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O deputado federal Raul Henry (MDB-PE) subiu à tribuna da Câmara dos Deputados para protestar contra a decisão do Governo Federal de autorizar a importação de 750 milhões de litros de etanol americano e “despejá-los” no Nordeste, exatamente no período da safra da região, cuja produção é de 2,2 bilhões de litros. “A importação autorizada representa mais de um terço da nossa produção anual”, afirmou em discurso nessa quarta-feira (11).

Raul destacou o desenvolvimento da indústria sucroenergética nordestina, a despeito das adversidades geográficas e climáticas. Atualmente, a região conta com 60 usinas e 300 mil empregos diretos. “Empregos vitais para o mínimo de estabilidade socioeconômica da densamente povoada e socialmente vulnerável zona-da-mata nordestina. Não é justo, nem correto, que, diante de tantas adversidades, o Governo Federal queira impor ainda maiores sacrifícios ao povo do Nordeste”, acrescentou.

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De acordo com o deputado, tal decisão terá um custo de renúncia fiscal de 270 milhões de reais, mesmo ciente de que o Brasil é autossuficiente em etanol e que o país vive a maior crise fiscal da sua história. “O único objetivo é apenas agradar ao presidente americano Donald Trump, que está com excedente de produção depois da insana guerra comercial com a China. Uma articulação feita pelo filho do Presidente que quer ser embaixador [Eduardo Bolsonaro] e que atropelou o Itamaraty e o Ministério da Agricultura”, alertou.

Com o objetivo de reverter tal situação, o parlamentar fez um apelo ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para colocar em votação o mérito de um decreto legislativo, apresentado nessa terça (10), neste sentido. “Esse decreto vai barrar essa insanidade e reestabelecer um mínimo de altivez ao nosso país. Não aceitamos mais atitudes de insensibilidade e preconceito contra a economia e o povo do Nordeste”, concluiu.

*Da Assessoria

O candidato republicano Donald Trump respondeu às acusações do pai de um soldado muçulmano americano que disse que o magnata "não sacrificou nada" por seu país, afirmando que deu emprego a milhares de pessoas.

Khizr Khan - cujo filho morreu no Iraque em 2004 - acusou o magnata de estigmatizar os muçulmanos americanos em uma dura crítica que eletrizou a Convenção Nacional Democrata na quinta-feira.

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"Busque os túmulos dos patriotas valentes que morreram em defesa dos Estados Unidos da América. E verá todos os credos, gêneros e etnias. Você não sacrificou nada e nem ninguém".

Trump minimizou as palavras de Khan em uma entrevista à ABC News no sábado, assegurando que havia feito "muitos sacrifícios".

"Eu trabalho muito, muito duro. Criei milhares e milhares de empregos, dezenas de milhares de empregos, construí grandes estruturas. Tive um tremendo sucesso. Penso que fiz muito", disse Trump.

O eloquente magnata indignou muitos americanos com seus insultos contra imigrantes, muçulmanos e mulheres durante sua campanha.

Entre suas propostas mais controversas está seu chamado a proibir a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos.

Trump também questionou se sua rival democrata, Hillary Clinton, estava por trás do discurso de Khan, que disse que havia escrito com sua esposa Ghazala.

"Quem escreveu isso? Foi escrito pela equipe de Hillary?", disse Trump na entrevista, que será divulgada completamente neste domingo.

"Se olhar sua esposa, ela estava parada ali. Não tinha nada a dizer", declarou Trump, completando: "talvez não tenha permitido que ela dissesse nada".

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