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O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) foi alvo nesta quinta-feira, 18, da 24.ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que mirou "pessoas que planejaram, financiaram e incitaram atos antidemocráticos ocorridos entre outubro de 2022 e o início do ano 2023 no interior do Rio de Janeiro". Pela primeira vez, a operação da PF - investigação permanente sobre os atos golpistas de 8 de janeiro - atingiu um integrante do Congresso Nacional.

Aliado muito próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Jordy teve o gabinete na Câmara dos Deputados e a casa vasculhados pelos investigadores.

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A ação gerou reação de bolsonaristas no Congresso. O parlamentar classificou as buscas por ele sofridas como "medida autoritária, sem fundamento, sem indício algum, que somente visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal".

A Polícia Federal resgatou mensagens de WhatsApp enviadas no dia 1.º de novembro de 2022 ao deputado para justificar os pedidos de buscas, autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do caso na Corte. As medidas tiveram o aval da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Nas mensagens interceptadas pela investigação, Jordy conversa com um suspeito de ser o responsável por organizar bloqueios de estradas logo após as eleições 2022.

"Bom dia meu líder. Qual direcionamento você pode me dar? Tem poder de parar tudo", escreveu Carlos Victor de Carvalho ao deputado, segundo a PF. Jordy respondeu à mensagem perguntando se o interlocutor poderia falar ao telefone: "Fala irmão, beleza? Está podendo falar aí?". Carlos Victor afirma: "Posso irmão. Quando quiser pode me ligar".

A operação de ontem tinha como foco investigados que tentaram providenciar alimentos e insumos para os manifestantes que se encontravam ao redor do quartel do Exército em Campos dos Goytacazes (RJ) e organizaram a ida de extremistas a Brasília.

Segundo a PF, os fatos investigados na 24.ª etapa da Lesa Pátria constituem, em tese, supostos crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime. Carlos Victor tem "fortes ligações" com Jordy, apontam os investigadores. Para a PF, tal relação "extrapola o vínculo político, denotando que o parlamentar tinha o poder de ordenar as movimentações antidemocráticas, seja pelas redes sociais ou agitando a militância".

Sigilos

Os investigadores resgataram uma conversa entre o investigado e o parlamentar com 627 registros, incluindo texto, áudios, anexos e ligações por WhatsApp. A PF rastreou uma tentativa de contato, por parte de Jordy, com Carlos Victor quando este estava foragido da Justiça. O episódio ocorreu em 17 de janeiro de 2023, quando, conforme o relatório da investigação, o parlamentar já sabia do mandado de prisão expedido contra o suspeito.

Moraes determinou a quebra do sigilo dos dados telefônicos e telemáticos do material apreendido nas diligências. Para o ministro, são "fortes os indícios de envolvimento de Carlos Jordy nos delitos apurados, mediante auxílio direto na organização e planejamento" de atos antidemocráticos - bloqueios de rodovias, bem como os acampamentos nos arredores dos quartéis das Forças Armadas que se deram logo após o segundo turno da eleição presidencial.

Em sua avaliação, o inquérito indica que o deputado "seria a pessoa que efetivamente orientava as ações em tese organizadas por Carlos Victor, não se tratando, portanto, apenas de uma relação de afinidade entre ambos".

'Fuzil no rosto'

Jordy prestou depoimento ontem na Superintendência da PF no Rio (mais informações nesta página). Antes, em um vídeo publicado no X (antigo Twitter), ele disse que foi acordado "com um fuzil no rosto" na ação federal. A PF negou a afirmação do deputado.

"Hoje eu sofri uma busca e apreensão da Polícia Federal. Fui acordado às seis da manhã. Estava dormindo com minha filha e com a minha esposa. Fui acordado com fuzil no rosto pela Polícia Federal."

A PF disse ao site Metrópoles que a ação seguiu o protocolo da corporação, e não houve necessidade de uso da força para entrar na casa do parlamentar no Rio de Janeiro.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente, saiu em defesa de Jordy e criticou Moraes. Para o senador, a operação foi uma "perseguição política". "A forma como essa investigação está sendo conduzida é muito mais 'lesa pátria' que o próprio 8/Jan", escreveu no X.

Ação é 'pesca probatória com viés político', diz Jordy

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) prestou depoimento ontem na Superintendência da Polícia Federal, no Rio. Em entrevista à imprensa antes do início da oitiva, Jordy afirmou que não conhece "ninguém que esteve no 8 de Janeiro" e que não há nada que possa incriminá-lo com relação aos ataques golpistas aos prédios dos três Poderes, em Brasília, no ano passado.

Segundo o parlamentar, a ação da PF "é uma pesca probatória". "Eles fazem uma diligência, uma busca e apreensão, buscando encontrar alguma outra coisa para nos acusar", afirmou o deputado.

"Tenho muita tranquilidade. A não ser que estejam fazendo alguma armação para mim. E tudo me leva a crer que é isso. É uma pesca probatória com viés político. Não conheço ninguém que esteve no 8 de Janeiro. Eu não tenho nada que possa me incriminar. Não existem essas mensagens. Isso nós vamos provar."

Pré-candidato à prefeitura de Niterói, Jordy afirmou ainda que "em momento algum" fez incitações aos ataques em Brasília. "Nunca incitei, muito menos financiei", disse. (COLABOROU KARINA FERREIRA)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Moradores do Rio de Janeiro, Belford Roxo e São João do Meriti registraram a presença de jacarés nadando pelas ruas alagadas das cidades durante e após as fortes chuvas que caíram no Estado fluminense no último sábado, 13, e na madrugada de domingo, 14.

De acordo com os relatos, a aparição dos animais silvestres nas vias urbanas se deu graças ao transbordamentos de rios.

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Os temporais que atingem o Estado já provocaram, ao menos, a morte de 11 pessoas, além de desaparecimentos e uma série de alagamentos e transbordamentos em diferentes municípios.

No X (antigo Twitter), uma página compartilhou um vídeo em que aparecem dois homens segurando um jacaré vivo, amarrado por uma corda na altura do pescoço. A rua está alagada, e os dois "caçadores" andam com a água na altura da canela. As imagens mostram o animal ainda vivo e se debatendo.

A publicação não fornece informações exatas sobre o local onde a cena foi gravada, mas usuários afirmam que as imagem são da comunidade de Acari, zona norte do Rio, umas das áreas mais afetadas pelas chuvas.

A postagem alerta: "Muito jacaré nas ruas do Rio de Janeiro", e afirma que, "com transbordamento de vários rios, como o rio Acari, (há) muitos jacarés invadindo as ruas e casas."

Em uma publicação, uma mulher grava o que ela diz ser "um filhote de jacaré", nadando em outra rua alagada da cidade.

Nas imagens, não é nítida a presença do jacaré, mas é possível ver uma rua bastante alagada, e um animal se mexendo apenas com o dorso para fora d'água. A postagem questiona: "Jacaré em Belford Roxo?", em referência ao município que também foi fortemente atingido pelas chuvas.

Em São João do Meriti, cidade da Baixa Fluminense, também castigada pela chuva, um registro semelhante foi feito. "Até Jacaré, meu Deus. No parque Alian", escreveu uma usuária indicando supostamente o endereço onde o animal foi visto.

Duas mortes foram registradas no município por conta das chuvas, sendo uma causada por afogamento e outra por descarga elétrica.

A prefeitura do Rio de Janeiro informou, via Secretaria do Meio Ambiente e Clima, que a Patrulha Ambiental esteve presente nos endereços onde os registros da presença de jacarés foram compartilhados nas redes sociais, mas afirmou que, durante as rondas, "nenhum animal foi encontrado pelo patrulhamento e vistorias".

Ainda de acordo com a prefeitura do Rio, não foi registrado nenhum chamado na Central 1746 de avistamento de jacarés em vias públicas da capital do Estado. "O acompanhamento segue", diz a prefeitura.

Procuradas, as prefeituras de São João de Meriti e Belford Roxo não se manifestaram até a publicação deste texto.

O que fazer se avistar um Jacaré?

O protocolo de ação quando ocorre o avistamento de algum animal silvestre, como um jacaré, é, de acordo com a prefeitura do Rio de Janeiro:

Manter distância dos animais, sobretudo cobras e jacarés (porque oferecem riscos à população);

Solicitar resgate através da Central 1746.

Mais de 100 mil mulheres reunidas em Brasília marcham, nesta quarta-feira (16) até o Congresso Nacional, pela reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver. 

Desde o fim de semana até essa terça-feira (15), centenas de ônibus chegaram ao Pavilhão do Parque da Cidade, trazendo as participantes da 7ª Marcha das Margaridas, coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), pelas federações e sindicatos filiados e por 16 organizações parceiras. 

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Na mobilização política, considerada a maior da América Latina pela Contag, mulheres de todas as regiões do Brasil querem garantir direitos, pôr fim às desigualdades de gênero, classe e étnico-raciais; enfrentar a violência, que muitas vezes ameaças sua vida, e a opressão, simplesmente, por serem mulheres. As pautas delas foram debatidas durante dois anos, em reuniões regionais e nacionais que resultaram em documento divido em 13 eixos políticos. A pauta da Marcha das Margarida 2023 foi entregue ao governo federal em junho.  

Essas mulheres, no entanto, têm suas próprias reivindicações. Por isso, deixam suas casas e famílias, viajam dias de ônibus, dormem em colchonetes e redes em um grande alojamento, tomam banho em banheiros coletivos.  

A Agência Brasil ouviu histórias das margaridas, que estão em Brasília para marchar e transformar. Conheça suas lutas. 

A indígena Gracilda Pereira, da etnia Atikum-Jurema, chegou de Petrolina, em Pernambuco, e cobra os direitos de saúde e educação para a aldeia onde ela vive. “A nossa área da saúde indígena é descoberta. Não temos agente de saúde, não tem médico. Há duas indígenas com curso de enfermagem e elas fazem os primeiros socorros. A unidade mais próxima, quando a gente vai se consultar, é só para urgência. E há também a questão da educação. Os alunos frequentam escolas no município, fora da aldeia. Há um ônibus bem cedo que leva as crianças Tem pessoas também que não sabem ler, nem escrever. São muitas questões, principalmente no Vale do São Francisco.

Maria Nazaré Moraes, de Belém, no Pará, é estreante na Marcha das Margaridas. Ela representa uma central de seringueiros, extrativistas e pescadores das ilhas da capital paraense. “É tanta coisa que já era para ter sido feita e até agora nada. Regularização fundiária, uma delas. E para os pescadores, os direitos do seguro defeso que não é dado para todo mundo. Por causa do local, nem todos têm direitos porque não é a água salgada. E Maria, que está alojada em uma rede, entende que isso faz parte da luta. “Enfrento qualquer situação. No chão, na rede, na cama, no mato. É assim que a gente é”. 

A lavradora e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Feira Nova, em Sergipe, Luciana Santos, marcha por mais direitos. “Por mais terra, por mais educação, mais saúde e que as mulheres possam ter mais oportunidades. Infelizmente, tivemos um retrocesso nos últimos quatro anos. Mas, agora, com o governo Lula, que é da democracia, viemos lutar para reconstruir o Brasil juntas, por tantos direitos e tantas perdas que tivemos. 

Cherry Almeida é uma das lideranças do bloco afro Afoxé Filhas de Gandhy, com 44 anos de existência, em Salvador (BA). A baiana entende que a mobilização é extremamente importante para o empoderamento feminino. “A marcha é, acima de tudo, para a afirmação das mulheres no nosso lugar de poder nessa sociedade. Nós sabemos que as mulheres que estão aqui querem uma sociedade mais justa, mais igualitária, igualdade de oportunidade, querem espaços de poder nessa sociedade. Portanto, precisamos estar juntas, unidas, marchando com o único objetivo da transformação dessa sociedade. E essa marcha é a cara da mulher brasileira”, declara Cherry Almeida 

A produtora de eventos e trans Dávila Macarena Minaj, de 25 anos, veio com a mãe, uma agricultora famíliar, de Acará, no Pará. Minaj revela que teve um choque de cultura desde que chegou à capital federal, encontrou pessoas de outros estados e entrou em estandes do pavilhão com diferentes temáticas. Ela marcha por mais respeito à sua sexualidade. “A minha cidade é o lugar onde mais sofro transfobia no mundo. Então, busco o direito de ser diferente e ter direitos iguais.” 

O pleito da quebradeira de coco Domingas Aurélia Almeida dos Santos em Timbiras, no Maranhão é continuar quebrando o fruto e fazer o beneficiamento dele para garantir a renda da família. “É nosso direito quebrar o coco, livre. As palmeiras estão acabando porque os donos que compram as terras estão matando. E estamos ficando sem coco para quebrar, porque não tem mais palmeira. Nós tiramos lá a palha do coco, o azeite, fazemos sabonete e sabão, tiramos o leite do coco, tudo. Da casca, fazemos o carvão. E o coco acabando fica difícil de sobreviver. 

A criadora de conteúdo digital e suplente de um parlamentar de Santa Catarina veio aprender sobre feminismo para atuar melhor em defesa dos direitos femininos. “Vim para me organizar, junto com outras mulheres, escutar as reivindicações das mulheres do campo, das florestas, e saber o que está sendo organizado na América Latina. Estar aqui, presente na marcha, escutar o que elas têm para reivindicar, estar nas oficinas, ouvindo as palestras, tudo o que elas estão trazendo, é extremamente importante pra gente fazer políticas públicas, que sejam realistas”, diz a catarinense Sardá. 

A agricultora Maria Francisca da Silva Alcântara parou os cuidados com a plantação de arroz e feijão, em Piranhas, Alagoas, para viajar a Brasília. No momento em que descia do ônibus, conversou com a reportagem da Agência Brasil. “Viemos buscar os projetos para as agricultoras que ficaram nas comunidades, para plantar as sementes sem orgânicos. É tudo sem veneno. Força, fé e coragem -  essa é a receita para vencer batalhas.” 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A bancária do Paraná, filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), Eunice Myamoto, caprichou nos adereços floridos para marchar com as margaridas. Em reunião, em uma tenda, com outras representantes sindicais, Myamoto falou sobre a luta feminina. “Vim ver todas as mulheres que estão aqui atrás desse sonho, em busca de igualdade, dos direitos que temos. Está sendo lindo porque eu vi a energia dessas mulheres Eu vi que a Margarida [Alves] deixou suas semelhantes E estamos fazendo toda essa primavera em Brasília.” 

A moradora da Ceilândia, no Distrito Federal, Elisa Cristina Rodrigues, faz parte da União da Juventude Socialista. Aos 19 anos, a estudante lembra que muitas lideranças que hoje estão à frente de entidades que defendem direitos sociais ou estão em posto de comando, começaram em movimentos estudantis, nas décadas de 80. “Quanto mais cedo você se engaja, mais vitórias tem. Dentro do movimento, a gente conhece pessoas que passam por situações muito diferentes. Então, acabamos tendo um olhar mais amplo. Ainda mais no nosso país, que é muito desigual”. 

A assentada rural Alcimeire Rocha Morais trouxe o filho de José Pietro, de 6 anos, para conhecer a capital do país e lutar pelo direito à terra. “A gente mora em assentamento. Ainda não tem a terra no nome, mas tem o círculo da terra onde pode trabalhar, criar as coisas da gente, fazer a roça. Só que não temos muita condição para cuidar da terra. Só plantamos as coisas boas e criamos os bichos: galinha, porco. Isso” 

Outra trabalhadora do campo, Celeste Gonçalves Barros, de Cândido Mendes, no Maranhão, diz que em sua marcha quer maquinário específico para a pequena produção rural. “Muitas pessoas param até de plantar porque não há condição de trabalhar no braço pesado. Se viessem umas máquinas para ajudar a gente seria muito bom. Só trabalhamos com machado, na foice, no braçal mesmo. Se tivesse máquina, era só revirar a terra, fazer o beneficiamento e plantar. Ficava mais fácil para a gente”. 

Palmeirândia, no Maranhão, é a terra de Ana Luísa Costa Lobato. Lá, ela é diretora do Sindicado de Trabalhadores da Agricultura Familiar e valoriza o diálogo do governo federal com a população do campo. “A gente tem esperança que ele [Lula] mude o nosso país. Esse é o governo que a gente colocou lá. E, desde o início, está dando para dialogar. É notório, porque desde as entidades, os movimentos sociais, até com estrangeiros, vemos a diferença do diálogo. E precisa tê-lo para pedir as coisas. Tem que ter conversa”. 

A extrativista de coco babaçu Maria José Alves Almeida, de Codó (MA), marcha para ter acesso ao crédito bancário. “A gente tem que ter crédito, pois não consegue acesso. Não temos carro, não temos terra. Trabalhamos no território aleiro. Então, isso nos atrapalha muito. Mas, é importante. É independência. Nesses nossos encontros, já descobrimos que temos uma maneira de acessar. Ainda estamos buscando o conhecimento para passar às companheiras, para que tenham acesso ao crédito do Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar]. 

Essas mulheres estão em marcha nesta quarta-feira, juntamente com mais de 100 mil margaridas em direção à Esplanada dos Ministérios, em um trajeto de aproximadamente seis quilômetros entre o Pavilhão do Parque da Cidade e o centro do Poder Executivo Federal.  

Às 10h30, haverá o ato de encerramento da Marcha das Margaridas, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros, em frente ao Congresso Nacional.  

As margaridas aguardam anúncios do governo que atendam à pauta de reivindicações da 7ª edição do evento.

Usuários de drogas da Cracolândia atearam fogo em objetos e obstruíram ruas do centro de São Paulo na noite desta quarta-feira (19). A Polícia Militar diz que não há informações ainda sobre o que motivou o ato dos dependentes químicos, mas afirmou que as vias foram desobstruídas por agentes do 7º Batalhão de Ações Especiais (Baep).

Até a publicação da reportagem não havia ainda informações de feridos ou detidos na ação, que aconteceu nas proximidades da avenida Duque de Caxias com a rua Santa Ifigênia. Segundo a Polícia Militar, a confusão começou por volta das 19h15 e a situação foi controlada depois das 20h.

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Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que equipes do 7º Batalhão de Ações Especiais de Polícia "dispersaram um tumulto e apagaram um pequeno foco de incêndio ocorrido na noite desta quarta-feira".

Na terça-feira (18), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que pretende levar a concentração de dependentes químicos da Cracolândia para a região do Bom Retiro, também na região central de São Paulo.

Segundo o governador, neste endereço, os usuários de drogas ficariam mais próximos do Complexo Prates, um programa municipal que reúne, dentro de uma área de 11 mil metros quadrados, equipamentos públicos especializados no acolhimento da população em situação de rua e também dependentes químicos, como o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps).

Na semana passada, a região central da cidade foi palco de outro confronto de policiais com dependentes depois que usuários apedrejaram carros, um ônibus e uma viatura da PM. Duas pessoas foram presas e duas outras ficaram feridas na ocorrência. Na ocasião, a PM disse que os ataques aconteceram após uma ação de dispersão dos dependentes na Rua Conselheiro Nébias, a 750 metros da Praça Julio Mesquita.

Na semana passada, os Poderes municipal e estadual tentaram remover o fluxo do centro da rua dos Gusmões até a ponte Orestes Quércia, na Marginal do Tietê, em um caminho de cerca de três quilômetros. Relato de líderes sociais e profissionais de saúde apontam que a Polícia Militar, a Polícia Civil e a GCM conduziram o fluxo. No final da operação, os usuários fugiram do local e retornaram ao centro.

Ataques sucessivos

Relatos de ataques na região cresceram nos últimos meses, principalmente depois que os dependentes químicos, após ações policiais de combate ao tráfico de drogas, se dispersaram dos entornos da Praça Santa Isabel, onde ficavam concentrados até o ano passado. Desde então, os usuários não têm ponto fixo, e trocam de endereço com frequência.

No mês passado, um supermercado na avenida Rio Branco foi invadido e saqueado por usuários, e um bar chegou a ser invadido. Dias antes, um carro foi apedrejado na rua Vitória, na Luz, também na região central da cidade, por dependentes que avançaram sobre o veículo. Em ambos os casos houve confronto com policiais.

Em abril, imagens gravadas por moradores da região também flagraram usuários saqueando uma farmácia e um mercado - e um restaurante sofreu uma tentativa de invasão no mesmo mês.

Ruas alagadas, inundações e risco de novas tragédias voltaram a preocupar os pernambucanos junto com os primeiros dias de inverno. Na manhã desta terça (27), as aulas da rede municipal do Recife foram suspensas e o trânsito mais uma vez prejudicado. 

Mais cedo, o Centro de Operações do Recife emitiu um aviso de estágio de alerta - penúltimo da escala de gravidade - e recomenda que a população evita sair de casa. As aulas da rede municipal serão realizadas em formato remoto, através da plataforma EducaRecife. A Prefeitura também orienta que a rede privada suspenda as atividades, do ensino infantil ao superior. 

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Trânsito

De acordo com a Central de Monitoramento da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), o Túnel Felipe Camarão, no bairro do Jordão, foi novamente interditado pelo acúmulo de água. Também foram registrados os seguintes pontos de alagamento no início da manhã: 

- Av. Recife, próximo à entrada do Ibura;  

- Av. Dois Rios, próximo ao Sesi;   

- Estrada dos Remédios, próximo ao Mercado de Afogados;  

- Av. Doutor José Rufino, próximo ao Colégio Visão.  

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) já havia anunciado a continuidade das chuvas e indicado a possibilidade de prejuízos decorrentes dos altos acumulados. Um aviso laranja de estado de atenção foi emitido pelo órgão para a Região Metropolitana do Recife (RMR) e as Matas Norte e Sul, que compõem toda a faixa litorânea do estado. 

Inundações

Devido às chuvas nas últimas 24h, a agência acompanhou o aumento do volume dos rios e expediu avisos hidrológicos de Inundação, Alerta e Tendência de Elevação: 

Segundo a Apac, três rios já romperam o nível da calha e atingiram a cora de inundação. São eles: 

Rio Capibaribe Mirim, em Itambé; 

.Rio Sirinhaém, em Barra de Guabiraba;  

.Rio Ipojuca, no município de Ipojuca. 

Por conta do nível elevado e a proximidade de extravasamento, foram emitidos avisos de alerta, que reiteram o risco de inundação, para os seguintes rios: 

Rio Duas Unas, em Jaboatão; 

Rio Jaboatão, em Jaboatão; 

Rio Tapacurá, em Vitória de Santo Antão; 

Rio Capibaribe, em São Lourenço da Mata; 

Rio Ipojuca, em Primavera; 

Rio Pirangi, em São Benedito do Sul; 

Rio Amaraji, em Amaraji; 

Rio Sirinhaém, em Joaquim Nabuco; 

Rio Amaraji, em Ribeirão. 

Com a rápida elevação do nível da água com as chuvas, mas ainda sem a mesma urgência dos demais, a Apac incluiu os seguintes rios no estado de Tendência de Elevação: 

Jacuípe- Rio Jacuípe;  

Jaboatão dos Guararapes - Moreno;  

Joaquim Nabuco- Rio Sirinhaém.

Os britânicos celebram neste domingo (7) a coroação do rei Charles III e da rainha Camilla com grandes refeições coletivas nas ruas e um show de artistas da música pop em homenagem aos monarcas diante do castelo de Windsor.

Após a pompa e solenidade da cerimônia de sábado na Abadia de Westminster, que seguiu um ritual que não sofre alterações há quase mil anos, chegou o momento da população comemorar este novo capítulo na história de sua monarquia.

Charles III, que subiu ao trono em setembro, após a morte de Elizabeth II - que reinou por 70 anos - herdou um país que enfrenta grandes desafios.

Os problemas vão das aspirações independentistas na Escócia e Irlanda do Norte à grave crise provocada pelo custo de vida, passando por uma revisão do passado colonial do país que não isenta a monarquia, investigar por seus laços com o tráfico de escravizados.

O rei, 74 anos, que viveu toda sua vida à imensa sombra da mãe, tem a ambição de modernizar a instituição, o que a deixaria menos dispendiosa e mais próxima da população.

Ele e Camilla, 75 anos, esperam que o fim de semana prolongado - o governo decretou feriado para segunda-feira - "seja a oportunidade de celebrar e passar tempo entre amigos, famílias e comunidades", afirmou o Palácio de Buckingham.

Para a "grande refeição"” organizada em bairros de todo o país, a realeza propôs a "quiche da coroação", uma receita vegetariana divulgada no Twitter.

Os ingredientes são espinafre, fava, estragão, leite, creme de leite, ovos e queijo cheddar.

"É um prato que se adapta facilmente a diferentes gostos e preferências", explicou um chef que prepara a receita. "É possível comer quente ou frio com uma salada verde e batatas cozidas", acrescentou.

Reuniões de bairro deste tipo marcaram as celebrações pela coroação de Elizabeth II em 1953, um momento histórico de comemoração após os anos difíceis anos do pós-guerra.

- Música e surpresas -

Enquanto os reis se recuperam da emoção de sábado, outros membros da família devem representar a monarquia neste domingo, liderados pela princesa Anne, irmã do rei de 72 anos, que deve comparecer a uma festa nas ruas de Windsor.

A pequena localidade, que fica 40 km ao oeste de Londres, receberá durante a noite um grande show diante do castelo dos monarcas.

Sem a presença de grandes estrelas britânicas, como Elton John, Adele, Ed Sheeran ou Harry Styles, que recusaram os convites, a apresentação será liderada pelos artistas americanos Lionel Richie e Katy Perry.

Diante de 20.000 espectadores nos jardins do castelo, o espetáculo também contará com a presença da veterana "boy band" Take That e promete momentos de surpresa, com a participação do ator Tom Cruise e do personagem Winnie the Pooh.

Bailarinos do Royal Ballet, cantores da Royal Opera, atores da Royal Shakespeare Company, artistas do Royal College of Music e membros do Royal College of Art se reunirão para uma grande performance.

- Antimonarquistas liberados -

Charles III e y Camilla foram coroados no sábado em uma cerimônia modernizada e simplificada na comparação com as anteriores, mas que mas que mesmo assim contou com a ostentação de três coroas cravejadas de diamantes e roupas antigas bordadas a ouro.

Pontuada por música, sermões, cânticos e leituras dos Evangelhos, diante de quase 2.300 convidados, incluindo mais de 100 chefes de Estado e de Governo e representantes de outras monarquias, a cerimônia vinculou a família real com seu passado.

O evento, no entanto, também ficou marcado pela detenção de quase 50 manifestantes, entre antimonarquistas e ativistas ambientais.

Alguns, inclusive, foram detidos antes dos protestos, graças a uma nova lei, promulgada de forma acelerada esta semana, que dá mais poderes à polícia para impedir manifestações.

O movimento antimonarquista Republic anunciou no sábado à noite que seus integrantes foram liberados depois de 16 anos de detenção.

"O direito de protestar não existe mais no Reino Unido", denunciou no Twitter o diretor do movimento, Graham Smith. "Com frequência afirmavam que o monarca servia para defender nossas liberdades; agora nossas liberdades são atacadas em seu nome", criticou.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) faz mudanças nas regras de estacionamento na Vila Madalena e em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, a partir deste sábado (19), por causa da Copa do Mundo do Catar. O objetivo é aliviar o fluxo na região que reúne diversos bares, que devem atrair torcedores para assistirem as partidas.

Ainda de acordo com a CET, a maior parte das alterações será temporária e válida somente para o período da competição, que tem início no domingo (20) e vai até 18 de dezembro, quando ocorre a grande final.

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Segundo a companhia, não estão previstos bloqueios. Durante os jogos, a CET irá intensificar o monitoramento, fiscalização e a orientação do trânsito nos locais e poderá adotar medidas de controle do tráfego para manter a segurança de pedestres e motoristas.

Os veículos ficarão proibidos de estacionar em período integral nos seguintes trechos das vias:

- Rua Inácio Pereira da Rocha, entre as ruas Deputado Lacerda Franco e Luís Murat.

- Rua Aspicuelta, entre as ruas Vicente Polito e Harmonia - (estacionamento para carga e descarga liberada de 2ª sábado das 6h às 10h em ambos os lados).

- Rua Felipe de Alcaçova, em toda extensão.

- Rua Wisard, entre as ruas Morás e Harmonia.

- Rua Mourato Coelho, entre as ruas Cardeal Arcoverde e Wisard.

- Rua Fradique Coutinho, entre as ruas Wisard e Cardeal Arcoverde.

- Rua Fidalga, entre as ruas Wisard e Inácio Pereira da Rocha

- Ruas Girassol e Harmonia, entre as ruas Wisard e Luís Murat.

- Rua Horácio Lane, entre as ruas Inácio Pereira da Rocha e Cardeal Arcoverde.

- Rua Belmiro Braga, entre as ruas Cardeal Arcoverde e Inácio Pereira da Rocha.

- Rua Padre João Gonçalves, entre as ruas Inácio Pereira da Rocha e Fradique Coutinho.

Para informar à população sobre as mudanças nas vias, a CET realizou reuniões com representantes dos bairros e instalou faixas e banners pela região.

"As mudanças nas regras de estacionamento fazem parte de ações conjuntas, com participação da Subprefeitura Pinheiros, CET, Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana, Sociedade Amigos de Vila Madalena e representantes dos comerciantes locais, para promover boas condições de segurança aos torcedores durante o período da Copa 2022?, disse em comunicado.

 A Prefeitura do Recife deu início ao programa de requalificação do pavimento das principais vias e avenidas da cidade. O investimento estimado é de R$ 70 milhões e a previsão é que as obras sejam concluídas até março do próximo ano.  

Além de mitigar os problemas na infraestrutura, a secretária Marília Dantas sinalizou que as intervenções vão garantir mais segurança e conforto aos condutores. "A maioria das intervenções será realizada durante o período noturno, nas principais vias, aquelas que têm maior fluxo de tráfego, porque o impacto é maior. Nas vias locais, ainda é possível fazer esse serviço durante o dia”, apontou.

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A primeira etapa do projeto vai atender 26 vias por um custo de R$ 16 milhões e vai focar nos locais com danos causados pelas chuvas. “Essa ação visa garantir a estabilidade do pavimento. No período onde a gente não consegue fazer ações preventivas, se faz as ações corretivas, que são os tapa-buracos. Só que agora, a partir da segunda quinzena de agosto, já há uma necessidade de começar a ação de prevenção”, explicou a secretária de Infraestrutura do Recife.  

Na noite dessa quarta-feira (24), o prefeito João Campos (PSB) acompanhou o trabalho da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) na Rua Manuel de Medeiros, no bairro de Dois Irmãos, na Zona Norte da capital. O novo pavimento no trecho entre o Bar da Curva e o pontilhão da Nova Morada vai custar R$ 750 mil e tem entrega prevista para o próximo final de semana, indicou o gestor. 

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A chuva intensa que perdura na Região Metropolitana do Recife (RMR) causou mais prejuízos nesta quarta-feira (25). Ruas, avenidas e trechos da BR-101 amanheceram alagados e dificultam a trânsito. Em algumas partes, o acúmulo de água praticamente impede o acesso de veículos. 

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Quem saiu para trabalhar se frustrou ao pôr o pé na rua e se deparar com o resultado da chuva que cai desde o domingo. No Recife, de acordo com a Autarquia de Trânsito e Transporte, mais de dez pontos de alagamento foram registrados. Localidades em Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e Olinda também estão debaixo d’água.

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Pontos alagados no Recife, de acordo com a CTTU:

- Avenida Sul, no Semáforo 205;

- Rua Dom Bosco com a Avenida Conde da Boa Vista;

- Avenida Dois Rios, na entrada da Vila do SESI;

- Avenida Recife, na saída do Ibura;

- Avenida Recife com a Rua João Cabral de Melo Neto;

- Avenida Engenheiro Abdias de Carvalho, na altura da Estácio;

- Estrada dos Remédios, próximo à Rua da Bacia;

- Estrada dos Remédios, na altura do Mercado de Afogados;

- Av. Marechal Mascarenhas de Moraes, próximo à Rua Pampulha e Honda

- Praça Miguel de Cervantes, no bairro dos Coelhos;

-  BR-101, na Guabiraba, próximo ao CT do Náutico.

A previsão da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) é que o tempo se mantenha fechado ao longo do dia, com pancadas de chuva em toda a região no período da noite, com intensidade moderada a forte.

Grupos de manifestantes gritando palavras de ordem contra a guerra tomaram nesta quinta-feira (24) as ruas de diversas capitais europeias, como Berlim, Paris, Varsóvia e Haia, em protesto contra a invasão russa da Ucrânia.

"Parem esta loucura, salvem vidas, sem mais mentiras", diz o cartaz de um manifestante em frente à embaixada russa em Berlim. Muitos dos presentes no protesto levam as cores da bandeira ucraniana, o azul e o amarelo. Alguns deles são russos que vivem na Alemanha.

"Todo o mundo deveria vir hoje aqui e apoiar a Ucrânia. Dizer que a guerra deve terminar", disse à AFP Olga Kupricina, de 32 anos, originária de Kaliningrado, mas que vive na Alemanha desde outubro.

"Ucranianos e russos são irmãos e irmãs. Todos os meus amigos estão comovidos e não querem uma guerra. Queremos mostrar que somos contra a guerra. Somos russos e viemos da Rússia. A Ucrânia sempre foi um país muito amistoso conosco e um país próximo", comenta Ekaterina Studnitzky, de 40 anos, que vive na Alemanha desde os 16.

Em outra manifestação, aos pés do emblemático Portão de Brandemburgo, a estudante ucraniana Sofia Avdeeva faz acusações contra Vladimir Putin: "Ele roubou minha casa porque sou de Donetsk e minha família e eu tivemos que sair por causa da guerra."

"Não quero que toda a Ucrânia tenha o mesmo destino. Já disse adeus à minha casa, mas não quero que todo o país viva o inferno que vivemos", frisou Avdeeva.

Em Paris, centenas de pessoas também se reuniram em frente à embaixada russa, entre eles vários candidatos na eleição presidencial francesa de abril. Outra grande mobilização estava prevista para o fim do dia na Praça da República, no coração da capital francesa.

Já na Polônia, país vizinho à Ucrânia, um manifestante queimou uma bandeira da Rússia em frente à embaixada do país em Varsóvia. Anteriormente, também ocorreram manifestações em Beirute, no Líbano, e em Tóquio, no Japão.

Além disso, em Dublin, na Irlanda, e nas cidades holandesas de Haia e Amsterdã, centenas de pessoas participaram de protestos em frente às representações diplomáticas russas nesta quinta-feira.

Já na própria Rússia, as autoridades advertiram que reprimiriam qualquer manifestação "não autorizada" contra a guerra na Ucrânia.

Um grupo de cerca de 100 mulheres com véu foi às ruas de Cabul, nesta quarta-feira (26), expressar seu apoio ao regime talibã e exigir a liberação dos ativos nacionais congelados por países ocidentais, em um momento de profunda crise humanitária no Afeganistão.

Neste protesto, organizado pelos talibãs, a maioria das manifestantes usava burca, um véu integral com uma rede na altura dos olhos, ou um niqab, que também cobre o rosto, mas permite ver os olhos, observou um jornalista da AFP no local.

Reunidas em frente à antiga embaixada dos Estados Unidos, levantaram cartazes em inglês, pashtun e dari, para afirmar seu "apoio ao emirado islâmico", nome dado pelos talibãs ao seu regime, e exigir "o desbloqueio do dinheiro congelado".

Desde que voltou ao poder em agosto passado, os talibãs dominaram um Afeganistão que enfrenta uma grave crise humanitária.

A ajuda internacional, que representava cerca de 80% do orçamento, foi subitamente interrompida, e os Estados Unidos congelaram US$ 9,5 bilhões em ativos do Banco Central do Afeganistão.

De acordo com a ONU, hoje, a fome ameaça 55% da população.

"Os Estados Unidos deveriam liberar imediatamente o dinheiro do Afeganistão", disse Basri Deedar, diretora de uma escola particular que liderava o manifesto.

"A comunidade internacional não deve usar os direitos das mulheres como desculpa para perseguir os afegãos", acrescentou.

Cabul mudou de cara. Quatro dias depois de os talibãs tomarem a cidade, cartazes e fotos que ocupavam as vitrines da capital afegã foram apagados ou vandalizados.

Após uma rápida ofensiva militar, este grupo fundamentalista islâmico agora controla o país, uma campanha bem-sucedida que culminou com a tomada da capital do Afeganistão no domingo (15).

A mudança de regime gerou uma onda de pânico no país, onde ainda são frescas as memórias do período dos talibãs no poder, entre 1996 e 2001, marcado por violações dos direitos humanos.

Nas duas décadas de presença no território, desde 2001, da tropas da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, salões de beleza antes proibidos proliferaram em Cabul.

Surgiram serviços de manicure e de maquiagem em um país onde as mulheres foram obrigadas, sob o regime talibã, a cobrir praticamente cada centímetro de seu corpo.

Quando os talibãs entraram em Cabul no domingo, pelo menos um desses salões de beleza começou a apagar imagens de mulheres sorridentes em vestidos de noiva, que apareciam como anúncios em suas vitrines.

Outro salão que teve que fechar as portas amanheceu com as vitrines pichadas na terça-feira (17). Com rifle no ombro, um talibã fazia patrulha em frente ao estabelecimento.

- 'Não querem que as mulheres trabalhem' -

Durante seu governo (1996-2001), o Talibã proibiu as meninas de frequentarem a escola, impediu as mulheres de trabalharem, ou de saírem de casa sem um acompanhante do sexo masculino. Mulheres acusadas de adultério foram apedrejadas, ou açoitadas, nas ruas.

A rigorosa interpretação da "sharia" (lei islâmica) levou os talibãs a instalarem uma polícia religiosa para suprimir os "vícios".

No momento atual, na tentativa de transmitir uma imagem de moderação e de mudança, os talibãs se comprometeram a "deixar as mulheres trabalharem", mas "respeitando os princípios do Islã". Não se explicou exatamente o que isso significa na prática.

Um de seus porta-vozes, Suhail Shaheen, afirmou que a burca não seria obrigatória e que as mulheres poderão frequentar a universidade, e as meninas poderão frequentar a escola. Muitos afegãos e representantes da comunidade internacional não escondem o ceticismo em relação a essas promessas.

Durante o avanço militar impressionante dos talibãs, vários veículos de comunicação relataram que mulheres solteiras, ou viúvas, foram obrigadas a se casar com combatentes. As notícias foram desmentidas por um porta-voz talibã, que as descreveu como "propaganda".

Em todo mundo, manifestações foram organizadas em apoio aos civis afegãos, em especial às mulheres e meninas afegãs.

Na quarta-feira (18), em uma declaração conjunta, União Europeia e Estados Unidos disseram estar "profundamente preocupados" com a situação das mulheres no Afeganistão e pediram aos talibãs para evitar "qualquer forma de discriminação e abuso", assim como a preservar seus direitos.

Em julho, a gerente de um salão de beleza em Cabul declarou à AFP que o estabelecimento teria de ser fechado se os talibãs voltassem ao poder.

"Se voltarem, nunca voltaremos a ter a liberdade que temos agora", desabafou esta mulher de 27 anos, que pediu para não ser identificada.

"Não querem que as mulheres trabalhem", completou.

Nesta quinta-feira (29), após o engajamento de vários artistas e influencers, a #MaceióTáAfudando figurou entre os assuntos mais comentados do Twitter. 

Por conta da extração de sal-gema feita pela petroquímica Braskem, os bairros Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto, situados em Maceió, Alagoas, se transformaram em 'bairros fantasma' por conta da evacuação causada pelas rachaduras, tremor de terra e afundamento de solo que 'engole ruas' e derruba as paredes das casas.

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Desde 2018 que esses alagoanos sofrem. A empresa paralisou toda a atividade de extração do sal-gema, que serve de matéria-prima para a produção de PVC, em maio de 2019, após o afundamento do solo dos bairros da capital alagoana. 

A empresa afirma que contratou estudos independentes, no Brasil e no exterior, para ampliar a análise dos fenômenos geológicos feita por órgãos oficiais como o Serviço Geológico Brasileiro (CPRM). "Para a segurança dos moradores, a Braskem propôs a criação de uma área de resguardo em torno dos poços de sal, com a desocupação de imóveis e a indenização das pessoas", diz. 

Em janeiro de 2020, foi assinado o Termo de Acordo para Apoio na Desocupação das Áreas de Risco entre a empresa e as autoridades, outros imóveis foram incluídos no Programa, com base em atualizações do mapa de risco geológico da Defesa Civil. 

Desde então, a empresa vem fazendo as desocupações e, até abril de 2021, mais de 47 mil pessoas haviam sido realocadas da área de risco. A companhia garante que o pagamento da compensação financeira vem sendo acelerado com ampliação das equipes de atendimento e aprimoramentos no Programa para facilitar e agilizar o fluxo de indenização às famílias.

Ministério Público

Na tarde desta última quarta-feira (28), a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) para o caso Pinheiro discutiu com representantes da Secretaria  Municipal de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Sedet), da Procuradoria-Geral do Município de Maceió e da empresa Braskem sobre o projeto para recuperação ambiental da Encosta do Mutange e Jardim Alagoas, envolvendo demolição, estabilização e recomposição das áreas.

O acompanhamento por parte dos ministérios públicos Federal e Estadual sobre a Encosta do Mutange faz parte do Acordo Ambiental e Sócio Urbanístico firmado pelo MPF com a Braskem. 

Técnicos da Braskem e da Sedet relataram a situação atual das licenças ambientais e alvarás para demolição e construção necessários para execução do plano que abrange cerca de 200 mil metros quadrados e, que deverá ter início logo após a resolução da documentação pendente, devendo ser concluído até antes do início da quadra chuvosa de 2022.

Representantes da empresa informaram que a encosta encontra-se totalmente desocupada, cercada, com segurança patrimonial e sendo monitorada eletronicamente. O próximo passo é a demolição de 2.180 edificações, na sequência a estabilização da encosta, envolvendo obra de engenharia civil, drenagem da encosta desabitada e cobertura vegetal. A empresa informou que atualmente estão em fase pré-demolição, faltando as licenças ambientais e urbanísticas, mas que toda a fase logística já foi realizada.

O MPF pontua que nenhum alvará ou licença que seja concedido pelo poder público municipal importará em edificação em benefício privado da própria empresa e, muito menos, para retorno da exploração da atividade na região.

 

"Que exemplo!", exclama Colin Sims enquanto segura pelo rabo um grande rato encontrado em uma das armadilhas que colocou em Londres, onde esses roedores proliferam com o confinamento e se tornam mais audaciosos, o que beneficia os dedetizadores.

O animal, de 20 centímetros de comprimento sem contar a cauda, entrou nesta casa do sudoeste da capital britânica pelo ralo do banheiro do primeiro andar, conforme evidenciado pelos resíduos ao redor do encanamento.

Desde que o Reino Unido começou em março de 2020 a aplicar confinamentos e restrições contra a pandemia de coronavírus, não falta trabalho para este dedetizador: suas intervenções dispararam 75%.

Segundo o Pest.co.uk, a população de ratos no país aumentou 25% no ano passado, passando de 120 milhões para 150 milhões.

- "Capacidade de adaptação" -

O confinamento proporciona as condições ideais para a reprodução desses roedores, cujas fêmeas dão à luz ninhadas de 10 filhotes várias vezes ao ano.

"Com prédios desocupados, imersos na escuridão e a salvo, eles podem se reproduzir sem que sejam vistos", explica Paul Blackhurst, diretor do grupo Rentokil.

Privados dos restos de comida retirados dos lixos dos restaurantes ou das ruas agora abandonadas, esses animais noturnos e temerosos estão saindo mais à luz do dia.

Eles se aventuram dentro de escritórios vazios para catar restos de comida esquecidos, se aproveitam dos restaurantes fechados temporariamente e também dos bairros residenciais repletos de latas de lixo dos moradores confinados.

"Se mudarmos o nosso comportamento, o mais provável é que eles mudem o deles, porque são animais muito adaptáveis", diz Blackhurst.

Em sua passagem pelas ruas, os animais podem transportar doenças e provocar danos que podem inclusive causar incêndios ou inundações.

No Reino Unido, esse fenômeno está se espalhando para além da capital.

Natalie Bungay, diretora técnica da Associação Britânica do Controle de Pragas, relata o caso do proprietário de um restaurante no oeste do país que enfrentou pela primeira vez uma infestação de ratos durante o primeiro confinamento.

"Quando abriram as portas, havia latas de comida por todas as partes. Os ratos roem o metal, então isso não é um problema para eles", explica.

Segundo David Lodge, do Beaver Pest Control, além do maior número de ratos e sua maior resistência aos venenos, eles também estão "menos tímidos e mais visíveis" nas ruas, "como uma novela de Stephen King", brinca.

Depois de retirar o rato morto em um saco de lixo antes de queimá-lo, Colin Sims dirige sua caminhonete para sua próxima missão, um quintal comercial infestado.

O ano de 2021, que começou em Londres com um terceiro confinamento ainda em andamento, também parece bom para os ratos, afirma.

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A população de bairros periféricos da cidade de Belém vem sofrendo com problema de iluminação pública. Muitas ruas têm ficado no escuro ou com uma iluminação precária. Isso acaba sendo um risco para moradores, pedestres ou motoristas, saírem às ruas.

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Rafaelle Navegantes, de 22 anos, reclamou do serviço precário de energia em seu bairro. “Tenho percebido piorar ao longo dos anos. Ano passado eu acho que foi quando mais faltou energia por aqui. A minha mãe trabalha com encomenda de bolos, doces e salgados. Não ter energia significa perder materiais que precisam de refrigeração constante e até mesmo perder o produto final”, relatou a graduanda em Arquitetura e Urbanismo.

“Além da questão de trabalho, meu irmão fazia tratamento oncológico, tinha câncer no pulmão, todos os dias ele fazia aerossol (que precisa de energia), a única diversão era a internet/tv e quando faltava energia ele ficava muito chateado. Também não dava pra utilizar ventilador, ar-condicionado, etc”, continuou Rafaelle.

Perguntada sobre a sensação de insegurança, ela respondeu: “A minha rua não é muito movimentada. Cada vez que ficamos sem energia ou mesmo quando algum poste fica sem luz (o que acontece sempre) a gente fica mais apreensivo, com certeza”, repondeu sobre o bairro de Águas Negras.

O estudante de Psicologia Mailson Alves também relatou as dificuldades por que passa no seu bairro, Tapanã, por causa da precariedade do serviço de iluminação. “Em determinadas ruas isso é frequente, principalmente nas ruas que não têm asfalto e são próximas de pequenas invasões no bairro, o que também colabora para o aumento da violência”, disse.

Mailson relatou que a insegurança é constante, principalmente em ruas do bairro que facilitam o acesso à sua residência. “Muitos moradores às vezes optam por caminhos mais longos pelas ruas principais por conta da movimentação e iluminação”, relatou.

O jovem de 21 anos falou sobre as dificuldades encontradas por ele. “Dificuldades de locomoção e segurança são as maiores. É visível o aumento de violência devido ao aumento de assaltos constantes tanto pela manhã quanto à noite, o que afeta as pessoas que estão indo ou voltando do trabalho.”

Félix Negrão, diretor do Departamento de Iluminação Pública da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), diz já ter sido iniciado na última semana um sistema de ronda noturna, no qual é feito um levantamento do sistema de iluminação da cidade. “A intenção é que essa ronda chegue a todos os bairros. Em nossa primeira ronda o resultado já foi alarmante, pois identificamos que 12% dos pontos verificados estavam com problemas. Diante disso, solicitamos à empresa contratada, a Endicon, que atuasse para restabelecer o serviço.”

O diretor diz também contar com a participação da população. “Precisamos melhorar nossos canais de comunicação com a população para que as demandas possam chegar de maneira mais rápida e eficaz. A Seurb quer modernizar esses canais, criar um aplicativo da iluminação pública, implantar um serviço de atendimento via whatsapp e fortalecer o já existente call center”, afirmou.

“Estamos implantando ferramentas de gestão para poder ter indicadores que retratem a qualidade dos serviços prestados à população”, disse Félix sobre o informativo que foi lançado no Instagram da Seurb no dia 12 de fevereiro e registrou 2.320 entendimentos. O serviço ocorre 24 horas por dia.

Sobre atendimento, o diretor da DIP recomendou o call center, pelo número 0800 400 0300, que funciona de segunda a sexta, de 8 às 21 horas, e aos sábados de 8 às 12 horas. “Também recebemos pedidos que são levados diretamente até a Seurb, seja por ofício ou solicitações diretas do cidadão."

Negrão, ao falar pela Seurb, se colocou à disposição para receber todas as demandas de moradores que estão sofrendo com a iluminação precária. “Temos muitos desafios pela frente e muito a melhorar, mas queremos pautar essa administração pela atenção e cuidado com o nosso povo”, finalizou.

Por Maria Rita Araújo e Yasmin Seraphico.

 

A mobilização contra o golpe de Estado não diminui em Mianmar e nesta sexta-feira (12) uma multidão voltou às ruas, apesar do aumento das detenções de opositores por parte da junta militar.

As novas sanções dos Estados Unidos contra os generais não parecem ter efeito sobre os militares.

Mais de 250 pessoas foram detidas desde o golpe de Estado de 1° de fevereiro contra o governo civil de Aung San Suu Kyi, segundo uma ONG de ajuda aos prisioneiros políticos. As detenções atingiram autoridades locais, deputados, membros da Comissão Eleitoral e ativistas. O medo de represálias é muito presente no país.

Na terça-feira, a polícia abriu fogo contra os manifestantes e deixou vários feridos. Uma mulher, atingida por um tiro na cabeça, está em condição crítica.

Nesta sexta-feira, as forças de segurança usaram balas de borracha para dispersar brutalmente um protesto no sul do país. Ao menos cinco pessoas foram detidas.

Apesar da repressão, milhares de pessoas voltaram às ruas para exigir a libertação dos detidos, o fim da ditadura e a abolição da Constituição de 2008, muito favorável ao exército.

Em Yangon, a capital econômica do país, jogadores profissionais de de futebol e torcedores se uniram aos protestos, com camisas vermelhas, a cor da Liga Nacional para a Democracia (LND), o partido de Aung San Suu Kyi.

"Não compareçam ao trabalho", "Nossa revolta tem que vencer", gritaram os professores em Miek (sul). Em Naypyidaw, a capital administrativa, os manifestantes tocaram as buzinas de suas motos e fizeram a saudação com três dedos um gesto de resistência.

Dezenas de milhares de birmaneses participaram nos protestos na última semana, uma mobilização inédita desde a "Revolução do Açafrão" de 2007.

Policiais, controladores aéreos, professores, profissionais da saúde e muitos funcionários públicos estão em greve.

O comandante da junta militar, Min Aung Hlaing, fez uma advertência contra os funcionários em greve. Ele anunciou "ações eficazes pelo não cumprimento de suas obrigações (...) incitados por pessoas sem escrúpulos".

De modo paralelo, 23.314 prisioneiros, incluindo 55 estrangeiros, serão libertados e outros devem ter a pena reduzida, informou o jornal estatal Global New Light Of Myanmar. Os detalhes da medida não foram divulgados.

As grandes anistias de prisioneiros para liberar espaço em estabelecimentos superlotados são frequentes e anunciadas em datas importantes do calendário birmanês. Esta sexta-feira é feriado no país.

Ming Yu Hah, da Anistia Internacional, chamou a iniciativa de "espetáculo paralelo para desviar a atenção dos abusos diários cometidos pelas autoridades militares contra os direitos humanos".

A situação no país continua no alvo da comunidade internacional.

Washington bloqueará os ativos e as transações comerciais nos Estados Unidos de 10 comandantes militares ou militares da reserva, considerados responsáveis pelo golpe de Estado, entre eles Min Aung Hlaing.

Mas os generais birmaneses não possuem grandes ativos nos Estados Unidos, ou ao menos não como em Singapura, e este tipo de medida não evitou que junta permanecesse no comando do país por muitos anos, afirmam analistas.

Reino Unido e União Europeia também ameaçaram adotar sanções.

Nesta sexta-feira, o Conselho dos Direitos Humanos da ONU celebrará uma sessão extraordinária sobre Mianmar. A posição da China e da Rússia, apoios tradicionais do exército birmanês na ONU, estará no centro da reunião.

- "Falsas informações" -

Ao mesmo tempo, gigantes da internet - como Facebook, Google e Twitter - criticaram um projeto de lei sobre a segurança virtual que permitirá à junta militar proibir sites e obrigar as redes sociais a transmitir dados dos usuários.

O Facebook anunciou que reduziria a visibilidade do conteúdo procedente do exército, por "continuar divulgando falsas informações" após a tomada de poder.

A plataforma, principal meio de comunicação para milhões de birmaneses, afirmou as autoridades não poderão solicitar a retirada de publicações.

O exército questiona as legislativas de novembro, vencidas por ampla maioria pela LND. Os observadores internacionais não constataram problemas.

Os generais temiam a redução de sua influência após a vitória de Aung San Suu Kyi, caso ela decidisse modificar a Constituição.

A vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 1991, que segundo seu partido está bem e em prisão domiciliar em Naypyidaw, continua sendo venerada em seu país, apesar das críticas internacionais por sua passividade diante dos abusos contra a minoria muçulmana dos rohingyas.

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Neste domingo (17), começam as provas impressas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), principal meio de acesso ao ensino superior no Brasil. No início desta manhã, o trânsito apresentou movimentação tranquila em algumas vias do Recife que dão acesso a locais de prova.

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Na Avenida Caxangá, Zona Oeste do Recife, foram registradas retenções nas duas vias, por volta das 6h30 deste domingo. No Derby, área central da cidade, o fluxo também esteve sem congestionamento, na mesma faixa de horário, assim como a Avenida Agamenon Magalhães, na altura do Hospital da Restauração, seguiu com movimentação tranquila.

No bairro da Boa Vista, Centro do Recife, fiscais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), entidade organizadora do Enem, já se encontram em instituições de ensino que são pontos de aplicação. Uma delas é a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), que por volta das 6h50, suas ruas paralelas estavam tranquilas. Por volta das 7h, na Avenida Norte, o fluxo também não apresentou problemas

Apesar da tranquilidade do início deste domingo em ruas do Recife, a tendência é que o trânsito fique mais intenso nas vias que dão acesso aos pontos de aplicação do Enem, com a proximidade da abertura dos portões dos prédios, às 11h30. Por isso, o Inep recomenda que os candidatos sigam para os locais com bastante antecedência, para evitar atrasos.

De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transportes, para este domingo, 15 linhas de ônibus estão disponíveis para os estudantes da Região Metropolitana do Recife, com 68 veículos. No total, 648 viagens devem ser realizadas.

O Consórcio informa que são 15 veículos e 88 viagens a mais, na comparação com domingos normais. Além disso, a empresa anunciou que o Passe Livre está disponível hoje e no próximo domingo para alunos da rede estadual de ensino.

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), por sua vez, comunicou que vai monitorar a demanda de passageiros neste domingo. Segundo o órgão, casa haja necessidade, mais trens entrarão em operação. Ainda conforme as informações da CBTU, o funcionamento nas Linhas Centro e Sul segue até 23h e como ocorre aos domingos, a Linha Diesel (VLT) não está em operação.

Um esquema de trânsito foi montado pela Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) para auxiliar a mobilidade dos candidatos na capital pernambucana. No total, 65 agentes de trânsito atuarão nos principais corredores viários da cidade, por meio de fiscalizações e orientações, com o objetivo de evitar retenções.

A CTTU espera um maior número de veículos nas ruas para um dia de domingo, uma vez que há a necessidade de distanciamento social em razão da Covid-19. De acordo com a CTTU, além dos agentes nas ruas, haverá monitoramento a partir da Central de Operações de Trânsito (COT), que com o auxílio de câmeras de videomonitoramento, acompanhará a movimentação nas vias. “A CTTU ressalta que a população pode acionar os serviços do órgão através do teleatendimento, que é gratuito e funciona 24h no número 0800.081.1078”, destaca a Autarquia. A entidade de trânsito também alertou os motoristas para que não estacionem em locais proibidos, na tentativa de evitar dificuldade na mobilidade dos estudantes que irão aos locais de prova. “A fiscalização será rigorosa e o veículo flagrado sobre calçadas ou em fila dupla corre o risco de ser rebocado. Já o motorista pode receber multas entre leve, média e grave, no valor de R$ 88,38 (três pontos na CNH), R$ 130,16 (quatro pontos na CNH) ou 195,23 (cinco pontos na CNH)”, informou a CTTU.

Reforçando

Os portões dos locais de prova serão abertos às 11h30 e o fechamento ocorrerá às 13h, horário de Brasília. A aplicação iniciará às 13h30, com duração até 19h neste primeiro dia, e até 18h30 no próximo domingo. Na primeira parte do Enem 2020, os candidatos respondem questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação, enquanto na segunda parte haverá quesitos de matemática e Ciências da Natureza.

Só em Pernambuco, 312 mil pessoas estão inscritas no Exame; a nível nacional, segundo a organização da prova, cerca de 5,8 milhões de estudantes estão inscritos no Enem.

Milhares de iraquianos se manifestaram neste domingo (25) em Bagdá pelo primeiro aniversário da "revolução de outubro", desafiando um governo incapaz de se reformar e de oferecer os serviços básicos, assim como a crescente influência das facções armadas iraquianas pró-Irã.

Os protestos de 2019 foram duramente reprimidos, com cerca de 600 manifestantes mortos, 30.000 feridos e centenas de detidos. A repressão foi acompanhada de uma campanha de assassinatos e sequestros de figuras da revolta, liderada por "milícias", segundo a ONU.

Neste domingo, foram registrados incidentes em Bagdá entre as forças de ordem e os jovens manifestantes que queriam chegar da emblemática Praça Tahrir à Zona Verde, um bairro altamente protegido onde estão as sedes do Parlamento e do governo iraquiano, assim como a embaixada dos Estados Unidos.

Os jovens avançaram e colidiram com a polícia nas pontes Al-Jumhuriya, que une Tahrir com a Zona Verde, e Senek, que conduz diretamente à embaixada do Irã.

Cerca de cinquenta policiais e manifestantes ficaram levemente feridos nas trocas de pedradas e gás lacrimogêneo, disseram fontes policiais e médicas à AFP.

Também houve manifestações, até o momento sem incidentes, nas cidades de Nayaf, Hilla, Basora, Kut, Diwaniya, Nasiriya e Amara, afirmaram correspondentes da AFP no sul do país.

Alí Ghazi, que protesta em Nasiriya, bastião de todas as revoltas no Iraque, disse à AFP que participa "para repetir que queremos alcançar nosso objetivo: construir um novo Iraque".

Em outubro de 2019, os manifestantes exigiam uma renovação total do sistema político, o fim da corrupção endêmica e mais empregos e serviços para todos.

Neste ano, o primeiro-ministro Mustafá Al-Kazimi, designado em abril para tentar tirar o país da paralisação, insistiu que ordenou as forças de segurança a não recorrerem às armas ou à força letal.

No entanto, em um país mergulhado em conflitos há décadas e onde os grupos armados continuam exercendo sua influência, as armas são onipresentes, como reconhece Kazimi - também chefe de inteligência externa -, que não conseguiu conter os disparos de foguetes, assassinatos e ameaças de facções armadas.

A revolta popular foi intensificada pelas tensões entre Irã e Estados Unidos, países inimigos e principais potências mais presentes no Iraque, além da pandemia de covid-19. O porta-voz militar de Kazimi pediu aos manifestantes que permaneçam na praza Tharir, o único local "totalmente seguro".

Os manifestantes, que há um ano pedem empregos para os jovens (60% da população), estimam que nada mudou. Alegam inclusive que suas condições pioraram.

Após quebrar a hegemonia de partidos de esquerda no comando de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, o atual prefeito, Professor Lupércio (Solidariedade), foca em obras estruturais para alcançar os eleitores. Com os esforços voltados ao enfretamento da pandemia no município, o gestor optou em retardar o início da sua pré-campanha eleitoral de 2020. 

Envolvido em pautas sociais, Lupércio ingressou na carreira política como vereador de Olinda, em 2005, e depois alcançou o cargo de deputado estadual. Embora a expectativa seja de uma disputa acirrada nas urnas com o candidato da oposição, João Paulo (PCdoB), os impactos da crise sanitária fizeram com que o prefeito contivesse o teor eleitoral. "O momento não é de pensar em eleição", comunicou por meio da assessoria.

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Embora admita que ainda não entrou de cabeça na corrida pela recondição à prefeitura, Lupércio usa as redes sociais para apresentar obras estruturais mantidas por sua gestão. Na estratégia da prática além do discurso, o objetivo é que os olindenses considerem o trabalho, que pretende recuperar a Avenida Presidente Kennedy e requalificar mais de 100 ruas do município.

Questionado sobre possíveis alianças para formar sua base de apoio, o prefeito adotou um discurso generalista e garantiu que sua gestão "é de diálogo com todos os partidos".

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Começa nesta sexta-feira (10) mais uma fase da flexibilização do isolamento no Rio de Janeiro, após as restrições impostas desde março por causa da pandemia de Covid-19. A reabertura começou no início de junho.

Nesta fase, chamada pela prefeitura de 3B, foi ampliado o horário de funcionamento dos shoppings, que passou de 12h às 20h para 12h às 22h. As ruas e avenidas que fecham para o trânsito de carros aos domingos e feriados, como o Aterro do Flamengo e a Avenida Atlântica, voltarão a receber pedestres e ciclistas para atividades de lazer e esportivas.

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As vilas olímpicas poderão funcionar evitando aglomerações, assim como as feiras de arte e artesanato.  Os parques e praças serão reabertos para as atividades físicas individuais, como já ocorre nas praias.

Praias sem banhistas

Continua proibida a permanência de banhistas na areia da praia, sujeito a uma multa de R$ 107. Também permanece proibida a presença de torcida nas partidas de futebol e outras competições esportivas. Os pontos turísticos municipais continuam fechados.

Poderão funcionar os clubes, associações, hipódromos e quadras de aluguel, mas sem esportes de contato, como lutas e artes marciais. Escolinhas de treinamento e eventos em espaços fechados continuam fechados, assim como saunas e hidromassagem.

As creches e escolas públicas e privadas permanecem fechadas, mas a prefeitura pretende abrir os refeitórios de escolas municipais para ajudar na alimentação dos alunos. As seis mil merendeiras da rede estão sendo testadas para Covid-19 e quem estiver imune voltará ao trabalho.

Não mudaram as regras para o funcionamento do comércio de rua, bares e restaurantes, que devem manter limite de lotação, controle de acesso de clientes e exigir o uso de máscara de proteção.

Segundo a prefeitura, as decisões de reabertura se baseiam nos indicadores de velocidade de contágio, ocupação de leitos de enfermaria e UTI - Unidade de Tratamento Intensivo - para Covid-19, número de óbitos na cidade e casos de síndrome gripal somados a cada 15 dias. De acordo com o órgão, todos os indicadores vêm caindo.

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