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Enquanto o mundo diz adeus a Elizabeth II, Charles assume o trono diante de um cenário desafiador, se tornando a peça central de um complicado quebra-cabeça para manter a unidade do Reino Unido e preservar a monarquia. Mas não tem sido fácil ser rei.

Em apenas dez dias como líder da família real britânica, ele já teve de lidar com manifestações contra a monarquia e ameaças de países da comunidade britânica que desejam virar repúblicas. Charles III vem demonstrando irritação com funcionários e com as especulações sobre seu estado de saúde, após uma foto de suas mãos se tornar assunto nacional.

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Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, uma das primeiras tarefas será conter o burburinho separatista da Escócia e evitar um referendo sobre a reunificação das Irlandas. "Se a Escócia se tornar independente durante o reinado de Charles, ele continuará sendo rei. No entanto, seria um golpe no seu prestígio", disse Robert Hazell, professor da University College London.

Outro foco de atenção será a integridade da Commonwealth, associação de 56 países dos quais 14 ainda têm o monarca da Casa de Windsor como chefe de Estado. Durante seu reinado, a rainha cultivou relações pessoais amigáveis com muitos líderes da comunidade britânica, mas Charles não tem o carisma e o prestígio da mãe.

Repúblicas

"Vários países da Commonwealth indicaram que pretendem avançar para ter presidentes como chefes de Estado, incluindo a Austrália", afirmou Robert Blackburn, professor de direito constitucional no King's College London.

Seguindo o exemplo de Barbados, que se tornou república no ano passado, outros países do Caribe - como Jamaica, Antígua e Barbuda - devem seguir o mesmo caminho.

Segundo Blackburn, o novo reinado pode oferecer as condições para uma reavaliação da monarquia moderna em todo o mundo, talvez até mesmo no Reino Unido. "A conduta de Charles III será um fator determinante nisso", disse.

"O princípio fundamental da monarquia constitucional é a doutrina da responsabilidade ministerial, segundo a qual o monarca segue o conselho ministerial. Portanto, é vital que ele se abstenha de discursos ou ações que criem polêmica, devendo obedecer a orientação sobre os limites em que pode expressar suas opiniões."

Manifestações

Especialistas acreditam que a monarquia pode nunca mais funcionar tão bem quanto sob Elizabeth II. Ela governou por 70 anos, tornando-se a monarca que reinou por mais tempo na história britânica, sendo adorada e respeitada dentro e fora do Reino Unido. Ocupar esse vácuo não será fácil.

Nos últimos dias, foram registradas várias manifestações contra a monarquia, com a resposta dura da polícia e crítica de ativistas. Em Londres, Edimburgo e Oxford, alguns manifestantes foram intimidados e alguns chegaram a ser presos.

Custos

Para manter a monarquia relevante, Charles também terá de fazer ajustes não apenas no comportamento tradicional que acompanha a instituição, mas cortando gastos que pesam no bolso do contribuinte - principalmente em um momento de crise econômica.

Analistas esperam que Charles torne a monarquia uma instituição mais enxuta, cortando gastos com a redução no número de membros graúdos da realeza. Para Blackburn, a Casa de Windsor cumpre a função de ser um símbolo do Estado, uma força unificadora e um processo conveniente para legitimar várias formas de negócios do governo. "No entanto, a monarquia em uma democracia continua sendo uma anomalia."

Já Hazell acredita que a família real representa estabilidade, continuidade e tradição, mas também deve acompanhar as mudanças na sociedade. "O apoio à monarquia tem sido forte e estável há muito tempo, mesmo em períodos difíceis. E é provável que esse cenário continue assim", afirmou.

"Charles já mostrou que tem consciência da necessidade de manter a monarquia relevante, visitando Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte na primeira semana de reinado. Ele encontrará outras maneiras de manter a monarquia relevante, e terá a ajuda do príncipe William e da geração mais jovem."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No cargo há menos de uma semana, o novo rei Charles III já protagonizou alguns episódios virais de impaciência que chamaram a atenção para a sua personalidade. Já na sua cerimônia de proclamação como rei, o monarca aparece gesticulando irritado para funcionários tirarem um porta caneta da mesa. Em outro vídeo, ele reclama de uma caneta que vazou a tinta.

Ambas as imagens se espalharam pelas redes sociais, onde as pessoas vêm criticando o novo rei com adjetivos como "arrogante" e "mimado". Outros, porém, defendem o monarca, lembrando aos críticos que ele perdeu a mãe, a rainha Elizabeth II há poucos dias e ainda assim precisa seguir uma lista rigorosa de protocolos da monarquia.

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No sábado, 10, apenas dois dias depois de virar automaticamente rei após a morte da rainha mais longeva do Reino Unido, Charles foi oficialmente proclamado o novo monarca em uma cerimônia simbólica. Ele ainda deve passar pela coroação, que não tem data prevista até o momento.

No evento, um irritado Charles fez sinal para que seus assessores retirassem um porta-canetas e as canetas que estavam em seu caminho para que ele pudesse assinar os documentos da cerimônia. Em um frame diferente da mesma ocasião, o rei tenta afastar novamente a bandeja com as canetas e aperta a mandíbula para demonstrar urgência.

Então novamente nesta terça-feira, 13, durante sua viagem à Irlanda do Norte, o novo rei demonstrou outro momento de irritação com canetas. Ele estava assinando um livro de visitas na frente das câmeras no Castelo de Hillsborough, perto de Belfast, capital da Irlanda do Norte.

Ele teria reagido depois que a caneta que estava usando vazou. "Oh Deus, eu odeio isso (caneta)!", disse, levantando-se e entregando a caneta para sua esposa, Camilla, a rainha-consorte.

"Ah, olhe, está manchando tudo", Camilla disse enquanto o marido enxugava os dedos.

"Eu não suporto essa maldita coisa. Toda vez isso", Charles disse enquanto se afastava.

Antes de reclamar do vazamento da caneta, Charles havia escrito a data errada no documento, colocando 12 de setembro, antes de verificar com um assessor que lhe disse que era 13 de setembro. "Você assinou 12 de setembro mais cedo também", avisou Camilla.

Enquanto tabloides britânicos já corriam para traçar um perfil psicológico do novo rei com base em "especialistas em linguagem corporal", muitos britânicos saíram em defesa de Charles. "Espero que as pessoas não esqueçam que a mãe dele morreu dias atrás. A pressão mais extrema imaginável", escreveu o jornalista Benjamin Butterworth em resposta ao vídeo publicado pela emissora CBS.

"Acho isso injusto", escreveu uma internauta em resposta ao vídeo da cerimônia de proclamação. "Eu assisti ao vivo e ele se esforçou para gerenciar os enormes documentos devido aos objetos da mesa totalmente desnecessários e apontou ironicamente um item para ser tirado. Este clipe mostra ele voltando para assinar mais e os objetos estavam todos de volta no caminho. Ele não queria derramar tinta."

Estas não foram as primeiras gafes do rei. Em 2005, o então príncipe Charles foi flagrado fazendo comentários sobre um repórter da BBC durante uma sessão de fotos em uma estação de esqui. "Gente maldita, não suporto aquele homem. Ele é tão desagradável", comentou Charles, acompanhado dos filhos William e Harry, sem perceber que havia um microfone por perto.

Um rei pouco popular

Houve quem riu e se divertiu com a impaciência do rei. No entanto, as críticas que Charles III recebeu após a circulação dos vídeos não ajudarão a sua popularidade já baixa, principalmente em comparação à de sua mãe. Sua impopularidade é especialmente maior entre os jovens.

Segundo uma pesquisa publicada em maio pelo Yougov, apenas 29% dos britânicos entre 18 e 24 anos considerava que Charles faria um bom trabalho como rei. Em todas as outras faixas etárias, a maioria estimou que ele estaria à altura.

No entanto, em outra pesquisa publicada após a morte de Elizabeth II, o novo monarca ganhou 17 pontos entre os jovens, mas continua sem convencer a maioria. Os milennials preferem amplamente William, de 40 anos, filho mais velho de Charles e agora herdeiro ao trono.

O motivo desse descontentamento por Charles pode ter várias origens. "Ele não tem a mesma energia em seus discursos que a rainha", opina Sam, de 21 anos à agência AFP. Outros jovens entrevistados mencionam uma imagem "controversa", alimentada recentemente pelas "acusações de racismo" feitas por Meghan Markle contra a família real. Também uma "falta de carisma" ou sua aparência "antiquada".

"É claro que, depois dos 70, você não tem o mesmo charme fácil de quando tem 30 ou 40 anos", disse o especialista real Richard Fitzwilliams. "Ser jovem e glamoroso faz a diferença, mas é impossível passar diretamente para a próxima geração, a monarquia não funciona assim!", acrescenta.

A relação dos britânicos com Charles teve seus altos e baixos, em grande parte devido ao desastroso fim de seu casamento com a muito popular princesa Diana e seu romance e posterior casamento com Camilla, admite o especialista.

Apesar disso, pouco a pouco, sua popularidade cresce: nos últimos tempos, Charles é "respeitado por seu trabalho com as organizações beneficentes", acrescenta Fitzwilliams.

O que também não deve ajudar a imagem do novo rei é a notícia de que dezenas de funcionários da Clarence House, a residência de Charles III quando era príncipe de Gales, foram informados que serão demitidos em breve, em meio a cerimônias de despedida da rainha Elizabeth II.

Cerca de cem trabalhadores da ex-residência oficial do rei receberam cartas informando que os seus serviços não são mais necessários e que serão ajudados a encontrar novos empregos, revelou o jornal The Guardian na última terça-feira, 13.

"Todos estão furiosos, incluindo os secretários particulares e a equipe de comando. Todo o pessoal tem trabalhado muito desde a noite de quinta-feira (quando Elizabeth II morreu) para se deparar com isto. As pessoas estão muito alteradas", disse uma fonte anônima ao jornal britânico.

(Com agências internacionais)

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), assinou, nesta segunda-feira (12), na Embaixada do Reino Unido no Brasil, um livro de condolências pela morte da rainha Elizabeth II. O chefe do Executivo estava acompanhado da primeira-dama, Michelle, e do ministro das Relações Exteriores, Carlos França.

A rainha morreu na última quinta-feira (8), aos 96 anos, após 70 anos no trono, no reinado mais longevo da história do Reino Unido. O rei Charles III assumiu o posto.

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De acordo com o Itamaraty, Bolsonaro confirmou presença no funeral de Elizabeth II, que vai ocorrer na próxima segunda-feira (19), em Londres. De acordo com fontes próximas ao presidente, pesou para a decisão a possibilidade de o candidato à reeleição poder fazer imagens para a propaganda eleitoral, numa tentativa de mostrá-lo como líder internacional.

No dia da morte da rainha, Bolsonaro disse que ela foi um "exemplo de liderança" e seguirá inspirando o Brasil e o mundo inteiro. "É com grande pesar e comoção que o Brasil recebe a notícia do falecimento de Sua Majestade a Rainha Elizabeth II, uma mulher extraordinária e singular, cujo exemplo de liderança, de humildade e de amor à pátria seguirá inspirando a nós e ao mundo inteiro até o fim dos tempos", escreveu, no Twitter.

O presidente publicou uma frase dita pela monarca e afirmou que, com essas palavras, Elizabeth II mostrou por que foi uma rainha de todos, não só dos britânicos. "Quando a vida parece difícil, os corajosos não se deitam e aceitam a derrota; em vez disso, estão ainda mais determinados a lutar por um futuro melhor", dizia a frase da rainha.

"Muitas vezes, a eternidade nos surpreende, tirando de nós aqueles que amamos, mas, hoje, foi a vez da eternidade ser surpreendida, com a gloriosa chegada de Sua Alteza a Rainha do Reino Unido. Que Deus a receba em sua infinita bondade e conforte sua família e o povo britânico", disse o Bolsonaro. "DEUS SALVE A RAINHA!", emendou. O governo também decretou três dias de luto.

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), confirmou presença no funeral da rainha Elizabeth II, que vai ocorrer no dia 19 de setembro, em Londres, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores. A rainha morreu na quinta-feira, 8, aos 96 anos, após 70 anos no trono, no reinado mais longevo da história do Reino Unido. O rei Charles III assumiu o posto.

"O convite à cerimônia foi encaminhado, na noite do sábado (10), à Embaixada do Brasil em Londres. Consultado na manhã do domingo (11), o senhor Presidente da República orientou o Itamaraty a responder positivamente ao convite", informou o Itamaraty.

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De Londres, Bolsonaro vai para Nova York, onde participará da abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 20 de setembro.

No dia da morte da rainha, Bolsonaro havia dito que avaliava ir ao funeral. De acordo com fontes próximas ao presidente, pesou para a decisão a possibilidade de o candidato à reeleição poder fazer imagens para a propaganda eleitoral.

Na pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 9, Bolsonaro oscilou dois pontos porcentuais para cima, na comparação com o levantamento anterior, e atingiu 34% no primeiro turno, mas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manteve à frente, com 45%.

"O protocolo ainda não sabemos de quando serão os atos da sua despedida. De acordo com o protocolo, a gente decide o que fazer. Eu, particularmente, estamos em campanha, andando pelo Brasil, vamos analisar se é o caso de ir ou não. Seriam dois dias na nossa agenda. Mas, caso não seja possível, nós vamos mandar uma comitiva nossa para lá", declarou Bolsonaro na quinta-feira, 8, durante sabatina do jornal Correio Braziliense, antes de tomar a decisão.

No Twitter, o presidente disse no dia da morte da rainha que ela foi um "exemplo de liderança" e seguirá inspirando o Brasil e o mundo inteiro. "É com grande pesar e comoção que o Brasil recebe a notícia do falecimento de Sua Majestade a Rainha Elizabeth II, uma mulher extraordinária e singular, cujo exemplo de liderança, de humildade e de amor à pátria seguirá inspirando a nós e ao mundo inteiro até o fim dos tempos", escreveu.

O presidente publicou uma frase dita pela monarca e afirmou que, com essas palavras, Elizabeth II mostrou por que foi uma rainha de todos, não só dos britânicos. "Quando a vida parece difícil, os corajosos não se deitam e aceitam a derrota; em vez disso, estão ainda mais determinados a lutar por um futuro melhor", dizia a frase da rainha.

"Muitas vezes, a eternidade nos surpreende, tirando de nós aqueles que amamos, mas, hoje, foi a vez da eternidade ser surpreendida, com a gloriosa chegada de Sua Alteza a Rainha do Reino Unido. Que Deus a receba em sua infinita bondade e conforte sua família e o povo britânico", disse o Bolsonaro. "DEUS SALVE A RAINHA!", emendou.

O governo também decretou três dias de luto. "É declarado luto oficial em todo o País, pelo período de três dias, contado da data de publicação deste Decreto, em sinal de pesar pelo falecimento da Sua Majestade a rainha Elizabeth II, do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte", diz o texto publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

O Reino Unido se prepara para a "maior operação policial e de proteção" de sua história por ocasião do funeral da rainha Elizabeth II, seu primeiro funeral de Estado em quase seis décadas.

A polícia está tirando a poeira dos planos preparados anos atrás para garantir a segurança dos presentes, incluindo reis e líderes políticos mundiais, no funeral histórico da falecida monarca.

Milhões de pessoas são esperadas em Londres para o primeiro funeral de estado realizado desde 1965, quando faleceu Winston Churchill, primeiro-ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial.

Marcado oficialmente para 19 de setembro, a cerimônia acontecerá na Abadia de Westminster, no coração da capital, às 11h (07h00, em Brasília).

Antes, o caixão ficará exposto por quatro dias no Westminster Hall, o prédio mais antigo do Parlamento britânico, após uma procissão pelas ruas da capital.

Os eventos exigirão grande implementação de medidas de segurança, especialmente na presença de centenas de dignitários mundiais, como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Sinal da importância desse momento histórico, o imperador japonês Naruhito poderá fazer sua primeira viagem ao exterior desde sua chegada ao trono do Crisântemo em 2019, segundo a imprensa.

"Esta será provavelmente a maior operação policial e de proteção que o Reino Unido já montou", declarou Nick Aldworth, ex-coordenador nacional da polícia antiterrorista, ao jornal The Independent.

"É preciso apenas um carro, uma pessoa que faça algo abominável e não apenas interromperá um evento constitucional, mas haverá feridos e mortes", acrescentou.

- "Plano abrangente" -

Aldworth observou que os eventos ocorrerão em um "mundo de ameaças muito diferente" em comparação com os funerais reais anteriores, como o da rainha-mãe em 2002 e o da princesa Diana cinco anos antes.

O Reino Unido foi alvo de diversos ataques terroristas na última década, incluindo uma série de ataques de jihadistas em Londres, Manchester e outras cidades.

Os serviços de segurança do MI5 situam o atual nível de ameaça nacional em 'substancial', no centro de uma classificação de cinco níveis que variam do 'baixo' ao 'crítico'.

A Polícia Metropolitana de Londres disse na sexta-feira que já começou a traçar planos "bem ensaiados" para o período de luto nacional, que culminará no funeral da monarca mais longeva.

"Vamos manter as pessoas seguras com patrulhas altamente visíveis em Londres" em "lugares chave", como centros de transporte, parques e ao redor de residências reais, afirmou.

O vice-comissário da Polícia Metropolitana, Stuart Cundy, disse que "o plano policial abrangente" seria mais visível em Westminster, onde estão localizados o Parlamento, a Abadia e o Palácio de Buckingham.

A polícia britância já tem experiência na gestão de grandes eventos, como a conferência do clima COP26, realizada em 2021 em Glasglow, e os Jogo Olímpicos de Londres de 2012.

Charles III foi oficialmente proclamado o novo monarca do Reino Unido neste sábado (10), abrindo uma nova era na história de um país que se prepara para se despedir de Elizabeth II, sua guia e símbolo de estabilidade por sete décadas.

Em uma cerimônia solene televisionada do Palácio de Saint-James em Londres, na presença de seu herdeiro William, da rainha consorte Camilla, da primeira-ministra Liz Truss e seus antecessores vivos, o Conselho da Ascensão assinou e anunciou a proclamação do novo rei.

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"O príncipe Charles Philip Arthur George se torna agora, pela morte de nossa soberana de feliz memória, o nosso rei Charles III... Deus salve o rei!", proclamou o conselho antes que o próprio monarca fosse chamado à sala.

"O reinado da minha mãe foi inigualável pela sua duração, dedicação e devoção (...) Estou profundamente consciente desta grande herança e dos deveres e pesadas responsabilidades da soberania, que agora me são transmitidos", declarou o novo monarca.

Seguindo um protocolo cuidadosamente elaborado há muito tempo, o filho de 73 anos da falecida rainha se instala lentamente como chefe de Estado e nos corações do povo britânico.

No seu primeiro discurso televisionado como Charles III, o novo monarca elogiou na sexta-feira a sua "amada mãe", uma "modelo" e uma "inspiração" sempre "ao serviço do povo".

"Hoje renovo a todos vocês essa promessa de serviço ao longo da vida", enfatizou, visivelmente emocionado.

O eterno príncipe de Gales sucedeu automaticamente a Elizabeth II na quinta-feira, após sua morte aos 96 anos em seu castelo escocês de Balmoral depois de sete décadas de reinado, comovendo o Reino Unido, a Commonwealth e o mundo.

Durante uma missa na sexta-feira na catedral de St Paul, em Londres, o hino britânico foi cantado com uma letra modificada, "God save the King", pela primeira vez em 70 anos.

Após a cerimônia, a proclamação foi lida ao público de uma varanda do palácio Saint-James e em outros pontos de referência em Londres.

Depois, os membros do Parlamento - deputados e lordes - jurarão fidelidade ao monarca e expressarão suas condolências.

À tarde, Charles III voltará a receber Truss e os principais membros do seu executivo, recentemente nomeados na terça-feira.

Futuro complicado

Nenhum soberano britânico esperou tanto tempo para assumir o trono e Charles III terá que esperar um pouco mais pela cerimônia de coroação, cuja data ninguém pensa ainda: sua própria mãe esperou mais de um ano para se tornar rainha.

Os retratos de Charles cobriam todas as primeiras páginas da imprensa neste sábado.

"Deus Salve o Rei", era a manchete do Times. Vários jornais acrescentaram uma frase do novo monarca: "Vou me esforçar para servir com lealdade, respeito e amor".

O The Sun publicou uma foto de mãe e filho com as palavras: "Para minha mãe amorosa, obrigado".

Após a enorme popularidade de Elizabeth II, a ascensão de Charles III, menos apreciado pela opinião pública, abre um período delicado para uma monarquia que enfrenta múltiplos desafios, desde o desejo de alguns países da Commonwealth de se distanciar até as críticas ao seu passado colonial e escravista.

Além disso, o Reino Unido enfrenta sua pior crise econômica em 40 anos e viu quatro primeiros-ministros passarem em seis anos.

As divisões correm por todo o país sobre o Brexit e sobre os desejos de independência na Escócia e na Irlanda do Norte.

Mas, aplaudido por milhares de pessoas em sua chegada ao palácio na sexta-feira, o novo rei pode estar começando a conquistar o coração de alguns britânicos.

"Perda de um ícone"

Ao mesmo tempo, na Escócia, sua capital Edimburgo se prepara para as primeiras homenagens públicas ao caixão da rainha Elizabeth II, que morreu enquanto passava o verão lá.

"Ela é a única rainha que já conhecemos", disse à AFP Jason Viloria, administrador americano de 45 anos cujo filho estuda em Edimburgo.

"Para nós, é a perda de um ícone", de "uma figura histórica".

No domingo, o caixão da rainha será transferido do Castelo de Balmoral para o Palácio de Holyroodhouse em Edimburgo, a residência oficial dos monarcas na Escócia, e um dia depois para a vizinha Catedral de St. Giles.

A sua última viagem a Londres está marcada para terça-feira de avião para vários dias de homenagem pública e um funeral de Estado, em data a definir, na Abadia de Westminster com dignitários de todo o mundo, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

"A rainha morreu. Viva o rei!" Foi olhando para frente que a premiê Liz Truss terminou nesta quinta-feira (8) seu discurso sobre a morte de Elizabeth II, logo em seu terceiro dia no cargo. A escolha das palavras reflete o desafio não só de seu governo, mas também do futuro monarca, o rei Charles III.

Milhões de britânicos foram dormir órfãos. Milhares se aglomeraram diante do Palácio de Buckingham para se despedir da rainha, que ocupou o trono por 70 anos, o reinado mais longo da história britânica. "A rainha morreu pacificamente em Balmoral", dizia a curta nota da Casa Real, em referência ao castelo na Escócia, sua residência de verão.

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O funeral será dia 18. A coroação de Charles ainda não tem data, mas pode levar "alguns meses", segundo a Casa Real. A morte da rainha marca o fim de uma era em um país que enfrenta sua pior crise econômica em 40 anos. A inflação chegou aos dois dígitos e o custo de vida está nas alturas. Parte do problema está no reaquecimento da demanda pós-pandemia e na guerra na Ucrânia, mas é também um reflexo do Brexit.

A rainha também deixa um reino à beira da fragmentação. Enquanto os nacionalistas escoceses se preparam para um novo referendo de independência, a Irlanda do Norte escorrega na direção da reunificação com a Irlanda, caso o governo de Truss não consiga renegociar o acordo de saída da União Europeia.

Outro desafio do rei será manter unida a comunidade britânica. Sem o mesmo carisma da mãe, Charles é impopular em várias partes do mundo. O movimento republicano australiano, por exemplo, ganhou força nos últimos anos e sugeriu uma mudança do sistema de governo assim que houvesse a troca de guarda no Palácio de Buckingham.

Nascida em 1926, entre as duas grandes guerras, Elizabeth não deveria ser rainha. Desde cedo, a coroa não estava nos planos. Um dia, porém, foi surpreendida com a notícia de que seu tio, o rei Edward VIII, havia se apaixonado pela americana Wallis Simpson, divorciada, e deveria abdicar se quisesse se casar. A partir daquele momento, a linha sucessória colocava a pequena Lilibeth, a duquesa de York, na rota do trono.

Mudança

O rei seria seu pai, George VI. Ela tinha 10 anos e sua vida mudou. "É para sempre?", perguntou a menina, quando soube que teria de se mudar para o Palácio de Buckingham. Biógrafos contam que a possibilidade de se tornar rainha aterrorizava a garotinha.

"Ela costumava rezar à noite para que a mãe (Elizabeth, então com 36 anos) tivesse um menino, para que ela não precisasse ser rainha", lembra a historiadora Sarah Bradford. Com o tempo, ela e Margaret, sua irmã caçula, foram se acostumando com a ideia - e gostando.

A metamorfose se completou no Dia da Vitória, em 1945, quando uma pessoa diferente surgiu na sacada do Palácio de Buckingham. Ela tinha 19 anos, estava madura e havia deixado a imagem de menina para trás. Acenando ao lado do pai, Elizabeth era o futuro do Reino Unido.

Lentamente, a tímida princesa ia caindo nas graças dos britânicos. Com seus movimentos acompanhados de perto, era inevitável que surgissem, com o tempo, as primeiras fofocas sobre quem Lilibeth levaria para o altar. Ela, no entanto, já tinha um cadete da Marinha na sua alça de mira.

Quando viu Philip Mountbatten pela primeira vez, Elizabeth tinha só 13 anos. Foi em 1939, durante visita ao Royal Naval College, em Dartmouth, acompanhando seu pai. "Ele tinha 18 anos", escreveu a rainha, anos mais tarde, em carta publicada pelo tabloide The Mirror, em 2016.

Segundo a Vanity Fair, durante a visita, Philip foi convidado a tomar chá com a família real. Começava a paquera. Ele era filho de monarcas gregos, chegou a trocar cartas com a princesa durante a guerra, mas só pediu a mão de Elizabeth em 1946.

O casamento foi anunciado no ano seguinte, quando o casal apareceu em público pela primeira vez. Na mão esquerda, ela levava um anel de platina com seis diamantes, o maior tinha três quilates.

A cerimônia foi realizada no dia 20 de novembro de 1947, na abadia de Westminster. O convescote foi transmitido pela Rádio BBC e acompanhado por 200 milhões de pessoas ao redor do mundo. O casal recebeu 2.500 presentes e 10 mil telegramas de felicitações.

O casamento foi um dos primeiros megaeventos de celebridades. Para um país mergulhado na austeridade do pós-guerra, a festa foi uma pausa na penúria. A jovem princesa tornou-se o símbolo de uma nova geração sedenta para virar a página de um continente atormentado pela destruição.

A coroa era uma questão de tempo. Elizabeth estava no Quênia, a caminho da Austrália, em 1952, quando seu pai morreu. O rei não andava bem de saúde e ela já cumpria algumas funções reais. "Meu pai morreu cedo. Não tive preparação. Aprendi o ofício na marra", diria Elizabeth mais tarde. "Sabia que era um trabalho para o resto da vida."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O rei Charles III fará nesta sexta-feira (9) seu primeiro discurso aos britânicos, muito abalados com a morte de Elizabeth II, que encerrou um reinado histórico de 70 anos.

Elizabeth faleceu na quinta-feira aos 96 anos no castelo escocês de Balmoral, após um ano de crescentes problemas de saúde.

Os súditos seguiram para o Palácio de Buckingham em Londres para homenagear a soberana, enquanto as mensagens de condolências chegavam de todo o mundo.

Fotografias de uma sorridente Elizabeth II em várias etapas de sua vida estão nas primeiras páginas dos jornais britânicos nesta sexta-feira. "A dor é o preço que pagamos pelo amor", afirma o Daily Telegraph.

"Eu a amava. Era a única autoridade digna do nome que restava no país", lamentou Paul White, de 48 anos, no metrô de Londres. "Charles III (...) terá dificuldade para reinar depois dela, mas vou apoiá-lo e a sua família".

Aos 73 anos, Charles é o monarca mais velho a assumir o trono do Reino Unido. Nesta sexta-feira ele deve deixar Balmoral, a residência escocesa onde morreu sua "amada mãe", e seguir para Londres.

"Durante este período de luto e mudança, minha família e eu nos sentiremos confortados e apoiados por nosso conhecimento do respeito e do profundo afeto do qual a rainha gozava", escreveu em um comunicado.

As homenagens vieram de todas as partes do mundo. A Torre Eiffel apagou as luzes em recordação à monarca, enquanto o Empire State de Nova York foi iluminado com as cores roxo e prata.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou uma "estadista de dignidade e constância inigualáveis". O chefe de Estado da Rússia, Vladimir Putin, disse que Elizabeth II tinha "autoridade" no mundo.

- Discurso do rei -

A Casa Real ainda deve confirmar a agenda dos próximos dias, mas os principais eventos são conhecidos.

O primeiro discurso de Charles, pré-gravado, deve ser exibido na sexta-feira à noite, como parte de 10 dias de planos que foram ajustados durante décadas pela Casa Real e o governo britânico.

O novo rei deve ter a primeira audiência com a primeira-ministra, a conservadora Liz Truss, nomeada pela rainha Elizabeth II na terça-feira em um de seus últimos atos oficiais.

"Oferecemos (a Charles) nossa lealdade e devoção, assim como sua mãe dedicou tanto a tantos durante muito tempo", disse Truss na quinta-feira em um discurso em Downing Street.

Como parte de sua agenda, Charles III também deve se reunir com os funcionários responsáveis pelos preparativos do grande funeral de Estado de sua mãe, que terá a presença de monarcas, chefes de Estado e chefes de Governo de todo o mundo.

Nesta sexta-feira serão disparadas 96 salvas de canhão. As igrejas, capelas e catedrais devem tocar os sinos a partir do meio-dia e as bandeiras serão hasteadas a meio mastro para marcar o luto.

Charles será proclamado formalmente rei no sábado por um conselho formado por autoridades políticas, religiosas, altos funcionários da 'City' de Londres e embaixadores da 'Commonwealth'.

- Última viagem -

O caixão de Elizabeth II deve viajar nos próximos dias da Escócia para Londres: ela será velada, homenageada e enterrada em um funeral de Estado que não deve ocorrer antes de 10 dias.

A rainha chegou ao trono com apenas 25 anos e seus 70 anos de reinado registraram vários recordes.

Após a grande popularidade de Elizabeth, o futuro da monarquia britânica promete ser mais complicado com Charles III, menos apreciado pela opinião pública.

Os britânicos preferem seu filho mais velho, William, de 40 anos, e a esposa deste, Catherine, que ao lado dos filhos pequenos, George, Charlotte e Louis, são considerados uma família mais moderna.

A Nova Zelândia, um dos 14 países da Commonwealth que tinha Elizabeth II como chefe de Estado, já proclamou Charles como novo rei.

No Reino Unido, o luto oficial terminará com um último adeus à monarca na abadia londrina de Westminster.

A cerimônia de coroação de Charles acontecerá em uma data que ainda será definida. Elizabeth teve que esperar mais de um ano antes do evento oficial que a tornou rainha.

Após a morte da rainha Elizabeth II, monarca britânica por sete décadas, os próximos dias até o funeral na Abadia de Westminster em Londres estão planejados de maneira precisa.

O momento histórico e repleto de emoção foi planejado meticulosamente durante anos e seus detalhes eram revisados com frequência no plano "London Bridge" (Ponte de Londres).

O protocolo, no entanto, muda com o falecimento da rainha na quinta-feira (8) e começa a operação 'Unicórnio'.

Apenas o novo rei Charles III poderá decidir sobre determinados aspectos, mas é possível fazer um resumo das próximas etapas com base nas opiniões de especialistas e nas indiscrições da imprensa britânica.

- Sexta-feira, 9 de setembro -

O rei Charles III e sua esposa Camila devem retornar a Londres depois de passar a noite em Balmoral, a residência escocesa onde Elizabeth II faleceu na quinta-feira.

O novo monarca deve ter sua primeira audiência com a primeira-ministra britânica, Liz Truss, que foi designada na terça-feira pela falecida rainha para formar o governo.

O soberano deve finalizar os últimos detalhes dos funerais, a duração do luto para a família real - que prosseguirá por até sete dias após o funeral - e o governo confirmará quantos dias vai durar o luto nacional, provavelmente entre 12 ou 13. O dia do enterro, que ainda não foi definido, será feriado.

As bandeiras britânicas serão hasteadas a meio mastro, os sinos das igrejas tocarão em Londres ao meio-dia e 96 salvas de canhão serão disparadas em memória da soberana, uma para cada ano de vida.

A primeira-ministra e os membros de seu governo devem comparecer a uma cerimônia religiosa "improvisada" na catedral londrina de St. Paul.

- Sábado, 10 de setembro -

Um conselho de autoridades se reunirá durante a manhã no Palácio de St. James de Londres e proclamará Charles III como novo rei.

A proclamação é feita pela principal figura da nobilíssima Ordem da Jarreteira e por alguns arautos em carruagens que devem ler o texto em Trafalgar Square e na sede da Bolsa Royal Exchange.

O Parlamento promete lealdade e expressa condolências.

O novo rei recebe durante a tarde a primeira-ministra e os principais ministros.

- Domingo, 11 de setembro -

O caixão da rainha é levado ao Palácio de Holyroodhouse em Edimburgo, a residência oficial dos monarcas na Escócia.

As administrações descentralizadas da Escócia, Gales e Irlanda do Norte proclamam o novo rei.

- Segunda-feira, 12 de setembro -

O caixão deve ser levado em procissão para a catedral de Saint Giles, com uma cerimônia religiosa na presença de membros da família real.

Sessão de condolências no Palácio de Westminster com a presença do novo rei.

Durante a tarde, Charles deixa Londres e visita Escócia, Gales e Irlanda do Norte.

- Terça-feira, 13 de setembro -

O caixão com o corpo da rainha chega de avião a Londres e segue para o Palácio de Buckingham.

- Quarta-feira, 14 de setembro -

Procissão pelo centro de Londres para transportar o caixão do Palácio de Buckingham até Westminster. O corpo da monarca permanecerá no local por quatro ou cinco dias em um catafalco de cor púrpura em Westminster Hall.

Os britânicos poderão visitar o local e apresentar condolências durante 23 horas por dia. Milhares de pessoas devem passar pelo local.

- Segunda-feira, 19 de setembro -

Possível funeral de Estado na Abadia de Westminster com autoridades de todo o mundo.

A família real deve caminhar atrás do caixão.

O país vai parar durante dois minutos de silêncio.

Após a cerimônia, a rainha será enterrada em um evento particular na Capela de St. George do Castelo de Windsor, a 37 quilômetros da abadia, ao lado do marido, o príncipe Philip.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, emitiu nesta quinta-feira (8) nota de pesar pelo falecimento da rainha Elizabeth II, a quem definiu como “exemplo de estadista”. Ela vinha enfrentando problemas de saúde nos últimos anos e estava sob cuidados médicos no Castelo de Balmoral, na Escócia. Os senadores usaram as redes sociais para lamentar a morte da rainha. 

“Recebo com tristeza a notícia do falecimento da rainha Elizabeth II. Ela era a chefe de Estado do Reino Unido e de mais 14 Estados independentes dos Reinos da Comunidade de Nações. A rainha também liderava a Commomwealth, a Comunidade das Nações, organização intergovernamental composta por 56 países e população de 2,5 bilhões de pessoas. Aos 96 anos, e mais de 70 anos de reinado, Elizabeth II vivenciou alguns dos momentos mais importantes da história da humanidade. Cumpriu seu papel constitucional com louvor e foi um exemplo de estadista. Em nome do Congresso Nacional brasileiro, presto condolências à família e a todo o povo do Reino Unido”, diz a nota de pesar de Rodrigo Pacheco. 

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Redes sociais

Entre os senadores que repercutiram a morte da rainha Elizabeth II nas redes sociais, Luiz Carlos Heinze (PP-RS) afirmou que o mundo perde hoje uma grande mulher, um exemplo a ser seguido por todos os líderes mundiais. O senador definiu a rainha como “resiliente”, que “sempre zelou pela união da sua nação”. 

Simone Tebet (MDB-MS) avaliou o reinado de Elizabeth II como modelo de estabilidade e de convivência respeitosa entre instituições de Estado “num mundo em que valores como estes têm sido cada vez mais aviltados, como vem acontecendo, infelizmente, em nosso país. Em suas próprias palavras: ‘Foram as mulheres que inspiraram gentileza e cuidado no duro progresso da humanidade.’” 

Segundo Fabiano Contarato (PT-ES), a memória da falecida monarca “inspira respeito e inclui relações sempre amistosas com o Brasil. Maria do Carmo Alves (PP-SE) disse que é uma perda para o Reino Unido e para o mundo, afirmando que Elizabeth II “deixará seus grandes ensinamentos a seu povo”.

Para Soraya Thronicke (União-MS), Elizabeth II foi a “personificação da dedicação e da coragem, uma mulher à frente de seu tempo”.  Humberto Costa (PT-PE) destacou que a soberana “teve a oportunidade de ter três mulheres como primeiras-ministras em suas sete décadas de monarca”.

Mara Gabrilli (PSDB-SP) declarou que a rainha “simbolizou, com firmeza e coragem, a importância das mulheres nos mais altos cargos de poder”. Izalci Lucas (PSDB-DF) disse que a história de Elizabeth II “se confunde com a História universal por sua atuação política no pós-guerra, pela longevidade de seu reinado e a inconfundível capacidade de interagir com a sociedade britânica”. 

Luiz Pastore (MDB-ES), da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, registrou que a morte da rainha Elizabeth II "não significa apenas o fim da vida de uma importante liderança mundial, mas de uma destacada geração que foi capaz de recompor o continente europeu atravessando momentos de muita turbulência ao longo da história, incluindo duas grandes guerras", acrescentando que seu legado "deixa o exemplo comprovado de que com diálogo, acolhimento e o comprometimento com a humanidade é possível sim construirmos um futuro promissor às próximas gerações". 

Elizabeth Alexandra Mary, conhecida como Elizabeth II, nasceu em Londres, no dia 21 de abril de 1926. Ela assumiu o trono da Inglaterra em 1952, aos 25 anos. A cerimônia de coroação ocorreu no ano seguinte. Foram 70 anos de reinado. Seu sucessor será o príncipe Charles, o mais velho de seus quatro filhos com o príncipe Philip, que morreu no ano passado, que usará o nome de rei Charles III. Uma das últimas medidas da rainha Elizabeth, na última terça-feira (6), foi a nomeação da nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss. 

*Da Agência Senado

O presidente Jair Bolsonaro (PL) decretou luto oficial de três dias no País pela morte da rainha Elizabeth II nesta quinta-feira, 8. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). A monarca morreu aos 96 anos, após ocupar o trono por 70 anos, no que foi o reinado mais longevo da história do Reino Unido. O rei Charles III assumiu hoje o posto.

"É declarado luto oficial em todo o País, pelo período de três dias, contado da data de publicação deste Decreto, em sinal de pesar pelo falecimento da Sua Majestade a rainha Elizabeth II, do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte", diz o comunicado do governo brasileiro.

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Bolsonaro ainda não se manifestou nas redes sociais, seu principal canal de comunicação, sobre a morte da rainha britânica. Principal adversário do chefe do Executivo na disputa pelo Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que Brasil e Reino Unido tiveram "excelentes relações diplomáticas, políticas e comerciais" quando ele governou o País.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que a rainha cumpriu seu papel constitucional "com louvor" e foi "exemplo de estadista". Já o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que as ligações históricas entre Brasil e Reino Unido se fortaleceram no período em que Elizabeth II reinou.

Charles III, que se tornou rei nesta quinta-feira (8) após a morte de sua mãe Elizabeth II, disse inúmeras frases controversas ou memoráveis durante seus anos como príncipe. A seguir uma seleção das principais:

- "Um momento de grande tristeza para mim e para todos os membros da minha família", declarou hoje sobre a morte da rainha.

- "Colditz com kilt", disse ele sobre a escola Gordonstoun, onde passou anos difíceis na adolescência, comparando o internato escocês a um castelo transformado em campo de prisioneiros pelos nazistas.

- "Brandy de cereja", disse aos 14 anos, quando entrou em um bar e se sentiu compelido a pedir uma bebida, causando um escândalo por não ter idade suficiente para beber álcool.

- "O que quer que signifique 'estar apaixonado', sim. Todo mundo tem sua própria interpretação", respondeu à pergunta se ele amava Diana Spencer em uma entrevista em 1981 por ocasião do noivado.

- "Estou absolutamente encantado e francamente surpreso que Diana esteja disposta a me aceitar" como marido, disse ele pouco antes.

- "Como um furúnculo monstruoso no rosto de um amigo querido e elegante", foi sua opinião em 1984 sobre uma proposta de modernização da National Gallery.

- "Realmente não há um emprego ou um papel estabelecido (...) seria muito fácil não fazer nada. O importante é servir este país", disse ele sobre seu papel na monarquia em 1985.

- "Tenho certeza que deve ser um inferno viver com uma coisa velha como eu!", afirmou em entrevista com Diana.

- "Venho falar com as plantas, realmente, é muito importante falar com elas. Acho que elas respondem", comentou sobre a jardinagem em 1986.

- "Sim. Até que as coisas se quebraram irremediavelmente, nós dois tentamos", disse ele em 1994, quando perguntado se ele tinha sido fiel a Diana.

- "A Sra. Parker Bowles é uma grande amiga... e continuará sendo amiga por muito tempo", disse na mesma entrevista, onde falou pela primeira vez sobre o fim de seu casamento.

- "Não sou muito bom em exibir sabedoria", declarou ele enquanto posava para fotógrafos em 1994.

- "Assustadoras e velhas estátuas de cera", teria dito sobre a delegação chinesa em declarações vazadas por ocasião da devolução de Hong Kong em 1997.

- "Espero, em particular, que a pesca ilegal da merluza austral ocupe um lugar de destaque em sua lista de prioridades", escreveu numa carta dirigida ao governo em 2004, mas revelada em 2015 por ocasião da publicação de cartas manuscritas endereçadas a diferentes ministérios durante o governo de Tony Blair.

- "Não suporto este homem. Ele é horrível, de verdade", disse ele sobre o correspondente real da BBC, capturado por um microfone, durante uma sessão de fotos com seus dois filhos antes de seu casamento com Camila.

- "Cansei de ser chamado de bastardo inglês (Pommie Bastard, expressão pejorativa australiana que designa os britânicos), posso garantir. Olha o que fez comigo. Graças a Deus foi bom para o caráter. Se você quer fortalecer o caráter vá para a Austrália", declarou ele em 2011 sobre seus estudos em Victoria.

- "Sua Majestade, mamãe", declarou durante o discurso de encerramento do Jubileu de diamante em 2012.

- "Não quero me ver na frente dos meus futuros netos dizendo: por que você não fez nada?", disse ele em 2013 sobre as mudanças climáticas.

- "Literalmente não temos mais tempo", lançou diante dos líderes mundiais na COP26 em novembro de 2021.

Candidato ao Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi às redes sociais lamentar a morte da rainha Elizabeth II e afirmou que, quando governava o País, Brasil e Reino Unido tiveram excelentes relações diplomáticas, políticas e comerciais. Junto à mensagem, o petista publicou fotos ao lado da rainha e lembrou a visita de Estado que fez ao governo britânico em 2006.

"A Rainha Elizabeth II testemunhou e participou dos grandes eventos e processos históricos dos últimos 80 anos. Marcou era como Chefe de Estado, reinando em convivência com primeiros-ministros de diferentes linhas ideológicas", publicou Lula. "Em nosso governo, o Reino Unido e o Brasil tiveram excelentes relações diplomáticas, políticas e comerciais, marcadas pela visita de Estado em que ela nos recebeu, em 2006. Gravo na memória nosso encontro na reunião do G-20 em Londres, em 2009".

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Lula manifestou suas condolências à família "e a todos que admiravam a Rainha Elizabeth II no Reino Unido e ao redor do mundo".

A nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, entrou em conflito com o líder da oposição nesta quarta-feira (7) sobre como ajudar os britânicos com suas exorbitantes contas de energia, em um primeiro confronto parlamentar onde também reabriu a frente pós-Brexit com a União Europeia.

"Entendo que as pessoas em todo o país estão sofrendo com o custo de vida e com as contas de energia e por isso (...) tomarei medidas imediatas", disse na Câmara dos Comuns, confirmando que anunciará medidas na quinta-feira no Parlamento.

Nomeada na segunda-feira como a nova líder do Partido Conservador para substituir Boris Johnson, e empossada chefe de Governo na terça-feira pela rainha Elizabeth II, Truss, até agora ministra das Relações Exteriores, nomeou um governo composto por figuras ultraliberais.

Seu novo ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, está finalizando um plano de ajuda que, segundo a imprensa, incluiria o congelamento dos preços da energia.

As famílias britânicas sofreram em abril um aumento de quase 55% nas tarifas de gás e eletricidade.

E em outubro deve aumentar em 80%, deixando muitos sem condições de pagar.

Muitas empresas e instituições, incluindo hospitais e escolas, alertaram que teriam que fazer cortes dramáticos ou até fechar, já que os custos crescentes ameaçam um outono de protestos e greves.

Truss se recusou nesta quarta-feira a responder a repetidas perguntas de deputados da oposição sobre como financiará essas medidas, sob o risco de elevar a dívida pública recorde após os anos da pandemia.

"A primeira-ministra sabe que não tem escolha a não ser apoiar um congelamento dos preços da energia", lançou o líder da oposição trabalhista Keir Starmer.

"A decisão política é quem vai pagar por isso", acrescentou, dizendo que, de acordo com o Tesouro, as empresas de energia registrarão um lucro extra de 170 bilhões de libras (US$ 194 bilhões) nos próximos dois anos com os preços mais altos.

- Pós-Brexit -

Durante as seis semanas de campanha para 172.000 membros do Partido Conservador, os únicos em um país de 67 milhões de habitantes que tiveram voz na sucessão de Johnson, Truss defendeu políticas ultraliberais.

Assim, apoiou a redução maciça de impostos, apesar das advertências de que isso poderia acelerar ainda mais a inflação - já acima de 10% e que deve chegar a 14% até o final do ano e 18% em 2023.

Em sua primeira sessão parlamentar, a primeira-ministra deixou claro que é "contra impostos excepcionais" sobre as empresas de energia, o que "desencorajaria os investimentos no Reino Unido precisamente quando precisamos fazer a economia crescer".

Além de algumas ajudas sociais, prometeu "aumentar a oferta de energia a longo prazo", com aumento da extração de hidrocarbonetos no Mar do Norte, apesar da crise climática, e a construção de centrais nucleares.

Também teve a oportunidade de mostrar suas habilidades de falar em público e testar o nível de apoio de seus parlamentares, muitos dos quais preferiam seu adversário Rishi Sunak.

Reabrindo o conflito com a União Europeia, também se declarou determinada a "resolver" a difícil situação que surgiu após o Brexit na região britânica da Irlanda do Norte.

"Prefiro uma solução negociada", disse, mas insistiu que Bruxelas deveria aceitar as mudanças unilaterais no protocolo pós-Brexit que Londres está se preparando para legislar.

A UE já o denunciou como violação de um tratado internacional e ameaçou uma guerra comercial de retaliação.

Grande admiradora da primeira-ministra conservadora Margaret Thatcher, cujas políticas ultraliberais quer repetir, Liz Truss a sucederá agora como terceira mulher à frente do governo britânico.

Como Thatcher, conhecida como "dama de ferro" pela mão pesada durante seu governo de 1979 a 1990, Truss, de 47 anos, representa a ala mais à direita do Partido Conservador.

"Acredito em um futuro brilhante e melhor para o Reino Unido. Tenho um plano audacioso que fará nossa economia crescer e gerará salários mais altos, mais segurança para as famílias e serviços públicos", afirmou ao final da votação na qual quase 200.000 afiliados do Partido Conservador a designaram como nova chefe de Governo.

"Isso será feito mediante a redução de impostos, impulsionando as reformas e eliminando os trâmites burocráticos que estão freando as empresas", destacou.

Durante quase um ano ela foi ministra das Relações Exteriores e, como Thatcher, se mostrou firme frente à União Europeia, determinada a modificar unilateralmente o acordo pós-Brexit.

Ela também enfrentou o regime de Pequim por suas violações aos direitos humanos e a Rússia de Vladimir Putin.

Chegou a imitar Thatcher posando com um gorro de pele de urso na Praça Vermelha em fevereiro, em uma viagem a Moscou para tentar dissuadir o presidente russo de invadir a Ucrânia.

Reviravolta sobre o Brexit 

Sua nomeação para as Relações Exteriores teria sido tanto um escudo quanto um meio para seu antecessor, Boris Johnson, de tentar controlar as ambições desta figura ascendente que agora o substitui em Downing Street.

Antes, já havia lhe confiado a pasta de Comércio Exterior, onde Truss se transformou no rosto das negociações comerciais do Reino Unido após o Brexit.

Foi toda uma mudança de rumo para uma mulher que defendeu a permanência britânica na União Europeia durante o referendo de 2016, antes de dizer que via grandes oportunidades econômicas no Brexit.

Trabalhou para formar novas alianças e concluiu tratados de livre comércio com países como Japão e Austrália, mas não alcançou um grande acordo comercial com Estados Unidos que Londres tanto ambicionava.

Ainda assim, algumas de suas declarações e atitudes não parecerem ter sido bem recebidas pelo governo de Joe Biden.

"Tinha que ganhar"

Nascida em 26 de julho de 1975, casada e com duas filhas, "Liz não tem medo de dizer o que pensa", afirma sua página na web.

Seus amigos de infância e colegas na universidade em Oxford, onde se graduou em política e economia, lembram de uma estudante provocadora mas discreta que não aparentava uma futura primeira-ministra.

"Não era uma das meninas mais extrovertidas e me surpreendeu como se transformou em uma adulta tão desenvolta", explicou um deles ao The Times.

Hesitante ao iniciar sua campanha em agosto, foi adquirindo segurança durante as seis semanas até aparecer confiante em seu comício de encerramento.

Quando criança "era alguém que tinha que ganhar", explicou Francis Truss, um de seus três irmãos, à BBC.

Pais de esquerda

Truss cresceu rodeada por esquerdistas e em Oxford liderou um grupo juvenil do centrista Partido Liberal Democrata, onde começou a demonstrar firmes opiniões políticas.

"Creio que sempre gostou da imagem de controvertida", explicou Kiron Reid, companheiro nas fileiras liberal-democratas na juventude.

Truss chocou seus pais, um professor de matemática e uma defensora do desarmamento nuclear aos quais acompanhava em manifestações quando criança, ao entrar para o Partido Conservador e adotar posturas de direita.

Após uma década no setor privado, especialmente como diretora comercial de empresas como a energética Shell, foi vereadora no sudeste de Londres e em 2010, deputada.

Em 2012 entrou para o governo e ocupou um a série de pastas, primeiro como secretária de Estado de Educação e depois como ministra do Meio Ambiente de 2014 a 2016.

Também foi a primeira mulher ministra da Justiça e, em seguida, secretária-chefe do Tesouro.

O Partido Conservador do Reino Unido elegeu, nesta segunda-feira (5), Liz Truss como sua líder e, portanto, para assumir como nova primeira-ministra do país. Truss, de 47 anos, irá tomar posse como primeira-ministra nesta terça-feira (6).

Liz assume o lugar de Boris Johnson, que anunciou sua renúncia em julho passado, em meio a um escândalo político que levou dezenas de autoridades a abandonarem o gabinete britânico.

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Atual ministra de Relações Exteriores, Liz Truss competiu ao cargo com o ex-ministro de Finanças Rishi Sunak.

Para comemorar o aniversário de 27 anos da cantora Dua Lipa e se preparar para o festival e o show solo da cantora em São Paulo no início de setembro, o Leia Já separou uma lista com algumas das principais músicas da artista. Confira:

One Kiss (2018)

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A faixa em parceria com Calvin Harris que recentemente viralizou no Tik Tok, é uma música dançante que fala de amor “Um beijo é tudo o que é preciso//Para se apaixonar por mim”, diz a letra. No Youtube, o clipe possui cerca de 826 milhões de views; e 1,5 bilhões de streams no Spotify.  Em 2019, venceu como “Melhor Single” no Brits Awards, premiação da indústria britânica de música.

New Rules (2017)

No vídeo com 2,7 bilhões de views no Youtube, Dua Lipa canta sobre as regras para superar um ex-namorado. A música atingiu o 6° lugar no ranking da Billboard Hot 100 e possui 1,5 bilhões de streams no Spotify.

Don't Start Now (2020)

Uma das músicas mais populares de 2020, o single fala sobre um amor que ela já superou, mas a outra pessoa não “Se você não quer me ver dançando com alguém//Se você quer acreditar que qualquer coisa poderia me parar//Não apareça, não saia//Não comece a se importar comigo agora//Vá embora, você sabe como”, diz o refrão. Com 1,5 bilhões de streams no Spotify, a faixa conquistou o 2° lugar da Hot 100 da Billboard.

Cold Heart (2021)

A colaboração com o lendário cantor Elton John venceu o prêmio de “Melhor Música Dance/Eletrônico” no Billboard Music Awards este ano. O videoclipe animado no Youtube possui mais de 300 milhões de views; e a faixa, 1 bilhão de streams no Spotify.

A Sony, gigante empresa de eletrônicos e jogos do Japão, é objeto de uma ação coletiva no Reino Unido que exige cinco bilhões de libras (aproximadamente 5,9 bilhões em euro ou dólar) por abuso de posição dominante nas vendas relacionadas ao PlayStation.

Segundo uma nota divulgada no site dedicado ao processo, "playstationyouoweus.co.uk" (PlayStation você nos deve, em inglês), a denúncia foi apresentada pela plataforma de defesa do consumidor Resolve em 19 de agosto, no Tribunal de Cassação da Concorrência, em nome de quase nove milhões de clientes do console PlayStation da Sony no país.

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No processo, a Sony e o PlayStation são acusados de violar as leis de concorrência e de "roubar pessoas", fazendo-as pagar uma comissão de 30% em cada jogo digital ou a cada compra dentro dos jogos na loja do PlayStation.

"Os jogos eletrônicos agora são o principal entretenimento no Reino Unido, na frente da TV, vídeos, música (...). As ações da Sony custam milhões às pessoas que não possuem formas de pagar, principalmente quando estamos no meio de uma crise no custo de vida", disse Alex Neill, diretora-geral da Resolve, em nota.

A AFP solicitou uma resposta da Sony, mas não obteve resposta até o momento.

A desenvolvedora de jogos Epic Games, criadora do Fortnite, também entrou em uma disputa legal com a Apple por conta do modelo de negócios de sua App Store.

Em novembro, um juiz federal dos EUA obrigou a gigante Cupertino a mudar seu modelo, que recorreu da sentença.

Não é novidade para ninguém que J.K Rowling - conhecida por ser a autora dos livros da saga de Harry Potter, adora se envolver em uma polêmica e vira e mexe ela sempre faz algum tipo de pronunciamento que é visto como algo super desagradável pelos fãs.

Recentemente a escritora escreveu uma mensagem em apoio em seu Twitter para Salman Rushdie, escritor que sofreu um ataque nos Estados Unidos, e depois disso ela foi super bombardeada na rede social com diversas ameaças de internautas.

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A polícia do Reino Unido teve até que ser acionada para investigar essas ameaças onlines feitas para J.K Rowling. Na sequência de prints mostrando o descontentamento de algumas pessoas sobre a sua fala, a escritora escreveu:

"Para todos que enviaram mensagens de apoio, obrigado. A polícia está envolvida (e já esteve envolvida em outras ameaças)."

Depois de toda a repercussão, a mensagem escrita a partir de uma conta no Paquistão teria sido removida da rede social no último domingo, dia 14.

A agência reguladora britânica de medicamentos anunciou nesta segunda-feira (15) a aprovação de uma nova vacina contra a Covid-19 do laboratório Moderna, que tem como alvo a variante ômicron, uma novidade mundial, segundo a empresa farmacêutica.

A versão consiste em uma dose de reforço "bivalente", ou seja, metade protege contra a cepa original do vírus e a outra metade contra a variante ômicron. A fórmula "produz uma forte resposta imunológica" contra ambas, incluindo as subvariantes da ômicron BA.4 e BA.5, informou a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) do Reino Unido.

O novo produto foi aprovado para as "doses de reforço nos adultos", acrescentou a agência britânica, que concluiu que a nova vacina "cumpre com os parâmetros de segurança, qualidade e eficácia".

Os efeitos colaterais são "tipicamente leves" e similares aos observados nas vacinas originais contra a doença, segundo a MHRA.

O CEO da Moderna, Stéphane Bancel, destacou o "papel importante" que pode ser desempenhado pela "nova geração" de vacinas na proteção contra a covid-19. Ele destacou que o Reino Unido é o primeiro país a aprovar uma vacina bivalente contra a ômicron, a variante de maior presença na Europa.

Na semana passada, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou que uma vacina anticovid da Pfizer/BioNTech contra duas subvariantes da cepa ômicron, a BA.4 e a BA.5, pode ser aprovada nos próximos meses.

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