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Após usuários reclamarem do limite de leitura no Twitter anunciado por Elon Musk mais cedo, o empresário voltou a se manifestar nas redes sociais dizendo que, em breve, esse número será aumentado.

Segundo ele, o máximo de tweets diários que usuários poderão ler será de 8.000 para contas verificadas, de 800 para contas não verificadas e de 400 para novos usuários sem verificação. Mais cedo, Musk havia informado que, temporariamente, os limites seriam de 6000, 600 e 300 posts diários, respectivamente.

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Internautas reclamaram da mudança, dizendo que se beneficiaria só quem tem a marca azul - sinal que indica que a conta é verificada. A verificação, antes gratuita, passou a ser adquirida mediante assinatura em abril, após o bilionário comprar a rede social em outubro do ano passado.

De acordo com Musk, a rede social aplicou as limitações para lidar com "níveis extremos" de extração de dados e manipulação do sistema. Alguns usuários já relataram ter visto uma mensagem informando "limite de taxa excedido" neste sábado, 1.

Uma rotina que inclui banhos de chuveiro frios, noites sobre um colchão fino no chão e mau cheiro que escapa do banheiro marca a realidade de mais de 1,3 mil radicais que permanecem presos em Brasília.

O Estadão teve acesso aos detalhes da situação diária que os presos envolvidos com os atos de violência no dia 8 de janeiro passaram a encarar, desde que chegaram ao Complexo Penitenciário da Papuda, no caso dos homens, e da Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia, destinada às mulheres. Os detidos podem até estar em áreas separadas dos demais presos, mas passaram a conviver com as mesmas condições, o que tem gerado diversas queixas.

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As celas, que costumam ter, em média, oito camas, estão cheias e não há espaço para todos. No presídio feminino, há celas com o dobro da capacidade: até 16 mulheres no mesmo espaço. No masculino, algumas têm 22 homens.

Muitos dos extremistas têm reclamado que acabam ficando nas áreas próximas ao banheiro de cada cela, tendo de lidar com o mau cheiro dos sanitários. Na maior parte das celas, não há privadas de concreto, mas a chamada "bacia turca", um buraco no solo que obriga o preso a ficar de cócoras para utilizá-lo. Nos presídios, a expressão mais recorrente para se referir a essa instalação é a de que ninguém quer "dormir perto do boi".

Banho frio

O banho é outro alvo de críticas. Basicamente, todo mundo tem de se lavar com água fria. O chuveiro quente é uma exceção que só existe - quando existe - para os idosos. A comida também é uma das campeãs das reclamações. Apesar de a Secretaria Penitenciária informar que fornece quatro refeições por dia, os extremistas se queixam da qualidade e da quantidade.

A Defensoria Pública do Distrito Federal tem atuado na Secretaria Penitenciária para tentar amenizar as queixas, não apenas dos golpistas presos, mas de toda a população carcerária do DF. Nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, converteu em preventiva a prisão de 354 detidos após os ataques do dia 8.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Clientes do Banco do Brasil (BB) estão enfrentando problemas para entrar no aplicativo e no site da instituição. O problema começou por volta das 15h30 e, até agora, não tem previsão de ser resolvido. 

Segundo o site Downdetector, que monitora reclamações de serviços, desde as 8h o número de queixas por minuto está acima da média. No entanto, houve uma explosão das reclamações às 15h34, quando foram registradas 53 reclamações por minuto. Às 16h26, havia 646 queixas simultâneas. 

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Segundo o site, 86% das reclamações relatam problemas para fazer login no aplicativo móvel do BB, 10% relatam dificuldades de login no internet banking e 3% para fazer transferências via Pix. Mesmo os clientes que conseguem entrar no aplicativo não conseguem verificar o saldo nem fazer transações.

  A Agência Brasil entrou em contato com o Banco do Brasil e aguarda resposta.

O Instagram deixará de lançar recursos rejeitados pelos usuários por alegações de que a rede social quer se parecer muito com o TikTok, de acordo com um relatório do boletim tecnológico Platformer.

As irmãs celebridades digitais Kim e Kylie Kardashian foram algumas das usuárias mais ativas postando mensagens esta semana pedindo à empresa para "fazer o Instagram ser o Instagram novamente" e parar de tentar se parecer com o TikTok.

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A frase nasceu na plataforma de petição change.org, que na noite de quinta-feira havia recebido mais de 229.000 assinaturas apoiando a iniciativa.

"Vamos voltar às nossas raízes no Instagram e lembrar que a intenção por trás do Instagram era compartilhar fotos, pelo amor de Deus", dizia a petição.

O CEO do Instagram, Adam Mosseri, respondeu à controvérsia no início desta semana com um vídeo no Twitter dizendo que os recursos eram um trabalho em andamento e estavam sendo testados com um pequeno número de usuários.

As mudanças incluem a reprodução de vídeos curtos em tela cheia, como o TikTok, e a recomendação de postagens de estranhos.

"Estou feliz por termos arriscado", disse Mosseri em entrevista à Casey Newton, do Platformer. "Mas definitivamente precisamos dar um grande passo para trás e nos reunir ", acrescentou.

"Se não falharmos de vez em quando, não estamos pensando inteligente ou grande o suficiente", disse ele.

Mosseri argumentou que a mudança para mais presença de vídeo aconteceria mesmo que o serviço não mudasse nada, já que os usuários que compartilham e pesquisam vídeos estão aumentando.

"Se você der uma olhada no que as pessoas estão compartilhando no Instagram, verá que há cada vez mais uma mudança para o vídeo ao longo do tempo", explicou ele.

O diretor da Meta, Mark Zuckerberg, endossou essa posição durante uma teleconferência na quarta-feira, reforçando que as pessoas estão assistindo a vídeos online cada vez mais. Meta e Google estão entre as empresas que enfrentam crescente concorrência do TikTok pela atenção das pessoas e lançaram suas próprias versões de formatos de compartilhamento de vídeos curtos.

Cybelle Hermínio da Costa, última esposa de Tom Veiga, intérprete de Louro José, se envolveu em três brigas que resultaram em queixas na polícia, além da acusação de ter agredido ao ator.

De acordo com o jornal Extra, Cybelle registrou três boletins de ocorrência para acusar seus agressores.

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Em 2009, ela acusou o próprio pai, chamado Carlos Antônio, de tê-la agredido enquanto tentava apartar uma briga entre ela e o irmão, Carlos.

Já em 2012, ela acusou sua ex-patroa de ter usado de força excessiva durante uma discussão de trabalho. Cybelle trabalhava em uma empresa de moda feminina como gerente da loja.

A publicação revela que no meio de uma discussão, a ex-chefe teria segurado o braço de Cybelle. O ocorrido teria acabado na demissão dela e também num processo, em que Cybelle perdeu nas duas instâncias.

Ela ainda teria registrado queixa contra um ex-namorado, chamado Felipe Fabbriani, com quem se relacionou por três anos.

Em 2017, Felipe teria empurrado ela e um amigo em um restaurante. Cybelle conseguiu medida protetiva e Felipe é processado com base na Lei Maria da Penha.

Um amigo da moça ainda teria revelado ao Extra que ouviu que o casamento dela com o intérprete de Louro José era cercado por discussões intensas e que acabavam em agressões:

- Ela me disse que quando ele bebia demais era comum ficar agressivo, e que algumas vezes quis bater nela. Mas como também é grandona, revidava, disse ele, afirmando não saber o motivo para Cybelle não ter denunciado Tom.

As revelações vem à tona após Cybelle negar, em entrevista a Roberto Cabrini, que teria agredido Tom Veiga.

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Na última quarta-feira (7) foi celebrado o Dia Mundial da Saúde e este ano o tema é “Construindo um mundo mais justo e saudável”. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também designou 2021 como o “Ano Internacional dos Trabalhadores da Saúde e Cuidadores”, para homenagear os profissionais da saúde que estão há mais de um ano atuando na linha de frente do combate à pandemia de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

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A decisão foi tomada durante a 73ª Assembleia Mundial da Saúde (AMS), realizada em novembro de 2020. No evento, realizado virtualmente, os Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) ressaltaram de forma unânime o papel essencial dos profissionais da saúde nos cuidados para garantir a vida dos pacientes e enfatizaram a urgência em tratar os desafios enfrentados por esses profissionais.

Valéria Santos, médica intensivista pediátrica na Santa Casa de Misericórdia do Pará, afirma que construir um mundo mais justo e saudável deveria ser a preocupação de todo ser humano. “Como profissional de saúde, acredito que um mundo melhor se faz com um olhar mais humano. Falar em olhar neste momento é enxergar no outro um ser humano que tem uma história de vida cheia de significados, de amores e de dores, de alegrias e de frustrações. Precisamos enxergar nosso paciente como alguém que tem uma biografia a ser respeitada”, complementa.

Sobre a valorização do profissional de saúde, a médica acredita que a intenção da OMS seja para reconhecer a dedicação dos profissionais nesse momento tão difícil. “Ser reconhecido não é somente bater no ombro, chamar de herói e elogiar. Precisamos de condições de trabalho, de educação continuada, de salários melhores para todos da equipe multiprofissional. Pessoalmente, torço para que, pela importância da instituição, isso possa chamar a atenção para a necessidade de melhorias, de ações em consenso e para a reorganização dos serviços”, afirma Valéria. 

Para Bruna Carvalho, dermatologista que atua no combate à pandemia no Hospital Universitário de Macapá, o reconhecimento fica só no papel. “É uma coisa que fica muito bonitinha só no papel porque já estamos em abril, vivendo essa segunda onda, tsunami da covid-19, e ainda não temos melhorias das condições de trabalho, não temos melhorias salariais e acho que cada vez vai só piorando a vida do trabalhador de saúde”, avalia.

Os maiores desafios enfrentados por esses profissionais são a vivência diária da evolução da pandemia, a saudade da família e a sobrecarga de trabalho, que geram fortes consequências na saúde mental. Um estudo realizado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com a participação de 710 profissionais de saúde de 21 Estados do Brasil, avaliou questões ligadas à rotina profissional e como ela afeta o sono, dieta e outros hábitos dos profissionais.

Dos 710 entrevistados, 473 relataram problemas relacionados ao sono, metade parou de praticar exercícios físicos e 30% afirmaram que houve aumento no consumo de bebidas alcoólicas.

Helenayra Santos, médica intensivista que atua em três hospitais da Região Metropolitana de Belém, afirma que o medo de adoecer faz parte da rotina diária dos profissionais que lutam contra a covid-19 e que a saúde mental desses trabalhadores está totalmente abalada. “Não existe nenhum meio proposto por nenhuma instituição para o cuidado mental. A saúde mental do trabalhador está totalmente abalada e consumida”, relata a médica.    

De acordo com dados do Ministério da Saúde, até o último dia 1º de março, 484.081 casos de covid-19 haviam sido confirmados entre profissionais da saúde no país. Destes, 470 morreram.

A psicóloga Luana Fernandes, que trabalha no Hospital Ophir Loyola, relata que os médicos estão sendo afetados diretamente no emocional. Alguns desses profissionais chegaram a desenvolver transtorno de ansiedade e depressão. “O desejo de salvar, de curar, de ajudar, em meio a uma pandemia, e nossa realidade do Estado do Pará é de um leito para 120 pessoas, é desumano. É quase impossível não sentir algo. Desde o cansaço físico ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout (esgotamento profissional). Alguns inclusive abandonam a sua escala”, conta a psicóloga.

Luana Fernandes dá dicas aos profissionais da saúde sobre como cuidar da saúde mental nesse período de pandemia. “Não esconder o que se sente, buscar o apoio do outro, cuidar da saúde mental fazendo terapia, buscando estratégias que gerem prazer como cozinhar, estudar outra coisa, estar com quem se ama. São estratégias de suporte que nos auxiliam a lidar com esse momento tão difícil. Somos humanos e validamos muito a dor do outro. Isso é um preço alto que a equipe de saúde paga, por ter comprometimento, ética, amor e respeito”, aconselha.

Por Ana Vitória da Gama e Isadora Simas.

 

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A população de bairros periféricos da cidade de Belém vem sofrendo com problema de iluminação pública. Muitas ruas têm ficado no escuro ou com uma iluminação precária. Isso acaba sendo um risco para moradores, pedestres ou motoristas, saírem às ruas.

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Rafaelle Navegantes, de 22 anos, reclamou do serviço precário de energia em seu bairro. “Tenho percebido piorar ao longo dos anos. Ano passado eu acho que foi quando mais faltou energia por aqui. A minha mãe trabalha com encomenda de bolos, doces e salgados. Não ter energia significa perder materiais que precisam de refrigeração constante e até mesmo perder o produto final”, relatou a graduanda em Arquitetura e Urbanismo.

“Além da questão de trabalho, meu irmão fazia tratamento oncológico, tinha câncer no pulmão, todos os dias ele fazia aerossol (que precisa de energia), a única diversão era a internet/tv e quando faltava energia ele ficava muito chateado. Também não dava pra utilizar ventilador, ar-condicionado, etc”, continuou Rafaelle.

Perguntada sobre a sensação de insegurança, ela respondeu: “A minha rua não é muito movimentada. Cada vez que ficamos sem energia ou mesmo quando algum poste fica sem luz (o que acontece sempre) a gente fica mais apreensivo, com certeza”, repondeu sobre o bairro de Águas Negras.

O estudante de Psicologia Mailson Alves também relatou as dificuldades por que passa no seu bairro, Tapanã, por causa da precariedade do serviço de iluminação. “Em determinadas ruas isso é frequente, principalmente nas ruas que não têm asfalto e são próximas de pequenas invasões no bairro, o que também colabora para o aumento da violência”, disse.

Mailson relatou que a insegurança é constante, principalmente em ruas do bairro que facilitam o acesso à sua residência. “Muitos moradores às vezes optam por caminhos mais longos pelas ruas principais por conta da movimentação e iluminação”, relatou.

O jovem de 21 anos falou sobre as dificuldades encontradas por ele. “Dificuldades de locomoção e segurança são as maiores. É visível o aumento de violência devido ao aumento de assaltos constantes tanto pela manhã quanto à noite, o que afeta as pessoas que estão indo ou voltando do trabalho.”

Félix Negrão, diretor do Departamento de Iluminação Pública da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), diz já ter sido iniciado na última semana um sistema de ronda noturna, no qual é feito um levantamento do sistema de iluminação da cidade. “A intenção é que essa ronda chegue a todos os bairros. Em nossa primeira ronda o resultado já foi alarmante, pois identificamos que 12% dos pontos verificados estavam com problemas. Diante disso, solicitamos à empresa contratada, a Endicon, que atuasse para restabelecer o serviço.”

O diretor diz também contar com a participação da população. “Precisamos melhorar nossos canais de comunicação com a população para que as demandas possam chegar de maneira mais rápida e eficaz. A Seurb quer modernizar esses canais, criar um aplicativo da iluminação pública, implantar um serviço de atendimento via whatsapp e fortalecer o já existente call center”, afirmou.

“Estamos implantando ferramentas de gestão para poder ter indicadores que retratem a qualidade dos serviços prestados à população”, disse Félix sobre o informativo que foi lançado no Instagram da Seurb no dia 12 de fevereiro e registrou 2.320 entendimentos. O serviço ocorre 24 horas por dia.

Sobre atendimento, o diretor da DIP recomendou o call center, pelo número 0800 400 0300, que funciona de segunda a sexta, de 8 às 21 horas, e aos sábados de 8 às 12 horas. “Também recebemos pedidos que são levados diretamente até a Seurb, seja por ofício ou solicitações diretas do cidadão."

Negrão, ao falar pela Seurb, se colocou à disposição para receber todas as demandas de moradores que estão sofrendo com a iluminação precária. “Temos muitos desafios pela frente e muito a melhorar, mas queremos pautar essa administração pela atenção e cuidado com o nosso povo”, finalizou.

Por Maria Rita Araújo e Yasmin Seraphico.

 

Após ser flagrado espancando a namorada, em Ilhéus, no Sul da Bahia, a Justiça determinou a prisão preventiva de Carlos Samuel Freitas Costa Filho, de 33 anos, nessa quinta-feira (15). Ele acumula 11 ocorrências por violência contra mulher e chegou a ser liberado pelas autoridades, pois não houve crime flagrante.

Para atender ao pedido de prisão solicitado pelo Ministério Público da Bahia, a Justiça levou em consideração a gravidade da agressão e reincidência do agora foragido. Além de queixas de ex-namoradas, já Carlos chegou a ser denunciado por mulheres da própria família.

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O agressor ainda prestou esclarecimentos na delegacia do município, mas o delegado Evi Paternostro informou que, mesmo com as filmagens, não houve crime flagrante. Carlos foi liberado pois as imagens, que reacenderam o debate sobre a violência contra a mulher redes sociais, foram registradas no dia 20 de junho deste ano.

De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), Pernambuco registrou 3.313 ocorrências de violência contra a mulher só em setembro deste ano. No entanto, comparado às 3.653 queixas em delegacias registradas no mesmo mês do ano passado, foi percebida a queda de 9,31%.

O levantamento divulgado nessa quinta-feira (15) informa que 29.558 casos de violência doméstica e familiar contra a mulher foram denunciados nos primeiros nove meses deste ano. O dado representa a diminuição de 5,44%, diante das 31.260 queixas computadas até setembro de 2019.

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As ocorrências de estupro também foram freadas no estado, segundo a SDS. Enquanto 229 casos foram notificados só em setembro do ano passado, 180 queixas foram apresentadas neste ano, o que apresenta a redução de 21,4%. Já no acumulado dos primeiros nove meses, houve a retração de 15,9%, devido à queda de 1.948 para 1.654 queixas.

Por outro lado, os crimes de feminicídio aumentaram em Pernambuco. Em setembro deste ano foram registradas oito vítimas, duas a mais se comparadas ao nono mês do ano passado. Desde o início de 2020, 47 vítimas prestaram queixa, também duas acima das notificações de 2019.

O estagiário de logística Matheus Fonseca, de 21 anos, morador de Campinas, vive uma situação inusitada. Fez uma encomenda de um tabaco importado em uma empresa em São Paulo. De carro, o pacote chegaria à sua casa em algo como duas horas. Mas o produto foi enviado pelos Correios. E Fonseca já espera por ele há mais de um mês.

Pior: segundo ele, o pedido já está no Centro de Distribuição dos Correios em Campinas, que fica muito perto da sua casa. Como é um produto perecível - tem prazo de vencimento de seis meses -, tentou retirá-lo pessoalmente. "Mas eles não me deixaram retirar. Não tive uma explicação muito clara, apenas me informaram que eu precisaria aguardar a entrega em casa."

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O caso de Fonseca é um entre muitos. Na pandemia da Covid-19, houve um enorme crescimento de compras online, e os Correios são um elo importante nessa cadeia, os responsáveis por boa parte das entregas. Mas as reclamações em relação a essas entregas têm subido exponencialmente. De acordo com dados do Procon, no Estado de São Paulo, as reclamações por "serviço não fornecido, não entrega ou demora para o recebimento do produto" e também por "serviço mal executado" saltaram de 216 entre março e junho de 2019 para 1.151 em igual período deste ano - um aumento de mais de cinco vezes.

Na avaliação dos Correios, porém, o quadro não é tão dramático. A informação oficial é que há, neste momento, cerca de 1,5 milhão de encomendas em atraso, o que representaria 5% do total a ser entregue. Em meados do mês passado, esse atraso havia chegado a 7%, ou seja, 2,2 milhões de encomendas represadas.

Os maiores problemas estariam localizados nos Estados do Rio, Pará e Amazonas. Em janeiro, antes da chegada da covid-19, "os Correios trabalhavam com o índice de qualidade operacional de 98% de encomendas entregues no prazo", disse a empresa.

Redução de pessoal. "Esses problemas foram causados, em sua maioria, pela redução de pessoal por medidas de profilaxia, prevenção, ações judiciais e delay na capacitação de mão de obra temporária", disse ao Estadão o general Floriano Peixoto, presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). "As coisas estão se ajustando. Não queremos expor nossa força de trabalho ao risco de contaminação, enquanto lutamos para manter a qualidade dos serviços", justificou.

Quando falou em ações judiciais, Peixoto se referia às 84 ações impetradas na Justiça, até agora, por sindicatos pedindo afastamento de pessoal para testagem ou simplesmente o fechamento de centros de distribuição de encomendas por casos de contaminação pela covid-19. Por conta das ações, a empresa diz que já teve cerca de 30 centros de armazenamento e distribuição de encomendas fechados por um período entre sete e dez dias, causando problemas de logística. Hoje, segundo os Correios, nenhum centro de triagem e tratamento está fechado.

Afastamentos

Para os presidentes do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em São Paulo, Elias Cesário de Brito Júnior, e em Brasília, Amanda Corcina, há muitas encomendas atrasadas não só pelo aumento das vendas do comércio eletrônico na pandemia, mas também pela necessidade de afastamento de grande número de pessoal, por causa da contaminação de empregados em áreas onde estariam faltando equipamentos de proteção individual e com higienização inadequada de instalações.

A direção da ECT contesta a informação e lembra que foram firmados acordos para que o Exército fizesse higienização em pelo menos 12 Estados, entre eles São Paulo, Rio de Janeiro e Pará, e também para que a Cruz Vermelha atuasse na limpeza em Brasília, no Ceará e no Rio Grande do Norte.

Mas, para ex-diretores dos Correios, ouvidos pelo Estadão sob a condição de anonimato, a empresa não teria se preparado adequadamente para encarar os problemas provocados pela Covid-19.

Para essas fontes, o principal problema enfrentado pela empresa é na distribuição, e isso poderia ter sido minimizado, por exemplo, se tivessem sido contratados motoristas terceirizados para acompanhar os carteiros - já que esses profissionais não podem ser terceirizados, por questões de confiabilidade nas entregas.

Os Correios têm atualmente 99 mil empregados. Desse total, 18,4 mil encontram-se em trabalho remoto, sendo 5,1 mil da área administrativa. Os empregados da área operacional afastados do local de trabalho (como os carteiros, motoristas e atendentes, dentre outros) somam 13,3 mil, e estão realizando atividades de treinamento remoto por se enquadrarem em grupos considerados de risco para a covid-19 - que são as gestantes e lactantes, pessoas com 60 anos ou mais e pessoas imunodeficientes ou com doenças preexistentes crônicas ou graves.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

Um grupo de parentes de vítimas do coronavírus entrou nesta quarta-feira com uma queixa no tribunal de Bérgamo, no norte da Itália, por negligência e erros na gestão da pandemia que matou mais de 34.000 pessoas no país.

É a primeira ação legal em grupo movida na península, que está entre os países mais atingidos pelo coronavírus.

"Não queremos vingança, queremos justiça", disse Stefano Fusco, 31 anos, um dos fundadores do grupo no Facebook "Vamos denunciar. Verdade e justiça para as vítimas da Covid-19", doença que matou seu avô em março em um asilo.

Acompanhados por advogados e membros do comitê, os parentes apresentaram 50 queixas ao Ministério Público em Bérgamo, a cidade mártir da pandemia, "porque se tornou o símbolo dessa tragédia, embora sejam de todo o país", explicou.

A página no Facebook, que em apenas dois meses teve mais de 50.000 adesões, tornou-se um comitê nacional, com advogados que estudam apresentar outras 150 queixas, explicou Fusco.

Os familiares acusam as autoridades de terem demorado a declarar a cidade como "zona vermelha", algo que a associação, assim como alguns partidos e sindicatos, atribuem ao fato de que os interesses econômicos prevaleceram sobre os da saúde, por ser uma zona industrial próspera.

O MP de Bérgamo já abriu uma investigação sobre o caso e ouviu os depoimentos de políticos, incluindo o governador da Lombardia, Attilio Fontana, e seu consultor para a Saúde, Giulio Gallera.

Os familiares também questionam a política de cortes aplicada há anos ao sistema de saúde para favorecer uma privatização.

Alguns parentes relataram as tragédias sofridas, devido à falta de informações ou à falta de cuidados durante a emergência de saúde.

O MP deve agora decidir se existem elementos para a abertura de um julgamento.

- Lágrimas de sangue -

Cristina Longhini, farmacêutica que perdeu o pai Claudio, 65 anos, durante a pandemia espera descobrir a verdade sobre a morte de seu progenitor no hospital de Bergamo.

"Meu pai havia acabado de se aposentar, estava em boas condições físicas, quando começou a apresentar sintomas, febre, disenteria e vômito", disse ela à imprensa.

"Quando ele morreu, eles esqueceram de nos notificar", lamenta Longhini, que mais tarde precisou identificar o corpo.

"Ele estava irreconhecível, sua boca estava aberta, seus olhos estavam inchados, ele tinha lágrimas de sangue nas órbitas", lembra Longhini.

"Eles me entregaram seus objetos pessoais em um saco de lixo, incluindo roupas manchadas de sangue, testemunho de seu sofrimento e também infectada", relata.

Como os cemitérios locais estavam cheios, o caixão foi transportado, juntamente com vários outros, em um caminhão militar para um destino desconhecido da família, que finalmente descobriu porque recebeu pelo correio a conta da funerária por sua cremação, 200 km de distância.

"Queremos saber, ponto por ponto, como foi o tratamento na emergência, os erros, responsabilidades", explicou à imprensa o presidente do comitê, Luca Fusco (pai de Stefano).

"Para o povo de Bergamo, para todos os que perderam um ente querido, pedimos justiça", diz Laura Capella, 57 anos, membro do comitê que, como os outros parentes, não aspira a obter indenização.

Desde a tarde desta quinta-feira (21), vários participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) têm relatado problemas para fazer ou acompanhar suas inscrições na Página do Participante, https://enem.inep.gov.br/participante/#!/ site criado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). De acordo com o site oficial do Inep, “O participante deverá anexar, no sistema de inscrição, sua foto atual, nítida, individual, colorida, com fundo branco, que enquadre desde a cabeça até os ombros, de rosto inteiro, sem o uso de óculos escuros e artigos de chapelaria (boné, chapéu, viseira, gorro ou similares)”.

Nas redes sociais, diversos estudantes relatam que a foto, obrigatória para a inscrição em 2020, simplesmente desapareceu da página de estudantes já inscritos mesmo estando dentro dos padrões solicitados pelo Inep. Há também quem ainda esteja tentando finalizar a inscrição e não consiga fazer o upload da foto.

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Giovana Nascimento tem 18 anos, cursa o 3º ano do ensino médio e deseja cursar biomedicina na universidade. A jovem já enfrentou outros problemas com o Enem 2020, chegando inclusive a criar a página “Cadê o Beto?”, que tem o intuito de cobrar do Inep a resolução de problemas com a emissão dos boletos para pagamento das taxas de inscrição. Giovana conta que ela sua foto desapareceu, além de ter recebido mensagens de inúmeros estudantes lhe pedindo ajuda através da página.

“Me perguntam o que fazer, mas sinceramente eu não sei, porque eu sou estudante como qualquer outra pessoa e eu também quero saber porque aconteceu comigo, minha foto também sumiu. O desespero é muito grande porque o limite para atualizar a foto é até amanhã (sexta-feira, 22 de maio), sendo que minha foto estava dentro dos padrões que o Inep colocou. Fundo branco, tudo direitinho, e mesmo assim sumiu, como a de muita gente também sumiu. Se eu só posso editar minha foto até amanhã na Página do Participante e não consigo por erros do Inep, como é que vai ficar? Essa já é uma sucessão de erros do Inep que sinceramente eu não aguento mais”, questiona a jovem. 

O LeiaJá procurou o Inep em busca de esclarecimentos a respeito dos problemas enfrentados pelos estudantes, mas até o momento do fechamento desta matéria, não obtivemos retorno. Seguimos aguardando por uma resposta oficial para atualizar o texto.

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--> Enem passa de 4,6 milhões de inscritos nesta quinta (21)

--> Inscrições para o Enem terminam nesta sexta-feira (22)

 

 

No dia 9, a publicitária Roberta Sabathé deixou Atibaia, onde mora no interior de São Paulo, e foi até a capital para buscar o pai, Raul Marcos Roberto Sabathé, de 85 anos, e levá-lo até a emergência da unidade Brigadeiro do Hospital Sancta Maggiore, da Prevent Senior. Ele passara mal durante a noite e a primeira suspeita era uma crise de pânico, mas o diagnóstico comprovou ser coronavírus. Com um histórico de um câncer de próstata, outro de rosto e quatro cirurgias, Raul Marcos foi então internado na UTI.

"Nesse momento me disseram que eu só teria notícias se fosse lá pessoalmente", conta a publicitária. Durante uma semana, Roberta tentou por diferentes meios obter informações sobre o pai, mas só conseguiu saber o estado dele depois de ir duas vezes pessoalmente até a unidade do Sancta Maggiore de Santa Cecília, onde Raul Marcos está internado e chegou a ser entubado na Unidade de Terapia Intensiva.

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Um dia depois de a reportagem abordar a operadora Prevent Senior, a publicitária finalmente recebeu um telefonema de um médico do Sancta Maggiore com informações sobre seu pai. Segundo especialistas médicos e em direitos do consumidor, o hospital coloca em risco os parentes dos pacientes ao obrigá-los a ir pessoalmente até o hospital. Ao entrar em contato com o pai infectado, Roberta passou a fazer parte de um grupo de risco.

"Oferecer informação apenas pessoalmente é um eufemismo para não oferecer. A operadora tem que dar informações por todos os meios e não expor as pessoas ao risco de contaminação", disse o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez. De acordo com o infectologista Jean Gorinchteyn, do hospital Emílio Ribas, as informações sobre internados em qualquer instituição devem ser prestadas por telefone. Ele disse que os médicos têm procurado até desencorajar visitas físicas. "A gente encoraja que as pessoas não frequentem os hospitais, optamos pela não realização de visitações, até pelo risco de haver contaminação dos visitantes", concluiu.

A operadora Prevent Senior foi alvo de dois inquéritos do Ministério Público. O primeiro foi criminal e para apurar a possibilidade de omissão de notificação de mortes no Sancta Maggiore por coronavírus. O promotor para o qual foi distribuído o caso optou pelo arquivamento, mas o caso foi reaberto e um novo promotor será sorteado. A juíza Gabriela Marques da Silva, do Foro Central Criminal da Barra Funda, viu "justa causa" para manter investigações. A unidade do Sancta Maggiore do Itaim, em São Paulo, foi alvo de inspeção da vigilância sanitária que constatou a existência de casos não notificados. A decisão que nega o pedido de arquivamento foi enviada ao procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, que mandou dar prosseguimento às apurações. O outro inquérito do MP visa a saber se as medidas tomadas pela Vigilância Sanitária e as autoridades estaduais de saúde foram as adequadas.

Em outra frente, o Procon-SP notificou a operadora duas vezes com questionamentos sobre a proporção entre o número de leitos e o de associados. Segundo Capez, não houve resposta. O próximo passo será uma autuação. A assessoria da Prevent contradisse o Procon e afirmou que enviou os esclarecimentos solicitados.

Resposta

Procurada, a assessoria da Prevent disse ao jornalO Estado de S. Paulo ainda que a política do hospital é a de ligar diariamente a parentes dos internados cujos telefones estão no prontuário digital, justamente para dar atualizações sobre o estado de saúde dos pacientes. Ao ser informada do caso específico de Sabathe, a Prevent não respondeu. Uma semana depois da internação de Raul Marcos e um dia após a operadora de saúde ter sido acionada pela reportagem, um médico da Prevent telefonou para a publicitária e, segundo ela, "foi muito atencioso".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Caixa, Pedro Fernandes, o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, e o secretário especial de Assuntos Fundiários, Luiz Antonio Nabhan Garcia entraram na mira do Congresso. A queixa chegou ao presidente Jair Bolsonaro durante reunião com deputados na terça-feira, 26, quando ele foi avisado que seus auxiliares estariam se recusando ou demorando a receber parlamentares, o que é considerado uma ofensa no Congresso.

A interlocutores, o presidente da Caixa já disse que está no governo para ajudar o País e não consta dos seus planos passar o dia atendendo parlamentar. Fernandes costuma brincar que se muda para Miami se for obrigado a fazer isso. Nabhan, por sua vez, diz que a maior parte do seu tempo é destinada a atender parlamentares, "mas tudo tem limite" e "alguns não compreendem".

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A orelha do presidente da Caixa esquentou na reunião que deputados tiveram com Bolsonaro na terça-feira. O líder do DEM, Elmar Nascimento (BA), foi quem delatou o executivo. "Levei como exemplo ao presidente que parlamentares pedem audiência com ele e são recebidos pelo assessor parlamentar. O pessoal está acostumado com outro tratamento."

Nem mesmo o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, escapou da agenda com o assessor. Nesta quarta-feira, ele postou nas suas redes sociais que havia se reunido com "assessores parlamentares da Caixa" para se oferecer na interlocução com o Congresso. O presidente do banco, porém, não estava presente. Eduardo jura que os dois se falaram pelo telefone.

Vélez

O ministro da Educação se salvou das críticas levadas por deputados ao presidente, mas não de queixas públicas sobre seu comportamento. "Estou desde o dia 15 de janeiro tentando marcar uma audiência com o ministro e não consigo", relatou o deputado Júlio César Ribeiro (PRB-DF) na tribuna.

O líder do Podemos, deputado José Nelto (GO), também disse que tenta desde o início do mês uma audiência com Vélez Rodríguez. "Queremos apresentar proposta do Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa. Faz três semanas e não tem nem resposta", disse.

O líder do PSD, deputado André de Paula (PE), garante que os parlamentares tentam agendar reuniões com os ministros para pedir "coisas simples". E coloca mais um nome na lista dos inacessíveis. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, estaria demorando muito para atender deputados.

Ao ouvir as queixas, o presidente foi político. Segundo relatos, Bolsonaro teria afirmado que deu ordem para que os ministros priorizem as agendas com parlamentares. E contou que, até por ser ex-deputado, sabe como é importante o contato dos congressistas com o Executivo.

Reação

Nem bem assumiu a liderança do governo no Congresso, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) revela que já recebeu demandas a esse respeito. "Vou tentar resolver", promete. Ela sabe que deputado irritado vota contra o governo.

Procurada, a Caixa informou que desde janeiro prefeitos, secretários e governadores foram recebidos em mais de 60 audiências com o corpo diretivo do banco. Só não diz em quantas dessas audiências o presidente estava. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Ordem dos Advogados do Brasil seccional Pernambuco (OAB-PE) disponibiliza, a partir desta terça-feira (16), um canal para a população fazer denúncias de intolerância política no Estado. O chamado Observatório da Intolerância Política foi lançado nessa segunda (15), após o surgimento de diversos relatos de agressão após o primeiro turno das eleições.

As queixas poderão ser feitas pelo Whatsapp (81) 9.9247.2115, por e-mail observatorio@oabpe.org.br e presencialmente, na sede da entidade localizada na Rua Imperador Pedro II, 346, bairro de Santo Antônio, no Recife - sempre no horário comercial. A iniciativa pretende mapear e investigar os casos denunciados.

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De acordo com o  presidente da OAB-PE, Ronnie Preuss Duarte, será possível denunciar ações realizadas tanto no ambiente virtual como presencial.

“Será um canal para a recepção das denúncias e um órgão para o acompanhamento das diligências tomadas. Em se tratando de violações veiculadas por intermédio das redes sociais, acompanharemos a tramitação das denúncias e auxiliaremos a documentação daquilo que foi recebido, com a lavratura de atas notariais. Em seguida, encaminharemos para os órgãos competentes, seja o Ministério Público Federal ou o Ministério Público Estadual, tudo com o devido acompanhamento dos integrantes do Observatório”, explicou.

Quando a violência for presencial, Ronnie Preuss disse que é importante que a vítima ou testemunhas tentem fazer vídeos ou fotos. "É importante pegar um registro físico ou fotográfico. Um print, no caso da internet, ou vídeo e foto. Não temos o poder de fazer uma investigação in loco e, por isso, o elemento documental é necessário", disse. O Observatório vai funcionar até 31 de dezembro de 2018.

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A programação da prefeitura de Belém em alusão à Semana de Trânsito deste ano começou na terça-feira (18), com uma ação educativa na faixa de pedestres localizada entre as avenidas Nazaré com Generalíssimo Deodoro, e foi até o dia 25 de setembro. A campanha deste ano tem o tema “Nós Somos o Trânsito!”. O objetivo é estimular que motoristas e pedestres adotem práticas para melhorar o trânsito de Belém. A programação teve apresentações de teatro, brincadeiras, blitz educativa, entre outros.

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O motociclista Eric Trindade, 20 anos, apontou a imprudência dos motoristas como um dos problemas do trânsito nas grandes cidades. “Um dos principais riscos que eu sofro é a questão das pessoas dirigindo de forma incorreta, às vezes o motorista me fecha ou eles não prestam atenção e jogam o carro pra pista em que eu estou ou avançam o sinal”, disse. Eric também falou sobre os perigos de acidentes. “Meu pai já foi batido em moto na Júlio Cesar. Ele estava na pista e o motorista simplesmente dobrou e bateu nele. Mas só se machucou e quebrou a clavícula, nada muito sério”, contou.

 Anderson Castro, 37 anos, falou sobre as dificuldades de ser pedestre no trânsito da cidade e criticou a falta de planejamento das autoridades. “O trânsito de Belém é muito mal organizado. Eu acho que falta um planejamento maior por partes das autoridades do trânsito, principalmente em horários de pico. Com o engarrafamento, o deslocamento se torna muito caótico e prejudica quem anda de ônibus”, comentou.

A programação se encerrou com uma mesa-redonda no Comando da Guarda Municipal de Belém, na avenida Pedro Álvares Cabral. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), por meio do Projeto Vida no Trânsito, fez a apresentação de dados estatísticos consolidados do primeiro trimestre dos anos de 2016, 2017 e 2018 a respeito do trânsito na capital.

Por Lucas Neves. Com apoio de Amanda Lima.

 

 

O número de reclamações sobre coparticipação (cobrança por parte do procedimento) e franquia em planos de saúde aumentou 73% em quatro anos, segundo dados obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo. As queixas, feitas à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), incluem insatisfação de pacientes com índices cobrados pelos planos e falta de transparência na definição desses valores. Em alguns casos, o porcentual cobrado do paciente chegou a 100% do procedimento realizado. Já as empresas dizem que porcentuais altos são exceções e afirmam que os índices normalmente constam no contrato.

Segundo a ANS, houve 376 queixas relacionadas ao tema em 2013, ante 650 no ano passado. No mesmo período, o total de reclamações feitas à ANS caiu 12%, de 102,4 mil para 89,9 mil. A tendência de crescimento nas queixas sobre coparticipação e franquia deve repetir-se neste ano: até julho, já foram 482 reclamações, número superior ao de 2013, 2014 e 2015. Atualmente, 52% dos beneficiários têm planos com coparticipação ou franquia.

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Em junho, a ANS publicou norma que fixava em 40% o porcentual máximo de coparticipação. Um mês depois, a agência recuou e suspendeu a resolução após reação negativa de usuários e entidades de defesa do consumidor.

Embora não houvesse legislação que determinasse um índice máximo de cobrança, havia entendimento por parte da diretoria de fiscalização da agência de que a coparticipação não deveria exceder o índice de 30%.

A agência diz ter relatos de cobrança de porcentuais que variam de 10% a 60%. Entre beneficiários ouvidos pelo Estado, há quem teve de pagar quase o valor integral do tratamento. Foi o caso do empresário Marcos Costa, de 64 anos, diagnosticado com câncer de próstata em 2009, quando iniciou o tratamento pelo convênio. Anos depois, recebeu orientação médica de iniciar a terapia com um novo medicamento, que, inicialmente, não era coberto pela operadora. Ele entrou na Justiça e conseguiu a cobertura. Para sua surpresa, porém, passou a receber boletos mensais do convênio, a título de coparticipação, que totalizaram cerca de R$ 20 mil, justamente o valor do medicamento. "Entrei com processo de novo e consegui na Justiça o respeito que todos os clientes deveriam ter sempre."

O tamanho do susto foi ainda maior para a pensionista Olga Pera, de 83 anos, que, após fazer tratamento contra um câncer pelo plano, recebeu uma conta de R$ 65 mil referente à cirurgia de retirada do tumor no estômago. "Eles colocaram tudo na conta: a cirurgia, as internações, a alimentação, até injeção que ela nunca tomou", conta a filha da paciente, Claudia Pera Wohlers, de 50 anos. A família provou na Justiça que a cobrança era indevida e abusiva.

Casos pontuais

Para Marcos Novais, economista-chefe da Associação Brasileira dos Planos de Saúde (Abramge), os casos de porcentuais altos são exceções. Segundo levantamento da entidade, com base em pesquisa da consultoria AON, quase 80% das operadoras praticam índices de coparticipação de até 30%. "Cobrar porcentuais altos não é interessante para a operadora porque não tem garantia de que vai receber."

Já a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) afirmou, em nota, que a definição dos porcentuais é "livremente negociada entre as operadoras e os contratantes" e o índice deve constar nas cláusulas do contrato. "Mesmo assim, o beneficiário poderá consultar a operadora sobre o valor que será pago ou descontado."

O teatro Old Vic de Londres anunciou nesta quinta-feira que recebeu 20 denúncias de conduta inapropriada por parte do ator Kevin Spacey, que foi diretor artístico do local, durante uma investigação sobre o ator americano.

Os investigadores registraram 20 testemunhos pessoais narrando "supostas condutas inadequadas" por parte de Spacey.

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LISBOA - Autor do gol que deu o título a Portugal de campeão europeu em 2016, o atacante Éder confirmou que a vida dele não tem sido fácil na França. O atacante do Lille bem que tentou driblar as perguntas sobre a “marcação” que vem sofrendo, mas acabou dando a entender que os franceses ainda devem levar um tempo para esquecer a derrota sofrida contra os portugueses, em casa, na Euro-2016.

“Não queria bater nessa tecla”, confessou o jogador, na entrevista coletiva desta terça (21), na Cidade do Futebol, em Lisboa, durante a reapresentação da Seleção de Portugal visando o confronto contra o Hungria, sábado (25), pelas eliminatórias europeias. “Mas tem sido uma temporada difícil para mim.”

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Questionado inclusive a respeito de uma possível perseguição da arbitragem francesa, que não vem marcando faltas envolvendo lances do jogador, Éder evitou confirmar a informação, mas também não fez questão nenhuma em negá-la.

“Na primeira temporada foi um pouco diferente. Não havia ainda o episódio da Euro. Tem acontecido muita coisa, mas tenho mesmo é que focar no que tenho a fazer”, respondeu o jogador de 29 anos, nascido na Guiné Bissau, mas com nacionalidade portuguesa.

No primeiro treino de Portugal visando a partida contra a Hungria, Éder voltou a vestir o colete verde dos reservas. Para a imprensa portuguesa, o atacante segue uma espécie de “amuleto” para os momentos difíceis, condição que parece não ser um problema para o jogador.

“Sigo fazendo o meu trabalho e esperando a oportunidade de entrar nas partidas e colaborar”, disse. 

"Na minha primeira época, foi diferente. Não havia o contexto do Euro e este ano tem sido mais complicado. Tem acontecido muita coisa e tenho de focar-me no que tenho de fazer. Dependo de mim para acabar a época em grande", falando ainda da relação com os adeptos franceses.

"É complicado para eles e eu percebo. Mas não quero estar a bater na mesma tecla. Eles têm as razões deles e cabe-me a mim estar feliz pelo que aconteceu. É uma lembrança espetacular mas já passou", concluiu.

Álvaro Filho, Especial para o LeiaJa.com

A técnica em contabilidade Isamara Filier, de 41 anos, registrou cinco boletins de ocorrência contra o ex-marido Sidnei Ramis de Araújo, de 46, por crimes de agressão e ameaça, além de denunciá-lo por abuso sexual contra o filho na Justiça. As queixas na polícia começaram em 2005 e foram até 2015. Na noite de réveillon, ele matou a ex-mulher, o filho, João Victor, de 8, e mais dez pessoas que comemoravam o ano-novo na casa de parentes dela, em Campinas, no interior do Estado. Depois, Araújo se matou.

Isamara ganhou a guarda do filho depois de denunciar à Justiça que o menino teria sido abusado sexualmente pelo pai. Segundo a polícia, a decisão judicial deixou Araújo consternado e foi o principal motivo para que ele cometesse o crime. A denúncia foi feita no início de 2012.

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No Natal daquele ano, ela foi até a Delegacia da Mulher, em Campinas, e afirmou que foi ameaçada pelo ex-marido por telefone. Durante uma discussão, ele teria dito "vou te matar". A queixa seguinte foi em setembro de 2013. Segundo o boletim de ocorrência, Araújo estava brincando com o filho durante uma visita monitorada e empurrou a mulher, que caiu.

Em dezembro de 2014, a Polícia Militar foi chamada até um clube da cidade. Lá, Araújo foi flagrado descumprindo uma ordem judicial, que o proibia de se aproximar do filho fora dos dias de visita monitorada. O menino estava jogando futebol e o pai foi surpreendido na arquibancada por Isamara. Por último, em junho de 2015, foi feita a ameaça mais grave. Isamara disse à polícia que o ex-marido a ameaçou de morte: ele teria dito que "é melhor você ir conversar com o diabo, porque nem Deus vai te ajudar! Porque você e a vaca da sua mãe vão pagar!".

Segundo a polícia, em nenhum dos casos Isamara quis receber medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha.

Investigação

O 3º DP de Campinas vai investigar o que motivou os 12 assassinatos e o suicídio de Araújo. Os policiais apreenderam uma gravação com o assassino no local do crime. Nela, o atirador teria se justificado e pedido desculpas para amigos. O material, junto com dez explosivos e cápsulas de pistola 9 milímetros encontrados na casa foram encaminhados para a perícia.

O foco da investigação é descobrir quem vendeu a arma para Araújo. Nesta semana, estão previstos os primeiros depoimentos de testemunhas e parentes das vítimas e do atirador.

Conforme a reportagem revelou nesta segunda, Araújo mandou um e-mail coletivo para os amigos, programado antes do ataque, explicando os motivos que o levaram a matar a ex-mulher e a família dela. O e-mail contém um arquivo com áudios nos quais o atirador revela todo o ódio que sentia em relação a Isamara.

Ele diz também que pretendia cometer o massacre na noite de Natal. "Eu tentei pegar a vadia no almoço do Natal e dia da minha visita, assim pegaria o máximo de vadias da família, mas, como não tenho prática, não consegui", disse o atirador. A polícia ainda não tem esse documento.

Enterro

Dor e comoção marcaram o enterro das 12 vítimas, na manhã desta segunda-feira (2), no Cemitério da Saudade. Cerca de 1 mil pessoas, entre parentes, amigos e curiosos, acompanharam o final do velório e o cortejo.

Os sepultamentos começaram por volta das 9h20, de dois em dois, por causa da quantidade de vítimas. Os últimos corpos a serem sepultados foram de Isamara, João Victor e do irmão dela, Rafael Filier, de 33 anos. Comovida, a família pediu para que a imprensa se afastasse do túmulo.

O pai de Isamara, Jovair Filier, acompanhou o cortejo com ajuda de um carrinho elétrico. Segundo amigos, há dois anos ele perdeu a mulher. Agora, o casal de filhos. "Ficou só", disse uma ex-empregada da família.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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