Tópicos | Sakê

Com uma população envelhecida, a taxa de natalidade em queda e as mudanças no estilo de vida provocadas pela pandemia da Covid-19, as pessoas estão consumindo cada vez menos álcool no Japão e isso atingiu em cheio a receita tributária do país. Na tentativa de reverter esse quadro, o governo asiático lançou a campanha "Sake Viva!". 

A Agência Nacional de Impostos do Japão é responsável pelo supervisionamento da campanha. Grupos de até três pessoas com idades entre 20 e 39 anos estão sendo buscados para apresentarem propostas que incentivem os jovens a beber. A inscrição é gratuita e serão aceitas até o dia 9 de setembro. 

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Os jovens de qualquer país podem apresentar ideias, no entanto, documentos de inscrição e documentos de referência só podem ser enviados em japonês. Além disso, se você participar da rodada final, deverá fazer uma apresentação em japonês e responder a perguntas e respostas também na língua local.

As melhores serão apresentadas em Tóquio no mês de novembro deste ano, com os finalistas recebendo uma viagem gratuita à capital japonesa.

Segundo o site Fortune, embora o governo esteja querendo estimular o consumo de bebidas alcoólicas, o abuso do álcool ainda é visto no país como um problema pelos profissionais de saúde. Em 2021, o Ministério da Saúde do Japão alertou sobre as doenças que estão relacionadas com o abuso no consumo do álcool. 

Para todo canto que se olhasse, um visual diferente. Mas, apesar de ser no Recife Antigo, não era carnaval - as fantasias e os cabelos coloridos diziam respeito ao estilo cosplay (junção das palavras costume, traje/fantasia + play, brincadeira/interpretação), que é quando as pessoas se vestem de personagens em quadrinhos, games e desenhos animados japoneses – os “mangás” na leitura e os “animes” nos desenhos audiovisuais. 

Foi neste estilo que diversos jovens, entre 12 e 29 anos, passearam durante a 15ª Feira Japonesa, que trouxe diversas atividades ligadas à cultura nipônica, neste domingo (27). “Nos animes muitas vezes o olho combina com um detalhe da roupa ou com a cor do cabelo”, disse a estudante Gabrielle Castro, de 17 anos, justificando suas lentes de contato na cor vermelha. Vestida de colegial japonesa, ela dividia as atenções do público com a amiga Vitoria Villas-Boas, de 15 anos, que estava de "neko" (gatinho, em japonês). "Sempre me identifiquei com as aventuras dos animes e me sinto muito como as personagens das histórias", conta Vitoria, que frequenta eventos do estilo como Super-Con, AnimaRecife, Omakê e Kanzan.

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Na ponta da língua, os nomes dos animes, mangás e games preferidos – Bleach, Death Note, Fullmetal Alchemist, Naruto... “Escolhi este personagem porque sempre gostei de jogar com ele, e com o cosplay eu posso interpretar o personagem”, diz Julio Cavalcanti, de 29 ano que, entre uma foto e outra, conseguiu falar com a equipe do LeiaJá. "É bom ter seu minuto de fama", diz Julio, vestido de Iori Yagami, do video game King of Fathers, e antes de ser abordado pelo próximo curioso, como uma verdadeira atração turística.

Para Leila Faria Neves, filha de Zélia Farias Neves, organizadora do evento, o sucesso ao longo dessas quinze edições está na parceria com a prefeitura do Recife, com o Consulado do Japão e com a Associação dos Ex-bolsistas e Estagiários no Japão (Ambej). “O projeto foi idealizado por minha mãe depois de um curso de eventos e de duas visitas feitas ao Japão. Quando ela voltou, idealizou esse projeto e graças ao apoio desses membros o evento tem sido um sucesso”, conta Leila.

 

CULTURA – Além dos sakês à venda, típica bebida nacional do Japão, à base de arroz (o Hiroshige, que é o sakê em uma garrafinha de porcelana e a long neck estavam sendo vendidos por R$30 e R$10, respectivamente), os bonsais, que são répiclas em miniaturade uma árvore da natureza, também fizeram sucesso entre o público - os preços variavam entre R$25 e R$1.000, das mais diferentes espécies, como pitanga, bougainville caliandra e pau-mulato. “Adotar uma planta é como adotar um filho. Costumo dizer que a planta é o único ser que produz energia em sua forma mais pura, e é muito bom trabalhar com isso”, afirma Luis Galvão, proprietário de uma das maiores reservas de bonsai e que trabalha com a arte há 13 anos.

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