Em 15 de setembro de 1894 nascia o cineasta Jean Renoir (1894 – 1979). O artista ficou conhecido no cenário cinematográfico por conta de seu estilo, que trazia uma mescla de sátira, realismo e poesia. Segundo a revista Entertainment Weekly, Renoir é o 12° diretor de cinema mais importante e influente de todos os tempos, além de estar no topo da lista quando se trata de cineastas franceses.
O diretor nasceu em Paris (França). É o segundo filho do pintor Pierre-Auguste Renoir (1841 – 1919), um dos fundadores do impressionismo. Devido ao contato com seu pai, e outros artistas que conheceu quando ainda era criança, Renoir passou a ter diversas referências e uma maior sensibilidade no meio artístico. Depois de servir na Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), o futuro cineasta começou a escrever roteiros, e assim, produziu seu primeiro filme para o cinema mudo, “A Filha da Água” (1925), estrelado por sua mulher Catherine Hessling (1900 – 1979).
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O cineasta francês esteve à frente de aproximadamente 40 filmes, mas há aqueles em que são considerados os melhores, assim como, “A Cadela” (1939), um drama que marcou época, por conta de sua temática considerada tabu até então. A trama do longa-metragem gira em torno de Maurice Legrand (Michel Simon), que se encontra infeliz em seu casamento e passa a se relacionar com uma prostituta, que acaba se tornando sua amante. Em portais de avaliação, como o Rotten Tomatoes, o filme está com 100% de aprovação por parte da crítica e 87% por parte do público.
Já o seu trabalho mais repercutido até os dias de hoje, é “A Grande Ilusão” (1937). O longa traz uma história ambientada na Primeira Guerra Mundial, em um campo de prisioneiros nas regiões alemãs. Todo o conceito do filme é desenvolvido a partir das atuações, envolvidas em tramas políticas, conceitos de nacionalidades e a química entre dois oficiais inimigos e o restante do exército de soldados. No mesmo site de avaliação, o filme recebeu 97% de aprovação pelos críticos e 92% por parte dos espectadores.
Ao final da década de 30, Renoir trouxe mais um de seus clássicos para o cinema na época, “A Regra do Jogo” (1939), filme que traz uma mescla de comédia, mistério e drama. A história gira em torno de André Jurieux (Roland Toutain), um aviador que bateu recordes de voo, mas que só consegue pensar em sua amada Christine (Nora Gregor). Ao participar de uma festa, os convidados no local não suspeitam que há um mistério envolvido no meio: um assassinato. Segundo o Rotten Tomatoes, a obra de Renoir possui 96% por parte dos críticos, e 89% do público.
Fim da carreira
A partir da década de 40, quando as tropas nazistas invadem a França, o cineasta se refugiou no outro lado do Oceano Atlântico, nos Estados Unidos. Renoir chegou a dirigir alguns filmes nesse período, mas nunca alcançou o êxito que havia conquistado no velho continente. Ao final de sua carreira, o cineasta escreve um livro baseado em suas memórias, “Escritos Sobre Cinema: 1926 – 1971”, e em 1975, é premiado com o Oscar honorário pela contribuição de suas obras para o cinema. Vale lembrar que Renoir também foi condecorado com a medalha da Legião Francesa, e morreu em Los Angeles, aos 84 anos.