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A Universidade de São Paulo (USP) é a melhor instituição de ensino superior da América Latina e Caribe, segundo o QS World University Rankings 2024. Elaborado pela britânica Quacquarelli Symonds (QS), o ranking divulgado nesta quarta-feira, 13, é considerado um dos mais relevantes do mundo.

Desde 2018, a USP estava em 2º ou 3º lugar no levantamento, que no ano passado foi liderado pela PUC do Chile - as duas instituições trocaram de posição.

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Há mais duas estaduais paulistas entre as dez primeiras, com destaque para a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 3º. O Brasil tem 13 instituições entre as 50 melhores da América Latina e Caribe - 12 delas públicas.

A liderança mostra que a instituição "está no caminho certo" para ser uma universidade de classe mundial, para o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior. "O ranking analisa grandes contribuições da universidade, como empregabilidade, reconhecimento dos empregadores, desenvolvimento sustentável, não só quantidade de papers (artigos científicos). E a USP tem se preocupado com isso, com seu impacto social", disse ao Estadão.

A Unicamp subiu do 5º para o 3º lugar. Décima colocada este ano, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) ganhou uma posição.

O ranking considerou 430 universidades de 25 países da América Latina e Caribe. No Brasil, 97 universidades constam no levantamento, e conforme a QS, 35 delas tiveram melhora no ranking de 2024 em relação à edição anterior.

"O sucesso do Brasil é fundamentado no excelente conhecimento do corpo docente e pelo desempenho excepcional em pesquisa, tanto em termos de volume quanto de colaboração e qualidade", diz a QS. "A qualidade de seu corpo docente é evidenciada pelo número de professores com doutorado, no qual nove das 10 universidades com as maiores pontuações são brasileiras." No critério de produção científica/publicação por docente, as cinco principais são do Brasil.

O ranking colocou 13 universidades do País no top 50. Dessas, a única particular é a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), agora na 17ª colocação.

Critérios do QS World University Rankings 2024

A classificação da QS usa cinco critérios básicos: impacto e produtividade da pesquisa, compromisso docente, empregabilidade, impacto online e internacionalização. As médias são definidas com base na reputação acadêmica da instituição (30% da nota), reputação do empregador (20%), proporção de docentes por aluno (10%), professores com doutorado (10%), rede internacional de pesquisa (10%), citações por artigo (10%), artigos por corpo docente (5%) e impacto na internet (5%).

Considerando só a reputação acadêmica, o Brasil tem três das dez melhores de América Latina e Caribe. O País se destaca também no critério da rede internacional de pesquisa: seis no top 10.

USP ganhou postos em lista global em junho

Em junho, a QS já havia colocado a USP entre as 100 melhores universidades do mundo. A pesquisa, que analisou 17,5 milhões de trabalhos acadêmicos e considerou a opinião de 240 mil professores, alunos, funcionários e donos de escolas, colocou a USP na 85ª posição. Foi a primeira vez em 20 edições daquele levantamento que uma instituição brasileira ficou entre as 100 melhores.

Ao lado do Chile, o Brasil tem registrado bom desempenho nos rankings da QS. Boa parte disso é puxado pelas notas das três paulistas (USP, Unicamp e Unesp). Na comparação com a China, porém, o Brasil está atrás: o gigante asiático tem cinco representantes no top 100.

Desafios e gargalos

Entre os gargalos historicamente citados por especialistas para o avanço do Brasil nos rankings, estão a burocracia das instituições públicas (que têm regras mais engessadas para compra de equipamentos, gastos com pesquisa ou contratação de professores) e a baixa internacionalização (poucos alunos e docentes estrangeiros, além do número restrito de disciplinas em Inglês).

Outro obstáculo frequentemente citado são as irregularidades financeiras, sobretudo nas universidades federais, que não têm autonomia financeira e ficam sujeitas a cortes de verbas do governo. As três estaduais paulistas, por sua vez, são mantidas por uma cota fixa de 9,57% da arrecadação de ICMS de São Paulo, o que melhora a previsibilidade financeira. Já as federais, desde 2015, sofreram com sucessivos períodos de cortes de recursos.

Além disso, gestores universitários brasileiros costumam ponderar que as instituições públicas brasileiras têm papel de inclusão social no sistema superior, o que não ocorre em todos os outros países. O alto número de alunos e a adoção de cotas para alunos negros e de escola pública, por exemplo, demandam mais verba para a assistência estudantil.

SP está no top 100 das melhores cidades para estudar

São Paulo também é considerada a 97ª melhor cidade estudantil do mundo, ocupando assim a 5ª melhor classificação da América Latina segundo o QS Best Student Cities Ranking. A capital, porém, perdeu 13 posições em relação ao ranking do ano passado.

A liderança regional nesse quesito é de Buenos Aires (34ª geral), seguida de Santiago (47ª), Cidade do México (69ª) e Bogotá (90ª).

Após surfistas de 18 países entrarem em cena no Oi Hang Loose Pro Contest, em Fernando de Noronha, foi a bandeira do Marrocos que garantiu o destaque com Ramzi Boukhiam. Ele desbancou o brasileiro Weslley Dantas em um dos melhores dias na Praia da Cacimba do Padre ao anotar 14,40 pontos contra 11,23 do rival. Com o resultado, o surfista soma 5 mil pontos no ranking do QS, a divisão de acesso do Circuito Mundial de Surfe, e fatura a premiação de R$ US$ 15 mil (R$ 65 mil).

O marroquino está garantido nos Jogos Olímpicos de Tóquio e afirma que o título é apenas o início de uma bela trajetória ao longo da temporada. "Estamos no começo do ano e eu quero entrar no Circuito Mundial em 2021. Esse é o meu objetivo. Estou indo muito bem e tenho certeza que os planos vão dar certo". Agora, Ramzi ocupa a segunda colocação no ranking da divisão de acesso.

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Para ele, que fala português quase de forma fluente e tem boa relação com os brasileiros, levantar um troféu em Fernando de Noronha é a realização de um sonho. "Eu gosto muito do Brasil e só queria surfar. Tudo aconteceu por mim. Estou feliz demais. Noronha é um paraíso", disse o surfista ao sair da bateria sob aplausos do público.

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RESULTADOS - O favorito Filipe Toledo deu adeus à competição nas quartas de final. Ele foi derrotado por Weslley Dantas. Filipinho ficou com a média de 8,47 e Weslley garantiu 10,23. O duelo entre os dois animou o público presente na Praia da Cacimba do Padre.

Na segunda bateria das quartas de final, Wiggolly Dantas despachou o havaiano Ian Gentil. Eles disputaram ponto a ponto e o brasileiro levou a melhor com 11,43 sobre 11,23. Jadson André e Ramzi Boukhiam também avançaram.

Nas semifinais da competição, o duelo entre os irmãos Weslley e Wiggolly Dantas terminou com vitória para o primeiro. Ele superou Wiggolly ao somar 13,17 contra 12,47. Já na outra bateria, o marroquino Ramzi Boukhiam desbancou Jadson André ao anotar 15,73. O brasileiro somou apenas 9,23.

Emoção não faltou na tarde deste sábado para o surfista Weslley Dantas durante o Oi Hang Loose Pro Contest. Ele superou o favorito Filipe Toledo e avançou à semifinal da competição disputada em Fernando de Noronha.

"Hoje foi o meu dia de sorte. Passei contra o Filipinho, ele é um cara difícil. Eu montei a minha estratégia e graças a Deus deu certo dentro da água", disse Weslley em entrevista ao Estado. "Eu sei que estou fazendo um bom trabalho porque eliminei um dos melhores surfistas do mundo". A sua pontuação média foi de 10,23 e o quarto colocado do ranking mundial no ano passado garantiu apenas 8,47.

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E as emoções não param por aí. Agora, Weslley vai encarar o seu irmão, Wiggolly Dantas, que superou o havaiano Ian Gentil ao somar 11,43 contra 11,23 e é o atual líder da divisão de acesso do Circuito Mundial. "Independente de ser o meu irmão, eu vou jogar duro. Não tem essa de ser irmão, temos rivalidade desde criança e quem tiver a melhor estratégia vai vencer. Vou ir para cima", afirma.

"Estou bem confiante para a semifinal. Vou colocar a melhor estratégia dentro da água.Já competimos juntos na temporada passada e depois que piso dentro da água acabou a irmandade", complementa Weslley.

A outra disputa de olho no troféu será formada pelo brasileiro Jadson André e o marroquino Ramzi Boukhiam. As semifinais da competição serão realizadas no domingo a partir das 09h de Fernando de Noronha e 08h do horário de Brasília.

"Sempre estamos juntos. Quando ele entra no mar parece que eu estou surfando também". É assim que Caia Souza, de 48 anos, define a sua relação com o filho Caio, de 22. Ambos surfistas, eles competiram no "quintal de casa" no Oi Hang Loose Pro Contest, disputado em Fernando de Noronha.

Caia conta que disputar um evento na Praia da Cacimba do Padre de nível 5 mil pontos no QS, a divisão de acesso do Circuito Mundial, é sempre umas das melhores atrações do local. Desta vez ainda mais especial, já realizou o sonho de ver o seu filho participar do mesmo campeonato.

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Caia não esconde a emoção de ver Caio seguindo os mesmo passos no esporte. "Ele fica nervoso quando eu assobio muito para ele e fala: 'É muito difícil ser o seu filho aqui'", conta, rindo.

Quando Caio estava no palanque dos atletas, seu pai chegou para dar um beijo e desejar boa sorte. No momento em que ele estava pronto para entrar no mar, Caia procurou um lugar na areia para conseguir acompanhar a bateria e orientá-lo. O assobio é a principal conexão entre pai e filho. "Quando assobio e faço o sinal ele sabe que sou eu. Sempre falo qual é a melhor onda para ele pegar e para qual lado deve ir", explica.

Enquanto a reportagem acompanhava a bateria de Caio, o pai ficava apreensivo com cada nota dos juízes. "Ele precisa ficar desse lado. O outro não está muito bom", comentava, ansioso por um bom desempenho do rapaz.

"Quando você vê o seu próprio filho seguindo os seus passos você fica sem chão. Eu sou aquele torcedor que fica ainda mais nervoso", diz Caia, que surfa desde os 9 anos e sustenta a família com a pesca e o turismo em Fernando de Noronha. Ele cobra a diária de R$ 300 para alugar um buggy e R$ 3 mil pelos passeios com lancha.

Caia e Caio treinam juntos. Quando questionado se é muito rígido como técnico, o pai conta que as suas preocupações não são relacionadas ao esporte. "Eu sou um pai rigoroso para ele não fazer besteiras na vida. Passei a minha vida inteira envolvido com esporte e nunca usei drogas. Essa é a minha maior preocupação. Dou conselhos para ele, proibi de ir em 'noitadas' até fazer 18 anos e hoje ele pode fazer o que ele quer, mas com cautela", revela.

Ao terminar a sua bateria, Caio acabou ficando na terceira colocação e foi eliminado do torneio. Demonstrando apoio, seu pai elogiou as melhores manobras e abraçou o filho. "Você foi demais", disse, empolgado e esperançoso para que os dois possam ter sucesso numa próxima oportunidade.

INSPIRAÇÃO - Para Caio, seu pai é motivo de inspiração e orgulho. "Desde pequeno eu sempre aprendi a cultura do surfe com a minha família. O meu pai que me ensinou a surfar e sempre me levava para os campeonatos", conta.

Quando o pai entra na bateria, é Caio quem faz a função de assobiar e dar instruções. "Quando ele está competindo eu fico tentando fazer o mesmo que ele e quero ajudar, mas a experiência dele é maior e muitas vezes quando mando ir para um canto, acaba não me ouvindo. Mas ele sabe mais do que eu, né?", explica.

O pai acabou repetindo o mesmo desempenho do filho no torneio e ficou em terceiro lugar na sua bateria. Apesar dos resultados, Caio diz que competir com o seu parceiro de vida foi uma ótima experiência. "Foi muito bom participar do mesmo evento que o meu pai. Fiquei muito feliz. Essa foi a primeira vez, mas ano que vem tem mais", avisa o surfista.

A Universidade de São Paulo (USP) subiu 23 posições no ranking QS World University, da publicação britânica Quacquarelli Symonds (QS), uma das principais listas de classificação de universidades no mundo. A instituição saiu do 143.º lugar, em 2015, para o 120.º neste ano.

A USP havia caído por dois anos consecutivos: de 127.º, em 2013, para 132.º em 2014, depois para 143.º em 2015. De acordo com o reitor Marco Antonio Zago, a posição de 2016 é a melhor já alcançada pela universidade desde que o ranking passou a ser divulgado, em 2010. "Esse resultado mostra que o reconhecimento e o prestígio da USP fora do País estão aumentando gradativamente", afirmou, em nota.

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Com o resultado, a Universidade de São Paulo continua a ser a segunda instituição da América Latina a aparecer na lista: a Universidade de Buenos Aires (UBA), na Argentina, passou do 124.º lugar, em 2015, para a 85.ª posição neste ano.

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), segunda brasileira com melhor colocação, subiu quatro posições no ranking, do 195.º para o 191.º lugar. Desde 2013, a Unicamp avançou 24 colocações.

A Unicamp e a USP são as únicas brasileiras entre as "top 200". A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está em 321.º lugar, subindo duas posições em relação a 2015.

Em 2016, o QS World University avaliou mais de 4 mil universidades e classificou as 900 melhores instituições. A avaliação leva em conta, entre outros quesitos, reputação acadêmica, citações de artigos científicos, reputação entre empregadores, proporção entre professores e alunos e número de estudantes e professores estrangeiros.

MIT na frente

Pelo quinto ano consecutivo, o ranking do QS é liderado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. Todas as instituições no "top 10" do ranking são as mesmas de 2015, com mudanças apenas na ordem em que aparecem na lista. Entre as dez melhores, há cinco americanas, quatro britânicas e uma suíça.

Além do MIT, completam a lista das dez melhores a Universidade de Stanford (EUA), Universidade Harvard (EUA), Universidade de Cambridge (Reino Unido), Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech; EUA), Universidade de Oxford (Reino Unido), University College de Londres (Reino Unido), Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH; Suíça), Imperial College de Londres (Reino Unido) e Universidade de Chicago (EUA). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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