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O Brasil registrou 59.620 casamentos entre pessoas do mesmo sexo entre 2013 e 2021. Os dados são do Observatório Nacional dos Direitos Humanos (ObservaDH), sob gestão do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). O levantamento tem como base as estatísticas do Registro Civil do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número indica aumento de 148,7% em nove anos, com 3,7 mil registros em 2013 e 9.202,em 2021. O maior aumento anual ocorreu entre 2017 e 2018 (61,7%).

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Os 59.620 casamentos entre pessoas do mesmo sexo, nesse período, correspondem a 0,6% do total de casamentos no país. A porcentagem passou de 0,4% em 2013 para 1% em 2021.

Em nota, a secretária Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ do MDHC, Symmy Larrat, defende que os dados indicam que a proteção jurídica às pessoas do mesmo sexo é vital para um Brasil mais justo e igualitário. “A equidade e garantia de direitos dizem respeito a todas as pessoas da população”.

Localidades

Entre as regiões brasileiras, a maior proporção de casamentos entre pessoas do mesmo sexo foi na Sudeste (0,8%) e a menor, na Região Norte (0,3%).

Entre os estados, os maiores percentuais de casamentos homoafetivos foram registrados em Santa Catarina (1,1% do total de casamentos) e São Paulo (1%). Já as menores proporções foram do Acre, Maranhão, Rondônia e Tocantins (0,2% em cada).

No que se refere aos municípios brasileiros, em 2021, 738 municípios brasileiros registraram casamentos entre homens e 1.004, casamentos entre mulheres.

Casamentos lesbohomoafetivos

No período analisado pelo ObservaDH (2013-2021), a maioria dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo (57,1%) foi entre mulheres.

Os dados apontam que a Região Sudeste teve o maior número de casamentos entre duas mulheres nestes nove anos, e ultrapassou os 35 mil (35.067), o que corresponde a 58,8% do total de casamentos lesbohomoafetivos do país. A região com o menor número de registros foi a Norte, com 2.120 casamentos entre mulheres (3,6% do total do país).

No que se refere aos municípios brasileiros, 738 registraram casamentos entre homens e 1.004 municípios registraram casamentos entre mulheres em 2021.

Idade

O IBGE não registrou nenhum casamento entre pessoas do mesmo sexo com cônjuges com idade inferior a 15 anos entre 2013 e 2021.

No entanto, nos casamentos heteroafetivos, foram apurados 1.988 casamentos de meninas e 158 casamentos de meninos, com menos de 15 anos, neste mesmo período.

No Brasil, o casamento com menores de 16 anos é proibido pelo Código Civil Brasileiro. A legislação brasileira define, desde 2019, no artigo 1.520, que “não será permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade núbil”, ou seja, 16 anos.

Saúde e atividade física

Mais de 76% das pessoas homossexuais (lésbicas e gays) avaliaram a própria saúde como muito boa ou boa, enquanto esse percentual foi de 67,3%, entre pessoas bissexuais, e 66,1%. entre pessoas heterossexuais.

Lésbicas e gays (56% homossexuais) e homens e mulheres bissexuais (54,9%) relataram ter praticado atividades físicas nos 3 meses anteriores à pesquisa em proporções maiores do que pessoas heterossexuais (41,9%). 

Renda e escolaridade

Em geral, lésbicas e gays declararam ter os maiores rendimentos domiciliares per capita: 12% relataram um rendimento domiciliar por pessoa de mais de cinco salários mínimos, enquanto entre pessoas bissexuais, 5% alcançam esta renda e entre heterossexuais, este percentual era de 6%. 

Em relação ao nível de instrução, pessoas bissexuais, lésbicas e gays declararam níveis de instrução mais elevados que pessoas heterossexuais.

Os dados e gráficos completos podem ser acessados na página eletrônica do Observa DH.

ObservaDH

O ObservaDH foi lançado em dezembro de 2023, pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).  A plataforma virtual de acesso público reúne um conjunto de indicadores de direitos humanos, em diversos segmentos.

O objetivo da plataforma é difundir e contribuir para análise de informações consideradas estratégicas e, desta forma, colaborar para o planejamento, o monitoramento e a avaliação de políticas públicas.

Legislação

Em maio de 2011, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), de forma unânime, equiparou as relações entre pessoas do mesmo sexo às uniões estáveis entre homens e mulheres, reconhecendo, assim, a união homoafetiva como um núcleo familiar.

A partir deste entendimento da Suprema Corte, que garante que os casais homoafetivos têm os mesmos direitos e deveres que a legislação brasileira já estabelece para os casais heterossexuais, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou, em 2013, a Resolução 175, que proíbe que tabeliães e juízes se recusem a registrar a união de pessoas do mesmo sexo e mais: determinou que todos os cartórios do país realizem casamentos homoafetivos.

Porém, em outubro deste ano, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo, com o parecer do relator, deputado Pastor Eurico (PL-PE).

Diversas organizações da sociedade civil e representantes da comunidade LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais, assexuais e demais orientações sexuais e identidades de gênero) protestam contra o projeto por considerá-lo inconstitucional por violar o princípio da igualdade.

O artigo 5º da Constituição Federal de 1988 define que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.

Atualmente, o projeto de lei 580/2007 aguarda o parecer da relatora na Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara, a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE).

A plataforma Celular Seguro, aplicativo do governo que bloqueia smartphones e aplicativos digitais, em caso de perda, roubo ou furto do aparelho, ultrapassou a marca de 500 mil cadastros de usuários, até as 15h desta sexta-feira (22), portanto, três dias após o lançamento feito pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em parceria com a Agência Nacional de telecomunicações (Anatel) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban)..   

O app é gratuito e pode ser acessado pelo site Celular Seguro do Ministério da Justiça e Segurança Pública ou nas lojas de aplicativos online. No Google Play Store, para celulares com sistema operacional Android, foram feitos 465.150 mil downloads. Em aparelhos iPhone (sistema iOS) foram contabilizados 194 mil downloads. Com isso, o aplicativo foi o mais baixado do país por dois dias seguidos. 

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Ao todo, a ferramenta recebeu 2.544 alertas de usuários referentes a perdas, roubos ou furto de aparelhos, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública. O secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli, declarou que esses números demonstram confiança das pessoas nas ações do Ministério diante de problemas. 

“Temos o compromisso de resolver os problemas mais graves da população. É assim em relação ao crime organizado, aos crimes violentos letais intencionais e também no combate ao roubo e furto de celulares. Realizamos ações que impactam positivamente o cotidiano da sociedade." 

Cadastro

O aplicativo foi criado para prevenir o uso indevido de celulares roubados ou furtados, por meio de notificações da situação de forma mais rápida das operadoras e instituições bancárias e de crédito. Com apenas um clique, o usuário pode preservar dados habitualmente armazenados nos celulares, como número de CPF e senhas. 

Para fazer o cadastro o Celular Seguro, antes, o usuário deve acessar a própria conta no portal Gov.br, com login do CPF e senha. Não há limite para o cadastro de números, mas eles precisam estar vinculados ao CPF para que o bloqueio seja efetivado.  A pessoa cadastrada poderá indicar outras de sua confiança, que estarão autorizadas a efetuar os bloqueios, caso o titular tenha o celular roubado, furtado ou extraviado. 

De acordo com o MJSP, até a tarde de sexta-feira, 331.470 pessoas de confiança foram incluídas.  Também é possível que a própria vítima bloqueie o aparelho acessando o site por um computador. Além disso, é possível acessar o aplicativo por meio de navegadores, como o Google Chrome e o Microsoft Edge, e registrar a ocorrência, de forma simples. 

Bloqueio

Em um processo simples, o cidadão poderá acionar os bancos e sua operadora telefônica para o bloqueio do acesso remoto às contas e o sinal do aparelho. O bloqueio não é imediato e pode variar conforme a instituição bancária, em até 24 horas após o registro do sinistro.  Após o registro de perda, roubo ou extravio do celular, os bancos que aderiram ao projeto farão o bloqueio das contas. 

De acordo com a Febraban, o bloqueio dos aparelhos celulares, por meio dos códigos dos IMEIs dos aparelhos, que funcionam como uma “impressão digital” única de cada celular. Este número de identificação, IMEI, permite que as operadoras identifiquem os aparelhos conectados à sua rede de telefonia móvel. O número IMEI pode ser acessado no menu “Configurações” do aparelho e fica disponível na aba “Sobre o telefone”. O número do IMEI aparecerá junto aos números de telefone, modelo e série do aparelho. Outra forma de encontrar o IMEI do celular é procurar na nota fiscal do aparelho ou na embalagem. 

O corte das linhas telefônicas, porém, entrará em vigor até fevereiro de 2024.  Para conhecer as empresas que já aderiram ao aplicativo, o usuário pode conferir os termos de uso da plataforma. Até o momento, já aderiram à iniciativa 12 bancos: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Santander, Itaú, Banco Inter, Sicoob, XP Investimentos, Banco Safra, Banco Pan, BTG Pactual e Sicredi. 

Recuperação de dados

O Ministério afirma que não há a opção de bloqueio temporário. Caso o aparelho seja recuperado, o usuário terá que entrar em contato com a operadora de telefonia e com os demais parceiros do Projeto Celular Seguro, como bancos e aplicativos, para reativar seus acessos. 

Fake news

Por fim, o Ministério da Justiça e Segurança Pública alerta os donos de celulares para fake news que estão sendo espalhadas na rede sobre o funcionamento do Celular Seguro. Ele afirma que o governo federal não acessa nenhum dado que esteja no telefone do usuário. Nem envia e-mails ou links para que o usuário acesse a plataforma.

O número de estupros registrados pela Polícia Civil no Estado de São Paulo aumentou 13,7% de janeiro a agosto deste ano, comparado com o mesmo período do ano passado. Em 2022 foram 8.401 registros, enquanto que em 2023 o número subiu para 9.554.

Em agosto deste ano foram 1.306 casos, aumento de 10,7% em relação a agosto de 2022, quando foram registrados 1.180 casos.

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Os dados integram balanço divulgado na segunda-feira, 25, pela Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP).

A pasta atribui o aumento dos registros à redução da subnotificação. "De acordo com a doutora Jamila Ferrari, coordenadora estadual Delegacias de Defesa da Mulher, o aumento de registros indica que agora as vítimas possuem mais confiança para procurar a polícia e denunciar os criminosos", afirma o texto.

Segundo a secretaria, os furtos também aumentaram, no acumulado de janeiro a agosto, comparado com o ano passado. Foram 382.966 casos registrados neste ano, número 3,2% maior do que no mesmo período do ano passado.

Apesar da alta no período de oito meses, no mês de agosto houve redução de 0,7% em comparação com agosto de 2023 - foram 49.681 casos em 2022 e 50.010 em 2023.

Os demais índices de criminalidade foram reduzidos. Os homicídios dolosos (intencionais) caíram 10% no acumulado de janeiro a agosto, comparado com o mesmo período de 2022. Foram 1.882 naquele ano e 1.693 casos neste. Segundo a secretaria, o número é o menor registrado para o período desde que a série histórica começou, em 2001.

No comparativo mensal, o recuo foi ainda maior, de 10,5%. Em agosto de 2022 foram 228 ocorrências e neste ano, 204. O total foi o segundo menor registrado em 23 anos, ficando atrás apenas de 2019, que teve um caso a menos.

Também houve queda em todas as modalidades de roubo. Os de carga foram os que mais recuaram, com 6,4% a menos no período de janeiro a agosto: de 4.229 em 2022 para 3.959 neste ano. No mês passado foram registrados 468 roubos de carga, 0,2% a menos do que os 469 contabilizados em agosto de 2022.

Os roubos de veículos diminuíram 18% em agosto: 3.448 em 2022 e 2.827 casos neste ano. O recuo foi de 5,4% no período acumulado de janeiro a agosto: 25.610 em 2022 e 24.235 ocorrências neste ano.

Nos últimos oito meses, os roubos a banco caíram de 13 para 7 ocorrências, e em agosto, de 3 para 1. Já os roubos em geral tiveram queda de 3,1% de janeiro a agosto - foram 153.702 registros em 2023 - e de 7% no oitavo mês do ano, com 18.886 casos.

Os latrocínios também recuaram, alcançando o menor número para o período acumulado desde 2001, quando a série histórica começou. A queda foi de 1,9% de janeiro a agosto, de 105 para 103. No mês, porém, houve dois casos a mais, com 9 registros.

Os furtos de veículos diminuíram 9,4% no mês de agosto (8.724 em 2022 e 7.903 neste ano), mas no acumulado de oito meses houve alta de 1,3%, com 62.972 casos.

Hoje (3) faz 63 anos da inauguração do museu da casa de Anne Frank (1929-1945). Para marcar a data, o Google Arts & Culture lançou uma exposição online de imagens do Street View que mostra a casa da família Frank, localizada na rua Merwedeplein 37-2, em Amsterdã, na Holanda. São exibidos, em registros de 360º graus, cômodos do imóvel, incluindo o quarto que Anne dividiu com a irmã, Margot. 

A casa da família Frank foi alugada e pertence à Fundação Holandesa de Literatura desde 2005. O local atualmente abriga escritores estrangeiros que não têm liberdade para trabalhar e escrever em seus países de origem. “Aqui a tolerância e a liberdade de expressão têm espaço para respirar”, enfatizou o diretor geral da Fundação Anne Frank – uma instituição parceira da amostra - Ronald Leopold. Quando Anne e seus parentes viviam na casa, o imóvel possuía decoração típica da década de 1930 e é possível vivenciar isso na exposição. O tour virtual ainda tem acesso a documentos históricos, como a única fotografia de Anne ao lado dos pais e da irmã e o único vídeo conhecido da menina – filmado por acaso durante uma festa de casamento. Para ter acesso ao ambiente virtual, acesse o link aqui. 

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Anne Frank 

Nascida em 12 de junho de 1929 na cidade de Frankfurt, Anne Frank foi uma menina judia que escreveu o emblemático diário que registrou os horrores do holocausto e morreu aos 15 anos de idade em um campo de concentração nazista. Seu diário foi editado em mais de 50 idiomas e vendeu, desde sua publicação em 1947, dezenas de milhões de exemplares. 

Desde 2022, enxergando onde nenhum homem jamais esteve, o potente telescópio espacial James Webb, da NASA, registrou o VHS 1256 b, um planeta fora do sistema solar (exoplaneta) com nuvens arenosas e dois sóis. 

A revelação foi feita pela agência espacial na última quarta-feira (22) e é fruto de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Arizona, nos Estados Unidos. 

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Em resumo, o planeta está a cerca de 40 anos-luz de distância da Terra e orbita dois sóis em um período de 10 mil anos. As nuvens do planeta são de silicato, se agitam em temperaturas de até 830 °C e foram identificadas pelo telescópio James Webb por permanecerem mais altas na atmosfera do exoplaneta.

No VHS 1256 b também foi registrado água, metano e monóxido de carbono e dióxido de carbono (CO2). Segundo os pesquisadores, é o maior número de moléculas já identificado de uma vez em um planeta fora do Sistema Solar.

O exoplaneta também é considerado o objeto planetário com a maior variabilidade registrada, afinal, a sua atmosfera se move e se mistura constantemente durante um dia de 22 horas.

O registro e posterior derrubada de objetos voadores não identificados (óvnis) nos Estados Unidos e Canadá têm chamado a atenção nos últimos dias. A aparição desses objetos em espaços aéreos nacionais, no entanto, não é de hoje.

No Brasil, de 1952 até 2016, houve um total de 743 registros sobre a aparição de óvnis. A informação é de um relatório do Ministério da Justiça, divulgado em 2018, que reuniu relatos, áudios, fotos e vídeos guardados pela Força Aérea Brasileira (FAB) e enviados ao Arquivo Nacional (AN).

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Por mais que a palavra óvni pareça remeter imediatamente a extraterrestres, a sigla é usada para se referir a qualquer objeto no céu do qual não se sabe a "origem natural". Logo, pode ser um drone, uma estrela, um satélite ou um balão meteorológico, por exemplo.

No Arquivo Nacional, o primeiro documento sobre a aparição de um óvni é de um registro na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, em 1952. Deste evento, há nove fotos. Em uma delas, o objeto é comparado à nave DC-5, porém, as outras fotografias mostram que ele tinha formato de disco, lembrando um prato.

Os documentos mais famosos são de algumas décadas depois, em 1986, quando ocorreu, em 19 de maio, a "Noite Oficial dos Óvnis". Nessa data, foram detectados cerca de 21 objetos voadores não identificados. Jatos da FAB foram enviados para persegui-los, mas nenhum obteve sucesso, conforme o relatório de 2018.

"Tudo começou quando o operador da torre do Aeroporto de São José dos Campos, São Paulo, observou pontos luminosos que mudavam de cor, com a predominância da tonalidade vermelha, e perguntou ao piloto Alcir Pereira se ele estava vendo a mesma coisa", diz o relatório.

"Após a confirmação de Alcir, a Torre de Controle de São Paulo captou sinais sem identificação e o Cindacta I, em Brasília, detectou óvnis nos radares de Goiás, de São Paulo e do Rio de Janeiro. Por causa da velocidade dos objetos, o Centro de Operações de Defesa Aérea (CODA) decidiu enviar os caças para persegui-los e interceptá-los", afirma.

Em novembro do ano passado, pilotos relataram terem visto luzes "não identificadas" enquanto sobrevoavam Porto Alegre. Segundo as descrições dos profissionais, eram luzes que "se cruzavam" ao sul da capital gaúcha. As conversas que vieram a público foram gravadas por um canal do YouTube que registra a comunicação da Central de Controle do Aeroporto Salgado Filho.

"Por gentileza, só por curiosidade, tem algum ‘reporte’ de algum objeto na posição de 10 para 11 horas, praticamente sobre Porto Alegre, um pouquinho ao sul?", questiona o piloto, que se identifica como responsável pelo voo 3406 da Latam. Ele recebeu resposta negativa da atendente.

Questionado pela controladora, um outro piloto, do voo 4657, da Azul, responde: "ah, ia informar vocês, mas iam falar que estou louco. Na verdade, estamos vendo essas luzes desde lá de Confins (Belo Horizonte). São três luzes girando em espiral entre elas, bem forte", afirmou.

O voo da Azul partiu de Belo Horizonte por volta das 21h25, com chegada em Porto Alegre às 23h42. Já o voo Latam 3406 deixou o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, às 21h55, e pousou em Porto Alegre às 23h31. Na época, por meio de nota, ambas as companhias disseram que qualquer eventualidade é reportada de forma imediata por seus tripulantes.

A quantidade de armas registradas por caçadores, atiradores e colecionadores, que compõem o grupo de CACs, quase triplicou desde dezembro de 2018 e ultrapassou, em julho deste ano, a marca de 1 milhão. Os dados são dos institutos Igarapé e Sou da Paz, e foram divulgados inicialmente pelo portal G1 nesta quarta-feira (31). Os números, também acessados pelo Estadão, foram obtidos junto ao Exército via Lei de Acesso à Informação.

De acordo com o levantamento, o acervo de armamentos em posse dos CACs no Brasil, subiu de 350.683 para 1.006.725, entre dezembro de 2018 e julho deste ano, um aumento de 187%.

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O período citado corresponde ao tempo de governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), defensor declarado da liberação do porte de armas para a população. Desde novembro de 2021, foram mais de 200 mil armas registradas. Em nota sobre o levantamento, os institutos Sou da Paz e Igarapé atribuem o aumento desenfreado do acervo à gestão do atual presidente, que tenta a reeleição.

"Este crescimento descontrolado começa em 2017, com a concessão do porte de trânsito, mas se intensifica a partir dos novos privilégios concedidos à categoria em 2019 por Bolsonaro, através de decretos que estão sendo questionados no STF (Supremo Tribunal Federal)."

As entidades afirmam ainda que o aumento de armas nas mãos de CACs preocupam não apenas pelo volume, mas pelo tipo de arma que a categoria tem acesso, como fuzis, por exemplo. Além, também, da frágil fiscalização, que pode levar a um "aumento da infiltração do crime organizado", como Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV).

Recentemente, um integrante do PCC conseguiu o certificado para ser CAC e teve acesso a sete armas - sendo uma delas, um fuzil - de forma ilegal. No mês passado, o Exército cancelou o certificado do membro da facção criminosa, que foi obtido por meio da apresentação de documentos falsos à força militar.

O Exército permite um limite de registro de 60 armas de fogo para atiradores, sendo 30 de calibre restrito; 30 para caçadores, sendo 15 de calibre restrito, e dispensa limites para colecionadores. O maior poder bélico de armamento na mão dos CACs é uma das preocupações apontadas por Bruno Langeani, gerente de projetos do Instituto Sou da Paz. "Estamos falando de mais de 1 milhão de armas, sendo boa parte de calibre restrito, como fuzis semiautomáticos."

Ele explica que o crescimento de armas de fogo mais potentes em posse dos CACs é efeito de decretos assinados por Bolsonaro em 2019, que facilitou o acesso e a compra de um tipo de armamento que antes só era permitido ser usado pelas forças policiais e pelas Forças Armadas.

"Os decretos trouxeram benefícios para os CACs, e foram acompanhados de portarias do Exército, menos conhecidas público em geral, que deram ao grupo a possibilidade de comprarem até 30 fuzis semiautomáticos", afirma o gerente do Sou da Paz.

Hoje, de acordo com Langeani, os CACs podem ter acesso a armas como: fuzis semiautomáticos de calibre 7,62x51mm (que é um calibre de fuzil do exército), do tipo AR15, e do tipo AK. "Então, temos visto esse crescimento de armas com bastante preocupação, inclusive o aumento de membros do grupo também", diz.

Em meio à política pró-armamento do governo, os caçadores, atiradores e colecionadores cresceram 474%, passando de 117.467, em 2018, para 673.818 registrados até 1º de julho deste ano. Atualmente, o número CACs já é maior que os 406 mil policiais militares da ativa no Brasil e 360 mil homens das Forças Armadas.

Langeani critica também a ausência de critérios para adquirir as armas, bem como a falta de fiscalização em relação à utilidade do armamento. "Hoje, um atirador esportivo, no primeiro mês de registro, mesmo sem ter nenhuma experiência, já pode pedir a compra de 30 fuzis de uma vez. Não precisa ter nenhuma justificativa. São esses tipos de brechas que têm feito a gente ver essa infiltração do crime organizado."

O especialista afirma que um dos caminhos para o crescimento não ocorrer de forma descontrolada é melhorar a comprovação da utilidade dos CACs. Ou seja, quem se registra como caçador precisa comprovar que a arma está sendo usada para caça, assim como o atirador precisa comprovar que frequentou algum clube de tiro ou participou de alguma competição. "Com isso, se elimina os aventureiros, e as pessoas que estão infiltradas na categoria. Mas esse controle foi abandonado pelo Exército", afirma Bruno Langeani.

O Ministério da Justiça e o Exército foram questionados sobre os números, mas não retornaram até a última atualização deste texto.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, por unanimidade, nesta sexta-feira (19), a dispensa de registro para importação de medicamentos e vacinas destinados à prevenção ou ao tratamento da varíola dos macacos. Na prática, a resolução simplificará a análise documental e facilitará o acesso da população brasileira aos medicamentos ou vacinas para tratamento ou prevenção da doença, diante da situação de emergência de saúde pública de importância internacional declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo decisão, a norma, que terá caráter excepcional e temporário, permitirá que o Ministério da Saúde solicite à agência a dispensa de registro de medicamentos e vacinas que já tenham sido aprovados para prevenção ou tratamento da varíola dos macacos por autoridades internacionais especificadas na respectiva resolução.

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“É importante deixar claro que a Anvisa está exercendo seu papel de agência reguladora. A dispensa de registro é um ato regulatório. E esse ato não significa a aprovação tácita do que vier. Diante de mais um desafio, estamos utilizando uma ferramenta que faz parte do exercício pleno de nossa função”, disse o diretor presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registra até o momento 3.450 casos confirmados de varíola dos macacos. Os estados de São Paulo (2.279), Rio de Janeiro (403), Minas Gerais (159) e o Distrito Federal (141) lideram o ranking de casos no país.

Condições

A agência ressalta que as condições do medicamento ou da vacina, em caso de importação, devem ser as mesmas aprovadas e publicizadas pelas respectivas autoridades reguladoras. “O medicamento ou vacina deve ter todos os locais de fabricação, incluindo linhas e formas farmacêuticas, aprovados por autoridades reguladoras integrantes do Esquema de Cooperação em Inspeção Farmacêutica (PIC/S)”, destacou a agência.

A norma prevê também um rito simplificado semelhante ao modelo já adotado para as importações por meio do Covax Facility, a aliança internacional formada para acelerar o desenvolvimento, a produção e a distribuição de vacinas contra a covid-19. O pedido de dispensa de registro será avaliado, com prioridade, pelas áreas técnicas da Anvisa e a decisão deverá ocorrer em até 7 dias úteis.

Os grupos vulneráveis e prioritários para uso do medicamento ou vacina ficarão a critério do Ministério da Saúde. A pasta também fará o monitoramento dos medicamentos ou vacinas importados e gerenciará as orientações para notificações de eventos adversos e queixas técnicas e as orientações aos serviços de saúde. Outra atribuição do Ministério da Saúde será assegurar que os medicamentos ou vacinas atendam às condições aprovadas pela autoridade sanitária internacional, garantindo que as vacinas somente sejam utilizadas após a liberação pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).

A diretora relatora da matéria, Meiruze Freitas, ressaltou que a Anvisa acompanhará as discussões sobre farmacovigilância e os estudos de efetividade junto à OMS e às autoridades reguladoras internacionais.

Referências internacionais

Pela decisão de hoje serão consideradas as aprovações de medicamentos ou vacinas emitidas pelas seguintes autoridades internacionais:

Organização Mundial da Saúde (OMS)

Agência Europeia de Medicamentos (EMA)

Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA/EUA)

Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA /UK)

Agência de Produtos Farmacêuticos e Equipamentos Médicos/Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar do Japão (PMDA/MHLW/JP)

Agência Reguladora do Canadá (Health Canada)

A Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo (PRE-SP) apresentou, nesta terça-feira (16), a lista com as primeiras ações para impugnação de candidaturas registradas no Estado.

Neste primeiro bloco, há 83 registros contestados pela PRE. O Estadão apurou que a maior parte das candidaturas está sendo questionada por pendências na documentação exigida pela Justiça Eleitoral. O rol de documentos obrigatórios vai desde o balanço financeiro de campanhas anteriores até certidões criminais e de quitação eleitoral.

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O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil), que tenta a reeleição, está na lista. Ele tem quatro multas eleitorais em aberto. As autuações foram aplicadas entre fevereiro de 2018 e setembro de 2019.

"Impugnado não comprovou estar quite com a Justiça Eleitoral", escreveu o procurador regional Eleitoral substituto Paulo Taubemblatt em manifestação enviada ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

Procurado pelo Estadão, o deputado informou que as multas foram parceladas e estão sendo pagas regularmente. "Esta impugnação é um procedimento padrão dentro de uma campanha eleitoral e não vislumbro nenhuma complicação jurídica mais séria para minha campanha", disse.

Os nomes enquadrados na Lei da Ficha Limpa são minoria na lista da PRE-SP: 20 candidatos. É o caso do ex-deputado Eugênio José Zuliani (União Brasil), candidato ao cargo de vice-governador na chapa de Rodrigo Garcia (PSDB). A Procuradoria diz que ele está inelegível porque teve as contas julgadas irregulares quando foi prefeito de Olímpia, no interior de São Paulo.

A PRE-SP também analisou se os servidores públicos que registraram candidatura pediram afastamento das funções no prazo legal. A promotora Gabriela Manssur, do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), teve o registro impugnado justamente por não ter se descompatibilizado com a antecedência necessária.

O Estadão mostrou que a direção do MP deu autorização para promotores e procuradores entrarem de licença para disputar as eleições, sem perder os cargos e salários. A decisão administrativa é arriscada, uma vez que a Justiça Eleitoral exige a exoneração.

As pendências e irregularidades encontradas pela Procuradoria Eleitoral não têm potencial de deixar os candidatos automaticamente fora das eleições de outubro. As ações apresentadas ainda serão analisadas pelo TRE-SP, que tem até 12 de setembro para decidir se aprova ou não os registros. Em caso de derrota, os candidatos ainda podem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

COM A PALAVRA, O DEPUTADO KIM KATAGUIRI

"A impugnação feita pelo Ministério Público Eleitoral tem por base a suposta falta de pagamento de multas eleitorais da campanha de 2018. Informo que as multas foram parceladas e estão sendo pagas regularmente. Dentro do prazo legal de sete dias, apresentarei à Justiça Eleitoral o comprovante de quitação de todas as dívidas. Esta impugnação é um procedimento padrão dentro de uma campanha eleitoral e não vislumbro nenhuma complicação jurídica mais séria para minha campanha."

O setor de saúde suplementar totalizou, em maio, 49,6 milhões de usuários em planos de assistência médica e 29,6 milhões em planos exclusivamente odontológicos. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (6) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

“Nos planos médico-hospitalares, em um ano houve crescimento de 1.557.174 beneficiários - o equivalente a 3,14% de aumento em relação a maio de 2021. No comparativo de maio de 2022 com abril de 2022, o crescimento foi de 240.096 usuários”, informou a agência.

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Nos planos exclusivamente odontológicos, somaram-se 2.464.567 beneficiários em um ano, o que representa 8,32% de crescimento no período e 252.592 na comparação de maio de 2022 com abril de 2022.

Nos estados, no comparativo com maio de 2021, o setor registrou evolução de beneficiários em planos de assistência médica em 24 unidades federativas, sendo São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina os que tiveram o maior ganho em números absolutos.

Entre os odontológicos, 26 unidades federativas registraram crescimento no comparativo anual, sendo também que São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, os estados com maior crescimento em números absolutos.

Ao longo da pandemia da Covid-19, mais de 320 mil crianças foram registradas somente com o nome da mãe na certidão de nascimento, indicam dados do Portal da Transparência do Registro Civil. De acordo com a plataforma, que é administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, os reconhecimentos de paternidade caíram mais de 30% em comparação com 2019.

Em números absolutos, 160.407 recém-nascidos foram registrados com apenas o nome da mãe em sua certidão de nascimento em 2020. Em 2021, foram 167.399 mil. As informações foram coletadas nos 7.654 Cartórios de Registro Civil do Brasil, distribuídos em todo País.

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Os recordes são verificados nos anos com menor índice de nascimentos desde o início da série histórica dos cartórios, em 2003, com 2.644.562 registros em 2020 e 2.642.261 em 2021.

Com relação aos reconhecimentos de paternidade, o Portal da Transparência do Registro Civil registrou uma queda de 32% entre 2019 e 2020 - foram realizados 35.243 atos no ano anterior à pandemia e 23.921 no primeiro ano da crise sanitária. Já em 2021, foram registrados 24.682 reconhecimentos de paternidade.

De acordo com o levantamento, a região Norte é a que concentra o maior número de crianças registradas somente com o nome da mãe. Dos 253.667 recém-nascidos em 2020, 21.838 deles foram registrados sem o nome do pai. Em 2021, 24.807 certidões de nascimento foram emitidas somente com o nome da mãe, dentro de um total de 285.272 nascimentos.

"A mesma tendência foi observada nas regiões Centro-Oeste (16.080), Sul (18.573) e Sudeste (56.947), que viram crescer os registros apenas com o nome materno em 2021", apontou a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais.

Já a região Sudeste observou a maior com queda nos atos de reconhecimento de paternidade durante a pandemia. Em 2019, 27.279 mil pais reconheceram seus filhos, número 40% maior que o observado em 2020 (16.054) e 2021 (14.879).

O número de registros de óbitos no Brasil em 2020 chegou a 1.513.575, uma alta de 14,9%, ou 195.965 mortes a mais que em 2019, sendo que 99,2% das mortes ocorridas a mais foram por causas naturais.

Tanto em percentual quanto em números absolutos, foi a maior alta desde 1984, aponta a pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2020, divulgada hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O aumento percentual de óbitos entre os homens (16,7%) foi maior que entre as mulheres (12,7%). A maioria das mortes (70%) foi de pessoas com 60 anos ou mais de idade.

A pesquisa revelou aumento de 16,6% em mortes por causas naturais na faixa etária de 60 anos ou mais. Para as idades abaixo de 20 anos, houve redução de óbitos de 2019 para 2020.

Segundo a gerente da pesquisa, Klívia Bayner de Oliveira, o efeito da pandemia de covid-19 foi captada nas estatísticas tanto pelo aumento expressivo de mortes no ano passado quanto pela queda de registros de nascimentos e casamentos, devido às medidas de isolamento social.

“O mês de maio foi o que teve maior ocorrência de óbitos com variação de 29% com 33.458 óbitos a mais se comparado a 2019 e dezembro também teve uma variação importante com 22.992 a mais”, disse a pesquisadora.

Cerca de 73,5% das mortes de 2020 ocorreram em hospital, 20,7% em domicílios e em 5,8% em outro local de ocorrência ou sem declaração.

Segundo o levantamento, todas as regiões tiveram alta significativa no número de óbitos. Os maiores aumentos foram no Norte (25,9%) e no Centro-Oeste (20,4%). O Nordeste (16,8%) também teve alta superior à média do país (14,9%). Sudeste (14,3%) e Sul vieram a seguir (7,5%). O estado do Amazonas teve variação de 32% a mais nas mortes na comparação com 2019.

Casamentos

O número de registros de casamento no Brasil teve redução de 26,1% em 2020 (de 1.024.676 em 2019 para 757.179), a maior queda da série histórica. O movimento de queda vem sendo observado, anualmente, desde 2016, mas em 2020 essa variável foi afetada pelo isolamento social em decorrência da pandemia, segundo o IBGE.

Do total de casamentos, 6.433 ocorreram entre pessoas do mesmo sexo, queda de 29% ante 2019. Os casamentos entre cônjuges femininos representam 60,1% dos casamentos civis nessa composição conjugal.

O número de casamentos registrados em cartório recuou em todas as regiões, com mais intensidade no Nordeste (27,8%) Centro-Oeste (27,7%) e Sudeste (27,3%).

Nascimentos

De 2019 para 2020, o número de registros de nascimentos caiu 4,7%, com 2.728.273 crianças registradas no ano passado.

Em uma década, entre 2000 e 2020, a proporção de registros de nasci­mentos cujas mães tinham menos de 30 anos caiu de 76,1% para 62,1%. Já os registros de nascimentos com mães de 30 anos ou mais subiu de 24% para 37,9%. A maior proporção de mães jovens estava na região Norte, onde 19,5% dos registros de nascimentos foram de crianças com mães que tinham menos de 20 anos de idade.

Em 2019, a estimativa de sub-registro de nascimentos foi de 2,1%, caindo 2,4% na comparação com 2018. Já o sub-registro de óbitos ficou em 3,8%, frente 4% em 2018.

As Estatísticas do Registro Civil investigam registros de nascimentos, casamentos, divórcios e óbitos em cartórios. Segundo o IBGE, excepcionalmente, as informações sobre divórcios em 2020 serão divulgadas em momento posterior.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) registrou, nesta segunda-feira (8), mais cinco mortes e 67 casos de Covid-19 em Pernambuco. O estado soma 20.076 mortes pela doença.

Entre os casos confirmados nesta segunda-feira, nove são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Os demais 58 são leves.

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Pernambuco totaliza 634.065 casos confirmados de Covid-19, sendo 54.670 graves e 579.395 leves. Os cinco óbitos ocorreram entre 1º de maio de 2021 e 22 de setembro de 2021.

Ao menos 12.211 crianças de até seis anos de idade no Brasil ficaram órfãs de um dos pais vítimas da Covid-19 entre 16 de março de 2020 e 24 de setembro deste ano. Segundo a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), 25,6% das crianças de até seis anos que perderam um dos pais na pandemia não tinham completado um ano.

Já 18,2% tinham um ano de idade; 18,2%, dois anos de idade; 14,5%, três anos; 11,4%, quatro anos; 7,8% tinham cinco anos e 2,5%, seis anos. São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Ceará e Paraná foram os estados que mais registraram óbitos de pais com filhos nesta faixa etária.

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Os dados foram levantados com base no cruzamento entre os CPFs dos pais nos registros de nascimentos e de óbitos feitos nos 7.645 cartórios de registro civil do país desde 2015, ano em que as unidades passaram a emitir o documento diretamente nas certidões de nascimento das crianças recém-nascidas em todo o território nacional.

Os números obtidos pela Arpen-Brasil, entidade que representa os cartórios de registro civil do Brasil e administra o Portal da Transparência, mostram que 223 pais morreram antes do nascimento de seus filhos, enquanto 64 crianças, até a idade de seis anos, perderam pai e mãe vítimas da Covid-19.

“A base de dados dos cartórios tem auxiliado constantemente os poderes públicos, os laboratórios e os institutos de pesquisas a dimensionar o tamanho da Covid-19 em nosso país e o fato de termos esta parceria com a Receita Federal para a emissão do CPF na certidão de nascimento dos recém-nascidos nos permitiu chegar a este número parcial, mas já impactante”, disse, em nota, o presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli.

Rio de Janeiro

No estado do Rio de Janeiro, ao menos 774 crianças de até seis anos de idade ficaram órfãs de um dos pais vítimas da Covid-19 entre 16 de março de 2020 e 24 de setembro deste ano. Os dados foram levantados com base no cruzamento entre os CPFs dos pais nos registros de nascimentos e de óbitos feitos nos 168 cartórios de registro civil do estado.

Segundo o levantamento, no estado do Rio, 23 pais faleceram antes do nascimento de seus filhos, enquanto cinco crianças, até a idade de seis anos, perderam pai e mãe vítimas da covid-19.

“As diversas parcerias firmadas pelo Registro Civil permitiram realizar esse levantamento, unindo a base de dados dos cartórios de registro civil, o que tem nos proporcionado dimensionar o tamanho do impacto da Covid-19 no Rio de Janeiro. O resultado de levantamentos como esse indica caminhos para que os poderes públicos possam ser mais assertivos na resolução de questões que envolvem a cidadania e a dignidade daqueles que ficaram órfãos”, afirmou o presidente da Arpen/RJ, Humberto Costa.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) registrou, nesta quinta-feira (23), mais 12 mortes e 394 casos de Covid-19 em Pernambuco. O estado soma 19.659 mortes pela doença.

Entre os casos confirmados nesta quinta-feira (23), 15 são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Os demais 379 são leves.

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Pernambuco totaliza 617.304 casos confirmados de Covid-19, sendo 53.850 graves e 563.454 leves. Os 12 óbitos ocorreram entre 23 de dezembro de 2020 e a última quarta-feira (22).

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) registrou, nesta sexta-feira (10), mais 14 óbitos e 941 casos de Covid-19 em Pernambuco. O estado soma 19.511 mortes pela doença.

Entre os casos confirmados nesta sexta-feira, 30 são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Os demais 911 são leves.

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Segundo a SES, a quantidade de casos leves representa um trabalho de atualização e limpeza no banco de dados feito pelos municípios. A pasta ressalta que o sistema do Ministério da Saúde para notificação de casos leves (e-SUS) continua apresentando instabilidade, o que pode resultar em aumento de registros nos próximos dias.

Pernambuco totaliza 612.680 casos confirmados de Covid-19, sendo 53.599 graves e 559.081 leves. Os 14 óbitos ocorreram entre 15 de abril de 2021 e a última quinta-feira (9).

A cidade de Bezerros, no Agreste de Pernambuco, completou um mês sem registrar mortes decorrentes da Covid-19. Segundo dados do Comitê Gestor de Enfrentamento à Covid-19, o último caso registrado foi no dia 22 de julho deste ano.

O avanço na campanha de vacinação contra a Covid-19, a partir da ampliação da faixa etária dos grupos prioritários, também tornou-se um fator fundamental para o município alcançar essa marca. Na última sexta-feira (20), por exemplo, a Secretária de Saúde reduziu a faixa etária de vacinação para pessoas com 18 anos, abrangendo todos os grupos maiores de idade registrados no Plano Nacional de Imunização (PNI).

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De acordo com os dados do vacinômetro, boletim que contém todas as informações da campanha de vacinação, também divulgado na última sexta-feira (20), Bezerros já vacinou mais de 35.074 pessoas com a primeira dose do imunizante e outras 11.983 com a segunda, representando 57,61% e 19,68% da população total, respectivamente.

"Essa importante conquista é fruto do trabalho árduo dos profissionais da rede municipal de saúde, que desde o início da pandemia estão na batalha contra o Coronavírus, seja nos hospitais, enfermarias ou nas ações de fiscalização e conscientização, realizadas diretamente com os cidadãos bezerrenses", destacou a secretária de saúde Iêda Campos.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) registrou, neste sábado (5), mais 4.468 casos de Covid-19 em Pernambuco. Segundo a pasta, o maior registro de casos neste informe, principalmente leves, foi motivado pelo feriado desta semana, que provocou o acúmulo nas notificações pelos municípios.

Entre os casos confirmados neste sábado, 420 são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Os demais 4.048 são leves.

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Pernambuco totaliza 497.906 casos confirmados da doença, sendo 45.951 graves e 451.955 leves. 

Também foram confirmados mais 94 óbitos, ocorridos entre 13 de março de 2021 e a última sexta-feira (4). O estado totaliza 16.243 mortes por Covid-19.

Pernambuco ultrapassou a marca de 420 mil casos de Covid-19. O estado totaliza 420.766 casos após a Secretaria Estadual de Saúde (SES) contabilizar mais 2.763 ocorrências nesta sexta-feira (7).

Entre os casos confirmados nesta sexta-feira, 106 são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e 2.657 são leves. Do total de casos, 41.233 são graves e 379.533, leves.

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Também foram confirmados mais 49 óbitos, ocorridos entre 1º de julho de 2020 e a última quinta-feira (6). Pernambuco totaliza 14.434 mortes pela doença.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) registrou, nesta segunda-feira (22), mais 37 mortes e 677 casos de Covid-19 em Pernambuco. Com  a atualização, o estado registra 11.698 mortes pela Covid-19.

Entre os casos confirmados nesta segunda-feira, 128 são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Os demais 549 são leves.

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Pernambuco totaliza 331.326 casos confirmados da doença, sendo 34.613 graves e 296.713 leves. Os 37 óbitos ocorreram entre 18 de janeiro deste ano e o último domingo (21).

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