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Neste domingo (1°), os bacharéis e estudantes de direito responderam às questões da segunda fase da XXX edição do Exame de Ordem Unificado, promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A prova de Direito do Trabalho, de acordo com o professor Paulo Rodrigo, foi dentro do esperado, mas exigia atenção e trouxe uma peça prático-profissional frequentemente abordada. “[Foi uma] reclamação trabalhista, peça dentro do esperado, mas que exigia muita atenção. Abordava hora extra, devolução de despesas materiais e desconto de imposto sindical”, disse o professor.

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As questões, na avaliação do professor, foram bem elaboradas e “exigiam que o candidato entendesse de súmulas do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e alguns prazos. A terceira questão, que falava de piso salarial e convenção coletiva, foi um pouco mais difícil”, afirmou ele. 

O LeiaJá ainda trouxe os comentários de professores sobre as disciplinas de direito tributário, direito administrativo, entre outras. Confira abaixo.

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Neste domingo (1°), os bacharéis e estudantes de direito responderam às questões da segunda fase da XXX edição do Exame de Ordem Unificado, promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A professora de Direito Tributário Mariana Martins explicou que a peça prático-profissional pedida foi uma apelação. 

“O aluno precisava falar sobre a ilegitimidade do sócio, que tem previsão no artigo 135 inciso 3º do Código Tributário Nacional (CTN) e na súmula 430 do Superior Tribunal de Justiça (STJ)”, disse ela. A professora também explicou que o examinando deveria falar sobre a indisponibilidade de bens e direitos, que tem previsão no Artigo 185-A do CTN e na Súmula 560 do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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No que diz respeito às questões ela citou alguns dos temas cobrados, como imunidade tributária das entidades de assistência social, IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação), por exemplo.  

Na opinião da professora, a prova teve um nível de dificuldade menos elevado do que foi visto em edições anteriores do exame. “A identificação da peça não foi difícil e as questões, de modo geral, exigiam conhecimento aprofundado em algumas matérias, mas em outras, não. Assim, a dificuldade foi menor”, disse ela.

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As provas da segunda fase do XXX Exame de Ordem Unificado, realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), foram aplicadas neste domingo (1º).  Segundo a professora de Direito Administrativo, Isabella Galvão, a prova esteve dentro do esperado. 

“Dos sete assuntos que eu falei para o Vai Cair na OAB (@vaicairnaoab) como dicas de temas para os candidatos revisarem, quatro caíram na prova”, afirmou a professora. Isabella ainda explicou que a peça prático-profissional foi uma contestação em ação de improbidade administrativa, já cobrada em exames anteriores. “Houve a necessidade de apresentar preliminares, uma sobre citação e outra em relação ao prazo prescricional. Também foi cobrado o assunto de princípios, em que o aluno deveria pontuar sobre o princípio da moralidade”, disse a professora. 

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No que diz respeito às questões, Isabella afirma que a prova cobrou ainda mais temas que já são frequentes. “Tivemos duas questões que cobraram a Lei 8.666 de 1993 sobre licitação e contratos administrativos. É um assunto muito cobrado e nessa edição foi até mais que o habitual. Também foi cobrado sobre a atuação do Tribunal de Contas”, declarou ela.

Na avaliação da professora Isabella, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), organizadora do exame, não surpreendeu e ajudou estudantes que já vêm se preparando e responderam provas de edições passadas. “Foi uma prova boa, justa e no nível razoável. O aluno que se preparou e fez provas antigas consegue. A FGV não surpreendeu e essa falta de surpresa é boa pois nos deixa em um terreno seguro”, disse ela. 

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As provas da segunda fase do XXX Exame de Ordem Unificado, realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), foram aplicadas neste domingo (1º). Na opinião da professora Danielle Burichel, a prova dos examinandos que escolheram Direito Penal estava dentro do esperado e sem grandes surpresas. 

“Foi uma prova dentro do esperado, cobrando como de costume o conhecimento do candidato, o conhecimento de súmulas, distinção entre matéria de direito processual e direito material. A peça profissional, uma apelação, cobrou do candidato uma questão da ausência de representação do ofendido em crime de ação pública condicionada à representação, a lesão corporal culposa na condução de veículo automotor”, disse a professora. 

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Questionada quanto à elaboração e nível de dificuldade da prova, a professora Danielle afirmou que foi uma prova com um nível esperado e apostou em uma quantidade de aprovações elevada. “As matérias abordadas foram tranquilas, não teve grande complexidade, razão pela qual acredita-se que haverá um número elevado de aprovações”, pontuou.

De acordo com a professora, tanto a peça quanto as questões abordaram temas que foram comentados nas dicas que ela deu aos alunos durante lives e em vídeos do projeto multimídia realizado em parceria com o LeiaJá, Vai Cair na OAB (@vaicairnaoab). “Muito do que apareceu na prova estava nas dicas do Vai Cair na OAB, por isso é importante continuar acompanhando para lembrar das dicas”, disse ela.

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O vestibular de medicina da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, no Recife, será realizado neste final de semana. As provas serão aplicadas das 13h às 18h no primeiro dia e das 13h às 17h no segundo. 

Neste sábado (30), os estudantes respondem às provas de Ciências Humanas, Linguagens e redação. No domingo (1º) é a vez das provas de matemática e Ciências da Natureza. 

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No próximo domingo (1º) e na segunda-feira (2), estudantes de 1º e 2º anos do ensino médio responderão às provas do Sistema Seriado de Avaliação (SSA) da Universidade de Pernambuco (UPE). No primeiro dia, os estudantes encaram provas de língua portuguesa, matemática, física, língua estrangeira (inglês ou espanhol) e filosofia. No segundo, é a vez das questões de biologia, química, história, geografia e sociologia.

Estudantes inscritos no SSA 1 (primeira fase do vestibular) farão provas durante a manhã, das 8h15 às 12h15, com fechamento do portão às 8h. Os alunos que estão no SSA 2, por sua vez, vão responder às questões à tarde, das 14h15 às 18h15. O portão será fechado às 14h. 

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Para ter acesso aos locais de prova, os estudantes devem emitir e levar o cartão de identificação disponível no site da UPE, além da carteira de identidade ou outros documentos oficiais com foto e assinatura recentes. Também é necessário levar caneta esferográfica com tinta azul ou preta. 

As notas dos estudantes serão disponibilizadas até o dia 15 de março de 2020 através da área reservada do estudante no site do vestibular. Outras informações podem ser obtidas através dos telefones (81) 3183-3660 e (81) 3183-3791, no endereço de e-mail processodeingresso@upe.br ou por meio da página do SSA na internet

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A Universidade de Pernambuco (UPE) divulgou, nesta quarta-feira (27), os gabaritos definitivos das provas do Sistema Seriado de Avaliação (SSA 3). O exame foi realizado nos dias 17 e 18 deste mês. Confira:

Gabarito - primeiro dia

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Gabarito - segundo dia

Resposta aos recursos - primeiro dia

Resposta aos recursos - segundo dia

De acordo com a UPE, no primeiro dia de provas do SSA, um quesito foi anulado. Já no segundo dia, uma questão foi anulada, bem como houve troca de alternativa de uma questão.

Os nomes dos estudantes classificados deverão ser anunciados no dia 17 de janeiro e relação dos remanejáveis está prevista para ser divulgada até 22 de janeiro. O edital de matrícula sairá, segundo a UPE, até 17 de janeiro.

Mais informações sobre o SSA podem ser obtidas pelo site do Processo de Ingresso. O público ainda pode entrar em contato com os telefones (81) 3183-3660 e 3183-3791.

A Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) divulgou, nesta segunda-feira (25), o gabarito das provas da primeira fase realizadas neste domingo (24), em São Paulo. Os candidatos responderam questões de português, matemática, história, química, geografia, física, entre outras áreas.

Os locais de provas da segunda fase - que terá uma avaliação específica conforme os cursos pretendidos - serão divulgados no próximo dia 9 de dezembro. Os exames serão realizados nos dias 5 e 6 de janeiro de 2020. 

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As provas desse domingo foram aplicadas em 35 cidades do Estado de São Paulo. Ao todo, 129.148 mil candidatos se inscreveram para participar do vestibular para concorrerem a 8.137 vagas de 106 cursos.

 

A Universidade de Campinas (Unicamp) divulgou o gabarito oficial de seu vestibular 2020 nesta terça-feira (19). Os 66,8 mil candidatos que participaram podem conferir as respostas das questões da primeira fase do processo de seleção para as vagas clicando aqui

O vestibular 2020 da Unicamp foi cercado por uma polêmica em torno da questão 32 das provas Q e X. O motivo é que professores e estudantes viram muitas semelhanças com uma questão aplicada no vestibular da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), que realiza seleções para outras universidades em São Paulo. Apesar da polêmica, a questão foi mantida no gabarito oficial sob alegação da banca organizadora, a Comissão Permanente para Vestibulares da Unicamp (Comvest), e que a semelhança é “compreensível” e não gera prejuízo nem vantagem para nenhum estudante. 

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“Trata-se de uma coincidência compreensível quando se tem por base o trabalho focado em áreas de conhecimento desenvolvidas no Ensino Médio. A banca elaboradora será consultada e seu posicionamento, acerca da questão em debate, será comunicado junto a divulgação do gabarito oficial", disse a banca por meio de nota. 

A Comvest também afirmou ter consultado sua banca a respeito da similaridade das questões e verificado que “não há problemas quanto à pertinência e à clareza da questão. À parte a proximidade entre essa questão e uma usada em outro exame vestibular em 2018, não houve prejuízos ou benefícios a qualquer candidato. O tópico é recorrente no Ensino Médio e nas avaliações, assim como a natureza da contextualização usada. Dessa forma, a banca concluiu pela manutenção da questão". 

Nesta edição do vestibular, a Unicamp está ofertando 2,5 mil vagas em 69 cursos de graduação. A lista de aprovados na primeira fase, as notas de corte de cada curso e locais de prova para a segunda fase serão divulgadas no dia 9 de dezembro no site da vestibular.

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Com o fim da aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que foram realizadas nos dias 3 e 10 de novembro, a próxima etapa a ser cumprida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), organizadora do processo, é a correção do certame. O Enem contou com mais de 5 mil inscritos.

De acordo com o Inep, após a saída do último participante da sala de provas, o chefe de sala iniciou o procedimento de checagem e segurança que garante o sigilo e isonomia do exame. Foi feita a conferência dos cartões-resposta, além das folhas de redação e de rascunho dos candidatos presentes e ausentes.

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Após a conferência, os materiais foram encaminhados em malotes para o Rio de Janeiro, rumo ao consórcio aplicador, que é composto pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pela Fundação Cesgranrio. Ainda de acordo com o Inep, quase 10 milhões de cartões-reposta passam por uma triagem e digitalização.

O consórcio, por sua vez, é responsável pela computação dos dados constantes nos cartões, no qual é utilizado um sistema de reconhecimento automatizado que extrai os dados com as respostas das questões objetivas de cada participante e em seguida são encaminhados ao Inep. 

Ao Instituto, cabe processar os resultados do Enem, com base na Teoria da Resposta ao Item (TRI), e gerar o boletim de desempenho com as notas das quatro provas objetivas.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi aplicado aos estudantes neste domingo (10), com as provas de matemática e Ciências da Natureza, que inclui as disciplinas de química, física e biologia. O LeiaJá ouviu professores da área de biologia para analisar a prova e explicar como foram as questões deste ano. 

Para o professor André Luiz, a prova de biologia tradicionalmente vem sendo conteudista nos últimos anos, mas teve como novidade em 2019 um perfil mais objetivo e direto. A conexão de assuntos, de acordo com o professor, também foi uma característica da prova.

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“A prova foi interdisciplinar principalmente com química, alguma coisa com física, mas o melhor é teve conexão entre assuntos da própria biologia. Misturou genética com fisiologia, meio ambiente com fisiologia, foi uma prova bem interessante”, disse o professor. 

No que diz respeito ao nível de dificuldade, o professor André afirmou que a prova “foi uma prova do mesmo nível, mas teve uma linguagem mais acessível e ligada ao cotidiano. Sendo mais acessível, podemos até dizer que ela foi um pouco mais fácil que a do ano passado”, disse ele. 

Tayrine Rocha, que também é professora de biologia, explicou que a prova veio mais elaborada e direta. “A gente vê poucos textos e interpretação. Facilita para alguns estudantes, mas é mais difícil para outros porque a prova estava mais conteudista. Foi uma prova boa que continuou no mesmo padrão do ano passado, mas muito mais direta”, afirmou ela. 

No que diz respeito à presença da biologia na prova de ciências da natureza, a professora afirmou que a quantidade de questões foi similar às outras edições do Enem. Para Tayrine, a prova foi interdisciplinar, mas tem como traço principal a inovação na ciência presente nos textos das questões. “Eu posso citar como exemplo o rim biônico, que é um protótipo, e a possível vacina para vermes, que a gente ainda não tem mas a Fiocruz já está testando uma vacina experimental”, afirmou a professora. 

Confira abaixo a análise dos professores

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Estudantes de todo o Brasil iniciaram, às 13h30 deste domingo (10), horário de Brasília, a segunda e última etapa de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Até 18h30, os candidatos respondem 90 questões distribuídas entre as áreas de Ciências da Natureza e matemática. Mais de 5 milhões de pessoas se inscreveram para a edição deste ano.

A partir das 15h30, os estudantes podem deixar os locais de prova, mas sem os cadernos de questões. Para levar as impressões, elas devem sair dos prédios de realização do Enem às 18h.

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No dia 3 de novembro, primeiro dia do processo seletivo, os feras enfrentaram questões de Linguagens, Ciências Humanas, além da redação. O gabarito oficial dos dois dias de prova, segundo o Ministério da Educação (MEC), será divulgado no dia 13 de novembro.

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As mudanças na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que era realizado em um final de semana e agora é feito em dois domingos consecutivos, deu aos feras mais tempo para revisar conteúdos entre as provas. Durante a semana, estudantes que acreditam ter acertado poucas questões podem se sentir ansiosos, desejando compensar o desempenho nas provas seguintes.

O professor de química Josinaldo Lins sempre tenta dar esperanças aos estudantes e afirma que “o fera não deve, sob maneira alguma, alimentar ideias negativas sobre a prova do primeiro dia” para evitar a perda de confiança e por a perder o trabalho de um ano inteiro. “Gosto de comparar a prova a uma partida de futebol. Se você não se deu tão bem no jogo da ida, tem plenas condições de ir buscar o resultado que o classifica no jogo da volta”, disse ele.

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Ricardinho Rocha é professor de matemática e afirma que os estudantes podem ter uma nota alta mesmo com poucos acertos se conseguir responder corretamente às questões fáceis, devido ao sistema de pontuação utilizado pelo Enem, a Teoria de Resposta ao Item (TRI). 

“Se acertou todas as [questões] fáceis da prova, a pontuação tende a subir muito. [O fera] só vai saber quando sair sua nota”, disse Ricardinho. O professor também deu um recado para os alunos que acham que se deram bem. “Não existe jogo ganho. É igual a partida de futebol, só acaba quando o juiz apita”, afirmou. 

O professor Arthur Costa ensina biologia e explica que o fera não tem como saber se foi bem ou mal no primeiro dia, pois a dificuldade das questões é mais determinante para a nota que o número de acertos. “Os acertos serão submetidos a uma correção em que as questões não têm o mesmo valor, uma pessoa acertou 30 questões e errou algumas questões fáceis terá a nota descredibilizada”, disse ele. Assim, na opinião de Arthur, o aluno deve “ir para a prova seguinte como se nada tivesse acontecido, pois não vai saber o que aconteceu com a nota dele”.

A mesma posição é defendida por Gustavo Bruno de Mello Barreto, que dá aulas de física há seis anos. “As questões do Enem possuem peso, então não tem como o estudante se basear [seu desempenho] pelo número de questões acertadas. [O aluno] deve manter a tranquilidade, independente do primeiro dia, pois a prova é composta por duas etapas”, disse o professor. 

Gustavo explicou que, durante esta semana, os feras devem realizar revisões. “O aluno tem que focar em resolução de exercícios das provas anteriores e dar a última revisada nos assuntos mais recorrentes de cada matéria”, disse ele. O professor também recomendou aos estudantes buscar equilíbrio entre os temas de maior e menor afinidade para “alavancar a matéria de domínio e garantir pontos preciosos na matéria mais fraca”. 

No entanto, o professor de química Josinaldo Lins lembra aos feras que é importante não se sobrecarregar mentalmente com os estudos nos últimos dias. Na sua opinião o fera “deve sair, passear ao ar livre, ir ao cinema, enfim, atividades leves. Calma, descanso e tranquilidade, sem sombra de dúvida, são essenciais. Relaxar, ouvir boa música, assistir um filme leve, alimentar-se bem, tudo isso somado ajuda a manter o fera em equilíbrio consigo mesmo”, disse.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi aplicado no último domingo (3), quando os participantes fizeram provas de redação, linguagens e ciências humanas. A segunda etapa de provas, quando os estudantes encaram as questões de matemática e ciências da natureza, será realizada no próximo domingo (10).

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Polêmicas a respeito da elaboração das questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) envolveram especulações sobre a interferência do Governo Federal no conteúdo das provas. Diante desse cenário e poucas certezas, muitos estudantes levantam questionamentos sobre como o Enem é pensado e se é possível haver interferência política nesse processo.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), há um banco de questões, chamado Banco Nacional de Itens (BNI), que é constantemente alimentado todos os anos. Assim, de acordo com as informações do Inep, o Enem de um ano pode ter questões que foram elaboradas há mais tempo. 

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As alternativas, ainda segundo informações do Inep, o processo se inicia com a publicação de editais de credenciamento de colaboradores, que podem ser professores ou instituições de ensino. Os credenciados são selecionados pelo Instituto e passam a participar da elaboração de questões. 

O coordenador-geral de Exames para Certificação do Inep, Eduardo Carvalho Sousa, afirmou que os selecionados para elaborar questões passam por um procedimento de capacitação. “Os colaboradores tomam conhecimento dos critérios estabelecidos no Guia de Elaboração e Revisão de Itens e das matrizes de competências e habilidades das suas respectivas áreas de conhecimento”, disse ele.

As questões também passam por um procedimento prévio para receber a aprovação e entrar no Banco Nacional de Itens em uma etapa chamada “pré-teste”. Um conjunto de questões é exposto a grupo de pessoas com características similares às do público-alvo do Enem para estimar de parâmetros como a dificuldade e probabilidade de acerto. Após os testes, as questões que estão de acordo com os requisitos do Inep são reincorporadas ao BNI e disponibilizadas para a montagem de provas futuras.

Para montar a prova, há critérios levados em consideração como a diversidade de temas e autores, além de ampla cobertura das matrizes de competências e habilidades nas questões. Também é um objetivo do Inep, ao escolher as questões de cada exame, deixar o número de questões fáceis, médias e difíceis na prova. 

Após a seleção, a prova é revisada e diagramada para chegar às versões finais, pois anualmente são feitas três provas: o Enem realizado pela maioria dos estudantes, o Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) e uma terceira, chamada de prova de emergência.

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Muitos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) se mostraram ansiosos e tensos devido às declarações de membros do governo federal sobre o “fim da ideologia” na prova, feitas antes da realização do Exame. As provas de Linguagens, Redação e Ciências Humanas, que eram as que mais despertavam polêmicas nesse sentido, foram aplicadas neste domingo (3). 

Na análise do professor de Linguagens e Redação Diogo Xavier, houve mudanças que levaram a “um certo favoritismo puxavam para fatores positivos para o governo”. Segundo ele, “teve alguns teóricos que a gente viu desaparecer da prova, em uma questão ou outra aparecem [temáticas] polêmicas para o governo, como questões ambientais".

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Já Diogo Didier, que também ensina linguagens e redação, afirmou que o Enem 2019 foi uma prova sem polêmicas. “Não teve [ideologia]. A prova do Enem não teve tempo de mudar o banco de questões, então foi o mesmo. Não teve nada muito transgressor, tudo formal, certinho, padronizado. A gente não teve nenhuma exaltação à esquerda ou direita, houve uma neutralidade, como o governo gosta de pontuar. Foi tudo muito baseado em texto, interpretação e regras”, disse ele.

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Antes da realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), várias declarações do ministro da Educação, Abraham Weintraub, despertaram ansiedade em muitos estudantes que temiam mudanças radicais nas provas. Nesse cenário, as provas de Linguagens, Redação e Ciências Humanas foram aplicadas neste domingo (3), para cerca de 5,1 milhões de estudantes do Brasil inteiro. 

Um dos pontos de reclamação dos estudantes sobre o Enem há várias edições é o tamanho dos textos. O LeiaJá ouviu professores para realizar uma análise das questões das provas e na opinião de Diogo Xavier, que ensina linguagens e redação, achou a prova mais curta, com textos menores em comparação ao Enem 2018. 

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“A prova teve questões mais curtas, mas o estudante precisava de uma atenção maior. Acho que o aluno teve dificuldade de equilibrar o tempo”, disse o professor. As questões, segundo a avaliação de Diogo, tiveram um nível de dificuldade semelhante ao último Enem e “não está mais conteudista com a Gramática” como algumas pessoas esperavam. 

O professor Diogo Didier também analisou a prova do Enem 2019 e afirma que também esperava que a prova se tornasse mais conteudista, o que não ocorreu. “Houve uma diminuição significativa do tamanho dos textos, eles vieram mais curtos, sintéticos. Interpretação de texto, figura de linguagem, função da linguagem permanecem presentes na prova. O Enem não está mais ligado a clichês, a coisas muito óbvias. Se [o aluno] aprendeu a prova como estrutura, sabe interpretar e escrever, faz qualquer questão”, disse o professor. 

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Neste domingo (3), começou o primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Milhões de estudantes de todo o Brasil se reuniram em diversas instituições para realizar a prova que os levará rumo à universidade. Três horas e meia após o início do certame, quando o relógio bateu 15h30, poucos feras começaram a deixar o prédio da Uninabuco, no centro do Recife.

Sem querer esperar o prazo limite para a entrega do caderno de questões os candidatos saíram otimistas de seus resultados na avaliação. Para Deborah 'Morgana' Brito, 20, a prova pareceu fácil, com viés mais conteudista, sem as já esperadas polêmicas. No que diz respeito à redação, ela achou o tema estranho e inesperado. 

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Já o estudante Guilherme Márcio Lucena da Silva, de 17 anos, deseja estudar ciências biológicas e se sentiu frustrado após perder tempo fazendo uma redação sobre o tema errado devido a uma orientação do fiscal. 

“O aplicador da prova não soube dizer o tema da redação, disse que era para eu fazer com tema livre, de minha escolha. Eu fiz, tinha terminado e quando estava terminando a prova vi que tinha um tema no final da prova de português. Eu achei bem interessante, queria ter falado sobre isso, mas por causa do erro não consegui fazer”, disse o jovem.

Sobre as questões da prova, Guilherme Márcio afirmou que foi uma prova com menos contextualização e mais pesada na cobrança dos conteúdos em relação aos anos anteriores. “Eu preferia quando abordava outras coisas ligadas à sociedade, ao cotidiano, eu acharia mais interessante”, afirmou o estudante.  

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Com informações de Katarina Bandeira

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As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019 serão aplicadas nos próximos dois domingos, dias 3 e 10 de novembro. O primeiro dia é destinado às disciplinas de redação, Linguagens e Ciências Humanas, enquanto o segundo aborda conteúdos de matemática e Ciências da Natureza. As provas têm 90 questões por dia, com 5h30 de duração no primeiro e cinco horas no segundo. 

Nas 180 questões distribuídas entres os dias de avaliação, os estudantes encaram textos longos, um processo de produção textual e vários cálculos para resolver. Muitos estudantes já confirmara chutar parte das questões por falta de tempo para terminar. Diante desse quadro, os professores alertam que o candidato precisa estabelecer um método de resolução de prova pensando no tempo disponível para não correr riscos que possam prejudicar o desempenho na prova. 

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Otimizar o tempo é essencial para uma boa prova

A professora de Linguagens e redação Josicleide Guilhermino recomenda começar a prova do próximo domingo (3) pelo rascunho da redação, em seguida fazer a prova de preferência do aluno e, após, passar o texto para a folha oficial redação. “Ao dar um tempo da redação fazendo algumas questões e voltar pra ela depois - mas nunca, em hipótese alguma, deixando para o fim - o aluno consegue identificar melhor as falhas [do texto]. Em seguida as provas por ordem de afinidade, reservando cerca de 20 minutos finais para marcação do gabarito”, disse a professora. 

No que diz respeito a resolução do caderno de prova e como otimizar o tempo em questões com textos longos, Josicleide recomenda que “leia primeiro o enunciado da questão e em seguida faça a leitura do texto”. Dessa forma, segundo ela, quando o aluno for para o texto já saberá o que procurar. 

Josicleide também aconselha os estudantes a “eliminar as alternativas menos prováveis, que não se relacionam com o que está sendo pedido, observar quais respostas desrespeitam de alguma forma o próximo, eliminando em sequência, pois é pouco provável que a resposta correta esteja entre as alternativas que desrespeitam direitos humanos, e desconfiar de alternativas generalistas, que usem termos como: jamais, sempre, nunca e ninguém”. 

A professora também lembra que, no Enem, chutar questões “vai acontecer com quase todo mundo”, devido ao pouco tempo dado para o tamanho da prova. “É quase humanamente impossível responder todas as questões do Enem dentro do tempo estabelecido, ou seja, todo mundo chuta de alguma forma. Por isso a necessidade de responder às provas de acordo com o nível de afinidade e seguindo alguns critérios”, disse ela. 

TRI merece atenção

Já o professor de história Everaldo Chaves lembrou da necessidade de ter atenção ao tempo gasto nas questões e pensar estrategicamente na Teoria de Resposta ao Item (TRI). Esse é o modo pelo qual o Enem pontua as questões da prova a partir do índice de erros e acertos dos participantes. Ele explica que é importante que o aluno consiga avaliar o tempo que está levando na questão e "sentir" o quão fácil ou difícil ela está sendo. 

“Sugiro que o estudante leia o texto e, se entender de primeira, provavelmente ela vai ser fácil, então já responde. Leu e não entendeu, passa para outra questão. Assim o aluno vai ter tempo de ler todas as questões, resolver todas as fáceis, voltar e fazer uma segunda, terceira, quarta leitura do que não entendeu”, disse o professor. 

O risco de gerir mal o tempo, de acordo com o Chaves, é causar a queda da nota por chutar e acabar errando questões fáceis. “O grande segredo do Enem é acertar as questões fáceis, aquelas questões que vão ter um índice de acerto muito alto. Se o aluno errar uma questão dessa, a nota dele vai lá para baixo por causa da Teoria de Resposta ao Item. É preferível que, se tiver que chutar, chute aquelas em que ele realmente teve dificuldade. Tem alunos que acertam 40 questões e ficam com 600 e pouco”, disse ele.   

O professor sugere que os alunos comecem a prova analisando o tema da redação e depois siga para as provas, onde ele pode, inclusive, encontrar ideias e informações que ajudem a enriquecer os argumentos do seu texto. “Não escreva a redação de primeira, olha o tema, faz um rascunho, vai para a prova, faz o que entender, na prova de linguagens a mesma coisa, pegando as ideias que encontrar e 'jogando' para a redação”, disse ele. 

No entanto, o Everaldo Chaves sugere que se o estudante sentir que mesmo assim o seu ritmo de respostas é mais lento que o desejado, o ideal seria adotar uma estratégia um pouco diferente. “Se um aluno sente muita dificuldade com o tempo, aí eu já sugiro que vá logo para a redação que não tem como chutar, você tem que escrever. Em seguida, o caderno de provas com que tiver mais familiaridade”, explicou Everaldo. 

O professor Eduardo Pereira afirmou que já viu alunos bons perderem o vestibular porque não conseguiram terminar a prova a tempo. Para evitar o problema, a sugestão dele é que o aluno não demore mais que uma hora e 15 minutos para concluir a redação e passá-la para a folha oficial. 

“Além da redação, têm 90 questões para fazer, então precisa em uma hora fechar essa redação com rascunho e passar a limpo. Levando em consideração que a prova de Linguagens traz um texto por questão, é um fator a mais sobre o tempo. Se fosse um texto para duas, três questões, era mais fácil”, disse o professor. Eduardo lembrou o fato de que a redação, ao contrário das questões, não pode ser chutada e portanto não deve ser deixada para a última hora.

“Há alunos que escolhem fazer primeiro as questões para depois ir para a redação e o tempo 'estoura', perdendo muitos pontos na redação. Minha sugestão é começar pela redação no rascunho e não finalizar, ir fazer as outras questões. [O estudante] tem que se afastar da redação por pelo menos uma hora, pois muitas vezes o aluno comete um erro sobre algo que ele sabe porque o cérebro prega uma peça nele. Se fizer a redação e ler imediatamente, não vai perceber todos os erros. A revisão é crucial para o texto do aluno”, disse o professor. 

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começa a ser aplicado neste domingo (3) para, aproximadamente, 5,1 milhões de participantes, que farão provas de ciências humanas, linguagens e redação. O exame continua no dia 10, com provas de matemática e ciências da natureza. Todos as questões são elaboradas por especialistas e pré-testadas antes de integrarem o chamado Banco Nacional de Itens (BNI).

A prova de redação é a única prova subjetiva. As demais quatro provas terão 45 questões de múltipla escolha cada. Essas questões foram escolhidas a partir do BNI.

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Os itens do Enem são elaborados por especialistas selecionados por meio de chamada pública do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Eles devem seguir a matriz de referência, guia de elaboração e revisão de itens estabelecidos pelo Inep. Após escritos, os itens passam, então, por revisores e depois por especialistas do Inep.

Finalmente, os itens são pré-testados em aplicações feitas em escolas. O processo é sigiloso e os estudantes não sabem que estão respondendo a possíveis questões do Enem. Com a aplicação, avalia-se a dificuldade, o grau de discriminação e a probabilidade de acerto ao acaso da questão. Os itens aprovados passam a compor o BNI, que fica disponível para aplicações futuras do Enem.

Esse banco, segue um protocolo de segurança. Todos os servidores e colaboradores com acesso aos itens assinam termos de sigilo e confidencialidade. No caso do Enem, assinam também uma declaração de não impedimento, para assegurar que não possuem relações de parentesco, que configuram nepotismo.

O BNI é acessado no Ambiente Físico Integrado Seguro, localizado na sede do Inep, em Brasília, apenas por pessoas autorizadas. O ambiente é completamente isolado, possui salas que só podem ser acessadas pelo uso de digitais e computadores sem acesso à internet ou à intranet da autarquia.

Todo o processo de captação, elaboração e revisão de itens para compor o Enem e outros exames do instituto ocorre nesse espaço. Não se sabe ao certo quantas questões compõem o banco do Enem, pois a informação que é sigilosa.

Revisão dos itens

Neste ano, no BNI entrou em evidência por conta de uma medida do Inep, de revisar as questões. A autarquia criou uma comissão para definir o que não seria usado no Enem 2019.

De acordo com nota técnica publicada pela autarquia, a comissão, criada no dia 20 de março deste ano, deveria "identificar abordagens controversas com teor ofensivo a segmentos e grupos sociais, símbolos, tradições e costumes nacionais" e, com base nessa análise, recomendar que tais itens não fossem usados na montagem do exame deste ano.

A comissão concluiu o trabalho no começo de abril. No entanto, pelo caráter sigiloso do BNI, o resultado não foi divugado. O Inep esclareceu que como a elaboração de um item é um processo longo e oneroso, nenhum item será descartado. Eles poderão ser posteriormente adequados.

Mudanças na prova

O presidente do Inep, Alexandre Lopes, afirmou em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que o Enem não deverá ter mudanças substanciais já que as questões que serão usadas no exame deste ano “já estavam no banco de itens, então, não há nenhum tipo de direcionamento na prova”. A orientação da atual gestão foi, segundo ele, evitar polêmicas.

Também à EBC, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que o Enem terá como foco conhecimentos objetivos. A preocupação do Ministério da Educação (MEC), de acordo com o ministro, será selecionar os melhores alunos para ocupar as vagas no ensino superior. “Não vai cair ideologia, a gente quer saber de conhecimento científico, técnico, de capacidade de leitura, de fazer contas, de conhecimentos objetivos”.

Tanto o presidente do Inep, quanto o ministro da Educação garantiram que não tiveram acesso ao exame.

O Enem é atualmente a principal forma de acesso ao ensino superior no Brasil. Com as notas do exame, estudante podem pleitear vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), concorrer a bolsas de estudo em instituições particulares pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e a financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

No último domingo (20) foram aplicadas as provas do XXX Exame de Ordem da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e, como é comum, muitos estudantes ficam confusos com a redação do enunciado e das alternativas de algumas questões, questionando a possibilidade de interposição de recurso e anulação. Diante do surgimento dessas dúvidas, O Vai Cair na OAB ouviu professores para entender se, entre as dúvidas que estudantes encaminharam à nossa equipe, alguma tinha fundamento no conteúdo ou no edital para uma eventual anulação. 

Questão 21 - Caderno Verde

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O professor de Direito Internacional Alexandre Nápoles comentou a questão 21 do caderno verde, que de acordo com ele, é passível de anulação pois apesar de ter uma redação completamente correta, já foi aplicada pela banca organizadora da prova, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), em outros concursos públicos. 

“Isso viola o que dispõe o que edital do exame da Ordem sobre ter questões inéditas, inclusive por via de ofício à FGV”, afirmou o professor. 

Questionado se essa foi a primeira vez que uma questão foi repetida pela banca, Alexandre explicou que essa prática já havia sido adotada uma outra vez, mas não soube precisar em qual edição do exame foi. Dentre as questões enviadas à redação, esta foi a única considerada anulável pelos professores ouvidos pelo Vai Cair na OAB. 

Questão 25 - Caderno Verde

Segundo a professora de Direito Tributário Mariana Martins, “a questão tratava sobre doação de ações e em se tratando de doação é sabido que incidirá o ITCMD. No caso em questão, o Examinador exigia o conhecimento do ART. 155, parágrafo primeiro, inciso II da Constituição Federal de 1988”. 

Ela explicou que o diploma citado pelo enunciado da questão informa que “relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal”. Assim sendo, de acordo com a professora, “a alternativa a ser marcada será a que informa que o Estado competente para a cobrança do tributo é o Estado X, ou seja, onde o doador tem domicílio”. 

Perguntada sobre a razão de alguns dos estudantes que participaram do exame terem ficado confusos com a questão, a professora explicou que “essa questão gerou certa polêmica, em razão do enunciado da Súmula 435 do Supremo Tribunal Federal. Convém lembrar que essa súmula foi editada em 1964 e a Constituição Federal data de 1988, de forma, que por este motivo a Carta Magna deve ser aplicada no caso em questão”, disse ela.

Questão 33 - Caderno Verde

De acordo com o professor de Direito Ambiental Cristiano Carrilho, esta questão, que tratava sobre o desejo de um proprietário rural de preservar de modo perpétuo partes de seu terreno, “envolvia conhecimento de direitos reais através da servidão que tem caráter Perpétuo”. 

O professor afirmou que a alternativa B está “corretíssima” pois, no enunciado o dono do terreno “definiu na escritura que os futuros compradores terão que deixar preservada essa área de grande diversidade. Todos os futuros possuidores e proprietários terão que se submeter em caráter Perpétuo a esse gravame que foi registrado no registro de imóveis é uma forma pouco utilizada mas que retrata a função socioambiental da propriedade. Todos os futuros possuidores e proprietários terão que se submeter em caráter Perpétuo a esse gravame que foi registrado no registro de imóveis é uma forma pouco utilizada mas que retrata a função socioambiental da propriedade”, disse Cristiano.

Questão 34 - Caderno Verde

Nesta questão, que também foi comentada pelo professor Cristiano Carrilho, o enunciado discutia a legalidade de uma queimada realizada após pedir autorização ao órgão competente. Cristiano explicou que a questão está correta e não há possibilidade de interpor recurso pois “está na competência do órgão ambiental as autorizações”. 

“Não existe a tipificação de crime de queimada na lei de crimes ambientais, existe no art. 41 a conduta  ‘provocar incêndio’ e como não há dolo a partir do momento que foi pedida a autorização no órgão ambiental, configura o exercício regular de um direito. Assim, não vejo nenhum elemento que tipifique a conduta sendo possível sim, por exemplo, o órgão ambiental autorizar, de acordo com as peculiaridades locais, a queimada de uma vegetação de maconha”, afirmou o professor. Assim sendo, a alternativa A, que foi informada pelo gabarito, está correta. 

Para mais detalhes, acesse o caderno verde de provas e o seu gabarito

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