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Os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga, e da Secretaria de Portos, Helder Barbalho, filiados do PMDB, pediram demissão à presidenta Dilma Rousseff. A decisão deles foi tomada três dias depois de a Câmara dos Deputados aprovar a abertura do processo de impeachment contra Dilma com amplo apoio da legenda.

A informação de interlocutores do Palácio do Planalto é que ambos os ministros teriam ficado desconfortáveis com a situação do partido após o resultado da votação.

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No momento, dos sete integrantes da legenda nomeados ministros, apenas dois permanecem nos cargos: Marcelo Castro, na Saúde, e Kátia Abreu, na Agricultura.

Além de Braga e Barbalho, o deputado Celso Pansera, que também é do PMDB e deixou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para votar contra o impeachment, não retornou ao cargo. O deputado Mauro Lopes, ex-ministro da Aviação Civil, votou favoravelmente ao impeachment e por isso também não reassumirá a pasta.

Um dos principais aliados do vice-presidente Michel Temer, o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves deixou o cargo um dia antes de o PMDB decidir deixar a base de apoio ao governo, no final de março. Na ocasião, o partido determinou que os ministros filiados ao partido deixassem o cargo.

Independentemente do resultado das urnas no 2.º turno, o destino de um ministério da área de infraestrutura já está definido. Mal avaliada pelo mercado e pelo próprio governo federal, a Secretaria de Portos (SEP) deve deixar de existir tanto em um novo mandato do PT quanto em uma gestão do PSDB.

Com status de ministério adquirido em 2007, a SEP não conseguiu levar adiante o processo de concessões de portos planejado por Dilma e deve voltar a ser uma secretaria do Ministério dos Transportes, caso a presidenta seja reeleita.

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Em caso de vitória do PSDB, a pasta seria engolida pelo Superministério de Infraestrutura prometido por Aécio, que reuniria as pastas de Energia, Transportes e Comunicações. O candidato ainda não disse quem poderia ocupar a pasta, que seria responsável por toda a área de logística, mas o nome de seu braço direito, o senador eleito Antonio Anastasia, é um dos mais cotados. Ele também é citado para a Casa Civil.

Já a permanência do PT no governo não deve trazer grande renovação na área. O atual ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, fez parte da solução de uma relação conturbada entre o Palácio do Planalto e o PR, que culminou com a saída do então ministro César Borges, realocado justamente na pasta dos Portos, em meados deste ano.

Na Esplanada dos Ministérios circula a informação de que Passos poderia permanecer à frente da área como homem de confiança de Dilma no setor, mas também já se cogita um eventual retorno de Borges ao comando da pasta, pois Dilma dificilmente abriria mão do ex-governador baiano no governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de ceder às pressões do PR e acomodar os aliados, a presidente Dilma Rousseff empossa novos ministros nesta quinta-feira (26). A cerimônia de posse está marcada para as 17h, no Palácio do Planalto, em Brasília.

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Em nota divulgada na noite dessa quarta-feira (25), o Palácio do Planalto anunciou as mudanças. O Ministério dos Transportes passa a ser ocupado pelo ex-ministro Paulo Sérgio Passos. O ministro César Borges passa a ocupar a Secretaria Nacional dos Portos, até então comandada por Antonio Henrique Pinheiro, que permanece na pasta como secretário executivo.

As trocas visam garantir o apoio do PR para a reeleição de Dilma Rousseff. A cúpula do partido minou Borges com a justificativa de que ele não representava os interesses da legenda. Nessa quarta, Borges esteve no Palácio da Alvorada para uma reunião com Dilma, mas saiu de lá sem falar com a imprensa.

O governo federal anunciou, nesta quinta-feira (6), mais uma parte do Programa de Investimentos em Logística, com ações relacionadas aos portos brasileiros. Em agosto, foram lançados os programas de concessões e investimentos de rodovias e ferrovias.

O objetivo desse eixo sobre os portos é incentivar a modernização da infraestrutura e da gestão portuária, expandir os investimentos privados no setor, reduzir custos e maximizar a eficiência portuária. “Queremos ser mais competitivos, através do aumento da movimentação de cargas com custos menores”, frisou o ministro da Secretaria dos Portos, Leônidas Cristino.

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As medidas preveem a reorganização da gestão, através do planejamento centralizado na Secretaria dos Portos, em articulação com o Ministério dos Transportes, a fim de melhorar a distribuição de recursos. A Secretaria passa a ficar responsável pelos portos marítimos, fluviais e lacustres. Para desburocratizar o setor, também está prevista a integração das autoridades federais nos portos, a fim de unificar os procedimentos.

Está no pacotes de ações, ainda, um novo marco regulatório para os portos brasileiros a fim de permitir a regulação do serviço de praticagem, a eliminação de barreiras, a abertura de chamadas públicas para Terminais de Uso Privativo (TUPs) e a agilização de processos de arrendamentos e de licenciamentos ambientais.

Aproximadamente R$ 54,2 bilhões serão aplicados em novos investimentos em arrendamentos e TUPs, sendo R$ 31 bilhões até 2014/2015 e R$ 23,2 bilhões entre 2016/2017. No Nordeste, o investimento será de quase R$ 12 bilhões, beneficiando os seguintes portos: Cabedelo, na Paraíba; Itaqui, no Maranhão; Pecém, no Ceará; Recife e  Suape, em Pernambuco; Aratu, Salvador e Porto Sul/Ilhéus, na Bahia; e Maceió, em Alagoas.

Os demais portos beneficiados são: Espírito Santo, Rio de Janeiro, Itaguaí e Santos, no Sudeste, com R$ 28,6 bilhões; Porto Velho, Santana, Manaus/Itacoatiara, Santarém, Vila do Conde e Belém/Miramar/Outeiro, no Norte, com quase R$ 9 bilhões; e Porto Alegre Paranaguá/Antonina, São Francisco do Sul, Itajaí/Imbituba e Rio Grande, no Sul, com R$ 7,6 bilhões.

Ainda estão previstos outros R$ 2,6 bilhões para investimentos em acessos hidroviários, rodoviários, ferroviários e em pátios de regularização de tráfego nos 18 principais portos públicos brasileiros, sendo R$ 1 bilhão do Ministério dos Transportes. O restante será executado principalmente pelos estados e iniciativa privada. Esses investimentos complementam as ações já contempladas em outros programas governamentais, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Programa de Investimentos em Logística de Concessões e o Programa Federal de Concessão de Rodovias já em curso.

“Esse é mais um passo para a abertura dos portos para as forças produtivas do País. Estamos inaugurando uma nova era de gestão portuária, para haver a maior movimentação de cargas possível, com o menor custo possível. Será uma era da eficiência, já que os portos são responsáveis por 95% do fluxo de comércio para o exterior”, salientou a presidente Dilma Rousseff.

O secretário executivo da Secretaria de Portos da Presidência (SEP), Mário Lima Júnior, negociou com a quadrilha acusada de vender pareceres técnicos a liberação de um projeto de interesse do grupo investigado na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.

Número 2 da pasta chefiada pelo ministro Leônidas Cristino (PSB-CE), ele se reuniu com o ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Vieira, apontado pela PF como chefe da quadrilha, para tratar da construção de um porto privativo na Ilha de Bagres, em Santos, a ser explorado por empresa ligada ao ex-senador Gilberto Miranda. E marcou encontro com o ex-parlamentar, em São Paulo, em viagem bancada com dinheiro público.

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As escutas mostram o roteiro traçado pelo ex-diretor da ANA para cooptar o secretário executivo. Segundo a PF, o porto seria explorado pela São Paulo Empreendimentos, ligada ao ex-senador, que tem como sócio o empresário Luís Awazu. O objetivo era que o governo o declarasse de utilidade ou interesse público, o que dependia do aval da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), além da SEP.

Confirma

A Secretaria de Portos da Presidência (SEP) confirmou nesta terça-feira (27) que o secretário-executivo Mário Lima Júnior esteve em Santos no dia 26 de abril deste ano, onde se encontrou com Luís Awazu, sócio da São Paulo Empreendimentos. Em nota, a pasta explicou que Lima visitou a área do porto privativo da Ilha de Bagres com o empresário, além do presidente da Companhia Docas de São Paulo (Codesp), Renato Barco. Mas negou, por meio da assessoria de imprensa, a reunião com o o ex-senador Gilberto Miranda.

A SEP informou que a viagem, contudo, não teve esse objetivo específico. O propósito principal seria participar de reunião ordinária do Conselho de Administração do Porto de Santos (Consad). O ex-diretor da Agência Nacional de Águas Paulo Rodrigues Vieira (ANA) também integrava o colegiado, daí a legitimidade para discutir o assunto.

A SEP afirmou ter sido consultada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em fevereiro de 2010 sobre a construção e exploração do terminal privativo de Bagres e não se opôs ao pleito apresentado. O ex-senador Gilberto Miranda não foi localizado ontem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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