Tópicos | Racionais MC's

O festival Recife + Verde promete lotar o Classic Hall neste sábado (1). Além do palco principal com shows de Baiana System, Racionais e Djonga, o evento se destaca por uma série de atividades culturais, ambientais e educativas. Uma mega estrutura está sendo montada na casa de shows para o festival, com direito até a pistas de skate e estúdios de tatuagens. O evento terá início às 20h.  Os ingressos custam a partir de R$ 140 e podem ser adquiridos na bilheteria do Classic Hall e online através do site Acesso Ticket. 

O grupo Racionais MC's, que recentemente teve sua história contada no documentário "From the Streets of São Paulo", da Netflix, é uma das atrações do festival. Formado por Mano Brown, Ice Blue, Edi Rock e KL Jay, o grupo sempre foi sinônimo de luta contra preconceitos, exclusão social, abuso de autoridades e outros problemas que afetam a vida de negros e pobres. No ano passado os Racionais MC’s passaram pelos Estados Unidos e pisaram pela primeira vez no Rock In Rio, no Palco Sunset. No Recife + Verde, prometem os grandes clássicos, como “Negro Drama”, “Vida Loka  Parte 1 e 2” e “Homem na Estrada”, a faixas do disco “Cores & Valores“.

##RECOMENDA##

O grupo Baiana System vai agitar o público com os seus grandes sucessos, como "Sulamericano", "Bola de Cristal", "Reza forte", "Duas Cidades" e "Playsom". Recentemente, a banda lançou "Presente", novo single que foi lançado em parceria com Gilsons e Tropkillaz. Outro nome bastante aguardado é o rapper Djonga, um dos mais influentes da nova geração. Ele começou sua carreira na rua, participando de saraus de poesia, onde iniciou o interesse pelo rap e logo começou a escrever suas próprias letras. Foi o primeiro brasileiro indicado ao prêmio BET Hip Hop Awards, realizado nos Estados Unidos, e emplacou diversas músicas entre as mais ouvidas nos serviços de streaming do Brasil, com álbuns de sucesso como “Ladrão”, “O dono do lugar” e “O menino que queria ser Deus”.

Mais sobre o Recife + Verde Festival

Nas instalações interna e externa do Classic Hall o público poderá conferir feirinha de artesanato sustentável, praça de alimentação saudável com cardápio em Braille e livraria volante.

A programação segue com as exposições: "Arte Reciclada", do artista plástico Alexandre Almeida, "O Rio das Capivaras", do fotojornalista Alexandre Gondim, e "Mundo dos Oceanos", do ativista e engenheiro de pesca Daniel Galvão do Instituto Salve Mar.

Pensando na acessibilidade a estrutura o Festival contará com cercadinho PCD, rotas acessíveis e para os adeptos do skate um local será destinado para a prática junto com o movimento Hip Hop com a Batalha das Escadarias, performances de B.Boys, Grafitagem, Espaço Tatoo e Caricaturas.

Haverá o espaço do conhecimento fomentando o tema "Conhecendo os ODS" (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que foram estabelecidos pela Organização das Nações Unidas) e compensação do "Crédito de Carbono" (conceito que visa à diminuição dos gases de efeito estufa, que provocam diversos problemas ambientais associados às mudanças climáticas).

No final será sugerido a criação do Manifesto por um Recife Mais Verde que pretende através da Criação de Decreto-Lei na câmara de vereadores do nosso município um plano pelo reflorestamento da cidade deixando um legado para nossa capital. Todas as ações serão acompanhadas por uma equipe de produção PCD, comunicação digital inclusiva com descrição de imagens e tradutor de libras.

SERVIÇO

Festival Recife + Verde 2023

Neste sábado (1), a partir das 20h

Classic Hall - Av. Agamemnon Magalhães, s/n - Olinda

Atrações: Baiana System, Racionais e Djonga

Ingressos:  a partir de R$ 140 e podem ser adquiridos na bilheteria do Classic Hall e online através do site Acesso Ticket.

Informações: 3427.7501


*Via assessoria de imprensa. 

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) recebe, nesta quarta-feira (30), os Racionais MC's. O grupo de rap dará aula aberta, que será transmitida ao vivo, a partir das 19h, pelo canal do YouTube do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH).

A iniciativa faz parte da programação do Unicamp Afro e é uma realização da disciplina "Tópicos Especiais em Antropolofia IV: Racionais MC's no Pensamento Social Brasileiro", ministrada pela professora Jaqueline Santos. Para participar da aula não é necessário inscrição.

##RECOMENDA##

Na última terça (21), a influenciador digital, doula e conselheira sexual Juliana Thaisa usou seu Instagram para fazer acusações de abuso sexual contra Edi Rock, do grupo Racionais MC’s. Ela publicou um relato, vídeos e prints dando conta de que há cerca de um ano, o músico esteve em seu apartamento e foi preciso chamar a polícia para que ela pudesse se defender do assédio. 

Através dos stories, Juliana contou que Edi Rock esteve em seu apartamento há cerca de um ano quando o abuso aconteceu. A influenciadora compartilhou prints de pedidos de socorro e vídeos mostrando a presença do rapper em seu prédio, além de um inquérito policial que acabou arquivado, segundo ela, sem que seu depoimento fosse tomado. “Tem um pouco mais de 1 ano que fui violentada, e na época eu não expus pra preservar a minha filha, fiquei com MEDO. E há pouco tempo decidi expor tudo. A maioria dos abusos acontecem clandestinamente. Eu só tenho duas mãos, uma eu usei pra tentar segurar aquele nojento, e a outra pra segurar minha calça que ele tentava abaixar. Queria o quê? Que eu tivesse filmado? Eu não pude nem gritar pra não acordar minha filha e traumatizá-la”, disse.

##RECOMENDA##

Thaisa também falou que, na ocasião, chamou a polícia e fez um Boletim de Ocorrência, porém, a denúncia acabou não indo à frente. “Existem várias filmagens da câmera de segurança do prédio, e só eu sei a humilhação que eu passei pra conseguir essas imagens. Laudo psicológico, até porque no dia seguinte eu solicitei uma sessão de emergência, BO, print pedindo socorro, print das ligações dele mesmo após o ocorrido porque ele ainda ficou atrás de mim. Inquérito arquivado e eu não fui ouvida. Ele negou, e a palavra dele foi validada. O sistema é patriarcal, machista, misógino e opressor”.

Após a exposição do caso, Edi Rock se pronunciou através de seu perfil no Twitter. O rapper negou as acusações e disse que seus advogados cuidarão do assunto. “Salveee família! Sobre as acusações contra mim nas redes, já foi comprovado pela justiça que é MENTIRA! Os fatos expostos tornaram a narrativa apresentada ilegítima e caluniosa. Meus advogados cientes, tomaram as medidas cabíveis”.

[@#video#@]

Com o objetivo de celebrar a música urbana, a terceira edição do evento traz ao Recife, no dia 20 de agosto, dois dos maiores nomes do Rap e do Reggae nacionais. A noite contará com shows dos grupos Racionais MC’s e Ponto de Equilíbrio, além de  Hyperaranhas e Manga Rosa e Erica Natuza em um Tributo a Dezarie. Duas atrações locais serão escolhidas através de um concurso para completar a line.

Nesta terceira edição, o Groovin Festival ocupa o Classic Hall unindo artistas das tribos do Hip Hop e do Reggae. A noite contará com os grupos Racionais MC’s, Ponto de Equilíbrio, Hyperaranhas e Manga Rosa e Erica Natuza em um Tributo à regueira Dezarie.

##RECOMENDA##

Além disso, um concurso cultural irá escolher duas atrações locais, uma do Rap e outra do Reggae, para se apresentarem no evento. As inscrições acontecerão nas redes sociais do Groovin Festival (@groovinfestival) e serão abertas nesta segunda (06). A escolha será através de votação popular. 

Serviço

Groovin Festival

20 de agosto - 18h

Classic Hall
De R$ 60 (meia entrada) a  R$ 1900 (camarote para 10 lugares) - pelo Bilheteria Digital

 

Um dos maiores clássicos do rap acaba de ganhar uma releitura com direito a videoclipe e  reunião de duas gerações do gênero. O projeto, idealizado pelo rapper Dexter, deu cara nova à canção Voz Ativa, do grupo Racionais Mc’s, e contou com as participações de atuais grandes figuras da cena, Djonga e Coruja BC1. O clipe da música foi lançado nesta sexta (21), e já pode ser conferido no YouTube. 

Com uma longa carreira de sucesso no rap, Dexter tem cinco discos e um DVD lançados. O músico já cantou ao lado de grandes artistas como Guilherme Arantes, Péricles, Paula Lima e Seu Jorge e já foi reconhecido em importantes premiações como o Hutúz, pelo disco exilado Sim, Preso não; e o Inovare, que recebeu das mãos do ministro Dias Toffoli, no Supremo Tribunal Federal.

##RECOMENDA##

Nesta sexta (21), Dexter lança um projeto no qual se junta à nova geração do rap nacional para homenagear um de seus ídolos declarados, o grupo Racionais MC’s. Ao lado de Djonga e Coruja BC1, o rapper fez uma releitura do clássico Voz Ativa, de 1992, que quase 30 anos após sua criação, continua atual tocando em temas graves da sociedade brasileira, como o racismo e a violência urbana. As batidas foram assinadas pela dupla KL Jay e DJ Will.  Nas redes sociais, Dexter falou sobre o lançamento: "Só consigo explicar com a seguinte frase: 'é muito amor envolvido'". 

[@#video#@]

Enquanto alguns artistas estão apresentando lives cada vez mais elaboradas e produzidas, o grupo Racionais MC’s recusou um generoso contrato para fazer uma delas. Os rappers não  toparam se apresentar em uma live, que lhes renderia um cachê de R$ 100 mil, para não descumprir as normas de isolamento social que são necessárias para evitar o contágio do novo coronavírus. 

LeiaJá também

##RECOMENDA##

--> 9 fatos que comprovam a importância do Racionais MC's

--> Um dicionário inspirado nas expressões do Racionais MC's

Em entrevista ao podcast N3gócio que eu quero, a empresária do grupo, Eliane Dias, explicou que os artistas estão prezando muito pela sua segurança e de sua equipe. “Eu não tenho nem o que discutir. Se todo mundo quer Racionais e Racionais não quer fazer… Por N motivos: estão muito tristes com o que está acontecendo, estão inseguros com a questão da quebra do isolamento, de estarem num lugar com oito, dez pessoas”. 

Apesar de estarem temporariamente parados, em respeito à quarentena, o grupo conta com uma agenda extensa para o segundo semestre de 2020. Os rappers têm shows marcados para Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília, Minas Gerais e São Paulo. Ainda não se sabe se as datas serão alteradas por conta da pandemia do novo coronavírus. 

A data 13 de maio ficou marcada no calendário histórico do Brasil por ter sido neste dia que a Princesa Isabel, em 1888, assinou a Lei Áurea, documento que aboliu oficialmente a escravidão no país. No entanto, os desdobramentos desse momento tão esperado não se deram a contento e, apesar de ‘libertos,’ os  ex-escravos não encontraram qualquer medida de compensação ou apoio para serem integrados como deveriam à sociedade.

A repercussão dos quase três séculos de escravidão no país, e de uma abolição apenas formal, pode ser sentida até os dias de hoje, através das desigualdades e exclusão descaradamente encontradas na sociedade que, apesar de ter 19,2 milhões de pessoas autodeclaradas pretas, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizado em 2018, ainda carece de políticas afirmativas e de valorização a essa população. 

##RECOMENDA##

Sendo assim, o 13 de Maio foi tomado pelo movimento negro não como uma data a ser comemorada mas sim como um dia de luta contra o racismo. A arte é um dos veículos que podem ajudar nesse combate, sendo ferramenta de educação e conscientização sobre as  questões raciais. O LeiaJá separou algumas dicas de livros, filmes e músicas que tocam nesse tema e que podem te ajudar a entender melhor sobre ele. Confira. 

CINEMA

Branco sai, preto fica

Após um tiroteio em um baile black na periferia de Brasília, dois homens ficam feridos. Um terceiro homem vem do futuro para provar que a culpa pelo ocorrido é da sociedade repressiva. Disponível na Netflix. 

[@#podcast#@]

Cidade de Deus

O filme retrata a vida em uma das favelas consideradas a mais violenta do Rio de Janeiro. 

[@#video#@]

LITERATURA

O quarto do despejo – diário de uma favelada - Carolina de Jesus

Escrito em 1960, o livro é o diário autobiográfico de Carolina, uma catadora de papéis, semi-analfabeta, negra, pobre e favelada. O diário registra fatos importantes da vida social e política do Brasil com impressões pessoais de Carolina sobre a vida na favela.

Na minha Pele - Lázaro Ramos

Mais conhecido como ator, Lázaro também se dedica à literatura. Em Na minha pele, ele fala sobre temas como ações afirmativas, gênero, família, empoderamento, afetividade e discriminação.

MÚSICA

Suspeito Tradicional - Gregory

O rapper Gregory canta sobre como a cor da pele pode tornar alguém “suspeito” e até condenado pela a polícia, ou até mesmo outras pessoas na rua, no Brasil.  

O canto das três raças - Clara Nunes

Uma música que lembra as dores e a revolta do povo negro, além dos indígenas, na poderosa voz da sambista Clara Nunes. 

Negro drama - Racionais Mc’s

O Racionais tem uma vasta lista de músicas que falam sobre a realidade do povo preto no país. Negro Drama é apenas uma delas, vale a pena conhecer. 

Surgido na década de 1970, na cidade de Nova Iorque, nos EUA, o Hip Hop transformou-se em um dos movimentos culturais mais sólido e popular do mundo. Baseado em quatro pilares - Mcing, DJing, B-Boying e Graffitti -, o estilo vai muito além da música e da rima podendo se expressar, também, nas artes plásticas e na dança. 

Tamanha importância tem o Hip Hop que o movimento tem um dia para chamar de seu. Nesta terça-feira (12), é celebrado o Dia Mundial do Hip Hop, data escolhida por ter sido nela que, em 1973, Afrika Bambaataa fundou a Zulu Nation, uma organização co objetivos de auto-afirmação que promovia um 'quinto elemento' para a cena, a 'paz, união e diversão'. Bambaataa é nome extremamente importante no segmento sendo considerado um de seus criadores, sendo assim, o pai do Hip Hop.  

##RECOMENDA##

De tão grandiosa, a cena Hip Hop logo ultrapassou os limites do bairro do Bronx, em Nova Iorque, e ganhou espaço em todos os lugares do mundo. No Brasil, não foi diferente e o país ostenta grandes nomes para representar os quatro elementos do movimento. Rappers como o grupo Racionais Mc's e Sabotage; grafiteiros como Os Gêmeos, Kobra e Nina Pandolfo; os DJs Ice Blue e Caíque e os Bboys, Pelezinho, Leoni Pinheiro, sem falar na Bgirl Miwa; são apenas alguns dos que fazem do movimento Hip Hop nacional algo tão grandioso e consistente. 

LeiaJá também

--> 9 fatos que comprovam a importância do Racionais MC's

--> Novos rappers brasileiros que você precisa ouvir

--> Queer rap rompe limites com resistência e muito 'close'

Rap

A expressão musical do Hip Hop talvez seja a mais popular entre os quatro elementos do movimento. Com ritmo acelerado e discursos geralmente ferinos, o rap é conhecido por ser a música que denuncia as necessidades dos moradores das periferias e do povo negro. O rap nacional tem um rico celeiro de artistas que fazem da cena no Brasil uma das mais respeitadas no mundo. O LeiaJá preparou uma lista com sete dos mais importantes discos que consagraram os brasileiros entre os melhores rappers do planeta.

1 - Hip Hop Cultura de Rua

Lançada em 1988, essa foi a primeira coletânea de rap do Brasil. O disco reunia Thaíde e DJ Hum, MC Jack, Código 13 e o Credo. O trabalho teve produção assinada por Nasi e André Jung, então integrantes da banda de rock Ira!, e contou com participações de músicos como André Abujamra e Raul de Souza. As oito faixas da coletânea ajudaram a construir a estética do rap paulistano, tanto em relação às temáticas das letras como nas bases instrumentais. 

 

2 - Gabriel O Pensador 

Com um álbum anônimo, o rapper Gabriel O Pensador foi um dos responsáveis pela entrada do rap nacional no mainstream. Branco, carioca e de classe média, o músico conseguiu abrir as portas para o estilo com seu disco de estreia. Uma das faixas desse álbum, Hoje eu tô feliz (matei o presidente), fez bastante barulho na época e chegou a ser censurada em algumas emissoras de rádio e TV. 

 

3 - Sobrevivendo no Inferno

O disco de 1997 do grupo Racionais MC's é considerado um divisor de águas no rap brasileiro. O álbum chegou com tamanha força que colocou os Racionais no programa de clipes mais popular da televisão brasileira, na extinta MTV, e ganhou o prêmio de Escolha da Audiência (1998), na premiação do canal, o MTV Music Brasil. O álbum consagrou o Racionais como o grupo de rap mais importante do país e, anos mais tarde, virou até 'leitura' obrigatória em um dos vestibulares mais concorridos do Brasil. 

 

4 - Cadeia Nacional

O Pavilhão entrou para a história do rap nacional ao misturar o estilo com o rock, em Cadeia Nacional, de 1997, algo pouco feito no país naquela época. As rimas do grupo ganharam ainda mais peso com a mistura dos beats com os riffs de guitarra. Esse disco traz ainda uma parceria da banda com os irmãos Cavalera, na época vocalista e baterista do Sepultura, respectivamente. 

 

5 - Rap é compromisso

Único disco gravado em vida de um dos maiores nomes do rap nacional, Sabotage, Rap é compromisso vendeu mais de um milhão e meio de cópias após seu lançamento em 2000. O álbum traz a parceria do rap com outros diversos estilos musicais com a participação de nomes como Negra Li, Black Alien, Rappin’ Hood, RZO e Chorão, ex-vocalista do Charlie Brown Jr. 

 

6 - À procura da batida perfeita

O rapper carioca Marcelo D2 trouxe ao estilo a tão conhecida malemolência brasileira com À procura da batida perfeita, de 2003. Ao misturar o rap com samba, desde seu disco solo de estreia, Eu tiro é Onda, de 1998,  Marcelo D2 provou que estilos tão distintos podem ir muito bem juntos. Abriu precedentes para que a música popular pudesse transitar livremente no meio do Hip Hop e vice e versa. 

 

7 - Pra Quem Já Mordeu Um Cachorro Por Comida, Até Que Eu Cheguei Longe

Com um disco longo - de 25 faixas - e intenso em suas rimas, Emicida estreou dando uma refrescada no rap brasileiro. O álbum traz bases instrumentais versáteis sem deixar de lado a crítica social característica do estilo. Esse trabalho garantiu a Emicida sua entrada no mainstream da música nacional, conquistando o respeito dos críticos e do público. Hoje, certamente, figura como um dos rappers mais importantes do país.  

Em 1988, Mano Brown, KL Jay, Edi Rock e Ice Blue, quatro jovens moradores da periferia de São Paulo, se juntaram para formar um grupo de rap. Batizado de Racionais MC's, o grupo chegou como uma 'bomba' mudando a história do rap nacional e se tornando um dos mais importantes e influentes do gênero. Com letras contundentes, samplers e scratches únicos para sua época e uma narrativa de fazer cair o queixo até do mais rebuscado literato, o Racionais transcendeu os limites da periferia fazendo-se ouvir em lugares antes inimagináveis para artistas negros vindos da favela.

Em 2019, o grupo viaja o Brasil com a turnê Racionais 3 Décadas, que celebra seus 30 anos de carreira. O Recife recebe o show no próximo sábado (5), no Classic Hall. Para fazer o 'esquenta' dos fãs, o LeiaJá elencou nove motivos que explicam a importância do Racionais MC's não só para o rap, mas para a cultura nacional. 

##RECOMENDA##

Sabiam escolher as influências

Os Racionais surgiram da vivência de seus integrantes nos bailes black da periferia de São Paulo. O nome do grupo foi inspirado no disco Racional de Tim Maia. As referências de soul music encontradas na obra de Maia também foram fonte para os rappers paulistas. A música 'Homem na estrada', por exemplo, leva um trecho de 'Ela Partiu', de Tim, sampleada. Também tiveram a influência do renomado grupo de rap americano Public Enemy e do ativista negro Malcom X.

Lançaram o álbum Sobrevivendo no Inferno, considerado um marco no rap nacional

Desde o início da carreira, nas primeiras coletâneas lançadas, o Racionais já mostrou a que veio com músicas que falavam sobre a vida na 'quebrada'. Mas, foi em 1997, com 'Sobrevivendo no Inferno', lançado de forma independente, que eles escancararam o estilo ferino de seu rap mostrando a todo o país a dureza imposta à juventude negra submetida a violência, criminalidade e pobreza nas periferias. O disco chegou a ter mais de um milhão e meio de cópias vendidas, tornando-se o mais bem sucedido álbum de rap na história da música nacional. 

Levaram sua mensagem além

Em 1992, o Racionais MC's foi para as escolas públicas paulistas para falar sobre racismo, violência e criminalidade. Eles foram convidados pela Secretaria de Educação de São Paulo para participar do projeto 'RAPensando a Educação' e contribuíram para a conscientização dos estudantes com as mesmas mensagens que levavam em suas músicas.

Dominaram o mainstream

Em em 1998, o grupo conquistou um reconhecimento antes inimaginável para artistas oriundos da favela e que cantavam rap. Com o clipe da música Diário de um Detento, gravado dentro da casa de Detenção de São Paulo, o extinto Carandiru, eles subiram ao palco do MTV Video Music Brasil, premiação do canal de música MTV levando o troféu de Escolha da Audiência, um dos mais cobiçados da premiação. A música integrou a lista de mais tocadas da revista Rolling Stones e o clipe entrou para a lista Melhor Videoclipe Brasileiro de Todos os Tempos da Folha de São Paulo em segundo lugar. 

[@#video#@]

Não têm medo de mudar 

Com 30 anos de estrada, os rappers do Racionais entendem bem a importância de estarem ligados aos tempos em que vivem. Sendo assim, eles não se incomodam em abandonar ou mudar seus discursos. Algumas músicas consideradas machistas, como Mulheres Vulgares, de 1993, foram retiradas do repertório do grupo. A musicalidade também foi se adaptando ao longo do tempo e eles sabem, como ninguém, entregar aos fãs o que os fãs querem. Em 2014, eles surpreenderam com o suingado álbum 'Nada como um dia após outro dia' e, na própria turnê que comemora as três décadas de carreira, o que se tem visto é um verdadeiro baile black em cima do palco, com som mais melodioso e dançante. 

Ajudam os 'manos'

Em 2008, Edy Rock, Mano Brown, KL Jay e Ice Blue começaram uma temporada de shows para ajudar os 'manos' da cena rap em São Paulo. Divididos em duplas, eles acompanhavam as apresentações de grupos e rappers, subindo ao palco com eles, para ajudá-los na divulgação de seus trabalhos. 

Virou leitura obrigatória no vestibular

Em 2018, reconhecendo a relevância sociocultural do disco Sobrevivendo no Inferno, a Universidade de Campinas (Unicamp) listou-o como leitura obrigatória para seu vestibular ao lado de escritores renomados como Luís Camões. Esta foi a primeira vez que um álbum de música foi listado como item obrigatório em um processo seletivo de universidade. À época, o perfil oficial do grupo no Instagram celebrou o feito: "É a periferia ocupando a Academia", escreveram. 

E virou livro, literalmente

Apos a indicação da Unicamp, o disco Sobrevivendo no Inferno virou livro mesmo. Editada pela Companhia das Letras, a obra traz a transcrição das letras das faixas do álbum e traz acabamento das folhas em dourado, como costuma ser feito na Bíblia. Também há análises das músicas, descrições de intervenções sonoras e contribuição de Eliane Dias, produtora dos Racionais e esposa de Mano Brown. 

Tocam de casamento à velório

Ainda que com letras contundentes, falando sobre criminalidade, violência, preconceito racial e pobreza, o rap do racionais MC's conseguiu penetração nos mais diversos círculos e classes sociais. Com seu poder de conscientização e de denúncia da realidade, o grupo levou sua música às mais distintas situações. Em uma entrevista, Mano Brown contou que vários fãs o abordavam dizendo terem ouvido um rap do grupo em velórios. Eles também tocaram muito no rádio, AM e FM, em eventos religiosos e em bordéis, como o próprio rapper contou. Casamentos também não ficam fora da lista. Em 2019, um casal escolheu o rap 'A vida é um desafio' para marcar a celebração de seu matrimônio. 

[@#podcast#@]

 

Nem só de Machado de Assis vive uma banca organizadora de vestibulares. Apesar dos nomes tradicionais da literatura sempre aparecerem na lista de obras indicadas ou obrigatórias dos certames nacionais, é cada vez mais comum ver títulos com conteúdos e formatos inusitados nos editais para instituições públicas de ensino.

A presença de filmes, músicas e até mesmo de um CD nas listas surpreende alunos e levanta o questionamento: qual a importância de obras de “entretenimento” em uma prova tão importante?Para os docentes, a resposta é simples: a interpretação dos textos não deve ser feita apenas no preto e branco do papel.

##RECOMENDA##

“É importante que o aluno entenda que o texto não se materializa apenas de forma escrita. Ele pode ser manifestado de várias formas, inclusive, nas manifestações artísticas. É importante que o aluno capture a riqueza de linguagem, de conteúdo, que ele encare o texto como dinâmico, vivo, da forma que ele é”, lembra o professor de redação e linguagens Diogo Didier.

Um dos casos mais comentados de 2018 veio de São Paulo. Ao liberar a lista de materiais obrigatórios para a leitura do vestibular 2020, a Universidade de Campinas (Unicamp) indicou o CD Sobrevivendo no Inferno, dos Racionais MC’s. A obra, de 1997, é considerada um marco na história do rap brasileiro, retratando a violência nas favelas do País. “Quem fez essa escolha possivelmente buscou problematizar essas questões de forma muito crua. Geralmente a obra literária tem o hábito de usar recursos metafóricos e linguísticos para fazer com que o leitor pense. A música não precisa de tanta interpretação se você entender a linguagem ali inserida”, afirmou Didier.

Confira lista com cinco obras diferentes já cobradas nos vestibulares brasileiros:

CD: Sobrevivendo no inferno - Racionais MC’s (Unicamp)

A primeira vez que a Universidade de Campinas (Unicamp) cobrou um CD inteiro nas leituras obrigatórias de uma prova de vestibular foi com uma das obras mais importantes do rap brasileiro. O álbum “Sobrevivendo no Inferno”, dos Racionais MC’s, lançado em 1997, elencou a lista para o vestibular 2020 da instituição e foi pouco tempo depois transformado em um livro.

Diário: Quarto de despejo - Carolina de Jesus (UFRGS) 

O diário da catadora Carolina de Jesus, escrito por ela em uma favela de São Paulo na década de 1950, foi uma das leituras obrigatórias do vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) no vestibular 2017. A obra foi transformada em livro, mas manteve a estrutura física do caderno escrito pela mulher, com datas e até mesmo erros ortográficos, trazendo uma maior imersão para o leitor em uma nova realidade.

Animação: O homem - Steve Cuts (Unb)

[@#video#@]

Com pouco menos de quatro minutos de duração, a inusitada animação feita em flash e after effects foi uma das obras indicadas pelo Programa de Avaliação Seriada (PAS) da Universidade de Brasília (Unb). O desenho retrata a relação do homem com a natureza ao longo dos anos.

Música: Beijinho no ombro - Valeska Poposuda (Unb)

Popular entre o público, a música da funkeira Valeska Poposuda também foi material indicado para a terceira fase da avaliação seriada da Universidade de Brasília em 2016. A canção não foi a única indicada: obras de cantores como Lenine, Patativa do Assaré e Gilberto Gil também elencaram a lista divulgada pela Secretaria de Educação de Brasília em seu site oficial.

Filme: Meia Noite em Paris - Woody Allen - UPE (SSA2)

[@#podcast#@]

Além dos filmes nacionais geralmente indicados pela Universidade de Pernambuco (UPE) aos feras que prestaram a segunda etapa do Sistema Seriado de Avaliação (SSA2), um nome conhecido pela “cultura pop” se destacava. O filme “Meia Noite em Paris”, do diretor Woody Allen, conta a história de um jovem escritor em busca de fama na capital francesa e foi visto por milhares de estudantes que seguiram à risca as indicações da universidade.

 

O disco Sobrevivendo no Inferno, do grupo de rap brasileiro Racionais MC's, virou livro. O álbum foi parar nas estantes de livrarias e bibliotecas após a Unicamp ter incluído a obra em sua lista de leituras obrigatórias para o vestibular de 2019.

Editado pela Companhia das Letras, o livro traz as letras das canções do disco transcritas, como poesias, com a identificação de quem canta qual parte delas e descrição de intervenções como som de tiros, sirenes e rádios. A edição também teve colaboração de Eliane Dias, produtora do Racionais MCs e esposa de Mano Brown, líder do grupo. O livro não custa além de R$ 34,99 e tem folhas com corte dourado, que brilham quando o volume estiver fechado.

##RECOMENDA##

O professor de literatura brasileira Acauam Silvério de Oliveira, que estudou o Racionais em seu doutorado, faz a introdução do livro, traçando análises e dissertando sobre o conceito do grupo à época do lançamento do álbum, 1997. O livro Sobrevivendo no Inferno já está à venda nas livrarias.

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), uma das mais importantes instituições de ensino do país, incluiu um novo método de leitura para o vestibular 2020. O álbum “Sobrevivendo no Inferno”, clássico dos Racionais MC’s foi recomendado para leitura do vestibular. Essa é a primeira vez que um disco de música é recomendado para a prova.

Além do grupo de rap está na categoria “Poesia”, também estão Júlia Lopes de Almeida (“A Falência”, na categoria Romance) e Nelson Rodrigues (“A Cabra Vadia”, Crônica). Ao todo 12 obras devem ser lidas para prova.

##RECOMENDA##

Segundo a Unicamp, elas expressam "diferentes gêneros e extensões, de autores das literaturas brasileira e portuguesa" e “possuem relevância estética, cultural e pedagógica para a formação dos estudantes do ensino médio”.

Segundo a UOL, os Racionais comemoraram o reconhecimento. “Sobrevivendo no Inferno' é um ótimo livro de história”, afirmou o DJ KL Jay.

Por Dayvson Barros

Há quem pense que a música da atualidade tem pior qualidade e só trata de temas impróprios, se comparada às de antigamente. Porém, se procurar direitinho, é possível achar canções - muitas delas de grandes ícones da música mundial - que lá atrás já traziam para as paradas musicais assuntos tidos como ‘politicamente incorretos’ e ninguém percebia. Se lançadas hoje, talvez estas pérolas do cancioneiro popular, nacional e internacional, seriam motivo de incontáveis textões nas redes sociais.

[@#video#@]

##RECOMENDA##

Relembre alguns desses ‘sucessos’ e sinta-se à vontade para problematizar:

The Beatles - Run for Your Life

A música de 1965, lançada no disco Rubber Soul, tem aquela pegada 'iê iê iê', bem característica da primeira fase da banda na qual os Beatles exploravam ao máximo a imagem de bons moços, cantando canções de amor. Run for your life, porém, de amor não tem nada. A canção já começa com uma ameaça no título, 'Corra por sua vida'; na letra, escrita por Lennon e McCartney, se ouve os seguintes versos: "Prefiro ver você morta a te ver com outro homem. É melhor você correr pela sua vida. Pegar você com outro homem, é o fim, garotinha. Baby, estou determinado, prefiro ver você morta". Hoje, seria acusada por incitação à violência contra a mulher e uma clara demonstração de machismo.


Racionais MC's - Mulheres Vulgares

Logo em seu disco de estreia, Holocausto Urbano, de 1990, o grupo Racionais MC's já mandou uma música cheia de machismo, misoginia e ataque ao feminismo. Em Mulheres Vulgares, eles cantam que feminista "não aceita ser subjugada, exigem direitos iguais, e do outro lado, como é que é?". Em outro verso, dizem: "fique esperto com o mundo e atento com tudo e com nada, mulheres só querem/preferem o que as favorecem, dinheiro e posse. Te esquecem se não os tiverem".


Sublime - Date Rape

Embora tenha uma melodia bastante divertida, Date Rape, de 2005, abusa da violência. Ela conta sobre um caso de paquera que acabou em estupro, quando um desconhecido convence uma garota, em um bar, a dar uma volta no seu "carro novo", após lhe pagar algumas bebidas. Não bastasse o relato da violência sexual contra uma mulher incapaz de se defender por estar alcoolizada, o estuprador também acaba sendo estuprado, na cadeia, após ser denunciado por ela. A canção termina com os seguintes versos: "Não posso ter pena de um homem desse tipo, apesar de que agora ele está levando por trás".  


Raimundos - Me Lambe

"O que essa criança tá fazendo aí, toda mocinha? á sabe rebolar", assim começa esta música lançada em 1999. Na canção, a banda de rock fala sobre uma menina que desperta o desejo de um homem. E, apesar de mencionar que pedofilia é crime: "Se ela der mole, eu juro, não faço nada. Dá cadeia e é contra o costume", o restante da letra demonstra que a lembrança não fez muita diferença: "Sinto, amigo, lhe dizer, mas ela é de menor, isso é crime. Seu guarda, se não fosse eu, podia ser pior, imagine".


Mara Maravilha - Curumim

Em 1991, Mara Maravilha cantava para crianças e, talvez, sua intenção com a música Curumim tenha sido apresentar um pouco da cultura indígena para seu público. Ela abre a canção com a seguinte frase: "Índia gostar barulho", reforçando estereótipos linguísticos. Já no clipe, Mara aparece com uma maquiagem que deixa todo o seu corpo com um tom avermelhado, seminua, ela abusa da sensualidade - sexualizando a imagem da mulher indígena -  em meio a pequenos indígenas e termina batendo a mão na boca e fazendo "uh uh uh", em mais um forte estereótipo a respeito dos povos originários. Não satisfeita com a obra da colega de trabalho, a apresentadora Eliana gravou Curumim anos depois, em 2003, e produziu um clipe ainda mais estereotipado: com crianças brancas usando cocares e com os rostos pintados, como as escolas infantis adoram fazer no dia 19 de Abril, em que se comemora o Dia do Índio. Levantaria o debate sobre apropriação cultural e preconceito.


Luiz Caldas - Fricote

Apesar de ter sido considerada a música que deu início ao Axé, em 1985, Fricote pode ser apontada como racista e machista. Ela fala de uma mulher, chamada de "nega", que tem o "cabelo duro" e que mexe com a cabeça de um "negão". Hoje em dia teria sido mote para incontáveis textões nas redes sociais, certamente.


The Police - Every Breath you take

Mais uma canção de 'amor' que pode esconder ameaça, incitação à violência contra a mulher e machismo. Nos versos, Sting canta: "Cada respiro que você der, cada movimento que você fizer, cada passo que você der, estarei te olhando", obviamente um 'stalkeador'. E, ainda diz: "Você não consegue ver que você pertence a mim?". Seria facilmente acusado de abusivo.


Bob Marley - I shot the sheriff

Bob Marley pode parecer ser só paz e amor, porém, nesta canção de 1974, 'ele' mata um xerife só porque a autoridade encrencou com sua plantação de "sementes". Além de incitar a violência, faz apologia ao uso de drogas. Apesar da música garantir sido feito em "legítima defesa".


Chico Cesar - Odeio Rodeio

Em 2005, Chico Cesar fez um verdadeiro desabafo e assumiu mesmo odiar essas festas que exploram os animais. Defensores dos bichos podem ter gostado, porém, a música trata de forma pejorativa e preconceituosa aquelas pessoas que vivem no meio. "Sinto um certo nojo quando um sertanejo começa a tocar", canta Chico. Mas ele não parece preocupado com suas afirmações e declara: "Eu sei que é preconceito, mas ninguém é perfeito".


Mamonas Assassinas - Robocop Gay

Várias músicas do Mamonas Assassinas poderiam levantar debates hoje em dia. Robocop Gay poderia ser acusada de homofóbica e preconceituosa por versos como: "O meu andar é erótico, sou um amante robótico. Boneca cibernética". E, ainda termina com mais chacota: "Ai, como dói".


Gaúcho da Fronteira - Churrasco lá em casa

Talvez o Gaúcho da Fronteira não seja assim tão conhecido em todo o país, mas ele é um dos mais importantes intérpretes da música regional gaúcha. A cultura gaúcha tem uma forte gastronomia baseada em carnes. Junte-se os dois primeiros itens e o resultado é a música Churrasco lá em casa, de 1984. Na canção, o cantor não se intimida em dizer: "Qualquer dia, vou matar um bichinho. Se não der um, eu mato dois ou três, e vou levar vocês para comer lá em casa". Na festa, ele garante que vai ter ovelha, gado, "e também um tal de galeto, deitado no espeto de pata para cima". Mas, garante ser "um cara de muito bom coração" e, por isso, vai levar todo mundo para se fartar no seu churrasco". O que diriam os vegetarianos e veganos?


Bezerra da Silva - Minha sogra parece sapatão

Bezerra da Slva poderia render uma matéria à parte, no que diz respeito a músicas ‘politicamente incorretas’. Várias de suas composições falam sobre misoginia, drogas e violência. A escolhida, no entanto, para fechar esta lista, foi 'Minha sogra parece sapatão', de 1983. Nela, o sambista canta: “Ela bebe cachaça e fuma charuto, tem bigode e cabelo no peito. Eu não sei não, minha sogra parece sapatão”.

[@#relacionadas#@]

Os Racionais MC’s voltam ao Recife no Festival União Reggae + Rap, dia 19 de agosto, no Clube Português. O festival também contará com apresentações de Cone Crew, Vibrações, Manga Rosa e Erica Natuza. Os ingressos, à venda na bilheteria do clube ou pelo site, custam entre R$ 40 e R$ 130.

O grupo formado por por Mano Brown, KL Jay, Edi Rock e Ice Blue possui mais de 25 anos de carreira e a última apresentação na capital pernambucana foi durante o mesmo festival em 2016. 

##RECOMENDA##

Serviço

Festival União Reggae + Rap

Clube Português do Recife (Avenida Conselheiro Rosa e Silva, 172, Graças)

Sábado (19) | 21 h

R$ 40 R$ 130

LeiaJá também

---> Rapper Mano Brown diz que o povo precisa de Lula

O suspense em torno das atrações que irão se apresentar no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) está grande. Até o momento, a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) anunciou apenas três artistas que irão compor a grade do festival: Ana Carolina, Capital Inicial e Lenine. 

Recentemente, o vocalista da banda Jota Quest utilizou o twitter para anunciar a lista de shows do mês de julho e incluiu o FIG. No entanto, como o show ainda não estava oficializado, a produtora do grupo tirou da agenda oficial a apresentação no festival, que estava marcada para o dia 23 de julho.

##RECOMENDA##

A nova banda a ter o nome incluso na suposta programação do FIG é a Racionais MC’s. De acordo com uma fonte, o grupo de rap irá se apresentar no dia 20 de julho. Mas a assessoria de comunicação da banda deixou uma incógnita. “Ainda não temos nada fechado, por isso ainda não consta na agenda de shows. Alguns fãs também nos questionaram sobre a apresentação no FIG através das redes sociais. Mas a única coisa que posso dizer no momento é que estamos em fase de negociação”, afirmou Ana Paula Alcântara.

A equipe do Portal LeiaJá entrou em contato com a Fundarpe para confirmar a participação dos Racionais no festival. No entanto, a assessoria de comunicação apenas informou que a programação completa do evento será disponibilizada na próxima terça-feira (7).

O rap dominou a noite de sábado no festival Recife + Verde, neste sábado (23), no Chevrolet Hall. Embora tenham dividido o palco com bandas de reggae como a Groundation e a Planta & Raíz, o rapper Criolo e a Racionais MC's foram responsáveis pela maior parte do público presente e, também, pelas melhores apresentações do festival.

Apresentando aos recifenses seu mais recente disco, Convoque seu Buda, Criolo subiu ao palco em meio aos gritos dos fãs. O músico começou o show gerando na mais alta frequência e emendou um sucesso após o outro. Depois de invocar deuses de diversas religiões na canção inicial, Subiramdoistiozinho e Sucrilhos, fez um coral tomar conta do Chevrolet Hall.

##RECOMENDA##

Depois, o músico deu uma parada para cumprimentar o público e pedir "licença para entrar na casa e fazer um som". Ao abrir uma faixa com a frase "Resiste Estelita" no palco, a plateia foi ao delírio e a causa da ocupação dos espaços nas cidades foi lembrada por Criolo, este é também um dos temas do novo álbum do artista. Dando sequência à apresentação, rolaram Não Existe Amor em SP, Cartão de Visita, Demorô e Tô pra ver, entre outros sucessos. Ao fim do show, Criolo despediu-se do publico desejando "muito axé" para todos. 

Quando os Racionais MC's subiram ao palco uma parte do público já havia ido embora mas a maioria resistiu ao cansaço e ao horário avançado (já passava das 3h). Mano Brown não decepcionou os resistentes e fez um show cheio de sucessos como Negro Drama, A mente de um vilão, Vida Loka e Artigo 157. Mas também houve espaço para as músicas do novo disco da banda, Cores e Valores.

[@#galeria#@]

O Chevrolet Hall será palco para a primeira edição do festival Recife Mais verde, no próximo sábado (23). Com a proposta de ser um evento sustentável, o line up do festival traz nomes de peso do reggae e do rap como Groundation, Planta & Raiz, Racionais Mc's e Criolo. 

O Recife Mais Verde traz grandes atrações sob a bandeira da sustentabilidade. Para tanto, a organização do evento promete plantar uma árvore a cada dez ingressos vendidos para o Espaço Verde, que funcionará como a área VIP do festival, além de utilizar decoração e material de divulgação recicláveis.

##RECOMENDA##

O rapper Criolo traz ao Recife o show da turnê do seu mais novo disco, Convoque seu Buda, eleito pela Revista Rolling Stones um dos três melhores álbuns do ano. Já os Racionais Mc's apresentam show comemorativo aos 25 anos de estrada do grupo. Os amantes do reggae poderão curtir a californiana Groundation, considerada uma das melhores bandas de reggae do mundo atualmente que vem apresentando seu novo CD, A Miracle, e completando a programação, a paulista Planta & Raiz. 

 

Serviço

Festival Recife Mais Verde

Sábado (23) | 21h

Chevrolet Hall (Avenida Agamenon Magalhães, S/N - Salgadinho)

R$ 55 (social), R$ 45 (meia), R$ 65 (Espaço Verde)

 

O grupo de rap Racionais Mc's lançou um novo álbum na madrugada desta terça-feira (25). Cores & Valores contém 15 faixas inéditas que já estão disponíveis na loja virtual do GooglePlay, pelo valor de R$ 1,99 cada. O disco completo está em uma promoção de lançamento por R$ 9,99 até o dia 9 de dezembro. 

Na capa do álbum os quatro integrantes do grupo,  DJ KL Jay, Ice Blue, Mano Brown e Edi Rock, aparecem com trajes de garis e três deles com armas de alto calibre. O show de lançamento do novo disco está marcado para o dia 20 de dezembro, no Espaço das Américas, na Barra Funda, em São Paulo. 

##RECOMENDA##

Em 2014, os Racionais Mc's completaram 25 anos de carreira e para celebrar realizaram uma turnê nacional nas principais capitais do Brasil. No Recife, o show contou com cenários em painéis diferenciados e repertórios especiais para registrar a celebração da data.

Confira as faixas de Cores & Valores

Cores & Valores

Somos o Que Somos

Cores & Valores - Preto e Amarelo

Trilha

Eu Te Disse

Preto Zica

Cores & Valores - Finado "Neguin"

Eu Compro

A Escolha Que Eu Fiz

A Praça

O Mau e o Bem

Você Me Deve

Quanto Vale o Show

Coração Barrabaz

Eu Te Proponho

O grupo Racionais MC's lançou no início desta semana o primeiro single de seu novo disco. Quanto Vale o Show? está disponível para streaming (de 30 segundos) e compra (por R$ 1,99) com exclusividade na loja digital Google Play. O oitavo disco da banda, ainda sem nome definido, será lançado em dezembro.

Quanto Vale o Show? tem produção de Mano Brown e de DJ Cia, do grupo RZO. Em 2 minutos e 52 segundos de duração, Brown rima sobre a adolescência difícil nas ruas do bairro do Capão Redondo, na zona sul da capital paulista, e também fala sobre o começo da carreira. A canção mistura uma guitarra acelerada e a base de Gonna Fly Now, tema do filme Rocky.

##RECOMENDA##

Para o lançamento do novo disco no formato tradicional, o Racionais MC’s fará um show especial em 20 de dezembro, no Espaço das Américas, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo.

O  Racionais MC's anunciou por meio de sua página oficial do Facebook, que lançará um novo álbum em dezembro. O último disco em estúdio lançado pela banda foi em 2002, chamado Nada como um Dia após Outro  Dia.

Em 2014, o grupo formado por Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue e KL Jay completa 25 anos de carreira e para celebrar, os Racionais MC's realizaram uma turnê nacional. No Recife, o show contou com cenários em painéis diferenciados e repertórios especiais para registrar a celebração da data. Os músicos entraram no palco portando uma bandeira de Pernambuco, levando os fãs ao delírio. Músicas como Negro Drama, A Mente do Vilão, Vida Loka, Fórmula Mágica da Paz e Artigo 157 embalaram o público a cantar e dançar juntamente com a banda. 

##RECOMENDA##

No Facebook, o grupo postou: "Racionais MC's lançam novo CD em dezembro!!!!Para fechar o ano, que foi recheado de muito trabalho, o grupo promove o lançamento do novo e tão esperado CD. A apresentação do novo álbum será no Espaço das Américas no próximo dia 20 de dezembro em SP." Os ingressos já estão à venda no site Ticker360 e custam R$ 120 e R$ 60 (meia).


Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando