o deputado estadual Arthur do Val (Patriota/SP), o deputado federal Kim Kataguiri (DEM/SP) e o vereador de São Paulo Fernando Holiday (Novo).

Arthur do Val já é aguardado no PSL. A filiação dele está sendo negociada por Rubinho. Arthur é visto como um possível candidato ao governo de São Paulo pela sigla. Em 2020, ele foi o quinto colocado na disputa pela Prefeitura da capital. A Coluna do Estadão informou que o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também interessa ao PSL como possível candidato a governador.

Por terem as maiores bancadas, PSL e PT terão as maiores quantidades do fundo eleitoral calculado para o ano que vem. Em 2020, o PT levou R$ 201 milhões enquanto o partido que foi de "nanico" a potência em 2018 por causa de Bolsonaro recebeu R$ 199 milhões.

Datena na política: histórico de desistências

O PSL é o sexto partido a abrigar José Luiz Datena. Ele já passou pelo PT, onde ficou por 13 anos, PP, PRP, DEM e mais recentemente MDB. Chegou a ser pré-candidato a prefeito e vice-prefeito de São Paulo por seus três últimos partidos. Em 2018, declinou de concorrer ao Senado.

Em 2020, ele foi cotado para ser vice na chapa de Bruno Covas (PSDB), mas anunciou em agosto em seu programa na televisão que não seria candidato. Ele disse que o MDB chegou a oferecer a cabeça de chapa para a disputa à Prefeitura, mas que ele gostaria de ter ajudado Covas. Naquele dia, ele afirmou que pretendia ser candidato nas eleições de 2022. "Na próxima eleição, eu vou deixar a televisão e vou me candidatar", declarou. "Eu vou estar frente a frente com esses caras. Só no campo deles você pode fazer alguma coisa."

O apresentador e jornalista José Luiz Datena deixará o MDB para migrar ao PSL. A troca foi negociada durante jantar na noite dessa segunda-feira (28), em São Paulo, e contou com a presença dos presidentes nacionais dos dois partidos, o deputado Luciano Bivar (PSL-PE) e Baleia Rossi (MDB-SP). A informação foi repassada por Bivar à coluna de Igor Gadelha, do site Metrópoles, e diz ainda que estiveram presentes na reunião o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (sem Partido) e o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Segundo o presidente do PSL, a candidatura de Datena é “indiscutível”, mas o cargo segue indefinido. Ele é mais cotado como um dos nomes do centrão para a chamada “terceira via”, que contam com novos nomes para enfrentar Jair Bolsonaro (sem partido) e Luís Inácio Lula da Silva (PT).

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“Acho que a presidente da República é o foco”, ressaltou Bivar sobre o registro de Datena, e acrescentou que “ontem, ele já comunicou aos amigos para transmitir sua filiação ao partido. Disse que já se considera filiado ao PSL”. A sigla encomendou, há algumas semanas, pesquisa eleitoral para testar o nome dele na disputa para o Planalto, governo de São Paulo ou Senado.

A coluna não conseguiu contato com Datena. Vale lembrar que o apresentador ensaiou candidaturas em outras eleições gerais e municipais, mas acabou desistindo antes mesmo da campanha.

O ministro Alexandre de Moraes determinou novamente a prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). O encarceramento foi pedido pelo Ministério Público Federal que listou mais de 30 violações da tornozeleira eletrônica que Silveira deveria estar usando desde que foi liberado para prisão domiciliar.

Segundo a deputada Alê Silva (PSL-MG), ocorreram “falhas” na tornozeleira de Daniel Silveira, o que já teria sido “justificado em juízo”. Ela afirma que foi fixada em R$ 100 mil a fiança devido às violações do aparelho e que como o deputado “não conseguiu pagar”, sua prisão domiciliar foi convertida para penitenciária.

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Em sua decisão, Moraes disse que o deputado agiu com 'total desrespeito à Justiça'.

"No caso em análise, está largamente demonstrada, diante das repetidas violações ao monitoramento eletrônico imposto, a inadequação da medida cautelar em cessar o periculum libertatis do denunciado, o que indica a necessidade de restabelecimento da prisão, não sendo vislumbradas, por ora, outras medidas aptas a cumprir sua função", escreveu o ministro.

Daniel Silveira está preso em regime domiciliar desde março, quando publicou um vídeo nas redes sociais defendendo a destituição dos ministros do STF.

Em menos de dois meses, a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio registrou 36 violações à tornozeleira, incluindo descargas, rompimento da cinta e ausência na área delimitada. Em uma das ocasiões, o equipamento ficou desligado por quase dois dias.

A defesa do deputado chegou a pedir a reconsideração do valor estabelecido como fiança, mas Moraes entendeu que o recurso se limitou ao 'mero inconformismo' do parlamentar.

Além da multa, o ministro também determinou a abertura de um inquérito para investigar se o deputado cometeu o crime de desobediência à decisão judicial pelas violações ao equipamento.

A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que defendeu a volta do parlamentar à prisão ou a imposição de multa pelas falhas na tornozeleira. No documento, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, disse que Silveira 'afronta o sistema de Justiça'.

"As medidas decretadas não alcançam seu propósito em razão do comportamento do requerido, indicando que a manutenção de tal regime não mais se mostra adequada, na medida em que o monitorado executa as restrições a sua maneira, sem observar observar os termos da ordem judicial" , diz um trecho do parecer do vice-procurador.

Em abril, Daniel Silveira virou réu por grave ameaça, crime tipificado no Código Penal, e por incitar a animosidade entre o tribunal e as Forças Armadas, delito previsto na Lei de Segurança Nacional, após os ministros do STF aceitarem a denúncia oferecida pela PGR na esteira do vídeo gravado pelo parlamentar.

A Procuradoria ainda precisa decidir se oferece nova denúncia contra o deputado, desta vez por crime de desacato contra a policial civil que lhe pediu para colocar a máscara de proteção facial quando deu entrada no Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro para passar por exame de corpo de delito ao ser preso em flagrante. A Polícia Federal concluiu que ele desacatou a agente.

Da redação, com Agência Estado

Em uma portaria assinada nesta segunda-feira (21), o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luís Felipe Salomão, concedeu 15 dias para que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apresente as provas que afirma possuir sobre uma suposta fraude no sistema eletrônico de votação nas eleições de 2018, quando foi eleito.

“Considerando o teor das manifestações indicadas no anexo da portaria, que sugerem haver inconformidades no processo eleitoral, oficie-se às autoridades que as tenham produzido para que apresentem, no prazo de 15 dias, evidências ou informações de que disponham, relativas à ocorrência de eventuais fraudes ou inconformidades”, determinou o Salomão.

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Além de citar Bolsonaro nominalmente, o magistrado do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) reproduz seis declarações nas quais o chefe do Executivo alega ter vencido a disputa ainda no primeiro turno. Segundo o texto, a determinação vale para qualquer autoridade que tenha relatado ou que venha a relatar ocorrência de inconformidades no processo eleitoral brasileiro, a exemplo de Cabo Daciolo (Patriota) e o deputado estadual Oscar Castello Branco (PSL-SP), também notificados para que comprovem suas críticas às urnas.

Salomão também solicitou a instauração de um procedimento administrativo para apurar a existência ou não de elementos concretos que possam ter comprometido as eleições de 2018 e 2020. De acordo com o ministro, a iniciativa tem o objetivo de, se for o caso, reconhecer eventuais falhas no sistema e aperfeiçoá-lo para 2022. Ainda segundo o corregedor, a denúncia sobre a suposta existência de fraudes nas eleições, sem a apresentação de provas, pode macular a imagem da Justiça Eleitoral.

 

 

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