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Afrografia, exposição fotográfica que se debruça sobre a cultura, a beleza, a memória e a resistência do povo negro de Pernambuco, chega a sua 2ª edição, com realização do Museu da Abolição do Recife (MAB) e do IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus). A abertura acontece sábado (21/01), na área externa do MAB, às 16h, sendo agitada por uma programação musical com atrações pernambucanas: Abulidu, banda antirracista, Maracatu de Baque Virado Leão Coroado, de Olinda, e Coco Xexéu de Bananeira, do município de Paulista. A entrada é gratuita.

A mostra fica em cartaz no MAB (Rua Benfica, 1150 - Madalena, Recife) por tempo indeterminado, reunindo 20 artistas da Região Metropolitana do Recife (RMR) que utilizam a imagem fotográfica como forma de expressão e reivindicação do seu local de fala e de imagem. A curadoria é assinada por Rennan Peixe, artista, fotógrafo e realizador audiovisual negro.

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“A Afrografia II tem como principal intenção mostrar a importância da fotografia na construção da identidade negra. A exposição conta com fotografias que não somente narram o cotidiano do povo preto, mas que também agenciam uma luta contra a invisibilidade e o apagamento histórico do seu protagonismo”, define Rennan Peixe.

Em sua edição de estreia, promovida em 2019, também no Museu da Abolição, a Afrografia contou com a participação de 12 artistas.

“A gente propõe um diálogo entre fotógrafos e fotógrafas com o espelho da alteridade, que se reconhecem enquanto artistas negros no contexto branco e elitizado dos espaços artísticos”, comenta o curador.

Serviço

Afrografia II

Data de abertura: 21/01/2023 (sábado)

Local: Museu da Abolição (área externa) - Rua Benfica, 1150 - Madalena, Recife

Horário: 16h

Entrada: gratuita

Atrações musicais (abertura): Abulidu, Maracatu de Baque Virado Leão Coroado e Coco Xexéu de Bananeira

*Via assessoria de imprensa.

 

O grupo pernambucano  Abulidu lança, na próxima quinta (3), nova música homônima que chega acompanhada por um videoclipe. Em seu segundo single, a banda traz forte discurso sobre igualdade racial e no clipe, o pedido de justiça pela morte do menino Miguel, falecido após cair do 9º andar de um prédio de luxo na capital pernambucana. 

‘Abulidu’ foi a canção que abriu o show do grupo no concurso de música autoral de Pernambuco ‘Pré-Amp’, em fevereiro de 2020. Na ocsião, a banda mandou bem em sua participação na disputa e subiu ao pódio no segundo lugar. Como premiação, realizou um show no Carnaval do Recife, no mesmo ano, no Polo Pátio de São Pedro, localizado no centro da cidade.

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O segundo single dos pernambucanos chega em todas as plataformas digitais, na próxima quinta (3), acompanhado de um clipe assinado pelo cineasta, professor e fotógrafo Rennan Peixe, e pelo próprio vocalista da banda, Hélio Machado. As imagens dialogam com o discurso da canção e culminam em um pedido de justiça por Miguel, criança de cinco anos de idade que morreu ao cair do 9º andar de um edifício residencial no Recife, em 2020. A faixa compõe o primeiro EP do grupo, também homônimo, com produção musical do olindense Buguinha Dub. 

O artista Rennan Peixe abre para visitação sua exposição fotográfica a partir desta quarta-feira (30). Intitulada “La Santeria”, a mostra fotográfica digital busca retratar aspectos da religiosidade, do cotidiano cubano e do intercâmbio cultural entre o Grupo Bongar e a cultura afro-cubana. A mostra pode ser vista gratuitamente a partir do link: https://www.exposicaolasanteria.com.br.

A Santeria é conhecida como o “caminho dos Santos”, uma religião levada para Cuba pelos povos escravizados da África Ocidental que foram raptados para trabalhar nas plantações de açúcar durante o século XVII. Assim como no Brasil, suas práticas religiosas adaptaram-se às influências cristãs para manterem-se vivas em suas tradições. A Santeria Cubana sobreviveu através de gerações, graças à sua tradição oral e é fortemente cultuada em cada esquina de Cuba.

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A exposição é financiada com os recursos da Lei Aldir Blanc em Pernambuco e busca apresentar, através da fotografia, a beleza da cultura negra presente em Cuba elucidando as semelhanças com a diáspora afro-brasileira. As fotografias foram realizadas no ano de 2017, durante a vivência do grupo pernambucano Bongar da Nação Xambá em Cuba que percorreu as cidades de Havana e Santiado del Cuba durante 15 dias, visitando casas de Santeria, participando de rituais e do encontro de culturas no Festival del Fuego.

O artista

Rennan Peixe é artista visual negro cujas produções permeiam construções de narrativas visuais que valorizam a cultura negra em diáspora através da fotografia e do audiovisual. Ele busca compreender a imagem como discurso visual que influencia diretamente na construção do imaginário social sobre o corpo negro, pretendendo através de suas lentes, contribuir com a luta antirracista.

Dono de diversos projetos, no ano de 2020, foi selecionado para participar da exposição virtual The World Want em 2020 realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em comemoração aos seus 75 anos de fundação.

 

 

Nascida no final de 2019, a banda pernambucana afro-brasileira Abulidu faz sua estreia nas plataformas digitais, na próxima quinta (13), com o single Quilombo Urbano. Com a proposta de decolonizar pensamentos e levantar a bandeira do movimento negro, o grupo escolheu a data, na qual é celebrada a abolição da escravatura no Brasil, para marcar o lançamento e ressignificar o evento tal qual é ensinado nos antigos livros de história. 

A Abulidu é formada por seis pernambucanos que produzem música com a finalidade de conectar realidades e histórias. Fundado pelo cantor e compositor Hélio Machado, o grupo conta ainda com os percussionistas Thúlio Xambá e Arnaldo Monte, o violonista Paulo Alves, o guitarrista Rogério A. Martins e o baixista Raphael César. Em seu som, a banda mistura elementos que representam a cultura afro-brasileira.

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Para marcar a estréia nas plataformas digitais, a Abulidu lança, nesta quinta (13), Quilombo Urbano, single com produção musical assinada pelo olindense Buguinha Dub. A faixa chega acompanhada por um clipe, roteirizado e dirigido pelo fotógrafo e cineasta Rennan Peixe. 

Rennan Peixe poderia ter sido apenas mais um jovem negro e periférico a passar pela vida com poucas oportunidades e baixas expectativas. Crescido em uma comunidade do município de Paulista (Região Metropolitana do Recife) com o simbólico nome de Ilusão, o rapaz, no entanto, decidiu desprezar o roteiro pré-fabricado pela sociedade para pessoas como ele e se apropriar do protagonismo de sua história. 

E foi através da fotografia que Rennan mudou o curso de sua vida. Na ativa há 10 anos, com especialização na cultura popular pernambucana e forte foco nas questões sociais e raciais, o pernambucano começa a colher os louros de seus esforços. Peixe está entre os 75 fotógrafos de todo o mundo selecionados para a exposição online #TheWorldWeWant, que celebra os 75 anos da Organização das Nações Unidas (ONU). 

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Para entrar na exposição, Rennan competiu com outros 50 mil fotógrafos de todo o planeta.  Do Brasil, foram escolhidos apenas dois nomes, o dele e o da fotógrafa Rosana Albuquerque. A mostra, além de comemorar o aniversário da ONU, também promove uma reflexão acerca do futuro da Terra em um momento em que a humanidade parece ter sido colocada à prova. No site em que estão hospedadas as obras, o secretário geral da organização, António Guterrez,  falou sobre sua importância: “Nesse momento em que o mundo enfrenta uma pandemia global e outras ameaças, precisamos juntar forças além das fronteiras e gerações para trabalharmos juntos por um futuro melhor. Essa exposição pode nos ajudar a buscar inspiração para essa tarefa coletiva”.

A conquista internacional animou o pernambucano Rennan Peixe. O fotógrafo e realizador de cinema negro, que usa sua arte como ferramenta política no combate ao racismo e pelo empoderamento do povo preto, vê na oportunidade não só o reconhecimento do seu trabalho como uma maneira de incentivar outras pessoas. “Acho que essa exposição é um proesso de fortalecimento da minha jornada e acredito que possa vir mais trabalhos e possa abrir espaço para que outros fotógrafos negros se inspirem e nao se autosabotem dentro dessa estrutura racista. Que sua imagem saia do Instagram e ganhe esses espaços legitimadores da arte”, disse em entrevista exclusiva ao LeiaJá. 

A foto de Rennan competiu com outras 50 mil de todo o mundo. Reprodução/Instagram

Sobre a foto selecionada para a mostra da ONU, um ensaio com mulheres  de um grupo de dança afro, Renan explicou: “Essa foto representa o estado de felicidade das mulheres negras que são a base da pirâmide social. Quando uma mulher negra se movimenta, o mundo se movimenta também”. Complementando sua fala, o fotógrafo faz referência à própria mãe, segundo ele, a grande incentivadora de seu trabalho que já chegou a tirar de onde não tinha para que o filho pudesse se dedicar à sua vocação. “Ela dividiu em 24 vezes minha primeira câmera, uma câmera básica, de entrada. Ela acreditou em mim e hoje consigo dar esse orgulho pra ela”. 

Tal esforço, agora, encontra sua recompensa. Mas, Rennan não quer gozar do êxito sozinho. O pernambuco deseja ser espelho e incentivador para que outros artistas e produtores de conhecimento negros possam desmontar uma estrutura que, como ele coloca, “diz que a gente não pode”. E é respondendo ao mote da exposição internacional que integra que o fotógrafo sintetiza o sentimento: “Eu quero um mundo onde as mulheres negras, como essas (da foto), como a minha mãe - que foi uma mulher que se anulou muito e que foi minha principal incentivadora - ; (apareçam diferente) das imagens que as mídias produzem; e onde os corpos negros sejam tratados numa condição de igualdade”. 

 

A religião de matriz afro-indígena Jurema Sagrada é o mote para a exposição coletiva 'Olhares Negrxs Sobre a Jurema Sagrada', que abre suas portas nesta quinta (10), no Museu Murillo La Greca. A cerimônia de abertura terá a participação de Alexandre L'Omi L'Odò, juremeiro, historiador e mestre em Ciências da Religião, além da apresentação do grupo de rap Guerrilha Zona Norte.

Com 21 imagens produzidas por Rennan Peixe, Karla Fagundes e Kayo Ferreira, a mostra busca reafirmar a memória, história e a arte afro-indígena brasileira em um diálogo poético a partir da representatividade do universo da Jurema Sagrada em Pernambuco. Além disso, as obras se propõem a afirmar seu espaço no campo da fotografia documental e da arte.

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Antes da abertura da exposição, nesta quarta (9), às 19h, o Murillo La Greca promove uma roda de conversa sobre a mostra. Participam do debate os pesquisadores Valkiria Dias, Leonardo Moraes, Hélio Menezes, Rafael Pinto e André Vitor Brandão. Os artistas Rennan Peixe, Karla Fagundes e Kayo Ferreira também estão confirmados no debate. 

Serviço

Roda de Conversa sobre Olhares Negrxs Sobre a Jurema Sagrada

Quarta (9) - 19h

Gratuito

Abertura da exposição Olhares Negrxs Sobre a Jurema Sagrada

Quinta (10) - 18h

Gratuito

Museu Murillo La Greca (Rua Leonardo Bezerra Cavalcanti, 366, Parnamirim)

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