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O senador Fernando Collor (AL) comunicou à direção nacional do PTB a decisão de deixar o partido. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 17, e com a decisão assumirá o diretório estadual de Alagoas o deputado Antônio Albuquerque. Segundo assessores, ele ainda não informou para qual legenda deverá migrar.

Collor ingressou no PTB em 2007. Antes do PTB, o senador fez parte do PRTB (1997-2007), PRN (1989-1993) partido pelo qual foi eleito presidente da República, ARENA (1979-1980), PDS (1980-1985) e PMDB (1985-1989).

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O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, anunciou nesta quarta-feira, 16, que seu partido deixará a base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo o dirigente, a legenda colocará o Ministério do Esporte, ocupado por George Hilton atualmente, "à disposição" da petista. Ele afirmou que as bancadas da sigla adotarão postura de "independência" na Câmara e no Senado.

Pereira disse que a decisão de desembarque do PMDB foi aprovada durante reunião na tarde desta quarta-feira, 16, por unanimidade, pela bancada do PRB na Câmara, composta por 21 deputados. De acordo com ele, a decisão foi motivada pelo agravamento da crise econômica e política. "Estamos escutando a voz das ruas. Não estamos vendo norte para a situação que o País vive", justificou.

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Questionado por que o ministro do Esporte do PRB não apresenta um pedido de renúncia do cargo, o presidente nacional do PRB afirmou que não é necessário. De acordo com o dirigente, é de praxe o partido "colocar o ministério à disposição", cabendo a presidente Dilma Rousseff decidir se demite o ministro ou não.

Líder do bloco partidário formado pelo PRB, PTN, PTdoB e PSL, o deputado federal Celso Russomano (SP) afirmou que a decisão de desembarcar do governo não tem nada a ver com o anúncio de nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a chefia da Casa Civil, no lugar de Jaques Wagner. "Essa foi uma posição partidária", disse o parlamentar, pré-candidato a prefeito de São Paulo.

O presidente nacional do PRB afirmou que o senador Marcelo Crivella (PRB) disse que também adotará postura independente no Senado. Crivella, contudo, deve desembarcar do PRB. Segundo já mostrou o Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, o senador está negociando sua filiação no PSB.

A decisão do ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva, de permanecer ou não no cargo só deverá acontecer na semana que vem, segundo interlocutores do Planalto. A avaliação, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira, 9, que proibiu que ele acumule a função com seu cargo de procurador no Estado da Bahia, é que a escolha será de "caráter pessoal" do ministro.

Wellington César não conversou com a presidente Dilma Rousseff, depois da decisão do STF. Ele apenas informou aos ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e ao advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que precisava do fim de semana para discutir a questão com a família, e que no início da próxima semana informaria à presidente se sai ou fica. Para ficar, ele tem de renunciar à carreira de procurador de Justiça.

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Segundo o secretário de Comunicação Social, Edinho Silva, Dilma "deu tranquilidade ao ministro para que ele faça aquilo que for melhor para ele, do ponto de vista pessoal". Acrescentou ainda que "ele foi o ministro identificado por ela, um ministro que ela entendia que era o melhor quadro para ocupar um cargo no Ministério naquele momento, e, portanto, é alguém que tem o respeito da presidente Dilma". Edinho considera, no entanto, que se criou um "imbróglio jurídico que precisa ser resolvido".

O ministro Edinho Silva não quis falar em "erro" na escolha de Wellington César pelo governo. "Você julgar o que é erro hoje de uma decisão tomada anteriormente é muito simples, é fácil. Tinha uma interpretação jurídica, tinha uma interpretação da legislação, inclusive o governo se baseava em fatos existentes, outros integrantes do MP que ocupavam cargo em outras esferas do executivo, portanto, o governo fez o que achou melhor", declarou. Para Edinho, cabe ao ministro fazer a opção de sair ou ficar.

Plano B

Em ao menos dois encontros entre Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o "plano B" para a substituição do ministro da Justiça foi discutido. Diante da decisão do STF e do tempo dado ao ministro, a presidente resolveu esperar para pensar em nomes. No Planalto, há quem acredite que Wellington César possa abandonar a carreira para ficar no governo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dia após a saída da deputada Luiza Erundina (SP) do PSB, nesta quinta-feira, 10, foi a vez do ex-presidente nacional do partido, Roberto Amaral, anunciar sua desfiliação. Em uma longa carta de despedida à militância, o ex-dirigente tece críticas à sigla, diz que "a crise ideológica mergulha o partido na crise ética" e que deixa o partido para manter-se "coerente" com sua trajetória.

"Decaído ideologicamente, o PSB se alia ao projeto elitista, e agora também golpista, que sempre combatera", acusa o ex-ministro de Ciência e Tecnologia do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

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Ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Amaral disse que não comunicará oficialmente sua decisão à cúpula do PSB e se limitará a cumprir a formalidade de enviar o pedido de desfiliação na próxima segunda-feira, 14, ao cartório eleitoral. Embora tenha recebido convites para se filiar a outras legendas de esquerda, o ex-ministro afirmou que não pretende entrar em nenhum partido. "O momento é de fortalecer a esquerda", respondeu.

Na carta dirigida aos militantes socialistas, Amaral lembra que atuou no PSB por três décadas, que presidiu a legenda em seu momento mais trágico - a morte em 2014 do ex-governador de Pernambuco e presidente do partido, Eduardo Campos - e que buscou a unidade partidária em torno da campanha presidencial de Marina Silva, hoje na Rede.

"A inevitabilidade da candidatura majoritária de Marina Silva criou a expectativa de um projeto eleitoral promissor, ao final desperdiçado, ao tempo em que aprofundava nossa crise ideológica, cuja fermentação, ressalte-se, não era recente, nem muito menos superficial. O caruncho da reação roía nossas entranhas sem que muitos se dessem conta, enquanto outros o alimentavam", diz o texto.

O ex-dirigente deixa clara sua decepção com o processo eleitoral de 2014, quando o partido decidiu apoiar o tucano Aécio Neves no segundo turno da corrida presidencial. "O grau de degradação ficou evidente quando o partido, no segundo turno do pleito de 2014, traindo seu programa, rasgando sua história, decidiu-se por apoiar o projeto da classe dominante. O pior de tudo é que essa decisão esdrúxula afigurou-se como um desdobramento natural do que vinha sendo a política partidária", lamentou. Amaral deixou a presidência do PSB logo após a declaração de apoio a Aécio.

As críticas à direção do partido - que oficializou recentemente sua ida para a oposição ao governo Dilma Rousseff - seguem na carta, onde acusa o PSB de ter perdido sua identidade. "Sem projeto, tentando seguir a direção dos ventos conforme sopram, o partido de hoje negocia alianças eleitorais no varejo da pequena política; abriga quadros que em nada se aproximam das bandeiras da esquerda democrática. É esse PSB que agora tenciona navegar na onda da retomada do poder pelos derrotados nos pleitos de 2002, 2006, 2010 e 2014 - retomada que pleiteiam não pela via legítima do voto, mas pela escapadela espúria do golpe midiático-jurídico, que atropela direitos e garantias individuais, vilipendia a soberania popular e visa a deter a emergência das massas".

 

Depois de dois anos na presidência do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), José Francisco Soares pediu demissão do cargo ontem. No pedido ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ele alegou motivos pessoais para se afastar do instituto.

"Foram dois anos longe da família. Morando sozinho em Brasília. Do Inep para casa, de casa para o Inep. Com o tempo essa situação pessoal foi deixando marcas, principalmente por não acompanhar a vida dos meus familiares. Até que gerou sofrimento", disse Soares à reportagem na noite de terça-feira, 1º.

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Desde o fim de 2015, Soares enfrenta desgaste com os servidores do Inep, após ter apresentado uma proposta de reestruturação do órgão. Para a Associação dos Servidores do Inep (Assinep), a mudança "desestruturava e comprometia" as finalidades do instituto. O Inep afirmou que a reforma preservava todas as suas atribuições institucionais.

"O Inep precisa é de mais investimento, mais cargos de gestão para dar conta das atribuições crescentes, funcionamento do Conselho Consultivo com a participação dos servidores, planejamento estratégico, questões até agora sem resposta", disse a direção do Assinep, que também cobrou mais diálogo do próximo presidente.

Entre os nomes cotados para assumir a presidência do instituto, segundo apurou o Estado, estão Alexandre André dos Santos, diretor de Avaliação da Educação Básica, do Inep - que tem o apoio dos servidores - e Reynaldo Fernandes, ex-presidente do órgão. Mercadante disse, em nota, que o nome para substituir o ex-presidente será anunciado nos próximos dias.

Recordes

Soares foi responsável pela maior edição do Enem, de 2014, com mais de 9 milhões de inscritos e 8,7 milhões de participantes confirmados. Foi também na gestão dele que a prova rompeu a sequência de recordes, em 2015, quando o exame passou a custar mais caro e o Inep registrou 10,67% de redução no número de inscritos.

Outra marca importante do professor foi a atualização dos temas do exame, o que garantiu a inclusão do debate sobre a violência contra a mulher na redação de 2015. Além do Enem, o Inep também é responsável por outras avaliações da educação básica e do ensino superior no Brasil, como a Provinha Brasil e o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

De saída do Ministério da Justiça, José Eduardo Cardozo admitiu na terça-feira, 1º, que sofreu críticas e pressões de todos os lados, e não apenas do PT, seu partido. "É difícil ser republicano neste país", afirmou ele à reportagem.

Cardozo tomará posse amanhã na Advocacia-Geral da União (AGU), atendendo a pedido da presidente Dilma Rousseff. Ele decidiu entregar o cargo na Justiça, que ocupou durante cinco anos, após forte pressão do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Alvo da Operação Lava Jato, Lula sempre o responsabilizou por não controlar a Polícia Federal.

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"As críticas foram de setores da base aliada do governo e da oposição. Não posso imputar isso a A, B ou C. É da vida", disse. "Recentemente, por exemplo, a oposição me criticou por causa da abertura de um inquérito", comentou ele, numa referência à investigação aberta pela Polícia Federal para apurar se o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso enviou dinheiro no exterior à jornalista Miriam Dutra, com quem teve um relacionamento afetivo, por meio da empresa Brasif. FHC nega as acusações.

Ele assegurou que a autonomia das investigações da Lava Jato "será respeitada" por seu sucessor, Wellington Cesar Lima e Silva, e minimizou as críticas à sua indicação.

Integrantes da Advocacia Pública Federal divulgaram nesta segunda-feira uma nota de repúdio à nomeação de Cardozo, que substituirá Luís Inácio Adams. Para eles, a escolha de um nome fora da carreira é um "retrocesso inaceitável" por ignorar a lista tríplice apresentada à Presidência da República com os mais votados pela AGU.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de inúmeras discussões jurídicas e buscas de embasamento na legislação e em resoluções do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para defender a nomeação do novo ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva, a presidente Dilma Rousseff autorizou a confirmação da sua posse para às 10 horas da quinta-feira (4). No mesmo dia e hora, serão empossados também José Eduardo Cardozo, na Advocacia Geral da União (AGU), e de Luiz Navarro de Brito, na Controladoria Geral da União (CGU), em cerimônia no Palácio do Planalto. O governo não trabalha com a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal poder suspender a posse, por causa de ações de questionamento da oposição.

Poucas horas após a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, na segunda-feira, divulgar nota com os nomes dos novos ministros, começaram os questionamentos sobre a possibilidade de um integrante do Ministério Público poder assumir um cargo no governo federal, já que, a resolução 5 do CNMP proibia esta prática. Mas os problemas se agravaram na manhã desta terça-feira, quando a oposição decidiu agir para suspender a sua nomeação. A posse, que havia sido marcada para quinta-feira às 10 horas, com início até de divulgação de convite, foi suspensa e ninguém mais sabia quando aconteceria. O Planalto e o próprio Ministério da Justiça passaram a correr para encontrar o embasamento jurídico.

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Esta tarde, convencido de que a resolução 5, de 2006, havia sido suspensa, e que uma nova resolução, de número 72, de 2011, permitia que o integrante do MP poderia assumir cargos, desde que as funções fossem compatíveis com o exercício do Ministério Público, a presidente mandou confirmar a posse. Com base nisso, ressaltam fontes do Planalto, procuradores foram nomeados secretários de Estados.

Uma outra medida reforçou a tese do Planalto nesta terça-feira. O Conselho Superior do Ministério Público da Bahia, por seis votos a um, autorizou o procurador Wellington César a assumir cargo de "alta relevância". Com essa nova decisão, específica, o Planalto entende que encerra a polêmica se ele pode ou não assumir o cargo. A oposição, por sua vez, alega que o artigo 128 da Constituição proíbe um membro do Ministério Público exercer qualquer função pública. Ou seja, para assumir o cargo de novo ministro Wellington César teria que abrir mão de sua carreira no Ministério Público da Bahia. No Planalto, chegou-se a dizer que, se isso fosse necessário, ele abriria mão do seu cargo no MP para assumir o Ministério da Justiça.

O fato é que o governo não trabalha com a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal suspender a posse em razão das ações da oposição. "Trata-se de manobra da oposição para impedir a mudança no Ministério da Justiça", declarou um assessor do Planalto. "O governo está seguro com o sucesso da mudança porque Wellington César é uma pessoa que reúne todos os atributos para assumir o cargo e, em sua gestão, pretende explorar áreas que não estão no foco político como índios, penitenciárias, combate à violência, entre outras", avisou este assessor.

A demora em confirmar o horário da posse foi a busca pela jurisprudência e uma nota será divulgada, possivelmente pelo Ministério da Justiça, para tentar encerrar a polêmica. Hoje à tarde, em compromisso fora da agenda, a presidente esteve reunida com Cardozo que, desde cedo, já preparava sua transição na pasta.

Por ter sido nomeado pelo então governador Jaques Wagner para o cargo de procurador do Estado da Bahia, a indicação de Lima e Silva para o Ministério da Justiça foi lida por todos como ampliação dos poderes do ministro da Casa Civil no governo, o que começou a despertar "ciúmes" na rede de intrigas que domina o Poder em Brasília. Desde ontem, Jaques Wagner tenta negar, sem muito sucesso, o apadrinhamento do novo ministro da Justiça. "Eu não vou tutelar o Ministério da Justiça, nem ministério nenhum. Meu trabalho é agregar e ajudar o governo Dilma", disse o ministro da Casa Civil, que alega que a indicação foi do próprio José Eduardo Cardozo que, agora, deixa a Justiça, para assumir a AGU. No Planalto, a justificativa, é que caberá a Cardozo comandar o novo "tripé jurídico" do governo.

Ainda no Planalto, auxiliares da presidente Dilma reconhecem a impossibilidade de o governo influir no rumo das investigações, como pleiteia o PT, ao defender a mudança de ministro na pasta. Mas a expectativa, no Planalto, é que o novo ministro consiga impedir os constantes vazamentos que têm ocorrido não só das operações, como dos documentos apreendidos durante estas operações. Esta mudança está sendo entendida como um gesto da presidente Dilma Rousseff para com o PR e, especialmente, em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está se sentindo fortemente atingido com as investigações da PF, em um momento em que a própria presidente está sob forte tiroteio político.

Como as fraturas internas e externas do governo estão cada vez mais expostas, até entre integrantes do próprio governo, houve especulação de que a mudança na pasta da Justiça, com a escolha do baiano Lima e Silva teria foi "feitas às pressas" e que isso poderá ampliar o desgaste do governo.

O deputado Mendonça Filho (DEM-PE), disse que, ao escolher o novo ministro da Justiça, a presidente Dilma Rousseff comete "ato ilegal". Nesta terça-feira, 1, o parlamentar pernambucano informou que entregará até amanhã pela manhã uma ação pública à Justiça Federal de Brasília contra a presidente, solicitando liminar que impeça a nomeação de Wellington César Lima e Silva como ministro. A justificativa do documento é "impedir a prática de ato contrário ao ordenamento jurídico por autoridade federal".

"Infelizmente, mais uma vez, a título de dar satisfação para o PT e saciar a sede do partido de querer dominar e comandar o Ministério da Justiça, a presidente Dilma pratica um ato ilegal", afirmou Mendonça. De acordo com o artigo 128 da Constituição, integrantes do Ministério Público (MP) não podem exercer "qualquer outra função pública, salvo uma de magistério". Wellington é membro do Ministério Público da Bahia desde 1991 - durante a sua carreira, ele exerceu por duas vezes o cargo de Procurador-Geral de Justiça do Estado.

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Para assumir o cargo de novo ministro, Wellington teria que abrir mão de sua carreira no MP ou se aposentar. "Do contrário, é absolutamente inconstitucional. Acho lamentável que a presidente Dilma tenha anunciado o novo ministro sabendo da ilegalidade do ato e tenha afirmado publicamente que vai levar adiante essa nomeação. Essa ação popular é justamente para preservar o erário federal e zelar pela legalidade, fazendo com que se impeça a prática de um ato que afronta totalmente a Constituição", opinou o membro do partido Democratas.

Na ação, são citados três julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) com situações semelhantes envolvendo secretários de Estado. As liminares citadas, dos ministros Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Maurício Corrêa, foram concedidas no sentido de entender que não há como compatibilizar a ocupação dos cargos. "É livre arbítrio que o chefe do poder Executivo possa nomear quem quiser, desde que cumprindo a lei. Há uma lei maior que precisa ser cumprida, pela presidente, pelos cidadão comuns e pelos parlamentares."

Depois de inúmeras discussões jurídicas e buscas de embasamento na legislação e em resoluções do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para defender a nomeação do novo ministro da Justiça, Wellington César, a presidente Dilma Rousseff autorizou a confirmação da sua posse para às 10 horas da quinta-feira, 3. "Se por ventura a liminar não for concedida até o ato da nomeação, nós podemos aditar esse pedido de liminar, pedindo que a Justiça Federal suspensa o ato por afrontar o princípio da moralidade pública", explicou Mendonça.

Mais cedo, o líder do PPS na Casa, deputado Rubens Bueno (PR), ingressou com representação no Conselho Nacional do Ministério Público para tentar impedir que Wellington obtenha licença do cargo de procurador do Estado da Bahia para assumir o Ministério da Justiça. Na ação, o parlamentar também faz referência ao artigo 128 da Constituição Federal. Ele diz esperar que sejam tomadas medidas, "inclusive em caráter cautelar", para que não seja concedida a licença no Ministério Público da Bahia.

O novo ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva, disse que não vai trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira, 01, ele afirmou que teve "uma conversa muito boa" com Daiello. "O sinal foi tranquilo, de permanência. As coisas continuam como estão (na PF)", afirmou.

Ele falou rapidamente com a reportagem, no intervalo de uma série de reuniões que mantém no Ministério da Justiça desde ontem. Informou que, quando se candidatou ao posto de procurador-geral do Estado da Bahia, ficou em terceiro lugar na lista tríplice e, após conversa de todos os candidatos com o então governador Jaques Wagner, hoje ministro-chefe da Casa Civil, acabou sendo o escolhido. Na recondução, ficou em primeiro lugar com a maior votação da história.

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Apesar de especulações de que ele poderia chamar para o comando da Polícia Federal, Maurício Barbosa, atual secretário de Segurança Pública na Bahia, o novo ministro disse que "não considerou nenhuma hipótese ainda". "A minha ideia inicial é avaliar todos os quadros do ministério e fazer os ajustes." Questionado novamente se Daiello ficará no posto, ele afirmou que "pretende mantê-lo". "Disse a ele que palavra de ordem é trabalhar normalmente", reiterou. César Lima afirmou ainda que o diretor da PF é um servidor da maior qualidade e que teve "a melhor impressão sobre ele".

O novo ministro ressaltou que, "até onde sabe", a indicação de seu nome ao posto foi feita pelo ministro José Eduardo Cardozo e não por Wagner, como foi aventado. E negou que o Ministério da Justiça ficará subordinado à Casa Civil. "Vou cumprir meu papel institucional onde quer que eu esteja. No Ministério Público ou no Ministério da Justiça, vou cumprir meu papel institucional."

Sobre a saída de Cardozo em meio a críticas de vários partidos políticos, César Lima afirmou que a conjuntura e as condições do ex-ministro são particulares da sua história pessoal e estão vinculadas a essa dinâmica. "A minha condição está presa à minha origem constitucional. Sou uma opção de natureza técnica. Não venho da atividade, do ambiente político. E pretendo dar uma modesta colaboração pautado sempre na observância da Constituição. Com respeito às decisões do Supremo Tribunal Federal e da Justiça do meu País."

O Boca Juniors anunciou nesta terça-feira (1º) a demissão do técnico Rodolfo Arruabarrena, que deixa o clube três dias após a derrota por 1 a 0 para o Racing, fora de casa, pelo Campeonato Argentino. E um outro ex-jogador do clube, Guillermo Barros Schelotto, figura como principal candidato a assumir o posto, embora Jorge Sampaoli, ex-técnico da seleção chilena, também tenha sido apontado como opção para o cargo pela imprensa argentina.

A demissão de Arruabarrena acabou sendo decidida em comum acordo com a diretoria do Boca, que confirmou o ex-zagueiro do time Rolando Schiavi como treinador interino do time para novo duelo diante do Racing, nesta quarta, desta vez pela Copa Libertadores, e para o clássico de domingo diante do River Plate, pelo Argentino.

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"Este é um desses dias tristes e difíceis", afirmou o presidente do Boca, Daniel Angelici, ao anunciar a demissão de Arruabarrena, em um breve encontro com a imprensa nas instalações do clube. Tanto o dirigente quanto o técnico falaram de forma rápida e não aceitaram responder perguntas dos jornalistas.

"Respeito a decisão do presidente. Sempre estarei agradecido a este clube", afirmou o técnico, pouco antes de se despedir do elenco de jogadores que dava início ao treino realizado na manhã desta terça e com quem compartilhou os últimos 18 meses de trabalho à frente da equipe.

"Já tínhamos falado que me sentia com força (para seguir no cargo), mas é o presidente que tem de tomar decisões. Quero agradecer aos meus jogadores pela lealdade e o compromisso que tiveram neste um ano e meio, deram a cara por este clube", ressaltou Arruabarrena, que foi campeão argentino e da Copa Argentina no ano passado. Ao total, ele comandou a equipe em 75 jogos, nos quais acumulou 47 vitórias, 13 empates e 15 derrotas.

Mas, apesar dos números gerais positivos, pesava contra o treinador os resultados diante dos outros principais clubes da Argentina: River, Racing, Independiente e San Lorenzo. Ele só conseguiu ganhar três de 15 clássicos e perdeu nove deles, além de ter sido eliminado pelo River na edição passada da Libertadores e da Copa Sul-Americana.

A troca do ministro da Justiça em meio à Operação Lava Jato preocupa os delegados da Polícia Federal. Nesta segunda-feira, 29, José Eduardo Cardozo deixou a pasta e foi para a Advocacia Geral da União (AGU) - substituindo Luis Inácio Adams. Para o lugar de Cardozo chega Wellington César, ex-procurador-geral de Justiça da Bahia.

A principal entidade da categoria divulgou nota nesta segunda-feira, na qual alega ter recebido com "extrema preocupação" os rumores de que Cardozo pediu para deixar o Ministério da Justiça devido às pressões que vinha sofrendo do PT pelo avanço das investigações da PF envolvendo imóveis utilizados pelo ex-presidente Lula. Segundo Edson Garutti, os delegados querem que o ministro da Justiça "seja quem for" assuma o compromisso de fortalecer a autonomia da Polícia Federal.

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"Não chegue na pasta sendo uma marionete, colocada ali para controlar as investigações da Polícia Federal. O ministro, quem quer que seja, tem de chegar, sabendo seu papel, que é fortalecer as instituições", sugere Garutti.

Wellington César foi indicado ao cargo pelo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner - citado na Operação Lava Jato. Na quarta-feira, 24, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para arquivar menção a Jaques Wagner, feita em delação premiada colhida no âmbito da Operação Lava Jato.

Apesar de serem informações prestadas no curso das investigações sobre corrupção na Petrobras, os apontamentos da delação são referentes à esfera eleitoral e por isso não foram analisadas pelo relator da Lava Jato no Tribunal, ministro Teori Zavascki.

"Há um murmurinho ainda de que ele (Wellington César) seria indicação de Jaques Wagner. Eu não sei se foi ou não foi. Jaques Wagner é um dos investigados da Lava Jato. Não teria legitimidade nenhuma. Como um investigado da principal investigação vai indicar o ministro da Justiça? Não sei se isso é verdade ou não. Estou falando o que eu ouvi na imprensa. Se for verdade, estamos muito mal", afirma o diretor regional da Associação dos Delegados da PF em São Paulo, delegado Edson Garutti.

O delegado pediu o apoio da população. "Já percebemos que fortalecimento de uma instituição policial não é algo muito prazeroso para os políticos. Os políticos só fortalecem a polícia quando isso é uma exigência da população. A gente chama a população para que fique atenta, preste atenção nos movimentos que estão acontecendo, que cobre dos seus governantes a questão da justiça, que a polícia tenha condições de fazer seu trabalho", finalizou Garutti.

Tratou-se de "gigantesco esquema de falcatruas", "gigantesco esquema de corrupção" e "grave falta ética" do advogado Roberto Teixeira. Palavras do agora ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ao tempo em que integrou, no PT, uma comissão de ética interna para investigar o chamado "caso CPEM". O escândalo nasceu com as denúncias do economista e então dirigente petista Paulo de Tarso Venceslau, em maio de 1997.

Além de condenar os contratos da CPEM com prefeituras petistas, a comissão pediu que a executiva nacional do PT aceitasse a denúncia contra o ontem como hoje advogado de Lula. A executiva aceitou, mas, logo depois, em outra insólita votação, voltou atrás e livrou o advogado de uma segunda investigação. Venceslau, o denunciante, foi expulso do partido.

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"No PT, lamentavelmente, as denúncias de violações éticas são apuradas ou não de acordo com critérios valorativos e subjetivos dos nossos dirigentes em relação à sua farejada plausibilidade inicial", escreveu Cardozo na época.

"Não existe institucionalizado na nossa cultura política o dever objetivo de investigar com autonomia e independência qualquer denúncia." Com o grifo em itálico no original, o texto com essa análise foi publicado na revista Teoria & Debate, em setembro de 1997.

Lá se vão quase 19 anos. Cardozo tinha, então, 38. Era vereador pelo PT de São Paulo, professor de Direito da PUC e ex-secretário de governo petista da prefeita Luiza Erundina. Foi dos três escolhidos, pela executiva nacional, para integrar Comissão Especial de Investigação para apurar as denúncias do economista. Seus outros integrantes foram o economista Paul Singer e o jurista Hélio Bicudo.

A comissão trabalhou durante dois meses, ouviu 35 pessoas - inclusive Lula e Roberto Teixeira - e apresentou um relatório final. No artigo citado, onde faz um circunstanciado balanço do trabalho dessa comissão, Cardozo escreveu: "Se em outros partidos comportamentos desta natureza (o de Roberto Teixeira) podem ser aceitos sem maiores questionamentos ou reprimendas, no PT isso não nos parece possível. Submetemos então à Executiva Nacional a proposta de que fosse aberto processo ético-disciplinar contra o militante Roberto Teixeira, por suspeita de grave violação ética. A proposta foi aceita pela Executiva Nacional". Depois, numa reviravolta singular, a executiva nacional mudou de posição.

Lula nunca perdoou Cardozo e os outros integrantes da comissão por essa posição contra o advogado. Jamais o guindaria a ministro, nem que tivesse dez mandatos. E não gostou, como continua não gostando, que a presidente Dilma o tenha feito, além do mais integrando Cardozo no chamado "núcleo duro" do poder. A comissão de ética que o hoje ministro integrou nunca mudou de posição a respeito do caso CPEM.

'Ataque'

Recentemente, em uma das notas em que protestou contra a Operação Lava Jato, o advogado de Lula pediu "urgente posicionamento" do ministro da Justiça contra o que entende ser "um ataque aos advogados e às suas prerrogativas" por parte da Polícia Federal. "O ministro da Justiça não pode se calar diante de tais fatos", escreveu Teixeira. Procurado pela reportagem, o ministro não se pronunciou a respeito do caso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A cerimônia de posse do novo ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva, está prevista para ocorrer na próxima quinta-feira (3), de acordo com fontes do Palácio do Planalto. Ex-procurador Geral da Justiça do Estado da Bahia, Wellington César é uma indicação do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e assume no lugar de José Eduardo Cardozo, que será transferido para a chefia da Advocacia Geral da União (AGU), em substituição ao ministro Luís Inácio Adams que solicitou o seu desligamento por motivos pessoais.

Wellington César já havia conversado na semana passada com Wagner e com própria presidente Dilma Rousseff. Hoje, o futuro ministro esteve no Planalto com a presidente antes de seu nome ser anunciado oficialmente. Anteriormente, seu nome constava na lista para substituir Adams, que já havia solicitado seu afastamento, mas, com a decisão de Cardozo de deixar o governo, após pressão do PT, o procurador baiano foi escolhido para a Justiça.

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A nomeação amplia a influência de Wagner no governo, que assumiu o posto da Casa Civil em outubro em substituição da Aloizio Mercadante, e evidencia a influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente é muito próximo a Wagner, embora o ministro da Casa Civil seja também um nome de confiança da presidente.

Para fechar o novo desenho dos titulares da área jurídica, a presidente ficou reunida com Wagner, Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e o próprio Cardozo. Além da troca no ministério e na AGU, o Planalto anunciou nesta segunda a troca no comando da Controladoria Geral da União (CGU). Sai Carlos Higino, que estava interinamente no cargo de ministro-chefe do órgão para assumir Luiz Navarro de Brito.

A presidente Dilma Rousseff confirmou nesta segunda-feira, 29, em nota, a saída do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e sua nomeação para chefia da Advocacia Geral da União (AGU), em substituição ao ministro Luiz Inácio Adams que solicitou o seu desligamento por motivos pessoais.

Dilma agradeceu a Adams pelo trabalho à frente da AGU e desejou sucesso em sua carreira. "A presidente da República agradece os valiosos serviços prestados ao longo de todos estes anos, com inestimável competência e brilho, pelo Dr. Luís Inácio Adams, e deseja pleno êxito à sua atividade profissional futura", diz o texto.

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A saída de Cardozo teria sido motivada pela crescente pressão do PT, após rumores de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria alvo de quebras de sigilos bancário, telefônico e fiscal no âmbito da Operação Lava Jato. O então ministro estaria se sentindo injustiçado, até que decidiu entregar o cargo à presidente. Cardozo já havia manifestado a intenção de sair do governo algumas vezes, mas até então recuava após apelos de Dilma.

A nota informa ainda que assumirá o cargo no lugar de Cardozo o ex-Procurador Geral da Justiça do Estado da Bahia, Dr. Wellington César Lima e Silva. A indicação de Wellington César foi articulada pelo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner.

Em sua comunicação, o Planalto aproveitou para informar a troca no comando da Controladoria Geral da União (CGU). Sai Carlos Higino, que estava interinamente no cargo de ministro-chefe do órgão para assumir Luiz Navarro de Brito. Dilma também agradeceu Higino por "sua dedicação" a frente da CGU.

A presidente Dilma Rousseff está tentando manter o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em outro cargo no governo. Uma das possibilidades é a transferência do ministro para a Advocacia Geral da União (AGU), uma vez que o atual titular da pasta, Luís Inácio Adams, está de saída da equipe.

Cardozo é hoje o ministro mais próximo de Dilma e ela quer preservá-lo no núcleo de decisões do governo. O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, indicou o procurador Wellington Cesar para o lugar de Cardozo na Justiça.

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A decisão de Cardozo de entregar o cargo foi tomada neste domingo. A amigos, ele confidenciou não suportar mais a pressão do PT, seu partido, agravada depois que a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, passou a investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A presidente Dilma Rousseff coordena na manhã desta segunda-feira, 29, de reunião de coordenação política no Palácio do Planalto, que conta com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Ontem, cresceu a expectativa de que ele deixe o governo.

Pressionado pelo PT após rumores de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria alvo de quebras de sigilos bancário, telefônico e fiscal no âmbito da Operação Lava Jato, Cardozo se sente injustiçado e resolveu entregar o cargo à presidente Dilma.

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Também participam do encontro, que começou às 9h40, os ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo); Edinho Silva (Secretaria de Comunicação); Jaques Wagner (Casa Civil); George Hilton (Esportes); Gilberto Occhi (Cidades); Eduardo Braga (Minas e Energia); André Figueiredo (Comunicações); Antônio Carlos Rodrigues (Transportes); Marcelo Castro (Saúde) e os líderes do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE), e no Senado, Humberto Costa (PT-PE).

Os delegados da Polícia Federal manifestaram "extrema preocupação" com a saída do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, do cargo, sobretudo, por temer que a mudança possa influenciar "a pouca, mas importante, autonomia" da PF.

Em nota, a categoria destaca que "os delegados da Polícia Federal receberam com extrema preocupação a notícia da iminente saída do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em razões de pressões políticas para que controle os trabalhos da Polícia Federal" e "reiteram que defenderão a independência funcional para a livre condução da investigação criminal e adotarão todas as medidas para preservar a pouca, mas importante, autonomia que a instituição Polícia Federal conquistou".

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Os delegados também ressaltam que, nesse cenário de grandes incertezas, "se torna urgente a inserção da autonomia funcional e financeira da PF no texto constitucional". A nota é assinada pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, que ainda pede no documento "apoio do povo brasileiro para defender a Polícia Federal".

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo divulgou nesta segunda-feira, 29, a decisão de Cardozo de deixar o governo foi tomada neste domingo, 28. A amigos, ele confidenciou não suportar mais a pressão do PT, seu partido, agravada depois que a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, passou a investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Diante da decisão do ministro, a presidente Dilma Rousseff está tentando mantê-lo em outro cargo no governo. Uma das possibilidades é a transferência do ministro para a Advocacia-Geral da União (AGU), uma vez que o atual titular da pasta, Luís Inácio Adams, está de saída da equipe.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, decidiu deixar o governo. Pressionado pelo PT após rumores de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria alvo de quebras de sigilos bancário, telefônico e fiscal no âmbito da Operação Lava Jato, Cardozo se sente injustiçado e resolveu entregar o cargo à presidente Dilma Rousseff.

No sábado, 27, Lula se queixou de estar sendo perseguido pela Polícia Federal e pelo Ministério Público ao participar da festa de 36 anos do PT.

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"Eu já fui prestar vários depoimentos. Recebi uma intimação de que, a partir de segunda-feira (hoje), vão quebrar meu sigilo bancário, telefônico, fiscal. O meu, da Marisa, do meu neto, se precisar até da minha netinha de um mês", disse o ex-presidente, sob aplausos. "Se esse for o preço que a gente tem que pagar para provar nossa inocência, que façam. A única coisa que quero é que, depois, me deem um atestado de idoneidade porque duvido que tenha alguém mais honesto que eu neste País."

A amigos com quem conversou ontem, Cardozo não escondeu o seu aborrecimento com os ataques e afirmou que o PT não entende o seu papel quando critica a falta de controle sobre a Polícia Federal. O ministro argumenta que a corporação tem autonomia para fazer investigações e ele só pode atuar em caso de violação de direitos.

No último dia 22, uma comissão de dez deputados federais do PT esteve no gabinete de Cardozo para fazer nova reclamação. Os parlamentares cobraram dele providências sobre as investigações relativas a Lula e pediram que a Polícia Federal centrasse fogo na apuração de denúncias contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Os petistas também disseram ao ministro ter certeza de que o objetivo da força-tarefa da Lava Jato era prender Lula e o criticaram até mesmo por tirar fotos com o "japonês da Federal", numa referência ao agente da PF Newton Ishii, que chegou a ser expulso da corporação em 2003 e foi reintegrado depois. Ishii se tornou conhecido por escoltar presos da Lava Jato.

A prisão do marqueteiro João Santana, que fez campanhas de Dilma e Lula, também reforçou a pressão feita por setores do PT, com apoio do ex-presidente, para que Cardozo seja substituído.

No ano passado, Cardozo chegou a comunicar a Dilma a intenção de deixar o cargo, mas atendeu a um apelo da presidente e permaneceu no ministério. Já na época ele era alvo de críticas do PT por causa da Operação Lava Jato. Cardozo é um dos mais próximos colaboradores da presidente desde a campanha de 2010. Ocupa o Ministério da Justiça desde o primeiro mandato de Dilma.

A relação com Lula, porém, não é das melhores. Em reunião com deputados do PT e advogados no sábado, antes da festa de aniversário do PT, o ex-presidente voltou a se queixar do ministro. Mesmo sob ataque, Lula ainda é o nome que o PT conta para a eleição de 2018. O ex-presidente admitiu, no sábado, que, se necessário, será candidato para defender o seu legado e o PT.

Sigilos

O deputado Wadih Damous (PT-RJ), que se reuniu com Lula no sábado, confirmou que um dos temas da conversa foi a informação de que a Justiça determinaria a quebra dos sigilos bancários, fiscal e telefônico dele e de sua família. Questionado sobre a reação do ex-presidente à uma possível decisão judicial, Damous afirmou que "não há nenhum temor" em relação a isso.

Ele afirmou que o partido não tem "conhecimento do teor" dessa eventual medida. "Vocês (imprensa) sabem mais do que muitos advogados de defesa (de réus da Operação Lava Jato)", disse. O deputado, que é ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio, sustentou que, se confirmada, a quebra de sigilo, "é um ato arbitrário, pois não é decorrente de indícios".

Na noite de sábado, ao chegar para a festa, na zona portuária do Rio, Damous afirmou que Lula "está indignado com essa campanha sórdida, essa publicidade opressiva". De acordo com ele, Lula chegou a brincar com a situação "absurda". "Poxa, eu sou dono sem ser", afirmou o ex-presidente, ao reiterar que não é proprietário do apartamento tríplex no Guarujá e nem do sítio em Atibaia (SP), alvos de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na última sexta-feira, dia 12, Monica Iozzi se despediu do Vídeo Show cantando a música Encontros e Despedidas ao lado do parceiro, Otaviano Costa. A letra demonstrava um pouco do que Monica sentiria ao deixar o programa, menos a parte departir sem ter planos, já que ela quer se dedicar totalmente a carreira de atriz:

- Não dá para fazer duas coisas ao mesmo tempo. Sou atriz e, desde o CQC, queria voltar a atuar, essa coisa do entreter estava me puxando. Sou muito feliz aqui, mas quero voltar a trabalhar como atriz. Fazer isso e ter um programa diário não dá, revelou durante sua última participação no programa.

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E Otaviano Costa, que irá apresentar o Vídeo Show ainda sem uma substituta definitiva, é só elogios para a parceira.

- Nós tivemos uma sintonia incrível. Hoje, posso dizer, o programa é todo montado nessa combinação da nossa dupla. A gente se despiu de qualquer vaidade para que cada um pudesse ter o seu espaço ali. Esse jogo de cena foi fundamental. Monica vai deixar saudade. Ela parte, mas o DNA dela vai ficar presente no programa., comentou em entrevista ao jornal Extra.

E o que o marido de Flávia Alessandra espera da próxima pessoa que pode comandar o programa ao lado dele? A resposta, para ele, é bem simples: autenticidade.

- Cada um é o que é. Temos a nossa personalidade. Quem for sentar na bancada não pode querer imitar o jeito da Monica. O público, com certeza, vai sentir essa verdade e acolher — aposta Otaviano, que ainda diz como ficará o programa sem a carismática colega: — Temos esse desafio de manter o programa. E vamos continuar trazendo alegria e informação para o público, como sempre fizemos. É o nosso objetivo, concluiu.

O ex-jogador Ruud van Nistelrooy não permanecerá na comissão técnica da seleção holandesa, hoje dirigida por Danny Blind. O assistente técnico não vai renovar o seu contrato, que se encerrará no fim de junho, para passar a trabalhar nas divisões de base do PSV Eindhoven, clube que defendeu na sua carreira profissional, entre 1998 e 2001.

A confirmação da saída de Van Nistelrooy, de 39 anos, foi realizada nesta quarta-feira (3) pela Real Associação Holandesa de Futebol. O ex-atacante de clubes como PSV, Manchester United e Real Madrid foi contratado para trabalhar na seleção da Holanda após a Copa do Mundo de 2014.

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Depois de alcançar as semifinais do torneio no Brasil, a equipe teve desempenho pífio nas Eliminatórias para a Eurocopa e não se classificou para o torneio deste ano na França. O substituto de Van Nistelrooy ainda não foi definido pela associação.

"Eu acho que ele tem o talento para se tornar um bom treinador e lhe desejamos todo o sucesso com o PSV", disse Blind sobre Van Nistelrooy, que marcou 35 gols em 70 partidas disputadas pela seleção da Holanda.

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