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Parecia até prévia carnavalesca, mas era uma manifestação de profissionais da área de eventos de Pernambuco. Na manhã desta quinta (13), produtores, seguranças, técnicos, músicos e artistas, entre outros trabalhadores do entretenimento, reuniram-se na Praça do Marco Zero, área central do Recife, para um ato em que pediam pela continuidade de festas e shows no Estado sem restrições. Com orquestra de frevo, bonecos gigantes e trios elétricos, eles seguiram em cortejo até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, para levarem suas reivindicações. 

O setor de eventos, um dos primeiros a pararem suas atividades no início da pandemia, em 2020, reivindica a realização de trabalhos sem restrição quantitativa de público, e sim, com a apresentação do passaporte de vacinação completo e teste negativo de Covid, sendo com 24 horas de antecedência para exames de antígeno e de 48h para exames de RT-PCR. 

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Alegando ser viável a realização de eventos seguros, os profissionais caminharam pelo Bairro do Recife empunhando cartazes e vestidos de preto. Para o segurança Pierre Farias, que trabalha na área há 20 anos, é importante manter o setor em atividade não só para os profissionais como para o próprio Estado. “A gente se adequa às necessidades impostas pelo governo. A gente faz o teste do PCR, a gente toma as vacinas e usa as máscaras no evento, então nada impede que a gente exerça nossa função. A maioria de nós está desempregada. Se essa área parar, como é que eu vou pagar meu aluguel, pagar minha feira? Peço às autoridades que reconheçam nosso trabalho que traz muito turista pra cá, se isso parar, para Pernambuco”. 

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A partir desta sexta (14) um novo decreto passa a vigorar em Pernambuco, limitando a realização de eventos para públicos de até três mil pessoas, ou 50% da capacidade do ambiente, exclusivamente para vacinados com a segunda dose, ou dose única, e com apresentação de testes negativos para Covid-19. As novas restrições foram colocadas em função das altas de contaminação, por conta da nova cepa Ômicron, além do surto de Influenza que vem sobrecarregando o sistema de saúde local. 

Contrários às novas restrições, que comprometem a viabilidade de alguns eventos, a classe se reuniu para chamar a atenção do governo. Segundo o empresário do setor, Kênio Lapenda, o maior apelo da categoria é ser ouvida pelas autoridades a fim de juntos chegarem à solução que atenda todas as partes. “Nós estamos pedindo o direito de trabalhar. Nosso segmento foi o primeiro a parar e o último a voltar. Voltamos a trabalhar em outubro, com suas restrições, mas atendendo a todos os protocolos, mostramos que podemos fazer eventos com segurança. Não há uma restrição lógica a essa restrição que tanto faz nosso segmento sofrer. Não falo apenas pelos produtores e empresários, mas principalmente pela cadeia produtiva que depende única e exclusivamente de eu trabalho para sobreviver. A gente quer é ser ouvido, o que não pode é haver uma decisão monocrática ser tomada e várias vidas serem prejudicadas”.

A manifestação contou, também, com a participação de alguns artistas locais como as cantoras Nena Queiroga e Bia Villa-Chan e o músico Rominho, da banda Som da Terra. Após chegarem em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do Estado, três representantes da classe foram recebidos para uma reunião.   

 

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