Tópicos | Semana de Moda de Milão

Na última sexta (25), a Versace apresentou ao mundo sua coleção Verão 2021 em um desfile sem plateia e com destaque para a representatividade. Na passarela, três modelos plus size desfilaram os modelos da marca: Jilla Kortlove, Alva Claire e Precious Lee. Elas são representantes de um novo movimento no mundo da moda que pretende quebrar antigos padrões dessa indústria. 

Nas redes sociais, as modelos festejaram muito sua participação no desfile, durante a Semana da Moda de Milão. Elas salientaram a importância do momento e se felicitaram por estarem “fazendo história”. Em seu perfil, a holandesa Jill Kortlove escreveu: “Espero que a gente abra portas para uma geração que sempre sonhou como eu mas nunca se viu nas capas das revistas”. A inglesa Alva Claire concordou com a colega de profissão: “Esse momento é por todas nós”. 

##RECOMENDA##

Já a americana Precious Lee celebrou em dose dupla pois além de representar as mulheres fora dos padrões comerciais, ela também levou à passarela a representação das mulheres negras. “Eu sei o quanto isso significa e sempre vou apreciar isso. Nenhuma garotinha negra pode dizer que ‘não consegue’ porque nós conseguimos, sempre pudemos, e quando você se mantém verdadeira, você consegue”. 

 

A Semana de Moda de Milão terminou neste domingo com dois grandes desfiles da Dolce & Gabbana e da Gucci.

Em meio a uma luxuosa selva, a Dolce & Gabbana apresentou sua nova coleção de primavera-verão 2020.

##RECOMENDA##

O Metropol, antigo cinema que hoje é a sede principal da marca, foi tomado por plantas exóticas, enquanto a passarela foi decorada com uma estampa de leopardo.

As modelos se vestiam como se estivessem indo a um safári, com jaquetas, shorts ou macacões de sarja, mas de salto fino, lábios pintados e lenços de seda nos cabelos.

A exuberância deu o tom da passarela: as estampas de girafas, zebra, oncinha e tigre se combinavam com motivos tropicais, como folhas de bananeira e palmeira ou frutas exóticas.

Os penteados, os acessórios e o corte, contudo, remetiam à Sicília dos anos 1950.

Monica Bellucci assistiu ao desfile com seus amigos, bem como a atriz Sofia Vergara.

Já a Gucci fechou a Fashion Week convidando o público a entrar em um laboratório enigmático, no qual Alessandro Michele, diretor artístico da casa, pretende criar uma mota antídoto contra a normal social.

Em meio a muitos jogos de luz, os modelos trajando a nova coleção de primavera-verão 2020 da Gucci desfilaram em uma passarela móvel.

A coleção lembra os anos 1970, com calças largas, lapelas largas nas jaquetas, vestidos longos monocromáticos e óculos quadrados.

As criações também se inspiraram em uniformes de trabalho, com acessórios emprestados do universo BDSM, como chicotes.

Como sempre, a Gucci fez do desfile um campo em que tudo é possível e onde a moda se torna um instrumento de resistência.

Conhecido por suas colaborações com o teatro e cinema, o estilista italiano Antonio Marras convidou o público nessa sexta-feira (23), durante a Semana de Moda de Milão, a fazer uma viagem imaginária em um transatlântico com imigrantes de ontem e hoje.

A história, contada em um pequeno folheto distribuído aos espectadores, com atores e bailarinas e uma trilha sonora de notas de piano, narra a vida de John Marras, um antepassado do estilista, que não se sabe se realmente existiu.

##RECOMENDA##

Marras, que vive na ilha de Sardenha, quis fazer uma homenagem a todos os imigrantes, aqueles que partiram para os Estados Unidos no início do século XX, muitos deles italianos, assim como os que chegam hoje à Europa.

Alguns modelos desfilaram usando apenas cuecas, lembrando os homens que deixaram tudo para atravessar o mar e alcançar seu sonho de ter uma vida melhor.

"Na primeira classe viajavam homens de negócios elegantes e nobres cobertas de joias, na segunda classe comerciantes e mulheres em busca do príncipe encantado e na terceira era penas dor e angústia", diz o estilista.

Para narrar esses mundos, o estilista propõe uma coleção eclética, com jaquetas masculinas elegantes, algumas com estampa Príncipe de Gales, e mulheres vestidas com rendas, joias, pérolas e tule.

Tudo é impecável, rigoroso e elegante nesses viajantes que partem para novos destinos e sonhos.

- Um toque de Cavalli -

A nova coleção outono/inverno da marca Cavalli, do estilista inglês Paul Surridge, teve um toque pessoal de seu fundador, Roberto Cavalli.

O luxo sexy e boêmio, característico da marca, foi interpretada pelo novo diretor criativo, que confessa se inspirar apenas nos arquivos e desenhos do fundador.

"A coleção questiona a noção do glamour moderno e o que isso significa", disse o estilista em entrevista à AFP pouco antes do desfile.

"A confiança em si mesmo é, para mim, a chave para conseguir uma atitude sexy, mas é necessário se sentir feliz consigo mesmo. Sem isso, corre o risco de ser vulgar", disse.

Surridge, inspirando-se em Cavalli, usou peles, estampas de animais, zebras, calças bordadas e casacos com um toque contemporâneo.

Alguns looks são justos, mas sem cair na vulgaridade, já que são também muito urbanos.

"Para a cor, elemento principal no vocabulário de Roberto Cavalli, me inspirei nos vidros de Murano", diz Surridge, que propõe roxos, vermelhos e azuis.

Com uma ode aos anos 80, a marca italiana Gucci lançou nesta quarta-feira (20), na Semana de Moda de Milão, as novas criações do excêntrico estilista italiano Alessandro Michele, responsável pelo rejuvenescimento da marca florentina.

Franjas, lantejoulas, ombreiras, óculos grandes, moletons amplos, estampas, colares e brincos exagerados dominam a coleção de Alessandro para a primavera-verão 2018.

##RECOMENDA##

A ideia, segundo o estilista, é evitar "virar a página e falar obstinadamente de beleza e espetáculo".

Alguns looks na passarela são uma homenagem ao gênio criativo David Bowie e seus brilhos.

Um das peças em tons de marrom, parecia uma antiga foto adornada com anéis extravagantes de vanguarda.

"É preciso coragem para andar para trás lentamente", reconhece o estilista.

A aposta de Alessandro foi recebida com aplausos por boa parte das celebridades presentes, entre elas a artista mexicana Salma Hayek, cujo marido, Francois-Henri Pinault, é proprietário do grupo francês Kering, que comprou a marca Gucci.

Esse foi o primeiro desfile da marca sem modelos masculinos ou femininos menores de 16 anos ou excessivamente magros.

Os dois maiores impérios do setor de luxo e da moda francesa, LVMH e Kering, se comprometeram a não contratar modelos menores de 16 anos e não aceitaram em seus catings mulheres de tamanho 32 e homens de tamanho 42.

- Milão: entre arte e moda -

A edição do evento inclui vários eventos e apresentações além da moda, como o Salão do Móvel, com público variado, indo além do especialistas do setor.

Segundo os números da Câmara de Comércio de Milão, 90% dos hotéis estão ocupados, o que corresponde a uma arrecadação de 17 milhões de euros.

O tema da edição 2017 é a ecologia, o trabalho sustentável e bem valorizado, além do apoio aos novos talentos, para quem foram concedidos espaços gratuitos para seus desfiles.

Entre eles estão a Fábrica do Vapor, a Sala das Cariátides do Palácio Real e o Museu da Ciência e Tecnologia.

A estilista japonesa Atsushi Nakashima estreou nessa quarta-feira com uma coleção de cores vivas, com ponchos em tons de prata e muitos zíperes brilhantes.

Para Nakashima, os zíperes representam o melhora da humanidade, porque unem em vez de dividir nesses tempos tão incertos, disse.

Além dos desfiles, o mundo da moda se comunica com a cidade através das obras de arte e instalações com o tema "Festa da Criatividade".

Uma peça com várias máscaras pintadas cobre a fachada do palácio La Rinascente em uma homenagem à beleza, enquanto uma estrutura octogonal, no centro da Galeria Victorio Emanuel II, coberta com obras de mestres da história da arte, representa o talento.

As fachadas dos prédios da lendária rua de Milão, a Via Montenapoleone, foram transformadas em telas gigantes para narrar a história de tantos artesãos e artistas que forjaram a moda italiana ao longo dos anos.

Depois de Nova York e Londres, os refletores se voltam nessa quarta-feira para as passarelas de Milão, onde o clima de esperança e renovação aflora com os primeiros sinais de recuperação do setor.

Com 70 desfiles e cerca de 100 desfiles e eventos mostrando um total de 174 coleções, as propostas para o outono-inverno 2017-2018 do evento de moda feminina inclui grandes marcas da moda italiana.

##RECOMENDA##

Giorgio Armani, Gucci, Versace, Prada, Moschino e Dolce & Gabbana são os pontos fortes no evento, que reúne marca até da China, passando pela Geórgia.

A semana milanesa é cada vez mais internacional e esse ano terá dois momentos fortes, com os desfiles misturados de moda masculina e feminina na Gucci e na Bottega Veneta, tendência forte entre os estilistas.

"Estamos muito satisfeitos com o programa", diz o presidente da Câmara Nacional de Moda Italiana, Carlo Capasa, reconhecendo que a recuperação da indústria da moda "foi melhor que o esperado".

O setor, que reúne roupas, acessórios, óculos, joias e cosméticos, fechou 2016 com um faturamento total de 84,1 milhões de euros em relação aos 83,6 milhões de euros previstos. Um aumento em um ano de 1,9%.

A Itália acorda

Após um primeiro trimestre negativo, a recuperação do setor foi evidente no segundo e terceiro trimestre, principalmente pela reativação do mercado interno.

As vendas registraram um crescimento significativo, com alta de 9,2% entre junho e setembro. Apenas a indústria de vestidos viu seu faturamento aumentar 1,5% no ano passado, segundo o último informe econômico publicado pela entidade de moda italiana.

"São resultados importantes que mostram o peso de Milão no panorama internacional", explicou Capasa.

"Para a primeira metade de 2017, tendo em conta as incógnitas econômico-financeiras e geopolíticas, esperamos que todo o setor registre um crescimento de 1%", disse.

Diferente de outras capitais da moda, Milão passa por um período excelente, disse Cristina Tajani, vice-prefeita da cidade, que apoia a realização de outros eventos como a semana dos móveis e design, e põe à disposição espaços históricos para esses eventos.

Entre eles a sala das Cariátides do Palácio Real, próximo de Duomo, a catedral, que sedia alguns desfiles, e o Museu Nacional de Ciência e Tecnologia.

O pavilhão UniCredit, com auditório e um centro polivalente na praça Gae Aulenti, no novo bairro de negócios de Milão, será o núcleo principal da Semana de Moda, assim como Fashion Hub Market, onde serão apresentadas as coleções de 15 estilistas estreantes.

O verão rejuvenesceu as criações apresentadas neste sábado (26) na Semana da Moda de Milão, com vestidos mais confortáveis, frescos e divertidos para a próxima temporada, seja no estilo informal de Roberto Cavalli, no esportivo de Bottega Veneta ou no despir chique de Jil Sander e Ermanno Scervino.

Todos os olhares se voltaram para o aguardado desfile de Cavalli, fundador da marca, que pela primeira vez esteve ausente da passarela. O estilista toscano, de fato, cedeu sua casa de alta-costura ao fundo de investimentos italiano Clessidra. À frente da mesma o sucedeu Peter Dundas, que teve a responsabilidade de retomar o bastão da marcha, renovando-a por completo.

##RECOMENDA##

Mal chegou, o estilista norueguês propôs uma ruptura total com o tradicional estilo glamouroso e extravagante de Cavalli. O tom sensual e a pegada 'rock' da marca ainda estavam presentes, mas em uma versão totalmente renovada, que lembra mais a Just Cavalli, Nº 2 da empresa.

As estampas em "animal print", marca registrada da grife, foram mantidas, mas em estilo "digital", quase abstrato, com cores de verão. O habitual trabalho artesanal apareceu apenas esboçado.

O guarda-roupas, sobretudo, passou por uma revolução de alto a baixo. Saíram os vestidos de sereia e de noite, entraram as roupas básicas, fáceis de usar no dia a dia: jaquetas curtas e vestidos em denim de diversos tons tie and dye (rosa, glicina, celeste), leggings e vestidos super-justos, shorts, parcas em nylon ultraleve e T-shirts. Para a noite, vestidos supercurtos com caudas longas e leves.

A vela inspira

Informalidade e conforto também predominaram na coleção esportiva de Bottega Veneta, que apresentou roupas pensadas para a vida ao ar livre. Calças de 'jogging' em tecido aveludado combinaram com sweat-shirt e colete com zíper, também aveludados, estampados com uma "camuflagem" sutilmente militar.

O estilo safári se fez presente com jaquetas e saias estampadas em estilo leopardo com inserções de couro preto ou vestidos em gabardina e cardigãs em cashmere estampados com a mesma estampa de folhas.

Os tecidos em crochê, decorados com anéis metálicos, fizeram alusão à vela. Este esporte náutico inspirou particularmente o diretor criativo Tomas Maier, que apresentou longos vestidos em técnica nylon, ao estilo do tecido de paraquedas, decotados nos ombros e amarrados no pescoço e nas costas com nós de marinheiro. Estas cordas, típicas dos veleiros, também apareceram nos acabamentos e em vestidos confeccionados em patchwork de materiais rústicos.

Criador da Jil Sander, Rodolfo Paglialunga também brincou com laços, que se entrecruzaram nas costas para sustentar vestidos de cetim fluido ou com cintos de fechos metálicos.

Vestidos e saias retos se ajustaram de forma sensual ao corpo, assim como casacos longos. Às vezes, um ombro, barriga ou costas nus revelaram o corpo através de um jogo de mostra e esconde, enquanto o olhar das modelos era escondido por um chapéu de palha.

O mesmo espírito lânguido marcou a coleção de Ermanno Scervino, que deu ênfase à lingerie, de rendas e peças transparentes de um lado, e um vestuário mais cotidiano, inclusive esportivo, do outro, com macacões e conjuntos de aviador confortáveis e sem frufrus.

Um leve ar oriental paira nas criações de Antonio Marras, que nos conduz a uma viagem entre a Armênia e o Irã. Dominada por cores em tons de cobre, toda a coleção se apoia em um equilíbrio entre formas relativamente simples e materiais preciosos, entre os quais se destacou o ouro.

No domingo será a vez, em particular, de Marni, Dolce & Gabbana, Salvatore Ferragamo e Trussardi.

A leveza tomou conta das coleções para o verão de 2016 apresentadas nesta quinta-feira (24) na Semana de Moda de Milão, uma ode aos materiais suaves e ao espírito colorido que somente a Fendi quebrou com peças de couro. O desfile da marca Emilio Pucci foi um dos mais esperados pela chegada do novo diretor artístico Massimo Giorgetti, que substituiu Peter Dundas, por sete anos no comandando da marca com participação vendida ao luxuoso grupo LVMH.

A marca florentina, fundada pelo marquês Emilio Pucci em 1951, não decepcionou com seu novo estilo juvenil marcado pela cor, um certo ar fresco, transparências, sobreposições e efeitos brilhantes. Os looks vaporosos alternavam saias plissadas e calças com detalhes metálicos. Tudo combinado com camisetas transparentes, tops cobertos de lantejoulas e tecidos brilhantes e sandálias rasteiras com plumas.

##RECOMENDA##

Os vestidos de tecido leve vêm em forma de combinação, alguns com alças finas que formam um mosaico de seda impresso e unido na diagonal. Tudo se sobrepõe, se move e brilha. O frescor e a leveza também marcam a coleção da Blugirl, segunda linha da marca Blumarine, que propõe um estilo "casual" para o verão com túnicas amplas e saias ciganas de popeline ou crepe de seda, com mangas bufantes e ombros de fora.

Cintos e pingentes proclamam em grandes letras douradas a palavra ANNA, nome da estilista Anna Molinari. O estilo evasê aparece muito nas coleções, em todo lugar, na gola, mangas ou realçando os quadris.

As plumas também trazem movimento, principalmente nos looks curtos pretos e sexys. Saias ajustadas na cintura e abertas nos quadris mostram a roupa de banho. Na Fendi, Karl Lagerfeld usou couro trançado. Macacões, jaquetas muito curtas e saias em estilo balonê em couro de cordeiro e tons vermelhos e rosados. Tiras de couro entrelaçadas formam uma jaqueta e a uma manta vazada. Os looks em couro são o prato principal da coleção.

A incrível confecção artesanal da pele chega até um maiô de couro preto. Além do vermelho, o próximo verão será dominado por branco e preto em um espírito quase rock. As jaquetas vêm sem mangas, se transformam em coletes sexys, os ternos têm listras com fios de prata. Nesta sexta-feira desfilam Blumarine, Emporio Armani, Etro, Iceberg e Versace.

A Semana de Moda de Milão termina nesta terça-feira (20) revelando uma tendência à feminização do homem, assim como um gosto pronunciado por peças confortáveis e acessórios.

Gigantes da moda italiana, Prada, Gucci, Versace e dezenas de outras apresentaram sua coleção masculina outono-inverno 2015-2016 e defenderam durante quatro dias o título de "capital da moda" ostentado pela cidade lombarda.

##RECOMENDA##

Título que Milão espera consolidar graças à Exposição Universal, entre 1 de maio a 30 de novembro de 2015. Ainda que a moda masculina continue relegada ao segundo plano frente a feminina, o setor afirma que trata-se de um mercado em ascensão.

Na Versace, a cifra de negócios de ambas seções (masculina e feminina) tem "exatamente a mesma importância", declarou esta semana o diretor geral do grupo, Gian Giacomo Ferraris, à revista Fashion.

As fábricas e armazéns italianos esperam se beneficiar da presença dos visitantes da Exposição Universal de Milão, calculados em 20 milhões.

Com a perspectiva da Exposição Universal, um consórcio de lojas inaugurou no último sábado uma "rua do homem" no célebre Quadrilátero da moda, antigo bairro milanês que tem grande concentração de lojas de luxo.

O estilo viril voltou em favor de peças mais unissex e confortáveis, como parcas amplas e sapatos pesados.

Os looks ganham personalidade com pequenos detalhes, como um único botão dourado para a Versace, ou o patchwork para a Fendi, atendendo à grande demanda pela customização.

Para o estilista italiano Roberto Cavalli, que também apresentou sua coleção na manhã desta terça-feira, o objetivo é: "Todo homem deve gostar! Quero ajudar os homens a viver melhor!".

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando