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A Votorantim Energia e o Instituto Votorantim lançam o LabÁgua, programa para acelerar projetos voltados a solucionar questões hídricas no semiárido, na região entre os estados de Pernambuco e Piauí. Até 20 projetos poderão participar do programa, e os cinco melhores receberão capital semente para serem implementados, totalizando um investimento de R$ 230 mil pela empresa.

As inscrições podem ser feitas no site do programa até 29 de junho. Entre os requisitos para participar do programa, os projetos devem ter o mínimo de produto viável validado ou em fase de validação. Além disso, os protótipos desenvolvidos devem ser pensados no território a ser aplicado, havendo possibilidade de ajustes junto à comunidade beneficiada.

Rômulo Vieira, diretor corporativo da Votorantim Energia, explica como será a aplicação das iniciativas: “O programa prevê o teste dos projetos na Serra do Inácio, região carente de recursos básicos, na divisa entre Piauí e Pernambuco, e a participação da comunidade a fim de ampliar as possibilidades de aplicação e sustentabilidade dos projetos. Os moradores vão atuar em codesign, ajudando a desenhar os projetos que vão receber o capital semente”.

O processo de seleção será feito em três etapas. A primeira será on-line para até 20 iniciativas que queiram resolver o problema da escassez hídrica da Serra do Inácio. Em um segundo momento, cinco iniciativas serão escolhidas para receber o incentivo capital e pôr em prática a construção do protótipo no território.

A terceira fase consiste em um bootcamp, onde os protótipos serão testados com o suporte do Instituto, da Votorantim Energia e de uma rede de mentores locais. Cloves Carvalho, diretor-presidente do Instituto Votorantim, busca diferentes iniciativas que tenham um mesmo propósito. “Podem participar projetos de pesquisas, startups, organizações sociais e outros tipos de empreendimentos, desde que tenham projetos inovadores e com o MVP passível de teste no território, junto à comunidade”, destacou.

Com informações da assessoria

Nesta quarta-feira (16), às 17h, a Rede Interdisciplinar de Mulheres Acadêmicas do Semiárido (Rimas) promoverá o evento “A perspectiva de gênero no empreendedorismo feminino”. O encontro será transmitido ao vivo por meio do Instagram do grupo, gratuitamente. 

O momento contará com a mestra em administração e especialista em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Josiete da Silva Mendes, que também atua como professora assistente da Universidade de Pernambuco (UPE), no Campus Salgueiro. A mediação do encontro ficará por conta da professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), da Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST), Avani Torres. 

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De acordo com nota, entre os planos para 2021, as integrantes do Rimas “pretendem lançar edições temáticas de e-books, revistas e boletins para propagação do conhecimento produzido no interior nordestino''. Todas as atividades do grupo serão mantidas na forma on-line, devido a pandemia da Covid-19.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), participou, nessa quarta-feira (24), do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Convivência com o Semiárido, criada para cobrar do Governo Federal, junto com a sociedade civil, investimentos nas políticas da região do país que mais sofre com a estiagem.

Segundo Humberto, o objetivo da frente, formada por mais de 200 deputados e senadores, é defender a criação de comissões para a convivência da população do semiárido, que sofreu recentemente com uma seca prolongada de seis anos. Hoje, 26 milhões de pessoas moram na área, sendo 1,7 milhão no meio rural.

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O senador explicou que a maior demanda é a de acesso à água para consumo e produção de alimentos, questão básica para a condição humana. Ele observou que a escassez de água e a aridez do solo são as principais características de delimitação do semiárido, que abrange mais de 1,2 mil municípios em dez estados brasileiros.

“Iremos intensificar as nossas ações e cobranças do governo para o desenvolvimento da região, que inclui a produção agropecuária destacada. O povo nordestino experimentou, ao longo das gestões de Lula e Dilma, um estímulo extremamente significativo que gerou crescimento e superação da pobreza. Isso não pode ficar para trás”, ressaltou.

O parlamentar lembrou que os governos do PT fizeram obras importantes que mudaram a vida dos moradores da região, como a transposição do rio São Francisco, a maior obra hídrica da história do país, e diversos outros empreendimentos, como o projeto de cisternas, que fortaleceram também a agricultura familiar.

Humberto reiterou que foram construídas mais de 1 milhão de cisternas no semiárido entre 2003 e 2014. Ele comentou que, graças a essa política massiva, muito menos pessoas deixam a região devido à seca.

“E, apesar de desde 2012 a região ter experimentado uma das piores secas já registradas, relatórios indicam que não há incidência dos piores efeitos da seca - mortalidade infantil, fome, migração em massa - que costumava ser generalizada no semiárido”, destacou.

A escassez de água e a aridez do solo são as principais características de delimitação do semiárido, que abrange mais de 1,2 mil municípios, de dez estados brasileiros. Lá, vivem 26 milhões de pessoas, sendo 1,7 milhão delas no meio rural. Garantir políticas públicas específicas para a região no próximo Plano Plurianual (2020-2023) será o primeiro desafio da Frente Parlamentar em Defesa da Convivência com o Semiárido, que será lançada quarta-feira (24), na Câmara dos Deputados.

 Mais de 200 parlamentares compõem a Frente, criada com o apoio de organizações da sociedade civil. “A nossa missão será cobrar do governo Bolsonaro investimentos nas políticas de convivência com o semiárido. A maior demanda é a de acesso à água para consumo e produção de alimentos, questão básica para a condição humana”, explica o presidente da Frente, deputado Carlos Veras (PT).

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 As políticas de convivência representam uma mudança da relação do Estado com a região, movimento que se iniciou, apenas, nos anos de 1980 e ganhou força no governo Lula. Um exemplo é o Programa Cisternas, criado em 2003, responsável pela implantação de mais de 1,3 milhão de tecnologias para captação e armazenamento de água. “Saímos do paradigma de ‘Combate às Secas’ para a convivência com o Semiárido. Evidencia-se que o principal problema do Semiárido não é o clima, mas a estrutura social”, pontua Jonas Duarte, professor da Universidade Federal da Paraíba e pesquisador colaborador do Instituto Nacional do Semiárido (INSA).

 Representante da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), Alexandre Pires ressalta que fatores como dificuldade de acesso à água, educação, saúde e a outros serviços públicos levaram o semiárido a figurar com os piores índices de desenvolvimento humano do país. “Do ponto de vista histórico, o Estado brasileiro tem uma dívida com a região semiárida e é por isso que a gente reclama do Estado que a população tenha no mínimo o direito de acesso à água”, enfatiza.

 O lançamento da Frente contará com a presença de parlamentares e representantes da sociedade civil. Na programação do evento, consta o debate sobre a necessidade de incluir o Semiárido no Plano Plurianual (PPA) 2020-2023.

Apesar de ser dono de 26,5% do eleitorado brasileiro, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o desenvolvimento do Nordeste ainda não está entre as propostas já apresentadas pela maioria dos pré-candidatos à Presidência da República. 

A região que, em quantitativo eleitoral, perde apenas para o Sudeste, deve ser um dos focos dos postulantes, mas a pouco mais de dois meses do início da campanha eleitoral, as projeções para os estados nordestinos ainda são mínimas. O LeiaJá fez um levantamento e apenas três dos 16 nomes que se colocam para a disputa já declaram suas intenções.

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Sem grande visibilidade entre os nordestinos, o ex-prefeito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ainda não firmou um programa de governo, mas já declarou, em andanças inclusive por estados da região, que pretende estimular a geração de empregos entre eles. Além disso, o tucano já definiu a questão da água como uma das essenciais e deve apresentar sua experiência na gestão dos recursos hídricos em São Paulo como vitrine. Alckmin já chegou a dizer que pode fazer uma nova transposição. Desta vez, do Rio Tocantins para o Rio São Francisco.

Pré-candidato pelo Podemos, o senador Álvaro Dias também não formalizou ainda seu plano governamental, mas já pontuou que deseja resolver o problema da seca no Nordeste com a mudança da matriz energética e a criação de um programa de dessalinização, como é feito em Israel, onde 65% da água para consumo e irrigação vem do mar. A iniciativa seria feita, segundo ele, a partir de uma parceria público-privado (PPP). 

Nome do MDB para a disputa, o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deve seguir o documento Encontro com o futuro, lançado recentemente, que destaca o fato do Nordeste abriga 28% da população brasileira e deter apenas 14% da renda nacional. 

A proposta de Meirelles é de reforçar o uso da energia eólica e solar, que hoje é concentrada no setor privado, e ampliar a atuação do Estado para novos investimentos no setor tanto na região do semiárido quanto da região costeira. Além disso, eles também propõem a transposição do Rio Tocantins para afluentes do Rio São Francisco, conceder incentivos para o desenvolvimento do agronegócio e criar um programa para dotar as cidades costeiras de infraestrutura turística de primeiro mundo, através de parcerias entre os bancos públicos e investidores internacionais.

Nordeste é essencial na eleição

A ausência de propostas da maioria dos presidenciáveis para a região, na avaliação do cientista político Antônio Alexandre Lucena, pode ser justificada pela necessidade dos postulantes em “se estabelecer e fazer valer as candidaturas” durante este período que antecede as convenções partidárias, marcadas para acontecer de 20 de julho a 5 de agosto. 

Para o estudioso, a expectativa é de que com o início da campanha o recorte direcionado dos projetos fique mais evidente, uma vez que a conquista do eleitorado nordestino, ou ao menos parte dele, é essencial para que o presidenciável obtenha a vitória do pleito.  

“Quando a campanha começar efetivamente eles devem buscar esse eleitorado nordestino porque só consegue se eleger presidente se conseguir o apoio do Sudeste, uma parte do Sul e do Nordeste. Eles realmente precisam desse apoio da região. Quando começar os programas de rádio e TV essas propostas devem ser formuladas”, considerou o cientista político. Mesmo assim, ele ainda ponderou que considera um “atraso” os pré-candidatos não regionalizarem também os planos que fazem para o país. 

Uma das regiões que mais têm sofrido com a seca, o semiárido radical, onde estão os focos de desertificação no Nordeste, pode enfrentar um cenário ainda mais dramático em um futuro de mudanças climáticas.

É o que alerta um trabalho feito pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGV), que analisou o custo-benefício de medidas de adaptação para a bacia dos Rios Piancó-Piranhas-Açu, entre o sertão da Paraíba e do Rio Grande do Norte. A região, que abriga cerca de 1,6 milhão de pessoas, já tem sofrido com seca severa nos últimos cinco anos. O trabalho, encomendado pela Agência Nacional de Águas (ANA), e coordenado pelo pesquisador Alexandre Gross, calculou como esse quadro pode evoluir nos próximos 50 anos com a mudança do clima.

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No planejamento de riscos futuros tradicional, é normal considerar somente as séries históricas do passado e projetar o mesmo comportamento para frente. Por essa conta, até 2065 (o estudo usa 2016 como ponto de partida), a pesquisa estima que haveria déficit hídrico acumulado de cerca de 1.250 m³/s.

O trabalho calculou, então, como o quadro pode se alterar em três cenários de mudanças: um moderado; um com eventos extremos - em que há muita seca, mas também eventos de chuvas fortes; e um realmente árido. Esse déficit pode saltar para 14%, 84% e 133%, respectivamente.

Do ponto de vista econômico, o quadro sem mudança do clima indica perda de cerca de R$ 17,5 bilhões em 50 anos. O incremento com a mudança do clima pode variar de 7% (cenário moderado) a 97% (árido), atingindo cerca de R$ 35 bilhões.

"A mensagem é simples: planejar o futuro sem pensar nas mudanças climáticas pode significar uma negligência de cerca de 100% das perdas econômicas", diz Gross. "Sabíamos que poderia haver um déficit maior, mas a magnitude foi surpreendente. E, consequentemente, as perdas econômicas. A ideia é que o comitê de bacias leve isso em consideração", diz Carlos Perdigão, coordenador da superintendência de planejamento de recursos hídricos da ANA. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os deputados pernambucanos Miguel Coelho (PSB), Rodrigo Novaes (PDT) e Claudiano Filho (PSDB) se reúnem, nesta quinta-feira (3), em João Pessoa, na Paraíba, com representantes das assembleias legislativas de outros estados do Nordeste. No encontro, os parlamentares vão definir as prioridades para o semiárido nordestino. O documento será entregue a presidente Dilma Rousseff (PT) que cumpre agenda em terras paraibanas nesta sexta (4). 

“Queremos construir uma agenda comum de prioridades para a presidente que contemple as maiores necessidades dos estados do semiárido nordestino. Sabemos que não dá para a presidenta fazer tudo o que se pede em nossa região, mas pelo menos as ações de interesse comum dos nove estados precisam ser priorizadas”, defendeu Miguel Coelho.

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Desde março, os parlamentares buscam articular com as bancadas estaduais da região políticas permanentes voltadas ao semiárido. A aliança recebeu o nome de União pelo Nordeste e já contabiliza o apoio de governadores, senadores, deputados federais, estaduais e a atenção de ministros e do superintendente da Sudene. 

Após a entrega do documento, os deputados devem iniciar a organização de um fórum aberto à sociedade para discutir o assunto. Este encontro estava agendado inicialmente para o dia 17 de agosto, no entanto foi adiado e ainda não tem data marcada para acontecer. A expectativa é de que no fórum sejam colhidas sugestões que serão incorporadas ao documento entregue a Dilma. 

“Depois do fórum, vamos solicitar uma audiência com a presidenta para entregar e discutir esse programa completo. Não se trata de um pacote de obras ou conjunto de paliativos, mas uma política estruturada e com visão de futuro para o semiárido”, explica Rodrigo Novaes.

O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi (PP), anunciou, nesta segunda-feira (15), após uma reunião com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), a liberação de R$ 20 milhões para a gestão combater a crise hídrica no estado. O recurso, de acordo com Occhi, poderá ser usado para a contratação de carros pipas, a construção de adutoras de montagem rápida ou com as captações diretas. 

Além disso, segundo o ministro, também foi firmado um acordo para construir soluções hídricas para as comunidades que residem ao longo dos eixos norte e leste da Transposição Rio São Francisco. “São comunidades indígenas, quilombolas e rurais. Entregaremos o projeto para que a Compesa possa aprovar e o governo estadual vai liberar as verbas”, detalhou Occhi. 

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Junto ao governador, o progressista também garantiu que as grandes obras hídricas que estão em andamento no estado serão mantidas. “Passamos hoje aqui a certeza de que obras como a Adutora do Agreste, do Pajeú, do Chapéu e, principalmente, a Transposição têm seus recursos assegurados. Mensalmente o governo federal fará o repasse”, frisou. Indagado sobre a paralisação da Adutora do Agreste, Occhi desconversou. “A obra continua em andamento. Só este ano já liberamos mais de R$ 40 milhões para a Adutora do Agreste. Então, a obra está tendo evolução, sim, já ultrapassou 20% da execução”, cravou. 

Paulista – Além das obras para o Estado como um todo, o ministro assinou um convênio com o prefeito de Paulista, Júnior Matuto (PSB), para a adequação de uma obra de macrodrenagem. "O repasse vai ocorrer a medida que a obra estiver em andamento. O projeto já está fechado e orçado acima de R$ 100 milhões", destrinchou Occhi.

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O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, vem ao Recife, na próxima segunda-feira (15), para anunciar o repasse de novos recursos da União para Pernambuco e fazer um balanço sobre as ações da pasta no estado. O primeiro compromisso do gestor federal será no Palácio do Campo das Princesas, às 9h30. Na ocasião ele fará os anúncios ao lado do governador Paulo Câmara (PSB).

Os novos aportes dizem respeito ao pacote de verbas destinado ao semiárido nordestino para o enfrentamento da seca. Na próxima semana Occhi deve anunciar os novos repasses para outros estados da região como Bahia, Ceará, Alagoas e Sergipe.

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"Quando visitamos o ministro, mostramos nossa preocupação com os atrasos de obras fundamentais para nosso estado, que já passa por uma forte estiagem há quatro anos. Essa audiência será importante para dar garantias dos prazos e até novas ações que nosso estado precisa para conviver com a seca", explica Miguel Coelho.

 

 

Natural da cidade de Petrolina, Sertão de Pernambuco, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) defendeu nesta terça-feira (19), a adoção de metas para conter o processo de desertificação do semiárido brasileiro. Para ele, o problema é tão sério que o tema deve fazer parte do documento que o Brasil irá levar à COP 21, conferência mundial da ONU sobre o clima, que será realizada em dezembro, em Paris (França). 

Presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC) do Congresso Nacional, o senador participou hoje da abertura do IV Simpósio de Mudanças Climáticas e Desertificação do Semiárido Brasileiro, promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Petrolina (PE), onde defendeu a ideia. “Esta questão da desertificação tem que ser tratada com mais seriedade, com mais atenção. Temos que ter metas a atingir para incluirmos este tema na construção da proposta brasileira que será apresentada para o mundo, em Paris”, afirmou o senador. 

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Segundo o socialista, o governo brasileiro já está trabalhando nesta proposta, que será finalizada em setembro e dados da Embrapa revelam que quase a metade do semiárido enfrenta um processo de desertificação classificado como acentuado ou severo.

Outro dado que chamou a atenção do senador foi o desmatamento na região, que nos últimos anos, segundo a Embrapa, consumiu um território do tamanho de Portugal. “Temos que tomar medidas agora para que um bioma inteiro, que é único no mundo, como é o caso da caatinga, não desapareça”, defendeu Fernando Bezerra Coelho. 

O IV Simpósio de Mudanças Climáticas e Desertificação do Semiárido Brasileiro segue até a próxima quinta-feira (21), com a participação de pesquisadores de todo o país.

Um acordo entre o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Grupo Neonenergia coletará doações para crianças e adolescentes do Semiárido brasileiro através da conta de energia elétrica. As contribuições serão destinadas a projetos nas áreas de educação, saúde e proteção de crianças e adolescentes desenvolvidos pela Unicef em Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte.

Os clientes interessados em colaborar com as ações deverão fazer a adesão através do telefone 0800 605 2020 ou por SMS para o número 27146. Se optar pela mensagem de texto, basta enviar a palavra UNICEF e o fundo entrará em contato em seguida. O valor da doação é livre e será definido por cada cliente individualmente. 

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A adesão também poderá ser autorizada através do preenchimento de formulário de adesão enviado pelos Correios, sem custo. A quantia doada poderá ser alterada ou suspensa a qualquer momento pelo titular. 

Os três estados onde o Grupo Neoenergia faz distribuição de energia, Pernambuco, Bahia e Rio Grande Norte, possuem 585 municípios. Nesses locais vivem cerca de 4 milhões de crianças e adolescentes. Em toda a região, a taxa de mortalidade infantil é 11% superior à média nacional e o índice de abandono do ensino fundamental é de 85% maior que a média brasileira, segundos dados do Governo Federal.

Ao longo de 2014, mais de 172 mil cisternas foram instaladas nos estados da Bahia, Alagoas, Ceará, Maranhão, Piauí e Sergipe pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). As instalações fazem parte do programa Água para Todos, que tem o objetivo de integrar as estratégias do Governo Federal de convivência com a seca. 

Segundo o coordenador geral do programa na Codevasf, Elton Silva Cruz, cerca de 860 mil pessoas foram beneficiadas com a instalação de cisternas. “O balanço das ações executadas pela Codevasf neste ano, no âmbito do Água para Todos, é altamente positivo. Nós atingimos a nossa meta e muitas famílias estão convivendo com a seca e  tendo acesso a água graças às cisternas”, garante. 

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“A cisterna trouxe saúde, qualidade de água e de vida. Aqui, antes de ter a cisterna, a gente consumia uma água sem tratamento, sem qualidade para o consumo humano. As casas que receberam a cisterna, com certeza, vão ter uma qualidade de vida melhor, água saudável. É quase uma água mineral, e a custo zero para as famílias beneficiadas”, afirma o agricultor familiar João Augusto Gonçalves de Miranda, que mora no povoado de Olhos D´água, na cidade de Miguel Calmon, no semiárido baiano.

Devido à estiagem, o município foi classificado em situação de emergência pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec/MI) nos anos de 2012 e 2013. Mesmo com as dificuldades, João Augusto afirma que é possível ter uma vida digna. “Temos grandes dificuldades, mas com apoio e conhecimento temos como sobreviver. Não é muito fácil porque essa região de semiárido é precária de chuva, mas buscando e recebendo o apoio do governo, como esse da cisterna, tem como continuar vivendo nessa região”, pontua o agricultor. 

CISTERNAS – Cada reservatório é capaz de acumular até 16 mil litros d’água, quantidade considerada suficiente para suprir as necessidades básicas de uma família de cinco pessoas por até seis meses. O abastecimento é feito nos períodos de chuva: depois de ser aparada no telhado, a água é conduzida através de um sistema de calhas e canos para o reservatório. 

Com informações da assessoria

Desenvolvido por pesquisadores do Campus Caruaru da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o Desviufpe – dispositivo que aproveita toda a água da chuva que cai nas cisternas de casas do semiárido do município – conquistou, neste mês, o prêmio da Agência Nacional de Águas (ANA), através da categoria Inovação e Pesquisa Tecnológica. O projeto surgiu a partir da necessidade de otimizar a água da chuva armazenada em cisternas de todo o semiárido brasileiro. Confeccionado com tubos de PVC, o objeto tem custo unitário de R$ 210. 

De acordo com a professora do Laboratório de Engenharia Ambiental do Campus caruaruense da UFPE, Fávia Gavazza, o Governo orienta os moradores para que, quando começar a chover, a calha ligada à cisterna seja desconectada manualmente por algum tempo, para que assim as impurezas sejam descartadas. “Essa água acumulada também é utilizada para beber e, em alguns casos, a tubulação pode ser reconectada e levar alguns poluentes à cisterna. Foi daí que surgiu a ideia, durante o mestrado de um dos estudantes”, explica. 

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Ainda segundo a professora,o dispositivo faz a limpeza da água sem a necessidade de intervenção manual. Durante as experiências com o dispositivo, também foi possível monitorar a qualidade da água em 10 cisternas com ou sem o aparelho. Durante os 25 meses de monitoramento da qualidade da água, ficou constatado que o projeto foi capaz de reduzir de 67% a 100% o teor de impurezas. 

PRÊMIO – Maior premiação brasileira em relação ao tema “água”, o ANA também premiou instituições acadêmicas e empresas de mais seis estados brasileiros nas categorias Ensino, Governo, Empresas, Imprensa e Organismos de Bacia. Em 2014, a o prêmio bateu o recorde de 452 inscrições.  

O ex-deputado Osvaldo Coelho em companhia do seu filho, vice-prefeito de Petrolina, Guilherme Coelho (PSDB) foram a Brasília ao encontro do então candidato a Presidência da Republica Aécio Neves (PSDB). Os dois entregaram ao presidenciável sugestões de programas interligados de desenvolvimento para o semiárido nordestino.

“ O tempo para isto é agora! A diferença entre as regiões de um país tem que ser encurtadas. Numa federação não cabe estados muito ricos e outros muito pobres.  A pedido de Aécio fizemos uma sugestão que contempla toda área do semiárido e que foi aprovada por ele para constar em seu plano de governo”, afirmou Osvaldo.

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Os programas sugeridos ao senador Aécio Neves foram: o Proágua, Proirrigação, Propeixes, Proeducação, Prosaúde e Proinfraestrutura.

O encontro entre o ex-deputado federal, Osvaldo Coelho, e o candidato à presidência da república pelo PSDB, Aécio Neves, foi repleto de questionamentos sobre a atual situação do semiárido. Osvaldo defendeu que a região é carente de recursos e necessita de investimentos do governo federal para se desenvolver. Ele atribuiu ao peemedebista à responsabilidade de mudar essa realidade, caso seja eleito.

“A missão que lhe confio é urgente. É preciso fazer algo para o nosso semiárido ser tão rentável quanto o da Califórnia, o de Israel, o do Noroeste do México, o da Espanha. Petrolina, minha cidade, tem uma situação até razoável. Mas, em seu entorno, a vida é muitas vezes indigna e o senhor deve mudar isso”, afirmou Coelho. 

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Segundo o ex-deputado, Aécio Neves afirmou ter interesse em lançar em Petrolina um programa voltado ao progresso do semiárido e sugeriu que Osvaldo Coelho e Antônio Anastásia, candidato ao senado pelo PSDB, elaborassem um projeto propondo melhorias para a região. 

O presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, sugeriu nesta quarta-feira, 4, que pode haver um agravamento da seca no semiárido nordestino este ano. Ao participar de audiência das Comissões de Meio Ambiente (CMA) e Infraestrutura (CI), Guillo também citou estratégias que têm sido discutidas com o governo de São Paulo para evitar o racionamento de água na região.

Segundo o presidente da ANA, quase 50% dos reservatórios localizados no semiárido contam hoje com menos de 30% da capacidade. "Há uma situação que merece um acompanhamento de toda sociedade brasileira, pela sua gravidade, no semiárido. Os reservatórios não foram plenamente recuperados", afirmou.

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Guillo destacou que a situação no semiárido tende a se agravar caso as previsões meteorológicas se confirmem. "Os órgãos de previsão meteorológica têm apontado da formação do El Niño, que tem como consequência mais direta a não ocorrência de chuvas no semiárido. Se o El Niño vier a se formar, pode significar que teremos um 2014, 2015 no semiárido brasileiro com ausência de chuvas, o que demandaria aí um cuidado ainda muito maior por parte de todos os atores envolvidos, sejam municipais, estaduais ou federal", avaliou.

Cantareira - O presidente da ANA também disse considerar grave a situação no complexo de reservatórios Cantareira, que abastece a região metropolitana de São Paulo. Ele explicou que, se a decisão do governo for a de não fazer racionamento, apostando em chuvas na região no final do ano, e não chover o necessário, a água será insuficiente e terá de ser utilizado mais ainda do volume morto do reservatório.

"Temos apresentado a proposta de que a nossa retirada do Sistema Cantareira tem que ser uma função da quantidade de água que chega. Se chega mais água, você pode retirar 21 m3/seg ou mais. Porém, se continuar até novembro o fenômeno meteorológico climático de chegada de água muito menor, precisaremos reduzir a quantidade de água ofertada de tal maneira a chegarmos a esses 50 milhões de metros cúbicos em novembro", destacou Guillo.

O governo federal anunciou, nesta terça-feira (29), uma série de ações para permitir a convivência com a seca no semiárido nordestino. Além da construção de cisternas para o armazenamento de água, o objetivo é fortalecer a agricultura familiar e combater a pobreza no meio rural.

As medidas foram anunciadas durante o evento Sertão Vivo – Ações de Convivência com o Semiárido, em Feira de Santana, na Bahia, e fazem parte do Plano Safra e da segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2).

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Como parte do conjunto de ações, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, divulgou edital de justificativa para a contratação de cinco mil cisternas para captação de água da chuva em escolas do Semiárido em 2014 e 2015, com um investimento de R$ 65 milhões. A medida permitirá a armazenagem e o abastecimento de água própria para consumo em mais de 60% das escolas públicas da região semiárida.

Até o final deste ano, o Programa Cisternas deverá entregar 204,3 mil unidades para consumo familiar e outras 21,3 mil tecnologias de apoio à produção agrícola. “Para conviver com a seca, é necessário segurança hídrica. Nós estamos distribuindo a água através das cisternas. E tudo isso representa um esforço para resolução da convivência com a seca. Nós temos que superar a seca”, frisou a presidente Dilma Rousseff, durante a cerimônia.

Durante a cerimônia, foi assinada, ainda, portaria que disponibiliza quase R$ 8 milhões para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) em 106 municípios do Semiárido. "A preocupação do governo federal é melhorar as condições de vida e de trabalho da população que vive no semiárido, para que ela possa ter mais qualidade de vida e possa conviver com esse fenômeno que acontece todos os anos que é a seca", destacou o secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Arnoldo Campos.

Também foi firmada uma parceria entre o governo federal e o governo da Bahia para garantir R$ 19 milhões ao Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais, do Plano Brasil Sem Miséria. Serão beneficiadas cerca de 5 mil famílias, que irão receber Assistência Técnica e Extensão Rural e recursos não reembolsáveis. "Queremos também ampliar a capacidade produtiva dos agricultores familiares do semiárido. Eles precisam de assistência técnica, investimentos, financiamentos e apoio para a comercialização para que a atividade produtiva possa se desenvolver da melhor forma possível", completou.

PAC Equipamentos

Ainda durante o evento, foram entregues máquinas para auxiliar no escoamento da produção, com a melhoria das estradas rurais, e no abastecimento de água em municípios da Bahia. Foram 228 equipamentos, entre motoniveladoras, caminhões-caçamba e pás-carregadeiras, totalizando um investimento de quase R$ 68 milhões.

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) alertou, na tarde desta quarta-feira (22), que as chuvas do semiárido pernambucano deverão ser abaixo da média. A chuva prevista para o próximo três meses será menor do que dezembro de 2013, quando a precipitação foi acima da média. Os municípios que registraram as chuvas mais intensas foram Serra Talhada (164,4mm) e Floresta (148,2mm). Na Zona da Mata e litoral, a previsão é de que seja de 400mm.

Essa previsão é referente aos meses de fevereiro, março e abril, período em que a chuva aparece com mais frequência na região. Segundo a Apac, fevereiro costuma ser o mês com mais acúmulo de precipitações, enquanto março é o período mais chuvoso do semiárido.

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Os municípios do Semiárido pernambucano serão contemplados com um investimento de R$ 268,4 milhões do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O órgão divulgou o valor dos convênios firmados com o Governo do Estado para a provisão de quase 40 mil cisternas de água para consumo, além de mais de 12 mil tecnologias sociais que contribuam na produção dos agricultores familiares.

Segundo o MDS, a previsão é que até o final de 2015 todas estas ferramentas estejam à disposição da população rural. As cisternas de placa de cimento serão construídas com a capacidade para abastecer uma família de cinco pessoas, por até oito meses. Já as chamadas tecnologias se referem também a barragens subterrâneas e barreiros. A ideia é potencializar a infraestrutura destas regiões que têm pouca pluviometria. 

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A partir do novo marco legal do Programa Cisternas, tais contratações visam aumentar a capacidade operacional e de execução dos recursos. De acordo com o Ministério, há a possibilidade de acompanhar online a execução da entrega das cisternas e também localizá-las, por meio de uma ferramenta de georreferenciamento na web. 

Com informações da assessoria

Estão abertas as inscrições para o Prêmio Mandacaru II – Projetos  e Práticas Inovadoras em acesso à Água e Convivência com o Semiárido até o dia 15 de janeiro. O prêmio é dado pelo Instituto Ambiental Brasil Sustentável (IABS) e tem como objetivo buscar projetos e práticas que tenham como base tecnologias sociais de acesso à água e de convivência com o semiárido.

O Mandacaru II dará a premiação para o vencedor de R$ 1 milhão com tema "Água, Participação e Soberania Alimentar", formado por quatro categorias de experimentação no campo, práticas inovadoras, pesquisa aplicada e gestão inovadora.

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O Prêmio integra o Programa Cisternas BRA-007-B em parceria com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) e apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). 

 

 

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