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O ano de 2023 foi confirmado como o mais quente já registrado, segundo relatório divulgado nesta terça-feira (9) pelo observatório europeu Copernicus (C3S). A temperatura média foi 1,48 ºC mais quente do que na era pré-industrial (meados do século 19), diz a agência. Este valor é pouco inferior ao 1,5°C que o mundo havia proposto como limite, no âmbito do Acordo Climático de Paris em 2015, a fim de evitar os efeitos mais graves do aquecimento global.

E janeiro de 2024 está a caminho de ser tão quente que, pela primeira vez, um período de 12 meses excederá o limite de 1,5°C, alerta Samantha Burgess, vice-diretora do Copernicus. Um dos fatores para isso é a influência do El Niño, que deve se estender até a metade deste ano. Ele já esteve relacionado a eventos extremos, como ciclones extratropicais no Sul e a estiagem acompanhada de queimadas na Amazônia, além das ondas de calor em várias regiões do Brasil.

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A temperatura global média em 2023 foi de 14,98°C, estima o Copernicus. "Os recordes foram quebrados durante sete meses. Tivemos junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro mais quentes", disse Samantha. "Não foi apenas uma temporada ou apenas um mês que foi excepcional. Foi excepcional por mais de metade do ano."

O ano passado também foi o primeiro na história em que, em cada dia separado, a temperatura média excedeu os níveis pré-industriais em ao menos 1°C, com quase metade dos dias excedendo o "limite crítico" de 1,5°C - dois dias em novembro passaram 2°C. Para se ter ideia, o recorde anterior, de 2016, foi quando 20% dos dias ficaram acima de 1,5°C.

O diretor da Copernicus, Carlo Buontempo, observou que os números do ano passado são superiores a todos os registros de temperatura global desde 1850. Quando comparado com dados paleoclimáticos de fontes como anéis de árvores e bolhas de ar em geleiras. Ele acredita que se tratou "provavelmente do ano mais quente dos últimos 100 mil anos". "Basicamente, isso significa que nossas cidades, estradas, monumentos, fazendas e todas as atividades, em geral, nunca tiveram que lidar com um clima tão quente."

Para completar, as temperaturas médias globais da superfície do mar foram excepcionalmente altas, atingindo recordes no período de abril a dezembro, e foram associadas a ondas de calor marinhas em partes do Mediterrâneo, no Golfo do México e no Caribe, no Oceano Índico e no Pacífico Norte, bem como em grande parte do Atlântico Norte.

Agravantes

Segundo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), o principal fator por trás do aumento das temperaturas é o aquecimento global, mais o El Niño, "que tem impacto na temperatura global, especialmente no ano seguinte ao de sua formação".

Os cientistas sustentam que o planeta precisaria de um aquecimento médio de 1,5°C ao longo de duas ou três décadas para se chegar ao pior cenário, só que o alerta está dado. "A meta de aquecimento de 1,5°C tem de ser mantida porque vidas estão em risco e há decisões que terão de ser tomadas e essas decisões não afetarão você ou a mim, mas afetarão nosso povo, filhos e netos", disse Samantha.

O calor recorde causou estragos e até mortes em Europa, América do Norte e China. Além disso, há fenômenos climáticos extremos ocorrendo, como a seca prolongada na África, as chuvas torrenciais que destruíram barragens e mataram milhares de pessoas na Líbia e os incêndios florestais no Canadá, que poluíram o ar do Hemisfério Norte.

Razões

Segundo Copernicus, existem vários fatores que contribuíram para que 2023 fosse o ano mais quente, mas de longe o maior foram os gases de efeito estufa, afirmou a vice-diretora. Esses gases retêm o calor na atmosfera e provêm da queima de carvão, petróleo e gás natural. Pela primeira vez, os países reunidos na conferência anual das Nações Unidas sobre o clima, em dezembro, selaram um acordo histórico para transição de combustíveis fósseis, mas não citaram prazos de eliminação total.

"Se esse processo (que inclui os gases de efeito estufa) não for revertido, não há razão para esperar resultados diferentes no futuro", afirmou a vice-diretora do C3S, além de ressaltar que, caso isso não aconteça, "em alguns anos, 2023, que bateu um recorde, provavelmente será lembrado como um ano ameno".

Reações

Procurada para comentar a situação, as Nações Unidas afirmaram que o registro é um "um simples aviso do futuro catastrófico que nos espera", disse a porta-voz, Stephane Dujarric. "O secretário-geral (Antonio Guterres) pensa que a humanidade está queimando a Terra. E os líderes mundiais precisam se comprometer com novos planos de ação. Ainda podemos evitar o pior." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), afirmou nesta quinta-feira (24) à CPI da Covid que um recorte étnico apresentado através dos resultados do Epicovid-19 foi censurado em evento no Palácio do Planalto, em junho de 2020. Na apresentação, seria exibido o alto grau de contágio dos indígenas do país, além do índice de mortalidade nessa população, junta à população negra (considerando pretos e pardos), e à população pobre. O slide foi retirado arbitrariamente do material. Segundo Hallal, a atitude pode ter sido do ex-secretário-executivo Elcio Franco.

Hallal coordenou o Epicovid, programa financiado pelo Ministério da Saúde que tinha como meta monitorar o avanço do novo coronavírus no Brasil. O projeto foi a campo entre maio e junho do ano passado, e acompanhou moradores de 133 cidades. Segundo artigo publicado na revista científica The Lancet, considerando os 300 melhores projetos ativos de acompanhamento, o Epicovid ficou entre os oito que atingiram nota máxima, sendo o estudo de maior credibilidade em vigor no país, à época.

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Sem aviso prévio ou justificativa técnica, o Ministério da Saúde decidiu descontinuar o monitoramento. Desde junho do ano passado até março de 2021, o Brasil ficou sem esse tipo de mapeamento epidemiológico.

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O epidemiologista contou que o estudo descobriu que o número de indígenas infectados em junho de 2020 era cinco vezes maior do que a quantidade de infectados na população branca. "Pegando a fase 3 do estudo, [vimos que] 7,8% dos índios já tinham tido contato com o vírus, e entre os brancos esse percentual era 1,7%. Esse abismo de diferença foi o que o Epicovid mostrou", disse Hallal.

"Esse slide que apresentava a diferença entre os grupos étnicos foi censurado na coletiva de imprensa do Palácio do Planalto na qual apresentei os resultados dessa pesquisa. Faltando 15 minutos, fui avisado pela assessoria de comunicação do Planalto de que o slide tinha sido retirado da apresentação”, continuou o professor da Ufpel.

Questionado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) se sabia dizer de quem partiu a censura, Hallal respondeu que não poderia ter certeza que a ordem tenha saído de pessoas do evento ou de uma autoridade superior.

"Mas quem estava lidando com a questão da coletiva e participou dela foi o secretário executivo do ministério à época, Elcio Franco, que acho que até esteve aqui na CPI. Então, antes que se tenha outra informação, foi dele a decisão de que aquele slide mostrando a desigualdade étnico-racial não poderia ser apresentada no Palácio do Planalto".

Um dos recortes da última pesquisa Datafolha, que aponta Jair Bolsonaro (PSL) com 56% dos votos válidos e Fernando Haddad (PT) com 44%, traz uma preferência maior pelo petista entre a população LGBTI. De acordo com os dados, Haddad tem 57% das intenções de votos do grupo e Bolsonaro 29%. Esta foi a primeira vez que o instituto perguntou a orientação sexual dos entrevistados.

Dos que responderam ao levantamento, 86% se declararam heterossexuais, 3% homossexuais, 2% bissexuais e 2% de outras orientações sexuais. Os que não quiseram indicar a sexualidade somaram 6%. Entre os que se enquadram no grupo LGBTI, 89% disseram estar totalmente decididos do voto e 11% pontuaram que ainda podem mudar.

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A rejeição dos presidenciáveis nesta categoria eleitoral é de 62% para Bolsonaro e 31% para Haddad. A maior parcela contrária ao capitão da reserva é explicada pelo histórico de discursos contra a população minoritária.

Apesar de pontuar insistentemente que não é homofóbico, Bolsonaro já chegou a disparar contra os gays em discursos posteriores. “Não vou dar uma de hipócrita aqui: prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí. Para mim ele vai ter morrido mesmo”, afirmou em uma entrevista concedida em 2011.

Além disso, o presidenciável do PSL também é crítico a implantação de uma política de combate ao preconceito nas escolas, inclusive apelidou de kit gay o programa de combate à homofobia nas escolas públicas do governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e atribuiu a iniciativa a Haddad, chamando-o de “pai do kit gay”.

Às vezes menos é mais. Uma das mais poderosas e úteis ferramentas no mundo da fotografia digital é o recorte, ou “Crop”. A idéia é simples: eliminar partes desnecessárias da imagem, recompondo a cena e focando nos elementos que realmente importam. Os resultados podem ser dramáticos, e não raro é possível transformar uma foto mediana em algo realmente memorável. 

Mas não basta passar a tesoura na imagem sem dó nem piedade, há alguns detalhes nos quais você deve prestar atenção, e mostramos a seguir cinco dos mais importantes. Pode parecer pouco, mas siga-os e rapidamente você irá obter ótimos resultados.

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Quase todo editor de imagens tem uma ferramenta de recorte. Neste artigo iremos usar o Paint.net, um editor muito versátil para Windows (XP, Vista e 7) que pode ser baixado gratuitamente em www.getpaint.net. Mas as dicas também podem ser aplicadas a outros programas, como o Gimp ou o Photoshop Elements.

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Paint.net: editor de imagens gratuito e muito versátil

1. Prepare-se

Na hora de fotografar, sempre use a maior resolução possível em sua câmera digital. Um recorte reduz o número de pixels na imagem, e se a imagem original já tiver baixa resolução, você pode acabar com um resultado pequeno demais para imprimir, por exemplo. Quanto maior a resolução da imagem original, mais margem você tem para recortar e ainda assim conseguir resolução suficiente para boas ampliações mesmo de pequenos detalhes. 

2. Mantenha a proporção

Todo editor de imagens que se preze permite que você faça o recorte em uma proporção específica, o que é muito útil se você pretende imprimir os resultados. Em vez de usar o “olhômetro”, use as proporções e economize tempo. No Paint.net clique na ferramenta de seleção (Selecionar com Retângulo, a primeira na paleta flutuante à esquerda da tela), clique no botão que diz Normal na barra de ferramentas no topo da tela e selecione a opção Índice Fixo. Agora basta informar a proporção nos campos Largura e Altura.

Para fotos, por exemplo, o ideal é usar a proporção de 4:3 no recorte. Digite os números (4 na largura, 3 na altura), clique sobre um ponto da imagem e arraste o mouse sem soltar o botão. Você verá que um retângulo é desenhado sobre a imagem. Solte o botão do mouse e clique em Imagem / Cortar até a seleção (ou tecle Ctrl + Shift + X). A área dentro do retângulo será preservada, e todo o resto da imagem será descartado. Pronto, você fez seu primeiro recorte!

3. Mude a orientação

Às vezes você faz uma foto no modo paisagem (“deitada”) e só depois descobre que ela ficaria melhor no modo retrato (“em pé”), ou vice-versa. Um recorte é a ferramenta ideal para corrigir isso. É só inverter os números nos campos Largura e Altura: uma foto paisagem de 4:3 tem proporção de 3:4 no modo retrato. Basta clicar na seta azul entre os campos Largura e Altura na barra de ferramentas para mudar a orientação.

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A imagem da direita é um recorte no modo paisagem da original em modo retrato à esquerda.

As linhas vermelhas mostram onde foi feito o recorte. Clique para ampliar

4. Corte no tamanho exato

Muitas vezes é necessário uma imagem com um tamanho específico. Por exemplo, 500 x 400 pixels para uso em um blog. Nas propriedades da ferramenta de seleção na barra de ferramentas, use a opção Tamanho fixo em vez de Índice fixo. Digite os valores em Largura e Altura, e não se esqueça de definir a unidade correta no menu logo em frente: pixels, polegadas ou centímetros.

5. Enquadre primeiro, redimensione depois

Digamos que você em uma imagem e precisa de um recorte dela em 360 x 240 pixels. Em teoria, basta usar o tamanho fixo como dissemos anteriormente. Mas e se a imagem original for imensa, como a de 7152 x 5368 pixels abaixo feita por um Nokia 808 PureView? Uma seleção de 360 x 240 pixels é minúscula, e você provavelmente não vai conseguir encaixar nenhuma parte significativa da imagem nesse espaço. 

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Imagem original em 38 MP. Clique para ampliar, mas cuidado: são 13 MB!

A solução é fazer primeiro um recorte na proporção, e depois redimensionar a imagem. Calcular a proporção é fácil, divida a largura da imagem pela altura. No nosso exemplo o resultado é 1,5. Ou seja, a largura é 1,5 vezes maior que a altura. Então começamos recortando na proporção como na segunda dica. Na largura digite 1,5, e na altura digite 1. Selecione com o mouse a parte da imagem que quer usar, e faça o recorte clicando em Imagem / Cortar até a seleção.

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Depois de fazer o recorte na proporção correta, redimensione ela para o tamanho exato

Pronto, a imagem está na proporção certa. Agora clique em Imagem / Redimensionar. No menu Redimensionamento selecione Melhor Qualidade. Marque as opções Por tamanho absoluto e Manter a taxa de proporção. Em largura digite 360. Você verá que automaticamente o programa calcula a altura correta, 240. Clique em OK e pronto!

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