Tópicos | Senado

A Comissão que acompanha as obras de transposição e revitalização do Rio São Francisco vai realizar uma audiência pública em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A data da reunião, que foi solicitada pelo senador Humberto Costa (PT), ainda não foi definida. 

De acordo com o petista e relator do colegiado, a audiência vai discutir os impactos dos trabalhos nas comunidades dos municípios localizados na bacia hidrográfica. Incluindo as etapas, as consequências, os ganhos e os problemas para quem mora nas áreas onde passa o projeto de transposição do Velho Chico. Segundo um último balanço divulgado pelo Governo Federal, a obra está quase 80% concluída. 

##RECOMENDA##

“Em Pernambuco, o sertão representado estrategicamente por Petrolina tem limite com cidades marcos dessas obras de transposição (Cabrobó, Sertânia, Custódia, Salgueiro, etc.). Daí, a importância de se discutir em um local em que o maior número de impactados possam comparecer e discutir os ganhos e problemas do projeto para suas vidas”, explicou ao apresentar o requerimento na quarta-feira (23).

No documento, Humberto convida para a audiência pública o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, representantes do Governo de Pernambuco; da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf)  e da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf); de movimentos ambientalistas da região e de movimentos sindicais rurais e urbanos da região.

Além disso, ele sugeriu a participação de representantes de associações de empresários e industriais da região, de municípios impactados pelas obras e outras entidades e pesquisadores. “Não queremos nem que o rio morra nem que a população fique desassistida”, ressaltou o pernambucano.

 

De saída do PSB para ingressar no PSDB, o ex-governador Joaquim Francisco protocolou, na manhã desta terça-feira (22), o pedido de renúncia do mandato de 1° suplente do senador Humberto Costa (PT). A medida, segundo ele, é a mais “coerente possível” já que agora fará parte de uma legenda de oposição à chapa pela qual foi eleito. 

“Por volta das 9h30 entreguei na secretaria do Senado o pedido que já foi acatado. A leitura oficial acontece à tarde durante a sessão. O ato já é quase perfeito, falta apenas a ratificação do Plenário”, detalhou Francisco, em conversa com o Portal LeiaJá. Ainda em Brasília, nesta terça, o ex-prefeito do Recife se reúne com o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, e líder da oposição na Câmara, o deputado federal Bruno Araújo (PSDB). 

##RECOMENDA##

“Encontrarei um velho companheiro e receberei dele as missões do partido. Vou me disponibilizar para cumpri-las com a minha experiência e os estudos que faço do futuro, para que a gente faça exercer com competência e o espírito de guerreiro a oposição a este governo que está conduzindo mal o país”, observou. 

Joaquim Francisco pontuou ainda que deixa o PSB com o sentimento de “missão cumprida” e por ver uma “interrupção de um projeto” que ele espera ser retomado em breve. “Tinha um compromisso com Eduardo Campos que me convocou. Trabalhei em eleições e reuniões, considerei encerrada a minha passagem e diante das minhas afinidades históricas com o PSDB me senti motivado para ingressar no partido e desenvolver novas tarefas”, frisou, negando a possibilidade de disputar um cargo eletivo em 2016. “Pretendo em 2018”, acrescentou.

Ao contrário do estimado no fim de semana, a filiação de Francisco não deve acontecer nesta quinta-feira (24), mas na próxima semana. Segundo ele, o presidente estadual do PSDB, deputado estadual Antônio Moraes, está definindo o local e o dia. 

Considerada como uma alternativa para "anular" decisão do Supremo Tribunal Federal pelo fim das doações privadas, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tramita no Senado sobre o tema encontra resistência tanto de integrantes da base quanto da oposição. O presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), deverá reunir nesta terça-feira (22) lideranças partidárias para discutir sobre a tramitação da PEC, que foi aprovada pela Câmara em julho.

O texto também prevê outras mudanças nas regras eleitorais consideradas polêmicas, como a "janela" para troca de partido, mandato de cinco anos para todos os cargos, fim da reeleição e restrições de acesso de pequenos partidos ao fundo partidário. Pelo regimento do Senado, a matéria deve passar por discussões em comissões temáticas antes de ser votada em plenário em dois turnos. "Considero até que a PEC possa ser discutida, mas ela não vai avançar", afirmou o líder do PMDB do Senado, Eunício Oliveira (CE).

##RECOMENDA##

De parte dos senadores do PT, a ideia é colocar em discussão a PEC para derrotá-la e "enterrar" a discussão em torno do financiamento privado de campanha. Outros líderes da base e de oposição no Senado também consideram que o tema sobre as doações de empresas não avançará na Casa. "É melhor esquecer essa matéria, já houve uma decisão no STF", considerou o líder do PP, senador Benedito de Lira (AL).

No encontro com os líderes convocado por Renan Calheiros para discutir o andamento da PEC, o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO) pretende pedir, porém, que a questão sobre a "janela" para troca de partido tramite separadamente.

Apesar de o clima ser contra o avanço da PEC, o líder do PR, senador Blairo Maggi (MS), ressalta que a decisão do Supremo criou um "vácuo" em torno da questão de financiamento das próximas campanhas. "A decisão dos ministros criou um vácuo porque impediu as doações de empresas, mas não se estabeleceu nenhum critério de financiamento público de campanha", ressaltou.

Em declarações feitas após decisão do STF, o presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, afirmou que, mesmo que o Senado consiga aprovar a PEC até outubro, prazo final para mudanças nas regras eleitorais do próximo pleito, haveria meios de o STF derrubar a decisão do Congresso.

Rediscussão

O ministro Gilmar Mendes avaliou, porém, que a Corte ainda precisará discutir a partir de quando a decisão que barrou o financiamento empresarial de campanhas políticas passa a valer. Se não fizer isso, diz, o tribunal irá decretar que "todas as eleições realizadas no Brasil são nulas". Para ele, o STF deve "modular" a decisão, ou seja, fixar a partir de quando a decisão passa a valer. (Colaborou Beatriz Bulla)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para evitar o aumento das crises política e econômica que pode custar o mandato da presidente Dilma Rousseff, as bancadas do PT na Câmara e no Senado vão apoiar o novo pacote de medidas anunciadas pelo governo a fim de atingir a meta de superávit primário de 0,7% do PIB no próximo ano. Mas, assim como ocorreu na primeira etapa do ajuste fiscal, não vão se furtar a fazer críticas às propostas e eventualmente sugerir mudanças a elas.

A estratégia pragmática de deputados e senadores petistas está em linha com manifestações de quinta-feira da direção do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Executiva Nacional do partido decidiu apoiar as medidas, mesmo as chamando de impopulares. Lula, por sua vez, suspendeu críticas públicas ao ajuste por avaliar que uma derrota no pacote pode ser fatal para o futuro político de Dilma.

##RECOMENDA##

Mesmo a contragosto, parlamentares do PT vão endossar as medidas, com reparos. Mas cada bancada deve atuar de uma forma. A da Câmara tende a fazer menos críticas públicas e dar apoio mais explícito ao pacote. A avaliação dos deputados petistas é de que, por ser a Casa em que começa a votação de um processo de impeachment, a bancada tem de estar unida neste momento. Segundo eles, sem esse endosso, outros partidos da base se sentiriam desobrigados a respaldar novamente medidas impopulares, como aumento de impostos. "Antes de pensar no ajuste, temos que pensar no mandato de Dilma", resumiu um parlamentar do PT. "Não vamos fazer de uma marola, um tsunami", disse um influente deputado do PT.

Um dos vice-líderes do partido na Câmara, o deputado Afonso Florence (PT-BA) considera que, para a bancada, o ajuste de agora é "menos traumático" do que o anterior, em que as Medidas Provisórias 664 e 665 endureciam, por exemplo, regras para concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários. "Vamos fechar posição e o partido vai ser fiel", afirmou Florence.

Senado

No Senado, Casa em que defecções em votações como a do senador Walter Pinheiro (BA), contrário à nova CPMF, são esperadas, o governo deve ser alvo de mais reclamações. Para os senadores do PT, houve falta de aviso das medidas e queixas de que o Executivo deveria ter anunciado primeiro a reforma administrativa, depois propor cortes e por último aumentar impostos. Outra reclamação é que o governo não conseguiu deixar clara a mensagem de que, apesar dos cortes bilionários, os principais programas sociais foram preservados. Ainda assim, a bancada do PT do Senado também deve avalizar em peso o ajuste durante as votações. "Há um grande desânimo da bancada", disse um senador petista, crítico da política econômica. "O caminho é ruim, mas as opções são ruins", completou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O plenário do Senado aprovou nesta terça, 15, uma proposta que prevê uma compensação de R$ 1,95 bilhão a estados, Distrito Federal e municípios com o objetivo de estimular as exportações. A proposta, de autoria do Executivo, já passou pela Câmara e, após tramitar em apenas uma semana pelo Senado, seguirá para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

A aprovação da medida ocorreu após a visita dos governadores tucanos Pedro Taques (MT) e Simão Jatene (PA) ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Renan articulou acelerar a votação de duas medidas provisórias e de três autoridades antes de apreciar a medida.

##RECOMENDA##

Pelo texto, o montante de compensação pela Lei Kandir será entregue aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios em quatro parcelas iguais de R$ 487,5 milhões até o último dia útil dos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2015.

As transferências da União ocorrem anualmente, desde 2004, para compor a perda dos estados e municípios com a isenção de ICMS prevista na Lei Kandir, que visa a estimular as exportações brasileiras.

O governador do Mato Grosso disse que o repasse de R$ 1,95 bilhão é importante para o momento de ajuste que os estados estão passando. Segundo ele, o ressarcimento previsto se refere ao ano passado e o repasse deste ano "só Deus sabe" quando a União vai aprovar o projeto ou enviar uma medida provisória.

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira, 15, a proposta que aumenta a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para bancos e outras instituições financeiras, como seguradoras e administradoras de cartão de crédito.

O texto da medida provisória, que passou na Câmara há duas semanas, segue para a sanção da presidente Dilma Rousseff em votação simbólica - quando não há o registro nominal de votos dos senadores. A proposta tinha até a sexta-feira, 18, para passar no Senado, sob pena de perder a validade.

##RECOMENDA##

Enviada em maio, a MP 675 elevou de 15% para 20% a alíquota da CSLL para o setor financeiro. Já na tramitação no Congresso Nacional, foi incluído um prazo para a alíquota maior vigorar, que vai até o dia 1º de janeiro de 2019, quando o porcentual volta ao patamar anterior.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), relatora da proposta na comissão mista da MP, defendeu que na atual conjuntura todos os setores são instados a contribuir. "Muitos segmentos estão sendo chamados a ajudar", disse.

No texto lido em plenário, a petista citou lucros recentes de instituições bancárias brasileiras públicas e privadas mesmo em meio à recessão econômica. Ela disse que, "infelizmente" diante das resistências, decidiu recuar da sua intenção inicial de tributar a CSLL dos bancos de 23% para 20% para viabilizar a aprovação da proposta. "Tivemos que fazer uma grande concessão e discussão para não ter essa MP derrubada", admitiu ela, ao declarar que não conseguiu avançar como queria.

Senadores de partidos da oposição e até da base aliada criticaram mais uma iniciativa de aumento de impostos. "Não é nada de ajuste fiscal, o que estamos votando e discutindo é o custo da eleição da presidente Dilma", afirmou o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN). "Vamos agradar os banqueiros e dizer que o sacrifício deles é apenas por quatro anos", disse o senador Omar Aziz (PSD-AM).

Antes da votação do mérito, o plenário havia rejeitado, por 49 votos a favor e 17 contra, apreciar separadamente do texto principal da MP uma emenda que pretendia diminuir de 20% para 9% a alíquota da CSLL das seguradoras especializadas em saúde. O pedido foi apresentado pelo presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN). Se o mérito do pedido tivesse passado, a MP teria de voltar à Câmara e provavelmente não haveria tempo hábil para a votação.

Pouco antes da votação da MP da CSLL, os senadores aprovaram em plenário a MP 674/2015, que abriu um crédito extraordinário de R$ 904,75 milhões para atender a despesas de três ministérios: do Desenvolvimento Agrário, da Defesa e da Integração Nacional.

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira, 15, a indicação de três nomes para ocupar a diretoria do Departamento de Infraestrutura Terrestre (Dnit): Valter Casimiro Silveira para diretor-geral e Gustavo Adolfo de Sá e Luiz Antonio Ehret Garcia para fazer parte do colegiado.

Em votações secretas, Silveira passou com 61 votos a favor, cinco contra e uma abstenção; Adolfo de Sá teve 57 a favor, cinco contra e uma abstenção; e Garcia contou com 55 a favor, quatro contra e uma abstenção.

##RECOMENDA##

As dez lideranças do Senado que se reuniram na tarde desta terça (15) com a presidente Dilma Rousseff e com quatro ministros assinaram o manifesto em defesa do governo federal lançado hoje por integrantes da base aliada. O encontro dos senadores com a presidente terminou há pouco no Palácio do Planalto.

O manifesto foi aprovado na manhã desta terça por lideranças de PT, PMDB, PCdoB, PP, PSD e PROS que participaram de um café da manhã no restaurante VIP da Câmara dos Deputados. Além de parlamentares, estavam presentes o presidente petista, Rui Falcão, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), o vice-presidente do PMDB, Valdir Raupp, e a presidente do PCdoB, Luciana Santos. Eles também assinaram o texto, que foi entregue à Dilma no Palácio do Planalto, no início da reunião dos deputados da base aliada com a presidente.

##RECOMENDA##

O manifesto indica que o cumprimento do mandato da presidente é sinal de respeito ao voto popular. O texto lamenta que "forças políticas radicais" se dediquem diuturnamente a contestar e questionar o governo, utilizando-se "dos mais diversos subterfúgios políticos e jurídicos". O documento ressalta que esse processo se constitui em uma "clara e nova forma de golpismo". Além disso, afirma que o principal entrave ao reequilíbrio das contas públicas é o clima político deteriorado.

Os encontros da presidente hoje com a base aliada pretendem obter apoio do Congresso para a aprovação das medidas de ajuste fiscal apresentadas nesta segunda-feira, 14, que incluem o aumento de impostos e a recriação da CPMF. As lideranças do Senado que se reuniram com Dilma nesta tarde, de acordo com a assessoria do Palácio do Planalto, são o senador José Pimentel (PT-CE), líder do governo no Congresso Nacional; o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado; o senador Humberto Costa (PE), líder do PT; o senador Eunício Oliveira (CE), líder do PMDB; a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional; o senador Marcelo Crivella (RJ), líder do PRB; o senador Acyr Gurgacz (RO), líder do PDT; o senador Benedito de Lira (AL), líder do PP; Vanessa Grazziotin (AM), líder do PCdoB; Wellington Fagundes (MT), vice-líder do PR.

Também participaram da reunião os titulares da Casa Civil, Aloizio Mercadante; da Fazenda, Joaquim Levy; do Planejamento, Nelson Barbosa; e das Comunicações, Ricardo Berzoini - os mesmos quatro que acompanharam a presidente no encontro desta manhã com deputados.

Os astros do futebol brasileiro Zico e Pelé estarão nesta terça-feira (15) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol, no Senado, para falar da atual situação do futebol no país.

Zico é pré-candidato à presidência da Federação Internacional de Futebol (Fifa), na eleição que deve ocorrer no início de 2016. O ex-jogador ainda precisa do apoio formal de um país filiado à entidade para confirmar a candidatura. A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE) já aprovou uma declaração de apoio ao ex-jogador.

##RECOMENDA##

O Bom Senso Futebol Clube, movimento independente de atletas que discute o esporte no país, será representado pelo jogador Paulo André, zagueiro do Cruzeiro Esporte Clube. Também foram convidados os ex-jogadores Carlos Alberto Torres, Cafu, Ricardo Rocha, Roque Júnior e Juninho Pernambucano.

A CPI do Futebol é presidida pelo senador Romário (PSB-RJ) e tem como relator o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

No episódio da morte do ex-governador Eduardo Campos, muita gente atribui ao hoje senador Fernando Bezerra Coelho e ao então governador João Lyra Neto uma articulação visando a retirada de Paulo Câmara da cabeça de chapa para o lançamento de Fernando como candidato a governador representando a Frente Popular. Naquele momento Paulo Câmara estava atrás do adversário Armando Monteiro nas pesquisas.

Como todos sabem, a articulação não logrou êxito e o candidato Paulo Câmara acabou se elegendo junto com o próprio Fernando Bezerra Coelho, que chegou ao Senado. Mas a relação entre o núcleo duro do governador Paulo Câmara com o senador e o ex-governador João Lyra Neto azedou de uma vez por todas. Na formação do primeiro escalão do governo Paulo Câmara, o senador Fernando Bezerra Coelho indicou o nome do atual presidente da AD Diper Jenner Guimarães para ocupar a secretaria de Desenvolvimento Econômico, mas a solicitação não foi atendida por Paulo Câmara, que nomeou Thiago Norões, desafeto do ex-governador João Lyra Neto para o posto, e numa tacada só Paulo mandou um duro recado para FBC e João.

Visando as eleições de 2016, o governador Paulo Câmara não criou obstáculos para que o PSB de Petrolina seguisse sob o comando do senador Fernando Bezerra Coelho, cujo presidente é o deputado estadual Miguel Coelho, filho do senador e virtual candidato a prefeito pelo PSB. Se não desse o comando da sigla a FBC, o governador estaria criando uma aresta ainda maior do que a existida na formação do secretariado. Mas isso não significava que Miguel teria o apoio do Palácio para tentar a prefeitura.

Auxiliares do governador Paulo Câmara estimulam a filiação do também deputado estadual Lucas Ramos, filho do conselheiro do TCE Ranilson Ramos ao PMDB do deputado Jarbas Vasconcelos, do vice-governador Raul Henry e do prefeito de Petrolina Julio Lóssio. Com isso Lucas seria o candidato de Lóssio, que faz uma gestão bem-avaliada e extra-oficialmente seria o candidato preferencial do Palácio do Campo das Princesas para a maior prefeitura do sertão.

O Palácio não confia nos passos do senador Fernando Bezerra Coelho, que sonha acordado com a cadeira ocupada pelo governador Paulo Câmara, e entende que uma derrota em casa, como já aconteceu em 2008 e 2012 para Julio Lóssio, diminuiria o poder de fogo do senador para as eleições de 2018. Nos próximos dias a filiação de Lucas ao PMDB deverá ser consumada e então teremos a certeza que o Palácio já escolheu um adversário a ser derrotado em 2016: é o senador Fernando Bezerra Coelho.

Aliança – O presidente da Câmara de Vereadores Xisto Freitas (PSD) cada dia consolida mais sua candidatura a prefeito de Aliança nas próximas eleições. Ostentando números favoráveis e rompido com o prefeito Kaká Bezerra (PSB), que patina nas pesquisas, Xisto tem ao seu favor a desistência do ex-prefeito Azoka Gouveia (PMDB) que recentemente afirmou numa rádio local que não será candidato porque  está enquadrado como ficha suja e apoiará o ex-vereador e candidato derrotado nas últimas eleições Hilton Lira (PT).

Filiações – O governador Paulo Câmara deverá estar no sertão na segunda-feira para assinar a ficha de filiação dos prefeitos Jesus de Sá (Moreilândia), Everton Costa (Trindade) e Cézar de Preto (Ouricuri) ao PSB. O ato será realizado no salão paroquial de Ouricuri e será uma espécie de resposta às movimentações de políticos que estão realizando o caminho de saída do partido para outras siglas.

Resposta – O presidente da Câmara do Recife vereador Vicente André Gomes contestou nossa coluna afirmando que está profissionalizando a Casa José Mariano com a criação de uma Ouvidoria e de uma Corregedoria e a realização de um concurso prometendo que irá convocar os demais aprovados até o final do ano. Mas em relação a construção da nova sede da Câmara, a maior de suas promessas, o presidente silenciou.

Apoio – O presidente estadual do Solidariedade, deputado federal Augusto Coutinho, garantiu o apoio da sigla à reeleição do prefeito Geraldo Julio (PSB). A confirmação ocorreu na solenidade de inauguração de uma escola-creche no Ibura. Augusto é mais um integrante da finada União por Pernambuco a antecipar o apoio ao prefeito, o primeiro foi o secretário das Cidades André de Paula, presidente estadual do PSD.

RÁPIDAS

Polícia Federal – A Polícia Federal enviou um ofício ao Supremo Tribunal Federal para ouvir o ex-presidente Lula a respeito de um dos inquéritos relacionados à Operação Lava Jato. Além de Lula, a PF quer ouvir Rui Falcão e José Eduardo Dutra e Sérgio Gabrielli, ex-presidentes da Petrobras.

Propina – O dono da UTC Ricardo Pessoa afirmou que pagava propina ao PT desde 2004 e a partir de 2008 passou a pagar propina aos funcionários da Petrobras. Ele afirmou pagar nesses dez anos cerca de R$ 21 milhões em propina.

Inocente quer saber – O que ainda falta acontecer pra Dilma Rousseff cair?

Três comissões parlamentares de inquérito (CPIs) que estão em andamento no Senado e deveriam encerrar os trabalhos nos próximos meses ganharam mais prazo nesta semana. Foram prorrogadas as CPIs do HSBC, das Próteses e do Carf.

Criada para apurar as denúncias sobre a existência de contas de brasileiros no HSBC da Suíça, cujos recursos têm origem desconhecida e possivelmente são fruto de sonegação fiscal e evasão de divisas, a CPI do HSBC deveria se encerrar neste mês, mas foi prorrogada por 180 dias. Com isso, a comissão funcionará até março do ano que vem.

##RECOMENDA##

Também foi adiado para o próximo ano o prazo para o relatório final da CPI do Carf, que poderá funcionar até janeiro. A comissão foi criada para investigar denúncias de que integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais recebiam propina para beneficiar empresas que recorriam de multas aplicadas pela Receita Federal. As denúncias surgiram com a Operação Zelotes, da Polícia Federal.

Por fim, foi adiada também a CPI das Próteses, que vai funcionar até o fim deste ano. Nessa comissão, são investigadas denúncias sobre um esquema de fraude e corrupção envolvendo médicos e representantes de fábricas de próteses e órteses, relacionado a cirurgias para implantação de próteses pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O plenário do Senado aprovou nessa quarta-feira (9), em segundo turno,  proposta de emenda à Constituição (PEC) que inclui o transporte público na lista de direitos sociais dos cidadãos, assim como já ocorre para a educação, saúde, alimentação, moradia e trabalho, entre outros.

O texto, de autoria da deputada Luíza Erundina (PSB-SP),  foi aprovado sem alterações em relação ao enviado pela Câmara. A promulgação está prevista para a próxima terça-feira (15), em sessão solene no Senado Federal.

##RECOMENDA##

Na mesma sessão, será promulgada outra PEC aprovada pelos senadores na última semana, a que que amplia o prazo em que a União deverá destinar às Regiões Centro-Oeste e Nordeste percentuais mínimos dos recursos para a irrigação.

O juiz federal Sérgio Moro, responsável por conduzir a Operação Lava Jato no Paraná, disse que a Justiça é "extremamente ineficaz" contra poderosos. Ele defendeu no Senado o polêmico projeto de lei que prevê que as penas, no caso de crimes graves, passem a ser cumpridas já a partir da condenação em juízo de segundo grau. "A justiça criminal cai muito pesadamente em cima de algumas pessoas e cai, se é que cai, em relação a crimes de outros estratos. O fato é que hoje para crimes praticados pelos poderosos o sistema é extremamente ineficaz. Isso que tem que ser mudado", criticou o juiz, que conduz ações contra executivos das maiores empreiteiras do País.

Segundo ele, o projeto que tramita hoje no Senado foca na criminalidade "complexa" - casos de corrupção, por exemplo - e não em crimes praticados comumente por camadas sociais "menos favorecidas", e a ideia é aumentar "a qualidade" das prisões. Na prática, a proposta faz com que a prisão, por exemplo, tenha início antes do fim do processo e do esgotamento de todos os recursos na Justiça.

##RECOMENDA##

Em audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado sobre mudanças no Código de Processo Penal, representantes da advocacia e juízes presentes, além de associações de direito de defesa, criticaram a proposta, com defesa da presunção de inocência e alegações de que o sistema penal prejudica as classes mais pobres.

Moro rejeitou que a proposta não considere a presunção de inocência. "São sugestões que copiamos de países como França e Estados Unidos, que estão longe de ser considerados países autoritários, nazifascistas ou coisas que o valham. Muito pelo contrário, são considerados o berço da presunção de inocência", disse.

O juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato no Paraná, disse nesta quarta-feira, 9, que, para declarar um efetivo combate à impunidade, é preciso aceitar reformar instituições. "Não adianta sermos em princípio contra a impunidade sem que reformemos nossas instituições para sermos de fato contra a impunidade. É preciso mudar o sistema para que seja mais efetivo", disse Moro, após participar de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado sobre mudanças no Código de Processo Penal.

Moro defendeu proposta encampada pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) para que a pena de crimes graves passe a ser cumprida pelo condenado após sentença de segundo grau, sem que seja necessário esperar o esgotamento de todos os recursos na Justiça.

##RECOMENDA##

"Nenhum sistema de justiça pode funcionar com recursos infinitos. Tem que se dar um momento que chega. A certeza da punição e não a gravidade da punição é que acaba inibindo a prática de crimes", afirmou Moro, ao deixar plenário da CCJ. Ele disse ter "feito sua parte" ao defender a proposta na Casa. "Agora cabe aos senadores formarem suas convicções", afirmou.

Indagado se não temia uma rejeição à proposta defendida por ele, já que vários senadores são investigados na Operação Lava Jato, Moro disse esperar uma adesão qualificada ao projeto. "Acreditamos que os senadores sempre vão pensar no melhor", disse Moro.

Moro disse que a aprovação do projeto que permitiria a prisão antes do final do processo pode melhorar "a qualidade das prisões", não necessariamente haveria a elevação do número de prisões no País, como avaliaram os contrários ao projeto durante a audiência pública. "Muita gente que eventualmente cometeu crimes graves e hoje fica impune acabaria tendo a punição", disse.

O governador Paulo Câmara (PSB) e o senador Humberto Costa (PT) se reúnem, nesta sexta-feira (11), para debater sobre os índices de assassinato a jovens negros em Pernambuco. O encontro está marcado para às 7h30, no Palácio do Campo das Princesas. Logo depois, às 9h, o mesmo tema será debatido pelo petista e outros senadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as mortes em todo o país durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa (Alepe).[@#podcast#@]

“Queremos apresentar o trabalho da Comissão ao governador, os avanços que alcançamos até agora e estreitar com o Governo do Estado ações com as quais o Senado possa contribuir para enfrentar essa chaga social, que é a morte dos nossos jovens. Vamos ouvir, também, como têm sido desenvolvidas as atualizações do Pacto pela Vida", adiantou Costa. 

##RECOMENDA##

O assunto também será abordado nesta quinta (10) durante um encontro de Humberto com o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o desembargador Frederico Neves, às 16h. Logo depois, às 17h, o parlamentar se reúne com o defensor público do Estado, Manoel Gerônimo.

De acordo com o senador, é fundamental enfrentar, de maneira inteligência, a violência em Pernambuco, que registra 11 vezes mais mortes de jovens negros do que de brancos. “Esperamos que seja um debate frutífero, que surjam ideais e propostas que ajudem a mudar essa realidade e mostrem quais são as causas desse verdadeiro genocídio contra os jovens negros”, afirma. 

Mais de 42 mil adolescentes entre 12 a 18 anos poderão ser assassinados em seis anos nas cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes. Se a perspectiva for confirmada, para cada grupo de mil crianças com 12 anos completos em 2012, 3,32 serão vítimas de homicídio antes de chegarem aos 19 anos.

Após um intenso debate e muita polêmica, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou por 18 votos favoráveis e uma abstenção o Projeto de Lei  (PLS) 554/2011, que regulamenta a chamada audiência de custódia. O nome é dado à prática de apresentar todos os presos em flagrante ao juiz de execução num prazo curto, que, de acordo com o texto aprovado, será de 24 horas. É uma forma de obrigar o Judiciário a analisar a necessidade de uma prisão processual ou da aplicação de uma medida cautelar alternativa.

A medida, aplicada desde fevereiro deste ano, pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem como objetivo reduzir o encarceramento. A modalidade está prevista no Pacto de San José da Costa Rica.

##RECOMENDA##

A maior polêmica foi criada em torno da atribuição da investigação. O relator da proposta, senador Humberto Costa (PT-PE), defendeu essa competência como exclusiva dos delegados de polícia, mas a maioria dos senadores aprovou a emenda destacada pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que substituiu o termo “delegado de polícia” por “autoridade policial”, destinando essa possibilidade a toda a corporação.

Entre as principais emendas acatadas pelo senador Humberto Costa estão a que obriga o preso a ser acompanhado por advogado ou defensor público; a que obriga um exame de corpo de delito e proíbe a permanência na delegacia depois da lavratura do ato de prisão e a que prevê fiança para o caso de infração criminal cuja pena seja inferior a seis meses. Ainda de acordo com o texto aprovado nesta quarta-feira a audiência de custódia deve ser feita em até 24 horas depois da prisão em flagrante.

Ação Direta de Inconstitucionalidade

A realização das audiências de custódia chegou a ser questionada por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pela Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), mas em agosto deste ano a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela constitucionalidade da prática. Os delegados argumentavam que a medida não tinha previsão legal. Para os delegados, no entanto, além do ato padecer de vício de iniciativa, interfere em suas atribuições. À época, os delegados de polícia argumentaram que estão submetidos ao Poder Executivo e, como a audiência de custódia trata de deveres dos delegados, o provimento do TJ-SP violaria o princípio constitucional da separação de Poderes.

Como foi analisada em decisão terminativa, caso não haja apresentação de recursos para a apreciação no plenário do Senado, a matéria segue para a Câmara dos Deputados.

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira, 8, relatório final da proposta de reforma política que estabelece mudanças nas regras eleitorais e acaba com a possibilidade de doações de empresas tanto para candidatos quanto para partidos políticos. O projeto segue para discussão da Câmara.

As mudanças na Lei Eleitoral defendidas pelos senadores foram discutidas e aprovadas na última quarta-feira, 2, em sessão que durou cerca de seis horas. De acordo com o entendimento dos senadores, os candidatos poderão receber apenas recursos do Fundo Partidário e de pessoas físicas para campanhas eleitorais. Neste caso, as contribuições ficam limitadas a 10% dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior à eleição.

##RECOMENDA##

O projeto elaborado pelos senadores também prevê uma janela permanente para troca de partidos. Será permitida a migração de legenda a cada dois anos, 13 meses antes da data das eleições - ou seja, um mês antes do período de filiação exigido para um político se candidatar.

Foram definidas ainda mudanças do período da propaganda eleitoral, que passou a ser permitida após o dia 15 de agosto do ano da eleição. Nas regras atuais, a propaganda se inicia no dia 5 de julho. A proposta do Senado também acaba com possíveis punições aos pré-candidatos que realizarem campanha antecipada.

"Não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde que não envolvam pedido explícito de voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos", diz trecho do proposta.

Os senadores também aprovaram alterações nas regras a respeito da realização de pesquisas de intenção de voto. "É vedada aos veículos de comunicação a contratação de entidade ou de empresa para realizar pesquisa de opinião pública relativa às eleições ou aos candidatos, para conhecimento público, que tenha prestado, nos 12 meses anteriores à eleição, serviços partidos políticos ou candidatos; órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta dos Poderes", diz trecho do projeto.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga o assassinato de jovens realizará, na próxima sexta-feira (11), uma audiência para debater as políticas públicas de combate à violência contra jovens no estado de Pernambuco. A reunião será realizada a partir das 9h, na Assembleia Legislativa (Alepe).

O requerimento para a realização do debate é do senador Humberto Costa (PT-PE). Segundo ele, morrem no estado 11 vezes mais jovens negros do que brancos. O senador afirmou ainda que os indicadores de mortalidade por homicídio nos estados do Nordeste cresceram de forma expressiva na última década e Pernambuco tem um dos índices mais elevados de assassinato de jovens negros no país.

##RECOMENDA##

Para a discussão foram convidados representantes da Secretaria de Defesa Social, do Tribunal de Justiça, do Ministério Público e da Defensoria Pública, das polícias militar e civil, de movimentos civis de direitos humanos e de vereadores de municípios vinculados às Comissões Municipais de Direitos Humanos.

A audiência terá caráter interativo. A participação popular pode ser feita por meio do Portal e-Cidadania, no endereço www.senado.leg.br/ecidadania, e do Alô Senado, pelo número 0800 61 22 11.

O plenário do Senado poderá concluir, nesta terça-feira (8), a votação do projeto de lei da Câmara 75/2015, que trata sobre a reforma política e altera as leis das Eleições, o Código Eleitoral e a dos Partidos Políticos.

Os senadores mudaram o texto anteriormente aprovado pelos deputados. Uma das principais alterações foi a exclusão da possibilidade de empresas e demais pessoas jurídicas fazerem doações para partidos e candidatos. Dessa forma, o substitutivo será analisado pela Câmara, que dará a palavra final.

##RECOMENDA##

Para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é quase certo que os deputados vão derrubar a mudança em relação às doações. "Se a Câmara, em dois turnos, manteve [o tema] na Constituição [PEC da Reforma Política], e tinha aprovado na infraconstitucional, não tenho a menor dúvida de que a Câmara vai restabelecer o texto, pelo menos em relação a esse ponto. Os outros pontos eu não sei. Mas, com relação a esse ponto, a maioria da Casa está consolidada. Tranquilamente vai restabelecer o texto", explicou.

A matéria poderá já entrar na pauta da Câmara nesta semana, dependendo do que for decidido na reunião de líderes partidários, quando as prioridades serão definidas.

Com informações da Agência Senado.

Relator da proposta de reforma política, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) não descarta a possibilidade de a regra aprovada pelo Senado, que estabelece o fim das doações de empresas, ser barrada pela Câmara. Na madrugada dessa quinta-feira, 3, o plenário do Senado votou texto que prevê várias mudanças nas regras eleitorais.

A redação final do projeto deverá ser votada na próxima terça-feira e, caso seja aprovada, será encaminhada para discussão dos deputados. Para que tenham validade nas próximas eleições municipais de 2016, as novas regras precisam ser sancionadas pela presidente Dilma até o próximo mês de outubro.

##RECOMENDA##

Um dos principais itens de discussão no Senado foi o fim das doações de pessoas jurídicas a partidos. Nas discussões realizadas na Câmara, os deputados mantiveram as doações de empresa, mas estabeleceram um limite de R$ 20 milhões. Além das regras sobre doações, Jucá ressalta que a questão que trata sobre mudanças no coeficiente eleitoral também poderá ser alvo de maior resistência dos deputados, uma vez que não houve uma discussão prévia com as principais lideranças da Câmara sobre o tema.

"Duas questões em tese não foram combinadas com Câmara. São duas questões estruturantes. Uma que é doação. O plenário terminou optando por uma emenda minha que definiu que recursos para campanha política serão oriundos ou de pessoa física ou de fundo partidário. A outra questão importante foi a construção que nós fizemos no sentido de manter as coligações partidárias, mas construir a eleição de parlamentares dentro do coeficiente cada partido", ressaltou o senador. O texto aprovado em plenário estabelece um piso mínimo de votos para o candidato ser eleito que corresponde a 10% do coeficiente eleitoral.

Outro ponto que deverá ser motivo de divergência é em relação ao período de filiação para disputar as próximas eleições. O texto da Câmara prevê um prazo de seis meses, já o do Senado de um ano. "Nós discutimos aqui e entendemos que você estabelecer o tempo de filiação de seis meses é manter uma janela permanente porque em seis meses se o deputado mudar de partido não dá tempo para ser cassado por infidelidade partidária", considerou Jucá.

Na discussão realizada no plenário do Senado também foi aprovada outra regra que deverá inovar em relação aos gastos de campanha e estabelece um teto para cada Estado. Um exemplo: Na campanha para deputado federal, o candidato terá como limite 70% do que foi gasto na eleição anterior na campanha mais cara para o cargo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando