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A terceira edição do Festival do Livro do Litoral Sul começa suas atividades, no Clube Municipal do Ipojuca, nesta terça (8). Até o próximo sábado (12), serão realizados debates e palestras sobre literatura, além de shows e brincadeiras para as crianças. 

Realizado pela Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras de Livros - Andelivros, o festival conta com vasta programação e receberá convidados como o escritor Raimundo Carrero e os jornalistas Evaldo Costa e Marcelo Cavalcante. Os debates do evento giram em torno de literatura, jornalismo, futebol e literatura infantil. 

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No sábado (12), dia do encerramento, a programação celebra o Dia das Crianças. Haverá contação de histórias, lançamento do livro infantil Tô Suja de farelo, de Rafaela Albuquerque, e show da dupla Catilinda. À noite, o cantor Maciel Melo se apresenta prometendo um show com seus maiores sucessos. 

Serviço

3º festival do Livro do Litoral Sul

Terça (8) a sábado (12) - 9h às 21h

Clube Municipal do Ipojuca (Rua Subida do Clube, 7 - Ipojuca)

Gratuito

A segunda noite da mostra competitiva do Cine PE 2019 foi marcada pela presença do público e pela participação de obras pernambucanas e carioca. Foram expostos quatro curtas, sendo um deles o da pernambucana Luci Alcântara, que apresentou, em “Carrero, o Áspero Amável”, o trabalho do jornalista e escritor Raimundo Carrero.

O longa da noite trouxe uma discussão sindical na obra “Abraço”, de DF Fiuza.

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A 23ª edição do Festival do Audiovisual vai até o próximo domingo (04), quando acontece a pregação.

Confira os detalhes no vídeo:

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Raimundo Carrero, um dos mais respeitados escritores brasileiros, será homenageado com uma exposição que celebra seus 70 anos de vida. A abertura acontece nesta terça-feira (13), a partir das 20h, no Museu do Estado de Pernambuco – MEPE.  

A mostra irá ocupar a sala da galeria Lula Cardoso Ayres, e será dividida em quatro espaços: Beleza, Loucura, Paixão e Fé. Os visitantes poderão conferir fotos, vídeos e objetos pessoais do autor, além de participar de oficinas, leituras e debates com escritores.

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O evento conta ainda com uma programação pedagógica, na qual estudantes do ensino médio de escolas públicas estaduais e municipais, farão leituras de obras do artista.

O aniversariante irá participar ativamente de todo o projeto e autografa o livro “Condenados à vida” na abertura, terça-feira(13), e no encerramento, no domingo(16) de dezembro. O evento é gratuito, aberto ao público, e as visitações começam a partir da quarta-feira(14).

Serviço

Exposição Condenados à Vida - 70 anos de Raimundo Carrero

Quando:Terça-feira(13), a partir das 20h, visitação a

Onde: Museu do Estado de Pernambuco - MEPE, localizado na Av. Rui Barbosa, 960, Graças

 

Começam nesta terça-feira (8), em Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, a Feira do Livro do Vale do Pajeú e a Festa Literária de Serra Talhada, que este ano tem como homenageado o escritor Raimundo Carrero. O evento é gratuito e segue até sexta-feira (11).

Debates, cineclube, oficinas, manifestações culturais e workshops são realizados na Estação do Forró e no Museu do Cangaço. Na ocasião, também haverá conferência com o escritor Adriano Marcena, com o tema 'literatura e identidade sertaneja', e uma conversa entre escritor Ronaldo Correia de Brito e Raimundo Carrero, sobre a construção do seu universo literário.

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A programação também conta com uma roda de conversa sobre os 8 Baixos, ministrada pelo com produtor cultural Anselmo Alves e o mestre sanfoneiro Truvinca, com mediação da pesquisadora Lêda Dias, e apresentação do Grupo de Xaxado Cabras de Lampião. Os visitantes da Feira terão a oportunidade de trocar livro em bom estado de temas diversos (exceto didáticos ou religiosos). Para as crianças, terá shows de malabarismo, palhaços, trapezistas e brincadeiras lúdicas.

Programação

Circo

Terça-feira (8)

21 h – Clênio Sandes e Chico Pedrosa: uma mistura explosiva de humor, causos, piadas, cordel e muita poesia.

Quarta-feira (9) 

09 h – Shows de malabarismo, palhaços, trapezistas e brincadeiras lúdicas. Contação de histórias.

 15 h – Shows de malabarismo, palhaços, trapezistas e brincadeiras lúdicas. Contação de histórias e apresentação do Mistura Pernambucana

 20 h –Grupo de Xaxado Cabras de Lampião

 21 h – Show As Severinas

Quinta-feira (10) 

09 h – Shows de malabarismo, palhaços, trapezistas e brincadeiras lúdicas. Contação de histórias.

 15 h – Shows de malabarismo, palhaços, trapezistas e brincadeiras lúdicas. Contação de histórias e apresentação do Grupo Sertão Frevo e o Hip Hop Resistência nas Ruas.

20 h - Mulheres de sol e sangue – Performance poética com a atriz Daniela Câmara

21 h– Henrique Brandão

Sexta-feira (11) 

09h – Shows de malabarismo, palhaços, trapezistas e brincadeiras lúdicas. Contação de histórias

15h – Shows de malabarismo, palhaços, trapezistas e brincadeiras lúdicas. Contação de histórias e apresentação do Grupo de Xaxado Zabelê

 20h – A mulher no atual cenário poético do Pajeú - Recital e bate papo com as poetisas Elenilda Amaral, Izabella Ferreira, Sara Cristovão, Thyelle Dias. Mediação de Izabelly Moreira

21h – Humor na Feira com Zelito Nunes e Eugênio Gerônimo

22h – Apresentação do show Simplesmente com a cantora e poetisa Leda Dias. Participação especial de Encerramento com Truvinca

Cineclube Lampião/Museu do Cangaço

Terça-feira (8)

15 h – Papo Amarelo – O Primeiro Tiro; Redenção

 Quarta-feira (9)

15 h - A Dona do Pecado dos Outros; Um Homem sem Sorte

Quinta-feira (9)

15 h – Bicho de Sete Letras; Infinito de nós 2

Sexta-feira (10)

15 h – A Nona Cidade; Lampião e o Fogo da Serra Grande

Lançamentos de Livros

 Terça-feira (8)

19h30- Lançamento do livro – A MAIOR BATALHA DE LAMPIÃO: SERRA GRANDE E A INVASÃO DE CALUMBI, de Lourinaldo Teles Pereira Lima

20h- Lançamento do livro DICIONÁRIO DE FOLCLORE PARA ESTUDANTES , de Rúbia Lóssio e Mário Souto Maior

20h30- Lançamento do livro ALMANAQUE PERNAMBUCO DE CAUSOS, MAL-ASSOMBROS E LOROTAS, de Rúbia Lóssio e Roberto Beltrão

Quarta-feira (9)

19h30 - Lançamento do livro – DE VOLTA A MINHA TERRA, de Adelmo Santos.

20h - Lançamento do livro AS DUAS PEDRAS. CONTOS E PROSAS, de Paulo César Gomes

Quinta-feira (9)

18h30- Lançamento do livro CONECTANDO SABERES DA ESCOLA: ESCOLA, LITERATURA, EDUCAÇÃO E ENSINO DE LÍNGUAS: REFLEXÕES, RELATOS E PROPOSTAS DE ATIVIDADES, de Adeilson Pinheiro Sedrins

 19h - Lançamento do livro IN VIVO, de Sabrinna Alento Mourão

 19h30 - Lançamento do livro CANTA DORES, de Isabelly Moreira.

 20h- Lançamento do livro NOITE EM CLARA – UM ROMANCE (e uma mulher) EM FRAGMENTOS, de Sidney Niceas

20h30 - Lançamento do livro ASPECTOS DESCRITIVOS E SÓCIO-HISTÓRICOS DA LÍNGUA FALADA EM PERNAMBUCO, de Adeilson Pinheiro Sedrinse Edmilson José de Sá ( Org)

Sexta-feira (10)

19h – Lançamento do livro o GOGO DE OURO, de José Amaurílio de Sousa

Sala das Prosas I

Terça-feira (8) 

19 h - A literatura não tem bons sentimentos - O escritor Ronaldo Correia de Brito conversa com o homenageado da festa, Raimundo Carrero, sobre a construção do seu universo literário

Quarta-feira (9)

14 h- Oficina Meu Livrinho com Sabrina Carvalho e Camilo Maia - Editora Livrinho de Papel Finíssimo

19 h - Sobre os esforços que fazem a ficção - Marcelino Freire conversa com o homenageado Raimundo Carrero e relembra a experiência como aluno em suas oficinas de escrita.

Quinta-feira (9)

19 h - Delírios de Criação e Loucura - Uma leitura dramática da obra de Raimundo Carrero com as atrizes Ana Nogueira, Fabiana Pirro e Sílvia Góes

Sexta-feira (10)

10h - Movimento Respeitem os 8 Baixos – Roda de conversa com Anselmo Alves (Produtor cultural) e Truvinca (Mestre de sanfona de 8 baixos) e mediação da pesquisadora Lêda Dias. (Museu do Cangaço)

 14h – Mulherio das letras de Pernambuco – Uma roda de bate papo com Patrícia Vasconcellos (Editora Caleidoscópio), Aninha Ferraz (Editora Coqueiro) e Débora Echeverria (Editora Cubzac)

 14h-Workshop de Criatividade e Escrita com o Escritor Sidney Niceas.

 18h30- De literatura e a nossa identidade sertaneja - Conferência do escritor Adriano Marcena

 19h30 - 40 anos no ar – Francisco José apresenta o seu livro e conversa sobre a jornada de um repórter pelos cinco continentes

Serviço

Feira do Livro do Vale do Pajeú e Festa Literária de Serra Talhada

Estação do Forró; Museu do Cangaço (Estação Vila Ferroviária, 170 Serra Talhada)

terça-feira (8) |21 h

Gratuito

Integrante da Academia Pernambucana de Letras (APL), o jornalista e escritor Raimundo Carrero concorre, agora, a uma vaga na Academia Brasileira de Letras (ABL). Perto de completar 70 anos, o escritor que já recebeu vários prêmios e deve ocupar a cadeira de número 40 da Academia, que era do jurista Evaristo de Moraes Filho, que faleceu em julho deste ano.

O escritor, que possui 14 livros editados, já teve suas obras consagradas em várias regiões e, com algumas delas, conquistou vários premiações literárias, como Melhor Romancista, da APCA em 1995 e 201; o Jabuti, em 2000 e o Prêmio São Paulo de Literatura de Melhor Livro do Ano, em 2010. Autor de vários livros, Carrero ganhou destaque com algumas obras em especial, como ‘A história de Bernarda Soledade’, ‘Sombra severa’, ‘Maçã agreste’, ‘Somos pedras que se consomem’ e ‘O senhor agora vai mudar de corpo’, último trabalho publicado após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

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Atualmente, a ABL conta com cinco pernambucanos na academia. São eles : Marcos Vilaça, Geraldo Holanda Cavalcanti, Marco Maciel, Evaldo Cabral de Mello e Evanildo Bechara.

Raimundo Carrero - Nascido no município de Salgueiro, em 1947, Raimundo Carrero mudou logo cedo para a capital pernambucana e teve o seu primeiro contato com a literatura ao encontrar caixas de livros abandonadas por seu irmão mais velho. Já na adolescência, chegou a cursar ciências sociais na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), mas sempre atuou como jornalista, nas áreas de TV, rádio e impresso. 

Na próxima terça-feira (23), a escritora Andrea Ferraz lança o livro de estreia, o romance ‘A Sutileza do Sangue’. A obra será divulgada na Livraria Cultura do Paço Alfândega, no Recife, às 19h. A história, a princípio, tinha como proposta retratar a biografia do pai da escritora, Adolfo Gomes Ferraz, que posteriormente, mudou o formato para um conto, por orientação de Raimundo Carrero, orientador da escritora. Durante o evento, o livro será comercializado ao valor de 40 reais.

A temática de ‘A Sutileza do Sangue’ é cosmopolita. Parte do micro para tratar o macro. A partir da história de sua família que Andrea trabalha questões universais, como sofrimento, vaidade, percalços. “Minha família em ‘A Sutileza do Sangue’ é a família de qualquer pessoa, com dores,  dificuldades, loucura e vaidades. Não chorei meu pai enquanto escrevia. Conto uma história. Não há dor pessoal. Chorei depois. Os conflitos, as buscas e as inquietações que escrevo não são exclusivas do Sertão. Não tenho compromisso com o regionalismo na escrita e sim com a estética", ressalta.

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Sobre a escritora - Andrea Araújo Gomes Ferraz nasceu em Floresta, Pernambuco, em 6 de novembro de 1970. A auditora fiscal vive no Recife. Com formação em letras, desde sempre escreveu poemas. É mãe de duas filhas: Júlia Roberta Ferraz Furlani e Luisa Helena Ferraz Furlani. Preferiu esperar que as palavras dormissem guardadas no tempo. Em 2015, elas acordaram em forma de conto e romance.

Lançamento do livro A Sutileza do Sangue Terça

Terça-feira (23) | 19h

Livraria Cultura do Paço Alfândega (Rua. Me. Deus, S/n - Recife Antigo)

Exemplar: R$ 40 

Oficinas literárias, de crítica de cinema, e-books e projetos culturais, além da venda de obras, estas são as atividades que integram a I Feira Nordestina do Livro (Fenelivro). O evento surge com a proposta de levar o público a se aprofundar no meio literário participando de cursos com nomes respeitados da área como o autor Raimundo Carrero. A feira começa nesta sexta (28) e segue até 7 de setembro, no Centro de Convenções de Pernambuco.

Dentre os cursos, José Fernando Tavares ministra Livros digitais interativos, Como ler um livro digital e Produzir um e-book com Indesign. desafios e oportunidades. Para quem tem interesse na área de produção cultural, o produtor Alexandre Melo oferece o minicurso Elaboração de projetos culturais para artistas, produtores independente e demais interessados nos patrocínios do Governo de Pernambuco. 

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O escritor Raimundo Carrero estará à frente da oficina A sedução do leitor, na qual pretende discutir e revelar os segredos da narrativa em Machado de Assis e Graciliano Ramos. Já o paulista José Geraldo Couto, um dos mais respeitados críticos de cinema do Brasil, aborda a transformação das palavras na sétima arte a partir de adaptações literárias, a narração em primeira epssoa e a 'câmera subjetiva', em um minicurso. Mais informações, assim como a programação completa da Fenelivro, podem ser encontradas na página oficial da feira.  

Serviço

I feira Nordestina do Livro - Fenelivro

De 28 de agosto a 7 de setembro | 9h às 21h

Centro de Convenções (Av. Prof. Andrade Bezerra, S/N - Salgadinho)

Gratuito

Para aproximar escritores dos leitores, o Circulo de Leitores vai passar pelas cidades de Goiana, Arcoverde, Caruaru e Cabo de Santo Agostinho, levando autores para rodas de diálogos. Interessados em participar dos encontros já podem se inscrever através site Eventick. A temporada começa no próximo sábado (29), no município de Goiana.  

O público alvo do projeto é formado por escritores, educadores e amantes da literatura. Os municípios receberão mesas de debates comandadas por escritores pernambucanos. Cada encontro contará com rodadas de conversas: A voz que canta a existência, com Raimundo Carrero, Geraldo Maia e Nivaldo Tenório; A voz dos oprimidos, com Cícero Belmar e Raimundo de Moraes; A voz dos retirantes na cidade grande, com Sidney Rocha e Bruno Liberal e a Voz feminina na literatura contemporânea, com Renata Pimentel, Clarice Freire e Andréa Mota.

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A ideia é que cada um dos autores convidados fale sobre sua obra, o universo que a cerca e sobre a provocação do tema proposto. Nas cidades de Arcoverde, Caruaru e Cabo de Santo Agostinho os encontros serão realizados nos dias 19/09, 26/09 e 3/10, respectivamente. A programação contempla ainda a montagem de um varal de poesias, lançamentos de livros e uma homenagem a Celina de Holanda, poetisa pernambucana e patronesse da Academia Cabense de Letras. 

 

A Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto), começa nesta quinta (13) e ocupa os espaços da Basílica de São Bento, Pátio do Carmo e Complexo Educacional de São Bento, em Olinda. O tema desta edição de 10 anos é Literatura é coisa de cinema e os homenageados são os escritores Ariano Suassuna, Raimundo Carrero e Adriana Falcão. A Fliporto acontece até o próximo domingo (16).

A abertura da Festa, nesta quinta (13), traz os escritores Lya Luft e Vicente de Britto para a Basílica de São Bento com a palestra O valor da vida, em que discutem sobre os valores vitais da existência humana. O evento começa às 19h30. 

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Nas sexta (14), Cláudio Asis, Xico Sá e Hilton Lacerda conversam sobre a adaptação do livro Big Jato para o cinema. No mesmo dia, Romero de Andrade Lima inaugura aula-espetáculo em homenagem a Ariano Suassuna, na qual conta como o mestre construiu os seus poemas, às 20h15, e a escritora Hwang Sun-M, da Coreia do Sul, participa da palestra Escrever com alegria: a imaginação e a fantasia na literatura, às 18h30. 

Já no sábado (15), Eliene Medeiros da Costa, Priscila Varjal e Rafael Monteiro falam sobre outro homenageado da Fliporto, Raimundo Carrero, em A dimensão do humano em Raimundo Carrero – Família, religião e loucura. No domingo (16), o encerramento traz uma palestra do próprio Carrero e um concerto de Antônio José Madureira. A conferência-recital relembra o Movimento Armorial, fundado por Ariano Suassuna e Madureira, nos anos 1970.

Além do Congresso Literário outras atividades integram a programação da Fliporto. O Cine Fliporto promove exibição de curtas a partir da sexta (14), sempre às 18h30. A criançada também tem vez na Festa com as atrações da Fliporto Galerinha. São atividades lúdicas e bate-papo com autores infantis, além de muita contação de história. E, para o público jovem, a Fliporto Galera oferece oficinas, masterclass, conversas com autores e apresentações culturais.

Feira do Livro 

A V Feira Internacional do Livro, acontece no Pátio do Carmo e terá mais de 60 estandes com a participação de ao menos 100 editoras. A expectativa do evento é vender cerca de dois milhões de livros. Também acontecem lançamentos e sessões de autógrafos.

A Fliporto este ano se concentra no Colégio de São Bento e Praça do Carmo. O Congresso Literário, Fliporto Galera e Galerinha e Cine Fliporto, acontecem nos prédios da unidade de ensino. O evento é aberto ao público. O Congresso também será transmitido ao vivo pela internet através do site da Fliporto

Confira a programação completa da Festa Literária Internacional de Pernambuco no site oficial do evento. 

Porto de Galinhas volta a receber a Festa Literária Internacional do Ipojuca (FLIPO) entre os dias 11 e 14 de setembro. Com o tema Literatura, Cidadania e Sustentabilidade, o evento tem curadoria do presidente da União Brasileira de Escritores (UBE) Alexandre Santos e busca congregar amantes da literatura da região (seja moradores ou turistas) durante três dias. O homenageado da edição será o escritor pernambucano Osman Lins.

Entre os temas discutidos nesta edição, a relação do meio ambiente com a literatura, história, jornalismo e literatura, os poetas do Sertão do Pajeú, o livro digital, entre outros. A abertura fica a cargo do português Luis Serguilha com a mesa O difícil como sedução: Escrileitores em mosaicos-movediços: tensões de desleituras emergentes. O escritor pernambucano Raimundo Carrero encerrará o evento com a palestra Todo leitor é um ingênuo.

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A FLIPO também irá oferecer uma animada programação infantil, com oficinas de arte, contação de histórias e também Espaço de Faz de Conta. 

A programação cultural vai além e também oferece shows, visitas histórias, visitas literárias às escolas da região, realização de concursos literários e de performances poéticas, feira cultural e literária, saraus literários, lançamento de livros, gastronomia, ecologia, visitas poéticas e exposições de arte.

A festa também irá homenagear personalidades que tenham oferecido grande contribuição ao processo de difusão e preservação cultural com a comenda Medalha do Mérito Cultural.

A programação da segunda edição da Bienal Internacional do Livro do Agreste, que este ano está sendo realizada no município de Garanhuns, segue até o próximo domingo (18). Nesta reta final da bienal, que faz uma homenagem a Dominguinhos e à escritora garanhuense Luzinette Laporte, os destaque ficam para as participações do jornalista Marcelo Canellas e do escritor Raimundo Carrero, além de personalidades como Padre Airton, Jessier Quirino, Lenice Gomes, Magno Martins e Andréa Nunes. As atividades se concentram no entorno da Praça Cultural Mestre Dominguinhos, antiga Praça Guadalajara, e toda a programação está disponível no site do evento.

No sábado (17), Marcelo Canellas, repórter especial da Rede Globo que especializou-se na cobertura de temas ligados a Direitos Sociais e Humanos e já ganhou diversos prêmios, participa da palestra Crônica e reportagem – diferenças e aproximações e lança o livro Províncias: crônicas da alma interiorana. A atividade será realizada no Teatro Luiz Souto Dourado, às 20h15. Já o escritor pernambucano Raimundo Carrero, que será homenageado na próxima Festa Literária Internacional de Pernambuco, será um dos palestrantes, ao lado do jornalista Marcelo Pereira, no próximo domingo (18), às 19h.

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Bienal do Livro do Agreste

Numa estrutura de 2,5 mil metros quadrados e com mais de 100 editoras representadas nos 50 estandes do evento, a programação da Bienal Internacional do Livro do Agreste inclui palestras, debates, recitais, conversas literárias, intercâmbio literário-cultural, Feira do Livro, praça de alimentação, café literário, tenda de autógrafo e espaços voltados para o público infanto-juvenil.

A capital pernambucana sedia a IV Mostra Sesc de Literatura Contemporânea entre os dias 23 e 28 de julho no Laboratório de Autoria Literária Ascenso Ferreira (Cais de Santa Rita) e no auditório da Livraria Cultura do Paço Alfândega. Com o tema Era uma vez a palavra, o projeto tem como tema central atividades de formação de escritores e leitores. 

Dentre os destaques do evento estão Marina Colasanti (RJ), Fabiano Calixto (PE/SP), Xico Sá (CE/SP), Ronaldo Correia de Brito (CE/PE), Raimundo Carrero (PE), Sidney Rocha (CE/PE), Maurício Melo Junior (PE/DF), Everardo Norões (CE/PE), Geraldo Holanda Cavalcanti (PE/RJ), Alexandre Furtado (PE), Marcelino Freire (PE/SP), Antônio Cícero (RJ) e Jomard Muniz de Brito (PE).

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A grande novidade desta edição é o convite a alguns autores para uma leitura dos seus próprios textos, além da oficina de prosa orientada pelo escritor Luiz Brás (SP) que acontece entre os dias 23 a 26 de julho, das 14h Às 18h, no Sesc Santa Rita.

Confira a programação:

De 23 a 26 (Laboratório de Autoria Literária Ascenso Ferreira)

Oficina de Prosa, com Luiz Brás (SP) – das 14h às 18h

Dia 25 (Livraria Cultura)

Leitura: Marina Colasanti (RJ). Mesa: Raimundo Carrero (PE) e Sidney Rocha (CE/PE). Mediação Maurício Melo Junior (PE/DF) – 19h

Dia 26 (Livraria Cultura)

Leitura: Fabiano Calixto (PE/SP). Mesa: Everardo Norões (CE/PE) e Geraldo Holanda Cavalcanti (PE/RJ). Mediação Alexandre Furtado (PE) – 19h

Dia 27 (Livraria Cultura)

Leitura: Xico Sá (CE/SP). Mesa com Marcelino Freire (PE/SP) e Cida Pedrosa (PE) – 19h

Dia 28 (Livraria Cultura)

Leitura: Ronaldo Correia de Brito (CE/PE). Mesa: Antônio Cícero (RJ). Mediação Jomard Muniz de Brito (PE) – 19h

Serviço

Mostra Sesc de Literatura Contemporânea

De 23 a 28 de julho 

Laboratório de Autoria Ascenso Ferreira (Cais de Santa Rita, 156 - São José)

Livraria Cultura (Rua Madre de Deus - Paço Alfândega) 

Gratuito

 

Localizado no bairro das Graças, o espaço cultural Cultura Nordestina investe na preservação da cultura regional, focando na literatura. Além de possuir uma livraria, artesanato e comida regional, o espaço também oferece diversas oficinas, além da edição de livros em tiragens a partir de 50 exemplares.

Entre as atividades formativas oferecidas estão o curso A língua como paixão, com Anna Maria César, oficina de Literatura com Raimundo Carrero, A poesia de um modo geral, ministrada por Rosa Lia Dinelli, Laboratório de Expressão Poética com Bernadete Bruto e Teoria e prática musical (piano), com Fabiana Guimarães. No primeiro sábado de cada mês acontece o Encontro em Verso e Prosa.

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Serviço

Cultura Nordestina (Rua Sérgio Magalhães, 54 - Graças)

81 3243 3927

Festejar a recuperação da saúde de Raimundo Carrero (que sofreu AVC em 2010) é a natural e esperada comprovação do quão admirado sempre foi, seja como escritor, seja como figura humana. Dizê-lo também um importante nome da literatura nacional não é favor algum, conquistou esse lugar destacado faz tempo. Mas afirmar que seu mais recente trabalho – Tangolomango: ritual das paixões deste mundo – é um grande romance? Trata-se de opinião legítima, como legítima é toda convicção que não interdita as ideais alheias. Contudo, se, por um lado ele testemunha impressionante transcendência física e emocional, por outro o livro resulta em exercício narrativo frágil, repleto de deslizes. Enquanto superação humana, voo além; como literatura, um passo em falso.

Tal afirmação não parte do pressuposto de que o restante da obra de Carrero é homogênea. Pelo contrário. Em sua maioria, os seis primeiros romances, de A história de Bernarda Soledade – a tigre do sertão (1975) ao Sombra Severa (1986), apresentam escritor de impressionante força narrativa, embora em processo de amadurecimento; capaz de momentos de extrema beleza, e também de páginas que destoam. Irregularidade mais que compreensível, e da qual o próprio romancista sempre foi cônscio, ao fazer balanço desses trabalhos da juventude.

Depois, foram publicados Maça Agreste (1888), Sinfonia para Vagabundos (1992) e Extremos do Arco-Íris (1992), que sugeriam desenvolvimento seguro, embora lento. Mas eis que, em 1995 chegou Somos pedras que se consomem – ponto alto de seu trabalho, título que merece constar em qualquer tratado sobre literatura brasileira, assim como As sombrias ruínas da alma, volume de contos que lhe valeu o Prêmio Jabuti, em 2000. Nesses dois livros, Carrero logrou raro equilíbrio entre forma e conteúdo. A densidade de suas histórias foi acompanhada de uma escrita sem afetações trágicas ou exageros de economia (aquela mesquinhez no estilo tão comum em nossos dias, em que até a literatura acaba contingenciada). Tampouco os cálculos da engenharia chamaram mais atenção do que as linhas do edifício.

De lá para cá, realizou ainda a exaustiva jornada formal de Ao redor do escorpião… uma tarântula? (2003), seguido de O amor não tem bons sentimentos (2007), A minha alma é irmã de Deus (de 2009, vencedor do Prêmio São Paulo, e lançado pouco antes de seu grave problema de saúde) e Seria uma sombria noite secreta (de 2011, mas finalizado antes do AVC). Nestes projetos recentes, a mídia reforçou tendência de veicular Raimundo Carrero como autor extremamente técnico, cujas obras expressam o seu “domínio da linguagem”. Pavoroso lugar-comum, posto que alguém pode até dominar as técnicas, os métodos que assumiu como princípio realizador, mas nunca a linguagem. Esta é indomável, porque fenômeno dinâmico, complexo e incompleto, dependente do contexto e do leitor, entre outros elementos que fogem ao controle de qualquer um.

Clichês à parte, ninguém duvida que Tangolomango seria outro livro, caso escrito em situações menos adversas.  Recuperando-se do acidente vascular que lhe paralisou parcialmente braço e perna esquerdos, sofrendo também para conseguir falar, Carrero começou ditando a narrativa, para depois assumir a empresa, digitando com um só dedo todos os caracteres das 128 páginas. A condição debilitada, a mudança no ritmo de composição, os efeitos consequentes também quando da revisão do texto… Tudo interferiu dramaticamente no processo criativo e no resultado final.

O reconhecimento dessa hercúlea e comovente batalha, porém, não pode determinar a leitura crítica do Tangolomango. Se bem que cabe derradeira ressalva: mesmo que não tivesse enfrentado o AVC, ainda que transbordando saúde pelas tampas, o trabalho seria desafio complicadíssimo. Contar as idas e vindas da Tia Guilhermina (personagem que já aparecera em O amor não tem bons sentimentos), seus instantes de dor e seus périplos carnavalescos, exigiu que Carrero lidasse incessantemente com vozes e sintaxes diversas, com cenas, cenários e climas opostos, conflitantes mesmo. Tipo de construção que requer demais, onde as chances de perder o prumo são potencializadas.

Embora autor e maioria dos críticos tenham vendido Tangolomango de modo diferente (José Castello chegou a defini-lo como “impecável”, o que daria outra boa discussão sobre a natureza do fenômeno literário), não existe uma seção sequer que não sofra com essas dificuldades, sendo que algumas páginas foram particularmente afetadas, expondo de maneira mais nítida as fragilidades do texto. Segue um exemplo, com grifos nossos:

“Imitava o pai, aquele homem magro, puxando a idade, que voltava para casa com o pacote de pão entre os dedos – uma mania de tantos e tantos anos, trazer o pão para o café da noite, que alguns chamavam de jantar, naquela forma de caminhar que ela tanto admirou e terminou imitando, parecia carregar as dores do mundo nos ombros. Um andar leve, nem de longe apressado, de quem tem a vida inteira para ir e vir, como se não tivesse filhos, filhas e mulher esperando-o, talvez até com fome, para a refeição”.

Além da pontuação truncada, dos períodos confusos, o andar do pai reflete o próprio projeto. Não convence, é soma de adjetivos desconexos, de imagens que não casam. Passos leves e irresponsáveis que carregam o peso do mundo?

A condição física e mental reforçou o caráter trágico e sombrio que marca a prosa de Carrero, ao mesmo tempo em que Tangolomango propôs essa “bagunça”, expressar a ideia de “festa, confusão, morte, delírio”, como explicou o próprio romancista, em reportagem da Folha de S. Paulo. E, para esse mesmo periódico, a resenha de Luís Augusto Fischer registrou alguns dos efeitos de tanta mistura e das opções narrativas tomadas pelo autor: “há algo de instável e de frágil no nexo entre o enredo e a narração: os fatos (tia que deseja sexualmente o sobrinho, matricídio etc.) vão na linha da tragédia, mas o tratamento dado a eles pela narração os encaminha para o drama burguês”.

Romance adentro, coisa piora. Quanto mais cotidiano e carnavalesco, menos ele consegue equilibrar tais elementos contrários ou dispersos. Os poucos diálogos que surgem também são fracos, não batem com a construção das personagens. Além das descrições de gosto bem discutível.

O fim trágico de Tia Guilhermina fecha a custosa narrativa, mas não encerra a leitura. Impressão derradeira é de testemunho de um ressurgimento, ainda que encenado em palco tão precário. Carrero foi taxativo: “Tangolomango me salvou! Não fosse por ele, teria morrido ou enlouquecido”. E, por isso, somos eternamente gratos. Nenhuma admiração ou afetuosa amizade pode, entretanto, transformar um bote salva-vidas em excelsa realização literária.

Quando olharmos para trás, não veremos em Tangolomango o ápice de uma carreira, como crê Raimundo Carrero. Muito felizes e satisfeitos, nós recordaremos uma narrativa que, mesmo não publicada (e talvez esse devesse ter sido seu destino), cumpriu importante papel. Não é um grande romance. Não é sequer um bom livro. Contudo, e do seu modo enviesado, foi muito mais: sobre o breve arco de um passo em falso, iniciou voo além – intangível e inestimável.

O jornalista e escritor Raimundo Carrero lança nesta segunda-feira (22), na Livraria Jaqueira, às 19h, o seu mais novo livro Tangolomango – Ritual das paixões deste mundo. Na obra, Carrero permeia entre a paixão e o amor carnal.

Natural de Salgueiro, o escritor já trabalhou em rádio, televisão e passou 25 anos no jornal Diário de Pernambuco como crítico literário e editor nacional. 

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Serviço:

Lançamento Tangolomango – Ritual das paixões deste mundo

Segunda (22), às 19h

Livraria Jaqueira (Rua Antenor Navarro, 138 – Jaqueira)

3265 9455

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) será palco do “Seminário Humanidades Médicas”, evento que terá a participação dos escritores Raimundo Carrero e Ronaldo Correia de Brito. A ideia da ação é debater a relação entre a medicina e as artes, bem como a comunicação.

Os interessados podem se inscrever através do contato seminariohumanidadesmedicas@gmail.com. O evento ocorrerá nos dias 10 e 11 deste mês, no miniauditório 2 do Centro de Artes e Comunicação da UFPE. A universidade fica no endereço da Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, Recife.

Confira a programação do evento:

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Dia 10
9h30 – Abertura
Professora Ermelinda Ferreira

10h às 12h – Medicina e Literatura: trânsitos possíveis
Palestra com o escritor e médico Ronaldo Correia de Brito.
Mediação: Conrado Falbo e Thiago Corrêa Ramos.

14h às 16h – Sessão de Comunicações: Confissões de médicos escritores e escritores doentes
- Michelle Valois. O microcosmo que geme e o macrocosmo que dança: o médico Guimarães Rosa “diante de Deus e do infinito”
- Anuska Vaz. De valsas e bailarinas: a leveza diante da morte nos depoimentos de José Cardoso Pires e Ignácio de Loyola Brandão
- Wanessa Loyo. Psicostasia ou a pesagem das almas: confissão e redenção do médico nos diários Por um fio, de Drauzio Varella e Memória de elefante, de António Lobo Antunes
- Rafaela Cruz. Contra a vitimização do outro: o exercício da medicina na literatura de Miguel Torga e Fernando Namora
Mediação: Michelle Valois.

Dia 11
8h às 10h – Sessão de Comunicações: a Medicina na Pintura e na Literatura
- Niêdja Cariny Gomes Silva e Ana Carolina Lemos. A função terapêutica da arte de contar histórias
- Renata Soriano de Souza Tavares. Forma artística e obsessão: a biografia de Van Gogh nas sextinas de Geraldino Brasil
- Marta Milene Gomes de Araújo. Phármakon: a escrita contaminada de Clarice Lispector
Mediação: Marta Milene Gomes de Araújo.

10h às 12h – Sessão de Comunicações: a Medicina no Cinema e na Literatura
- Fernando de Mendonça. Medicina e cinema: aproximações para uma filmografia
- Fernando Oliveira Santana Júnior. Medicina, ética e judaísmo na literatura: da anamnese à narrativa do doente em A Majestade do Xingu, de Moacyr Scliar
- Lucas Antunes Oliveira. Futuro sem remédio: o animal-estar da medicina na fantasia e na ficção científica
Mediação: Fernando de Mendonça.

14h às 16h – Dor, Delírio e Criação. Palestra com o escritor Raimundo Carrero.
Mediadores: Professora Maria do Carmo Nino e Priscila Varjal.

16h – Encerramento
Lançamento do livro Literatura e Medicina (Recife: Edufpe, 2012), organizado por Ermelinda Ferreira e Maria do Carmo Nino; e da Intersemiose: Revista Digital, n. 1 – Humanidades Médicas.

A cidade de Petrolina se prepara para receber o I Congresso Internacional do Livro, Leitura e Literatura no Sertão, que chega à cidade na próxima segunda (14) trazendo convidados locais e internacionais. Em sua primeira edição, o Clisertão homenageia o poeta pernambucano Cancão, cujo centenário de nascimento será comemorado em 2012.  

O projeto propõe a temática do Sertão como foco durante toda programação, como na mesa-redonda da terça-feira (15), intitulada Sertão: espelho, miragens – O Nordeste mítico e o Nordeste contemporâneo na literatura, com a participação dos escritores Raimundo Carrero (PE) e Antônio Torres (BA).

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Temas como letramento, hibridização, nomadismo, redes de leitura, cadeia produtiva do livro e literatura latinoamericana também estarão presentes nas rodas de discussão promovidas pelo congresso. Além de figuras importantes do cenário local como Ariano Suassuna, alguns nomes internacionais também estarão presentes, como o poeta português Luís Serguilha, que comanda uma conferência sobre poéticas e línguas de fronteiras, além de uma oficina sobre conexões entre a poesia brasileira e a portuguesa.

A programação conta com cinco mesas redondas, uma conferência, um recital, 20 minicursos, duas aulas-espetáculo, um encontro de escritores e uma mesa de glosas, além da programação infantil e descentralizada. Maria Alice Amorim, Rei Berroa, Chico Pedrosa e Ronaldo Correia de Brito são algumas das atrações confirmadas.

O Clisertão é realizado pelo Governo do Estado de Pernambuco, numa parceria entre a Secretaria de Cultura e a Secretaria de Ciência e Tecnologia, através da Fundarpe, do Colegiado de Letras da UPE/Campus Petrolina e com o apoio da Prefeitura de Petrolina.

Mais informações no blog do congresso.

Serviço
I Clisertão
Campus da UPE, Petrolina
14 a 19 de maio

Existem escritores que ideal seria nunca conhecermos. Suas obras são melhores e mais interessantes, muito. Há também aqueles que conseguem algum equilíbrio, que nem chegamos a pensar nessas coisas quando estamos perto. E tem o caso de Carrero! Dessas figuras humanas raras, que conseguem ser tão fascinantes quanto seus livros.

Semana passada, andando pelas ruas da Boa Vista, tentando driblar a greve dos bancários, arranjar caixa eletrônico, passei pela Sete de Setembro e pela Nossa Livraria. Impossível não lembrar de Raimundo Carrero caminhando pelas calçadas, tomando sua cerveja, indo às livrarias trocar ideia com amigos, leitores e com outros escritores.

Saúde de Carrero vai melhorar, ainda mais. Entre tantos motivos, porque somos egoístas, não aceitamos um Recife menor. E, sem ele, a cidade é nem sombra. Sem a figura bíblica chamando atenção aonde chega, sem a voz de trovão se anunciando antes mesmo de seu dono aparecer, sem aquele coração interminável acolhendo todos, numa maré que deserda ninguém, nem eventuais desafetos.

Raimundo Carrero continua escrevendo, tocando suas oficinas, fazendo comentários em rádio. Mas é pouco, queremos mais. Ele tem de estar por ali, no meio de qualquer burburinho, onde o assunto literatura esteja presente. Tem que falar coisas importantíssimas com jeito simples de quem apenas dá outro abraço, tem que dizer bobagens que terminam parecendo descobertas fundamentais para o futuro da humanidade.

Tem que falar de Deus, em tom que sugere o fim do mundo, que quase nos faz acreditar que o Apocalipse é questão de horas. Isso para, minutos depois, soltar uma gargalhada e tirar de nossos ombros o peso que nos incomodava há bocado de tempo.    

Se ele não atender às nossas demandas, vai ficar devendo. E Carrero socializa muita coisa, menos dívida. Não vai nos querer cobrando, ligando para reclamar seu débito, enfiando boleto por debaixo da porta: “Pague o que deve, já são uns catorze abraços”!       

Vou até terminar esta crônica antes, deixar para lá os outros cinco parágrafos, porque acho que já ouvi aquela risada gostosa chegando... Melhor aproveitar, dar logo meu beijo naquela cabeça branca, tão preocupada, antes que os seus oitocentos seguidores diários o monopolizem – o que não demora.

Se bem que, Carrero estivesse chegando, segunda-feira não tava nublada assim não, com jeito de quem tem nada melhor para fazer, além de baixar a poeira, molhar as paredes e largar essa tristeza besta. Carrero deve estar em casa, e se cuidando. Que deixar saudade também faz parte. Parte pequena, se Deus quiser!

Lançamento de Raimundo Carrero é sempre acompanhado desse tal “domínio da narrativa”. Críticas, resenhas, depoimentos, discussões, tudo que advém com as obras desse pernambucano é oportunidade para que se invoque a jaula, a cela onde aprisionadas e domadas essas criaturas antigas: a escrita e a narrativa. Acreditar nessa submissão é um ato de fé, e cada vez mais difundido.

Há tempo perigosamente longo, leitores têm sido convidados a um mantra que, apesar de permitir variações, exige uns versos essenciais à magia: estilo afiado / depuração da linguagem / domínio da narrativa. Não são mais tópicos caros a um debate estético, tornaram-se amendoins, prêmios como aqueles atirados ao personagem Alvarenga (do novo romance de Carrero, Seria uma sombria noite secreta), que fica “na ponta dos pés, a boca aberta, foca gorda e amestrada, a corneta na mão, esperando o peixinho dourado de chocolate”.

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Mas quais conceitos existem por trás desses agrados? O que é estilo (e afiado), o que é linguagem (e depurada), o que é narrativa (a dominada)? Provavelmente, quem leu texto anterior desta coluna, O imperfeito, impreciso e bom livro de Sidney Rocha, desconfiou de alguns propósitos: pensar a literatura sem gastar as obras em resenhas que saem como relatórios, questionar o vocabulário crítico, aproximar leitores e livros por caminhos outros – não originais, embora pouco trilhados.

Verdade que são propósitos sob risco enorme de fracasso. A duração da queda e os choques com o terreno, no entanto, determinarão quantas perdas ou ganhos serão colhidos até o fim da jornada.

Do próprio Carrero, há outros dois livros guardados para tal busca: Sombrias ruínas da alma e Somos pedras que se consomem. Este romance Seria uma sombria noite secreta (ver ficha abaixo) chega como lugar de partida. Nele, dois personagens que não são estranhos ao universo do autor: um esquisito com algum retardo mental e uma protagonista misteriosa em torno da qual, em ações e corpo, giram temas como afeto, paixão, tormento e violência. Um camelô e uma prostituta vivem amor que assoma como raízes crescidas entre pedras, em muro de brutalidade e caos.

Não existe domínio nessa escrita realizada por autor com evidente consciência de que o gênero romance tem sobrevivido justamente por sua natureza arredia, indomável. Se toda narrativa já se coloca como refiguração do mundo, em processo que depende do contexto em que prossegue seu eterno nascimento, de quem a lê, quando e como a lê, o romance então é um exercício limite dessa experiência, são “monstros que o homem aceita, alenta, mantém ao seu lado; mistura de homogeneidades, grifo convertido em animal doméstico” (Cortázar, Teoria do túnel).

Como todo animal selvagem que mantemos aprisionado, o romance está sempre se rebelando, arranhando as paredes, entortando grades. Sua submissão à técnica do escritor nunca é total, porque sempre há detalhes da cela que escapam ao domador, que nascem para além de sua vontade até (ou seria principalmente?) quando do encontro com o leitor. Nunca é absoluta também porque, enquanto não está perdida a ânsia de liberdade, fera nenhuma foi realmente vencida.

Em suas oficinas ou em seus livros, Raimundo Carrero não domina a narrativa, ele trabalha com. Suas técnicas são ferramentas que aprimora constantemente na expectativa de melhor vivenciar demandas, perigos e possibilidades da escrita. Se as narrativas pudessem ser dominadas, perderiam sua capacidade de refiguração, de sempre nos apresentar mundos diferentes e transformadores do real sobre o qual começam sua viagem. Deixariam, portanto, de ser literatura. E os romances seriam apenas a lembrança limite e perdida desta inigualável empresa humana: o Verbo.

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