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O plenário do Senado aprovou nessa terça-feira (3) o primeiro projeto relacionado à reforma política. O Projeto de Lei Complementar (PLC) 4/2015, enviado pela Câmara, estabelece que partidos políticos com menos de cinco anos de criação não podem fazer fusões com outras legendas.

O principal objetivo da proposta é evitar a criação de partidos políticos com o objetivo exclusivo de driblar a regra da fidelidade partidária. Também com esse objetivo, o projeto estabelece que a janela de migração para novos partidos, surgidos de fusão, será 30 dias.

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O texto foi aprovado sem alterações, permanecendo igual ao enviado pela Câmara. Lá, o relator da matéria, deputado Sandro Alex (PPS-PR), incluiu dispositivo no texto aprovado para garantir que novo partido, surgido de fusão, não levará o tempo de propaganda, no rádio e na televisão, nem os recursos do Fundo Partidário, vinculados a deputados que mudaram de legenda.

A votação teve a oposição do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que reclamou da “pressa” para a aprovação da matéria, que classificou de votação de ocasião. “O problema não é o mérito. Tenho dito aqui. O problema é a circunstância, a celeridade, a pressa com que a matéria está sendo colocada para votação diante de outros temas necessários à reforma política, diante de temas indispensáveis à reforma política, como o financiamento de campanha".

Apesar disso, o projeto contou com o apoio de quase todo o plenário e foi aprovado em votação simbólica, o que significa que houve acordo sobre o mérito. Como não teve alterações em relação ao texto da Câmara, não precisa retornar para nova análise dos deputados e segue para sanção da presidenta Dilma Rousseff.

Após o embate em plenário com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), sobre a devolução da Medida Provisória 669 que reduz as desonerações, o líder do PT na Casa, Humberto Costa, foi convocado pela presidente Dilma Rousseff (PT) para uma reunião no Palácio do Planalto na manhã desta quarta-feira (4). Durante o anúncio da devolução, nessa terça-feira (3), o petista travou um debate duro com o peemedebista e disse que uma questão técnica foi transformada em política por Calheiros.

"O ajuste fiscal não é uma vontade do governo, mas uma necessidade do Brasil. É importante que o Congresso assuma essa responsabilidade e dê a tramitação adequada à pauta para que possamos garantir o equilíbrio da economia", afirmou o líder do PT. MP alterava as alíquotas de desonerações das folhas de pagamento. "Vamos conversar com a presidenta e saber quais as linhas pretendidas por ela para tocarmos esse debate", acrescentou.

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A presidenta deve explicar o projeto de lei, em caráter de urgência, assinado ontem, que tramitará em substituição à MP nº 669, readequando benefícios fiscais da folha de pagamento de 56 segmentos da economia.

A convocação da presidenta suspendeu uma reunião da bancada de senadores do PT marcada para a manhã esta quarta. Do encontro com Dilma, devem participar, também, os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e de Relações Institucionais, Pepe Vargas, além de outros líderes no Senado.

Ao discursar nesta terça-feira na tribuna do Senado, o líder do PT na Casa, Humberto Costa saiu em defesa do ajuste fiscal promovido pela presidente Dilma Rousseff. O senador fez questão de falar em nome da bancada petista composta por 14 parlamentares, que todos estão em consonância com as medidas adotadas pela presidente, negando os rumores de divisão interna devido à aprovação das Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665 propostas pelo Governo Federal. 

Segundo Humberto, há uma visão "torta" de que o PT esteja atuando na oposição da gestão Dilma. “Isso é falso. Esse argumento falacioso de que somos oposição ao ajuste fiscal tem o viés de querer nos emparedar e nos constranger e, com isso, enfraquecer tanto o partido, quanto os seus parlamentares e o próprio governo”, destacou, segundo sua assessoria de imprensa.

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O senador também avaliou que é a “unidade” dentro da legenda é fator de “garantia” da “força” petista. “Os que pensam que vão colocar o PT contra o governo ou o governo contra o PT podem tirar os respectivos cavalos da chuva. Nossa unidade é o que garante o nosso sucesso e força”, assegurou. Ele também garantiu que: “Mas o partido nunca faltou à presidenta Dilma, do mesmo jeito que jamais faltou ao presidente Lula”, complementou. 

Para exemplificar a lealdade do grupo petista na Casa, Humberto ressaltou que, apesar das divergências em relação à tramitação de medidas provisórias como a dos portos, do Mais Médicos e do setor elétrico, ao final foram suplantadas. “Mesmo com as divergências, ao final não só a base do governo, mas especialmente o PT, votou fechado com aquilo que foi devidamente acordado com o governo”, comentou. 

O parlamentar também ponderou não ter dúvidas que os correligionários proporão modificações para as Medidas Provisórias 664 e 665, que versa sobre os ajustes econômicos. No entanto, ele reitera que a bancada está aliada e confiante nas medidas firmadas pela presidente.

O Senado inicia, nesta semana, a votação de matérias relacionadas à reforma política. Embora haja opiniões divergentes sobre vários pontos, os líderes partidários decidiram iniciar a deliberação pelas questões em que há acordo. Neste caso, os primeiros itens da pauta serão os projetos que visam a desincompatibilização de cargos no Executivo para disputa da reeleição, o fim das coligações proporcionais e as mudanças nas regras para criação de partidos.

A Proposta de Emenda à Constituição 73/2011 determina que o candidato à reeleição para presidente, governador ou prefeito renuncie ao mandato até seis meses antes do pleito. A PEC 48/2012 exige a licença a partir do primeiro dia útil após a homologação da candidatura e pode ser apensada. Já a PEC 40/2011 permite coligações partidárias somente em eleições majoritárias (presidente, governador, senador e prefeito), vedando-as para disputas de deputados federais e estaduais e vereadores.

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O outro texto que têm consenso é a PEC 58/2013, que estabelece como critérios para criação de partidos o apoio de eleitores correspondentes a pelo menos 3,5% do eleitorado nacional em 18 estados, ao menos um estado em cada região, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles (o texto original previa 1% do eleitorado nacional, mas o percentual foi modificado na Comissão de Constituição e Justiça.

Confira as demais matérias prontas para irem ao plenário:

PEC 38/2011: Trata da data de posse e duração de mandato. Propõe posse do presidente em 15 de janeiro e de governador e prefeito, em 10 de janeiro. Recebeu emenda para unificar posse de deputados estaduais e distritais em 1º de fevereiro, já aprovada na CCJ. Previa ainda mandato de cinco anos para presidente, governador e prefeito, mas essa parte foi rejeitada;

PEC 55/2012: Institui o voto facultativo. A proposta foi rejeitada na CCJ;

PLS 60/2012: Veda doações de pessoas jurídicas a campanhas eleitorais. A matéria foi aprovada na CCJ e aguarda inclusão na ordem do dia;

PLS 601/2011: Obriga candidatos, partidos e coligações a divulgar na internet relatórios periódicos referentes aos recursos arrecadados e gastos na campanha eleitoral. Foi aprovada na CCJ;

PLS 268/2011: Institui o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais. Tramita em conjunto com PLS 373/2008, que trata de doações a campanhas feitas por meio de cartões de pagamento, de débito e de crédito. O primeiro foi aprovado na CCJ e o segundo foi considerado prejudicado;

PLS 295/2011: Eleva o percentual de vagas para mulheres nas eleições proporcionais. Aprovado na CCJ.

Enquanto os deputados discutem a reforma política em comissão especial, o tema terá destaque, nesta semana, no plenário do Senado. Na última quarta-feira (25), o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que pontos serão colocados imediatamente em votação: a desincompatibilização dos cargos do Executivo para se candidatarem à reeleição e o fim do voto proporcional para vereadores e deputados em cidades com mais de 200 mil habitantes.

Apesar de não haver consenso para as propostas, Calheiros disse que é preciso dar o primeiro passo. “Quando não há consenso, o Parlamento delibera, vota. Se nós não reformarmos a política, nós seremos todos reformados”, considerou.

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Dez propostas estão prontas para serem analisadas pelo plenário. Um dos textos citados por Calheiros e a proposta de emenda à Constituição 40/2011, que permite coligações partidárias somente em eleições majoritárias (presidente, governador, senador e prefeito), vedando-as para disputas de deputados federais e estaduais e vereadores.

Outras duas PECs tratam da desincompatibilização do presidente, governador e prefeito que queiram se reeleger. A PEC 73/2011 determina que o candidato à reeleição renuncie ao mandato até seis meses antes do pleito. Já a PEC 48/2012 exige a licença a partir do primeiro dia útil após a homologação da candidatura, conforme emenda aprovada na CCJ.

Confira as demais matérias prontas para irem ao plenário:

PEC 38/2011: Trata da data de posse e duração de mandato. Propõe posse do presidente em 15 de janeiro e de governador e prefeito, em 10 de janeiro. Recebeu emenda para unificar posse de deputados estaduais e distritais em 1º de fevereiro, já aprovada na CCJ. Previa ainda mandato de cinco anos para presidente, governador e prefeito, mas essa parte foi rejeitada;

PEC 55/2012: Institui o voto facultativo. A proposta foi rejeitada na CCJ;

PEC 58/2013: Estabelece como critérios para criação de partidos o apoiamento de eleitores correspondentes a pelo menos 3,5% do eleitorado nacional em 18 estados, ao menos um estado em cada região, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles (o texto original previa 1% do eleitorado nacional, percentual modificado na CCJ);

PLS 60/2012: Veda doações de pessoas jurídicas a campanhas eleitorais. A matéria foi aprovada na CCJ e aguarda inclusão na ordem do dia;

PLS 601/2011: Obriga candidatos, partidos e coligações a divulgar na internet relatórios periódicos referentes aos recursos arrecadados e gastos na campanha eleitoral. Foi aprovada na CCJ;

PLS 268/2011: Institui o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais. Tramita em conjunto com PLS 373/2008, que trata de doações a campanhas feitas por meio de cartões de pagamento, de débito e de crédito. O primeiro foi aprovado na CCJ e o segundo foi considerado prejudicado;

PLS 295/2011: Eleva o percentual de vagas para mulheres nas eleições proporcionais. Aprovado na CCJ.

Quatro das 12 comissões permanentes do Senado já têm reuniões marcadas para a próxima semana. Nesse primeiro encontro, elas confirmarão no cargo os seus presidentes, indicados pelos líderes partidários.

Na terça-feira (3), reúnem-se as comissões de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), às 9h; de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), às 11h; e de Direitos Humanos (CDH), às 11h15. Já na quarta-feira (4) será a vez da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), às 11h30.

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Seguindo o que prevê o Regimento Interno do Senado, as reuniões inaugurais do ano devem ser presididas pelo membro mais idoso de cada comissão, que conduzirá a eleição do presidente. Embora presidentes já tenham sido indicados pelos partidos, o que é prática comum na Casa, é preciso formalizá-los em processo eleitoral. Também serão escolhidos os vice-presidentes.

Na CCT, o senador João Alberto Souza (PMDB-MA) dirigirá a eleição, que deverá confirmar Cristovam Buarque (PDT-DF) como presidente. Na CMA, Flexa Ribeiro (PSDB-PA) será o presidente provisório, e Otto Alencar (PSD-BA) é o nome apontado para o cargo.

José Maranhão (PMDB-PB) presidirá a sessão inicial tanto da CDH quanto da CDR. Na primeira, Paulo Paim (PT-RS) está indicado para a presidência. Na segunda, Davi Alcolumbre (DEM-AP) deverá ser o presidente.

*Com informações da Agência Senado

Foi lido no plenário do Senado nesta sexta-feira, 27, o pedido de criação de uma CPI para investigar supostas irregularidades cometidas por correntistas brasileiros na movimentação de recursos na filial do banco HSBC na Suíça. A proposta de comissão de inquérito foi apresentada nessa quinta, 26, pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) com 33 assinaturas, seis a mais do que o mínimo necessário pelo regimento interno da Casa.

A leitura do requerimento foi feita pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que presidia a sessão no plenário esta manhã. A partir da leitura, os parlamentares têm até a meia-noite para inclusão ou retirada de nomes. Caso mais de seis retirem as assinaturas, a comissão não será instalada. A expectativa inicial era que a leitura só fosse realizada na semana que vem, mas foi antecipada para hoje cedo.

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De acordo com o requerimento de criação apresentado ontem por Randolfe Rodrigues, a comissão pretende ter acesso a uma lista de cerca de 8 mil brasileiros que teriam mantido US$ 7 bilhões em recursos na instituição de maneira irregular para a Receita Federal.

Na justificativa ao pedido de criação da CPI, o senador do PSOL defende a investigação de "potenciais crimes fiscais, evasão de divisas e atuação de organizações criminosas que agiam através de contas irregularmente abertas pelo banco HSBC, na Suíça, com a cooperação desta instituição financeira, entre os anos de 1998 a 2007".

Veículos internacionais e o blog do jornalista Fernando Rodrigues, no Uol, têm feito uma série de reportagens que tratam de supostas irregularidades no HSBC, no caso que foi batizado de "SwissLeaks".

Na semana passada, o Ministério Público Federal informou que vai investigar o caso. A Receita Federal também já anunciou que pretende analisar as operações realizadas por brasileiros em contas secretas mantidas pelo banco na Suíça.

O pedido de criação da CPI contou com o apoio de senadores da base aliada e da oposição, como o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Dois requerimentos de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPIs) foram lidos nesta sexta-feira (27), no plenário do Senado. O primeiro vai investigar denúncias de sonegação fiscal e evasão de divisas envolvendo o banco HSBC – que ficou conhecido como Swiss Leaks, e o segundo vai investigar denúncias sobre a existência de uma máfia para comercialização de próteses e órteses no país.

O primeiro requerimento teve 33 assinaturas de senadores – seis a mais que o mínimo necessário. Segundo as denúncias que motivaram o pedido de CPI pelo senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), a filial do banco HSBC na Suíça ajudou clientes a esconder recursos que poderiam ser de origem ilícita, além de possibilitar práticas de sonegação fiscal. Entre os correntistas envolvidos no esquema estão 8,7 mil brasieiros – o que não quer dizer que todos tenham praticado irregularidades.

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A maior parte dos senadores que assinaram o requerimento para criação dessa comissão é da base governista, mas há também assinaturas dos chamados independentes, como o PSB. Pelo requerimento, 11 titulares e seis suplentes vão integrar o grupo.

A outra CPI foi proposta pelo senador Magno Malta (PR-ES) e vai investigar denúncias de que existe uma máfia atuando no país para a prescrição e colocação de próteses e órteses sem necessidade por médicos. A CPI das próteses vai ser composta por sete senadores titulares e cinco suplentes.

A partir de agora, com base nas indicações que já podem ser feitas pelos partidos, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) fará as designações dos integrantes. As CPIs terão prazo de 180 dias para apresentar o resultado dos trabalhos.

O pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC foi lido, nesta sexta-feira (27). O colegiado pretende investigar denúncias abertura de contas irregulares feita pela instituição financeira. A iniciativa partiu do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que conseguiu 33 assinaturas, seis a mais que o mínimo necessário para a criação de uma comissão de inquérito.

Conforme o requerimento, a CPI terá 11 integrantes titulares e seis suplentes e terá 180 dias de duração. A partir desta leitura em Plenário, os parlamentares até a meia-noite para inclusão ou retirada de nomes.

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Dono da segunda maior bancada do Senado Federal, o Partido dos Trabalhadores apoia integralmente a criação da CPI.  Os 14 senadores petistas assinaram o requerimento para a implantação do colegiado. Líder do PT na Casa, o senador Humberto Costa afirmou ter articulado a viabilidade da comissão, que investigará o envio de mais de U$ 7 bilhões do Brasil para o exterior de maneira irregular. 

"Esta CPI será extremamente importante para elucidar fatos que, até agora, têm sido colocados em segundo plano no Brasil, até mesmo pela mídia. Eles representam um processo de sonegação de dezenas de bilhões de dólares em todo o mundo e, no Brasil, estima-se que mais de 8 mil pessoas estejam envolvidas com remessas de divisas irregulares para o exterior", explicou Humberto. "Precisamos investigar", acrescentou.

Irregularidades

Segundo noticiado pela imprensa internacional, o banco HSBC na Suíça atuou de forma fraudulenta para acobertar recursos de clientes, blindando-os das obrigações fiscais e da comprovação da origem dos recursos — práticas que poderiam indicar atividades criminosas. Mais de US$ 100 bilhões teriam sido ocultados do Fisco de mais de 100 países, inclusive do Brasil.

O escândalo, conhecido como Swissleaks, tem como fonte original um especialista em informática do HSBC, o franco-italiano Hervé Falciani. Segundo ele, entre os correntistas, estão 8.667 brasileiros, responsáveis por 6.606 contas que movimentam, entre 2006 e 2007, cerca de US$ 7 bilhões, que em grande parte podem ter sido ocultados do fisco brasileiro.

Na justificativa do pedido de CPI, Randolfe diz se tratar de “um arrojado esquema de acobertamento da instituição financeira, operacionalizado na Suíça, que beneficiou mais de 106 mil correntistas”, de mais de 100 nacionalidades.

Com 32 assinaturas, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) apresentou nesta quinta-feira, 26, um pedido de abertura da CPI para investigar supostas irregularidades cometidas por correntistas brasileiros na movimentação de recursos na filial do banco HSBC na Suíça. A comissão pretende ter acesso a uma lista de cerca de 8 mil brasileiros que teriam mantido US$ 7 bilhões em recursos na instituição de maneira irregular para a Receita Federal.

Na justificativa ao pedido de criação da CPI, o senador do PSOL defende a investigação de "potenciais crimes fiscais, evasão de divisas e atuação de organizações criminosas que agiam através da abertura de contas irregularmente (abertas) pelo banco HSBC, na Suíça, com a cooperação desta instituição financeira, entre os anos de 1998 a 2007".

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O pedido foi protocolado na Secretaria-Geral da Mesa do Senado. O órgão administrativo da Casa fará a conferência das assinaturas de apoio e se o pedido de criação da comissão de inquérito têm fato determinado, dois requisitos previstos no regimento para a colegiado vingar.

Caso a Secretaria Geral concorde com essas duas avaliações, o requerimento é lido em plenário pelo presidente em exercício do Senado e os senadores terão até a meia-noite do dia para retirarem as assinaturas. São necessários pelo menos 27 apoios e, se ao menos seis assinaturas forem retiradas, a CPI não será instalada. A previsão é que a leitura do requerimento da CPI em plenário ocorra apenas na próxima semana.

O pedido de criação da CPI contou com o apoio de senadores da base aliada e da oposição, como o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Rodrigues pretendia instalar uma CPI mista, mas preferiu garantir o andamento da CPI no Senado que já tinha as assinaturas necessárias. A coleta de assinaturas na Câmara, no entanto, será mantida.

Veículos internacionais e o blog do jornalista Fernando Rodrigues, no Uol, têm feito uma série de reportagens que tratam de supostas irregularidades no HSBC, batizando-o de "SwissLeaks".

Na semana passada, o Ministério Público Federal informou que vai investigar o caso. A Receita Federal também já anunciou que pretende analisar as operações realizadas por brasileiros em contas secretas mantidas pelo banco na Suíça.

O Senado iniciará a votação propostas de mudanças no sistema político na próxima semana. Os líderes partidários têm até esta sexta-feira (26) para apresentar a lista de projetos referentes à reforma política que querem colocar na pauta de votações do plenário.

Nessa quarta-feira (25), o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), adiantou alguns pontos que serão colocados imediatamente em votação, como a desincompatibilização dos cargos do Executivo para se candidatarem à reeleição e o fim do voto proporcional para vereadores e deputados em cidades com mais de 200 mil habitantes.

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Apesar de não haver consenso para as propostas, Calheiros disse que é preciso dar o primeiro passo. “Quando não há consenso, o Parlamento delibera, vota. Se nós não reformarmos a política, nós seremos todos reformados”, considerou.

Dez propostas estão prontas para serem analisadas pelo plenário. Um dos textos citados por Calheiros e a proposta de emenda à Constituição 40/2011, que permite coligações partidárias somente em eleições majoritárias (presidente, governador, senador e prefeito), vedando-as para disputas de deputados federais e estaduais e vereadores.

Outras duas PECs tratam da desincompatibilização do presidente, governador e prefeito que queiram se reeleger. A PEC 73/2011 determina que o candidato à reeleição renuncie ao mandato até seis meses antes do pleito. Já a PEC 48/2012 exige a licença a partir do primeiro dia útil após a homologação da candidatura, conforme emenda aprovada na CCJ.

Confira as demais matérias prontas para irem ao plenário:

PEC 38/2011: Trata da data de posse e duração de mandato. Propõe posse do presidente em 15 de janeiro e de governador e prefeito, em 10 de janeiro. Recebeu emenda para unificar posse de deputados estaduais e distritais em 1º de fevereiro, já aprovada na CCJ. Previa ainda mandato de cinco anos para presidente, governador e prefeito, mas essa parte foi rejeitada;

PEC 55/2012: Institui o voto facultativo. A proposta foi rejeitada na CCJ;

PEC 58/2013: Estabelece como critérios para criação de partidos o apoiamento de eleitores correspondentes a pelo menos 3,5% do eleitorado nacional em 18 estados, ao menos um estado em cada região, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles (o texto original previa 1% do eleitorado nacional, percentual modificado na CCJ);

PLS 60/2012: Veda doações de pessoas jurídicas a campanhas eleitorais. A matéria foi aprovada na CCJ e aguarda inclusão na ordem do dia;

PLS 601/2011: Obriga candidatos, partidos e coligações a divulgar na internet relatórios periódicos referentes aos recursos arrecadados e gastos na campanha eleitoral. Foi aprovada na CCJ;

PLS 268/2011: Institui o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais. Tramita em conjunto com PLS 373/2008, que trata de doações a campanhas feitas por meio de cartões de pagamento, de débito e de crédito. O primeiro foi aprovado na CCJ e o segundo foi considerado prejudicado;

PLS 295/2011: Eleva o percentual de vagas para mulheres nas eleições proporcionais. Aprovado na CCJ.

 

O Senado aprovou nessa quarta-feira (25) a Medida Provisória 658, que prorroga por 270 dias o prazo de entrada em vigor da Lei 13.019/14, que disciplina parcerias entre a administração pública e as organizações não governamentais (ONGs).

Confusa, a votação das emendas sobre o texto precisou ser refeita porque os senadores aprovaram alterações na matéria, mesmo tendo acordo para que fosse ela aprovada conforme o texto enviado pela Câmara. Com as alterações, a MP precisaria retornar para revisão dos deputados e perderia a validade por decurso de prazo. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que foi relatora do texto na comissão especial, fez um apelo ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), para que a votação fosse refeita com a anuência de todos os partidos.

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Diante da manifestação favorável ao pedido de Gleisi, por parte de senadores da oposição, os parlamentares fizeram nova votação das emendas, desta vez de forma nominal. Diante da rejeição dessas emendas, por unanimidade, o texto foi considerado aprovado, sem alterações, e enviado para promulgação.

Inicialmente, constava do parecer de Gleisi Hoffmann – aprovado pela comissão mista que analisou a MP –- dispositivo que reabria o prazo para as cidades implantarem aterros sanitários em substituição aos lixões. O prazo acabou em agosto do ano passado. Esse dispositivo foi retirado do parecer pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por entender que se tratava de assunto estranho ao tema original da matéria.

Senadores aprovaram nesta quarta-feira, 25, em plenário, o envio de uma comitiva de parlamentares para acompanhar a situação da Venezuela. O pedido foi apresentado pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que presidiu a Comissão de Relações Exteriores até a legislatura passada. O objetivo é verificar in loco a situação no país vizinho, com o estabelecimento de diálogo com membros do Parlamento local, interlocutores representativos das oposições e da sociedade civil, bem como, se possível, com as autoridades venezuelanas.

Senadores da base aliada e da oposição têm criticado em discursos a postura adotada pelo governo brasileiro em relação à crise por que passa o país vizinho. Nessa terça-feira, 24, o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), criticou o que considera o "silêncio" e "inaceitável omissão" do governo da presidente Dilma Rousseff em relação ao que considera de escalada do autoritarismo na Venezuela promovida pelo presidente Nicolás Maduro. O tucano havia conclamado o Congresso Nacional a, diante da omissão do governo federal, se manifestar em solidariedade às liberdades democráticas do país vizinho.

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A comissão externa será composta pelos senadores Blairo Maggi (PR-MT), Lúcia Vânia (PSDB-GO), Elmano Férrer (PTB-PI) e Waldemir Moka (PMDB-MS). Os parlamentares vão organizar uma agenda de encontros com autoridades e personalidades da Venezuela.

Ricardo Ferraço argumentou que a Venezuela, como integrante do Mercosul, tem obrigações a cumprir como respeitar a Cláusula de Ushuaia que prevê que "no caso de ruptura da ordem democrática em um Estado-parte do presente protocolo, os demais Estados-partes promoverão as consultas pertinentes entre si e com o Estado afetado".

Segundo Ferraço, nas últimas semanas a escalada de tensões tem sido caracterizada pelo aumento da violência e do acirramento de ânimos. Ele lembrou que, no plano político, houve um acirramento de tensões e radicalização que levaram a prisão do Prefeito eleito de Caracas, Antonio Ledezma, detido por agentes de inteligência em seu escritório particular sob a acusação de "conspirar" contra o governo de Maduro.

Num dia em que tem dado uma série de estocadas no governo federal, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu na tarde desta quarta-feira, 25, a aprovação da PEC da Bengala e avisou que a medida "não é contra ninguém".

Aprovada pelo Senado em 2005 e aguardando votação no plenário da Câmara, a medida estenderia de 70 para 75 anos a idade para aposentadoria compulsória de ministros de tribunais superiores. A expectativa é que a matéria seja votada pelos deputados na próxima semana.

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Na prática, a aprovação da mudança reduziria o número de nomeações ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a presidente Dilma Rousseff poderá fazer até o final do mandato de seis novos ministros para apenas um.

"É evidente que, como foi em 2005, a PEC não foi contra ninguém, absolutamente, ela foi em favor do Brasil, porque ela significa, entre outras coisas, economia. Em 2005, não era a Dilma", afirmou Renan, ao destacar que os senadores não almejam o "protagonismo" nessa discussão.

O presidente do Senado disse que a medida, caso venha a ser adotada, representaria uma economia para o Brasil. Ele argumentou que, atualmente, para cada ministro do Supremo Tribunal Federal em atividade, há outros três aposentados. "Se há uma economia que possamos fazer, essa é a mais recomendável", disse.

O peemedebista destacou que, se a Câmara aprovar o mesmo texto que passou pelo Senado, vai chamar uma sessão do Congresso para promulgar imediatamente a emenda constitucional. Contudo, se houver modificação da proposta e ela terá de voltar para apreciação dos senadores, trabalhará para a aprovação dela o quanto antes na Casa.

A expectativa era de que a PEC fosse votada ainda nesta semana pelos deputados em plenário. Contudo, em jantar ontem à noite com representantes do Poder Judiciário e parlamentares, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ponderou que é preciso ter a garantia de que o texto será aprovado, o que exige 308 votos favoráveis.

Parlamentares presentes no jantar, que contou com a presença de ministros de tribunais superiores, contabilizam cerca de 400 votos a favor da PEC.

Os líderes partidários do Senado definiram como será a divisão dos espaços no comando das comissões permanentes da Casa. Em reunião realizada nesta quarta-feira (25), os senadores confirmaram a sequência das escolhas de acordo com a proporcionalidade das bancadas.

O maior partido da casa, o PMDB, vai indicar os presidentes das comissões de Constituição e Justiça (CCJ), Serviços de Infraestrutura (CI) e de Assuntos Sociais (CAS). Três senadores disputam a presidência da CCJ: José Maranhão (PB), Garibaldi Alves Filho (RN) e Edison Lobão (MA). A definição sairá ainda nesta quarta e, a partir daí, serão indicados os nomes para os demais colegiados.

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O PT, segunda maior bancada, manterá as duas comissões que presidia na legislatura passada, a de Assuntos Econômicos (CAE) e a de Direitos Humanos (CDH). Os senadores Gleisi Hoffmann (PR) e Delcídio Amaral (MS) disputam o comando da CAE. Indicação será feita por meio de votação. O líder do partido, Humberto Costa (PE), espera que definição seja feita até esta quinta-feira (26). O senador Paulo Paim (RS) será indicado para a CDH.

O PSDB ficará com o comando Comissão de Relações Exteriores e deverá indicar Aloísio Nunes (SP). Para a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, o PSD indicou Otto Alencar (BA).

O PSB ficará com a Comissão de Educação, Cultura e Esporte, para qual indicou o senador Romário (RJ). Já o PTB ficará com a Comissão Senado do Futuro. Outros três partidos ficarão com um colegiado cada. O PDT indicará Cristovam Buarque (DF) para a Comissão de Ciência e Tecnologia. Já o DEM sugerirá Davi Alcolumbre (AP) para a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo. Para a Comissão de Agricultura, o PP indicará Ana Amélia (RS).

Como maior bancada o PMDB indicou ainda João Alberto de Souza (MA) para o Conselho de Ética, Roberto Requião (PR) para a Comissão do Parlasul e Rose de Freitas para a Comissão  Mista de Orçamento (CMO). A legenda ainda não definiu o nome para a corregedoria. 

Ao reunir os líderes da base no Senado com cinco ministros em um café da manhã, organizado nesta terça-feira, 24, pela Secretaria de Relações Internacionais (SRI), comandada pelo isolado ministro Pepe Vargas, o governo apostou numa reaproximação com "pompa e circunstância" para abafar a rebelião dos aliados. A conversa amenizou, mas não aplacou os ânimos, de acordo com o relato de um dos líderes ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Os líderes partidários cobraram que a presidente Dilma Rousseff entre no jogo e negocie diretamente com eles o ajuste fiscal, que depende da aprovação do Congresso. "A presidente precisa vir e explicar, negociar, o ajuste", disse.

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O grupo reconheceu o gesto de reaproximação conduzido pelo Palácio do Planalto, do qual também participaram os ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência), Carlos Gabas (Previdência), Nelson Barbosa (Planejamento) e Manoel Dias (Trabalho).

Não houve constatação técnica das mudanças após o governo apresentar uma cartilha detalhada sobre cada mudança. Os líderes partidários, contudo, cobraram a presença de Dilma nas conversas.

Eles querem dividir com ela o ônus político das mudanças propostas: novas regras de acesso do seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte, seguro-defeso e auxílio-doença. As lideranças parlamentares também criticaram a leitura do momento político do País pelo Planalto ao anunciar o ajuste. "Não houve muita divergência sobre a validade e a importância das medidas. Mas também não houve consenso sobre se este é o momento adequado para votar isso", afirmou o líder ouvido pelo Broadcast.

A avaliação dos líderes, manifestada ao corpo de ministros, foi a de que as mudanças têm peso social elevado e o governo errou ao propô-las em meio à crise na Petrobras, deflagrada pela Operação Lava Jato, conduzida pela Polícia Federal.

Os parlamentares temem acirrar o descontentamento da população com o Congresso com medidas de arrocho fiscal enquanto deputados e senadores são implicados na Lava Jato. Há uma forte tensão com a expectativa de o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, apresentar ao Supremo Tribunal Federal a lista de políticos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras - o que deve ocorrer em breve.

Em discursos no plenário na tarde desta segunda-feira, 23, senadores do PSDB, do PP e do PPS descartaram, ao menos por ora, um pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff em razão do escândalo de corrupção que envolve a Petrobras. Nos pronunciamentos, todos reconheceram as dificuldades enfrentadas por Dilma, mas avaliam que não há ambiente para se lançar um processo desse tipo no momento.

Em pronunciamento da tribuna, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) disse que não há condições políticas para a abertura do processo de impedimento e destacou que não acha "desejado" fazê-lo. Ele afirmou que as pessoas que defendem o impeachment querem dizer que não aguentam "mais ver o governo que não governa".

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"É um descontentamento muito grande", observou Ferreira, ao dizer que, embora não defenda a abertura do processo, estará presente na marcha, que acontecerá em várias cidades, prevista para o dia 15 de março, em favor do impeachment. "Nós não queremos a interrupção catastrófica deste governo", frisou o senador, que foi vice do candidato derrotado do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG).

Para o tucano, não se pode desconhecer o "vigor da oposição popular" e a presidente, com apenas dois meses de novo mandato, comanda um governo com sinais de "esgotamento". Após Dilma ter dito na sexta-feira passada que a corrupção na Petrobras deveria ter sido investigada no governo FHC, Aloysio disse que a presidente não vai intimidar a oposição e a criticou, dizendo que ela parece ainda estar na campanha por chamar a oposição para a briga. "Vamos continuar a nossa oposição absolutamente intransigente", declarou.

Em aparte ao senador do PSDB, a senadora Ana Amélia (PP-RS) afirmou que, embora tenha fundamento, "não é o caso" de pedir o impeachment de Dilma. A parlamentar - que, embora seu partido tenha se coligado à Dilma em outubro, apoiou Aécio - defendeu punições a todos os envolvidos com o esquema de corrupção da Petrobras, inclusive de integrantes do PP. "Tem coisa no meu partido, tem, então a mesma régua que tem de ser usada contra os outros, tem que usar contra o meu partido", frisou.

O senador José Medeiros (PPS-MT), suplente que assumiu o mandato de Pedro Taques (PDT), eleito governador do Estado, também se posicionou contra um pedido de impedimento. "Não vejo as digitais da Dilma", disse. Contudo, criticou a fala da presidente que tenta envolver o governo FHC no escândalo da Petrobras. Segundo ele, "jogar para o passado não é o melhor, não era o que se esperava".

Para o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), queda de popularidade não é motivo para impeachment. Mas ele defendeu que o governo trate a sociedade e a oposição "com o mínimo de respeito". O partido deve votar contra as medidas provisórias que alteram benefícios previdenciários e trabalhistas. "O governo está doente, mas ela chama o contribuinte para tomar o remédio da doença que o governo provocou", disse.

Enquanto os deputados instalam a comissão especial que irá debater a reforma política, o Senado realiza uma sessão temática nesta terça-feira (24) sobre o tema. A Casa se prepara para a votação, em março, de dez projetos que alteram regras eleitorais e partidárias.

Para a sessão, foram convidados o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes; o diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, Claudio Abramo; e os cientistas políticos e professores Murillo de Aragão e Lucio Rennó.

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A reforma política foi um dos assuntos mais cobrados pela população no período eleitoral do ano passado. Os projetos que aguardam votação do Senado tratam sobre o financiamento de campanhas e do voto facultativo, a prestação de contas eleitorais, a formação de coligações, as datas de posse, os critérios para criação de partidos e a participação feminina.

 

O Senado analisa, nesta semana, a medida provisória 658/2014, que adia a entrada em vigor do marco civil das organizações não governamentais. A matéria é o primeiro item da pauta da sessão deliberativa marcada para esta terça-feira (24).

O marco regulatório foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff em julho do ano passado. O relatório da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), aprovado em comissão mista, estabelecia o mês de novembro para entrada em vigor. No entanto, a Câmara rejeitou o texto e aprovou o prazo de julho deste ano para a Lei passar a valer.

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A medida estabelece normas gerais para licitações e contratação das entidades sem fins lucrativos, com alcance sobre União, estados, Distrito Federal e municípios. Ela ainda reforça o monitoramento e a avaliação das parcerias, que se dará paralelamente à fiscalização pelos órgãos de controle.

Pauta

O plenário também deve deliberar sobre projetos de lei da Câmara. Um deles inclui as campanhas educativas entre as ações passíveis de recebimento de recursos da União destinados a estados e municípios que elaborarem planos de gestão de resíduos sólidos. Outro texto regulamenta o direito à licença-maternidade no âmbito das Forças Armadas.

A pauta também inclui os projetos que fixa em 15% do peso corporal do estudante o limite para o peso das mochilas com material escolar e que obriga as lojas de carro a informar ao comprador a situação de regularidade dos veículos e os tributos incidentes na transação.

Os senadores ainda poderão votar o PLC 35/2013, que institui a Fundação Universidade Federal do ABC (UFABC), e o Projeto de Lei do Senado (PLS) 201/2013, que dá novo limite para o ICMS das pequenas empresas.

 

Nesta sexta-feira (20), os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR) ressaltou que o governo brasileiro, assim como o Ministério das Relações Exteriores, não pode manter silêncio diante da prisão do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, que se opõe ao governo da Venezuela comandado por Nicolás Maduro. Segundo o parlamentar, o ocorrido foi mais um ato de autoritarismo de um governo ditatorial. O mundo democrático deve repudiar o ato, já reconhecido como mais uma violência a consagrar o autoritarismo por parte do governo venezuelano”, disse Álvaro.

Além do senador Dias, o peemedebista Ricardo Ferraço também se posicionou. Segundo ele, a medida foi um “ato de violação” às liberdades individuais e políticas. O parlamentar ainda considera degradante a situação a que outros representantes da oposição estão sendo submetidos pela gestão de Maduro, como Leopoldo López, preso há mais de um ano.

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O ex-prefeito de Chacao foi apontado como o principal articulador dos protestos ocorridos no país em 2014 e que resultou em mortes e derramamento de sangue. Recentemente, Maduro utilizou cadeia de rádio e televisão para anunciar ao país a prisão do opositor, ocorrida na noite da última quinta-feira (19). Segundo ele, o prefeito foi detido por ordem da Procuradoria, por tentar promover um golpe de estado no país, contando para isso com o apoio do governo norte-americano.

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