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Milhares de motoristas e passageiros dos transportes públicos do Reino Unido tiveram, nesta segunda-feira (12), os seus deslocamentos interrompidos devido ao gelo e à neve, principalmente na região de Londres, onde vários aeroportos tiveram que fechar temporariamente as suas pistas.

O aeroporto de Stansted, localizado ao norte da capital britânica e usado principalmente pela companhia aérea de baixo custo Ryanair, fechou suas pistas na noite de domingo (11) enquanto limpava a neve e alertou para atrasos e cancelamentos.

No seu site, muitos voos programados para a manhã de segunda-feira permanecem cancelados, mas as pistas já estão "abertas e totalmente operacionais", informou o aeroporto em nota enviada à AFP, especificando que "alguns voos podem sofrer atrasos" devido às condições meteorológicas.

A Ryanair também informou no Twitter que "devido às fortes nevascas no Reino Unido, as pistas dos aeroportos de Stansted e Gatwick (sul de Londres) foram temporariamente fechadas durante a noite, interrompendo todos os voos programados".

Nas redes sociais, dezenas de passageiros presos nos aeroportos da capital britânica publicaram vídeos que mostravam as pistas cobertas de neve e aviões impossibilitados de decolar.

Segundo a BBC, no domingo mais de 50 voos também foram cancelados no aeroporto de Heathrow, o maior da capital, devido à névoa.

Na manhã desta segunda-feira, o tráfego ainda estava fortemente interrompido nas principais estradas de Londres, com intensos engarrafamentos devido à neve e ao gelo.

Na noite de domingo, alguns motoristas ficaram presos em seus veículos por várias horas, surpreendidos pela nevasca, pelo gelo e pela névoa, principalmente em Sussex, ao sul de Londres, onde a polícia aconselhou a "só viajar se for necessário".

Os passageiros ferroviários também enfrentaram atrasos e cancelamentos significativos na manhã desta segunda-feira, com algumas linhas do metrô de Londres interrompidas ou com atrasos.

O Reino Unido sofre com uma onda de frio particularmente intensa há vários dias, com temperaturas caindo para -10°C em algumas áreas, embora a agência meteorológica MET tenha afirmado que essas temperaturas "não são incomuns para esta época do ano".

a MET emitiu alertas amarelos para neve, névoa e geada em várias áreas, especialmente no sul da Inglaterra e no norte da Escócia.

No domingo, quatro crianças foram resgatadas com parada cardíaca e hospitalizadas em estado crítico depois que caíram em um lago congelado em Solihull, oeste da Inglaterra. Segundo testemunhas, elas estavam brincando no gelo e caíram na água.

O sindicato dos enfermeiros do Reino Unido convocou uma greve de dois dias em dezembro para exigir melhores salários, uma ação sem precedentes em seus 106 anos de história em meio a uma crise da saúde pública.

Enfermeiros na Inglaterra, no País de Gales e na Irlanda do Norte vão parar de trabalhar nos dias 15 e 20 de dezembro, anunciou o sindicato Royal College of Nursing (RCN) nesta sexta-feira (25).

"Os enfermeiros estão cansados de serem ignorados, com salários baixos e falta de pessoal, sem poder dar aos nossos pacientes o cuidado que merecem", declarou a secretária-geral do sindicato, Pat Cullen, em um comunicado.

"A menos que façamos isso, não vemos nenhuma perspectiva de que as coisas mudem tão cedo", afirmou a diretora do RCN na Inglaterra, Patricia Marquis, pedindo desculpas aos pacientes pelos transtornos.

A greve ocorrerá no contexto de uma crescente crise do custo de vida. O sindicato exige um aumento salarial superior a uma inflação histórica de mais de 11%.

Nos últimos meses, o Reino Unido tem sido palco de uma multiplicação de greves em diversos setores.

A mobilização dos enfermeiros será intercalada por paralisações dos trens, enquanto os Correios vão parar no Natal.

O ministro da Saúde, Steve Barclay, declarou-se "extremamente grato pelo trabalho árduo e pela dedicação" dos enfermeiros e lamentou a greve, garantindo que as interrupções serão minimizadas e que os serviços de emergência vão funcionar.

"São tempos difíceis para todos e a conjuntura econômica faz as reivindicações do RCN, exigindo um aumento salarial de 19,2%, a um custo de 10 bilhões de libras (US$ 12 bilhões) por ano, serem impossíveis de pagar", disse.

O RCN denuncia que os salários dos enfermeiros caíram 20% em termos reais desde 2010, devido aos sucessivos aumentos abaixo da inflação.

Na Escócia, o sindicato suspendeu a convocação depois que o governo autônomo regional reabriu as negociações, oferecendo aumentos de 11,3% para os salários mais baixos e um aumento médio de 7,5%.

- Saúde em crise -

Autoridades da saúde pública britânica disseram em setembro que alguns enfermeiros começaram a pular refeições para alimentar e vestir seus filhos e tinham dificuldades para pagar as contas.

Um em cada quatro hospitais na Inglaterra montou bancos de alimentos para seus funcionários, de acordo com o NHS Providers, que representa grupos hospitalares.

"Estamos exaustos. Precisamos de um aumento para viver", disse Ameera, enfermeira de um hospital londrino que votou a favor da greve, em entrevista à AFP.

Para ela, que não quis revelar o sobrenome, "o governo britânico brinca com a saúde dos pacientes, ao não aumentar os salários".

O Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) vem sofrendo de subfinanciamento há anos.

O governo de Rishi Sunak anunciou este mês um aumento de 3,3 bilhões de libras no orçamento para os próximos dois anos, visando, principalmente, a reduzir as longas listas de espera para exames médicos e tratamentos.

De acordo com o RCN, há 47.000 vagas de enfermagem não preenchidas na Inglaterra, em parte devido à "má remuneração".

Muitos enfermeiros, liderados pelos espanhóis, deixaram o Reino Unido como resultado do Brexit, que pôs fim ao sistema que lhes permitia contabilizar sua experiência britânica em seus países de origem.

Mais de sete milhões de pessoas aguardavam atendimento em hospitais na Inglaterra em setembro, um número recorde desde que esse indicador foi criado em 2007.

Um adolescente de 15 anos, que teve o seu nome preservado, inseriu um cabo USB no pênis para, segundo ele, medir o tamanho do órgão genital. Após não conseguir remover o objeto, ele procurou um departamento de emergência do Reino Unido. O episódio aconteceu no ano passado, mas só foi revelado nesta semana pelo site Science Direct.

Na unidade de saúde, verificou-se que as duas portas do fio USB estavam salientes no meato uretral externo, localizada na extremidade da glande do pênis, e parte do fio enrolado permanecia dentro da uretra do adolescente. O site destaca que o paciente não tinha histórico de distúrbios de saúde mental, algo comum nestes casos.

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Aos médicos, o garoto confessou que inseriu o cabo na uretra para medir o comprimento do pênis e que isso foi desencadeado pela curiosidade sexual. Devido à gravidade do caso, ele precisou passar por uma cirurgia para retirar o cabo. 

O Science Direct destacou que o cabo com nós foi revelado no aspecto proximal da uretra peniana e cortado do restante do cordão. Ambas as extremidades do fio foram puxadas com sucesso através do meato uretral externo. A cirurgia transcorreu bem e o adolescente recebeu alta no dia seguinte com analgesia simples e antibióticos.

Um homem britânico, de 59 anos, testou positivo para a Covid-19 por 411 dias seguidos, o que está sendo considerada uma das mais longas contaminações do mundo. O paciente positivou pela primeira vez em dezembro de 2020. Ele estava com o sistema imunológico fragilizado devido a uma cirurgia de transplante de rim. 

Em estudo publicado na sexta-feira (4), aponta que, embora o homem não tenha apresentado os sintomas da doença durante todo o tempo que testou positivo, o vírus permaneceu detectável nele até janeiro deste ano. 

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O estudo mostra que, para descobrir se ele havia sido infectado várias vezes ou se o caso era uma infecção persistente, os pesquisadores da NHS Foundation Trust de Guy e St Thomas, no Reino Unido, fizeram uma análise genética, utilizando uma tecnologia avançada de sequenciamento de nanoporos, que permitiu com que eles identificassem o código genético do vírus em particular para encontrar o tratamento ideal.

O paciente contraiu uma das primeiras variantes do coronavírus, comum no Reino Unido nos últimos meses de 2020, primeiro ano da pandemia no mundo. Para a cura, os pesquisadores deram ao homem uma combinação de anticorpos monoclonais casirivimab e imdevimab, da Regeneron. Esses anticorpos não são mais amplamente usados por serem considerados ineficazes contra as variantes mais recentes. No entanto, para o britânico, essa abordagem foi capaz de curá-lo, mesmo depois de quase dois anos.

O Reino Unido adotará políticas "mais radicais" para enfrentar a imigração irregular, disse nesta terça-feira (1º) o ministro da Imigração, Robert Jenrick, em um momento em que há um número recorde de pessoas que atravessam o Canal da Mancha em pequenas embarcações.

"Temo que teremos que olhar para opções mais radicais para garantir que nossas leis sejam adequadas, que os migrantes em situação irregular sejam devolvidos rapidamente e para dissuadir as pessoas de virem para o Reino Unido", disse Jenrick à rádio BBC.

"O Reino Unido não pode continuar sendo um imã para migrantes econômicos", afirmou.

Cerca de 40.000 pessoas fizeram a travessia perigosa do continente para o Reino Unido através do Canal da Mancha até agora este ano, com o governo projetando que esse número chegue a 50.000 até o final do ano.

Jenrick falou sobre o assunto depois que a ministra do Interior, Suella Braverman, provocou polêmica na segunda-feira por se referir ao fluxo de imigrantes como uma "invasão".

Questionado sobre os comentários de Braverman, Jenrick disse à Sky News: "Em uma posição como a minha, você precisa escolher suas palavras com muito cuidado".

"Eu nunca demonizaria as pessoas que vêm para este país em busca de uma vida melhor. Eu entendo e aprecio nossa obrigação com os refugiados", disse ele.

O Reino Unido chegou a um acordo com Ruanda para que os solicitantes de asilo que chegam ao país de forma irregular esperem no país africano enquanto o seu pedido é processado.

Atualmente, este controverso acordo está suspenso após uma decisão da Justiça europeia.

Um jovem britânico de 28 anos, que não teve a identidade revelada, foi resgatado após ficar à deriva no Canal da Mancha, que separa a ilha da Grã-Bretanha do norte da França, por pelo menos dois dias. Ele sobreviveu comendo algas e mexilhões. 

O homem foi localizado por pescadores holandeses na quinta-feira (27), agarrado a uma boia e vestindo apenas shorts de natação. Segundo o jornal Evening Standard, o britânico partiu de uma viagem planejada de Dover, no Reino Unido, para a França.

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O capitão Teunis de Boer informou que o jovem estava machucado, desidratado e sofrendo de hipotermia grave com uma temperatura corporal de aproximadamente 26ºC. "Foi um milagre ele ter sobrevivido. Ele parecia um pouco confuso, então não sabemos exatamente quanto tempo ele ficou daquele jeito. Aposto que não conseguiu dormir em uma boia dessas, especialmente com o mau tempo dos últimos dias", disse Boer.

Após ser resgatado, ele foi alimentado pela tripulação antes de ser transportado de avião para um hospital na França pela guarda costeira. 

O ex-ministro de Finanças do Reino Unido Rishi Sunak assumirá o cargo de primeiro-ministro do país, após a sua adversária Penny Mordaunt anunciar que se retirou da disputa na manhã desta segunda-feira (24). A notícia vem após relatos da imprensa britânica sugerirem que Sunak tinha apoio de mais da metade dos parlamentares do Partido Conservador britânico, o que abriu caminho para que ele suceda Liz Truss no cargo de premiê.

"Escolhemos o nosso novo primeiro-ministro. A decisão é histórica e mostra, mais uma vez, a diversidade e o talento de nosso partido. Rishi tem meu pleno apoio", disse Mordaunt, em comunicado divulgado nas suas redes sociais.

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De acordo com ela, a eleição de Sunak reflete a "necessidade atual por certeza" entre os membros do Partido Conservador. A escolha pelo ex-ministro ocorreu menos de uma semana após a atual premiê, Liz Truss, anunciar sua renúncia depois de apenas 44 dias no cargo.

Rishi Sunak torna-se a primeira pessoa vinda de uma família de imigrantes a ocupar o cargo. Ele foi o único deputado conservador a alcançar mais de 100 declarações de apoio no Parlamento, elegendo-se sem a necessidade de uma votação aberta entre os filiados do Partido Conservador.

O caminho de Sunak até o Número 10 de Downing Street ficou praticamente livre após o anúncio de Boris Johnson no último domingo, 23, de que não concorreria ao cargo.

O ex-premiê (e ex-chefe) do novo primeiro-ministro era a principal ameaça a Sunak, pois além de apoio no Parlamento, Johnson é uma figura mais popular entre os filiados do Partido, segundo pesquisas de opinião recentes realizadas pelo país. (Com agências internacionais).

O ex-ministro das Finanças Rishi Sunak é o favorito para ser designado, talvez ainda nesta segunda-feira (24), o novo primeiro-ministro do Reino Unido e suceder Liz Truss, após a decisão de Boris Johnson de não apresentar candidatura.

Johnson, cuja possível candidatura dividia profundamente o Partido Conservador, anunciou no domingo à noite em um comunicado que tinha o apoio de pelo menos 100 deputados, mas que optou por não apresentar seu nome devido ao momento da formação de direita.

"Nos últimos dias cheguei à conclusão de que simplesmente não seria o correto. Não se pode governar com eficácia se não há um partido unido no Parlamento", explicou Johnson, que deixou o poder no início de setembro, após uma série de escândalos.

Johnson retornou no sábado de um período de férias no Caribe para tentar obter o apoio de pelo menos 100 parlamentares, condição indispensável para entrar na disputa, e declarou que recebeu o respaldo de 102 deputados.

A desistência, que é destaque na imprensa britânica nesta segunda-feira, abre o caminho para a vitória de Rishi Sunak, de 42 anos, que foi derrotado na disputa para suceder Johnson por Liz Truss, efêmera primeira-ministra que renunciou depois de passar apenas 44 dias no poder.

Este filho de imigrantes indianos, que estudou em escolas de prestígio do país e é um milionário ex-executivo do setor bancário, seria o primeiro líder procedente de uma minoria étnica a governar o país.

- Mordaunt não desiste -

Durante um intenso fim de semana de negociações, Sunak anunciou no domingo sua candidatura. "Quero ajustar nossa economia, unir nosso partido e trabalhar pelo nosso país", afirmou no Twitter, ao prometer "integridade, profissionalismo e responsabilidade".

Sunak é no momento o único candidato com os 100 apoios necessários. A outra candidata, a ministra para Relações com o Parlamento, Penny Mordaunt, está longe de alcançar o número. Ela tem poucas horas para conseguir, até 14H00 locais (10 de Brasília), e a missão parece difícil.

Mordaunt anunciou no domingo à noite que permanecia na disputa e declarou que é a pessoa que pode unir o partido.

"Ao tomar esta decisão difícil, (Boris Johnson) colocou o país à frente do partido. E o partido à frente dele mesmo", tuitou Mordaunt.

"Ele trabalhou para garantir o mandato e a maioria de que dispomos. Devemos utilizá-los corretamente e sei que trabalhará conosco para fazer isso", acrescentou.

Caso a ministra consiga os apoios necessários e não abandone a disputa, apesar da vantagem do rival, os filiados do Partido Conservador terão que participar em uma votação virtual até sexta-feira para decidir o próximo líder da formação e primeiro-ministro do país.

Em caso contrário, Rishi Sunak pode ser declarado vencedor ainda nesta segunda-feira para ser o quinto primeiro-ministro desde o referendo do Brexit de 2016, que abriu um período de turbulências econômicas e políticas no Reino Unido.

- Ortodoxia orçamentária

Sunak, defensor da ortodoxia orçamentária, seduz grande parte do Partido Conservador no momento em que o Reino Unido enfrenta uma forte crise econômica e social, agravada pelas idas e vindas de Liz Truss que desestabilizaram os mercados e provocaram a desvalorização da libra.

Sunak criticou de maneira veemente o plano econômico ultraliberal de Truss.

A oposição trabalhista, que tem grande vantagem nas pesquisas de intenção de voto, pede a convocação de eleições antecipadas.

"Os tories estão a ponto de dar a Rishi Sunak as chaves do país sem que ele tenha falado uma palavra sobre a maneira como governará", tuitou a vice-líder do Partido Trabalhista, Angela Rayner. "Ninguém votou para isto", completou.

Apoiadores de Boris Johnson estão confiantes de que o ex-premiê britânico irá conseguir as 100 assinaturas necessárias para emplacar seu nome nas cédulas de votação para primeiro-ministro do Reino Unido, de acordo com o Telegraph, após a renúncia de Liz Truss.

Entre os nomes que declararam publicamente o apoio em Johnson está Jacob Rees-Mogg, ministro para Oportunidades do Brexit e Eficiência do Governo, Simon Clarke, secretário de Estado do Nivelamento, Habitação e Comunidades, e Tom Pursglove, secretário de Estado da Imigração.

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Nas redes sociais circulam perfis para potencializar o nome do ex-premiê. A primeira votação entre os parlamentares para a escolha do novo primeiro-ministro do Reino Unido deve acontecer na próxima segunda-feira, dia 24, entre 11h30 e 13h30 (horário de Brasília).

O Partido Conservador britânico inicia nesta sexta-feira (21) uma campanha frenética para definir o sucessor da primeira-ministra demissionária Lizz Truss, com boatos de uma provável tentativa de retorno ao poder de Boris Johnson.

Depois de passar apenas 44 dias no cargo, período marcado por uma crise econômica desencadeada basicamente por suas próprias decisões, a líder conservadora anunciou a renúncia na quinta-feira (20).

Truss admitiu que não pode "cumprir com o mandato" para o qual foi eleita pelos "tories", depois que abandonou seu polêmico pacote de grandes cortes de impostos e enfrentou uma rebelião entre os deputados conservadores.

Truss sucedeu Boris Johnson em 6 de setembro, após uma campanha de várias semanas contra Rishi Sunak, e prometeu reformas profundas diante do aumento do custo de vida no país.

Sunak, ex-ministro das Finanças, que havia alertado para as consequências desastrosas do plano fiscal de Truss, passou a ser considerado um dos favoritos para assumir o posto de chefe de Governo.

Entre os aspirantes também aparece o nome de Boris Johnson, apesar dos escândalos que marcaram seu mandato e de sua reduzida popularidade ao deixar Downing Street.

"BoJo: Eu voltarei", afirma a manchete do tabloide The Sun, em referência a um possível retorno de Johnson.

De acordo com o conservador Daily Telegraph, o antecessor de Truss se apresenta como potencial salvador de um desastre eleitoral e procurou Rishi Sunak. Por sua vez, o Daily Mail destaca em sua primeira página um possível duelo entre os dois homens e afirma que Johnson antecipará o retorno das férias no Caribe.

Outros possíveis candidatos permaneceram discretos nas horas posteriores à explicação por parte dos dirigentes do partido sobre o processo de escolha do novo líder conservador, que acontecerá em 28 de outubro.

Os apoiadores de Sunak e Johnson rapidamente exaltaram seus respectivos méritos, enquanto outros dirigentes do partido, como Penny Mordaunt ou Ben Wallace, ainda pensavam sobre participar da disputa.

O novo ministro das Finanças, Jeremy Hunt, descartou uma candidatura.

O ex-ministro Tim Loughton pediu a Sunak, Mordaunt, Hunt e Wallace um acordo para uma candidatura de unidade para que o partido "volte a um certo nível de normalidade".

Outras candidaturas podem incluir representantes da ala mais à direita do partido como Suella Braverman, cuja renúncia como ministra do Interior na quarta-feira precipitou a queda de Truss.

Mas os pró-Brexit e outras alas dos conservadores "precisam deixar os egos de lado" e trabalhar juntos diante da gravidade da situação econômica, afirmou Loughton à rádio BBC.

"Precisamos de um governo unido e talentoso de adultos que se unam e nos levem de volta ao rumo certo", acrescentou.

- "Novela" -

Os candidatos não têm tempo a perder: precisam obter o apoio de pelo menos 100 parlamentares conservadores até 14H00 (10H00 de Brasília) de segunda-feira.

Isto limita a disputa ao máximo de três nomes, porque a Câmara dos Comuns tem apenas 357 conservadores.

Os representantes definirão o líder conservador em duas votações: a primeira reduzirá a disputa a duas candidaturas e a segunda servirá como "indicação" aos membros do partido sobre a opção preferida dos deputados.

Então, exceto se os parlamentares apoiarem apenas um nome, serão os filiados do Partido Conservador que definirão a questão em uma votação virtual na próxima semana.

O Partido Trabalhista e outras formações da oposição afirmam que os conservadores estão menosprezando o eleitorado.

O líder trabalhista, Keir Starmer, pediu eleições gerais antecipadas, dois anos antes do previsto, e afirmou que o "Reino Unido "não pode ter outro experimento dos conservadores".

"Esta não é apenas uma novela no topo do partido 'tory'. Está provocando um enorme dano à reputação de nosso país" e aos meios de subsistência das pessoas, disse, no momento em que o país registra inflação de 10%.

Muitos analistas consideram que os vencedores das disputas entre os conservadores serão os trabalhistas, que lideram atualmente as pesquisas de intenção de voto.

"Se você é o Partido Conservador precisa acreditar que chegou ao fundo do poço e a única direção a partir de agora é para cima", disse Tim Bale, cientista político da Universidade Queen Mary de Londres.

Para Bale, o retorno de Johnson "seria a última piada que o Partido Conservador tentou fazer com o país e o país não vai rir".

"Temos que sair do buraco em que os conservadores nos colocaram. Isto provavelmente significa uma mudança de governo", afirmou à AFP.

O jornal Daily Mirror, com tendência de esquerda, foi categórico: "Eleições já".

A primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, renunciou ao cargo nesta quinta-feira (20), cerca de um mês e meio após ter assumido o governo britânico.

A conservadora não resistiu à pressão interna por conta dos efeitos desastrosos de sua política econômica e se tornou a premiê mais breve da história do país.

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"Eu reconheço que, dada a situação, não posso cumprir o mandato para o qual fui eleita pelo Partido Conservador.

Portanto, falei com o rei para notificá-lo de que estou renunciando ao cargo de líder do Partido Conservador", disse Truss em um breve pronunciamento diante da sede do governo.

De acordo com a premiê demissionária, os "tories" vão promover uma eleição para escolher seu novo líder até o fim da semana que vem. "Isso vai garantir a estabilidade econômica do país e a segurança nacional. Vou permanecer como primeira-ministra até que um sucessor tenha sido escolhido", concluiu.

Truss havia tomado posse como premiê em 6 de setembro, após ter sido eleita como líder do Partido Conservador, que detém a maioria no Parlamento britânico, superando o ex-chanceler do Tesouro Rishi Sunak na votação entre os militantes da legenda.

No entanto, rapidamente entrou em crise por causa de um projeto de corte bilionário de impostos para os mais ricos, aliado a subsídios para contas de energia, ideia que foi criticada até pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e que causou o derretimento da libra esterlina.

Em alta nas pesquisas, o líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, já pediu a convocação de eleições antecipadas, mas os conservadores devem rejeitar a medida para não perder espaço no Parlamento.

Derrotado por Truss em setembro, Sunak é um dos cotados para substituí-la. 

Da Ansa

A primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, pediu nesta segunda-feira (17) desculpa por erros em seu programa fiscal que afetaram os mercados e a confiança em seu governo, mas disse que não vai renunciar. "Quero pedir desculpa pelos erros cometidos", disse a premiê em entrevista à BBC. "Fui eleita para trabalhar por este país. E é isso que estou determinada a fazer."

Ontem, o novo secretário do Tesouro, Jeremy Hunt, prometeu reverter quase todos os cortes de impostos anunciados por Truss. O plano da premiê custaria 43 bilhões de libras (R$ 256 bilhões) aos cofres públicos. Pressionada, ela foi obrigada a voltar atrás.

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Hunt foi nomeado na sexta-feira, 14, após a demissão do ultraliberal Kwasi Kwarteng, que permaneceu no cargo por pouco mais de um mês. "A primeira-ministra e eu concordamos em reverter quase todas as medidas fiscais", disse Hunt, que anunciou que haverá aumento de impostos e corte de despesas.

A mudança ocorre no momento em que até aliados conservadores disseram que a premiê tem apenas alguns dias para mudar o rumo de seu governo. O Partido Trabalhista, de oposição, agora tem mais de 30 pontos de vantagem sobre os conservadores, segundo pesquisas, e faz campanha pela antecipação das eleições.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A primeira-ministra britânica, Liz Truss, insistiu durante uma reunião de crise com seu ministro das Finanças, neste domingo (16), em seu apego a uma economia "sólida", após uma semana tensa sob o ataque de seu próprio partido que ameaça sua continuidade no cargo.

Sob uma onda de críticas que incluíram as do presidente americano, Joe Biden, Truss admitiu que foi doloroso demitir Kwasi Kwarteng do cargo de ministro das Finanças.

Mas, neste domingo, escreveu no jornal The Sun on Sunday: "Você não pode pavimentar o caminho para uma economia com impostos baixos e alto crescimento sem manter a confiança do mercado na força de nossa moeda".

A erosão da confiança começou em 23 de setembro, quando Kwarteng e Truss revelaram seu programa ultraliberal, inspirado nas políticas do presidente americano Ronald Reagan nos anos 1980, para implementar um corte de 45 bilhões de libras (US$ 50 bilhões) em impostos, financiados exclusivamente por um aumento da dívida.

Os mercados despencaram, o que fez as taxas de dívida e o Partido Conservador afundar nas pesquisas.

Começou então uma guerra interna, apenas algumas semanas depois que Truss sucedeu Boris Johnson.

Em uma tentativa de permanecer no cargo, ela demitiu seu recém-nomeado ministro das Finanças e o substituiu por Jeremy Hunt.

Truss se reuniu com seu novo ministro das Finanças no domingo para delinear um novo programa antes da apresentação do orçamento em 31 de outubro.

"Vai ser muito, muito difícil e teremos que ser honestos com as pessoas sobre isso", disse Hunt em entrevista à BBC no mesmo dia.

Uma semana depois dos funerais de Elizabeth II, o Palácio de Buckingham apresentou nesta segunda-feira (26) o novo monograma real - as iniciais de Charles III - que será visto, entre outros, nos edifícios do governo, em caixas de correio e documentos oficiais.

Durante o reinado de Elizabeth II, o monograma era "EIIR", de Elizabeth II Regina (rainha em latim).

Durante o de seu seu filho, o monograma será "CIIIR", ou seja, Carlos III Rex (rei em latim). Nas imagens do monograma revelado pelo Palácio de Buckingham, o C e o R se entrelaçam e uma cora paira sobre as iniciais.

O novo monograma foi criado pelo "College of Arms", fundado em 1484 para desenvolver novos escudos de armas e conservar os registros genealógicos oficiais.

As cartas que saírem do Palácio de Buckingham terão o novo símbolo, "CIIIR", a partir da terça-feira, dia que marca o fim do luto real pela rainha, morta em 8 de setembro, aos 96 anos.

Pelo escritório postal de Buckingham passam cerca de 2.000 pacotes e cartas por ano, entre convites, respostas a cartas ou correspondências oficiais.

O novo monograma faz parte das muitas mudanças trazidas pela ascensão ao trono de Charles III.

O hino nacional foi modificado e os britânicos agora cantam "God Save The King".

O rosto do rei vai substituir pouco a pouco o da soberana nas notas de libras. E o passaporte também será modificado no Reino Unido e nos outros 14 países da Commonwealth, onde Charles III é o chefe de Estado.

A erosão da costa ameaça vários castelos emblemáticos do patrimônio britânico, incluindo aquele onde teria nascido o rei Artur - alertou nesta sexta-feira (23) o órgão público English Heritage, que administra cerca de 400 monumentos históricos na Inglaterra.

"Vários dos mais importantes monumentos históricos costeiros da Inglaterra estão ameaçados de desaparecer, devido à aceleração da erosão do litoral", afirma a agência em um comunicado.

Entre esses monumentos, a English Heritage menciona seis castelos "particularmente ameaçados", por "sua situação exposta e pela fragilidade das rochas sobre as quais foram construídos".

Estes incluem, entre outros, o forte medieval de Tintagel, na Cornuália, onde o rei Arthur teria nascido; o castelo de Piel, no condado de Cúmbria; ou o forte Bayard's Cove, de 500 anos de antiguidade e localizado na ponta do estuário de Dart, no sul do país. Para tentar salvá-los, a agência pede doações, na esperança de arrecadar vários milhões de libras.

“Para que esses monumentos costeiros sobrevivam nas próximas décadas, devemos reforçar suas muralhas e construir defesas contra a ação do mar”, explica English Heritage.

Por sua natureza insular, o Reino Unido está particularmente exposto à erosão costeira.

Um relatório recente da agência ambiental britânica estimou que uma em cada seis pessoas estava em risco de sofrer as consequências de inundações provocadas pela chuva e pelo aumento do nível do mar, e que um milhão de pessoas serão diretamente afetadas pelo aumento das águas antes do fim do século.

Desde 1900, o nível do mar subiu 16,5 centímetros no Reino Unido, e seu índice de elevação anual dobrou em um século, de acordo com um informe da agência meteorológica britânica publicado em julho.

Após 12 dias de homenagens solenes a Elizabeth II, o Reino Unido retoma a vida normal nesta terça-feira (20), com o fim do luto nacional e o retorno à realidade de um país em crise e uma monarquia em mudança.

As bandeiras nos prédios oficiais, que estavam a meio mastro desde a morte da rainha em 8 de setembro com 96 anos em sua residência escocesa de Balmoral, voltaram a ser hasteadas no topo.

Durante quase duas semanas, Londres e a capital escocesa, Edimburgo, foram cenários de grandes cerimônias: da proclamação do novo rei Charles III até a procissão fúnebre solene que levou a monarca até sua morada final em Windsor, onde foi sepultada ao lado dos pais e do marido.

Os rituais tradicionais e os coloridos uniformes medievais levaram o país, e o mundo diante das telas, a um período quase irreal.

A família real britânica permanecerá de luto por mais sete dias, mas o luto nacional decretado pelo governo terminou nesta terça-feira.

Londres iniciou uma gigantesca operação de limpeza após o "funeral do século", celebrado na Abadia de Westminster e que reuniu quase um milhão de pessoas nas ruas, de acordo com as estimativas da polícia.

Dados provisórios indicam que mais de 250.000 pessoas passaram pelo Parlamento, afirmou a ministra da Cultura, Michelle Donelan, a Sky News, em referência à capela ardente instalada durante cinco dias em Westminster Hall, que registrou cenas de emoção e filas quilométricas de acesso.

- Custo de vida -

Após o fim do luto nacional, o Executivo também retoma as atividades.

A primeira-ministra Liz Truss, designada por Elizabeth II apenas dois dias antes de sua morte, viajou a Nova York na segunda-feira à noite para participar na Assembleia Geral da ONU, onde reafirmará o apoio total do governo britânico à Ucrânia, invadida pela Rússia.

"A segurança de vocês é a nossa segurança", afirmou aos ucranianos em um comunicado, comprometendo-se a igualar ou superar em 2023 a quantia de 2,3 milhões de libras (2,6 milhões de dólares) em ajuda militar prometida a Kiev este ano.

A nova líder conservadora também terá que buscar soluções para a grave crise do custo de vida no Reino Unido.

O ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, apresentará na sexta-feira um plano econômico para combater as consequências de uma inflação de 9,9%, provocada em grande parte pelos preços da energia.

Um bilhete curto entregue enquanto discursava no Parlamento em 8 de setembro informou Truss sobre a saúde da rainha. Ela interrompeu a sessão e saiu, minutos depois de anunciar o congelamento dos preços do gás e da energia elétrica por dois anos, um plano que não teve o custo revelado.

- Mudanças na monarquia? -

A emoção popular com a morte da monarca após 70 anos de reinado provocou uma pausa no descontentamento social, que deve retornar nos próximos dias.

Uma greve de maquinistas, adiada após a morte de Elizabeth II, será retomada na próxima semana, ameaçando mergulhar o país no caos de 1 a 5 de outubro.

Além disso, muitos questionam o custo do grandioso funeral de Estado que reuniu em Londres centenas de líderes mundiais, do presidente americano Joe Biden ao imperador Naruhito do Japão, e de outras homenagens.

"Foi um dinheiro bem gasto", se limitou a declarar Donelan, sem revelar um valor.

Com a chegada ao trono de Charles III, de 73 anos, menos popular que sua mãe, porém determinado a modernizar a monarquia, mudanças devem acontecer na instituição e em suas finanças.

Há alguns meses, havia anunciado a intenção de limitar atividades a ele, sua esposa e os príncipes de Gales - William e Catherine junto com seus três filhos pequenos - em uma família real atualmente muito grande, que multiplica gastos e escândalos.

Ainda sem data para acontecer, estas e outras modernizações pretendem reconquistar algumas pessoas em um país complexo, formado por quatro nações, com três delas - Escócia, Irlanda do Norte e Gales - registrando pedidos de independência após a morte de Elizabeth II.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou, na manhã desta segunda-feira (19), do funeral da rainha Elizabeth II, na Abadia de Westminster, em Londres. No domingo (18), o chefe do Executivo e a primeira-dama Michelle foram recepcionados pelo rei Charles III no Palácio de Buckingham. A cerimônia, que contou com a presença de mais de 100 chefes de Estado, fez parte do cronograma do funeral da rainha.

Ontem, Bolsonaro assinou o livro de condolências pela morte da monarca, na Lancaster House. Candidato à reeleição, o presidente também fez um comício para apoiadores, com foco na pauta de costumes, em frente à casa do embaixador do Brasil no Reino Unido.

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"O momento que temos pela frente, teremos que decidir o futuro da nossa nação, sabemos quem é o outro lado e o quê eles querem implantar em nosso Brasil, a nossa bandeira sempre será essas cores que temos aqui: verde e amarelo, jamais aceitaremos o que eles querem nos impor", disse o candidato, em Londres.

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai acionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra Bolsonaro por considerar que o chefe do Executivo cometeu abuso de poder político e econômico ao fazer o discurso a apoiadores na sacada da residência oficial do embaixador brasileiro no Reino Unido.

Combustível

O presidente ainda gravou um vídeo em que compara o preço da gasolina em Londres com o valor do combustível no Brasil. "É praticamente o dobro da média de muitos Estados do Brasil. A (nossa) gasolina é uma das mais baratas do mundo", afirmou Bolsonaro. O preço da gasolina caiu no Brasil devido à redução do valor do barril de petróleo no mercado internacional e da aprovação de uma lei que estabeleceu um teto de 17% para o ICMS sobre combustíveis, às vésperas da eleição.

Em entrevista ao SBT ao Londres, Bolsonaro disse que, se não vencer a eleição, no primeiro turno, algo de "anormal" terá acontecido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O candidato à reeleição tem atacado de forma sistemática, sem apresentar provas de irregularidades, a confiabilidade das urnas eletrônicas.

A caminho do funeral, Bolsonaro (PL) conversou com apoiadores que o aguardavam na calçada da residência oficial do embaixador do Brasil no Reino Unido. Nos pouco menos de dez minutos em que atendeu o seu público e a imprensa, o Bolsonaro fez críticas veladas ao Supremo, ofensas diretas a Lula e encerrou as perguntas ao ser questionado pelo Estadão a respeito do papel da viagem à Inglaterra para a sua campanha presidencial.

"Você acha que eu vim aqui fazer política? Pelo amor de Deus, não vou te responder, não. Faz uma pergunta decente. Compara o Brasil com os Estados Unidos... Com o resto do mundo... Se eu não viesse estaria sendo criticado", respondeu à jornalista, enquanto dava às costas aos ali presentes.

Nesta manhã, o caixão de Elizabeth II foi levado do Palácio de Westminster para a Abadia, onde ocorre o funeral de Estado. A rainha morreu no último dia 8, aos 96 anos, após 70 anos no trono, no reinado mais longevo da história do Reino Unido. O rei Charles III assumiu o trono.

De Londres, Bolsonaro vai hoje para Nova York, onde participará da abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira, 20.

Após discursar da sacada do prédio da embaixada do Brasil em Londres, Jair Bolsonaro (PL) se irritou ao ser questionado sobre o aproveitamento eleitoral da viagem ao funeral da rainha Elizabeth II. Em sua fala aos apoiadores, o presidente cravou que seria reeleito no primeiro turno.   

Recepcionado por admiradores no Reino Unido, Bolsonaro criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e seu maior adversário, o ex-presidente Lula (PT). O discurso eleitoral feito em um prédio oficial motivou as campanhas do petista e de Soraya Thronicke (União) a entrarem com ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

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Perguntado por jornalistas sobre o teor eleitoral do seu pronunciamento e os ganhos políticos da viagem ao Reino Unido, Bolsonaro ficou irritado e mais uma vez fugiu da resposta.

Ele deu as costas e encerrou a entrevista abruptamente. "Você acha que eu vim aqui fazer política? Pelo amor de Deus. Não vou te responder não. Isso é pergunta descente?", disse.

Ícone de uma era, Elizabeth II, que faleceu após 70 anos de reinado, recebe o último adeus nesta segunda-feira (19) no "funeral do século", na presença de governantes de todo o mundo, antes de ser enterrada em uma cerimônia privada no Castelo de Windsor.

"Adeus à nossa gloriosa rainha", "uma vida de serviço", afirmam as manchetes dos jornais britânicos, que elogiam a dedicação de Elizabeth à coroa.

Após 10 dias de luto nacional, homenagens e rituais de grande pompa, quase 2.000 pessoas, incluindo centenas de governantes e monarcas, comparecem à cerimônia religiosa na Abadia de Westminster, que começará às 11H00 locais (7H00 de Brasília).

Do presidente americano Joe Biden ao brasileiro Jair Bolsonaro, passando pelo rei da Espanha, Felipe VI, e o imperador japonês Naruhito, quase 500 líderes e monarcas estão convidados para a cerimônia, que representa o maior "desafio" de segurança para o Reino Unido.

Nos últimos cinco dias, centenas de milhares de pessoas passaram pela capela instalada na área mais antiga do Parlamento britânico, após uma espera que chegou a 24 horas em alguns momentos, em uma fila de vários quilômetros no centro de Londres.

Chrissy Heerey, integrante da ativa da Força Aérea britânica (RAF), foi a última pessoa a passar pelo local. "Quando me disseram: 'Você é a última pessoa', eu respondi: De verdade?", afirmou à AFP a britânica, que enfrentou duas vezes na fila.

A partir das 10H35 (6H35 de Brasília), o caixão será levado em procissão até a Abadia de Westminster, seguido a pé pelo novo rei Charles III e outros integrantes da família real britânica, para um funeral que promete ser grandioso.

"A rainha não queria cerimônias longas e cansativas, não haverá tédio, as pessoas serão transportadas para a glória ao ouvir o serviço", disse à BBC o ex-arcebispo de York, John Sentamu.

O deão de Westminster, David Hoyle, vai comandar a cerimônia religiosa e o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, líder espiritual da Igreja Anglicana, pronunciará o sermão.

- Milhares de pessoas nas ruas -

A rainha mais longeva da história do Reino Unido faleceu em 8 de setembro aos 96 anos, em sua residência escocesa de Balmoral.

A morte de uma monarca que parecia eterna provocou grande comoção no país e no mundo.

O Reino Unido a homenageou com 10 dias de luto nacional, cortejos e procissões, com uma carga de emoção popular tão grande que tornou quase imperceptíveis os protestos da minoria de republicanos.

Seu filho mais velho, de 73 anos, a sucedeu como Charles III. Até então um dos membros menos apreciados da família real britânica, sua popularidade subiu nos últimos dias.

Com capacidade para 2.200 pessoas, a imponente Abadia de Westminster não pode receber a multidão que deseja acompanhar sua rainha até o fim.

Durante a manhã, milhares de pessoas de todas as idades aguardavam na famosa avenida Mall, diante do Palácio de Buckingham.

Muitos passaram uma ou várias noites ao ar livre para reservar um lugar no trajeto do cortejo fúnebre.

Depois de sair da Abadia de Westminster, uma carruagem levará o caixão pelo centro de Londres até o Wellington Arch, no Hyde Park Corner. A partir deste ponto, um carro fúnebre transportará o caixão até o Castelo de Windsor, que será a última morada da rainha.

- Reunida com os pais e o marido -

Símbolo de uma era de grandes mudanças, Elizabeth II assumiu o trono em 1952, em um Reino Unido ainda abalado pelo pós-guerra, e faleceu em 2022, no pós-pandemia e Brexit.

Ela conheceu 15 primeiros-ministros, de Winston Churchill à atual Liz Truss, assim como figuras históricas que incluem o soviético Nikita Khrushchev), a madre Teresa de Calcutá e o sul-africano Nelson Mandela.

Em Windsor, o caixão será levado para a Capela de St. George. Nesta igreja do século XV, conhecida por ter sido cenário dos últimos casamentos reais, será organizada mais uma cerimônia religiosa com 800 convidados, incluindo funcionários do castelo.

Depois, em uma última cerimônia privada, reservada aos familiares mais próximas, a rainha será sepultada no "Memorial George VI", um anexo onde foram enterrados seus pais e as cinzas de sua irmã Margaret.

O caixão de seu marido, o príncipe Philip, será enterrado ao lado dela, depois de ser transferido da cripta real, onde está desde sua morte em abril de 2021.

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) gravou um vídeo comparando o preço da gasolina em Londres ao valor no mercado nacional.

"É praticamente o dobro da média de muitos Estados do Brasil. A (nossa) gasolina é uma das mais baratas do mundo", afirmou o chefe do Executivo no vídeo publicado nas redes sociais por seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). "É o governo brasileiro trabalhando por você", finaliza.

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No vídeo, Bolsonaro mostra o preço cobrado em um posto de gasolina em Londres, onde está cumprindo agendas em homenagem à Rainha Elizabeth II. O valor cobrado na cidade, segundo Bolsonaro, é de 1,61 libra por litro - o equivalente a R$ 9,70. O preço médio da gasolina no Brasil está em R$ 4,97. O valor vem caindo após corte de imposto promovido por Bolsonaro em ano de eleições, e também tem influência da queda do preço dos combustíveis no mercado internacional.

Tanque cheio consome menos de 6% do salário mínimo britânico; no Brasil, 22%

No Reino Unido, encher o tanque com gasolina custa 5,8% do salário mínimo, que é de 1.520 libras (equivalente a R$ 9,1 mil). No Brasil, encher o tanque custa 22,5% do salário mínimo de R$ 1.212. Em publicação nas redes sociais, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) comparou o valor da gasolina entre os dois países, afirmando que o combustível brasileiro é um dos mais baratos do mundo.

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