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Depois de um procurador dizer que não dá para viver com R$ 24 mil, o deputado estadual do Paraná, Luiz Carlos Martins (PP), reclamou da remuneração de R$ 25,3 mil que recebe da Assembleia Legislativa. 

Ao participar de uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, ele disse que os salários tinham sofrido um achatamento e pontuou que o dele não paga "nem metade de um carro popular". 

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“Nós não podemos esquecer a questão de salários, inclusive nós aqui da Assembleia também tivemos um achatamento salarial. O salário de deputado, você ia em uma concessionária e comprava um carro zero da melhor qualidade. Hoje, você não compra metade, não paga metade de um carro popular", chegou a dizer o parlamentar.

Martins também aproveitou sua fala para lembrar que o último reajuste salarial dos parlamentares ocorreu em 2015 e isso deveria ser discutido com a população paranaense. "Só que nós temos que contar isso para a população, houve achatamento. Agora, quando se pensar no que nós ganhamos e o que ganha um trabalhador da construção civil aí é uma distorção", observou o deputado.

Após a repercussão, por meio de nota ao site UOL, ele tentou justificar o argumento e pontuou não ter criticado o valor recebido. 

"Diante da realidade da grande maioria da população, deputado ganha muito bem. A discussão na Assembleia retratava exatamente isso", salienta o texto assinado pela assessoria de imprensa. E acrescenta que a intenção de Luiz Carlos Martins “foi a de mostrar que no seu ponto de vista o poder de compra não evoluiu de acordo com os preços. E que, se um deputado ganhando R$ 25 mil sente isso, imagina como sente o trabalhador que ganha salário mínimo ou perto disso".

No início do mês, o procurador Justiça de Minas Gerais, Leonardo Azeredo dos Santos, chamou a atenção por classificar como "miserê" seu salário de R$ 24 mil.

"[Os procuradores têm] um salário relativamente baixo, sobretudo para quem tem filhos. Como o cara vai viver com 24 mil reais?", perguntou, na ocasião. "Quero saber se nós, no ano que vem, vamos continuar nessa situação (...) se vamos ficar nesse miserê?", acrescentou.

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