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Um homem morreu na noite dessa sexta-feira (27), após cair em um fosso durante participação em protesto que acontecia próximo à Praça Itália, em Santiago, capital do Chile.

A morte foi confirmada pelo Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) do Chile que disse, em sua conta no Twitter, que pedirá que "as causas da morte sejam esclarecidas o mais rápido possível". Com este caso, sobe para 29 o número de mortos nos confrontos no país que já duram dois meses. 

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De acordo com informações do Jornal O Globo, o homem de 40 anos de nome não identificado, estava fugindo da polícia depois de receber choques elétricos. Foi quando caiu no fosso e faleceu. 

A manifestação em questão, foi organizada por civis através das redes sociais, após o presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciar que faria um plebiscito para decidir se mudaria ou não a constituição criada no governo de  Augusto Pinochet (1973-1990).

A praça é tradicionalmente local dos protestos contra o governo que costumam ocorrer sempre às sextas-feiras. 

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A subsecretaria do Interior do Chile informou nesta manhã que diminuiu o número dos episódios de violência ocorridos nas últimas 24 horas. De acordo com o relatório, entre as 9h da quarta-feira (27) e o mesmo horário desta quinta-feira (28) houve uma queda de 99 para 31 nos eventos graves. Além disso, os policiais feridos recuaram de 109 a 31 na mesma comparação. O presidente chileno, Sebastián Piñera, contudo, criticou hoje a "delinquência sem limites", que envolveria "o narcotráfico, movimentos anarquistas e muitos outros".

Na mesma comparação diária, o número de pessoas detidas recuou de 915 a 318, segundo o governo chileno, enquanto os ônibus incendiados passaram de três para um. As estações de metrô atacadas passaram de duas para uma no balanço mais recente. No intervalo mais recente, houve ainda relatos sobre seis incêndios e 13 saques em nível nacional, segundo as informações citadas pelo jornal El Mercurio.

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Hoje, Piñera falou na cerimônia de formatura de 260 detetives da Escola de Investigações Policiais. Ele pediu para se "combater a violência e a delinquência sem limites em que também está envolvido o narcotráfico, movimentos anarquistas e muitos outros". Ele pediu "consciência", mas também disse que não há espaço para "debilidade" nem para "ambiguidade". O presidente quer aprovar no Congresso medidas que proíbem que se ande encapuzado, um reforço na lei contra saques, contra a construção de barricadas nos protestos e para resguardar infraestrutura crucial, com o uso das Forças Armadas, segundo o diário La Tercera.

A chilena Ana Tijoux confessa sentir pavor diante de uma câmera. Mas a timidez de um dos rappers mais reconhecidos da América Latina se torna fúria quando ela canta "Cacerolazo", seu mais recente sucesso que acompanha a revolta social em seu país.

Usando chapéu e vestida discretamente de preto, Tijoux enfrenta a sessão de fotos no estúdio da AFP em Paris com estoicismo.

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No braço, uma tatuagem com a data de 1977, ano de seu nascimento e o título de um de seus álbuns decisivos.

"Vou fazer uma décima tatuagem, uma gigantesca América Latina na minha perna", comenta ela com determinação, uma atitude que parece inata em Anamaria, seu verdadeiro nome.

A revista Rolling Stone a catapultou em 2014 como "a melhor rapper em espanhol por sua dicção precisa e ritmo infalível", e ela foi indicada a vários Grammy Awards e colocou uma canção na trilha sonora na série "Breaking Bad" e em um videogame da FIFA.

Mas desconfia do sucesso. "É preciso assumir responsabilidades e o anonimato... é muito mais confortável", diz ela.

Sua vida passa por etapas entre o Chile e a França, onde ela nasceu de pais exilados durante a ditadura.

Recentemente, fez as malas de novo e se estabeleceu com o marido e dois filhos em Paris.

À distância, a rapper, contestadora desde o início da carreira, tornou-se uma referência musical da crise social no Chile.

A artista, que afirma criar de uma maneira "bagunçada" e "instável", compôs "Cacerolazo" (panelaço), que, em um fundo de sons metálicos de panelas e colheres, reivindica a renúncia do presidente Sebastián Piñera e justifica a atual revolta no país, desencadeada após o aumento do preço da passagem do metrô.

"Não são 30 pesos, são 30 anos / A constituição e os perdões / Com punho e colher frente ao aparelho / E a todo o Estado, panelaço!", canta a rapper.

"Muitos esperavam isso" 

"Muitos esperavam essa união de forças e fúria não ouvida há anos", diz ela.

Mas "Cacerolazo" não pretende ser um hino ou um discuso. "São os jovens que discursam. São eles que acordam um país inteiro e os adultos os acompanham".

Para Tijoux, os estudantes, ponta de lança dessa revolta que eclodiu em 18 de outubro e ainda não se apaziguou, são muito mais politizados.

"Eles não estão contaminados pelo medo com o qual vivemos da ditadura", causada principalmente pela "impunidade", argumenta Tijoux, que vê a mesma resposta à desigualdade espalhada em outros países da América Latina, como Bolívia e Colômbia.

Para a rapper, que sempre ouviu falar que a música deveria ser apenas entretenimento enquanto ela já brandia o microfone como uma arma, esse é um ótimo momento.

"A posição política é a coisa mais bonita que pode acontecer a uma pessoa", enfatiza.

Nova onda de artistas

Tijoux fala pouco de seu trabalho e influência, buscando se fundir em algo maior.

"O 'euísmo' é muito perigoso", afirma.

Questionada sobre o poder do rap em uma revolta popular, ela defende que este "é apenas mais um ramo da árvore da música", que é rebelde por definição.

E a música não é a única tendência artística que desempenha um papel crucial agora no Chile.

"Uma nova onda de novos artistas aparecerá", e está traduzindo essa rebelião popular em "uma beleza que emociona às lágrimas", afirma, citando artistas, fotógrafos, artistas plásticos...

Enquanto isso, em Paris, Tijoux prepara um novo álbum. Ela não tem "ideia" quando será lançado.

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, afirmou na noite de domingo que reconhece o uso excessivo de força parte da polícia local para conter protestos com demandas sociais legítimas e disse que abusos foram cometidos. O mandatário prometeu punição para todos que cometem atos de violência.

Milhares de pessoas ficaram feridas em confrontos com a polícia e 26 morreram nos protestos até agora. Além disso, ao menos 230 pessoas perderam a visão em um dos olhos.

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Os protestos exigem reformas na educação, na saúde e no valor das aposentadorias. Um acordo entre partidos políticos chilenos traçou um caminho para potencialmente reescrever a constituição, outra demanda dos manifestantes. Fonte: Associated Press

Em meio à onda de protestos no Chile, o presidente Sebastián Piñera afirmou neste domingo (20) que o país está "em guerra" contra um "inimigo poderoso e implacável".

Durante um encontro com a imprensa, o mandatário insistiu no caráter "organizado" das manifestações, afirmando que o "único objetivo" dos responsáveis é "causar o maior dano possível".

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"Estamos bem cientes do fato de que [os protestos] têm graus de organização e logística típicos de uma organização criminal", disse Piñera, acusando os manifestantes de quererem "destruir a democracia" chilena.

Os protestos começaram por causa de um aumento de 30 pesos (R$ 0,20) no preço das passagens de metrô, já suspenso pelo governo, mas também miram a desigualdade econômica e o sistema de aposentadorias do país.

Piñera decretou estado de emergência e impôs toque de recolher na capital Santiago, além de ter colocado o Exército para patrulhar as ruas da cidade. Poucos dias antes, o presidente havia dito que o Chile era um "oásis" em uma América Latina "convulsionada".

Cerca de 10 pessoas já morreram, a maioria delas carbonizadas em incêndios em lojas saqueadas. Cerca de 1,46 mil indivíduos foram detidos. As manifestações também interromperam serviços de transporte público e cancelaram voos no aeroporto de Santiago.

Da Ansa

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, condenou nesta quarta-feira, 4, as declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro sobre a ex-presidente chilena Michelle Bachelet e seu pai, Alberto Bachelet, vítima da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

"Não compartilho a alusão feita pelo presidente Bolsonaro a uma ex-presidente do Chile e, especialmente, num assunto tão doloroso quanto a morte de seu pai", disse Piñera em pronunciamento no Palácio de La Moneda.

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As declarações de Bolsonaro provocaram mal-estar no governo chileno, especialmente por coincidirem com a chegada do chanceler Teodoro Ribera ao Brasil.

"É de público conhecimento meu compromisso permanente com a democracia, a liberdade e o respeito aos direitos humanos em todo tempo, lugar e circunstâncias", acrescentou o presidente chileno. "As distintas visões sobre os governos que tivemos nos anos 70 e 80 devem ser feitas com respeito."

Declarações provocaram mal-estar no governo chileno

A diplomacia chilena discutia a divulgação de um comunicado para rebater as declarações de Bolsonaro. Diante do amplo rechaço no Chile de setores de esquerda e direita às declarações do presidente brasileiro, Piñera optou por um pronunciamento.

O presidente criticou o trabalho de Bachelet como Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos e disse que o golpe de 1973 "deu um basta à esquerda" no país. As críticas foram uma resposta a declarações de Bachelet de que o Brasil não é uma democracia plena.

"Seguindo a linha do (Emmanuel) Macron (presidente da França) em se intrometer nos assuntos internos e na soberania brasileira, (Michelle Bachelet) investe contra o Brasil na agenda de direitos humanos (de bandidos), atacando nossos valorosos policiais civis e militares", escreveu Bolsonaro em rede social. "(Bachelet) Diz ainda que o Brasil perde espaço democrático, mas se esquece que seu país só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973, entre esses comunistas o seu pai brigadeiro à época".

Direita e esquerda chilena condenaram Bolsonaro

Na imprensa chilena, as declarações do presidente brasileiro tiveram grande destaque. O presidente do Senado, Jaime Quitana, de oposição, exigiu uma resposta de Piñera. Na coalizão do presidente chileno, Chile Vamos, as declarações também foram mal recebidas. "Não é a melhor maneira de responder às críticas de Bachelet", disse o presidente de um dos partidos do grupo, o Renovação Nacional, Mario Desbordes, ao La Tercera.

O único grupo político que defendeu integralmente o presidente foi o Partido Republicano, de extrema direita. "A ex-presidente tem usado seu cargo na ONU para questionar Bolsonaro", disse o líder da legenda Antonio Kast. "Suas críticas se baseiam em posições ideológicas."

A declaração se tornou especialmente problemática para a relação bilateral por ter ocorrido no mesmo dia da chegada do chanceler Teodoro Ribera ao Brasil para uma visita oficial. Segundo fontes diplomáticas chilenas, o ministro estava em conexão entre São Paulo e Brasília enquanto discutia com o Palacio de La Moneda uma resposta às declarações de Bolsonaro.

Mais tarde, a jornalistas em Brasília, na manhã desta quarta, Bolsonaro reiterou as críticas. "Parece que quando tem gente que não tem o que fazer, como a senhora Michelle Bachelet, vai lá para cadeira de direitos humanos da ONU. Passar bem, dona Michelle". Bolsonaro ainda desejou "pêsames" para Bachelet. "A única coisa que tenho em comum com ela é a esposa que tem o mesmo nome. Fora isso, fora isso, meus pêsames a Michelle Bachelet", disse o presidente.

Analistas veem incômodo em declarações

Para o analista chileno Máximo Quitral, doutor em ciência política e especialista em relações internacionais, as declarações podem causar algum tipo de tensão porque os partidos políticos e a opinião pública esperam uma posição do presidente Piñera. "Vão provocar um incômodo ao governo de Chile as declarações do presidente do Brasil e também vão gerar resposta e reação de algumas figuras políticas", disse o professor da Universidad Tecnológica Metropolitana. "Sobretudo entendendo-se que a ex-presidente está em um alto cargo internacional".

Ele, no entanto, não acredita que a situação possa congelar as relações. "A diplomacia pode solucionar e evitar que essas declarações prejudiquem as relações políticas construídas entre os dois países". Quitral diz que o Chile sempre teve uma posição de abertura com todos os países e que há uma conexão econômica entre as duas nações. "Esse modelo econômico chileno aparentemente exitoso se transformou num eixo referencial para a aplicação de algumas políticas econômicas que o Brasil quer implementar para tentar impulsionar sua economia".

Bolsonaro buscou aproximação com o Chile

O Chile é um dos principais aliados de Bolsonaro na América do Sul e destino de sua primeira viagem como presidente. Na cúpula do G-7 em Biarritz, na França, o presidente Sebastián Piñera participou das discussões sobre as queimadas na Amazônia com líderes ocidentais.

No começo do ano, Bolsonaro e Piñera articularam a criação do Prosur - bloco de centro-direita sul-americano que substituiu a Unasul - e unificaram o discurso de apoio à oposição liderada por Juan Guaidó na Venezuela. Na ocasião, o presidente já havia dado declarações favoráveis ao ditador chileno.

As autoridades da Igreja Católica chilena "poderiam e deveriam" ter evitado muitos abusos, acusou o presidente Sebastián Piñera, em sua primeira declaração pública sobre o escândalo.

"Poderiam e deveriam ter evitado muitos abusos e muito sofrimento de crianças chilenas, e isso também me entristece profundamente", disse Piñera em entrevista à Associação Regional de Canais de Televisão (Arcatel), divulgada neste sábado pela imprensa local.

"Também me entristece que muitas autoridades da Igreja católica tenham conhecimento desses fatos e, em vez de enfrentá-los com a verdade, por negligência, por prudência, por erros, ou pelo que seja, ocultaram esses fatos".

"Espero que isso seja uma profunda lição para a Igreja católica e digo isso com toda clareza e respeito como católico: a Igreja nunca deve acobertar um crime e muito menos quando são crimes de abuso sexual contra crianças", afirmou Piñera, na entrevista.

Esse foi o primeiro comentário público do presidente chileno sobre o escândalo de abusos sexuais que abala há meses a Igreja católica do país.

De acordo com um documento entregue pelo Ministério Público na segunda-feira, 158 bispos, padres e laicos foram, ou estão sendo, investigados por abusos sexuais no Chile desde 1960.

Até o momento, o MP relata 266 vítimas, 178 delas meninos, meninas e adolescentes que sofreram abusos sexuais por parte de membros ligados à Igreja católica. Mantém abertas 36 investigações, enquanto 108 já foram concluídas.

Ao ser recebido nesta sexta-feira (27) pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, indagou, em tom descontraído, a quem se poderia recorrer quando a Corte falha em suas decisões.

A pergunta causou breve desconforto entre os ministros do Supremo presentes ao encontro – além de Cármen, os ministros Dias Toffoli e Edson Fachin –, mas foi logo respondida pelo próprio Piñera: “À instância suprema”, disse, apontando para cima, em referência a Deus.

Em seguida, Fachin observou que, no Brasil, em última instância, acredita-se que cabe à sociedade fazer o escrutínio das decisões do Supremo, ao que Piñera novamente indagou: “Mas pode a sociedade revogar decisões da Corte?”, rindo em seguida. A pergunta ficou no ar, sem resposta.

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Piñera demonstrou grande interesse sobre o funcionamento da Justiça brasileira e em especial do STF. Logo ao chegar, ele disse que alguns julgamentos recentes do Supremo brasileiro chegaram a ser transmitidos ao vivo pela TV chilena.

Após receber explicações de Cármen, que ressaltou o grande número de processos a cargo do Supremo, o presidente chileno despediu-se, após cerca de 25 minutos de visita. “Com 75 mil processos ao ano, sinto-me mal em tomar seu tempo”, disse Piñera, antes de pedir licença.

O presidente Michel Temer receberá nesta sexta-feira(27), em Brasília, o presidente do Chile, Sebastián Piñera. A cerimônia oficial de chegada de Piñera está prevista para as 11h, no Palácio do Planalto. De acordo com o Itamaraty, a visita ocorre pouco mais de um mês depois da posse do novo presidente, que venceu as eleições em seu país.

Pela programação, os dois presidentes participarão de reuniões e, em seguida, às 12h30, presidem cerimônia de assinatura de acordos relacionados com o intercâmbio econômico entre os dois países e anunciam a abertura de negociações de acordo bilateral de livre comércio.

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Temer e Piñera vão emitir também uma declaração conjunta sobre a pauta do relacionamento entre Brasil e Chile, “abrangendo assuntos comerciais, projetos de infraestrutura, assuntos consulares, cooperação nas áreas de defesa, ciência e tecnologia, cultura e assuntos antárticos e temas multilaterais e regionais”.

Após as cerimônias no Palácio do Planalto, Temer oferece almoço em homenagem ao colega chileno, às 13h, no Itamaraty.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, “o Brasil é o principal destino dos investimentos chilenos no exterior, com estoque de US$ 31 bilhões, e o principal parceiro comercial do Chile na América do Sul. Em 2017, o intercâmbio comercial bilateral alcançou US$ 8,5 bilhões, o que representa alta de 22% em relação ao mesmo período do ano passado”.

O candidato de direita, Sebastián Piñera, conquistou 54,5% dos votos - contra 45,4% de Alejandro Guillier - e voltou à Presidência do Chile na noite deste domingo (17).

Após a vitória, em uma votação que acabou sendo mais "fácil" do que o esperado, Piñera disse que será o "presidente de todos" e que recebeu a "magnífica vitória com humildade e com esperança".

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"Viva a diferença e viva o pluralismo de ideias. Mas, essas diferenças nunca nos devem tornar inimigo porque cada vez que nos enfrentamos e nos transformamos uns inimigos dos outros, nós temos nossas maiores derrotas", afirmou no discurso da vitória.

Guillier reconheceu sua "dura derrota" nas urnas e parabenizou Piñera por seus resultados. "Chile nos deu um sinal que temos que respeitar e do qual teremos que aprender. Por essa razão, nesse dia doloroso, quero dizer que minha família e eu nos comprometemos a seguir lutando pelo Chile", destacou.

A atual presidente do país, Michelle Bachelet, que apoiava o senador Guillier, também telefonou para o novo mandatário para parabenizá-lo pela vitória. Ela desejou "uma boa gestão em seu mandato porque ambos queremos o bem para o Chile".

Por sua vez, Piñera agradeceu as palavras de Bachelet e retribuiu dizendo "que nunca teve a menor dúvida de que tanto você como eu sempre queremos o melhor para o Chile".

A vitória do candidato da coalizão de direita veio após uma surpresa no primeiro turno, onde muitas pesquisas apontavam uma vitória já no início da disputa. Com um bom resultado dos candidatos fora das grandes coalizões, Piñera teve cerca de 36% dos votos.

Por conta disso, as pesquisas eleitorais mostravam um empate técnico para o segundo turno, algo que ficou bem longe de acontecer de fato nas urnas.

Economista, político e um dos homens mais ricos do país, Piñera volta ao cargo de chefe de Estado depois de um primeiro governo entre os anos de 2010 e 2014. Tanto nessa, como na primeira vez, ele substitui Bachelet no cargo.

A posse está marcada para março do ano que vem.

Da Ansa

Milhares de estudantes fizeram uma manifestação nesta quarta-feira no centro de Santiago, em protesto contra o ensino privado e a favor de um ensino público de qualidade. Os estudantes se concentraram na praça Itália, onde receberam o apoio de familiares e professores. O governo, contudo, afirmou que não dialogará. Parte do protesto ficou violento e a polícia deteve dezenas de manifestantes.

As informações são da Associated Press.

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Em plena escalada da tensão entre a Argentina e o Reino Unido pela soberania das Ilhas Malvinas, a presidente argentina Cristina Kirchner decidiu realizar visita oficial ao Chile nos dias 15 e 16 de março. A viagem já havia sido postergada duas vezes e foi anunciada um dia após notícia de uma ligação telefônica do primeiro ministro britânico, David Cameron, ao presidente chileno, Sebastián Piñera. Na conversa, Piñera teria confirmado o apoio do Chile à causa argentina, segundo informou o jornal chileno La Tercera. Porém, o governo britânico prepara uma visita do chanceler William Hague ao Chile nas próximas semanas.

Fontes do governo disseram à imprensa chilena que Piñera e Cameron conversaram sobre a posição de cada país sobre o conflito envolvendo o arquipélago. E ambos respeitaram suas respectivas opiniões sobre o assunto. Em dezembro, o Chile se uniu aos demais países do Mercosul no apoio à decisão argentina de não permitir embarcações com bandeira das Malvinas (Falkland para os ingleses) em seus portos. Durante a ligação, Cameron confirmou visita ao Chile, no início de 2013 por ocasião da reunião de cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e União Europeia.

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Segundo nota do Ministério de Relações Exteriores da Argentina, Cristina vai viajar acompanhada por uma "importante delegação" para realizar reuniões de trabalho com o Piñera e discutir assuntos da agenda bilateral e regional. O Chile é uma peça fundamental na disputa, já que o único voo ao arquipélago sai do território chileno, em Punta Arenas, com escala em El Calafate, na Patagônia argentina. Desde o fim do ano passado, a presidente argentina trabalha fortemente para conquistar apoios para obrigar o Reino Unido a negociar a soberania das Malvinas.

A tensão entre os dois países tem se aprofundado com a proximidade do aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas, no dia 2 de abril. Nesta quarta-feira (15), o governo argentino soube que integrantes da Comissão de Defesa do Parlamento britânico vão visitar as Ilhas Malvinas no próximo mês para inspecionar as atividades militares no arquipélago. A informação que foi publicada pelos jornais The Times e The Guardian, não indicou nenhuma data para a viagem, mas especificou que o objetivo é conhecer as instalações militares da base de Mount Pleasant. A decisão dos parlamentares foi tomada após apresentação de denúncia do governo argentino junto à Organização das Nações Unidas (ONU) de uma "militarização do Atlântico Sul". Em nota, a chancelaria argentina afirmou que a presença dos parlamentares britânicos "é uma confirmação das prioridades do Reino Unido, que corroboram as denúncias realizadas pela Argentina".

"As Ilhas Malvinas têm sido transformadas pelo Reino Unido em uma peça chave de um sistema de bases militares a milhares de quilômetros de Londres para o controle do Atlântico Sul, os acessos interoceânicos e a projeção à Antártida, assegurando também, desta forma, a exploração dos recursos naturais do Atlântico Sul que pertencem ao povo argentino", disse a nota.

Crianças chilenas da 1ª a 6ª série do ensino básico tiveram os textos de seus livros escolares alterados, segundo o novo ministro da educação, Heral Beyer. A mudança é referente a termilonologia “ditadura militar”, utilizada como referência à gestão de Augusto Pinochet (1973-1990), pelo nome “regime militar”. A alteração foi adotada em sessão extraordinária do Conselho Nacional de Educação (CNED).

Segundo Beyer, a mudança ocorreu em um procedimento com a participação de muitos educadores, embora o ministro reconheça que o Chile viveu sob a ditatura de Pinochet durante 17 anos. De acordo com o jornal chileno El Dínamo, há uma inquietude referente a essa decisão, principalmente sobre as áreas de conteúdo histórico na formação das crianças. No periódico, a conselheira do CNED, Elizabeth Lira, afirma que boa parte do governo de Sebástian Piñera está formado por 50% de pessoas partidárias a Pinochet.

Cerca de 350 brigadistas chegaram nesta sexta-feira ao parque nacional de Torres del Paine, no sul do Chile, para combater um incêndio florestal que nos últimos três dias destruiu 8.500 hectares de bosque nativo. A Força Aérea do Chile enviou aviões e helicópteros para combater as chamas, mas as aeronaves ainda não puderam iniciar as operações de combate às chamas por causa das condições climáticas adversas.

"Até o momento mais de 8.500 hectares foram afetados pelo incêndio e infelizmente a área atingida cresce com rapidez, por causa das dificuldades climáticas e topográficas", disse o presidente do Chile, Sebastián Piñera, sobre o incêndio.

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Piñera interrompeu seu descanso na mansão balneária presidencial em Viña del Mar e realizou uma reunião ministerial sobre o incêndio e maneiras para combatê-lo. O Parque Nacional Torres del Paine, com 240.000 hectares e localizado 3.100 quilômetros ao sul da capital Santiago é a principal atração turística da região de Magallanes, na Patagônia chilena. Torres del Paine é visitado por 150 mil turistas por ano, dos quais 75% são estrangeiros. O parque é declarado um santuário da natureza e uma reserva da biosfera na Patagônia.

Piñera disse que os 400 turistas que estavam no parque foram retirados do local após o começo do incêndio. A previsão do clima indica que chuvas que poderão cair a partir do sábado devem melhorar a situação. As autoridades não sabem o que provocou o incêndio e fecharam o acesso ao parque.

As informações são da Associated Press.

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