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A Coreia do Norte pretende lançar um satélite de espionagem nos próximos dias, quase três meses após uma primeira tentativa fracassada, o que provocou críticas do Japão e da Coreia do Sul e pedidos de cancelamento.

O lançamento está previsto para acontecer entre 24 e 31 de agosto, informaram as autoridades do país comunista à Guarda Costeira do Japão, que mobilizou sua frota e o sistema de defesa aérea como precaução caso o aparelho caia em seu território.

A Coreia do Sul afirmou que o lançamento seria um "ato ilegal" por violar as sanções da ONU que proíbem Pyongyang de desenvolver mísseis balísticos, armas que compartilham tecnologia com veículos de lançamento espaciais.

"O chamado 'lançamento de satélite' da Coreia do Norte é uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU", afirmou o ministério sul-coreano da Unificação em um comunicado.

"Não importa quais desculpas a Coreia do Norte tente inventar, não pode justificar o ato ilegal", acrescentou.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, fez um apelo para que Pyongyang suspenda os planos e afirmou que está trabalhando com Seul e Washington para obter mais informações.

Também pediu a seus ministros que "adotem todas as medidas possíveis como preparação a eventualidades imprevistas".

A Guarda Costeira do Japão informou que as autoridades norte-coreanas detalharam três possíveis áreas de perigo: o Mar Amarelo, o Mar da China Oriental e a costa leste da ilha filipina de Luzon.

Em maio, a Coreia do Norte tentou colocar em órbita o que descreveu como seu primeiro satélite de reconhecimento militar, mas o foguete que o transportava caiu no mar poucos minutos depois da decolagem.

Pyongyang afirmou que desenvolveu o satélite de espionagem como um contrapeso necessário à crescente presença militar dos Estados Unidos na região.

- "Provocação nuclear" -

O lançamento deve coincidir com os grandes exercícios militares conjuntos de Washington e Seul, que começaram na segunda-feira e devem prosseguir até 31 de agosto.

A agência oficial norte-coreana de notícias KCNA afirmou em um comunicado que estas manobras constituem uma "provocação nuclear", o que pode desencadear "uma guerra termonuclear".

"Pyongyang parece que está sincronizando seu próximo lançamento de satélite com os exercícios conjuntos 'Escudo de Liberdade de Ulchi', tendo melhorado e complementado os aspectos técnicos do lançamento nos últimos três meses", declarou Choi Gi-il, professor de Segurança Nacional na Universidade Sangji, à AFP.

"Dada a natureza do regime norte-coreano, três meses parecem suficientes para detectar as falhas no lançamento fracassado de maio e corrigi-las, mas temos que observar se conseguirão desta vez", acrescentou.

O dirigente norte-coreano Kim Jong Un estabeleceu o desenvolvimento de satélites militares como uma prioridade do país.

Os serviços de inteligência da Coreia do Sul informaram na semana passada ao Congresso que o Norte poderia tentar lançar o satélite entre o fim de agosto e início de setembro.

A queda do primeiro satélite em maio provocou uma longa operação de Seul para recuperar os destroços do dispositivo e iniciar uma análise.

O ministério da Defesa sul-coreano afirmou, após um estudo de especialistas americanos e de Seul, que o satélite não tinha utilidade militar.

A Coreia do Norte anunciou nesta segunda-feira (19) um "importante teste de fase final" para o desenvolvimento de um satélite de espionagem que deve ser concluído em abril do próximo ano.

Analistas afirmaram que o desenvolvimento deste tipo de satélite permitirá ao governo da Coreia do Norte ocultar testes dos proibidos mísseis balísticos intercontinentais (ICBM), uma vez que compartilham grande parte da mesma tecnologia.

O anúncio do teste aconteceu um dia depois da informação, divulgada pelas Forças Armadas da Coreia do Sul, sobre os lançamentos de dois mísseis balísticos de alcance intermediário pelo Norte.

Os lançamentos foram "um importante teste de fase final para o desenvolvimento de (um) satélite de reconhecimento", disse um porta-voz da Agência Nacional de Desenvolvimento Aeroespacial (NADA), citada pela agência estatal de notícias KCNA.

Os testes de domingo confirmaram "índices técnicos importantes", incluindo a operação de uma câmera no espaço e a capacidade de processamento e transmissão de dados dos aparelhos de comunicação.

A imprensa estatal também destacou que o veículo que transportava o satélite de teste - que incluía câmeras, transmissores e receptores de imagem, dispositivos de controle e baterias - atingiu uma altura de 500 quilômetros ao ser lançado em um ângulo elevado.

"A agência afirmou que é um êxito importante, que passou pela fase final de lançamento de (um) satélite de reconhecimento", disse o porta-voz, antes de acrescentar que os preparativos serão concluídos em abril.

O Rodong Sinmun, jornal oficial do governante Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, publicou duas fotos em preto e branco que parecem mostrar o território da Coreia do Sul observado do espaço.

O desenvolvimento de um satélite de reconhecimento militar foi um dos principais projetos apresentados no ano passado pelo líder norte-coreano Kim Jong Un.

Pyongyang realizou dois lançamentos no início deste ano, que apresentou como testes de componentes para um satélite de reconhecimento, que segundo Estados Unidos e Coreia do Sul poderiam ser elementos de um novo ICBM.

O Norte testou na quinta-feira um "motor combustível sólido de alta propulsão", que segundo analistas permitirá lançamentos mais rápidos de mísseis balísticos.

Todos os ICBMs conhecidos de Pyongyang até agora utilizam combustível líquido. Kim Jong Un declarou no ano passado que desejava ter um ICBM de combustível sólido para ser lançado de terra ou a partir de um submarino.

Kim expressou a intenção de que a Coreia do Norte tenha a força o arsenal nuclear mais poderosos do mundo.

Washington e Seul alertam que Pyongyang está preparando o sétimo teste nuclear de sua história.

Nesta sexta-feira (26) foi anunciado que a mensalidade da internet via satélite da Starlink ficará mais barata a partir da próxima semana, de acordo com comunicado oficial divulgado pela empresa. A nova estratégia se dá para adaptar o preço às "condições locais de mercado” e fornecer mais paridade no poder de compra pros consumidores.

No Brasil, a Starlink divulgou os preços oficiais do serviço no início de fevereiro deste ano. Os valores estavam muito acima da média cobrada por operadoras nacionais. A mensalidade foi anunciada em solo nacional por R$530,00. Com o novo reajuste, o valor cai para R$230,00, redução de 56%. O valor dos equipamentos para instalação também diminuiu, passando de R$2.670,00 para R$ 2 mil

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Com os novos valores, a Starlink deve fomentar a competitividade no mercado com outras operadoras que fornecem o serviço de internet em áreas remotas. No pacote inicial do Starlink, a internet deve entregar 50Mb/s até 250Mb/s de velocidade de banda.

As velocidades são parecidas com os pacotes populares de banda larga em grandes cidades, porém, é muito acima do que é oferecido por empresas locais via satélite. Outras empresas como a Hughesnet e a Viasat cobram R$149,00 e R$199,00 respectivamente. 

A Amazon anunciou nesta terça-feira (5) acordos especiais com três empresas para colocar milhares de satélites em órbita baixa da Terra para o seu Projecto Kuiper. O objetivo é fornecer internet banda larga para milhões de pessoas em regiões remotas, assim como a concorrente SpaceX, do bilionário Elon Musk.

 A Amazon tem autorização da Comissão Federal de Comunicações (FCC), equivalente americana da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para operar uma rede com 3.236 satélites. Já a SpaceX colocou 2 mil satélites em órbita, no momento, 12 mil previstos para a sua rede de internet Starlink. O serviço é oferecido em outros países. 

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“Os contratos preveem até 83 lançamentos em um período de cinco anos, permitindo que a Amazon implante a maioria de sua constelação de 3.236 satélites”, comunicou uma das empresas. A companhia disse que o acordo é a “maior encomenda de foguetes da história”. 

O custo total dos lançamentos para o Projecto Kuiper não foram divulgados. O vice-presidente da Amazon, Dave Limp, afirmou em entrevista à emissora americana “CNBC” que a empresa pretende lançar 1.600 satélites até 2026. “Ainda temos muito trabalho, mas a equipe continua alcançando marco após marco em todos os aspectos do nosso sistema de satélites”, informou o vice-presidente no comunicado. 

A United Launch Alliance (ULA) terá a maior parte dos contratos firmados pela Amazon, com 38 lançamentos. A empresa espacial é formada pelas marcas americanas Boeing e Lockheed Martin. Em seguida, está a Blue Origin, que assim como a Amazon, foi fundada pelo bilionário Jeff Bezos. 

A empresa fará 12 lançamentos com a opção de 15 adicionais, com seu futuro foguete New Glen e também terá benefícios do contrato com a ULA, porque ela fabrica os motores do foguete Vulcain Centaur, sua concorrente. A única participante não americana, a francesa Arianespace, ficou responsável por 18 lançamentos. 

Por Camily Maciel

 

 

 

 

Imagens registradas por satélite na segunda-feira na Ucrânia mostram um grande comboio militar russo que supera mais de 60 quilômetros ao noroeste da capital, Kiev, principal alvo militar da Rússia em sua ofensiva em território ucraniano.

O comboio "se estende dos arredores do aeroporto Antonov (a 25 km do centro de Kiev) ao sul, até as imediações de Prybirsk, ao norte", afirmou na segunda-feira à noite a empresa americana de imagens por satélite Maxar.

Desde o início da invasão russa à Ucrânia, este aeroporto é cenário de combates violentos. O exército de Vladimir Putin tenta conquistar esta infraestrutura estratégica para tomar a capital.

No comboio, de 64 quilômetros, "alguns veículos estão muito distantes dos outros, e em algumas áreas as equipes militares estão posicionadas em dois ou três", acrescenta a Maxar.

As imagens mostram dezenas de veículos alinhados um atrás do outro em estradas rurais da Ucrânia, às vezes com nuvens de fumaça nas proximidades, ou prédios em chamas, segundo a empresa.

As imagens também mostram um novo destacamento de tropas, com helicópteros de ataque e veículos terrestres, em Belarus, a menos de 30 quilômetros da fronteira com a Ucrânia.

Desde o início da ofensiva russa na quinta-feira, as forças ucranianas mantêm o controle do acesso ao centro de Kiev, contendo o avanço das tropas russas.

Duas fontes consultadas pela AFP, uma diplomática e outra da área de defesa, afirmaram que Moscou se prepara para iniciar de forma iminente uma nova ofensiva militar.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou, hoje (28), o uso da rede de satélites interconectados Starlink, da empresa aeroespacial norte-americana SpaceX, em operações de telecomunicação no Brasil. Com a decisão, áreas remotas e sem infraestrutura de cabos poderão ter conexão de alta velocidade à internet usando antenas.

A licença é válida até março de 2027 para o sistema de satélites da Starlink e até 2035 para os satélites da Swarm Technologies - outra empresa que oferece serviços de conectividade via satélite, mas focada em internet das coisas (IoT, na sigla em inglês).

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A autorização da Anatel cita que a constelação da Starlink será de 4.408 satélites. Para os usuários brasileiros, será exigido um serviço constante de monitoramento do sinal. 

A Starlink, que passa a se chamar Starlink Brazil Holding Limitada na representação brasileira, ainda não revelou planos, prazos e áreas de cobertura no país. Nos Estados Unidos, a assinatura mensal da internet via satélite custa US$ 99 - cerca de R$ 536,50 -, enquanto a antena necessária para receber o sinal custa US$ 499 - pouco mais de R$ 2,7 mil.

Com a expectativa para ser lançado em setembro, o iPhone 13 deverá realizar chamadas sem sinal. A tecnologia LEO pode integrar os novos aparelhos para permitir que ligações sejam mantidas mesmo sem cobertura 4G ou 5G.

A novidade ainda é um rumor, mas o analista especializado na Apple, Ming-Chi Kuo, informou que a geração 13 deve vir com uma versão customizada do chip de conexão Qualcomm X60, que permite a tecnologia LEO (low Earth orbit).

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Trata-se de um meio de comunicação via satélite na órbita baixa da Terra, como funciona o serviço de internet Starlink de Elon Musk, através do SpaceX. Para manter a conexão, as operadoras teriam que utilizar o serviço da companhia norte-americana Globalstar.

Também não foi definido se a comunicação via satélite será apenas nos serviços iMessage e FaceTime, nem o valor da tarifa pelos recursos do satélite, como o GPS, indicou o Tecmundo.

Ainda de acordo com o especialista, a comunicação via LEO também deve ser apresentada nos próximos Apple Car, headset Apple AR e outros acessórios da empresa.

Um foguete Ariane 5, com lançamento previsto para esta sexta-feira (30) à noite, colocará em órbita o primeiro satélite comercial "flexível" de telecomunicações para a Eutelsat, chamado Quantum.

O lançamento do veículo pesado está programado para acontecer entre 21h e 22h30 GMT (17h e 18h30 no horário de Brasília), do centro espacial de Kourou, na Guiana Francesa.

O foguete transporta dois satélites de duas operadoras de telecomunicações: um, da Embratel, a mais importante do Brasil e da América Latina; e outro, da Eutelsat, uma das líderes mundiais do setor.

Enquanto o primeiro, Star One D2, é uma ferramenta poderosa, mas clássica, o segundo, Quantum, será o primeiro no mundo capaz de modular a área de cobertura e a potência de seus feixes de telecomunicações, quase em tempo real, conforme as necessidades do cliente.

Com um peso de 3,5 toneladas, foi desenvolvido por meio de uma parceria público-privada entre a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), a Eutelsat e a Airbus Defence and Space. Esta última foi responsável por sua construção.

O Ariane 5 deve colocar o satélite em uma órbita de transferência geoestacionária, a uma altitude de cerca de 35.000 km. Deste ponto fixo em relação ao solo, percorrerá uma vasta área geográfica durante 15 anos, que vai da África Ocidental à Ásia.

Os satélites de telecomunicações "comuns" são programados em terra com base nas exigências dos clientes e não podem ser modificados uma vez em órbita.

No caso do Quantum, cada um de seus oito feixes será ajustável, tanto em área de cobertura, quanto em potência, ou em frequência, "em poucos minutos", através de um programa disponibilizado ao cliente, descreve a Eutelsat.

Esta flexibilidade de uso permitirá garantir cobertura móvel para aviões, navios, ou serviços governamentais, no caso, por exemplo, de catástrofes naturais, ou de eventos específicos.

"Procuramos flexibilidade, porque quando um satélite é lançado, a demanda e os mercados podem mudar ao longo do tempo. Um satélite que não é 'fixo' e pode ser adaptado aos clientes permite uma perspectiva mais robusta", disse recentemente à AFP a diretora de telecomunicações e aplicações da ESA, Elodie Viau.

O novo equipamento também será capaz de localizar geograficamente a origem dos sinais "emitidos com, ou sem, intenção maliciosa e que criam interferência", por exemplo, quando comandos erroneamente direcionados para um satélite vizinho perturbarem os feixes do Quantum, explicou Elodie Viau em entrevista coletiva na quinta-feira (29).

Este dispositivo irá identificar a origem do sinal e, assim, intervir para remediar o problema no solo, mas também minimizar seu impacto, reduzindo a interferência.

O milionário Elon Musk, CEO da empresa espacial SpaceX, calculou nesta terça-feira (29) que investirá até 30 bilhões de dólares a longo prazo em seu projeto de internet via satélite.

A empresa de exploração espacial SpaceX está desenvolvendo seu serviço de internet via satélite, cujo objetivo é propiciar conexão de alta velocidade em regiões remotas do planeta, prescindindo de infraestruturas terrestres.

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A empresa já lançou mais de 1.500 satélites e conta, em uma dúzia de países, com mais de 69.000 usuários ativos do seu serviço de conexão à internet. A cifra que poderia superar os 500.000 usuários "daqui a doze meses", afirmou Musk.

"A partir do mês de agosto, deveremos ter conectividade no conjunto do planeta, com a exceção dos polos. Vamos nos dirigir realmente às regiões muito pouco habitadas", explicou o empresário de origem sul-africana em uma intervenção on-line no salão mundial de telefonia móvel (MWC), realizado em Barcelona.

Quanto às finanças, ele explicou que "antes de ter uma tesouraria positiva, provavelmente terá que investir pelo menos 5 bilhões de dólares, talvez 10 bilhões".

"E inclusive quando a tesouraria for lucrativa, continuaremos investindo para não ficarmos para trás nas inovações", disse.

Por isso, o investimento total de longo prazo poderia alcançar "entre 20 e 30 bilhões de dólares", avaliou Musk, cujo grande competidor, o fundador da Amazon, Jeff Bezos, prevê investir 10 bilhões de dólares em seu projeto concorrente de satélites chamado Kuiper.

A SpaceX, que opera o Starlink, pediu permissão às autoridades reguladoras dos Estados Unidos para lançar até 42.000 satélites para fornecer acesso à internet.

A empresa australiana EOS Space Systems divulgou a construção do primeiro laser com potência para remover o lixo espacial da atmosfera terrestre. Toda a infraestrutura do projeto levou cerca de sete anos para ser concluída e, segundo o portal de notícias 9 News, estima-se que a empreitada custe US$ 900 bilhões.

O sistema que projetará o feixe de luz fica no Observatório do Monte Stromlo, em Camberra, na Austrália, e tem a capacidade de atingir objetos espaciais que estejam voando a 29 mil km/h. O equipamento funciona em duas etapas. A primeira consiste em lançar o laser alaranjado, que pode ser visto a olho nu e serve como uma mira de alta precisão. Em seguida, um segundo laser, mais forte, porém invisível, é disparado para empurrar o objeto captado.

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A intenção da EOS Space Systems, segundo o CEO Ben Greene, é mapear a atmosfera da Terra, localizar objetos espaciais que podem atrapalhar a região e, assim, contribuir para que o ambiente fique mais limpo ao lançamento de novos satélites. A medida também impedirá que lixos espaciais colidam com aparelhos que estão na órbita do planeta.

De acordo com Karen Andrews, membro do Parlamento australiano, a construção e inauguração do projeto é uma oportunidade de economizar capital, por conta dos inúmeros casos de acidentes envolvendo colisões com satélites. Karen também afirmou que a tecnologia é importante para estabelecer novas parcerias entre instituições espaciais, como a Nasa, no auxílio em novas missões.

O primeiro satélite totalmente brasileiro, Amazônia 1, foi lançado na manhã deste domingo(28) na Índia.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) comemorou o "sucesso do lançamento do Amazônia 1, realizado às 01h54, (04h54 GMT) deste domingo no Centro Espacial Satish Dhawan, em Sriharikota, Índia".

O INPE, com sede em São José dos Campos, interior de São Paulo, é responsável pelo programa de vigilância por satélite Amazônia Legal, principal instrumento de rastreamento do desmatamento.

O Amazônia 1 será o terceiro satélite a atuar para o sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) e terá entre suas funções a observação e o monitoramento da devastação na Amazônia brasileira.

"O Amazônia 1 fornecerá imagens para o monitoramento ambiental e da agricultura em todo o território brasileiro (...) Servirá ainda para o monitoramento da região costeira, reservatórios de água, desastres ambientais, entre outras aplicações", informou o INPE que trabalhou durante oito anos no desenvolvimento do satélite nacional.

O Amazônia 1 foi enviado para a Índia em dezembro de 2020.

Com peso de 637 quilos e comprimento de 44,4 metros, o satélite de observação da Terra vai gerar imagens do planeta a cada 5 dias.

O satélite tem "capacidade de disponibilizar uma significativa quantidade de dados de um mesmo ponto do planeta", explicou o INPE.

"Produção nacional, desenho nacional, indústria nacional", comemorou o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, nas redes sociais, às vésperas do lançamento.

A floresta amazônica brasileira perdeu 8.426 km2 em 2020 devido ao desmatamento. Embora tenha sido 8% menor que no ano anterior, o número continua preocupante para os especialistas, que questionam a política ambiental do presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro.

A área desmatada é cinco vezes maior que a da cidade de São Paulo, a maior da América Latina, segundo dados totalizados pelo INPE, com base em observações de satélites.

A Nasa anunciou, nesta segunda-feira (26), uma descoberta inédita sobre a presença de água na Lua, agora encontrada na parte do astro que é iluminada pelo sol. A descoberta reafirma a premissa de que a água não está presente apenas nas regiões geladas e escuras da Lua, e que ainda pode estar distribuída por toda a superfície lunar. 

O maior telescópio voador do mundo, que pertence ao Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha (SOFIA), foi utilizado para realizar a captação. Estima-se que o ativo pode ser entregue através de pequenos impactos de meteoritos, ou pode ser resultado da interação de partículas energéticas expelidas pelo sol. 

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O SOFIA detectou moléculas de água (H2O) na Cratera Clavius, uma das maiores crateras visíveis da Terra, localizada no hemisfério sul da Lua. As observações anteriores da superfície lunar detectaram alguma forma de hidrogênio, mas não foram capazes de distinguir entre a água e seu parente químico próximo, a hidroxila (OH).

Segundo o cientista Jim Bridenstine, administrador da agência espacial americana, “ainda não é possível saber se a água é potável e se ela poderá ser usada como um recurso natural, como acontece com a água presente na Terra”.

Em seu site oficial, a agência afirmou que “a nova descoberta contribui com os nossos esforços de aprender mais sobre o satélite da Terra e apoia a exploração espacial”. A Nasa também destacou que descobrir mais sobre a Lua fortalece os programas de exploração lunar a longo prazo, como o Projeto Artemis. Neste programa de voo espacial tripulado, empresas de voo espacial comercial norte-americanas e parceiros internacionais da agência têm o objetivo de pousar a primeira mulher e o próximo homem na Lua em 2024.

A empresa americana Amazon anunciou que investirá 10 bilhões de dólares em um sistema de internet espacial, depois de obter a aprovação do governo para colocar em órbita mais de 3 mil satélites.

A gigante da tecnologia anunciou na quinta-feira que seguirá em frente com o chamado Projeto Kuiper, um dos vários sistemas planejados para fornecer internet de banda larga aos clientes sem acesso a uma conexão terrestre.

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A Amazon não apresentou um cronograma para o projeto, mas disse que começaria a lançar seus 3.236 satélites depois que a reguladora de telecomunicações dos EUA, a Federal Communications Commission (FCC), aprovasse o projeto.

"Ainda existem muitos lugares onde o acesso à banda larga não é confiável ou onde não existe diretamente", disse Dave Limp, vice-presidente sênior da Amazon. "O Kuiper vai mudar isso", acrescentou.

O Projeto Kuiper procura oferecer um serviço de internet via satélite inicialmente nos Estados Unidos e depois em todo o mundo. O serviço será oferecido a clientes domésticos, mas também a escolas, hospitais, empresas e outras organizações.

Kuiper é um dos vários projetos existentes que buscam implementar serviços de internet via satélite.

Um trem, que provavelmente pertence ao líder norte-coreano Kim Jong Un, cujo estado de saúde é alvo de especulações, foi localizado em fotos tiradas por um satélite em um balneário no leste da Coreia do Norte, segundo o site americano 38North, especializado em assuntos coreanos.

O trem aparece nas fotos nos dias 21 e 23 de abril em uma estação reservada para a família Kim, segundo o site em um artigo divulgado no sábado à noite.

O 38North explica que a presença desse trem "não prova nada em relação ao local onde o líder norte-coreano está, nem indica nada sobre seu estado de saúde".

"Mas confirma as informações de que Kim estaria em uma área reservada para a elite na costa leste" do país, acrescenta o site.

Especialistas sobre a Coreia do Norte questionam o estado de saúde de Kim desde sua ausência nas fotos oficiais da celebração de 15 de abril, data de nascimento de seu avô e fundador do regime comunista, Kim Il Sung.

Nesta data, a mais importante do calendário político norte-coreano, cerimônias em homenagem a Kim Il Sung são realizadas em todo o país.

Kim Jong Un não aparece em público desde 12 de abril, quando visitou uma base aérea, de acordo com a mídia norte-coreana, que divulgou fotos.

Em 11 de abril, ele presidiu uma reunião do gabinete político do Partido Trabalhista Coreano (comunista).

O Daily NK, um veículo digital de norte-coreanos que fugiram do país, disse que Kim passou por uma cirurgia em abril por problemas cardiovasculares e que está se recuperando na província de Pyongan do Norte.

A Coreia do Sul, que está tecnicamente em guerra com a Coreia do Norte, minimizou essas informações, assim como o presidente dos EUA, Donald Trump.

Na quinta-feira, o canal de televisão SBS informou, citando uma fonte não identificada do governo, que Kim estaria em Wonsan e que em breve aparecerá em público.

 Imagens de satélite divulgadas pela Agência Espacial Europeia (ESA) mostraram que as águas dos canais da cidade de Veneza, na Itália, ficaram mais cristalinas após o isolamento imposto pelo governo para combater a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Em decorrência da quarentena, o tráfego de barcos e navios na famosa cidade italiana despencou e isso possibilitou que a quantidade de emissão de gases poluentes caísse, deixando os canais mais limpos.

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As fotos de satélite do programa Copernicus comparam a água dos canais nos dias 13 de abril de 2020 e 19 de abril de 2019. A imagem deste ano mostra uma cor azul mais intensa, enquanto a do ano passado a coloração do azul é mais esverdeada e nublada.

Nas redes sociais, diversos moradores publicaram fotos da água dos canais. Em alguns, é possível até ver que peixes e patos nadam tranquilamente.

A ESA, no entanto, afirmou que o congelamento de atividades levou a uma redução acentuada da poluição do ar em toda a Europa, como a diminuição da concentração de dióxido de nitrogênio (NO2), um dos principais marcadores de poluição no norte da Itália.

Da Ansa

O Irã lançou neste domingo um satélite no espaço "com sucesso", mas não conseguiu colocá-lo em órbita, em um revés por seu programa espacial que os Estados Unidos acusam de encobrir o desenvolvimento de seus mísseis.

"O Simorgh (foguete) lançou com sucesso o satélite Zafar no espaço, mas o lançador não atingiu velocidade suficiente para colocar o satélite na órbita desejada", disse Ahmad Hoseini, porta-voz do Ministério da Defesa, segundo uma fonte de televisão.

O ministro iraniano de telecomunicações Mohamad Javad Azari Jahromi admitiu no Twitter que o lançamento "falhou".

"Mas somos IMPARÁVEIS! Temos outros grandes satélites iranianos por vir!", acrescentou.

O satélite foi lançado às 19h15 (horário local, 12h45 horário de Brasília) e cumpria os planejados "90% de sua trajetória", com 540 km de altura, disse Hoseini.

"Com a ajuda de Deus e as melhorias que faremos nos próximos lançamentos, essa parte da missão também se desenvolverá bem", disse .

"Atingimos a maioria dos objetivos que tínhamos e adquirimos dados e, em um futuro próximo, analisando esses dados, prosseguiremos para as próximas etapas", afirmou Hoseini.

- Provocação -

Esse lançamento, que os Estados Unidos chamaram de "provocação", ocorreu em um contexto de tensões entre Teerã e Washington, depois que os Estados Unidos se retiraram unilateralmente de um acordo sobre o programa nuclear iraniano em maio de 2018, e restabeleceram uma série de sanções contra a República Islâmica.

Os Estados Unidos acusam o Irã de violar a resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, que determina que "não se realize nenhuma atividade ligada a mísseis balísticos projetados para transportar cargas nucleares, o que inclui disparos de projéteis que utilizam a tecnologia desses mísseis".

O programa de satélites da República Islâmica preocupa os ocidentais, mas o chefe da agência espacial nacional, Morteza Berari, afirmou que o Irã defende o "uso pacífico do espaço".

"Todas as nossas atividades no campo espacial são transparentes", afirmou.

O satélite lançado pesava 113 quilos e deveria ser capaz de fazer 15 voltas completas por dia em torno da Terra. Ele deveria ser colocado em órbita a 530 km da Terra pelo lançador Simorgh, que não conseguiu atingir a velocidade necessária para fazê-lo.

Sua "missão principal" era "coletar imagens", em particular para estudar e prevenir terremotos, "prevenir desastres naturais" e desenvolver a agricultura.

O chefe da agência espacial iraniana também indicou que sua organização planeja concluir a construção de "cinco outros satélites antes do final do ano [iraniano] de 1399", ou seja, março de 2021.

- Novo míssil balístico -

Neste domingo, a Guarda Revolucionária, o exército ideológico do regime, também lançou um míssil balístico de curto alcance que, segundo ela, poderia ser impulsionado por um reator de "nova geração" projetado para colocar satélites em órbita.

"As conquistas reveladas hoje são a nossa chave para entrar no espaço", disse o general Hossein Salami, chefe da Guarda, revelando o míssil e o novo reator, equipado com um "bico móvel" permitindo "manobrabilidade além da atmosfera".

Em janeiro de 2019, Teerã fracassou em colocar em órbita seu satélite Payam, que as autoridades disseram ter como objetivo coletar dados ambientais.

Neste domingo, respondendo a um tuíte perguntando o que o Irã faria se o lançamento de Zafar falhar, o ministro Jahromi disse: "Vamos tentar novamente".

O lançamento de Zafar acontece dois dias antes do 41º aniversário da Revolução Islâmica e quase duas semanas antes das eleições legislativas.

A rede estatal de televisão iraniana afirmou que foi frustrada a tentativa de colocar em órbita o satélite de telecomunicações Zafar 1. O contratempo, segundo o governo americano, é o último do programa que poderia avançar as capacidades balísticas do Irã.

A falha, de acordo com o porta-voz do programa espacial iraniano Ahmad Hosseini, aconteceu porque o satélite "não alcançou a velocidade necessária para ser posto em órbita". Apesar disso, Hosseini afirmou que "os motores do estágio 1 e 2 do foguete funcionaram devidamente e o satélite se separou com sucesso dos propulsores". Segundo o porta-voz, o lançamento do satélite de 80 toneladas ainda foi um feito "memorável".

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O lançamento aconteceu às 7h15, horário local, na base de lançamentos Iman Khomeini, província de Semnan, à 230 km da capital Teerã.

A NASA anunciou nesta segunda-feira (6) que seu satélite TESS havia permitido a descoberta de um planeta do tamanho da Terra a uma distância intermediária de sua estrela, o que permitiria a presença de água em estado líquido.

Chamado "TOI 700 d", o planeta está relativamente próximo da Terra - a apenas 100 anos-luz - disse o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA durante a conferência de inverno (boreal) da Sociedade Americana de Astronomia, em Honolulu, no Havaí.

"O TESS foi projetado e lançado especificamente para encontrar planetas do tamanho da Terra e em órbita de estrelas próximas", disse o diretor de astrofísica da NASA, Paul Hertz.

Inicialmente, o satélite classificou erroneamente a estrela, o que implicava que os planetas pareciam maiores e mais quentes do que realmente eram. Vários astrônomos amadores identificaram o erro.

"Quando corrigimos os parâmetros da estrela, os tamanhos de seus planetas foram reduzidos, e percebemos que a mais externa era do tamanho da Terra e estava na zona habitável", afirmou Emily Gilbert, uma estudante de pós-graduação da Universidade de Chicago.

A descoberta é a primeira do TESS, o satélite caçador de planetas da NASA, lançado em 2018. Mais tarde, a descoberta foi confirmada pelo telescópio espacial Spitzer. A estrela TOI 700 é pequena, 40% do tamanho do Sol e mais fria.

O TESS descobriu três planetas em órbita, chamados TOI 700b, c e d. Somente "d" está na chamada zona habitável, nem tão longe nem tão perto da estrela, onde as temperaturas podem permitir a presença de água líquida.

É cerca de 20% maior do que a Terra e orbita sua estrela em 37 dias. Recebe 86% da energia que a Terra recebe do Sol. Uma face do planeta sempre encara sua estrela, como é o caso da Terra e da Lua, um fenômeno chamado rotação síncrona.

Um satélite que orbita a Lua encontrou o local da queda da sonda indiana Vikram, que caiu em setembro quando tentava pousar, informou a Nasa nesta segunda-feira (2).

O centro Goddard, da agência espacial americana, publicou imagens que o Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) captou em outubro e novembro de um local em que se distinguem marcas do impacto e restos dispersos do dispositivo acidentado.

É difícil distinguir os rastros a olho nu, mas a análise da Nasa encontrou nestes pixels cerca de 20 partes e vários locais onde se detectam perturbações sobre o solo lunar.

Uma passagem anterior do LRO neste mesmo lugar tinha produzido uma série de imagens, mas na ocasião a luz não era boa e a Nasa não tinha encontrado ali nenhum vestígio de Vikram.

A Índia lançou a missão Chandrayaan-2 em 22 de julho. A nave espacial principal, que permanece em órbita ao redor da Lua, desprendeu-se do módulo de alunissagem Vikram dias antes do previsto. Quando Vikram estava a 2 km de altitude, no final da descida, perdeu-se o contato.

Em 10 de setembro, a Agência Espacial Indiana (ISRO) anunciou que Vikram tinha sido "localizado" pelo orbitador Chandrayaan-2, mas sem comunicação e que estava tentando restabelecer o contato.

Com este projeto, a Índia tentava se tornar o quarto país, depois de Estados Unidos, Rússia e China, a posar com sucesso uma sonda no satélite da Terra e o primeiro a conseguir fazê-lo em um dos polos lunares.

A origem do derramamento de óleo no Nordeste ainda é desconhecida pelo Governo Federal. No entanto, estudos do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), levantam a hipótese de que a poluição pode ter sido causada por um grande vazamento em minas de petróleo, além de também poder ter acontecido na região do pré-sal. A observação foi feita por um satélite da Agência Espacial Europeia.

Se tal suspeita se confirmar, a teoria de que o petróleo veio da Venezuela, levantada pelo Ministério do Meio Ambiente, pode cair por terra. De acordo com o Lapis, nesta última segunda-feira (29), foi detectado um padrão característico de manchas de óleo no oceano, com 55 km de extensão e 6 km de largura, a uma distância de 54 km da costa da Bahia. 

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O pesquisador do laboratório, Humberto Barbosa, aponta que o vazamento pode estar acontecendo abaixo da superfície do mar. "Foi a primeira vez que observamos, neste caso, uma imagem de satélite que detectou uma faixa da mancha de óleo original ainda não fragmentada e ainda não carregada pela correnteza", explica Barbosa.

As imagens foram observadas retroativamente, desde o mês de maio, processando esses dados por faixas, a partir de uma grande quantidade de dados de toda a Costa do Nordeste brasileiro, chegando até o Espírito Santo. 

A pesquisa aponta que as imagens demonstram que se trata de algo maior do que um mero derramamento acidental ou proposital de óleo a partir de um navio. Humberto alerta que é um vazamento que está abaixo da superfície do mar, consequência de perfuração. "Tivemos um grande impacto porque, pela primeira vez, encontramos uma assinatura espacial diferenciada", disse Barbosa.

Por meio de nota, a Marinha negou que haja óleo no mar próximo à costa da Bahia. "Em relação à possível mancha que estaria avançando pelo mar da Bahia, informamos que não se trata de óleo. Foram feitas quatro avaliações para confirmar: consulta aos especialistas da ITOF, monitoramento aéreo e por navios na região e por meio de satélite", sustenta a nota. "Segundo especialistas do ITOF, ela possui diversas características, podendo ser nuvem, fenômeno da ressurgência no mar etc".

A Marinha acrescentou que "a gravidade, a extensão e o ineditismo desse crime ambiental exigem constante avaliação da estrutura e dos recursos materiais e humanos empregados, no tempo e quantitativo que for necessário".

*Com informações da Agência Estado

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