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Com a aproximação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), as expectativas em torno dos estudantes sobre a prova aumentam. Para cumprir a análise crítica, que é uma de suas características, o exame vai exigir dos alunos suas capacidades em trazer resoluções para os diversos problemas sociais, algo que é muito refletido no tema e no desenvolvimento da redação. O LeiaJá conversou com dois professores para saber quais os principais assuntos que estão sendo comentados e se eles têm chances de caírem na prova.

A redação do Enem desafia os candidatos a escrever um texto dissertativo-argumentativo, defendendo um ponto de vista sobre um tema proposto. A nota do texto é calculada com base em cinco competências: domínio da norma-padrão da língua portuguesa, compreensão da proposta, capacidade de argumentação, elaboração de propostas de intervenção e coerência textual. Essa avaliação é fundamental, pois pode ser determinante para a aprovação ou eliminação do candidato.

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De acordo com Diogo Didier, professor especialista em redação, se preparar com antecedência é necessário para quem quer se sair bem nessa parte do exame. “Seria perfeito um ano, mas se você vem há seis meses praticando redação pelo menos uma vez na semana. Lendo, já que o aluno de redação precisa ter o máximo de bagagem possível, para que se possa construir um texto bem estruturado”, afirma.

“Além de ler sobre tudo, além de praticar bastante redações, dos temas mais diversos possíveis, eu acho que algumas dicas que a gente pode dar para que esse estudante se diferencie do vestibular, é que ele tente, primeiro, se basear nas redações que já tiraram nota mil no Enem. Ele precisa olhar para essas redações e ver o que elas têm de diferente de tantas outras. O que os candidatos que chegaram a nota mil fizeram de diferente para que conseguisse tal nota?”.

Após a primeira explicação, o professor continua.  "Segundo ponto, eu acho que eles precisam ter contato com textos argumentativos bem escritos, artigos de opinião, resenhas, editoriais, esses tipos de textos têm construções argumentativas muito interessantes, inclusive de referências que podem ser enriquecedoras. Uma outra dica valiosa que eu gosto muito, que me ajuda muito a produzir textos é ler críticas de livros, críticas de cinema, críticas de séries. Tem até um site muito bacana chamado Pano Crítico, que faz análises de séries, filmes, obras do universo mais cinéfilo. E o interessante dessas obras são as referências, as analogias, as construções que são elaboradas, que podem despertar esse candidato a criatividade necessária para ele fazer o próprio texto. E eu acho que eu encerraria com um pouco mais de ousadia. Sai um pouco mais da caixa, pensar naquilo que o concorrente não vai dizer. Claro, respeitando a estrutura redacional como um todo, vamos tentar brincar com isso para inovar-se, fazer o que poucas pessoas fizeram na redação do ENEM”, completa.

Já para o professor de linguagem Felipe Rodrigues, especialista em linguística, uma das principais dicas é se atualizar pelas redes socias, espaço que une algo que já usamos em nosso cotidiano aos nossos estudos. “Tudo pode ser abordado em uma redação do Enem, não podemos nos prender apenas a alguns temas. O estudante pode trazer qualquer repertório, usando sempre muita cautela e elegância, principalmente nesta disputa que nós estamos de um curso universitário da sua região, do seu estado. 

Ambos professores dividem opiniões próximas sobres os possíveis temas que podem cair nesta edição da redação. “Diversas pautas sociais podem ser abordadas, como transfobia; as vertentes do racismo; o feminismo, que adentra essa política de lutas sociais; o capacitismo; pessoas em situações de rua. Dentro de temas ambientais, eu tenho uma aposta que seria mobilidade urbana, catástrofes naturais, macrocefalia urbana”, ressaltou Felipe. 

“Falar hoje em dia em tema de ENEM é meio que dar chute no escuro, porque a prova se tornou muito imprevisível. Mas, é possível que caia alguma coisa ligada a aquecimento global, por exemplo, que nunca cai no vestibular, alguma coisa sobre desmatamento, até porque já caiu a Amazônia no vestibular. Eu sou mais para aquecimento global, mundo sustentável, sustentabilidade, economia verde, essas vertentes mais socioambientais eu creio que seja possível de cair. Temas sociais propriamente ditos eu sou muito fã de mobilidade urbana, eu acho que é um tema bacana, que é uma discussão antiga que ainda não caiu no vestibular. Também tem essa coisa da inteligência artificial, que deu uma expansão interessante nesses tempos. Então, são discussões interessantes que podem cair, assim como a uberização também. Que é uma problemática muito conhecida e que também está muito em alta”, explica Diogo Didier.

A redação do Enem é um desafio que requer preparação e dedicação dos estudantes. E como destacou os professores, ficar atento às tendências atuais e praticar a escrita de textos dissertativo-argumentativos são passos importantes para o sucesso na prova. Independentemente do tema escolhido, a capacidade de expressar ideias com clareza e embasar argumentos de forma sólida continua sendo a chave para obter uma boa pontuação na redação do Enem. Portanto, estudar, praticar e se manter atualizado são os melhores caminhos para enfrentar essa importante etapa do exame.

O 15 de setembro celebra o dia internacional da democracia. Definida pela Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) em 2007, a data visa fortalecer os princípios e a ideia de democracia no mundo. De extrema importância na atualidade brasileira, o tema democracia pode ser conceito chave em perguntas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023.

O LeiaJá conversou com professores de linguagens, redação e história para discutir como o tema pode aparecer em questões do Enem ou, até mesmo, como argumentação na prova dissertativa, a redação. O professor de história Mardock defende que o aluno estude sobre a história da democracia brasileira, por ser um “marco importante para a garantia das liberdades individuais que foram violadas ao longo dos séculos por regimes imperiais e ditatoriais”.

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História

“Democracia pode ser definida como uma forma de organização da sociedade, na qual o poder político é exercido por uma parcela do povo ou um regime político que os cidadãos têm o direito de participar, de maneira igualitária, nas questões políticas de um país. Isso é feito por meio de eleições, referendos ou plebiscitos”, explica o docente.

“O termo democracia tem origem grega e quer dizer governo do povo. Ele surgiu na Grécia Antiga, mais especificamente em 510 antes de Cristo, na pólis de Atenas. Naquela época, cidadãos comuns eram selecionados aleatoriamente para ocupar cargos na administração e no judiciário do governo. Além disso, uma assembleia legislativa era composta por todos os cidadãos atenienses. Essa prática política foi a responsável por desenvolver o regime democrático como é conhecido atualmente e influenciou instituições políticas das várias partes do mundo, começando pela República Romana”, continua Mardock.

O historiador detalha que a democracia se desenvolveu durante os anos por meio de revoluções e guerras. Já no Brasil, a democracia só foi instituída em 1889, com a proclamação da república. Porém, em 1964, foi interrompida com a ditadura militar brasileira. O governo militar durou 30 anos e é caracterizado pela censura, repressão aos opositores e combate à liberdade de expressão.

Uma nova constituição só foi promulgada três anos depois, a Constituição da República Federativa, mais conhecida como Constituição de 1988, que garantia o direito de votar e se expressar livremente no Brasil. O docente lembra que o tema “varia no tempo e espaço”, então ela pode ser cobrada de diversas formas no Enem.

Alguma dessas formas é perguntar da democracia na sua criação, lá na Grécia antiga. Por isso é importante entender o modelo que existia naquela época, como um conceito novo que possui uma organização política, pela primeira vez. Mas Mardock alerta: “É fundamental saber, também, quem era considerado cidadão na época e de que forma essa cidadania era exercida na pólis por meio do debate público”.

Outra abordagem para a prova pode ser os modelos democracia direta, democracia representativa e democracia participativa. A direta foi prática em Atenas, na Grécia Antiga, que os cidadãos atenienses podiam atuar de maneira direta no estado, propondo projetos de lei e votando em algumas propostas.

Já a democracia representativa dá abertura apenas para o exercício indireto e universal da cidadania por meio da votação de representantes para o poder Executivo e o Legislativo. Por fim, a democracia participativa situa-se entre a democracia direta e representativa, na qual há a eleição de representantes para os poderes. 

“Por último, não deixe de lado o estudo sobre a história da democracia no Brasil que, apesar de jovem no nosso país, representou um marco importante para a garantia das liberdades individuais que foram violadas ao longo dos séculos por regimes imperiais e ditatoriais”, destaca Mardock.

Linguagens e redação

Em acordo com o historiador, o professor de linguagens e redação Felipe Rodrigues também fala da importância do aluno reforçar o conteúdo e se aprofundar no contexto histórico e social da democracia para o vestibular. Em especial, utilizar disso como munição para o texto redacional, junto às críticas sociais no desenvolvimento da escrita.

“Compreender democracia e a importância dessa data é observar o coletivo e os regimes que antecederam. Observar também a organização do Brasil frente à democracia que se iniciou de formas avessas com os votos de cabresto e daí por diante… Inclusive teve uma pausa nessa democracia com o golpe militar acabado em 1985, né? Com a "Diretas Já!". Então, esse estudante ele vai ter todos esses recordes históricos mas também esses aprendizados para levar isso na argumentação crítica dentro de um ponto”, conta Rodrigues.

Alguns dos levantamentos que o aluno pode fazer é sobre o exercício da cidadania ao cidadão ou a ausência deste exercício de cidadania, que o professor defende que é, “prioritariamente, elencado à falta do conhecimento e a crise educacional do Brasil” e que pode aparecer dentro da prova.

“Essa não execução do estado democrático cidadão, ele (o aluno) pode encontrar isso dentro de minorias sociais, dentro da nossa prova de linguagens e códigos, minorias estas, como por exemplo, a questão dos indígenas que já vem também como tema redacional. Aquele pessoal que vai estar dentro dos quilombos, povos originários em si, eles são exemplos claros de pessoas que têm em si o termo cidadania. Também há muitos que não têm registro civis”, compartilha o docente.

Felipe aconselha os vestibulandos a realizar paralelos históricos dentro da prova de linguagens e de humanas, pois o assunto pode aparecer com força. O profissional reforça que o tema é muito importante para a prova dissertativa, podendo ser utilizada no contexto de minorias sociais, de pessoas sem o direito garantido, pessoas invisíveis para o Estado, utilizando a constituição cidadã que é o que compõe a democracia.

“Esse dia importantíssimo é a compreensão de que democracia é coisa séria e é um exercício prioritário, ao menos quando a gente fala sobre o Brasil, mas também diversos países do mundo, para se exercer esse papel cidadão, esse papel constituinte e prioritariamente coletivo, frente às demandas também coletivas”, encerra o profissional, destacando a importância da celebração da data 15 de setembro.

Na o aulão do Vai Cair no Enem pelo Brasil, neste sábado (9), em Fortaleza, a professora de redação Josicleide Guilhermino apostou na explicação detalhada de cada etapa de realização de um texto, para tornar a redação mais fácil aos olhos dos alunos. Contudo, a professora defende: a prática é essencial.

“Lembrando que redação é uma disciplina prática. Você pode entender todos os processos teóricos que eu vou abordar aqui, porém, se você chegar em casa, e não houver essa prática, dificilmente a gente vai sair do lugar. Portanto, redação não é receita de bolo”, defende a docente.

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Guilhermino destaca a importância de saber encontrar palavras-chaves na proposta de redação para que os estudantes não fujam do tema totalmente ou parcialmente. Segundo a profissional, é importante entender qual a problemática para se garantir na parte dissertativa-argumentativa da prova.

Para tornar a aula ainda mais completa, a professora trouxe o tema “Suicidio: um problema de saúde pública?” para nortear e montar uma redação junto com os estudantes no palco. Logo na introdução, Josicleide salienta a importância de trazer um repertório sociocultural para diferenciar o texto do vestibulando dos demais.

A docente explica que a introdução deve mencionar o tema da redação e apresentar a tese que o aluno irá seguir, já o primeiro parágrafo de desenvolvimento (D1) deve abordar a tese que foi levantada na introdução, seguido do D2, ou segundo parágrafo do desenvolvimento, que detalha o segundo elemento da tese, e, por fim, a conclusão, que deve trazer a proposta de intervenção do estudante, em que ele mostre seu posicionamento sobre o tema.

Vai Cair no Enem pelo Brasil – Fortaleza

Para conferir a aula de redação, os alunos podem acessar o canal do YouTube do Vai Cair no Enem e baixar o caderno de questões do dia 9 de setembro por este link.

A redação é uma das partes mais cruciais e desafiadoras do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).  Possuindo uma estrutura básica dividida em introdução, desenvolvimento e conclusão, a avaliação dissertativa tem um peso considerável na nota final e pode ser determinante para o ingresso em universidades e programas educacionais.

Ao Vai Cair No Enem, a professora Tássia Pires salienta que a redação do Enem é avaliada não apenas pelo conteúdo, mas também pela capacidade argumentativa, coesão, coerência e respeitos às regras da gramática normativa. À reportagem, a docente salienta que alguns candidatos têm dificultadas em finalizar o texto, por isso, "é necessário praticar bastante, construir um bom repertório e buscar orientações adicionais para ter êxito na conclusão da redação".

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Sobre a conclusão, Tássia ressalta que essa parte da dissertação deve resumir os principais pontos do texto e oferecer uma solução ou reflexão acerca do tema proposto. A professora pontua dicas para que os candidatos do Enem construam uma boa conclusão. Confira:

1 - Retome sua tese: Comece reafirmando a tese ou ponto de vista que você apresentou na introdução. Isso ajuda a manter a coesão em seu texto.
 

2 - Resuma seus principais argumentos: Faça um breve resumo dos principais argumentos que você apresentou no desenvolvimento. Isso reforça sua argumentação e mostra que você sustentou sua posição ao longo do texto.
 

3 - Reforce a importância do tema: Explique por que o tema é relevante e merece atenção. Isso ajuda a contextualizar a discussão.
 

4 - Apresente uma proposta de intervenção: Se o tema permitir, sugira uma solução prática para o problema discutido. Isso demonstra seu compromisso em buscar soluções e não apenas identificar problemas.
 

5 - Encerre com uma mensagem impactante: Tente encerrar sua conclusão com uma frase forte, uma citação relevante ou uma reflexão que deixe uma impressão duradoura no leitor/corretor.
 

6 - Evite introduzir novos argumentos: Sua conclusão não é o lugar para apresentar novos argumentos ou ideias. Mantenha-se focado nos pontos já discutidos.
 

7 - Seja claro e conciso: Mantenha sua conclusão sucinta, geralmente com uma ou duas frases, para evitar prolongar demais o texto.

Estudantes interessados em participar do 'Bethflix na Redação,' iniciativa da professora Beth Andrade que auxilia estudantes na prova textual do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), podem realizar inscrições através de formulário eletrônico. O aulão gratuito será no dia 9 de setembro no auditório da UNINASSAU Recife, localizado no bairro das Graças, na zona norte, a partir das 13h. As vagas para o encontro são limitadas.

A iniciativa trará dicas e estratégias lúdicas de repertório sociocultural, a partir de filmes e obras atuais, para os estudantes inscritos no Enem 2023. No dia do aulão, os participantes devem levar 2kg de alimento. Toda arrecadação será doada para comunidades carentes da Região Metropolitana do Recife.

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"Existe uma carência de conhecimento a respeito do que é repertório sociocultural na redação Enem, por parte dos vestibulandos. Sempre vem à mente dúvidas como: “qual repertório usar?”, “o que escrever em cada parágrafo?”, “o que pode ser considerado como repertório sociocultural?”. Sendo assim, surgiu a ideia criar o aulão a partir de obras cinematográficas atuais, uma vez que os estudantes vivem imersos em plataformas de streamings e afins. Esse mecanismo vai facilitar com que eles associem, de forma mais crítica e eficaz", pontua Beth Andrade. 

Antes das 8h, a estudante Maria Eduarda Melo, de 18 anos, já aguardava o início do aulão, promovido pelo Vai Cair No Enem, neste sábado (12) na UNINASSAU Olinda. Primeira a chegar no local, Maria Eduarda conta que o objetivo é conseguir uma vaga no curso de publicidade.

Com uma rotina extensa, dividida entre a escola integral e preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, a estudante está otimista e ressalta que, mesmo com um cotidiano agitado, não perde a oportunidade de reforçar os estudos para a prova.

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 "Minha preparação deste ano foi diferente do ano passado, que fiz como treineira. Eu faço cursinho na UFPE aos sábados, estudo integral. É uma rotina bem difícil, porque eu moro no Janga e estudo em Casa Forte. São três ônibus para ir e três para voltar, mas, eu estou estudando. Estou determinada ", disse ao Vai Cair No Enem.

À reportagem, Maria Eduarda conta quais são as expectativas para a edição do Enem 2023. "Esse é um ano decisivo para mim. Eu espero que a prova seja tranquila. Não acho que vai ser muito diferente do Enem do ano passado. Acho que as mudanças serão pequenas, nada muito drástico. Estou bem esperançosa", frisa.

A menos de três meses para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, previsto para os dias 5 e 12 de novembro, estudantes traçam estratégias de estudos para esta reta final. No primeiro dia do exame, o candidatos responderão questões de Linguagens e Ciências Humanas, além de uma redação. Essa última requer maior atenção dos participantes no que se refere a construção de um bom repertório.

O repertório é crucial na redação do Enem, pois, enriquece os argumentos, tornando a escrita mais persuasiva e demonstra domínio sobre o tema proposto. Assim, utilizar exemplos, fatos históricos e referências culturais sólidas ajudam a embasar as ideias e conquistar uma boa pontuação na prova dissertativa.

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"O repertório sócio-cultural aparece [na redação do Enem] na competência dois para que a gente compreenda o texto motivador, a proposta. O Enem traz para a gente um problema, a nível nacional, na perspectiva de debate com algum eixo: saúde, educação, segurança, entre outros. O estudante já tem acesso à informação e não estamos falando de uma fonte específica. Um aluno que consome conteúdos classificados de massa, também estão construindo repertório", observa a professora de redação Bianca Amorim.

A docente também ressalta que é importante para essa construção que o candidato pode abusar do repertório que já faz parte do cotidiano. "O estudante do Enem, ele tem que estudar para Humanas. Então, ele tem base de história, geografia, filosofia e sociologia, que costumam ser associadas a maioria dos problemas que o Enem aborda. Essas disciplinas são repertórios bons para, por exemplo, o desenvolvimento do texto. Logo, o estudante não precisa estudar por fora para aprender esses conteúdos", aponta. 

Além disso, ao LeiaJá, Bianca Amorim menciona que os inscritos podem aumentar o repertório por maio de séries, filmes, livros, músicas e podcast. "Eles também são repertórios da área cultura.  A gente também tem as notícias, como uma outra área. O que é importante para o estudante é compreender e aprender como inserir essas áreas na redação. Além disso, é importante que ele [candidato] já é cheio de repertório e só precisa colocar no texto de forma adequada", frisa.

Treinar a redação é muito importante para os estudantes que estão se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. Fazer textos regularmente é uma forma de aperfeiçoar a escrita e corrigir os possíveis erros.

Para ajudar quem vai fazer o Enem 2023,  Vai Cair No Enem selecionou cinco temas para treinar em junho, com ajuda da professora Priscila Monteiro. Confira:

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- Caminhos para melhoria da segurança pública no Brasil

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O período da ditadura militar marcou o Brasil dos anos de 1964 a 1985, com uma centralização do poder, violência, autoritarismo, anulação de direitos políticos e censura. A última se colocou em posição de comandar o que podia ou não ser veiculado em qualquer meio de comunicação. Durante 21 anos, diversos músicos, atores, cantores e artistas foram perseguidos, torturados e exilados do país.

Este triste momento é parte da história brasileira e está presente no conteúdo cobrado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em especial nas questões das ciências humanas e suas tecnologias. Contudo, além de perguntas objetivas, o período da censura ainda pode servir como repertório sociocultural na redação. Para entender melhor como utilizar esta tática, o professor de história Hilton Rosas explica melhor:

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“A ditadura militar durou 21 anos, de 1964-1985, período que é marcado pelo retrocesso e centralismo político por parte dos altos escalões das forças armadas. Neste período vingou também a censura, com perseguições aos artistas de diversas áreas”, detalha o docente.

Ao pensar na censura, entendemos que a música, assim como todos os tipos de arte, procurava uma forma de expor a situação que vivia no país. Alguns tinham suas músicas proibidas de circularem e outros apelavam por sinônimos ou mensagens subliminares para passar despercebidos. Estas músicas muito ensinam sobre o período da ditadura, como afirma Hilton.

“No que se trata aos cantores e intérpretes [da época da ditadura], destacamos de Geraldo Vandré à Adoniran Barbosa que tiveram músicas censuradas. Das músicas censuradas podemos citar ‘Cálice’ e ‘Apesar de Você’ do cantor e compositor Chico Buarque, perseguido pelos militares em que na linguagem denuncia o silêncio imposto pelos militares e a censura”, menciona o professor.

Além das músicas citadas, ‘Bêbado e o Equilibrista’, interpretado por Elis Regina, também cita situações da ditadura, como o exílio de alguns artistas e das perseguições política. Hilton Rosas explica que estas canções podem ajudar o aluno na hora da prova, não só de história, ao conhecer mais como foram os 21 anos de censura através da análise musical.

A professora de linguagens e redação Pamella Soares também defende a análise musical para entender a época da ditadura. São diversas músicas e trechos que podem ser utilizadas na redação para dar contexto histórico e repertório sociocultural para seu texto. A docente destaca algumas músicas chaves para os estudantes:

“A de Caetano ‘Alegria, Alegria’ é uma das mais importantes inclusive para quem estuda literatura porque ela dá início ao movimento da Tropicália e tem não só a questão da contextualização do momento histórico da ditadura militar, mas ressalta como era a condição naquele momento das pessoas. Principalmente para lidar com a informação e a ideia de você ter que sair e não pode sair sem documento que você pode ser abordado a qualquer momento”, desenvolve Pamella.

A docente explica que a canção pode dialogar com temáticas voltadas para ideia de regimes totalitários, a imposição de um determinado pensamento, a questão de como a mídia contribui um pouco para criar esse ambiente de totalitarismo. São muitas oportunidades de aproveitamento no texto.

“A música “Roda Viva” de Chico Buarque também é muito legal. Ela é uma música que fala um pouco sobre essa questão de sistema político. A ideia da roda viva, do mundo sempre estar numa coisa meio que aspiral, sabe? A gente sempre acaba voltando para o ponto que a gente iniciou. Então os problemas que a gente enfrenta, problemas políticos e econômicos, sempre é uma coisa cíclica, sempre tá voltando, essa roda viva que representa esse sistema, que tá nessa constante de roda, a roda também de cercar as pessoas que tentam lutar contra esse sistema. É uma música que trabalha com várias perspectivas”, detalha.

Pamella também menciona 'Cálice’, já destacada pelo professor Hilton Rosas, mas o que ela evidencia é o trocadilho de “cale-se” com a palavra cálice, que é o objeto. Inclusive, segundo a professora de linguagens, foi por isso que a música passou pela censura. É uma canção que fala muito da repressão da liberdade de expressão.

“Eu acho interessante essa música porque ela dialoga muito com questões que a gente tá enfrentando hoje. Apesar da canção ‘Cálice’ de Chico [Buarque] ter sido feita lá para o passado, para aquele momento de tensão política e tudo mais, ela ainda conversa bastante com coisas que a gente vivencia agora”, afirma a profissional.

Em uma menção extra, Pamella Soares também relembra Rita Lee, que esteve presente na época da Tropicália com a banda Mutantes, que teve grande contribuição nas questões de liberdade de expressão. É um período de grande importância também para a literatura, com o experimentalismo dialoga muito com o movimento da Tropicália.

A professora de redação Fernanda Pessoa está organizando uma nova edição do aulão 'Operação Redação Nota 1000', que visa passar os principais ensinamentos na construção dos textos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O aulão será totalmente gratuito e aberto ao público pelo formato online, com transmissão no Youtube.

O evento acontecerá nos dias 15 e 16 de maio, a partir das 19h. Para assistir com o material completo, é necessário se inscrever na 'Operação Redação Nota 1000', através da página do aulão.

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A docente pretende ensinar as estruturas mais adequadas para conquistar bons resultados nas redações e abordar temas que enriquecem o repertório sociocultural dos alunos e que possam ser cobrados no exame. 

“Universalizar e democratizar o conhecimento é um dos meus principais objetivos. A ideia de oferecer dois dias de aulas gratuitas é justamente atingir cada vez mais pessoas. Na primeira edição, conseguimos alcançar e ajudar milhares de alunos, o que deixa muito realizada”, afirma Fernanda Pessoa.

A 'Operação Redação Nota 1000' se diferencia pelo método próprio de ensino da professora, com aulas sobre a história da arte para aumentar e fortalecer o repertório dos vestibulandos para prepará-los para qualquer tema que seja exigido no exame.

O Projeto de Lei nº 2.630/2020, popularmente conhecido como Projeto das Fake News ou PL das Fake News, é o principal assunto do cenário atual da política brasileira. Apresentado ao Congresso Nacional em 2020, pelo Senador Alessandro Vieira (CIDADANIA-SE), o projeto visa regulamentar as redes sociais e combater a desinformação.

A PL das Fake News está, agora, no aguardo de ser votada pela Câmara dos Deputados, em Brasília. A votação, que iria acontecer, inicialmente, no dia 2 de maio, foi adiada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por causa das diversas controvérsias e novas ementas que o projeto recebeu.

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O tema tornou-se viral pelas diversas opiniões a favor e contra e por levantar a discussão do livre conteúdo nas redes sociais. No âmbito da redação discursiva-argumentativa, é sempre bom estar munido de repertório e, neste caso, garante uma boa discussão em diversos temas de tecnologia e sociedade.

A docente de redação Marcela Silva conversou com o LeiaJá sobre os melhores temas e formas de utilizar a PL 2630/2020 na parte escrita do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“Se o tema da redação do Enem envolver a propagação de notícias falsas ou desinformação, você pode utilizar a PL das fake news para embasar a sua argumentação. Por exemplo, você pode mencionar que a proposta da PL é uma medida importante para combater a desinformação nas redes sociais e garantir que as pessoas tenham acesso a informações confiáveis”, explica.

A professora também destaca que o projeto de lei prevê algumas medidas, como a obrigatoriedade de as plataformas digitais identificarem e eliminarem contas falsas e perfis inautênticos, a criação de mecanismos para que os usuários possam denunciar conteúdos enganosos e a responsabilização das plataformas por danos causados pela disseminação de informações falsas.

Com essas informações, é possível criar uma argumentação e defesa do seu texto com base neste contexto político-social. Para auxiliar ainda mais os vestibulandos que estão se preparando para prova do Enem, Marcela organizou um exemplo de parágrafo que você pode utilizar na sua redação para introduzir o Projeto das Fake News:

"De acordo com o Projeto de Lei nº 2.630/2020, apresentado ao Congresso Nacional em 2020, o objetivo é combater a disseminação de notícias falsas, desinformação e conteúdos enganosos na internet. Apesar disso, a propagação de fake news continua reincidente, visto que a população não compreende os entraves consequentes a partir de tal fator. Sendo assim, é imprescindível a boa aceitação da PL, proposta QUE estabelece normas e diretrizes para as plataformas digitais, como redes sociais e aplicativos de mensagem, a fim de que sejam responsáveis por coibir e remover conteúdos ilegais e identificar os autores de perfis falsos ou robôs que disseminam informações falsas", diz.

Os profissionais responsáveis por corrigir as redações do Exame do Ensino Médio acusam a Fundação Getúlio Vargas (FGV) por falta de pagamento. Os professores relatam que o prazo dado à eles seria até março. Agora, em abril, ainda não há nenhuma resposta da FGV.

O LeiaJá teve acesso exclusivo ao depoimento de duas professoras, que preferem permanecer anônimas por causa do termo de sigilo e compromisso assinado pelos corretores com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

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Uma das fontes explica que tentou contato por telefone e não conseguiu nenhuma resposta. “É inadmissível receber como resposta que não há uma previsão. Empresa nenhuma aceitaria realizar o serviço do porte de um exame de avaliação de larga escala para receber pela execução do serviço depois de 100% finalizado. A Fundação deve prestar informações quanto à sua omissão, seja de informações, seja em relação à não realização do pagamento até a presente data”, declara.

A corretora defende que os professores devem ter seu pagamento digno e em dia. “Fazemos planos com esse dinheiro. Foram ligações para o MEC (Ministério da Educação), Inep, FGV que falam que começou a fazer o pagamento gradativamente. Isso é uma mentira absurda! Conheço corretores de quase todos os estados do Brasil que também conhecem outros, e ninguém recebeu nada”, afirma.

“Desde 2014 que eu corrijo redações e desde aquela época a gente recebe R$ 3,00 por redação corrigida. Cota de 100 redações por dia. Um curso para entrar cansativo, nós trabalhamos duro para dar o resultado na data prevista e eles nos desrespeitam quando não dá resposta sobre nosso dinheiro. O salário do professor não é um mar de rosas, por isso enfrentamos tudo isso para no final ser humilhada por tantos órgãos do governo”, desabafa.

A segunda informante também é professora e esteve presente no Enem 2023 como corretora. Em conversa com o LeiaJá, ela conta que também está sem seu salário. “Sim, é verídico. Os corretores não receberam ainda pela correção das redações do Enem. Trabalhamos no mês de dezembro e janeiro e ainda não recebemos nada”, ressalta.

A fonte ainda defende que esta não é a única reivindicação. Segundo a entrevistada, a classe reclama, também, do valor estabelecido por cada redação corrigida, que é de R$ 3,00 (três reais), um valor que está fixo a cerca de 10 anos e não compensa o trabalho feito pelos profissionais.

No instagram na FGV, vários comentários reclamam da falta de pagamento aos corretores. Alguns possuem resposta do próprio perfil da Fundação declarando que a “FGV Conhecimento, unidade responsável pela realização de concursos da FGV orienta que os contatos sejam feitos através do e-mail suporte.redacoes@fgv.br”.

A reportagem entrou em contato com a FGV, mas a entidade ainda não conseguiu localizar o responsável por falar sobre o assunto. "Até o momento, não conseguimos localizar o porta-voz responsável pela área, mas seguiremos tentando. Tendo novidades, voltaremos a fazer contato".

Entre os maiores medos dos estudantes que irão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, está a redação. Isso porque a maior parte da prova é composta de questões assertivas, são 180 perguntas fechadas, facilitando um limite de respostas, enquanto a redação trabalha o lado discursivo dos alunos, exigindo maior desenvolvimento e ampliando as possibilidades de conclusões.

Contudo, a prova escrita do Enem não é um monstro de sete cabeças. Basta saber estudar e praticar seu texto de diversas formas e com diversos temas ao longo do ano. Essa e outras dicas foram passadas pela professora de redação e linguagens Beth Andrade, que conversou com o LeiaJá sobre algumas sugestões de temas que podem cair no Exame deste ano.

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“Um dos temas de redação que eu acho muito a cara do Enem e uma das minhas apostas é 'A Democratização do Acesso aos Serviços Odontológicos'. É um dos temas que eu tenho trabalhado ultimamente com os meus alunos. Eu acho ele muito a cara do Enem por ser um tema muito específico”.

Beth lembra que, nas últimas edições, a prova trouxe temas que tratam dessa ideia de direitos e de cidadania, abordando a ideia de minorias, como os temas dos anos 2022 e 2021 trouxeram de forma bastante direta.

Além do citado posteriormente, a professora de linguagens também sugere outro assunto para a redação deste ano, que é 'Desafios para Garantir a Merenda Escolar nas Escolas Brasileiras'. Também trazendo um conteúdo mais social e de direitos, é algo pertinente na realidade atual, especialmente no estado que Beth reside, Pernambuco.

“Estamos vivendo, atualmente, pelo menos em Pernambuco, um problema com crise na gestão de distribuição de alimentos por parte das empresas terceirizadas. Por causa desse problema, acaba não chegando comida ao final para aquelas crianças e adolescentes que precisam tanto de uma nutrição escolar e que, muitas vezes, vão à escola só para ter aquela refeição garantida”, explica a entrevistada.

Compreender os temas é uma competência importante na questão discursiva do Enem, porém não é fácil adivinhar em cheio. Como todas as outras matérias, a solução é sempre estudar e praticar, não importa o conteúdo. Com a redação, a escrita, o desenvolvimento, a coesão, variedade e repertório fazem a diferença na nota do aluno. E para não ser pego de surpresa, a docente explica a melhor forma de estudar para os temas de redação:

“Além dos temas específicos, é bom que o aluno estude por eixos temáticos. Entender um pouco sobre a questão educacional, saúde, cidadania, as minorias sociais, economia… Isso tudo vai agregar porque, independente do tema que aparecer no dia, fica mais fácil do aluno conseguir identificar o que abordar, pois ele já vai ter estudado dentro daquele eixo específico e vai conseguir desenvolver bons argumentos quando aparecer o tema da redação”, indica a profissional.

Ao finalizar sua fala, Beth relembra: “Vale a pena o aluno procurar também redigir e pesquisar sobre o tema sempre que for praticar para poder se manter constantemente atualizado e trazer bons argumentos para a sua redação. Estudar, procurar saber atualidades, causas e consequências acerca desse tema."

O professor Felipe Rodrigues também reforça a importância de praticar suas habilidades discursiva-argumentativas neste início de ano. O docente sugere o focar em estrutura, pesquisar repertório, conteúdos, problemas e realizar planejamentos textuais nesse começo de 2023. Sobre temas, Felipe explica que esta edição será uma caixinha de surpresas:

“Esse ano nós temos o novo governo que traz consigo diversas pautas sociais que, até então, eram excluídas das políticas de Estado da última gestão. Então, a partir desse cenário, nós temos muitos problemas sociais que podem ser abordados, que envolvem desde questões de gênero a questões de violência em suas diversas formas, como também educação. Esse debate perpassa diversos assuntos, como saúde, meio ambiente, estabilidade e daí por diante. Todos podem vir na prova deste ano, agora é aguardar ver como é que serão os posicionamentos do governo para entender como será o trabalho de desenvolvimento da prova”, detalha.

Apesar das diversas opções, Rodrigues separou três principais indicações de temas que costuma trabalhar com seus alunos e aposta para ser tema da redação neste ano de 2023. Confira quais são elas:

1. O aumento exponencial de Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) em diagnóstico aos jovens no Brasil;

2. A problemática da violência de gênero e transfobia no Brasil;

3. A problemática da destinação incorreta de lixo no Brasil;

A 52ª edição do Concurso Internacional de Redação de Cartas encerra suas inscrições na próxima quinta-feira (23). As escolas públicas e privadas podem inscrever seus alunos de até 15 anos por meio das informações presentes na página do Correios, a organizadora do torneio aqui no Brasil.

O tema desta edição é "Imagine que você é um super-herói e sua missão é tornar todas as estradas do mundo mais seguras para as crianças. Escreva uma carta para alguém explicando quais superpoderes você precisaria para cumprir sua missão".

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A competição possui quatro etapas: escolar, estadual, nacional e internacional, sendo a última conduzida pela União Postal Universal (UPU). Na fase escolar, cada instituição participante pode escolher até duas cartas entre seus alunos para representá-las na fase estadual, sem premiação.

Já nas outras etapas, há prêmio em dinheiro. Na fase estadual, o primeiro colocado recebe R$ 2,3 mil e sua escola recebe R$ 2,5 mil. No nível nacional, o retorno é de R$ 10 mil para o aluno e R$ 10,5 mil para escola, além do certificado e troféu.

O Brasil está em segundo lugar na classificação mundial com 3 medalhas de ouro, 2 de prata e 2 de bronze, ficando atrás apenas da China, que possui 5 medalhas de ouro. Nos anos 2009, 2012, 2016, 2017 e 2018 o Brasil também recebeu menções honrosas pelo seu desempenho no concurso.

A 52º edição do Concurso Internacional de Redação de Cartas encerra suas inscrições na próxima quinta-feira (23). As escolas públicas e privadas podem inscrever seus alunos de até 15 anos por meio das informações presentes na página do Correios, a organizadora do torneio aqui no Brasil.

O tema desta edição é "Imagine que você é um super-herói e sua missão é tornar todas as estradas do mundo mais seguras para as crianças. Escreva uma carta para alguém explicando quais superpoderes você precisaria para cumprir sua missão". A competição possui quatro etapas: escolar, estadual, nacional e internacional, sendo a última conduzida pela União Postal Universal (UPU).

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Na fase escolar, cada escola participante pode escolher até duas cartas entre seus alunos para representá-las na fase estadual, sem premiação. Já nas outras etapas, há prêmio em dinheiro. Na fase estadual, o primeiro colocado recebe R$ 2,3 mil e sua escola recebe R$ 2,5 mil. No nível nacional, o retorno é de R$ 10 mil para o aluno e R$ 10,5 mil para escola, além do certificado e troféu.

O Brasil está em segundo lugar na classificação mundial com 3 medalhas de ouro, 2 de prata e 2 de bronze, ficando atrás apenas da China, que possui 5 medalhas de ouro. Nos anos 2009, 2012, 2016, 2017 e 2018 o Brasil também recebeu menções honrosas pelo seu desempenho no concurso.

O primeiro dia de provas, nesta terça-feira (10), do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para Pessoas Privadas de Liberdade, ou sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Enem PPL), e reaplicação, trouxe como tema da redação “Medidas para o enfrentamento da recorrência da insegurança alimentar no Brasil”. Em meio às expectativas, a temática só foi revelada horas após o início da prova pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Para relembrar, o LeiaJá reúne os temas da redação de edições anteriores do Enem PPL, que foi criado em 2009, e reaplicação. Confira:

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2009 - A família contemporânea e o que ela representa para a sociedade;

2010 - Ajuda humanitária;

2011 - Cultura e mudança social;

2012 - O grupo fortalece o indivíduo?;

2013 - Cooperativismo como alternativa social;

2014 - O que o fenômeno social dos “rolezinhos” representa?;

2015 - O histórico desafio de se valorizar o professor;

2016 - Alternativas para a diminuição do desperdício de alimentos no Brasil;

2017 - Consequências da busca por padrões de beleza idealizados;

2018 - Formas de organização da sociedade para o enfrentamento de problemas econômicos no Brasil;

2019 - Combate ao uso indiscriminado das tecnologias digitais de informação por crianças;

2020 - A falta de empatia nas relações sociais no Brasil;

2021 - Reconhecimento da contribuição das mulheres nas ciências da saúde no Brasil;

2022 - Medidas para o enfrentamento da recorrência da insegurança alimentar no Brasil

Realizam esta edição do Enem candidatos que tiveram problema logístico ou estavam com alguma doença infectocontagiosa, pontuadas no edital, em uma das datas da aplicação regular, e pessoas privadas de liberdade (PPL). O segundo dia da avaliação será na quarta-feira (11) com questões de Ciências da Natureza e Matemática. 

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade ou sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Enem PPL) e reaplicação no início da tarde desta terça-feira (10).

Como é costume em todas as edições do certame, a temática da prova dissertativa foi compartilhada através do canais oficiais do órgão nas redes sociais. Os participantes do Enem PPL/reaplicação precisam dissertar sobre "Medidas para o enfrentamento da recorrência da insegurança alimentar no Brasil", ou seja, fome, em até 30 linhas. 

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Realizam o Enem candidatos que tiveram problema logístico ou estavam com alguma doença infectocontagiosa, pontuadas no edital, em uma das datas da aplicação regular, e pessoas privadas de liberdade (PPL). O segundo dia da avaliação será na quarta-feira (11) com questões de Ciências da Natureza e Matemática.

No último domingo (4), estudantes pernambucanos realizaram a última etapa do Sistema Seriado de Avaliação (SSA), da Universidade de Pernambuco (UPE). Na ocasião, os candidatos resolveram questões de português, língua estrangeira, ciências humanas e escreveram uma redação.

Nesta edição, a temática da prova dissertativa do vestibular seriado da UPE foi "Fato, fake news, manipulação de dados e receptividade do conhecimento científico: como funcionam a informação e a comunicação na sociedade moderna?" Em entrevista ao LeiaJá, o professor de redação Roberto Falcão aponta que o tema não foge ao que a universidade vem abordando nas últimas edições do certame.

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"A UPE reforça um caminho que o SSA já vem conduzindo há alguns anos, que é a discussão sobre a transmissão do conhecimento, sobre a importância da ciência, sobre os elementos fundamentais na sociedade. No ano passado, o tema falava sobre a importância do conhecimento científico. No ano anterior [2020], falava sobre o SUS, a importância do SUS e sua participação no processo de pesquisa. Então, essa questão de fake news, manipulação da informação, infodelia está dentro dessa proposta dos grandes temas da atualidade que a UPE tem abordado, pelo menos, nos últimos quatro anos".

Para o docente, a prova não trouxe um tema difícil e observa que a temática é trabalhada constatemente "não apenas pelos professores de redação, mas os de geografia, de história, de filosofia". Além disso, ele salienta que o estudante atento saberia construir bem um repertório para o desenvolvimento da redação. 

"Como o repertório, o candidato poderia utilizar desde filmes, como o Dilemas na Rede, da Netflix, que traz uma discussão sobre as mídias sociais e como elas estão se tornando viciantes, adulterando a realidade e capaz, até, de interferir no cenário político, e quem gosta mais do contexto mais filosófico poderia usar citações como a de Friedrich Nietzsche, que dizia que não existe fatos, o que existem são interpretações", explica.

Roberto Falcão também destaca que o contexto de pandemia e o quantitativo de desinformações compartilhadas, principalmente nas redes sociais, poderiam ser abordadas pelos candidatos no desenvolvimento do texto. "Temáticas como essa permitem que o aluno bem informado traga um repertório genial, traga uma quantidade de informações maiores do que aquele estudante que se agarrou apenas aos aspectos técnicos", observa.

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