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Canal de uma das maiores mobilizações já existentes no Brasil, as redes sociais foi analisada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) entre mais de 600 recifenses nos dias 10 e 11 de junho de 2013. Nos resultados, mais de 90% dos entrevistados falaram achar importante as redes sociais para as manifestações populares. Sobre os dados, o Portal LeiaJá conversou com alguns políticos que também reconheceram o novo processo.

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Segundo a deputada federal Luciana Santos (PCdoB), as redes sociais são uma nova ferramenta muito importante porque consegue democratizar qualquer pensamento. “Democratizam uma posição e conseguem veicular com escala. Sem dúvida é um momento muito rico porque pode facilitar as informações e é necessário que a gente com essa ferramenta tenha mais transparência com os serviços públicos”, avalia.

Outro aspecto analisado pela parlamentar foi referente ao número de adeptos aos atos públicos, mas nesse quesito ele defende outros fatores. “Eu acho que ainda há uma combinação entre a espontaneidade das redes e a visibilidade que os grandes meios de comunicação vêm dando. Acho que há uma junção desses dois fatores”, acredita.

Já para o senador Humberto Costa (PT), a movimentação da internet causou uma grande alteração na sociedade. “Com certeza a política, o Brasil, tudo mudou a partir dessa grande mobilização, inclusive a forma das pessoas se comunicarem e de como o governo e o poder público se comunicar com a população. Eu não tenho dúvida que haverá de existir uma forma de por meio da internet, as pessoas possam também copilar nesse processo da Reforma Política”, avaliou o petista.

Dados – Na pesquisa avaliada pelo IPMN 91,4% dos recifenses consideraram importante às redes sociais no processo das manifestações populares. Outros 4,1% dos entrevistados responderam não e 4,5% não souberam ou não responderam.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) revelou que grande parte dos recifenses tem acesso à internet em casa, trabalho e até nos celulares. Os índices apontam para uma realidade pouco atrativa para quem quer investir em algo que já foi uma febre, no início dos anos 2000: a Lan House.

As Lans Houses são estabelecimentos que oferecem computadores, com conexão à internet, para os que não tinha condições de ter pagar pelo equipamento e/ou pelo acesso à grande rede. Com o barateamento dos serviços e das máquinas, cada vez menos pessoas procuram as Lans, apenas 9,2% segundo a pesquisa, que são cada vez mais raras no Recife.

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O microempresário João Victor manteve uma Lan House, chamada ‘Connect’, no bairro de Candeias em Jaboatão dos Guararapes,durante oito meses e há 15 dias teve que fechar a empresa para repensar os serviços oferecidos. “É preciso transformar e passar a deixar o local atrativo para outros públicos. Se um investidor quiser viver só de Lan House não vai conseguir. É necessário agregar outras funcionalidades como, papelaria ou gráfica, para o negocio continuar prosperando”, diz.

Ele decidiu abrir o negócio pela falta de concorrência no local, mas não conseguiu recuperar o dinheiro investido. “Não consegui reaver os R$ 12.500 que investi até agora. Lan House é um comercio em que os valores não tem uma média de lucro por mês. Como eu trabalhava também com digitação, alguns meses tinham vários trabalhos de colégio, outros não. Alguns meses superam sua base inicial, e tem meses que é abaixo do valor mínimo de lucro. Por exemplo, já teve dia de eu conseguir lucrar R$ 300 e dias que rendia R$ 10”, afirma Victor.

A esperança agora é inovar e conseguir atrair outros clientes, mas para isso será necessário mais investimento. “Espero ter um espaço mais organizado, para criar um clima que não seja mais da Lan House comum, com jogos e barulhos. Que seja um ambiente para atrair pessoas mais velhas”, conta o microempresário.  

Outro caso parecido é o da microempresária Rosemiria Correia Ferreira, que mantém a Top Lan House há quatro anos, a sua única fonte de renda. O estabelecimento fica localizado no bairro da Mustardinha, No Recife.

Rosemiria diz que é a única que mantém esse tipo de negocio na região “Lan House só de acesso vai ser raro encontrar, hoje tem que acrescentar o algo mais para poder continuar lucrando” afirmou ela, que hoje lucra mais com impressões de trabalhos de faculdade e segundas vias de contas e faturas do que com acesso. “A margem de lucro é variada, alguns dias eu consigo R$ 100, mas na maioria varia entre R$ 30 e R$ 50”, detalha Rosemiria Ferreira.

Ao longo dos quatro anos com sua Lan House, a micro empresária percebeu a queda de usuários no seu estabelecimento. “Com tudo mais barato, computadores e internet, até divisão de internet entre casas vizinhas, fica perceptível a queda no movimento”, conclui.

Os smartphones vêm se popularizando cada vez mais nas mãos do público brasileiro. Um exemplo disso já foi mostrado na D11, conferência anual realizada pelo site All Things Digital em maio deste ano, quando a analista Mary Meeker divulgou dados que colocavam o Brasil como quarto país com o maior número de smartphones no mundo, atrás apenas da China, Estados Unidos e Japão.

Mesmo com a grande quantidade de usuários, parece haver certa relutância em relação a conectividade através dos meios portáteis como demonstra uma pesquisa realizada pelo Instituto Maurício de Nassau, em Recife. Das pessoas abordadas, apenas 12,3% costumam acessar a internet através de smartphones, ficando em terceiro lugar como meio mais utilizado, porém, consideravelmente atrás de acessos realizados em casa (41,4%) e no trabalho (19,2%). Em quarto lugar aparecem as lan houses com 9,2%.

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“Eu sou impaciente com a demora do 3G. Às vezes quero ver algo e desisto por conta disso. Além de achar desconfortável acessar sites na tela pequena, pra digitar também não é tão fácil quanto no notebook”, opina a estudante de jornalismo, Andresa Vidal, de 19 anos. “Paguei 700 reais no meu celular e me arrependo porque no fim não uso as funções que ele oferece”.

Por outro lado há aqueles que não dispensam nenhuma das formas de conectividade ao alcance e fazem questão de estar sempre online. A atendente comercial, Cintia Milanez, de 24 anos, acessa a internet a todo momento, tanto em casa, quanto no trabalho ou celular. “É uma forma de me comunicar com as pessoas e saber o que acontece ao meu redor e no mundo”, ressalta.

Independente dos meios escolhidos, o aumento de usuários online aumenta cada vez mais no Brasil, que já se mostra o oitavo maior país do mundo a se expandir no segmento, segundo dados da empresa de consultoria Morgan Stanley. Entre 2008 e 2012, foi registrado um aumento de 27 milhões de novos usuários no país.

O levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau foi apurado no início do mês de junho e teve um total de 624 entrevistas registradas, realizadas com pessoas na faixa etária acima dos 16 anos e residentes na Região Metropolitana do Recife.

Famosos aproveitam cada espaço possível para aparecer

Desde o seu surgimento, a imprensa é usada para anunciar os fatos relacionados ao dia a dia de pessoas colunáveis. Nobres e integrantes da realeza usavam os canais existentes para divulgar seus casamentos, noivados, aniversários e até mesmo falecimento de parentes, atitudes que perduram até os dias de hoje. 

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A partir da década de 1950, revistas semanais começaram a ganhar destaque no país e, com elas, um séquito de celebridades, subcelebridades, modelos, artistas e colunáveis passaram a desfilar cada vez mais nas páginas. Com o lançamento de publicações como Manchete e O Cruzeiro, que inauguraram no Brasil um estilo de jornalismo com grande destaque para as fotografias, ver e ser visto se tornou um desejo de muitos.

O anseio pela fama conseguiu uma válvula de escape ainda no começo dos anos 2000, quando as redes sociais surgem. Aos poucos elas tomaram seu espaço, e se transformaram em meios de comunicação cada vez mais frequentes. Se antes os jornais, revistas e portais eram as principais fontes de informação sobre famosos e colunáveis, hoje os interessados em se tornar colunáveis encontram nas mídias a oportunidade que faltava para se transformar de vez em uma celebridade.

O interesse do público existe. Tanto que, em uma pesquisa realizada durante os dias 10 e 11 de junho de 2013 pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, foi apontado que 39,4% dos entrevistados usa as redes sociais e, dentre os assuntos que mais interessavam, constam fofocas e notícias empatadas em terceiro lugar, com 5,8% cada. Atrás de "conversa com amigos" e "novos amigos", ambas ficam a frente, inclusive, de empregos e concursos.

Apesar dos dados levantados, algumas pessoas ainda possuem dificuldades em assumir que buscam informações da vida alheia através de suas redes sociais. Ao contrário destas, o estudante Sérgio Oliveira não tem medo de afirmar que busca informações de artistas e pessoas "célebres" diariamente. "Acompanho o burburinho através do feed de notícias mesmo (das redes), e daí vou na página que compartilharam o fato ou então que vejo que é o assunto mais repercutido", diz.

Oliveira conta que usa principalmente o Facebook para se informar, especialmente as páginas oficiais dos famosos. Ele passa grande parte de seu dia logado no site de Zuckerberg, por este motivo está sempre antenado e por dentro dos fatos que acontecem. Questionado sobre a relevância destas informações, ele foi direto: "Nem tudo que a gente faz na vida é relevante. Mas, acho válido para se distrair".

Sobre o preconceito sofrido por ler - e assumir publicamente o feito - este tipo de notícias, Sérgio diz não se importar. "Muitas vezes gostamos de um ator ou atriz por determinado personagem e procuramos saber mais sobre sua vida pessoal, seus gostos, suas manias cotidianas. É como se estivéssemos presentes no seu dia-a-dia".

E é com essa sensação de proximidade que os vínculos entre os seguidores e os seguidos vão criando laços e se fortalecendo. Hoje, a notícia é feita e divulgada pelo próprio noticiado, facilitando assim sua pulverização. Em contrapartida, os fatos vêm se tornando cada vez mais banais, logo, padecem rápido e dão lugar a um próximo escândalo provocado por algum candidato à subcelebridade do mês.

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O Brasil já é considerado o terceiro país que mais movimenta a área de e-commerce no mundo, no entanto, os recifenses não são muitos fãs deste tipo de serviço. De acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), 74,7 % deles não compram algum produto divulgado no comércio eletrônico. 

O levantamento também revela quais são os principais produtos comprados pelos habitantes do Recife, em primeiro lugar ficaram os celulares, com 32,7%, em segundo, aparecem cinco itens empatados, televisores, roupas, notebooks, ingressos rápidos e câmeras digitais, com 5,8%. Em compensação à baixa procura por lojas online, as reclamações estão em alta, os 25,3% que afirmaram realizar este tipo de serviço estão cada vez mais insatisfeitos com o setor.

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Como por exemplo, o caso da estudante Dayanne Aquino, 24 anos, que pela primeira vez que fez uma compra na web sofreu com um erro da empresa. “Estava precisando de um notebook e fiz a compra pela internet, mas não passou uma semana e o produto já apresentava problemas, entrei em contato com a loja e eles me disseram que era necessário eu procurar a assistência técnica, que demorou mais de três meses para resolver o meu problema”, revela a estudante.

De acordo com o especialista e diretor de uma empresa de tecnologia, João Mário Fernandes, a maioria das empresas tem dificuldade em conhecer os dados sobre o processo de entrega, o que gera problemas com os prazos de entrega, com produtos incorretos ou problemas com extravio. “Enquanto aguarda a confirmação da compra o consumidor consegue obter algumas informações sobre o andamento da compra, mas depois disso enfrenta uma espécie de nuvem negra que engloba desde o envio para a transportadora até a entrega. As empresas encontram dificuldades no controle dos produtos fora do ambiente interno, resultado de um sistema de gestão corporativo ineficiente que não fornece dados precisos e, na maioria dos casos, informações tardias”, explica.

Entre os recifenses que não realizam o e-commerce por algum motivo está o professor Rodrigo Oliveira, de 27 anos, que não confia nos sites online e também nos de compra coletiva. “Eu nunca me interessei em comprar pela internet, prefiro às lojas físicas, pagar e receber o produto na hora, mesmo que seja um pouco mais caro. Esses tipos de sites não me passam confiança nenhuma, tenho medo de ser enganado e depois não resolverem o problema”, diz Rodrigo.

Ao contrário do professor, o cinegrafista Frankley Lourenço, 32 anos, se considera um viciado em realizar compras via web, quase toda semana está comprando alguma coisa, uma capa de celular, roupas ou equipamentos digitais. “Na internet não existe vendedores, gerente, aluguel de loja, então o valor fica muito mais baixo, por isso prefiro comprar online”, diz. Flankley nunca teve um problema sério depois das compras, apenas uma vez que o celular veio com defeito, mas foi resolvido rapidamente, sem burocracia. “Sei que posso ter problemas, mas procuro sempre me prevenir antes da compra, sempre vejo a localização do vendedor, os comentários feitos pelos clientes e suas avaliações, se estiver tudo certo, faço a compra”, relata o cinegrafista. 

Cerca de 44% dos recifenses utilizam costumeiramente a internet. Esse dado da pesquisa "Recifenses Conectados", do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, mostra que o mundo globalizado exige a utilização da grande rede, tanto para assuntos de trabalho, bem como para relações sociais entre os indivíduos. Mas, é justamente no ambiente profissional que tanto se discute o uso da internet, uma vez que nem todo mundo acessa o universo virtual para trabalhar, e sim, para lazer ou outras finalidades.

“Uso Skype o dia todo no trabalho e meu patrão nunca reclamou. Isso não me atrapalha para desempenhar minhas tarefas. Trabalho sozinha, ou seja, quem faz a rotina do meu trabalho sou eu”, diz a monitora de câmeras, Mariana Gouveia, de 24 anos. A jovem assume, sem medo nenhum, que utiliza internet enquanto trabalha. “Acho uma necessidade para melhorar o clima organizacional”, completa.

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O cotidiano virtual de Mariana é uma das vertentes do estudo “Recifenses Conectados”, realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau. As entrevistas foram feitas nos dias 10 e 11 deste mês, totalizando 624 apurações. Os entrevistados têm idade a partir dos 16 anos.

De acordo com o levantamento, 61,2% dos entrevistados buscam informações nas redes sociais. O principal local de acesso registrado na pesquisa é a casa dos internautas, com 41,4%, e, o ambiente de trabalho aparece na segunda posição, com 19,2%.

O estudo também revelou que quem acessa internet no Recife busca diversas informações. Mais de 10% dos entrevistados procuram fofocas, 8,1% vão atrás de empregos e 5,4% são interessados em política, entre outros dados.

Melhor forma de utilização

Segundo a psicóloga Sonaly Frazão, que atua com orientações profissionais, o uso da internet nas empresas é uma realidade que deve ser seguida. “Eu acho que hoje, independente do porte da empresa, é necessário que o profissional esteja conectado a internet. Não dá para ficar fora da rede”, explica.

A profissional destaca que o benefício não serve apenas para o profissional que tem direito de estar conectado, mas também, ajuda a própria empresa. Segundo ela, já existem pesquisas que mostram que empresas aumentam suas receitas ao permitem que seus funcionários utilizem a internet.

Entretanto, é muito importante que o profissional saiba usar a grande rede com maturidade. Para evitar que os trabalhadores postem informações que prejudiquem a imagem das corporações ou até mesmo a própria moral deles, Sonaly Frazão orienta que é necessário qualificá-los. “Se a empresa vai abrir mão do usuário para o uso da internet, ela tem que fazer uma reeducação para o uso da internet. É uma forma de utilizar a rede social a seu favor”, comenta.

Algumas atitudes no universo online podem prejudicar a imagem profissional dos trabalhadores. Postar informações sobre atividades pessoais como "ir pro banho", “indo comer”, “namorando”, podem ser negativas.

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O uso das redes sociais, como um canal permanente de interatividade com o cidadão, tem feito parte da rotina de parlamentares e pode ser um trunfo durante o período de eleitoral. Dados divulgados, nesta sexta-feira (28), pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) revelam que 39,5% dos eleitores recifenses apontam que as redes sociais são importantes durante a eleição. 

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Em Recife durante a campanha para prefeito em 2012, a equipe de comunicação do atual gestor municipal Geraldo Julio (PSB), investiu em estratégias massivas que gerou uma proliferação viral atraindo para a página do então candidato, mais de 20 mil curtidas na época das eleições. Julio foi lembrado nas plataformas por sua campanha contra os cavaletes, ironizando ao postar frases como: “já derrubou seu cavalete hoje?”. Na época o socialista não só retirou esses seus produtos das ruas, como também pressionou que outros candidatos fizessem o mesmo. 

Outro aspecto, também enfatizado pelos internautas, foi à criação de páginas nas plataformas do facebook, twitter e You Tube com o título “Foi Geraldo que fez”, satirizando a participação do governador Eduardo Campos (PSB) nas propagandas eleitorais ao usar frases do tipo: “Geraldo fez como secretário e vai fazer muito mais”.  

Para o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira, os políticos devem investir no uso das plataformas. “As redes sociais representam instrumentos de massificação, com isso os atores políticos precisam usá-las como meio de divulgação positiva da sua imagem e do seu discurso”, analisou. 

Sobre a pesquisa - As entrevistas aconteceram nos dias 10 e 11 de junho, com 624 recifenses. Na mostra foram detalhados ainda as principais causas que levam as pessoas a participar das campanhas nas redes sociais. Neste aspecto, com 38% e assumindo a liderança da pesquisa ficou a resposta: “Para avaliar os políticos na hora de votar”. Em segundo lugar foi escolhida a opção “propaganda/divulgação” com 23,9% e posteriormente ficaram empatadas com 4,3% as opções “adquirir conhecimentos”, “conhecer melhor as propostas” e “ter mais influência”.

Outros assuntos também foram citados pelos recifenses, porém, com menores percentuais como: “pegar os políticos ladrões” com 3,3%, “é de fácil acesso” também com 3,3% e “ficar por dentro das novidades dos candidatos” com 2,2%. No final dos resultados e com apenas 1,1% falaram as seguintes justificativas: “mostram ficha limpa”, “mostram as mentiras”, “divulgação de resultado de pesquisa” e “apresentam propostas aos jovens”.  

Campanha eleitoral nas redes sociais - Atualmente tramita na Câmara Federal uma proposta, do deputado Cândido Vaccarezza (PT), que altera a legislação eleitoral para a disputa de 2014 liberando a campanha nas redes sociais antes da data estipulada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Pela proposta, os candidatos vão poder usar suas redes sociais, sites de relacionamento e de mensagens instantâneas para pedir votos durante a chamada pré-campanha, o que hoje não é permitido por lei. 

Caso Barack Obama – Em 2012 o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vivenciou o poder das redes sociais durante as eleições. O atual presidente americano teve com 400 atualizações de status somente na página oficial no Facebook. O que resultou em mais de 4 milhões de comentários, 7 milhões de compartilhamentos, 63 milhões de curtidas e 61.713.086 votos.

As redes sociais têm ficado cada vez mais popularizadas e, com as inúmeras possibilidades de compartilhamento de informações, elas passaram de mero instrumento de entretenimento para ambiente virtual de multifuncionalidades. Por isso, o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau realizou uma análise da população recifense, nos dias 10 e 11 de junho, sobre essa nova ferramenta virtual. 

Reunindo 624 entrevistas, a amostra é definida com base no censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE), - as fontes oficiais de dados. Estando a maioria dos entrevistados na faixa etária de 25 a 34 anos (23,3%) e entre 45 a 59 anos (23, 1%), a pesquisa constatou que 58,7% das pessoas não usam frequentemente as redes sociais, enquanto que 39,4% usam com frequência. Além disso, 61,2% da população busca por informações nas redes sociais e, destas, 8,1% faz procuras sobre emprego, perdendo apenas para fofocas com 10,8%. 

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De fato, o interesse pelas vagas de emprego é grande e está estampada no Feed de Notícias dos usuários da rede mais utilizada no mundo, o Facebook. A prova disso são as diversas fanpagens e até mesmo contas de usuários criadas com o fim de divulgar as mais novas oportunidades para diversas áreas do mercado de trabalho. Um exemplo desses "divulgadores de vagas de trabalho" é a página Empregos Recife, gerenciada pelo administrador Cristiano Guimarães, de 30 anos. 

Ele conta que em 2006, quando ainda estava na faculdade, vários amigos pediam ajuda e indicações de estágio, por isso, resolveu criar um blog que, de tanto sucesso, migrou para o Orkut, Twitter, facebook e até o LinkedIn - rede social mundial de compartilhamento de informações profissionais. "Hoje nós temos mais de 130 empresas parceiras, que nos informam quanto as vagas. A ideia deu tão certo que não vou mais atrás das informações, elas vêm até mim", afirma Guimarães, que conta com mais de 10 mil seguidores no facebook e na fanpage da mesma rede.

O Emprego Recife preza por ampliar constantemente a credibilidade, realiza sempre um cadastro com as empresas e já comprou até domínio e hospedagem para o blog, mas não são todas as páginas que passam essa confiança. O fisioterapeuta Tiago Albuquerque, de 29 anos, ficou sabendo por um amigo que uma empresa de pilates estava com seleção aberta para novos funcionários e não houve dúvidas. "Fui à página do face da empresa e estava lá estampado algo do tipo: 'Atenção fisioterapeutas e educadores físicos, seleção aberta para equipe de pilates. Tal dia, tal hora'. Imprimi meu curriculo e dois dias depois cheguei na empresa para seleção, sem maiores avisos", informa.

O fisioterapeuta não teve a sorte de se identificar com a política do local, mas, não tira o prestígio que o facebook tem com a reunião dessas oportunidades e dá a dica: "Até onde sei, não há um sistema de autenticação para empresas fazerem essas proposta ao público. Imagino que esse tipo de proposta de emprego poderia ser fonte para atos criminosos também, se não for usado de maneira adequada. Checar na junta comercial e checar o registro da empresa é a maneira mais fácil e segura de se confirmar a confiabilidade."

Com o crescimento do interesse populacional pelas redes sociais e, principalmente, por informações profissionais, grandes empresas como a Google - dona da Google+ - tem desenvolvido suas ferramentas para a aceitação, também, de empresas. O objetivo é proporcionar as mesmas vantagens e possibilidades que a Fanpage do Facebook que, além disso, lucra com a "guerra de popularidade" entre as páginas empresariais com a super invenção da opção "promover", em que os posts alcançam um maior número de pessoas sob o pagamento de uma taxa. 

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Apesar da grande movimentação nas páginas das redes sociais em virtude dos protestos que tomaram as ruas de todo o Brasil, alguns atos políticos na internet como abaixo-assinado ainda é pouco usado pelos recifenses. Nos dados revelados pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) quase 90% dos entrevistados nunca participaram de uma ação mais efetiva e decisória sobre algum assunto político nas redes sociais.

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Nos dias 10 e 11 de junho foram questionadas 624 entrevistados para saber se já tinham participado de alguma campanha ou abaixo assinado através das redes sociais. A maioria disse que não (89,8%), outros responderam sim (7,8%) e uma pequena parte que representa apenas 2,5% não souberam ou não responderam. 

No Recife, alguns parlamentares já usaram a ferramenta para colher informações da população e cobrar ao executivo municipal ações para a cidade. Recentemente o vereador e atual líder da oposição na Casa José Mariano, Raul Jungmann (MD), lançou nas redes sociais uma campanha contra uma proposta da Prefeitura do Recife intitulada de “Rodízio não é a solução”. Outra oponente ao governo municipal, a vereadora Aline Mariano (PSDB) também usa o Facebook, por exemplo, para colher denúncias sobre problemas causados pela chuva.

Além dos recifenses, outros brasileiros já realizaram atos parecidos como as petições que circularam na internet contra a atual presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB) e também pela saída do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputado federal Marcos Feliciano (PSC-SP).

Mesmo com uma presença mais ativa de atos públicos online que manifestam opiniões, cobram melhoria de vida e articulam inclusive protestos, a cientista política Priscila Lapa acredita que ainda não se pode afirmar se essa tendência permanecerá e se as pessoas passarão a se inteirar mais da política a partir das redes sociais.

“Eu fico um pouco preocupada, pois a gente não sabe se essa onda vai durar ou não. Alguns segmentos já tinha isso guardado (a discussão política) e tende a permanecer. Mas agora gerou um certo modismo. Ainda é cedo para avaliar até que ponto vai mudar a vida do eleitor, ou se apenas tornou uma moda e ficou. É cedo para entendermos até que ponto as pessoas vão se conscientizar  e entender que vale a pena lutar”, avalia Lapa.

A cientista política também comentou sobre a falta de conhecimentos por parte de algumas pessoas que a partir da internet foram às ruas protestar. Segundo ela, muitos ainda não conhecem o que exatamente estão cobrando.

Outros dados - Na pesquisa, as pessoas que já participaram de alguma campanha através das redes sociais também descreveram quais os assuntos chamam mais atenção. Em primeiro lugar com 11,8% ficaram duas áreas: “contra o aumento das passagens de ônibus” e “Estudantil”. Outras 10 opções obtiveram o mesmo percentual de 5,9% são elas: “Acabar com o Terminal Tancredo Neves”, “aumento de salário”, “desmatamento”, “adoção de animais”, “danças”, “movimento gay”, “calçamento de rua”, “para expulsar diretor da escola”, “saúde” e “petição de cassação”. Do total dos entrevistados outros 17,6% não souberam ou não responderam.

A pesquisa tem um nível estimado de 95% de confiança e uma margem de erro estimada de 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos. 

Milhares de pessoas saíram às ruas com cartazes, faixas, camisas para protestar contra problemas sociais e políticos. Todos esses elementos fizeram e fazem parte dos manifestações realizadas há mais de uma semana em dezenas de cidades brasileiras por milhares de manifestantes. Nas reivindicações realizadas em todas as partes do país há pautas em comum: melhoria na educação, transporte saúde entre todas outras áreas da sociedade. Mas, além das solicitações outro fator une e convoca as pessoas que clamam por qualidade de vida: As redes sociais.

Para conhecer melhor o ‘boom’ da internet através das redes sociais e sua influência na onda de protestos em todo o país, o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) saiu às ruas recifenses e entrevistou 624 pessoas com 16 anos ou mais, entre os dias 10 e 11 de junho.

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Nos dados apurados, 91,4% dos participantes afirmaram que as redes sociais são importantes para a manifestação popular. Nesse mesmo quesito 4,1% responderam não e 4,5% não souberam ou não responderam. Os resultados mostram não apenas a aderência de uma nova ferramenta, mas o quanto a sociedade evoluiu e usa as novas tecnologias para debater, cobrar e até influenciar em resultados como possivelmente ocorreu na rejeição da PEC 37 no Congresso, nessa semana.

O assunto também foi debatido recentemente na Câmara de Vereadores do Recife. Parlamentares subiram à Tribuna da Casa José Mariano e reconheceram a força do povo que mostraram a cara e saíram literalmente do Facebook e foram às ruas. “O primeiro Tsunami é as redes sociais. Quando essa meninada socializa isso, estamos no declínio. Na internet Barack Obama é igual a qualquer um de nós. A internet é essa possibilidade horizontal onde as pessoas podem se encontrar ignorando os espaços e os tempos. A visão é que nós representamos a nós mesmos, porque a saúde e a educação não mudam. Isso veio para ficar na política do Brasil e do mundo e não vai parar. A internet é de fato importante para derrubar governos”, avaliou o líder da oposição na Casa Municipal, Raul Jungmann (MD).

Segundo a cientista política, Priscila Lapa, todas manifestações organizadas a partir da internet motivou um resgate da política. “A mudança no comportamento das pessoas levou uma mudança na política. Promoveram um resgate da esfera pública e as pessoas se motivaram a sair do mundo virtual e tomou uma proporção maior, um resgate da esfera pública através das redes sociais”, analisa.

Apesar da participação de populares via redes sociais e principalmente na mobilização e organização das manifestações, a maioria das pessoas disseram que não acompanham a política nas redes. Nesse questionamento, 71,9%, dos participantes falaram não e apenas 20,1% disseram que acompanham. 

Segundo Lapa, não é comum que as pessoas de um modo geral se interessem verdadeiramente pela política. “A política não é acompanhada em nada, seja nas redes ou nos meios tradicionais. Mas de alguma forma, a partir de agora as pessoas vão acompanhar e utilizar isso nas redes. A maioria das pessoas não se interessa pelo descrédito que há na política, de que não vai mudar e não tem jeito. Mas ficou uma sinalização que as pessoas precisam saber mais e lutar pelos seus direitos”, avaliou.

Outros aspectos – A amostra também questionou os recifenses se concordavam com algumas exigências como: “Sejam criadas leis para punir qualquer difamação nas redes sociais” – nessa indagação 94,3% reponderam sim e apenas 5,7%, não. No Brasil, entrou em vigor desde abril de 2013 a Lei nº 2.737 de 2012 de autoria do deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), conhecida popularmente como "Lei Carolina Dieckmann”. Com a norma, o Código Penal passa a contar com artigos que tipificam os chamados crimes cibernéticos e estabelece penas para quem cometer esses atos.

Outras perguntas dirigidas aos entrevistados foram sobre o acesso das crianças em sites. Para esse questionamento houve uma aceitação de 90,5% e apenas 9,5% de discordância. Também foi indagado se o uso exagerado das redes geram problemas familiares, educacionais e profissionais. Do total dos entrevistados, 78,6% disseram sim e 21,4% não. Outra questão abordou se as pessoas concordavam ou não que o governo controle o conteúdo postado nas redes sociais. Nesta questão, 59,4% das pessoas responderam sim e 40,6% não.

 

 

 

 

 

 

Do dia 1º a 27 de julho, será realizada a 2ª edição da Colônia Nabuco de Conhecimento. A ação, promovida pela Unidade Paulista da Faculdade Joaquim Nabuco, tem o objetivo de ofertar conhecimentos novos ou complementares que já foram vistos em sala de aula durante o semestre pelos alunos da instituição de ensino.

O evento contará com palestras, oficinas, exibição de filmes pelo Cine Nabuco, bem como cursos de nivelamento. As atividades permeiam as áreas de administração, ciências contábeis, direito, logística, pedagogia, segurança no trabalho e sistemas de informação. Os encontros ocorrerão na própria unidade, localizada na Avenida Senador Salgado Filho, sem número, área central de Paulista.

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A 2ª Colônia Nabuco de Conhecimento é aberta a comunidade e as inscrições são gratuitas. Os interessados podem se inscrever pela internet ou de forma presencial, na assessoria de coordenação da unidade Paulista, que fica no 2º andar. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (81) 2121-5999.

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