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Diante da beleza do Sertão pernambucano, duas aguerridas equipes entraram em campo sonhando alto. As atenções estavam voltadas para a taça do Estadual, que mesmo tendo sofrido inúmeros problemas em sua realização, atraiu os focos de Salgueiro e Sport. Na casa do Carcará, onde o ilustre torcedor Tarcísio foi proibido de usar a famosa buzina, o frevo imperou, conduzido pelo próprio salgueirense. Mas foi o o ritmo da capital que prevaleceu. Com gol de Everton Felipe, o Leão alcançou seu 41º título do Campeonato Pernambucano na noite desta quarta-feira (28). Vale salientar a bela campanha do Salgueiro, que enfrentou os grandes e mais uma orgulhou o povo sertanejo.

O jogo

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Embalados pelo ritmo do torcedor ilustre Tarcísio, que trocou a buzina pelo frevo, os jogadores do Salgueiro investiram no ataque nos minutos iniciais da partida. Por meio de jogadas principalmente pelo lado direito, o Carcará levou perigo por diversas vezes a defesa do Leão.

Passados os primeiros 20 minutos da final, o Sport conseguiu equilibrar a marcação, apesar das rápidas jogadas envolvendo os homens de frente do time sertanejo, Jean e Willian Lira. Por outro lado, o Leão continuou com um sério problema: a transação a partir da saída de bola com os volantes. Rithely e Rodrigo. Eles ficaram mais atentos à marcação e pouco alimentaram Diego Souza.

Pouco inspirado no ataque, o Sport apenas conseguiu finalizar com perigo aos 31 minutos da primeira etapa. A bola acabou sobrando para o atacante André que, de perna direita, chutou em cima do goleiro Mondragon. A redonda foi rebotada pelo arqueiro e a zaga salgueirense afastou o perigo.

Instantes depois, após cobrança de falta, a bola passou com muito perigo pelo lado direito do goleiro Mondragon. Rithely ainda tentou cabecear, porém não alcançou. Aos 37 minutos, em mais uma tentativa leonina, André ficou livre na pequena área, bateu forte, mas a bola foi para fora assustando a torcida do Carcará.

A resposta sertaneja veio logo em seguida. Em rápido contra-ataque, Toty ganhou pelo meio e tocou na ponta para Jean. O atacante foi para cima da marcação rubro-negra, limpou pelo meio, mas acabou chutando fraco. A bola saiu a direita de Magrão. Logo depois, aos 43 minutos, Daniel cobrou falta e Willian Lira subiu livre e cabeceou com perigo.

Salgueiro tem gol anulado. Everton Felipe dá o título ao Leão

De forma bem parecida com a primeira etapa, o Carcará iniciou o segundo tempo da final tentando sufocar a equipe rubro-negra. Era de se esperar, pois uma vitória simples garantiria o título para o Carcará diante do torcedor sertanejo. Mas a defesa leonina continuou firma com Durval e Ronaldo Alves.

Quando o relógio marcou os primeiros 15 minutos do segundo tempo, ficou claro com a partida caiu tecnicamente. Os jogadores das duas equipes até demonstraram raça dentro das quatro linhas, mas o bom futebol ficou ofuscado.

Aos 34 minutos, depois de uma cobrança de escanteio, o Salgueiro conseguiu balançar as redes. Entretanto, a arbitragem anulou o tento, pois a bola teria saído na cobrança. O juiz resolveu recorrer ao árbitro de vídeo. Foram cinco minutos até que Wilton Pereira Sampaio confirmasse a anulação do gol. Os torcedores do Carcará gritaram em crítica.

A resposta do Sport foi cruel. Aos 36 minutos, Diego Souza ajeitou uma bela bola de peito para Everton Felipe. O garoto bateu forte e abriu o placar, para a alegria da torcida leonina e tristeza dos salgueirenses.

O Carcará lutou, enfrentou com honra o Leão, mas não conseguiu o empate. O Sport resistiu até o final às investidas rubro-negras. Assim, o Rubro-Negro conquistou o seu 41º título do Estadual.

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FICHA DE JOGO

Competição: Final do Campeonato Pernambucano

Local: Estádio Cornélio de Barros

Salgueiro: Mondragon, Marcos Tamandará, Ranieri, Luís Eduardo e Daniel; Rodolfo Potiguar e Moreilândia; Toty; Jean (Dadá), Willian Lira e Álvaro. O técnico é Evandro Guimarães.

Sport: Magrão, Samuel Xavier, Durval, Ronaldo Alves e Prata (Evandro); Rithely e Rodrigo (Tallyson); Diego Souza, Everton Felipe, Lenis (Leandro Pereira_  e André. O técnico é Vanderlei Luxemburgo.

Arbitragem: Wilton Pereira Sampaio

Assistentes: Augusto Carvalho e Marcelo Van Gasse

Cartões amarelos: Rodolfo Potiguar; Jean / Durval; Lenis; Fábio (no banco)

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