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Aos 82 anos, Maria Thereza Sombra não se lembra de um Rio de Janeiro mais arruinado que o de hoje. Preocupada com as penúrias na delegacia do bairro do Catete, perto de onde mora, convenceu os vizinhos a abastecer o local produtos de todos os tipos - de papel higiênico a câmeras de segurança.

A grave crise do estado do Rio, que em junho decretou estado de calamidade pública pela crise financeira, teve efeitos especialmente dramáticos nos setores da saúde e segurança. Há hospitais carentes de materiais, funcionários públicos lutando para receber seus salários e delegacias sem papel para registrar denúncias ou sem gasolina para patrulhas.

Além de tudo, os cariocas observam a intensificação da violência e dos tiroteios. "Se na crise atual que o Rio está passando a polícia fica com pés e mãos atados, o que vai ser de nós? Temos de ajudar aos que têm de nos defender; senão, ninguém poderá sair de casa", argumenta Maria Thereza, professora aposentada e presidente de uma associação de moradores do Flamengo.

Esta idosa elegante sabe que a coleta de produtos é apenas um paliativo para o problema, mas empilha com satisfação em uma mesa da portaria do seu edifício os rolos de papel higiênico, os produtos de limpeza e os pacotes de folhas de papel ofício doados nos últimos dias por moradores dos 35 condomínios que administra.

Assim que recebe as provisões, Maria Thereza as risca da lista que recebe periodicamente da chefe da 9ª Delegacia de Polícia do Rio. Uma vez, após um roubo no velho edifício policial, a lista incluiu 12 câmeras de vigilância, que foram doadas por um morador que é dono de uma empresa de segurança.

"Juntos com a Polícia"

Mas a ajuda espontânea que estes moradores começaram a oferecer em abril passou a ser insuficiente. No início de novembro, a Polícia Civil do Rio lançou um pedido de socorro a empresários, para garantir a prestação de seus serviços em meio à crise do Estado.

A falência do segundo estado mais rico e populoso do Brasil é tão grave que, no início de novembro, a polícia oficializou esse tipo de doação em um programa batizado como "Juntos com a Polícia". O objetivo era pedir aos cidadãos e às empresas para receber doações de material de escritório, de limpeza e, inclusive, ajuda para "pequenos reparos" nas instalações policiais ou para coleta de lixo.

A segurança pública é considerada constitucionalmente como responsabilidade do Estado, mas "é um dever de todos". O plano de auxílio "busca garantir a prestação de um serviço essencial para a sociedade e com a qualidade que o cidadão merece", limitou-se a comentar a Polícia à AFP. Depois de estourar champanhes e esquecer momentaneamente seus problemas com os Jogos Olímpicos, a realidade bate à porta do Rio.

O estado, que vive principalmente das renda obtida com a exploração do petróleo, tem um buraco avaliado em 17,5 bilhões de reais no orçamento de 2016.

"As Olimpíadas tiveram seu efeito, mas não tanto. A crise chegou antes no Rio por uma falência na arrecadação por cargas salariais de funcionários muito elevadas e, principalmente, pela crise dos preços do petróleo", resume Vilma Pinto, professora da economia da Fundação Getúlio Vargas.

O governador do Rio, Luís Fernando Pezão, apresentou recentemente um duro pacote de cortes e aumento de impostos que está sendo fortemente criticado nas ruas.

Pezão já alertou que dividirá em sete partes o salário de novembro dos funcionários e aposentados públicos e não sabe se poderá pagar o 13º no Natal, mas Maria Thereza e seus vizinhos acham que não lhes resta outra saída a não ser conter os gastos e fazer modestamente parte do trabalho do governo.

E o fazem com revolta, sentindo que estão pagando pato pela corrupção dos ex-governadores do Rio, que foram presos na semana passada.

"Eu, na realidade, pago impostos duas vezes. Pago meus tributos obrigatórios e agora também estou pagando pelos governos ruins que tivemos, mas disso a polícia não tem culpa", lamenta Maria Thereza.

O criador do Rock in Rio, Roberto Medina, usou a conta oficial do festival no Facebook e reforçou a campanha #GunsNRosesNoRockInRio2017. Nesta terça-feira (22), ele se declarou fã da banda americana Guns N' Roses e afirmou que vai falar com o grupo para que ele volte a ser atração do evento brasileiro.

Sem dar detalhes, Medina disse que superou questões pessoais com Axl Rose, vocalista da banda. O idealizador do evento também lembrou que o Guns N' Roses é uma das bandas que mais tocou no festival.

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De acordo com Medina, a participação na edição 2017 do Rock in Rio agora só depende da própria banda americana. Confira, a seguir, a postagem na íntegra: 

Caros amigos do Rock in Rio!

Quem fala aqui é Roberto Medina, criador do Rock in Rio. Essa é a primeira vez que me manifesto através de uma rede social. Quero comunicar com meu lado de fã. Como vocês sabem o Guns N' Roses é uma das bandas que mais tocou nas edições do Rock in Rio e a performance deles com a banda original foi absolutamente sensacional. As minhas questões pessoais com o Axl estão totalmente superadas. Vou falar com eles sobre a ideia, mas como eles estiveram aqui no Rio agora não sei se terão interesse em voltar ano que vem. Mas a partir de agora a bola fica no campo deles. Vamos convidá-los? #GunsNRosesNoRockInRio2017

O Rock in Rio será realizado em setembro do próximo ano, nos dias 15, 16, 17, 21, 22, 23 e 24. Algumas das atrações já confirmadas são Aerosmith, Red Hot Chili Peppers e Maroon. 

Após a madrugada de confrontos entre policiais e traficantes na Cidade de Deus, moradores da comunidade amanheceram no domingo procurando familiares desaparecidos. Os números eram desencontrados, mas a tristeza e a revolta estavam estampadas em todos os rostos.

O pastor Leonardo Martins da Silva, de 45 anos, descobriu logo cedo que o filho, Leonardo Junior, de 22, estava entre as vítimas. "Minha revolta não é pela morte, porque eu sei que ele fazia uma coisa errada e por isso estava sujeito a morrer. É pela forma como aconteceu: atiraram pelas costas, quando ele já tinha se rendido. Isso está errado, e agora não deixam nem o rabecão entrar para recolher os corpos. Eu pago impostos, sou cidadão, tenho direito pelo menos que meu filho seja recolhido de forma decente", afirmou à reportagem, enquanto mostrava a carteira de trabalho do filho, recém-confeccionada e sem nenhum registro. "Ele queria mudar, eu pedia isso, mas não deu tempo."

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Ainda com as mãos cheias de terra por ter retirado o corpo do filho de um brejo, o pastor foi pedir aos PMs que agilizassem a chegada da perícia, o que só aconteceu duas horas depois.

Familiares de outras vítimas preferiram não falar. Quando a perícia chegou e tirou os lençóis que cobriam os corpos, os repórteres fotográficos foram pressionados a sair do local.

Um vídeo que circulou pelas redes sociais mostra uma mulher pedindo que PMs permitam sua entrada em uma área de mangue para procurar o filho.

"Meu filho está aqui dentro, eu tenho de procurar", grita. O policial diz que está sem comunicação com outros PMs e por isso seria arriscado permitir a entrada. "Eu vou entrar. Meu filho está aí dentro do mato. Morto, morto! O sangue é meu. Eu sou mãe", repetia a mulher.

Anistia

A Anistia Internacional divulgou nota condenando a política de segurança pública no Estado do Rio. Segundo o comunicado, o governo tem falhado em proteger a vida tanto dos moradores quanto dos agentes de segurança pública.

"As operações policiais no Rio seguem um padrão de alta letalidade, deixando centenas de pessoas mortas todos os anos, inclusive policiais no exercício de suas funções. São operações altamente militarizadas, que seguem uma lógica de guerra, que enxerga as áreas de favelas e periferias como territórios de exceção de direitos e que resultam em inúmeros outros abusos além das execuções", diz a nota da organização não governamental.

Ministro oferece ajuda federal; Temer lamenta mortes

O Ministério da Justiça ofereceu ao governo do Estado do Rio a ajuda de agentes da Força Nacional que estão na cidade para prestar apoio à segurança na comunidade de Cidade de Deus.

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, informou que está acompanhando os fatos e que vem mantendo contato com o secretário de Segurança Pública do Estado, Roberto Sá.

A assessoria de Sá informou que, por enquanto, a mobilização da Força não é necessária.

O presidente Michel Temer lamentou neste domingo em uma rede social a morte dos policiais militares na queda do helicóptero na Cidade de Deus. "Lamentável a morte dos 4 PMs que cumpriam o seu dever durante operação no Rio de Janeiro. A minha solidariedade aos familiares e amigos", escreveu. "Reitero minha confiança e apoio ao trabalho das forças policiais, sempre comprometidas no combate ao crime."

O secretário de Estado de Segurança do Rio, Roberto Sá, defendeu neste domingo (20) um "novo pacto" para enfrentar a crise de segurança pública que afeta o País. Ele criticou as progressões de regime para presos que cometeram assassinatos. Na tarde de domingo, Sá participou do velório coletivo de três dos quatro policiais militares mortos na queda do helicóptero, no sábado, na Cidade de Deus.

Em 2016, 124 PMs foram mortos no Estado do Rio, dos quais 33 estavam em serviço. De acordo com o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança, em 2015 foram 87. Desses, 23 estavam trabalhando. "A polícia sangra", disse Sá.

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O que o senhor tem a dizer sobre as mortes desses policiais?

Ontem eu começava lamentando as mortes de cinco policiais militares (quatro morreram na queda do helicóptero na Cidade de Deus e outro em um ataque no Méier, zona norte), e hoje eu começo lamentando as mortes dos nossos 124 policiais militares neste ano. São 33 em serviço. É inaceitável o tanto de policiais que morrem no Brasil. Mas também é inaceitável o número de mortes violentas por causas externas de todas as pessoas.

Qual a análise que o senhor faz desse momento?

Eu sempre falei, mas infelizmente essa fala não encontra eco: a gente vive no Brasil uma crise de segurança pública. E a gente tem de rever, tem de ter um novo pacto. A polícia sangra. Nós temos verdadeiros heróis morrendo de forma anônima todos os dias. Ontem tivemos mais cinco. Eu já perdi a conta de policiais que eu já enterrei na minha vida profissional. O que eu digo para uma família de um policial que se foi? Não aguento mais entregar quepe e bandeira para mãe, mulher e filho de policial.

Qual é a sua proposta?

Nós temos de decidir no Brasil o que nós queremos para o criminoso violento, aquele que tira a vida de alguém. Quanto tempo vocês acham que essa pessoa tem de ficar presa? Temos de rever tudo. Presos que cometem pequenos furtos têm de ter medidas alternativas. Pessoas que tiram a vida de alguém têm de ficar presas muito tempo, sim. O (traficante) Fu da Mineira (Ricardo Chaves de Castro Lima) e o (também traficante) Claudinho (Cláudio José de Souza Fontarigo), somando a pena dos dois, foram condenados a 160 anos, mas saíram (do Presídio Federal de Porto Velho) para visitar a mãe e tocaram o terror. Até quando vamos enterrar inocentes por esse quadro no Brasil? Eu peço à sociedade para exigir discussão nacional sobre o que fazer com quem tira a vida dos outros.

Os policiais no helicóptero foram mortos a tiros?

O laudo de autópsia da perícia já saiu. Não há perfuração por arma de fogo nos corpos. A perícia na aeronave está sendo feita pela Aeronáutica. Até o momento (ontem), não se encontrou nenhum tipo de perfuração, mas é muito cedo ainda para qualquer conclusão. A perícia vai levar mais tempo. Não se descarta nada.

Pode ter havido falta de manutenção ou problema na condução da aeronave?

Tudo é possível. A curiosidade de vocês também é a minha. Estamos ansiosos pela conclusão desse laudo. A Polícia Militar me garantiu: a aeronave não levanta voo se tudo não estiver em dia. Ou seja, em tese as manutenções estão todas em dia. A gente precisa aguardar o laudo da perícia.

Em relação às mortes na Cidade de Deus, as famílias dizem que alguns sofreram facadas, outros estão sem roupas. O senhor tem informações sobre as circunstâncias das mortes?

Ainda não. Já falei com o delegado Rivaldo Barbosa, titular da Divisão de Homicídios, e tenho certeza de que eles não vão deixar sem respostas essas mortes dessas pessoas que foram encontradas na Cidade de Deus. Podem ter certeza, estamos aqui para preservar vidas. Nenhum excesso será tolerado, nenhum excesso vai ficar impune. Eu confio muito no trabalho da Divisão de Homicídios.

O que iniciou os confrontos na Cidade de Deus?

No sábado pela manhã houve denúncia e uma patrulha foi checar. Essa patrulha foi alvejada. A PM estabilizou esse confronto sem presos. À tarde, houve novo confronto e a PM acionou as aeronaves de apoio de tropa e a plataforma de observação (a que caiu) porque a situação estava ficando séria. A notícia era de que traficantes do Comando Vermelho tinham tentado invadir uma área de milícia. O setor de inteligência acompanha essa instabilidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A prefeitura do Rio de Janeiro-RJ está com um certame aberto para preencher 80 vagas de professores do ensino fundamental. Com carga horária de 40h semanais, os profissionais devem ter licenciatura plena, com habilitação e inglês. Os novos servidores terão remuneração de R$ 5.281,42.

Na última quinta-feira (17), foram abertas as inscrições para o concurso de professores do ensino fundamental na cidade do Rio de Janeiro. São 80 vagas e está prevista a aplicação de provas objetiva e discursiva, prática oral e avaliação de títulos. O cadastro dos candidatos segue até às 23h59 do dia 8 de dezembro e a taxa de inscrição é de R$ 100. Todo o processo é feito pela internet no site de concursos da própria prefeitura, que é o www.rio.rj.gov.br/web/portaldeconcursos.

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Um deslizamento de solo e rochas ocorrido no fim da noite desse segunda-feira (14) deixou dois mortos no município fluminense de Petrópolis, na região serrana do Estado. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil resgataram os corpos de Paulo Roberto Souza, de 70 anos, e de Consuelo do Carmo, de 49 anos, na rua Uruguai, no bairro Quitandinha.

Em comunicado, a Secretaria de Defesa Civil e Segurança Pública informou que o deslizamento atingiu pelo menos quatro casas e que as buscas pelas duas vítimas foram iniciadas logo após o incidente, por volta das 23 horas. Por causa da chuva e da instabilidade em toda área, o trabalho chegou a ser interrompido pouco depois das 3h, mas foi retomado pela manhã desta quarta-feira.

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A Defesa Civil pede que a população não se dirija à região. A rua permanece interditada, com risco iminente de novos deslizamentos, por isso toda área foi isolada. Por conta da situação de risco que ainda permanece, os moradores da região foram orientados a sair de casa e a buscar locais seguros.

A igreja Santíssima Trindade e o posto de saúde que funciona no prédio anexo à igreja, além do Centro de Educação Infantil Chiquinha Rola, permanecem estão servindo como ponto de apoio aos moradores.

No último final de semana, no Rio de Janeiro, a cantora Anitta fez um comentário que deu o que falar. Durante show no Villa Mix Festival, a artista fez um discurso empoderador em relação à sua opção de permanecer solteira, ou melhor, sozinha. Para ela, homem nenhum tem que mudar o jeito da mulher e que há muita hipocrisia.

A revelação aconteceu quando a cantora relembrou um fato, que segundo ela, aconteceu quando ela estava ‘pegando’ um rapaz. “Uma vez eu peguei uma cara, que falou assim pra mim: se você fosse minha mulher a primeira coisa que iria mudar é esse rebolar aí na frente dos outros; daí eu respondi, pra me pegar é bom, mas pra ser tua mulher não dá”, falou.

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Para completar, a cantora reforçou: “Hipocrisia é que não dá! Prefiro ficar sozinha do que ser subordinada”, criticou a artista, que ainda disse que os homens pensam que quem faz funk é menosprezado. “Eu prometo que um dia vou fazer o funk carioca ser respeitado nesse País. Porque esse funk nasceu aqui e foi criado aqui e ele merece ser respeitado sim”, disse.

Parte do vídeo foi publicada no Canal do fã clube da cantora. Confira a seguir: 

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, fará duas mudanças no atual secretariado do Estado, que vive uma grave crise financeira. Francisco Caldas deixa a pasta de Planejamento, que passa a ser comandada por Luiz Claudio Gomes, subsecretário da Fazenda, que terá como missão promover a fusão entre das duas secretarias. A alteração foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (14). Caldas sai do governo estadual para assumir um cargo no Banco Interamericano (BID).

A segunda alteração foi feita na Casa Civil. Leonardo Espínola deixa o comando da pasta e vai para a Procuradoria-Geral do Estado, em substituição de Lúcia Léa Guimarães Tavares, que se aposenta. Quem assume a Casa Civil é Claudio Roberto Pieruccetti Marques, procurador do Estado.

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O governo do Rio demorou a agir para conter a crise financeira, avaliam especialistas em contas públicas e gestão ouvidos pelo Estadão. Medidas para o enxugamento da máquina já deveriam ter sido tomadas desde o primeiro semestre de 2015, quando o rombo ainda era calculado em cerca de R$ 2 bilhões - hoje, é de R$ 17,5 bilhões. Na ocasião, o que se previa é que a situação financeira melhoraria justamente no fim de 2016. Agora, a estimativa é de que 2017 seja um ano perdido, e que só será possível retomar o equilíbrio fiscal por volta de 2022.

A previsão de 2015 não contava com a queda do preço do barril do petróleo, que era de US$ 110 em 2014 e chegou a ser cotado em janeiro deste ano em US$ 30. A arrecadação bruta com royalties foi de R$ 10 bilhões há dois anos, passou a R$ 5,6 bilhões, em 2015, e caiu para R$ 3,48 bilhões em 2016. Também não imaginava que a economia do País não recuperaria o fôlego tão cedo. A queda no PIB derrubou a receita líquida do Rio de R$ 61,5 bilhões, em 2013, para R$ 44,08 bilhões, este ano. Também não se esperava que a crise da Petrobrás se agravaria.

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Alvo da Lava Jato, a companhia tem uma dívida de mais de R$ 300 bilhões; com ela, naufragou a indústria naval do Rio, que vinha num bom momento. A Lava Jato também reduziu investimentos no Rio por parte das grandes empreiteiras, como a Odebrecht e a Andrade Gutierrez.

Plano

"Faltou planejamento, governança pública. A arrecadação caiu, a despesa com inativos e pensionistas cresceu, a conta não fecha. E nesse rombo entra também a conta da corrupção", afirma o advogado especializado em administração pública, Jerson Carneiro, professor de direito administrativo e gestão no IBMEC/RJ. "A solução passa por medidas como uma reforma administrativa que retire a estabilidade do servidor que não é eficiente e uma reforma previdenciária, mas sem tirar direitos adquiridos. O Brasil prometeu demais aos servidores públicos, e agora precisa rever isso. Mas é preciso fazer tudo com transparência."

A concessão de isenções fiscais que não geraram o custo-benefício esperado é outro componente da crise que deveria ter sido observado, aponta Carneiro. De olho em empregos, o Rio mantém uma política agressiva de atração de empresas. De 2007 a 2014, foram R$ 185 bilhões em benefícios, com renúncia efetiva de R$ 47 bilhões. Em 2015 e 2016, as renúncias somaram R$ 14,5 bilhões. Enquanto isso, a pressão da dívida pública só aumentou: de 2010 a 2015, saltou de R$ 59,2 bilhões para R$ 107,5 bilhões. O Estado relativiza o impacto da guerra fiscal em suas finanças, mas o assunto gera controvérsias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Presente na feijoada servida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nesse sábado (12) o presidente Michel Temer ressaltou nas conversas que o governo não pretende acatar possível pedido de intervenção federal por parte do Estado do Rio.

De acordo com presentes ao encontro, Temer defendeu que uma solução seja encontrada para todos os Estados em dificuldades financeiras. Um dos caminhos lembrados é a securitização, operação que também é defendida pelo governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e consiste em "vender" receitas esperadas para o futuro e, com isso, antecipar parte do dinheiro.

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Segundo relatos, Temer estava descontraído e bebeu caipirinha. O presidente reafirmou que vai encaminhar o projeto da reforma da Previdência neste ano, mas não o texto da reforma trabalhista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em protesto contra a possível extinção do Aluguel Social, programa assistencial temporário do governo fluminense para pessoas pobres que perderam suas moradias, cerca de 100 famílias foram para a frente da Assembleia Legislativa do Rio nesta quinta-feira (10). A proposta é parte do pacote de medidas de ajuste fiscal enviadas pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) ao Legislativo. Foi a terceira manifestação contra o pacote em três dias. Não houve confusão: uma barreira de policiais militares bloqueou as escadarias da Casa e inviabilizou qualquer tentativa de invasão.

Segundo a Secretaria de Assistência Social, 9.640 famílias recebem o benefício. Dessas, 5.140 foram removidas por estarem em áreas de risco e 4.500 por obras do Programa de Aceleração do Crescimento. O valor mensal gasto pelo governo com o Aluguel Social é de R$ 4,2 milhões, retirados do Fundo Estadual de Habitação e Interesse Social. Cada família recebe, em média, R$ 400 ao mês. Aprovado o pacote, o programa seria extinto a partir de junho de 2017. O governo estima economizar R$ 74,1 milhões por ano.

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Participaram do protesto famílias retiradas de casa pelo governo até quatro anos atrás e nunca reassentadas, ao contrário do que prometera o poder público. Segundo a Defensoria Pública do Estado, 35% dos beneficiários perderam suas casas por determinação do Estado.

Repasse.

Há quatro meses o governo tem atrasado o depósito. O repasse é garantido pela Defensoria por meio de medidas judiciais. Setembro e outubro ainda não foram pagos. O carpinteiro Francisco Silva Balbino, de 48 anos, a mulher e os seis filhos foram retirados pelo governo da casa onde moravam, no bairro do Caju, região central, em 2013. O Estado teria prometido construir um conjunto habitacional no local, mas nenhuma obra foi iniciada. "A dona da casa onde moro, em Duque de Caxias, já avisou que se eu não pagá-la vai pedir o imóvel de volta. Não consigo emprego e não sei o que fazer." . As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Uma pane elétrica em um veículo que transportava botijões de gás causou uma explosão no centro do município de Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Testemunhas que estavam próximas ao local filmaram o acidente e o exato momento em que o carro explode. O impacto da explosão foi tão grande que o centro da cidade ficou sem energia. 

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O Corpo de Bombeiros dos quartéis de São Gonçalo e Itaboraí foram acionados para controlar as chamas no carro. O veículo ficou totalmente destruído e um homem, de 76 anos, ficou ferido e foi socorrido para o Hospital Municipal Desembargador Leal Júnior, no bairro de Nancilândia.

Policiais da Delegacia de Itaboraí instauraram um inquérito para apurar as causas do acidente que aconteceu na última terça-feira (8), na Avenida 22 de Maio. Inicialmente, o incidente teria sido provocado a partir da explosão dos cilindros cheios de gás transportados pelo veículo, mas não está descartada nenhuma possibilidade.

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O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse nessa quarta-feira (9) que nem mesmo o ilusionista Mister M resolveria a situação econômica do Estado, sem recursos, e rechaçou a proposta de intervenção federal, apresentada por integrantes da bancada fluminense na Câmara dos Deputados.

"Intervenção para quê? Você pode botar o Mister M lá que não vai resolver. O dinheiro não vai cair do céu, você não fabrica dinheiro", afirmou Pezão, que desde terça-feira faz uma "peregrinação" na capital federal, em busca de verbas. "Estados e municípios não têm o poder que a União tem de decretar déficit de R$ 170 bilhões, aprovar no Congresso, emitir dinheiro e Medida Provisória. Eu queria ter banco e poder emitir dinheiro."

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Para o deputado federal Hugo Leal (PSB-RJ), coordenador da bancada do Rio na Câmara, a intervenção federal é a "única saída viável" para que o governo fluminense tenha condições de pagar o funcionalismo e manter serviços essenciais. Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que essa é a "última hipótese colocada" porque uma intervenção teria efeito negativo para outros Estados e provocaria insegurança para investidores. Segundo ele, o Tesouro calcula que o Rio precisaria de um resgate entre R$ 5 bilhões e R$ 10 bilhões para sobreviver nos próximos 12 meses.

Pezão se reuniu com o presidente Michel Temer e com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles para pedir ajuda para o Rio. Também conversou com Maia, com a presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lúcia, e com o ministro das Cidades, Bruno Araújo. Ele disse que o Estado não suporta mais arcar com as aposentadorias especiais, que representam 66% da previdência do Rio.

O governador sugeriu o que chamou de "medidas criativas" para enfrentar a crise, como a securitização da dívida ativa e dos royalties de petróleo. "Com a securitização, acredito que a gente possa arrecadar perto de R$ 6 bilhões", argumentou, negando ter sido "abandonado" por Temer. Questionado se a justificativa para o governo federal não socorrer o Rio é a Proposta de Emenda à Constituição que estabelece um teto para os gastos públicos, em tramitação no Senado, Pezão admitiu que o ajuste é citado em todas as conversas.

"Já é uma receita. Você bate em todas as portas, entra e é uma missa: 'Não tem dinheiro'", afirmou. "O governo está com dificuldade, tem um déficit de R$ 170 bilhões, prestes a explodir, e não pode ajudar só o Rio".

Pezão acusou o desembargador Custório Barros Tostes, do Tribunal de Justiça do Rio, que suspendeu a proposta de ajuste enviada à Assembleia, de ter "interesse" no assunto. O pacote de medidas inclui o aumento para 30% na contribuição previdenciária dos servidores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico, localizado na zona sul do Rio, foi atacado, na noite desta segunda-feira (7). Segundo o órgão, um grupo de 25 pessoas encapuzadas invadiu o setor de Compostagem do Horto Florestal, na zona sul, rendeu o segurança do local, roubou uma arma, um rádio de comunicação e dois celulares. Elas também jogaram uma bomba, "provavelmente um coquetel molotov", de acordo com o instituto, sobre um veículo de serviço.

A invasão começou por volta das 22h15 e se estendeu até as 3h30 da madrugada desta terça-feira (8). O instituto informou que registrou o caso na 15ª Delegacia de Polícia (Gávea). "O Jardim Botânico aguarda agora uma avaliação da Polícia Federal sobre o ocorrido", informou o órgão, por nota.

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A ação ocorreu na noite do mesmo dia em que a Polícia Militar cumpriu mandado de reintegração de posse de uma casa da Comunidade do Horto, que fica em um terreno do Jardim Botânico, objeto de disputa há anos. Por nota, o órgão declarou que "este ato criminoso é mais uma tentativa de chantagem contra o Jardim Botânico e o Poder Público pelo cumprimento, pela Justiça, da reintegração de posse de uma das casas irregularmente construídas no território do Jardim".

Durante a reintegração da segunda-feira, houve confronto entre policiais militares, moradores e manifestantes que apoiam a comunidade. Policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha contra os manifestantes. Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas.

Segundo o instituto, durante o confronto manifestantes teriam quebrado a canaleta do histórico Aqueduto da Levada, interrompendo a irrigação do Jardim, e atearam fogo na porta do setor de conservação da área verde do Jardim.

O instituto também informou que, pelo segundo dia consecutivo, o Jardim Botânico não abrirá para visitação, "por motivos de segurança, para proteção dos visitantes e do patrimônio público". A medida visa também facilitar a investigação da polícia, que recebeu do Jardim um vídeo do atentado gravado por câmeras de segurança da instituição.

As casas da Comunidade do Horto são ocupadas, há décadas, por famílias de funcionários. Os imóveis são alvo de disputa judicial com a União, que quer remover os moradores, alegando que estão no perímetro do Jardim Botânico. Os ocupantes - alguns já sem vínculo com a instituição - alegam direito à moradia para continuar na área.

A empresa Uber terá que indenizar uma cliente em R$ 12 mil, após um de seus motoristas parceiros errar o caminho durante uma corrida. O caso aconteceu no Rio de Janeiro. A cliente chamou um carro pelo aplicativo para ir ao Aeroporto do Galeão, onde embarcaria para São Luís (MA). Mas devido ao equívoco do condutor ela se atrasou e acabou perdendo o voo. A audiência foi realizada nessa segunda-feira (7). As informações são do site Conjur.

A defesa da autora pediu a indenização por entender que o problema foi causado por um equívoco do motorista. A defesa da Uber, por outro lado, diz que a cliente errou ao solicitar a corrida pouco tempo antes da decolagem do avião, contrariando a indicação que pede aos passageiros que cheguem aos aeroportos 120 minutos antes do horário estipulado pela companhia aérea.

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O argumento da empresa não foi aceito pelo juiz responsável. Para o magistrado, a passageira solicitou o transporte dentro do período suficiente para chegar ao aeroporto, chamando atenção para o fato de que a própria Uber confirmou o erro do motorista oferecendo um reembolso referente ao valor extra que a cliente teve de pagar, caso o condutor não errasse o caminho.

Para o juiz, a Uber deveria corrigir os seus defeitos, a fim de que os seus serviços não venham a ser questionados judicialmente. "Sou um cliente contumaz dos serviços prestados pela Uber, sobretudo quando estou em São Paulo. Porém, não gostaria de ser vítima de vícios de prestação de serviços dessa natureza", disse o magistrado.

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O Estado do Rio teve nessa segunda-feira (7) R$ 170 milhões de suas contas bancárias executados por causa de atraso no pagamento de dívidas, informou a Secretaria Estadual de Fazenda. Após decretar estado de calamidade pública por causa do rombo nas contas, o governo fluminense anunciou um pacote de ajustes na sexta-feira.

Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, o Rio atrasou R$ 38,7 milhões, referentes a parcelas da dívida com a União que deixaram de ser pagas entre abril e junho, quando vários Estados obtiveram liminares junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) permitindo a suspensão dos pagamentos.

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Quando, no início de julho, o STF aprovou um novo acordo entre a União e os Estados, ficou acertado que os pagamentos suspensos entre abril e junho seriam feitos em 24 meses e deveriam começar em julho. Dos R$ 38,7 milhões pendentes, R$ 30,4 milhões foram executados até esta segunda-feira, segundo o Ministério da Fazenda.

A execução total chega a R$ 170 milhões porque inclui também o atraso no pagamento de outras dívidas, garantidas pela União. Nesses casos, a dívida não é com o governo federal, mas quando há atraso no pagamento, a União paga o credor e em seguida cobra do Estado.

Escolha.

A Secretaria Estadual de Fazenda não informou quais dívidas sofreram atraso no pagamento. Em geral, a União garante empréstimos com bancos públicos, como BNDES, Caixa e Banco do Brasil, e com organismos multilaterais, como o Banco Mundial. Segundo a secretaria, por causa das execuções, todos os recursos que entrarem nas contas vão direto para a União até completar o valor devido. Enquanto isso, pagamentos a fornecedores e funcionários estão suspensos.

Nesta segunda-feira, tanto o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro quanto o Ministério Público estadual apontaram inconstitucionalidade em algumas das medidas do pacote anunciado na sexta-feira. Uma manifestação de servidores, que marcharam da sede do TJ-RJ à Assembleia Legislativa (Alerj), no centro do Rio, também sugere que a aprovação do ajuste não será fácil.

O pacote inclui corte nas gratificações de cargos comissionados e redução desses cargos, extinção de programas sociais, adiamento de reajustes salariais já concedidos, aumento do ICMS para setores como os de cerveja, refrigerante, gasolina e telecomunicações, redução no número de secretarias, entre outras medidas. A mais polêmica é a elevação da contribuição previdenciária dos servidores, para 30% do salário bruto, por pelo menos 16 meses.

"Ainda que seja necessária a adoção de medidas emergenciais, não há como se aceitar que as propostas possam ferir princípios constitucionais", disse o presidente do TJ-RJ, Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, citando a separação de poderes.

Interferência.

Pelo menos duas medidas interferem diretamente nos poderes independentes, como o TJ-RJ e o Ministério Público. Uma delas muda a forma de repassar mensalmente os recursos do orçamento desses poderes. Outra é autorizar, por 16 meses, que o governo possa usar 50% da receita dos fundos especiais que financiam esses órgãos.

O fundo especial do TJ é formado com recursos das custas judiciais e é a principal fonte para custeio do Judiciário. "Sem recursos suficientes, haverá necessária redução do serviço prestado, estabelecimento de escalas de atendimento ou até fechamento de fóruns, com consequências gravosas para a população", disse Carvalho.

Em entrevistas à TV Globo, o governador Luiz Fernando Pezão disse nesta segunda que não tem plano B e que ainda não sabe como pagará os salários dos servidores até o fim do ano. "O 13° não está garantido ainda."

Pacote fiscal.

30% do salário bruto, pelos próximos 16 meses, deverão ser pagos pelos servidores como contribuição previdenciária dentro do pacote de ajuste fiscal do Rio

50% dos recursos depositados em fundos especiais do Tribunal de Justiça e do Ministério Público também seriam utilizados pelo Estado por 16 meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro confirmou em nota, divulgada hoje (7), o bloqueio de R$ 170 milhões das contas do governo fluminense em razão do não pagamento da dívida do estado com a União.

“As consequências são o impedimento de fazer qualquer tipo de pagamento até que o valor devido à União seja pago”, diz a nota. A expectativa é que isso ocorra ainda esta semana. De acordo com a secretaria, o impacto desse impedimento é imediato, mas não influencia as medidas anunciadas na última sexta-feira (4) pelo governador Luiz Fernando Pezão para redução de custos, já que a maioria delas é para 2017.

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“O calendário de pagamento está mantido”, assegurou a Secretaria de Fazenda na nota. 

O AquaRio, aquário marinho do Rio de Janeiro, que será aberto ao público no próximo dia 9, começa nesta sexta-feira (4) a vender seus ingressos avulsos pela internet. A venda começa às 10h, no site www.aquario.rio/ingressos. Ao comprar o ingresso, o visitante escolhe o dia e o horário da entrada no aquário.

O ingresso normal custa R$ 80. Para moradores ou pessoas nascidas no estado do Rio de Janeiro, a entrada é mais barata: R$ 60. Idosos, pessoas com deficiência, crianças e jovens de até 17 anos e estudantes de 18 a 24 anos pagam apenas R$ 40. Crianças com menos de três anos não pagam ingresso.

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O AquaRio reúne 3 mil animais de 350 espécies diferentes de todos os oceanos, espalhados por 28 tanques. Entre as atrações do aquário estão os tubarões lambaru (Ginglymostoma cirratum), galha-branca-de-recife (Triaenodon obesus), galha-preta-de-recife (Carcharhinus melanopterus) e mangona (Carcharias taurus).

Além da visita aos tanques, o AquaRio oferece atividades extras, como a possibilidade de dormir dentro do túnel oceânico, conhecer os bastidores do aquário e mergulhar no tanque oceânico.

Os visitantes também podem comprar um passaporte anual, que custa R$ 180 e permite visitas ilimitadas por 12 meses. O passaporte familiar, que inclui dois adultos e duas crianças da mesma família e permite visitas ilimitadas por 12 meses, custa R$ 360.

O Rio de Janeiro perdeu nessa terça-feira (1º) mais um policial vítima da violência na cidade. Alexandre Correa da Silva, de 32 anos, foi assassinado numa tentativa de assalto nessa noite, em São Cristóvão, zona norte.

O policial civil, lotado na 62ª Delegacia de Polícia - Imbariê, estava no carro com a mulher quando foi abordado por bandidos em um veículo roubado na mesma noite, no bairro de Laranjeiras, zona sul da cidade. O policial reagiu ao assalto, e houve troca de tiros com os criminosos.

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Em meio ao confronto, o automóvel que levava os assaltantes bateu contra um poste, mas os bandidos conseguiram abandonar o veículo e fugir. Alexandre morreu ainda no local do tiroteio, e sua mulher não foi ferida, de acordo com informações da Delegacia de Homicídios da Capital.

De janeiro a outubro deste ano, 347 policiais foram baleados no Estado do Rio de Janeiro, sendo que 89 deles não resistiram aos ferimentos e morreram, segundo o blog Pauta do Dia, que faz um levantamento independente sobre violência contra policiais desde 2009, a partir de boletins médicos e informações repassadas pelos próprios policiais. Segundo informações do blog, do total de vítimas, 209 eram policiais em serviço, 119 deles estavam de folga, 16 eram reformados, dois eram aposentados e um era recruta. Segundo a Polícia Civil, agentes fizeram perícia minuciosa no local do crime e policiais fazem buscas para identificar os criminosos.

A violência urbana é responsável pela morte de uma pessoa a cada 90 minutos no estado do Rio. No período de 274 dias dos meses de janeiro a setembro deste ano, 4.482 pessoas morreram por letalidade violenta, que engloba homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e morte em confronto com a polícia.

O índice faz parte do relatório mensal do Instituto de Segurança Pública (ISP), pesquisa do governo estadual, divulgado nesta terça-feira (1º), e que traz os principais indicadores de criminalidade e da atividade policial do estado do Rio de Janeiro. Em relação ao período de janeiro a setembro de 2015, quando foram registradas 3.744 vítimas de letalidade violenta, houve aumento de 19,7%.

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Os homicídios dolosos, quando há intenção de matar, nesse mesmo período, foram 3.098 em 2015 e chegaram a 3.649 em 2016, representando 551 assassinatos a mais. Também os latrocínios, que são os roubos seguidos de morte, tiveram aumento expressivo, saindo de 107 casos, de janeiro a setembro de 2015, para 162 casos em 2016.

Os casos de mortes em confrontos com a polícia subiram, nos primeiros nove meses deste ano, 118 casos, saindo de 517 mortes em 2015 para 635 mortes em 2016.

Roubos

Os roubos de rua, que reúnem roubo a pedestre, roubo de celular e roubo em transporte coletivo, apresentaram alta expressiva na comparação de janeiro a setembro deste ano com igual período do ano passado. Saíram de 63.714 casos para 91.826 casos este ano, o que dá 28.112 casos a mais. São 335 roubos de rua por dia, 14 por hora, ou um roubo a cada 4 minutos.

O roubo a pedestre saiu de 49.311 casos no período, em 2015, para 68.632 casos em 2016, um aumento de 39%. O roubo de celulares saltou de 8.695 casos, nos primeiros nove meses do ano passado, para 13.948 casos em igual período deste ano. E o roubo em coletivos subiu de 5.708 casos para 9.246 casos, também de janeiro a setembro.

Apenas em setembro, último mês em que foi contabilizado o relatório, também foi registrado aumento nas mortes por letalidade violenta e em roubos na comparação entre 2015 e 2016. No primeiro caso houve um aumento de 28,2% na comparação entre setembro deste ano com setembro de 2015.

Em relação a roubos, os roubos de rua tiveram alta de 66%, a pedestre de 69,6%, de celulares de 51% e em coletivos de 66,7% comparando setembro de 2015 com setembro de 2016.

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