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O novo reajuste anunciado pela Petrobras, na última segunda (8), que leva o preço do litro de diesel a R$ 2,24 (correspondendo a um aumento de R$ 0,13) e do litro de gasolina a R$ 2,25 (o equivalente a R$ 0,17 a mais do que antes) já está sendo sentido pelos motoristas do Recife. Em ronda realizada pela capital pernambucana, na manhã desta quarta (10), a reportagem do LeiaJá observou preços entre R$ 4,72 e R$ 4,99 para gasolina e R$ 3,23 e R$ 3,88 para etanol.

“Infelizmente o governo empurra o valor goela abaixo e a gente tem que aceitar, porque precisa usar. Comigo o combustível demora muito, porque sou aposentado, com medo da pandemia acabo saindo pouco. Agora para quem ainda trabalha e precisa do carro, com certeza pesa no orçamento”, comenta o aposentado Marcionilio Ferreira, cliente de um posto na Rua Ribeiro de Brito, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

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Reportagem observou a venda do litro de gasolina na capital pernambucana por até R$ 4,99, nesta quarta (10). (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Em um dos postos de gasolina com os melhores preços da região, o Braz Petro da rua São Miguel, no bairro de Afogados, na Zona Oeste, o comerciante Júnior Campos optou por encher o tanque com gasolina a R$ 4,72. “A gasolina tá influenciando muito a renda, porque agora quando você vai abastecer o dinheiro não dá para a mesma quantidade que você gastava durante a semana. Já é um valor financeiramente mais alto”, afirma.

Esta é a terceira vez que a Petrobras reajusta os preços dos combustíveis em 2021. Edgar Leonardo, economista e professor do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), explica que o aumento dos preços se deve, em primeiro lugar, à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que controla a oferta mundial do produto e decidiu manter os cortes de sua produção, apesar da recuperação dos preços. “Segundo: o preço do petróleo recebeu ainda um incentivo do lado da demanda, pois o pacote de estímulos fiscais de Biden [novo presidente dos Estados Unidos], que injetará 1,9 trilhão de dólares na economia norte-americana, ampliou as expectativas de recuperação econômica e a natural elevação da demanda por energia”, completa.

Leonardo frisa ainda que o dólar se mantém valorizado diante do real. “Tudo isso resulta em um cenário onde o preço dos combustíveis (cotado em dólar internacionalmente) na bomba tende a se elevar e, pior, pressionar a inflação”, acrescenta.

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