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O Ministério da Justiça e Segurança Pública vai lançar, na próxima terça-feira (19), o aplicativo Celular Seguro, que promete permitir o bloqueio de linhas e funções do celular de forma rápida. O intuito é inutilizar o aparelho após furtos e roubos, através de uma comunicação feita entre a pessoa lesada e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).  

O projeto está sob liderança do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, que pode assumir a pasta no lugar de Flávio Dino (PSB-MA), após o atual ministro ter indicação aprovada para o Supremo Tribunal Federal (STF). Na última terça-feira (12), Cappelli se reuniu com todas as operadoras de telefonia do país para viabilizar o aplicativo. A Anatel e os bancos já aderiram ao projeto. 

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No final do mês passado, o ministério fechou um acordo de cooperação com a Febraban para a transmissão de informações sobre roubos, furtos, extravios e demais incidentes envolvendo dispositivos móveis. A parceria é de cinco anos, e assim como será feito com o Celular Seguro, a troca com os bancos tem o intuito de bloquear temporariamente os serviços bancários, após o cliente comunicar furto ou roubo.  

O levantamento do Instituto de Segurança Pública deste ano indica que houve aumento de homicídios e roubo de celulares em 2023, na comparação com o ano passado. O número de roubo de celulares passou de 1295 em 2022 para 1498 neste ano, um aumento de 15,7%. 

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Existem ao menos 15 pontos de desmanche de carros e caminhões roubados somente na região de Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo. Reportagem exibida no domingo (13), pelo programa Fantástico, da TV Globo, mostrou a ação de quadrilhas especializadas que desmantelam carros para vender peças no mercado clandestino.

Enquanto as vítimas passavam horas sequestradas, as imagens flagraram criminosos desmontando os carros a céu aberto. Em menos de uma hora, eles depenam um veículo e se escondem na mata. Uma Kombi é utilizada para transportar as peças retiradas dos veículos.

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Caminhões de pequeno e médio porte são alguns dos principais alvos. São retiradas peças como faróis, bancos, painel, escapamento, pneus e motor.

No topo de um morro, onde está localizado um reservatório da Sabesp, a reportagem do Fantástico encontrou vários destroços e carcaças de veículos, em uma espécie de cemitério de carros.

Em outro terreno, foram deixadas dezenas de placas de veículos roubados. Quando a empresa de rastreamento especializada em recuperar carros roubados chega ao local, os veículos já estão todos destruídos e muitas vezes até queimados.

Segundo o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado no mês passado, o número de veículos furtados ou roubados aumentou 8% no ano passado e atingiu a média de 1.022 casos por dia nas cidades brasileiras. No total, 373.225 ocorrências envolvendo esses dois tipos de crimes foram registradas no País.

Ao Fantástico, a delegada responsável pelas investigações em São Paulo, Leslie Caram Petrus, declarou que a meta é prender os chefes da organização criminosa. "De nada adianta a gente só prender aqueles que estão efetuando o desmonte, porque nós prendemos eles e daqui meia hora tem um novo carro, outros indivíduos fazendo o mesmo tipo de serviço", disse.

Também ao Fantástico, o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e associado do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Rafael Alcadipani, destacou que o aumento de roubos de veículos está ligado ao aquecimento do mercado de veículos usados. "A gente teve uma depressão econômica, ou seja, a pessoa comprou um carro usado, que precisa de manutenção muitas vezes, e ela está com menos dinheiro. Qual que é a opção racional que a pessoa faz? Ela tenta comprar peça mais barata. Alimenta essa economia do roubo de carro", disse.

Em nota enviada à TV Globo, a Sabesp, responsável pelo reservatório onde ocorrem os desmontes, informou que está disposta a colaborar com eventuais investigações.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou na terça-feira, 16, uma série de processos criminais rastreando o fluxo ilegal de tecnologia sensível a adversários estrangeiros como Rússia, China e Irã. Entre as tecnologias estão o código de software da Apple, que teria sido levado para uma concorrente chinesa.

Alguns dos supostos roubos de segredos comerciais destacados pelo departamento datam de vários anos, mas autoridades dos EUA estão chamando a atenção para a coleção de casos para destacar uma força-tarefa criada em fevereiro para interromper a transferência de mercadorias para países estrangeiros.

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"Estamos empenhados em fazer tudo o que pudermos para evitar que essas ferramentas avançadas caiam nas mãos de adversários que as utilizam de uma forma que ameace não apenas a segurança de nossa nação, mas os valores democráticos em todos os lugares", disse o procurador-geral adjunto Matthew Olsen, que chefia o Divisão de Segurança Nacional do Departamento de Justiça.

Um dos casos recém-abertos, no tribunal federal de São Francisco, acusa um ex-engenheiro de software da Apple de obter dados relacionados a carros autônomos antes de seu último dia na empresa em 2018, além de depois embarcar em um voo só de ida para a China na noite em que agentes do FBI estavam realizando uma busca em sua casa.

Os promotores dizem que acredita-se que o réu, identificado como Weibao Wang, esteja trabalhando em um concorrente de veículos autônomos com sede na China.

O Departamento de Justiça também abriu um processo criminal separado acusando um cidadão chinês de ter planos para transmitir grafite isostático, um material que pode ser usado no nariz da balística intercontinental, ao Irã, violando as sanções dos EUA. E acusou ainda um cidadão grego de participar do contrabando de tecnologia de uso duplo com aplicação militar, incluindo criptografia quântica, para a Rússia.

Prisões

Outros casos divulgados na terça-feira resultaram em prisões. Liming Li, 64, foi preso no início deste mês sob a acusação de ter roubado milhares de arquivos confidenciais de seu empregador na Califórnia, incluindo tecnologia que pode ser usada na fabricação de submarinos nucleares e aeronaves militares, e os usou para ajudar concorrentes chineses. Li está sob custódia desde sua prisão. Um advogado que o representa se recusou a comentar.

Além disso, dois russos, Oleg Sergeyevich Patsulya e Vasilii Sergeyevich Besedin, foram presos no Arizona este mês sob a acusação de planejarem enviar peças de aeronaves para companhias aéreas russas. Os advogados de ambos os homens não retornaram imediatamente as mensagens telefônicas em busca de comentários.

Os departamentos de Justiça e Comércio e outras agências lançaram no início deste ano a Força de Ataque de Tecnologia Disruptiva como uma forma de impedir que os adversários dos EUA adquiram tecnologia sensível.

"Nossas maiores preocupações de segurança nacional decorrem das ações de estados-nação como China, Rússia, Irã e Coreia do Norte - que desejam adquirir tecnologia sensível dos EUA para aprimorar suas capacidades militares com o objetivo final de mudar o equilíbrio mundial de poder", disse Matthew Axelrod, secretário adjunto do Departamento de Comércio. Fonte: Associated Press.

Dois homens suspeitos de realizar uma série de roubos em bairros da Zona Norte do Recife foram presos, nessa terça-feira (24), durante uma operação da Polícia Civil. Os investigados estão ligados a, pelo menos, cinco ocorrências de roubo qualificado no bairro das Graças, Jaqueira, Rosarinho, Aflitos e Encruzilhada. Alguns dos flagrantes foram monitorados por câmeras de segurança nessas localidades. O principal objetivo dos suspeitos era roubar joias, como cordões e alianças. 

Um dos presos foi encontrado no bairro de Água Fria e confessou parte das acusações. Já o segundo mandado de prisão foi cumprido no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel). O outro suspeito havia sido preso, no sábado (21), por outra ocorrência envolvendo roubo de joias, mas no Centro do Recife. 

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A Operação Pernambuco Seguro é uma parceria das polícias Militar e Civil. De acordo com o major Fernando, do 13º Batalhão de Polícia Militar (BPM), as investigações foram iniciadas junto à Civil no último dia 11 de janeiro, um dia após o vídeo de um roubo na rua do Futuro, no bairro das Graças, ter obtido grande repercussão. Ainda segundo o major, há indícios de que diversos grupos estejam atuando neste tipo de crime. 

“Pela facilidade de capitalizar o ouro, eles focam neste tipo de produto. Essa ‘gangue do ouro’, na verdade, são várias gangues, monitoradas pela Polícia Militar e pela Polícia Civil. Há ações coordenadas, inclusive, para prender outros integrantes dessa gangue num futuro próximo”, completou o major. Ele informou que a segurança na região foi intensificada, com rondas de motocicleta e duplas policiais a pé. 

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Após denúncias, a Polícia Militar prendeu dois suspeitos de cometer assaltos no bairro da Madalena, na Zona Oeste do Recife, nesse domingo (22). Um deles resistiu à abordagem e chegou a dar socos no efetivo.

O primeiro homem foi localizado após rondas da Radiopatrulha com um simulacro de arma de fogo, três celulares e um relógio. As vítimas o reconheceram e informaram que havia outro envolvido nos roubos.

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O segundo suspeito recebeu ordem de parada, mas não quis ser abordado e partiu para cima dos policiais. Ele desferiu socos no efetivo e foi colocado na viatura com uso da força. No percurso até a Central de Flagrantes, ele ainda disse palavras agressivas contra a guarnição.

Os dois foram apresentados na delegacia junto com os objetos apreendidos. A dupla está à disposição da Justiça.

 

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do último trimestre de 2021 mostram que grande parte dos roubos e furtos ocorridos no país não chega ao conhecimento das autoridades policiais. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em apenas 44,8% dos casos de furto na rua, ocorridos no período de um ano antes da pesquisa, as vítimas relataram ter procurado a polícia.

Mesmo entre essas pessoas, nem todas registraram a ocorrência. Daqueles que procuraram ajuda da autoridade policial, 11,2% decidiram não fazer o registro formal na delegacia.

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Nos casos de roubo, 57,9% das vítimas assaltadas na rua não procuraram ajuda da polícia, assim como 57,1% daquelas que foram roubadas dentro de casa e 52,4% daquelas que foram forçadas a entregar sua bicicleta ao assaltante.

Assim como no caso do furto, mesmo entre aquelas que procuraram ajuda policial, nem todas fizeram o registro de ocorrência na delegacia.

Entre os motivos para não procurar a polícia nos casos de roubo, entrevistados pela Pnad destacaram: não acreditavam na polícia (26,9%), recorreram a terceiros ou resolveram sozinhos (24,3%), a falta de provas (15,2%) e o medo de represália (12,8%).

Os casos de roubos e furtos citados não consideram os crimes envolvendo a subtração de veículos, que a Pnad considerou separadamente dos roubos/furtos em rua ou daqueles ocorridos dentro do domicílio.

Nos casos de roubo/furto de carros e motos, a subnotificação é bem menor. Com relação aos carros, em 80,3% dos furtos e em 91% dos roubos a vítima recorreu à polícia. No caso das motos, 84,9% dos furtos e 82,5% dos roubos chegaram ao conhecimento de alguma autoridade policial.

Os registros de ocorrência nesses casos também superam os 90% daqueles que procuraram ajuda da polícia (92,5% nos furtos de carros e 93,8% nos furtos de motos), chegando próximo de 100% no caso dos roubos (98,5% nos carros e 97,9% nas motos).

“Carros e motos são os que têm a maior taxa de procura [por ajuda policial], sobretudo pela questão do seguro”, explica a pesquisadora do IBGE Alessandra Brito.

A Pnad também mostrou que em 5,8% dos domicílios do país, pelo menos um morador foi vítima de roubo ou furto no período de um ano antes da pesquisa realizada no último trimestre de 2021. Esse levantamento revelou que 4% dos entrevistados relataram que algum morador de sua casa foi vítima de furto e 2% disseram que houve vítimas de roubo entre os moradores daquele domicílio.

A pesquisa mostra ainda que os assaltos fora do domicílio (excetuando-se roubos de carros, motos e bicicletas) responderam por 78,5% dos casos de roubo (1,4 milhão de casos), seguidos pelos roubos em domicílio (11,3%), roubos de bicicleta (3,3%), roubos de moto (6,6%) e roubos de carro (7,6%).

O índice de homicídios em Pernambuco cresceu no primeiro semestre de 2022 em comparação ao mesmo período de 2021, de acordo com o levantamento do Governo do Estado para a primeira parte do ano. Houve uma variação de 7,5% no número de casos, que passaram de 254 para 273 de um ano para o outro. O semestre também foi mais violento em 2022, que teve 1.858 homicídios registrados. Em 2021, foram 1.679. A variação semestral foi de 10,7%. 

Março foi o mês mais violento do ano até então, com 346 homicídios. Junho, por outro lado, foi o que menos obteve registros de mortes por atividade criminosa. A Região Metropolitana registrou -6,25% nos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) de junho (de 80 para 75); seguida pela Zona da Mata com variação de 5,56% (de 54 para 57); Recife com 8,11% (de 37 para 40); Sertão com 14,71% (de 34 para 39); e Agreste com 26,53% (de 49 para 62). 

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Violência contra a mulher 

O mês de junho registrou cinco casos de feminicídio apenas em junho deste ano. Em 2021, foram oito casos para o mesmo mês. No total, foram 39 feminicídios de janeiro a junho, enquanto no ano passado, foram 54 registros. Esse tipo de crime sofreu queda na comparação mensal e na acumulada para o semestre, em 37,5% e 27,8%, respectivamente. O crime de estupro foi alvo de 167 denúncias neste ano. De janeiro a junho, os dados apontam 1.130 neste ano registros. 

A violência doméstica contra mulher aumentou 5,32% no sexto mês do ano, passando de 3.026 (2021) para 3.187 (2022). A redução deste tipo de crime foi verificada no acumulado do ano, com -1,91% de janeiro a junho. No primeiro semestre deste ano foram 19.889 denúncias contra 20.276 nos seis primeiros meses de 2021. 

Os homicídios contra mulheres, por outro lado, apresentaram redução no mês de junho. Foram 20 registros em 2020 e 26 em 2021, o que representa -23,1% crimes deste tipo. No acumulado, a variação foi de 1,6%, saindo de 128 de janeiro a junho de 2021 para 130 no mesmo período de 2022. 

Roubos e furtos 

De janeiro a junho, foram contabilizados 25.611 roubos, índice mais baixo dos últimos 16 anos. Em 2021, foram 26.201, uma variação de -2,25%. Especificamente no sexto mês deste ano, foram 4.322 Crimes Violentos Patrimoniais (CVPs) contra 4.360 em 2021, ou seja, -0,87%. 

A Região Metropolitana do Recife segue sendo a mais violenta do estado, com 1.226 registros de crimes patrimoniais no mês (foram 1.352 em 2021). No Recife, foram 1.578 (1.668 em 2021); 358 na Zona da Mata (358 em 2021); 231 no Sertão (266 em 2021); e 751 no Agreste (893 em 2021). 

 

Shoppings em várias regiões do Brasil têm visto uma onda de assaltos em joalherias, alguns em horários de pico e até com troca de tiros entre seguranças e suspeitos. Em São Paulo e no Rio, foram três roubos em menos de uma semana - dois terminaram em mortes. Em maio, houve ao menos dois casos na Grande Belo Horizonte. As polícias ainda tentam entender os perfis das quadrilhas e se há conexão entre os crimes.

Levantamento do Estadão identificou pelo menos 16 ataques a joalherias, desde o início do ano, em seis Estados e no Distrito Federal. Um dos atrativos desse tipo de roubo, apontaram delegados, é o alto valor dos produtos roubados e a possibilidade de usar materiais mais valiosos, como ouro e prata, como fonte rápida de dinheiro.

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O caso mais recente foi no Shopping Aricanduva, zona leste da capital paulista. Quatro criminosos assaltaram uma joalheria no local no último dia 29 e, durante a fuga, trocaram tiros com seguranças no estacionamento. Ninguém se feriu, mas o grupo conseguiu fugir e abandonou o carro usado no roubo, que estava cravejado com balas, em uma rua próxima.

À frente das investigações, o delegado Renato Bartelega disse que é o primeiro caso com esse perfil que atende desde que começou a atuar no 66.º Distrito Policial (Vale do Aricanduva), no início do ano passado. Ainda não há presos, mas as investigações estão "bem avançadas", informou o delegado. O prejuízo estimado é de R$ 300 mil.

Menos de uma semana antes, no último dia 25, um grupo fortemente armado invadiu duas joalherias do Shopping Parque D. Pedro, em Campinas, interior de São Paulo. O crime resultou na morte de um suspeito, atingido por um segurança durante troca de tiros no estacionamento, e na prisão em flagrante de outras três pessoas. Parte do bando, que não teve a quantidade de integrantes revelada pela polícia, conseguiu fugir.

OUSADIA

"Chamam atenção a ousadia e até a imprudência da quadrilha de ter cometido um crime como esse em um sábado à noite, um dos horários em que os shoppings são mais movimentados", disse o delegado Oswaldo Diez Junior, da Divisão de Investigações Criminais de Campinas. Segundo ele, o tumulto causado não só prejudicou a ação da quadrilha, como colocou consumidores e funcionários do shopping em risco.

Na mesma data, um segurança morreu em uma troca de tiros dentro de um shopping de luxo na zona oeste do Rio de Janeiro. A investigação indica que pelo menos 12 criminosos participaram do assalto à Sara Joias, no Village Mall.

Após recolher joias e relógios, o grupo atirou durante a fuga na cabeça do segurança Jorge Luiz Antunes, de 49 anos, que morreu na hora. Até o momento, dois suspeitos foram identificados. Eles teriam ligação com uma facção no Pará. Procurada pela reportagem, a Polícia Civil do Estado (PCERJ) informou que "as investigações seguem para identificar e prender todos os envolvidos".

MIGRAÇÃO

Para Diez Junior, os assaltos a joalheria fazem parte de uma migração da criminalidade ainda em curso e que deve ser olhada com atenção. "Com o avanço das transações eletrônicas, viu-se emergir o sequestro relâmpago para tentar desvios por transferência via Pix (ferramenta de pagamento instantâneo)", disse ele, que relatou que as polícias intensificaram o combate a esse tipo de crime. Um exemplo é a Operação Sufoco, em São Paulo.

"Agora a gente está percebendo, em tese, o início dessa migração para os objetos de desejo que são as joias. Elas são de fácil transporte, valor agregado alto e muitas pessoas compram", explicou.

Segundo o delegado, os criminosos costumam vender os objetos em valores bem abaixo do mercado - o que torna a transação atrativa para os receptadores - e ainda assim acabam lucrando bastante com os crimes.

"A preferência das quadrilhas é conseguir dinheiro em espécie com os crimes, mas é difícil hoje em dia, até pela segurança dos bancos e carros-fortes, então fazem isso", disse o delegado. Ele reforça que relógios de luxo costumam ser avaliados em cerca de R$ 100 mil. Ao mesmo tempo, o valor de algumas joias pode superar R$ 1 milhão. "Os shoppings como alvo é porque as grandes joalherias se organizam lá."

MOMENTO

"A gente não vê isso como algo específico de shopping, mas como algo do momento do País, da estrutura do País, que a gente está atravessando", afirmou Glauco Humai, presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Segundo ele, o avanço da criminalidade diante da retomada econômica acaba resvalando também nos shoppings, onde ganham ainda mais repercussão. "A percepção é que a gente está na mesma média do período pré-pandemia".

"Isso (assaltos) já aconteceu em 2019, 2018... São quadrilhas que se especializam em um ou outro furto (...) Essas quadrilhas, durante algum período, focam em joalheria de shopping, por exemplo, e chamam muita atenção", disse Humai. "A gente está passando por um momento agora, na minha percepção, em que essas quadrilhas estão organizadas, atuando em shopping, mas já rapidamente vão ser desmanteladas."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os roubos cresceram mais nas áreas centrais e bairros nobres da cidade de São Paulo no 1º trimestre, quando se consolidou o retorno em massa das atividades presenciais. Isso é o que mostra levantamento feito pelo Estadão com base em dados da Secretaria de Segurança Pública. Os índices de roubo estão afetando principalmente Campos Elísios, Consolação, Itaim Bibi e Pinheiros. O registro do crime nesses locais mais do que dobrou na comparação com o mesmo período de 2021.

Para especialistas e delegados ouvidos pelo Estadão, a subida em bairros de classe média e média alta se deve à oportunidade: mais gente nas ruas. São áreas onde a saída em larga escala do isolamento social foi mais recente e as possíveis vítimas têm maior poder aquisitivo. Os ladrões agem de formas cada vez mais variadas, como gangues de bicicleta ou falsos entregadores. A polícia investiga ainda a participação do crime organizado em roubos de celulares, que ficaram mais lucrativos com a chance de obter dinheiro rápido via Pix.

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Os roubos nos Campos Elísios, região central, saltaram 126,89%. O crescimento foi de 818 para 1.856, tornando a delegacia a líder de crimes do tipo na cidade - ali, em média, 20 pessoas são roubadas por dia. Na Consolação, os roubos subiram 112,18% no mesmo período. Em bairros como Itaim Bibi e Pinheiros, na zona oeste, as altas foram, respectivamente, de 113,83% e 102,27%.

Já os furtos são mais espalhados. Dos 93 distritos da capital, 89 registraram mais crimes. As maiores altas foram nos DPs de Cidade Dutra (334,13%), Pinheiros (105,23%) e Vila Brasilândia (104,10%). O crescimento generalizado pós-pandemia tem assustado a população.

"Muitos amigos têm sido assaltados, é impressionante a quantidade", conta o publicitário Christiano Ottoni, de 30 anos. Morador de Campo Belo, zona sul, ele foi vítima quando saía de um bar na Avenida Ipiranga. "Peguei meu celular para ver a placa do carro no aplicativo, passou um homem de bicicleta e muito rapidamente pegou meu telefone, que estava desbloqueado." O crime foi por volta de 22h de um sábado no início de março.

"Como estava tarde, bloqueei meu celular e deixei para fazer o boletim de ocorrência no dia seguinte", explica. O caso foi um dos 892 furtos naquele DP em março. Ottoni acionou o Banco Inter e pediu bloqueio de transações. Segundo ele, a instituição confirmou o procedimento. Na segunda, porém, criminosos transferiram R$ 20 mil via Pix. Relatos de vítimas mencionam prejuízos superiores a R$ 100 mil após crimes semelhantes.

O Inter não comenta o caso por causa do sigilo bancário,

mas diz ter medidas de segurança e afirma sugerir a todos o aviso rápido sobre roubo para que se tomem providências.

"Aqui, o que mais tem são as gangues de bicicleta, que roubam o celular e vendem rapidamente", diz o delegado do 3.º DP (Campos Elísios), Wilson Zampieri. "Também tinha muito quebra-vidro - que roubam celular nos painéis de carros no sinal -, mas isso diminuiu um pouco", acrescenta.

Ele explica que crimes mais elaborados são menos relatados na delegacia. Isso porque, continua, mesmo delitos antes vistos como simples, como roubos e furtos, passaram a ter potencial de lucros expressivos. Neste mês, o Estado prometeu aumentar o policiamento nas ruas, em reação à alta de crimes (leia mais na pág. 16).

ÁREA NOBRE.

 

E não é só no centro. Na Rua Oscar Freire, uma das mais luxuosas dos Jardins, nem a presença de seguranças particulares impede criminosos. Um exemplo é uma tentativa de roubo à mão armada na rua, no último dia 27. O assaltante, que agiu sozinho, sacou uma pistola e encostou na altura do fígado da vítima. O episódio ocorreu em frente a uma loja de roupas, quase no encontro com a Rua da Consolação.

Vendedora no local, Gislene Pereira, de 35 anos, diz ter visto a cena de perto. Ao notar que, após a vítima reagir, o assaltante sacou uma pistola (ela não sabe se é verdadeira), Gislene e outros funcionários correram para os fundos do estabelecimento. "Nem fomos fechar a porta da loja, estava muito próximo", conta ela, que não viu o desfecho da cena. O ladrão fugiu pela própria Oscar Freire.

"Foi assustador, estava cheio de gente na rua", diz uma moradora dos Jardins, de 50 anos, que não quis ser identificada. Ela caminhava quando se deparou com o assalto. "Várias lojas baixaram as portas e algumas pessoas saíram correndo. Os vendedores ficaram apavorados." Os roubos subiram 60,12% nos Jardins no 1º trimestre. Ao menos duas lojas na esquina da Oscar Freire com a Rua Doutor Melo Alves adiantaram o horário de fechamento de 20h para 19h há cerca de dois meses, na tentativa de proteger funcionários e clientes. "Piorou bastante, principalmente furto. E o policiamento mesmo é difícil passar", diz uma vendedora.

Desafio é conter não só crimes, mas a sensação de insegurança pós-isolamento

Áreas centrais e bairros nobres da capital paulista têm sido os mais afetados com a alta de roubos, mostra o levantamento do Estadão. Mas o desafio para a polícia é ainda maior, como admitiu o novo comandante da PM, Ronaldo Vieira, na posse: é vencer a sensação de insegurança. Especialistas também defendem foco não só nos ladrões nas ruas, mas também em identificar as quadrilhas por trás dos crimes, responsáveis pela receptação dos objetos roubados e pela multiplicação dos lucros.

"Com a retomada da atividade comercial, empresarial e social também, na sua plenitude, tivemos uma sensação de segurança um pouco prejudicada", diz Roberto Monteiro, delegado da 1.ª Seccional Centro, que destaca índices próximos ao período anterior à pandemia.

Em Campos Elísios, por exemplo, foram registrados 2.030 roubos no 1º trimestre de 2020, ante 1.856 no mesmo período deste ano. Foi a partir da metade de março de 2020 que começou o isolamento social. Já de janeiro a março de 2019, o total foi menor: 1.282.

O delegado reconhece, porém, que isso não é o suficiente para justificar o cenário atual. "Nossa obrigação é resgatar a sensação de segurança, porque sabemos que o argumento do índice de criminalidade não basta", explica.

Pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP), André Vilela Komatsu reforça que a percepção de segurança da população pode ter mudado. "Se a gente passa mais tempo em casa, percebe mais os problemas que tem em casa", afirma. Com o fim do isolamento, a lógica se inverte. "A tendência é ter esse susto maior, a sensação de insegurança."

No início do ano, assaltos em portas de colégios assustaram o Morumbi, zona sul, e outros bairros. Já quadrilhas especializadas em invasões de casas e condomínios agiram em diferentes lugares. No centro, moradores e comerciantes recorreram até a placas e apitos para avisar sobre as áreas mais perigosas. "A gente passa a ficar mais ansioso, tem medo de ir ao trabalho, de frequentar determinado lugar, o que afeta bastante a qualidade de vida da pessoa, o bem-estar individual e coletivo", descreve Komatsu, doutor em Psicologia.

RESPOSTA.

Na tentativa de dar resposta rápida à alta de roubos e furtos, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) mudou neste mês os comandos das Polícias Civil e Militar. "Nossa vida está voltando ao normal, e infelizmente os crimes contra o patrimônio - Pix, furto de veículos, roubo de celulares - estão crescendo", disse, em evento de anúncio da Operação Sufoco. "Bandido que levantar arma contra a polícia vai levar bala", acrescentou ele, que vai disputar a reeleição. Entre os adversários, está o ex-ministro Tarcísio Freitas (Republicanos), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem como bandeira a postura "linha dura" contra bandidos.

A operação prevê dobrar o efetivo de policiais diariamente nas ruas da capital e mirar falsos entregadores de delivery. Em abril, Renan Loureiro, de 20 anos, foi morto por um ladrão que fingia ser entregador no Jabaquara, zona sul. "Crimes de roubo estão muito perto de virarem latrocínio. Eles (assaltantes) já têm o armamento, a intenção, e vai ter a vítima, a parte mais frágil desse crime de roubo", declarou o novo chefe da PM na posse.

A Polícia Civil realizou nova ação para desmantelar grupos que recebem celulares roubados para obter dinheiro via Pix. O foco foram lojas de eletrônicos

e quartos de hotel no Santa Ifigênia e Baixada do Glicério, no centro. O alto lucro com essa modalidade de crime atraiu o Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo investigação revelada pelo Estadão. Em abril, a polícia identificou um núcleo para desbloquear telefones roubados e fazer transferências, na Bela Vista, e viu elos com a facção.

"A polícia demorou um pouco para dar a devida importância a esse tipo de atuação criminosa (roubos)", avalia a pesquisadora Isabel Figueiredo, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Diante da promessa de intensificar ações nas ruas, ela destaca que é essencial não só combater os ladrões, mas os criminosos para quem os objetos roubados são vendidos. Para isso, ressalta, o Estado deve focar não só em colocar mais policiais nas ruas, mas também em desmantelar receptores e quadrilhas que fazem transferências via Pix.

Em nota, além de destacar a nova operação, a Secretaria de Segurança Pública informa que no 1º trimestre fez 1,2 mil prisões em flagrante por roubos na capital, e outras 237 por meio de mandados. E diz que, ao comparar 2021 com 2019, último ano pré-pandemia, roubos e furtos caíram 8,8% e 17,1%, respectivamente. Em parte de 2021, porém, houve medidas de isolamento diante da piora da covid.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os altos lucros obtidos por quadrilhas que fazem roubos por meio do Pix, ferramenta de pagamento instantâneo, atraíram a atenção do Primeiro Comando da Capital (PCC), conforme investigação da Polícia Civil de São Paulo. O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) identificou que a facção atua no controle de crimes de transferência de dinheiro com celulares roubados em bairros de classe média alta da capital.

Conforme os investigadores, a quadrilha tem uma célula na Bela Vista, região central, para desbloquear aparelhos roubados no bairro ou em áreas próximas, como a Paulista, Consolação e Jardins. Os ladrões levam os telefones rapidamente para quartos de pensões em pontos estratégicos, onde transferem valores antes que os donos tomem providências de bloqueio de senhas e comunicação do crime.

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"Você vê movimentações de R$ 50 mil, de mais de R$ 100 mil. Teve uma vítima que veio aqui e, em um só Pix, o cara fez um empréstimo de R$ 26 mil e transferiu tudo", diz Anderson Honorato, delegado assistente da 2ª Delegacia do Patrimônio. Segundo ele, o lucro obtido com as transferências efetuadas após os roubos é, em média, de cerca de R$ 50 mil por aparelho.

"Geralmente, quem rouba o celular ganha uma porcentagem do que eles conseguem desviar a partir do aparelho. Uma parte fica com o laranja da conta, uma parte fica com o chefão, uma parte com quem faz o trabalho. Vai fatiando: uma porcentagem para cada um", explica o delegado.

MUDANÇA

A suspeita é que quando esse roubos começaram a ganhar força, no ano passado, não havia muito envolvimento de membros do PCC, uma vez que seriam crimes que atraem a atenção da polícia e atrapalham o tráfico. Com o tempo, contudo, viu-se que poderia ser algo lucrativo pelo valor das transações, e a organização criminosa cooptou a quadrilha que atua nas proximidades da Bela Vista. "Mais ou menos um mês atrás, a gente fez uma incursão", relata Honorato. Cinco suspeitos de cerca de 20 anos foram detidos. O delegado relata, então, que eles explicaram o esquema e indicaram a intervenção do PCC. Posteriormente, o membro da facção que comandaria a quadrilha na Bela Vista foi detido pelos policiais, mas solto por falta de provas. Os investigadores aguardam autorização do Judiciário para analisar informações no celular do suspeito.

"A gente acredita que continua controlando a molecada que faz isso aí (roubos com Pix). Anteontem, recebemos mais uma informação: um dos meninos que faz as transferências, ou os desbloqueios, teria acabado de receber um celular roubado", conta o delegado. Com base na suspeita, os policiais do Deic flagraram na quarta-feira o suspeito da quadrilha em uma rua da Bela Vista.

O jovem de 22 anos, suspeito de ser um dos responsáveis por fazer o desbloqueio dos celulares, teria sido encontrado com um aparelho roubado na região do Parque do Ibirapuera. Conforme o delegado, ele estava saindo de uma pensão, local utilizado pelos criminosos que desbloqueiam o celular e fazem as transferências. Honorato aponta ainda que os roubos dessa quadrilha específica são concentrados na região da Bela Vista, o que facilita a execução das transferências por Pix.

"O crime mais fácil para eles é pegar o celular aberto (destravado). A pessoa está lá vendo Google Maps no carro, quebram o vidro, pegam o celular e não deixam ele bloquear", explica. "A quadrilha aproveita muito o trânsito parado para atuar. Na Paulista, tem o pessoal falando no celular, aí passa o cara de bicicleta, tem cara que se especializa em quebrar vidro de carro."

No caso do suspeito preso nesta quarta, o delegado aponta que a técnica utilizada para desbloqueio de celular das vítimas era "bastante rudimentar". "Ele tira o chip e coloca em um outro iPhone dele, que aí não tem senha. Em seguida, manda mensagem para a vítima, tentando enganá-la para clicar em alguma coisa para desbloquear o iCloud", explica. "Desbloqueando o iCloud, ele derruba todo o resto. Troca a senha do celular original, volta o chip e aí começa."

DIVISÃO

Honorato relata que essa é uma das técnicas, mas não a única. Ao conseguir desbloquear os celulares, segundo o delegado, os criminosos entram em contato com os responsáveis por conseguir as contas laranjas para onde o dinheiro é desviado - os chamados "tripeiros". Eles seriam os que mais lucram no crime. "Um dos meninos falou que ele ficava com 10% e o tripeiro ficava com mais de 30%", explica, em alusão ao primeiro grupo detido.

O membro do PCC que atua na Bela Vista, em meio a isso, tem a função de coordenar o fluxo de crimes e de puxar uma parcela do lucro para a facção, segundo a polícia. Após as transações serem efetuadas, há ainda uma outra etapa, de destinação dos celulares. Nessa parte, entrariam no processo quadrilhas com atuação no centro. Eles enviam, segundo a polícia, os aparelhos para serem vendidos fora do País. Até o momento, essa parte ainda está incipiente na investigação, mas o delegado informou que os policiais têm atuado para entender transações e o "caminho do dinheiro".

As ocorrências de roubo caíram em Pernambuco no primeiro mês de 2022, conforme dados da Secretaria de Defesa Social (SDS). Segundo a pasta, as ocorrências de roubo atingiram a menor marca para janeiro desde 2013. 

O levantamento da SDS apontou que 901 veículos foram roubados em janeiro de 2022. No ano passado, 913 casos foram registrados, o que configura uma queda tímida de 1,31%.

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Já os roubos de celulares caíram de 2.511 em 2021 para 2.326 neste ano. Uma redução de 7,4%. A secretaria ainda reforçou que 730 aparelhos roubados foram recuperados no último mês.

---> Assassinatos sobem 8,47% em Pernambuco em janeiro de 2022  
 

Com 901 roubos de veículos registrados em janeiro último, Pernambuco verificou um recuo de 1,31% nas ocorrências desse tipo. No mesmo mês de 2021, o total tinha chegado a 913. Quanto às investidas criminosas contra o sistema de transporte coletivo, não foi registrado alteração no número de boletins de ocorrência. Tanto janeiro de 2021 como de 2022 contabilizaram 54 crimes deste tipo. 

Ao menos nove armas foram furtadas ou roubadas a cada dia, nos últimos dez anos, no Estado de São Paulo, revela estudo do Instituto Sou da Paz. Um terço das armas que foram recuperadas estava em um raio de 10 km do local da subtração e 45% estavam na mesma cidade, indicando que eram usadas por criminosos na mesma região da vítima.

Os furtos representam 60% dos casos. Embora desde 2011 os registros indiquem tendência de queda, houve aumento recente nas ocorrências envolvendo pessoas da categoria de caçadores, atiradores e colecionadores (CAC), beneficiada pelas novas regras do governo federal que flexibilizaram o acesso às armas.

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O instituto analisou todas as 23.709 ocorrências classificadas como roubo, furto ou desvio de armas de fogo entre 2011 e 2020 no Estado de São Paulo. No total, foram 33.053 armamentos, embora o número possa ser maior, pois há casos em que as vítimas não registram a ocorrência. Os furtos representam 60% e o maior número de casos se dá em residências, mas repartições públicas, como fóruns e delegacias, bancos e empresas de segurança têm mais armas levadas por ocorrência. Nesse item, os fóruns lideram com 457 armas furtadas em 4 ocorrências, seguidos pelas empresas de segurança, com 943 levadas em 19 ações.

Para o advogado Bruno Langeani, gerente do instituto e responsável pelo estudo, a prevalência dos furtos - crime sem emprego de maior violência - sinaliza que há negligência no cuidado com a arma. "Vimos que isso se acentua com o passar do tempo, por isso é significativo o número de idosos entre as vítimas. No começo, a pessoa que compra a arma tem um cuidado maior com ela, que depois vai afrouxando."

CASA

O ambiente residencial se mostra como mais propício para desvios, por existir em maior número e também por geralmente ter segurança e vigilância mais precárias. "Isso mostra quão frágil é o argumento de que a arma protege a casa. Os criminosos veem como um atrativo, pois é um bem valioso; aproveitam que não tem gente em casa e furtam. Se olhar na pesquisa os meses em que mais acontecem ocorrências, são dezembro e janeiro", detalhou Langeani.

O estudo observou casos em que a vítima demora meses ou até anos para se dar conta da subtração. O problema se agrava com as recentes mudanças nos governos Temer e Bolsonaro que ampliaram de 3 para 5 e, depois, para 10 anos a renovação do registro - quando o proprietário se vê obrigado a verificar as condições da arma. Conforme o tipo, as mais furtadas são revólveres (49,7%), pistolas (28,8%) e espingardas (12,1%). Mas Langeani observa que a liberação federal da compra de armas de uso restrito fez crescer as ocorrências envolvendo pistolas .40. E casos em residências de colecionadores, atiradores e caçadores já estão em segundo lugar no ranking de ocorrências, com média de 20 armas desviadas por ação.

Como essa categoria tem acesso a tipos e calibres restritos, é dela que são roubadas armas mais potentes. Em cinco ocorrências foram levados fuzis, sendo 12 só em uma, além de 2 metralhadoras, incluindo uma .50, capaz de perfurar blindagens e usada em assaltos a bancos. Vigilantes e policiais aparecem como vítimas mais frequentes, demonstrando que o fato de serem treinados não os torna imunes. "São categorias que trabalham muito tempo com a arma e ficam mais suscetíveis aos furtos", diz o responsável pelo estudo.

NA VIZINHANÇA

Em cerca de 1,2 mil ocorrências, foi possível identificar a distância entre o local do roubo ou furto e o local em que o armamento foi recuperado pelas autoridades. E a maior parte (32%) das armas estava a até 10 quilômetros do local do roubo. Com isso, o roubo acaba por alimentar a insegurança do mesmo bairro, cidade ou região da vítima. A porcentagem sobe para 55% nos casos em que a arma foi recuperada a até 20 quilômetros do local original.

Chama a atenção ainda a quantidade de armas levadas em roubos a delegacias e fóruns. Apenas no ataque ao Fórum de Diadema, na região metropolitana de São Paulo, em junho de 2017, foram levadas 391 armas. Langeani considera esses casos mais graves porque envolvem armas já apreendidas que voltam para o mercado do crime. "São vinculadas a inquéritos ou processos que acabam atrasando ou ficando prejudicados. Muitas são de grande poder de fogo e, por uma custódia mal feita, levam para o lixo todo o trabalho da polícia. Como já têm numeração raspada, fica difícil recuperar." O analista defende que as armas sejam destruídas com mais rapidez. "Depois da perícia, não tem sentido guardar."

Quanto mais tempo se passa após o furto, mais difícil fica recuperar a arma. Em 42% dos casos, o armamento fica mais de 7 anos sendo usado em crimes até ser recuperado. Para o analista, o relatório pode ser uma ferramenta para o desenvolvimento de políticas de segurança. "Quando se sabe que uma arma fica muito tempo circulando na mesma região, isso dá oportunidade para que o comando das polícias faça um trabalho local."

A Secretaria de Segurança Pública informou que, no período analisado, os casos de roubos e furtos caíram 7% e 28%, respectivamente. Especificamente no caso de armas de fogo, a redução é ainda maior: 63%, se consideradas as ocorrências, e 59% ao analisar armas extraviadas, que passaram de 3.998 para 1.623 em 2020. As polícias ainda retiraram das ruas 162.283 armas. A SSP ressaltou que, em geral, os casos de extravio de armas de policiais estão relacionados a crimes contra a vida, nos quais os agentes são vítimas. Procurados, o Ministério da Justiça e a PF não se pronunciaram.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) detalhou nesta quarta-feira (11) que os roubos de cabos e clipes do sistema do Metrô do Recife vêm se intensificando ao longo dos últimos quatro anos. De 2016 a 2020 a CBTU registrou 317 falhas no sistema, o que causou um prejuízo calculado de R$ 350 mil. 

Segundo a companhia, foram 15,5 km de cabos roubados da via. Os três sistemas mais afetados pelos roubos de cabos são: Sistema de 6.6 KV ca (sistema responsável pela alimentação de todos os sistemas de sinalização de via); Sistema de retorno de tração (retorno da tração dos trens para a subestação alimentadora); Cabos de sinalização de via.

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Recentemente, passou-se a observar outra modalidade de roubo:  o furto de clipes responsáveis por prender os trilhos na via. Cada clipe furtado pesa em torno de 750 gramas e, provavelmente, são vendidos aos ferros-velhos da região.

Esses dois tipos de roubo afetam diretamente a velocidade dos trens, que passam a trafegar com velocidade bastante reduzida, causando grandes transtornos para o deslocamento da população da Região Metropolitana do Recife, usuária do Metrô. A não disponibilidade de clipes para reposição pode causar até a interdição de parte da via. 

A CBTU Recife esclarece que foi preparado um relatório e entregue a órgãos de Segurança Pública com o intuito de se realizar um trabalho em conjunto de identificação de receptadores desse material e aplicação de penalidades judiciais cabíveis. CBTU pede para que a população local denuncie os casos de roubos e de vandalismo através do telefone Metrô Denúncia: 3455.4566.

A Secretaria de Defesa Social (SDS) lançou nesta quarta-feira (30) o Programa Alerta Bike, novo dispositivo da pasta para combater o comércio ilegal, furtos e roubos de bicicletas. O programa é semelhante ao Alerta Celular e permite que cidadãos cadastrem informações sobre suas bicicletas, que poderão ser recuperadas por meio dos dados registrados no sistema. De 2017 a 2020, os roubos e furtos de bicicletas em Pernambuco aumentaram em 19%, segundo a pasta.

De janeiro a maio de 2021, foram registrados 1.295 boletins de ocorrência indicando roubos e furtos de bikes. O intuito é de que o Alerta Bike tenha o mesmo desempenho do Alerta Celular. Desde a implantação do dispositivo mais velho, em 2017, até 2020, houve uma redução de 51% de celulares roubados e neste mesmo período houve um aumento de 34% nos roubos de bicicletas em Pernambuco. O login pode ser o mesmo para ambos os programas.

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O funcionamento do programa é simples, basta que o proprietário entre no site www.alerta.sds.pe.gov.br e cadastre login e senha. Na sequência, a ferramenta pedirá os dados da bicicleta como: marca, modelo, tipo, aro, cor e chassi. Essa numeração pode ser encontrada, por exemplo, abaixo da caixa do movimento central, próximo à gancheira e do cubo da roda traseira, perto da abraçadeira do selim, e/ou na parte frontal do quadro da bicicleta. Caso a pessoa seja furtada ou roubada, ela entra no site e clica no botão de alerta. O usuário também pode incluir uma foto ao lado do bem.

“Atualmente, o Recife possui 150 km de malha cicloviária, entre ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, o que representa um aumento de mais de 500% desde 2013, quando havia 24 km de malha cicloviária. Os criminosos perceberam nesse cenário uma oportunidade. O Alerta Bike foi desenvolvido para atacar o comércio ilegal, seja produto de crime ou sem procedência legal. Para esse programa dar certo, há dois fatores decisivos: cadastrar sua bicicleta, ampliando nossa base de dados, e jamais adquirir produtos sem nota fiscal ou origem desconhecida”, alerta Humberto Freire, secretário de Defesa Social de Pernambuco.

Esse conjunto de informações ficará disponível na plataforma de consulta dos policiais. Em uma averiguação, o policial irá checar se a bicicleta é roubada e, quando for o caso, fará a prisão do criminoso e o resgate do veículo. Importante ressaltar que, caso o boletim de ocorrência não seja realizado até 48 horas após o registro no site, automaticamente o sistema retira o sinal de alerta.

Cerca de cem pessoas foram presas após o saque de uma fábrica de iPhone no sul da Índia, onde os trabalhadores afirmam que não recebem seus salários há quatro meses e que foram explorados.

A rebelião ocorreu no sábado na fábrica do grupo taiwanês Wistron Infocomm Manufacturing, localizada nos subúrbios de Bangalore. Imagens filmadas no local mostraram janelas quebradas e carros capotados. Câmeras de videovigilância, lâmpadas e ventiladores também foram destruídos, assim como um carro foi incendiado.

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A mídia local informou que os funcionários reclamaram que não recebiam seus salários há quatro meses e eram obrigados a fazer horas extras. "A situação está agora sob controle. Equipes especiais foram enviadas para investigar o incidente", disse a polícia local à AFP no domingo, acrescentando que não houve feridos.

O vice-primeiro-ministro do estado de Karnataka, C.N. Ashwathnarayan denunciou estes atos como "violência gratuita", acrescentando que seu governo garantirá que se espalhe "sem demora" luz sobre o assunto.

“Vamos nos certificar de que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e todo o dinheiro devido seja pago a eles”, disse. Um líder sindical local denunciou a "exploração brutal" a que estão submetidos os operários.

“O governo do estado permitiu que a empresa não respeitasse os direitos fundamentais” dos empregados, disse o sindicalista Satyanand (que usa apenas um nome) ao jornal The Hindu. O grupo Wistron não quis comentar os eventos.

O mês de outubro de 2020 representa, segundo a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS), o 38º de redução nos índices de roubo no estado, com 3,8 mil registros. No mesmo período do ano passado, foram contabilizados 6.159 crimes do tipo, apresentando uma diferença de 38,3% em comparação a este ano. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (13).

A retração envolveu todas as modalidades de Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs), como assaltos, roubos e furtos de veículos, cargas e celulares; e foi verificada no Sertão, Zona da Mata, Agreste e Região Metropolitana, com novo destaque para o Recife. A sequência dobra o último recorde estadual pelo programa Pacto Pela Vida, que registrou redução por 19 meses consecutivos, entre julho de 2009 e janeiro de 2011.

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Ao longo desses três anos e dois meses de recuo, desde setembro de 2016 até o mês passado, houve 70.233 menos registros de delitos visando a subtração de bens em relação ao mesmo período anterior. 

Entre janeiro e outubro de 2020, somaram-se 44.381 roubos, uma diferença de -34,89% em comparação ao período equivalente de 2019, que contabilizou 68.163 casos. Essa redução verificou-se em todas as regiões do Estado.

O secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua, comenta as reduções e reforça os trabalhos durante a pandemia, mas compreende que os números ainda estão longe de refletir uma realidade segura aos pernambucanos.

“A Covid-19 não paralisou o crime, mas as polícias intensificaram os trabalhos, da prevenção à repressão, para manutenção da ordem e proteção social em meio a um cenário socioeconômico complexo e de vulnerabilidade no Estado e em todo o País. Não estamos satisfeitos, ao contrário, porque conhecemos a realidade. Nossa meta é fazer a criminalidade, de uma forma geral, perder mais terreno para a cultura de paz e a cidadania”, disse Pádua.

A cidade do Recife também apresentou reduções significativas. Houve registro de 1.370 crimes patrimoniais em outubro deste ano. No mesmo mês de 2019, 2.688 boletins de ocorrência reportaram o crime na capital pernambucana.

No acumulado do ano, o número de roubos no Recife foi de 14.911 ocorrências de janeiro a outubro de 2020, enquanto, no mesmo período do ano passado, foram feitos 24.921 registros. A redução foi de 40,17%, de acordo com a SDS.

Nos demais municípios da Região Metropolitana do Recife, houve registro de 1.191 casos em outubro de 2020. O número é 35% menor do que as 1.842 ocorrências contabilizadas no mesmo mês do ano passado.

O Agreste de Pernambuco protocolou 704 roubos em outubro de 2020. Em 2019, o número foi de 1.244, ou seja, 43% a menos. No Sertão, houve queda de 29% dos registros, com 302 roubos contabilizados em outubro de 2019 e 214 no mesmo mês deste ano. Na Zona da Mata, as ocorrências passaram de 623, em outubro de 2019, para 321 em outubro de 2020, uma diminuição de 48%.

Pernambuco apresentou uma queda de 39,7% no índice de roubos, segundo o novo levantamento da Secretaria de Defesa Social (SDS), divulgado nesta quarta-feira (14). Foram 3.591 Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs), quase cinco roubos por hora, contra 5.958 ocorrências em setembro de 2019. 

Além do resultado geral, a capital pernambucana, Recife, também registrou o menor índice de roubos para o mês de setembro desde 2005, com 1.279 Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVP) registrados.

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Ainda segundo a SDS, o número é 37,58% menor em relação ao mesmo período do ano passado. Setembro de 2020 registra 247 crimes a menos do que a menor marca de setembro até então, que pertencia a 2013, com 1.526 casos. Em 2019, no mesmo período, 2.049 casos foram registrados.

Nas estatísticas consolidadas dos nove meses já finalizados este ano, o Recife atingiu a retração mais significativa entre as regiões: -40,75%, pois recuou de 22.764 para 13.488.

As regiões líderes em reduções das ocorrências do tipo são Agreste e Zona da Mata. No Agreste, foram contabilizados 654 crimes do tipo em setembro deste ano. Em setembro de 2019, a região contabilizou 1.291 roubos, o que causou uma redução de 49,3% nos registros de boletins de ocorrência entre os dois períodos.

Na Zona da Mata, foram registrados 278 boletins de ocorrência para crimes do tipo em setembro de 2020. No ano passado, o registro foi de 520 roubos no mesmo mês, o que representa uma redução de 46,5%.

O Sertão e Região Metropolitana do Recife (RMR) apresentam números semelhantes para as reduções. Observando-se apenas setembro deste ano, os municípios sertanejos registraram 208 roubos, contra os 321 do mês correlato no ano anterior (-35,2%).

Por fim, a RMR verificou -34,05% casos de roubo em setembro último em relação ao de 2019 (de 1.777 para 1.172), enquanto no acumulado do ano teve -31,15% (de 18.892 para 13.007).

A SDS informou ainda que o estado conseguiu reduzir o número de roubos de veículos em 49,16%, em setembro de 2020. Roubo de aparelhos celulares também sofreu redução de 28,1% e mais de seis mil aparelhos foram recuperados em 2020.

Com informações da assessoria

Dois acusados de terem invadido e furtado materiais do Espaço Ciência, no Complexo de Salgadinho, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), foram presos nesta sexta-feira (15). A prisão foi feita por policiais do 1ºBPM; de acordo com as autoridades, as ações criminosas ocorreram na quarta-feira (13).

O LeiaJá noticiou o roubo de computadores, sensores, robôs, TVss, óculos VR e tablet que, somados, resultaram em um prejuízo na casa dos R$ 30 mil no Espaço Ciência. Recentemente, foram realizados mais de dez boletins de ocorrência referentes a furtos no local desde o ínicio da quarentena.  

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Segundo a Polícia Militar de Pwernambuco, parte do material roubado foi recuperado e os dois suspeitos do roubo foram presos e encaminhados para a Delegacia do Varadouro em Olinda.

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Luiz Fernando Mariano Mateus, o Fernandinho Mariano, pré-candidato a vereador pelo PSB e assessor da Secretaria de Esportes de Campinas (SP) na gestão Jonas Donizette (PSB), foi um detidos em uma operação da Polícia Civil, desta quarta-feira (15), contra comércio de carga roubada de testes de coronavírus. Após a investigação vir à tona, a prefeitura da cidade paulista o demitiu. Mariano ganhava R$ 9 mil mensais.

As investigações se iniciaram a partir de uma denúncia anônima sobre indivíduos com armas e drogas dentro de um veículo em frente a uma padaria de Campinas. As equipes da PM abordaram os investigados, que caíram em contradição. Eles acabaram confessando que tentavam negociar 25 mil testes de coronavírus.

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A polícia chegou a ter acesso a fotos dos testes nos celulares dos investigados, que seriam oferecidos a um interessado. Mariano seria o comprador interessado, segundo as investigações.

"Eles falaram que tinham 25 mil testes, seriam vendidos a um valor, e eles teriam 2% de comissão. Devido à grande dificuldade de obter testes houve uma suspeita e foi encaminhado à Delegacia. Ele alega que esses testes estão em um barracão. A marca e a característica do produto são as mesmas do apreendido em São Paulo", afirmou o 2º sargento da PM, Alexander Tércio de Amorim, em referência à prisão.

A Prefeitura de Campinas divulgou nota sobre a prisão: "a bem da transparência do serviço público e para que não paire nenhuma dúvida sobre a seriedade do trabalho da Prefeitura de Campinas no enfrentamento à pandemia de coronavírus, fica demitido o servidor Luiz Fernando Mariano Mateus, que era lotado na Secretaria Municipal de Esportes e Lazer.

Fernandinho Mariano também divulgou o que chamou de "nota de esclarecimento".

"Diante da ocorrência noticiada pelos meios de comunicação, insta esclarecer devidamente os fatos. Tenho 7 anos de serviços prestados à população de Campinas e não posso deixar que a desinformação manche uma linda história de luta pelas comunidades mais carentes da nossa cidade. Fui contactado por um conhecido, solicitando uma reunião para tratar de assuntos de interesse do município. Como sempre faço, imediatamente me disponibilizei. Me inteirei do assunto, que era exatamente o seguinte: uma empresa de São Paulo estava intermediando a comercialização, legal e licitamente, insumos médicos para prefeituras do interior, principalmente testes para constatação de Covid-19. Diante do atual panorama de calamidade pública pelo qual passamos, sendo noticiado diariamente a dificuldade para aquisição de insumos médicos, bem como o confisco destes em todo lugar, vislumbrei que se tratava de algo importante para nosso município. Me pediram, tão somente, que indicasse alguém da secretaria da saúde, com quem poderiam entrar em contato para formalizar uma proposta de venda, dentro dos parâmetros permitidos em lei. Nesse momento fomos abordados pela polícia. A verdade se resume à isso, exatamente isso. A conclusão das investigações confirmará que nenhum ilícito foi cometido. Rechaço veementemente a intenção escusa de ligar os fatos descritos com uma suposta negociação de carga roubada, assunto esse que nunca foi sequer aventado. Continuarei lutando, dia a dia por Campinas e por todos os que mais precisam".

As restrições no tráfego em rodovias brasileiras durante a pandemia do novo coronavírus provocaram uma queda de 28% no número de acidentes e redução de 7% de mortes entre março e abril deste ano. A informação foi divulgada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, com base em dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

"O dado, pelo menos um efeito lateral (do novo coronavírus) que é positivo, decorre da diminuição do transporte rodoviário no âmbito das rodovias federais", afirmou Moro durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira, 13.

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Moro disse também que a diminuição nos casos graves foi de 23% no mesmo intervalo e o número de feridos caiu 30%. "Isso também tem um efeito salutar no sentido de diminuir a pressão do atendimento médico, inclusive em UTIs (Unidade de Atendimento Intensivo), dessas pessoas que sofrem infelizmente esses acidentes. É claro que essa queda, a causa dela não é tão alvissareira, porque o motivo principal é a diminuição do tráfego nas rodovias, mas pelo menos algo positivo desse cenário", disse em outro momento.

Houve, ainda, uma diminuição de 19% no número de roubos de carga e de 49% no número de roubos a ônibus. "A pandemia gera dificuldades logísticas aos criminosos também", comentou Moro.

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