O governo federal anunciou, nesta quinta-feira (6), mais uma parte do Programa de Investimentos em Logística, com ações relacionadas aos portos brasileiros. Em agosto, foram lançados os programas de concessões e investimentos de rodovias e ferrovias.
O objetivo desse eixo sobre os portos é incentivar a modernização da infraestrutura e da gestão portuária, expandir os investimentos privados no setor, reduzir custos e maximizar a eficiência portuária. “Queremos ser mais competitivos, através do aumento da movimentação de cargas com custos menores”, frisou o ministro da Secretaria dos Portos, Leônidas Cristino.
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As medidas preveem a reorganização da gestão, através do planejamento centralizado na Secretaria dos Portos, em articulação com o Ministério dos Transportes, a fim de melhorar a distribuição de recursos. A Secretaria passa a ficar responsável pelos portos marítimos, fluviais e lacustres. Para desburocratizar o setor, também está prevista a integração das autoridades federais nos portos, a fim de unificar os procedimentos.
Está no pacotes de ações, ainda, um novo marco regulatório para os portos brasileiros a fim de permitir a regulação do serviço de praticagem, a eliminação de barreiras, a abertura de chamadas públicas para Terminais de Uso Privativo (TUPs) e a agilização de processos de arrendamentos e de licenciamentos ambientais.
Aproximadamente R$ 54,2 bilhões serão aplicados em novos investimentos em arrendamentos e TUPs, sendo R$ 31 bilhões até 2014/2015 e R$ 23,2 bilhões entre 2016/2017. No Nordeste, o investimento será de quase R$ 12 bilhões, beneficiando os seguintes portos: Cabedelo, na Paraíba; Itaqui, no Maranhão; Pecém, no Ceará; Recife e Suape, em Pernambuco; Aratu, Salvador e Porto Sul/Ilhéus, na Bahia; e Maceió, em Alagoas.
Os demais portos beneficiados são: Espírito Santo, Rio de Janeiro, Itaguaí e Santos, no Sudeste, com R$ 28,6 bilhões; Porto Velho, Santana, Manaus/Itacoatiara, Santarém, Vila do Conde e Belém/Miramar/Outeiro, no Norte, com quase R$ 9 bilhões; e Porto Alegre Paranaguá/Antonina, São Francisco do Sul, Itajaí/Imbituba e Rio Grande, no Sul, com R$ 7,6 bilhões.
Ainda estão previstos outros R$ 2,6 bilhões para investimentos em acessos hidroviários, rodoviários, ferroviários e em pátios de regularização de tráfego nos 18 principais portos públicos brasileiros, sendo R$ 1 bilhão do Ministério dos Transportes. O restante será executado principalmente pelos estados e iniciativa privada. Esses investimentos complementam as ações já contempladas em outros programas governamentais, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Programa de Investimentos em Logística de Concessões e o Programa Federal de Concessão de Rodovias já em curso.
“Esse é mais um passo para a abertura dos portos para as forças produtivas do País. Estamos inaugurando uma nova era de gestão portuária, para haver a maior movimentação de cargas possível, com o menor custo possível. Será uma era da eficiência, já que os portos são responsáveis por 95% do fluxo de comércio para o exterior”, salientou a presidente Dilma Rousseff.