Tópicos | Ricardo Vieira Coutinho

A morte do grande escritor, poeta e dramaturgo Ariano Suassuna emocionou não só a família e amigos próximos, como também pessoas públicas. Muitas notas de pesar foram escritas por artistas, políticos e instituição para lamentar a perda do imortal. Na Paraíba, estado em que Ariano nasceu, foi decretado luto oficial. O governador do Estado, Ricardo Vieira Coutinho, declarou que a perda do autor é irreparável. A Academia Brasileira de Letras (ABL) também declarou luto de três dias. A Academia de Letras de Pernambuco (APL) e a Câmara Brasileira de Livros se manisfestaram rendendo homenagens a Ariano.

Ricardo Vieira Coutinho, governador do Estado da Paraíba

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 “Hoje, como governador, lamentamos o dever institucional de assinar decreto instituindo três dias de luto oficial em razão de seu falecimento. Ariano, que por tantos anos nos fez rir, nos obriga a chorar o último capítulo de sua premiada trajetória. Mas não nos impede, ao mesmo tempo, de reverenciar o brilhantismo de sua existência, já que, segundo o próprio, ‘O homem nasceu para a imortalidade. A morte foi um acidente de percurso’.Agora, mais do que nunca, temos a convicção, parodiando o que ele mesmo dizia, de que existem apenas dois tipos de pessoas neste mundo: as que reconhecem a sua genialidade e as que estão erradas.Em nome de toda a equipe do Governo e de toda a Paraíba, manifestamos o mais profundo sentimento de pesar e solidariedade, pela perda irreparável do nosso Dom Quixote das Caatingas, mestre Ariano Suassuna, cuja passagem espiritual deixa triste nossa alma, embora infle a atenuante vela da história. Que Deus lhe dê abrigo e nos traga conforto”

Geraldo Holanda Cavalcanti, Academia Brasileira de Letras

“A morte de Ariano Suassuna confrange e entristece a Academia Brasileira de Letras. No espaço de um mês, é o terceiro grande acadêmico que parte. Estendemos à família de Ariano nossos profundos sentimentos de pesar. E à multidão de seus amigos, leitores e admiradores no Brasil e no mundo, nossa solidariedade  pela imensa perda. Ariano reunia em sua pessoa as extraordinárias qualidades de homem de letras e de intelectual no melhor sentido da palavra, alguém que, dispondo de uma cultura invulgar, era, ao mesmo tempo, um homem de ação. À sua maneira ocupava-se e preocupava-se com os problemas sociais, focado nos da sua região. Não podemos esquecer seu engajamento com o Movimento Armorial, através do qual buscava revigorar a identidade nordestina e suas peregrinações, levando, com humor, sua mensagem por todo o Brasil”

Karine Pansa, presidente da Câmara Brasileira de Livros

"A literatura e o teatro acabam de perder um dos mais importantes escritores de nosso tempo, Ariano Suasunna, membro da Academia Brasileira de Letras. Com a sabedoria e a simplicidade de um mestre, produziu verdadeiras obras-primas para retratar a cultura nordestina. E fazia isso, não apenas com seu incontestável talento, mas também com todo o amor que sentia pela sua terra. Suassuna dizia que o homem nasceu para a imortalidade e que a morte era um acidente de percurso. Tenha certeza, Suassuna, sua imortalidade já estava em suas obras, que sempre estarão vivas na memória de todos os brasileiros e, especialmente, na de seu querido povo nordestino"

Academia Pernambucana de Letras

"A Academia Pernambucana de Letras lamenta profundamente o falecimento do escritor Ariano Suassuna, ocupante da cadeira n. 18, desde 1993. Idealizador do Movimento Armorial, deixa um vasto acervo bibliográfico traduzido em vários idiomas como inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês"

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