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O nível dos rios que abastecem as regiões de Campinas e Piracicaba, no interior de São Paulo, subiu com as últimas chuvas, mas ainda está abaixo da média para o mês de dezembro. Como a volta das chuvas ocorre após um longo período de estiagem na região, a vazão dos rios oscila como ondas, conforme o volume das precipitações. O fenômeno é bem visível no Rio Piracicaba que, de uma vazão de 12,6 metros cúbicos por segundo na sexta-feira, subiu para 214 m3/s no sábado, após chuvas torrenciais ocorridas à noite.

No domingo, a vazão havia baixado para 80,88 m3/s e nesta segunda-feira (22), caiu ainda mais, para 51,23 m3/s no trecho que corta a área urbana, segundo a rede de telemetria do Consórcio das Bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). Mesmo assim, o volume de água ainda era suficiente para cobrir as pedras que antes estavam à mostra e atrair turistas ao mirante do salto e à Avenida Beira Rio, o complexo turístico da cidade. A vazão média do Piracicaba este mês está em 38,2 m3/s, bem abaixo da média histórica para dezembro, de 129 m3/s.

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Outros rios que abastecem cidades da região de Campinas ainda têm vazões inconstantes. Apesar das chuvas, o Rio Atibaia, que fornece água para quase 1 milhão de pessoas em Campinas, estava nesta segunda-feira com vazão de 5,21 metros cúbicos por segundo em Valinhos. Pelas novas regras da Agência Nacional de Águas (ANA) e Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) que entram em vigor no início de janeiro, vazão abaixo de 5 metros nesse ponto significa estado de alerta e, abaixo de 4 m3/s, torna obrigatória a redução na captação em 20%.

Já os rios Camanducaia e Jaguari, que também têm a vazão regulada pelo Sistema Cantareira e abastecem a região, tinham nesta segunda-feira vazões mais confortáveis, segundo a rede de telemetria. Na foz em Limeira, o Jaguari estava com 9,16 m3/s, quase o dobro da vazão inicial do estado de alerta, de 5 m3/s. O Camanducaia tinha vazão de 7,19 m3/s, quando o valor considerado para a restrição na captação é abaixo de 1,5 m3/s.

A demora para que os rios atinjam vazões sustentáveis preocupam os associados do Consórcio PCJ. Estudos divulgados este mês mostram que os efeitos da estiagem de 2014 podem transpor a temporada de chuvas e causar reflexos no segundo semestre de 2015. De acordo com o estudo, os 5,5 milhões de habitantes das bacias PCJ possuem disponibilidade hídrica muito crítica, de apenas 408 mil litros por habitante a cada ano.

Para se ter uma ideia, no Oriente Médio, uma das regiões com maior escassez de água do mundo, a disponibilidade hídrica é de 450 mil litros por habitante/ano. Em termos de escassez de água, a região do PCJ só perde para a do Sistema Cantareira, que abastece 10 milhões de habitantes da Grande São Paulo e tem disponibilidade hídrica de apenas 250 mil litros de água por habitante/ano.

As chuvas elevaram também o nível do Rio Mogi-Guaçu, importante pela forte presença da piracema - a subida dos peixes para reprodução próximo das nascentes. Na Cachoeira das Emas, em Pirassununga, as águas voltaram a cobrir o paredão de uma usina e reativaram a escada de peixes que, durante a estiagem, estava seca. Os peixes que estiveram ausentes na Festa da Piracema, realizado no dia 7 de dezembro, estavam de volta neste final de semana para a alegria dos turistas.

Cerca de 310 mil pessoas foram afetadas pela cheia dos rios do Amazonas, de acordo com a Defesa Civil do Estado. Agora, são 39 cidades afetadas, sendo que 37 cidades estão em situação de emergência e duas, Boca do Acre e Humaitá, no sul do Amazonas, em estado de calamidade pública.

Nos últimos dias, cinco cidades entraram na lista da Defesa Civil, são: Autazes, Itacoatiara, Anori, Careiro Castanho e Codajás. Além dos municípios de Borba, Apuí, Envira, Guajará, Ipixuna, Lábrea, Novo Aripuanã, Manicoré, Nova Olinda do Norte, Tapauá, Anamã, Barreirinha, Beruri, Boa Vista do Ramos, Caapiranga, Canutama, Careiro, Careiro da Várzea, Coari, Fonte Boa, Iranduba, Jutaí, Manacapuru, Manaquiri, Maraã, Maués, Nhamundá, Parintins,Pauini, Silves, Tefé, Itamarati, Urucará e Urucurituba.

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Técnicos da Defesa Civil do Amazonas, juntamente com militares do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, realizaram no último sábado, uma ação emergencial com entrega de kits de ajuda humanitária no município de Careiro Castanho (distante 88 quilômetros de Manaus), uma das cidades afetadas pela cheia do rio. O Estado e o Governo Federal, tem auxiliado as 63.212 famílias atingidas.

Os kits entregues na operação, coordenada pela Defesa Civil do estado, foram: de limpeza, dormitório e higiene, além de cesta básica e distribuição de combustível para as comunidades Tupaninha, São Francisco II P.A. Panelão, Araça (sede), Paraná do Araça, Purupurú e demais.

Até o final do mês de junho de 2014, o Governo de Pernambuco promete o recebimento de novos equipamentos para monitorar a qualidade dos rios do Estado. Anunciada pela Agência Nacional de Águas (ANA), a medida tem por objetivo identificar áreas críticas de poluição e apoiar ações de planejamento, licenciamento e fiscalização de recursos hídricos. 

A informação foi divulgada nesta segunda-feira (24), pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). No total, a ANA vai investir R$ 9,5 milhões para a compra do material. Além de Pernambuco, outros 14 estados deverão receber os novos equipamentos de controle ambiental. 

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Segundo a CPRH, há 103 estações de monitoramento em 15 rios pernambucanos e no Canal de Santa Cruz, entre os municípios de Itapissuma e Itamaracá. Entre as ferramentas de monitoramento adquiridas estarão barcos com motor de popa, sondas multiparamétricas, caminhonetes com baús adaptados e medidores acústicos de vazão. 

Limpeza fluvial – No dia 11 de março, a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) iniciou o procedimento bimensal de higienização das margens do Rio Capibaribe. A ação se restringiu ao trecho da Rua da Imperatriz, no bairro da Boa Vista, e a Avenida Norte, na Zona Norte da cidade. 

As atividades duraram cerca de cinco dias e, segundo a Emlurb, a cada dois meses da ação, aproximadamente 20 toneladas de lixo são recolhidas. 

Com informações da assessoria

O vereador oposicionista Raul Jungmann (PPS) deu entrada em um Projeto de Lei na Câmara Municipal do Recife, que prevê punição para pessoas ou empresas que sujarem o Recife. O Projeto tem até 60 dias para entrar em votação no plenário.

Os infratores estarão sujeitos a multas em valores que variam de R$ 20,00 a R$ 80,00. O valor das multas será duplicado se o descarte do lixo for realizado em sarjetas, canais, córregos, cursos d’água, rios, lagos ou lagoas. O dinheiro arrecadado com as infrações será revertido em favor do Fundo Municipal do Meio Ambiente — FMMA.

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“Não é correto que o pedestre, ou o motorista, que utilize logradouros públicos, jogue lixo no chão, em bueiros, em sarjetas, causando transtornos e levando a coletividade a gastar recursos para sua limpeza”, justifica Raul Jungmann. Para facilitar o controle pela população, o Projeto obriga a atualização da planilha de controle da coleta de lixo no Portal da Transparência da Prefeitura do Recife.

Vários bairros da Zona da Mata Norte de Pernambuco estão sem água. O problema na rede de abastecimento da região foi causado pela elevação do nível dos rios nos últimos dias. Quatro sistemas foram desativados em caráter emergencial neste final de semana. 

De acordo com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), três dessas redes tiveram as estações elevatórias inundadas e, por isso, foi necessário interromper o fornecimento de água.

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O primeiro a ser desativado foi o sistema Vicência, que desde às 17h do último sábado (13) deixou de abastecer parte da cidade. O problema foi causado pela elevação do riacho Coitadinha. A previsão é de que a partir das 17h dessa terça (16) a estação elevatória já possa voltar a funcionar.

Já em Itaquitinga, o Rio Caraú também subiu, forçando o desligamento da unidade a partir das 13h do domingo (14). A cidade inteira teve o abastecimento comprometido e a estimativa é de que os moradores voltem a ter água nas torneiras a partir das 12h da quarta-feira (17).

O distrito de Caueiras, em Aliança, foi afetado desde as 17h de ontem com a subida do Rio Sirigi. Além de inundar a estação de bombeamento, a água danificou a tubulação. Segundo a Compesa, os reparos serão providenciados até às 17h da quarta.

Em Timbaúba, parte da cidade ficou sem água devido a uma falta de energia ocorrida às 11h de ontem. O problema levou a uma falha mecânica na estação elevatória de Traz dos Montes. A previsão é de que o sistema volte a operar às 12h da quarta-feira.

Com informações da assessoria

O navegador Dan Robson vai percorrer 9.070 quilômetros de caiaque para avaliar a qualidade das águas dos principais rios usados para abastecimento no Brasil. A expedição "Águas do Amanhã" teve início sábado, 4, na nascente do rio Sorocaba, em Ibiúna (SP), e os 200 km até a foz desse afluente do rio Tietê serão percorridos até o dia 13. O próximo a ser navegado será o rio Piracicaba/Atibaia, numa extensão de 350 km. O caiaque de Robson está equipado com sondas para medir parâmetros como a quantidade de oxigênio, temperatura, acidez e existência de oxidação da água, além da presença de poluentes e matéria orgânica.

O navegador, que se tornou conhecido por ter executado o projeto Flutuador para a Rede Globo, no rio Tietê, também fará contato com as populações ribeirinhas e postará o diário da viagem na internet. No rio Sorocaba, a navegação tem apoio da Prefeitura de Sorocaba e da Fundação SOS Mata Atlântica. A terceira etapa será em 2,8 mil quilômetros do rio São Francisco. Em seguida, Robson voltará a percorrer o rio Tietê em toda a sua extensão - 1,2 mil km -, para seguir depois para o rio Iguaçu, no Paraná, com mil quilômetros. Outros grandes rios, como o Paraíba do Sul (Rio de Janeiro), Rio das Velhas (Minas Gerais), Rio Doce (Espírito Santo) e Rio Caí (Rio Grande do Sul), estão incluídos no projeto.

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Os dados diários serão enviados para estudos na Universidade de São Paulo (USP). Ao final de cada etapa, o navegador enviará um relatório para as prefeituras e a Organização Mundial de Saúde (OMS). Na segunda fase do projeto, até 2022, o navegador brasileiro vai percorrer alguns dos maiores e mais importantes rios do mundo, como o Amarelo, com 5.654 km, e o Songhua (1.920), na China; o Ganges (2.500 km) e o Yamanara (1.370), na Índia; o Reno (1.230) na Europa; o Sena (772) na França; o Han (514) na Coreia do Sul, e o Tâmisa (356) na Inglaterra.

Doze rios do estado do Rio de Janeiro, que cortam oito municípios, estão em alerta máximo devido às chuvas que começaram no final da tarde deste domingo (17). O alerta máximo é o nível mais grave entre os quatro usados pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para medir o risco de cheia dos rios do estado.

O alerta máximo significa que o rio já atingiu 80% do seu nível de transbordamento. Alguns rios, como o Quintandinha e o Piabanha, que cortam a cidade de Petrópolis, já transbordaram, de acordo com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.

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Segundo a prefeitura de Petrópolis, o bairro da Quintandinha foi um dos mais afetados. O município decretou ponto facultativo nas escolas municipais, para receber pessoas que precisarem sair de suas casas. Ainda chove na cidade e as equipes da Defesa Civil estão com dificuldade para chegar aos locais afetados. 

 

A disposição de rejeitos da sociedade em ambientes aquáticos é antiga, pois se acreditava que era uma maneira fácil de se destinar o lixo produzido. Rejeitos lançados em rios e mares eram “facilmente assimilados” pois desapareciam facilmente da visão humana, criando o mito da capacidade assimilativa infinita desses ambientes. O aumento da população mundial, o surgimento de materiais sintéticos persistentes e o consumo excessivo da sociedade alteraram ao longo dos anos tanto a natureza quanto a quantidade e a distribuição dos rejeitos na superfície do planeta. Uma simples contemplação a uma praia ou um rio é possível observar objetos flutuando descaracterizando a unidade natural. Quando o lixo não é destinado corretamente, acaba por chegar aos rios e praias, deixando-as sujas, feias e atraindo vetores que podem vir a transmitir doenças ao homem, além de ser risco eminente aos animais que vivem nos ecossistemas aquáticos.  Desta forma, pode-se concluir que os ecossistemas aquáticos foram os mais afetados e é errada a ideia de assimilação dos rejeitos por esses ambientes. 

O levantamento da situação atual da poluição por resíduos sólidos em ambientes aquáticos em todo o mundo revela a necessidade de ações de intervenção, monitoramento e limpeza. Algumas políticas têm sido adotadas em todo mundo para tentar minimizar os impactos antrópicos nesses ambientes e garantir a qualidade da água, principalmente da água doce para as próximas gerações.

O Dia Mundial de Limpeza de Rios e praias acontece todo terceiro sábado de setembro, desde 1989. Os primeiros esforços para realização dessa iniciativa aconteceram na Austrália, mas logo encontraram apoio nos Estados Unidos através da organização Ocean Conservancy – OC (www.oceanconservancy.org). Hoje, ocorre em quase todos os países do mundo.

O fundador da iniciativa de conservação dos ambientes aquáticos foi o ambientalista Ian Kiernan, que durante uma volta ao mundo em um iate ficou horrorizado com a quantidade de lixo sufocando os oceanos do mundo. Com o apoio de uma comissão de amigos, ele organizou um evento da comunidade - Clean Up Sydney Harbour, onde aproximadamente 40.000 voluntários se reuniram para ajudar a limpar os oceanos. A iniciativa deu certo e até hoje esse ato é realizado.

Segundo Ian Kiernan, através da economia de água e da reciclagem de lixo, milhões de pessoas podem ajudar a proteger o planeta. A ação, antes solitária, conta hoje com a participação de pelos menos 125 países e mais de 35 milhões de pessoas. Várias empresas, entidades governamentais e não governamentais entraram nessa luta de combate à poluição dos ecossistemas aquáticos e promovem de 15 a 22 de setembro mutirões para limpeza desses ambientes.

Entre as ações previstas para o dia, está a divulgação da necessidade de preservação dos ambientes aquáticos, ampliando a conscientização ambiental da população, principalmente em relação ao descarte inadequado de lixo. Você pode fazer sua parte participando dessa ação! Alguns dos principais locais onde ocorrerão os mutirões de limpeza em todo o país estão citados abaixo. Encontre o mais próximo da sua casa e entre na luta pela cidadania e respeito ao meio ambiente.  

Estados

Concentração

Praia

Promoter:

Pernambuco- Tamandaré

15 de setembro- 7h40

Praia dos Carneiros

Universidade Federal de Pernambuco-Departamento de Oceanografia

Pernambuco-

Recife

15 de setembro- 8h30

praias de Piedade e Gaibú

Coca-Cola Guararapes

Pernambuco- Petrolina

15 de setembro- 8h30

Rio São Francisco

Coca-Cola Guararapes

São Paulo –Ubatuba-SP

15 de setembro- 9h

Pereque-Açu

ONG SOS Praias do Brasil

Rio de Janeiro-RJ

15 de setembro – 10h

Barra da Tijuca

SABB- Sistema de Alimentos e Bebidas do Brasil

São Paulo – Americana- SP

16 de setembro- 10h30

Praia dos Namorados

SABB- Sistema de Alimentos e Bebidas do Brasil

Linhares- ES

16 de setembro-  9h

Praia da Povoação

SABB- Sistema de Alimentos e Bebidas do Brasil

Fazenda Rio Grande-PR

22 de setembro-10h

Córrego do Mascate

SABB- Sistema de Alimentos e Bebidas do Brasil

 

Apesar do aumento nos índices de coleta e tratamento de esgoto na Grande São Paulo, a qualidade dos rios, córregos e represas da região continua ruim. Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo nos dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) mostra que, entre 2005 e 2010, 65% dos 40 pontos monitorados na bacia ou piorou de qualidade ou não apresentou nenhuma melhora.

Em um recorte feito pela própria Cetesb, que leva em conta os dados históricos para apontar tendências de mudanças em longo prazo do Índice de Qualidade das Águas (IQA), apenas dois pontos de todos os 40 medidos tiveram tendência de melhora nos últimos anos. Todo o restante continua sem evolução.

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"Isso mostra que a coisa está tão ruim que, mesmo reduzindo um pouco a carga poluidora, o Tietê continua com uma condição não tão boa. Por mais que tenha sido investido em tratamento de esgoto, o rio ainda não mostra melhoras", afirma Nelson Menegon, gerente da divisão de Águas Superficiais da Cetesb.

A falta de resultados visíveis na melhoria da qualidade da Bacia do Tietê também ocorre no curso mais baixo do rio, na direção do oeste do Estado. Nos outros 126 pontos monitorados pela Cetesb ao longo da Bacia do Tietê, apenas quatro apresentaram tendência de melhora nos últimos anos, segundo a companhia. Um deles, no braço do Rio Piracicaba entre Santa Maria da Serra e São Manuel, apresentou tendência de piora.

De acordo com Menegon, esse resultado é esperado. "Mais da metade da população do Estado está na Região Metropolitana de São Paulo. E a gente maltrata esse trecho do Rio Tietê", afirma.

O estado atual dos principais corpos d'água na Grande São Paulo está representado no mapa acima, que usa dados de 2010, os mais recentes. Apesar da qualidade da água ser péssima em quase toda a extensão a partir de Poá, o Rio Tietê não é o que tem o pior indicador. O líder desse ranking é o Tamanduateí que, na altura da Avenida Santos Dumont, no Bom Retiro, apresenta IQA de 14 em uma escala de 1 a 100.

A estagnação desses índices traz duas consequências principais. A primeira é a necessidade de se ampliar os índices de tratamento de esgoto em um ritmo ainda mais acelerado. Atualmente, cerca de 70% do esgoto gerado nos municípios atendidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) é tratado. A meta para 2016 é que esse índice pule para 84% e seja de 100% em 2018.

Só isso, porém, não vai resolver o problema. "Conforme o tratamento de esgoto avança, o peso da chamada carga difusa na poluição dos rios fica maior", explica Dante Ragazzi Pauli, assistente executivo da Presidência da Sabesp. A carga difusa representa os outros poluentes que também afetam a qualidade das águas, como o lixo que cai nos cursos d'água e a poluição do ar que desce com a chuva. "Cerca de 30% da carga poluidora vem dessas fontes difusas. É preciso um esforço conjunto para controlá-las", afirma Pauli.

Segundo ele, o fato de o índice não ter melhorado não significa que os trabalhos estão sendo em vão. "Na verdade, temos de comemorar que não piorou. Se não tivéssemos feito nada, estaria muito pior do que está. Evidentemente, não conseguimos ver a olho nu essas melhorias, mas elas virão", diz. A Sabesp é responsável pela coleta de esgoto de 33 dos 39 municípios da Grande São Paulo, o que compreende 85% da população. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dois rios baianos, dentre 49 avaliados pela Fundação SOS Mata Atlântica em 11 estados brasileiros, estão entre os 10 mais poluídos do País. A pesquisa, realizada no período de janeiro de 2011 a março de 2012, foi divulgada nessa quinta-feira (22), talvez não por coincidência, Dia Mundial da Água. Nenhum dos rios monitorados conseguiu a soma necessária para alcançar os níveis “bom” ou “ótimo”. Ao todo, 75,5% foram classificados como “regular” e 24,5% no nível “ruim”.

Na Bahia, foram avaliados sete rios. Desses, o Rio Itapicuru Mirim, no município de Jacobina (BA), com 24 pontos, teve o segundo pior desempenho na pesquisa, "superado" apenas pelo Rio Criciúma, na cidade de Criciúma (SC), que obteve 23 pontos. Em situação semelhante se encontra o Rio Catu, no município de Catu (BA), Região Metropolitana, a 78 Km de Salvador. Na análise, os técnicos da Fundação SOS Mata Atlântica encontraram nos rios Itapicuru Mirim e Catu, entre outras coisas, plásticos e papel acumulado nas margens, mau cheiro, ausência de peixes e um alto índice de coliformes fecais. Boa parte da poluição do Rio Catu, na área que margeia o centro da cidade, está relacionada ao esgoto doméstico, lançado diretamente ao rio.

Por sua vez, o Rio Itapicuru Mirim, no município de Jacobina, o segundo mais degradado entre os 49 avaliados, deve passar por revitalização ainda este ano. A informação  é do secretário municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Roberto Oliveira Amorim. Segundo ele, todo o esgoto da cidade é jogado no rio há anos, o que justifica o alto índice de poluição.

Análise feita em 49 rios de 11 Estados brasileiros traz uma má notícia para o Dia Mundial da Água, comemorado quinta-feira: nenhum deles apresentava uma situação considerada boa ou ótima. Em termos de contaminação, 75,5% foram classificados como "regular" e 24,5% com nível "ruim", de acordo com levantamento conduzido pela SOS Mata Atlântica em localidades que, no passado, foram cobertas pela floresta.

As avaliações foram feitas entre janeiro de 2011 e o início de março deste ano durante visitas da expedição itinerante A Mata Atlântica é Aqui, que busca a interação com as populações para alertá-las sobre o problema de contaminação dos rios, riachos, córregos, lagos, etc.

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No evento, as pessoas são convidadas a investigar as condições de um ou mais corpos d’água por meio de um kit de análise da água. "É feita assim uma avaliação pontual, um retrato da situação naquele dia. E o resultado é bastante preocupante. Não encontramos nenhum rio em situação satisfatória", afirma Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da SOS.

O kit classifica a qualidade das águas em cinco níveis de pontuação: péssimo (de 14 a 20 pontos), ruim (de 21 a 26 pontos), regular (de 27 a 35 pontos), bom (de 36 a 40 pontos) e ótimo (acima de 40 pontos). Malu explica que os níveis de pontuação são compostos pelo Índice de Qualidade da Água (IQA), padrão definido no Brasil por resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), obtido pela soma da pontuação de 14 parâmetros físico-químicos, biológicos (como temperatura, vermes, coliformes fecais e oxigênio dissolvido) e de percepção, como odor, turbidez e presença de espumas, de lixo, de peixes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cerca de 400 alunos da rede pública e particular do estado puderam vivenciar o recolhimento do lixo despejado irregularmente em nossos rios e canais. A ação ocorreu neste sábado (1º), com um passeio ciclístico que marcou o fechamento da ação ambiental de conscientização dos estudantes.

O Dia de Limpeza de Rios e Praias contou com um percurso ciclístico pelas ruas do centro da cidade. Após o passeio, foi apresentado o balanço da quantidade de lixo retirado do Capibaribe, promovido pela Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) desde a última quarta-feira (28).

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No total, foram recolhidas cerca de 30 toneladas de lixo. “Estamos muito satisfeitos com o resultado desta ação. Os estudantes puderam aprender e vivenciar sobre a importância da preservação. A idéia é que possamos repetir esta iniciativa daqui a seis meses”, declarou o assessor executivo da Secretaria de Serviços Públicos, Luis Siqueira.

Além disso, foram promovidas atividades recreativas alusivas à preservação do meio ambiente, como teatro de fantoches, jogo da memória, piscina de material reciclável e oficina de reciclagem de papel.

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