Uma pesquisa coordenada pelo Hospital Universitário de Brasília (HUB) pretende identificar sinais de esgotamento profissional e adoecimento mental em residentes da área da saúde durante a pandemia. O questionário deve ser respondido até o dia 29 de agosto por profissionais de saúde que fazem curso de pós-graduação em medicina e outras áreas da saúde (multiprofissionais) na modalidade residência.
O questionário integra a pesquisa Force Fellow e leva, no máximo, cinco minutos para ser respondido. Além de ficar disponível para acesso de qualquer residente do país, o formulário será enviado aos pouco mais de 7 mil residentes dos hospitais universitários federais vinculados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
##RECOMENDA##A amostra inicial permitirá identificar aqueles que apresentam algum sinal de esgotamento profissional (burnout) ou adoecimento mental, como ansiedade, estresse, problemas do sono e depressão. Esse grupo receberá um novo questionário após 12 semanas para reavaliação. Os primeiros resultados devem ser obtidos em setembro e o relatório final deve sair em janeiro de 2021.
De acordo com a Universidade de Brasília (UnB) a expectativa é coletar dados de pelo menos 1.144 pessoas. O HUB conta atualmente com 253 profissionais nos programas de residência, sendo 202 médicos e 51 de áreas multiprofissionais. As respostas e as informações de cada participante são confidenciais e protegidas por sigilo, garantindo que nenhum preceptor ou supervisor que têm contato com os programas de residência tenha acesso aos dados individuais.
"Faremos várias comparações entre o grupo de controle, que não apresenta sinais de adoecimento, e o de exposição. A proposta é obter um retrato da prevalência de sintomas indicativos de transtornos mentais e de síndrome do esgotamento profissional entre os residentes no contexto da pandemia", explica uma das pesquisadoras, enfermeira e chefe da Unidade de Monitoramento e Avaliação do HUB, Rebeca Lucena Pinho, segundo informações divulgadas pelas UnB.
Vale pontuar que o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de Medicina (FM) da UnB e conta com o apoio da Ebserh. Dúvidas sobre a pesquisa podem ser tiradas pelo e-mail saude.residentes@ebserh.gov.br.