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O número de brasileiros que saíram da lista de inadimplência atingiu níveis recordes este ano. De janeiro a setembro, 15,1 milhões de CPFs (Cadastros de Pessoa Física) se tornaram aptos a voltar a comprar a prazo, segundo levantamento nacional feito pela empresa de informações financeiras Serasa Experian.

"Esse foi o maior número registrado em quatro anos", afirma o economista Luiz Rabi, responsável pelo levantamento. Em igual período de anos anteriores, os números eram menores. Em 2009, 11,4 milhões saíram da lista de inadimplentes; em 2010 foram 11,9 milhões e no ano passado, 13,3 milhões. Rabi destaca que não só o número é recorde em termos absolutos, mas também em taxa de variação. Neste ano até setembro, houve um acréscimo 13,7% na quantidade de inadimplentes que deixaram a lista de pessoas com CPFs negativados em relação ao mesmo período de 2011.

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O economista ressalta que foram considerados no estudo dois motivos para reabilitar o crédito para esses inadimplentes: quitação e renegociação de dívidas. Ficaram de fora os inadimplentes que saíram dessa lista por causa de ações judiciais e decurso de prazo. É que depois de cinco anos a dívida caduca.

Segundo o economista, esse número recorde de inadimplentes que voltaram a ser adimplentes reflete vários movimentos combinados que ocorrem hoje na economia brasileira. O primeiro é o elevado nível de calote do consumidor, que se mantém em patamares elevados, isto é, em 7,9% dos créditos a receber, nos últimos meses, segundo dados do Banco Central.

Além disso, com o desemprego em níveis baixos e a renda dos trabalhadores em alta e ainda com ganhos reais, os inadimplentes se sentem mais aptos a renegociar ou quitar as dívidas em atraso. "A inadimplência cresceu por causa do descontrole de gasto, não por causa do desemprego", ressalta o economista.

Na outra ponta, o elevado comprometimento da renda das famílias com pagamento de dívidas, que está em 22,4%, segundo dados do BC, fez com que houvesse um aumento no número de feirões de renegociação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

A economia brasileira cresceu 0,3% em agosto na comparação com julho, de acordo com o Indicador de Atividade Econômica, divulgado nesta quinta-feira pela Serasa Experian. Foi a segunda maior alta mensal do ano, atrás apenas do crescimento de 0,5% em julho. Na comparação com agosto do ano passado, o crescimento foi de 1,6%, resultado abaixo apenas do registrado em julho (1,8%) nesta mesma base de comparação.

No acumulado do ano, a atividade econômica do País registra alta de 0,9%. No período acumulado de 12 meses o avanço é de 1,1%. Para a empresa, os dados de agosto apontam para uma retomada mais firme do crescimento econômico a partir do terceiro trimestre.

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Na decomposição do indicador pela demanda, o principal fator de crescimento em agosto foi o consumo das famílias, que apresentou elevação de 1,1% sobre julho. "Isto é reflexo de que as medidas pró-crescimento adotadas pelo governo - sucessivas reduções da taxa básica de juros e as isenções fiscais em determinados setores - estão conseguindo produzir impactos mais significativos sobre o consumo", afirmou a Serasa Experian, em nota divulgada nesta quinta-feira.

Houve também em agosto uma reação dos investimentos, com alta de 0,9% sobre julho, após dois meses seguidos de queda. Ainda na análise do crescimento pelo lado da demanda, exportação de bens e serviços subiu 0,8% em agosto ante julho, importações cresceram 0,2% e consumo do governo apresentou recuo de 0,1%.

Sob a ótica da oferta, o destaque foi o avanço de 0,6% da atividade industrial em agosto na comparação com o mês anterior, quando já havia apresentado elevação de 2,9%. Para a empresa, o setor foi estimulado pela desoneração sobre a folha de pagamentos em setores específicos, empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com condições mais favoráveis e câmbio depreciado. Nesta mesma análise, o setor de serviços apresentou alta de 0,1% sobre julho e o agropecuário recuou 0,9% no período.

O Bradesco informou que a venda à Experian Brasil das 308.676 ações que possui na empresa de informações de crédito Serasa gerará um lucro estimado antes de impostos da ordem de R$ 786 milhões. Conforme o comunicado, a concretização da operação está subordinada à aprovação da assembleia da Experian plc e das autoridades competentes.

Na manhã desta terça-feira, a Experian, empresa de serviços de informação global, havia informado que firmou um acordo condicional para adquirir mais 29,6% da Serasa, na qual já detém uma participação de 70%, por US$ 1,5 bilhão, mais um ajuste em dinheiro para a data de conclusão do negócio. A compra deverá ser concluída até o fim deste ano.

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A Experian vai comprar a participação de um grupo de bancos que inclui o BIU Participações - consórcio que compreende ações detidas na Serasa pelo Itaú Unibanco e Bradesco -, o Banco Bradesco Financiamentos (BBD), o Grupo Santander e o HSBC.

Já o Itaú Unibanco informou que a Experian pagará R$ 1,7 bilhão, em dinheiro, por 601.403 ações da agência de crédito Serasa, representativas de 16,14% do capital da companhia, detidas pelo banco.

Conforme informações da Dow Jones, em demonstrações financeiras consolidadas da Experian relativas ao exercício encerrado em 31 de março de 2012, a Serasa gerou receitas de US$ 870 milhões e um Ebit (lucro antes de juros e impostos), de US$ 312 milhões.

As vendas na semana do Dia das Crianças neste ano cresceram 7,7% na comparação com igual período de 2011, de acordo com a Serasa Experian. Para realizar o Indicador de Atividade do Comércio - Dia das Crianças, a empresa considerou as vendas entre os dias 05 e 11 de outubro. No ano passado, o crescimento nas vendas para a data foi de 5,8%.

No final de semana que antecedeu a data, entre os dias 05 e 07, o desempenho das vendas foi 4,2% maior do que o fim de semana equivalente de 2011 (dias 07 a 09 de outubro). Em 2011, a alta das vendas no final de semana, na comparação com o ano anterior, foi de 8%.

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Os economistas da Serasa Experian avaliaram que o Dia das Crianças deste ano trouxe "certo ânimo para o varejo, depois de um ano fraco".

Na capital paulista as vendas subiram 7,8% na semana que antecedeu o dia 12, ante crescimento de 4,8% no mesmo período do ano passado. No final de semana, as vendas cresceram 3,9% este ano, menos do que o avanço de 8,0% registrado em São Paulo no final de semana correspondente em 2011.

Beneficiado pela melhor condição financeira do brasileiro e pela menor quantidade de dias úteis, o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor recuou 1,9% em setembro na comparação com agosto. Com isso, a média de contratos com pagamento em atraso registrou no mês passado a quarta maior queda mensal em 2012.

Na leitura anual, que compara setembro com igual mês do ano passado, a inadimplência do consumidor avançou 8,2%. Em agosto, comparativamente a agosto de 2011, a inadimplência havia crescido 7%.

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No acumulado de janeiro a setembro, comparado com igual período do ano passado, a inadimplência cresceu, em média, 15,3%.

Foi lançada nesta segunda-feira (1°), pela Serasa Experian, uma ferramenta que facilitará os consumidores que tem o nome “sujo” no mercado. Os interessados poderão regular suas dívidas através da internet pela ferramenta gratuita “Limpa Nome”. O site terá canais de relacionamento para facilitar a comunicação entre credor e devedor. 

Através do serviço, as empresas poderão oferecer aos devedores descontos e condições de pagamento diferenciadas, além de boletos para efetuá-los. Não são todas as empresas que estão dentro do Limpa Nome, e apenas os contribuintes delas que poderão ter acesso ao site. 

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A Serasa Experian irá enviar cartas aos consumidores com uma senha, que deverá ser utilizada junto ao número do CPF na ferramenta. Caso a pessoa opte pela proposta do credor, ela deverá apenas imprimir o boleto e efetuar o pagamento diretamente na empresa. 

Para diminuir o número de calotes do País, a Serasa Experian lançou um serviço gratuito online para que consumidor e empresas renegociem as dívidas. O Limpa Nome é uma forma de facilitar o contato entre o devedor e credores aproveitando a praticidade da internet.

No site, as empresas poderão disponibilizar as condições de pagamento para cada caso, incluindo os boletos de pagamento. Os consumidores vão receber da Serasa Experian cartas com avisos de negativação, contendo uma senha. Com ela e o número do CPF, o devedor poderá acessar o Limpa Nome.

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Se optar pela proposta do credor, o consumidor poderá imprimir o boleto e fazer o pagamento diretamente à empresa credora. Caso contrário, o consumidor terá os contatos da empresa para negociar diretamente.

“O objetivo do Limpa Nome on-line é aproximar as empresas e os consumidores. A internet vai proporcionar mais facilidade para o cliente, e as credoras poderão oferecer melhores condições de pagamento“, explicou o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro.

Segundo ele, apenas quatro empresas, entre bancos e redes varejistas, já aderiram ao serviço. Mas a proposta é que milhares de empresas usem o Limpa Nome.

Mais da metade (52%) dos empresários do varejo espera aumentar o faturamento do Dia da Criança deste ano em comparação com a mesma data de 2011, aponta pesquisa nacional divulgada nesta sexta-feira pela Serasa Experian. Para 35% dos 991 entrevistados, o faturamento será igual ao registrado nas vendas pelo Dia da Criança do ano passado e para 13% cairá. Na pesquisa feita em 2011, 53% dos varejistas esperavam um faturamento maior, 38% apostaram em estabilidade e 9%, em queda.

Otimismo parecido havia sido verificado no Dia das Mães, quando 56% dos entrevistados esperavam aumento no faturamento. Nas datas seguintes, a boa expectativa havia diminuído: no Dia dos Namorados, 49% acreditavam em alta e no Dia dos Pais 41% previam aumento. "Essa melhora no otimismo do varejista decorre da redução das taxas de juros e dos estímulos ao consumo estabelecidos pelo governo", afirma a empresa, em nota divulgada nesta sexta-feira.

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As grandes empresas do varejo são mais otimistas porque oferecem condições de parcelamento mais atraentes aos consumidores. De acordo com a pesquisa, 71% dos executivos de grandes negócios do varejo preveem faturamento mais alto neste ano, enquanto nas médias empresas o porcentual é de 59% e nas pequenas, de 52%.

Os produtos mais ofertados na data, diz a pesquisa, deverão ser brinquedos (73%). Segundo previsão dos empresários consultados, 36% dos consumidores vão gastar até R$ 50 e 37%, de R$ 51 até R$ 100.

Estudo da Serasa Experian mostra que o perfil dos novos usuários de cartão de crédito no País é formado na maioria por jovens da periferia, moradores da região Sudeste e pessoas com renda mensal entre R$ 500 e R$ 1.000. O levantamento, que leva em conta o volume de consultas de Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) para obtenção do primeiro cartão de crédito, mostra que no primeiro trimestre deste ano 57,6% das propostas eram de consumidores nessa faixa de renda. Em 2010, essa fatia era de 51,7% e, em 2011, de 55,8%.

A pesquisa, feita com base nas informações de 300 mil CPFs de todo o Brasil, mostra ainda que a maioria dos consumidores em busca do primeiro cartão continua no extrato chamado Periferia Jovem, com participação de 42% das solicitações, nível similar ao observado em 2010. Esse grupo, delineado por uma ferramenta da Serasa chamada Mosaic Brasil, é formado por jovens trabalhadores, de baixa renda e com pouca qualificação, e estudantes de periferia e famílias que recebem assistência de alguma instância de governo.

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"Os resultados do estudo apontam para a adoção de práticas mais sofisticadas na gestão do risco de crédito" disse o presidente da Serasa Experian e chairman da Experian América Latina, Ricardo Loureiro. Na avaliação dele, emissores terão de alterar o modelo de concessão de crédito para atender novos consumidores sem histórico de crédito e também sem educação financeira.

O quesito inadimplência, maior sinalizador de risco para o segmento de cartões de crédito, vem mostrando aceleração. O estudo aponta que, após quatro meses de uso, 4,4% dos novos cartões estavam com atraso no primeiro trimestre deste ano. Em igual período de 2011, o índice era de 3,2% e, em 2010, de 2,3%.

No extrato por região, o Sudeste ultrapassou o Nordeste no primeiro trimestre. Segundo a Serasa, 39% das adesões estão no Sudeste. O Nordeste vem em seguida, com 38,5% de participação. No primeiro trimestre de 2011, o Nordeste havia passado o Sudeste, com os índices de 43% e 36%, respectivamente.

Recente levantamento divulgado pelo Serasa Experian mostra que a pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas medida no mês de agosto atingiu 95,7%, o que significa que para cada 1.000 pagamentos, 957 ocorreram em dia ou com atraso de sete dias. Essa proporção se iguala ao recorde alcançado em agosto de 2010 e é 0,4 ponto porcentual maior do que o registrado em agosto do ano passado. Além disso, trata-se da 9ª alta consecutiva nessa base comparativa.

Segundo economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o resultado reflete a preparação das empresas para o Natal e indica que a atividade econômica deve continuar melhorando até o início do próximo ano."A pontualidade é um sinalizador importante do recuo da inadimplência, o que mostra que as empresas estão se arrumando e traz perspectivas positivas para o final deste ano e o início do ano que vem", ressalta Rabi. De acordo a empresa, a redução das taxas de juro e da inadimplência dos consumidores, bem como a retomada mais recente da atividade econômica estão contribuindo que cresça o volume de pagamentos em dia.

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O maior nível de pontualidade foi observado no setor comercial, no qual as empresas mantiveram a marca de 96,2%, a mesma proporção verificada em julho deste ano. As micro e pequenas empresas do setor industrial também mantiveram o nível do mês anterior, de 95%. Já o setor de serviços teve um acréscimo de pontualidade, que passou de 94,9% em julho para 95% em agosto.

Ao mesmo tempo em que a pontualidade aumentou, o valor médio dos pagamentos pontuais teve um recuo de 3% em relação a julho, atingindo R$ 1.784. As empresas de serviços, por sua vez, foram as que registraram a maior quantia média, que ficou em R$ 2.061, seguida pelas empresas comerciais, com R$ 1.774, e depois as empresas industriais com R$ 1.621. O levantamento, realizado desde 2006, usa uma amostra de 600 mil micro e pequenas empresas, que totalizam cerca de 8 milhões de pagamentos registrados mensalmente.

O número de cheques devolvidos por falta de fundos em relação ao total emitido atingiu, no mês de agosto, a proporção de 1,97%, ante 2% registrados em julho, informou nesta terça-feira a Serasa Experian. A queda foi a terceira mensal consecutiva do indicador. A parcela dos cheques devolvidos em agosto, porém, ficou acima do nível verificado um ano antes, quando representava 1,88%. O acumulado de janeiro a agosto de 2012 (2,05%) também ficou acima do verificado no mesmo período de 2011 (1,93%).

Em números absolutos, no mês de agosto foram emitidos 79.673.376 documentos, dos quais 1.535.806 não tinham fundos. A Serasa Experian explica, em nota divulgada nesta terça-feira, que os recuos consecutivos no total de cheques devolvidos decorrem dos juros em queda, que proporcionam condições mais favoráveis para que o consumidor administre dívidas. "Como o consumidor está interessado em renegociar débitos e se reabilitar para tomar crédito, evita dar cheques sem fundos", afirma a nota.

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A região Norte registrou o maior número de cheques sem fundos no acumulado de janeiro a agosto. Foram 4,41% do total de documentos emitidos, sendo o Estado de Roraima o campeão em devoluções, com 12,93% do total. Na outra ponta está a região Sudeste, com 1,63% de devoluções, tendo o Estado de São Paulo registrado o menor porcentual no período: 1,51%.

A inadimplência do consumidor recuou 0,2% na passagem de julho para agosto, a terceira queda mensal consecutiva, informou Nesa quarta-feira a Serasa Experian. O Indicador de Inadimplência do Consumidor aponta alta de 7% na comparação com mesmo mês do ano passado, porém este é o menor ritmo de expansão nesta base de comparação desde agosto de 2010. Além disso, no ano até agosto, a inadimplência cresceu 16,2%, ritmo bem menor que o verificado no mesmo período de 2011, quando o indicador teve alta de 23,4%.

De acordo com a Serasa Experian, os dados "confirmam que a inadimplência do consumidor está perdendo fôlego", em razão da redução das taxas de juros no crédito, renegociação de dívidas, lotes recordes de restituição do Imposto de Renda e antecipação da primeira parcela do 13.º salário aos aposentados e pensionistas realizada na última semana de agosto.

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Os resultados também mostram diferentes cenários. Nos primeiros oito meses do ano passado, a inadimplência era crescente por causa da expansão do endividamento de 2010 e dos juros mais altos. Já no mesmo período deste ano, o quadro de redução dos juros e o baixo consumo contribuíram para uma reversão do indicador, avaliou a empresa, em nota distribuída à imprensa.

As dívidas com bancos e os cheques sem fundos puxaram para baixo a queda da inadimplência em agosto, com variações negativas de 1,3% e 2,9%, respectivamente. Os títulos protestados recuaram 0,8%. E a queda no indicador geral só não foi maior porque as dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água) apresentaram alta de 1,5%.

O número de consumidores que procuraram crédito no mês de agosto foi 3,1% maior do que o registrado em julho, informou nesta terça-feira a Serasa Experian. Foi a segunda alta mensal consecutiva do Indicador da Demanda do Consumidor por Crédito. Em julho, havia sido verificada elevação de 8% na comparação com junho.

Apesar da alta na margem, o indicador segue abaixo dos níveis registrados no ano passado. A procura por crédito em agosto ficou 2,7% abaixo da quantidade vista no mesmo mês de 2011. Já o acumulado nos oito primeiros meses do ano está 5,6% abaixo do verificado no mesmo período de 2011.

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De acordo com a Serasa Experian, o consumidor demonstra maior disposição em buscar crédito no segundo semestre por causa de taxas de juros mais baixas e pela queda da inadimplência, o que abre oportunidades a quem estava com dívidas em atraso.

Em agosto, houve aumento na demanda por crédito em todas as faixas de renda. Destaque para a população de baixa renda, cujas altas foram de 4,5% na comparação com julho, de 2,4% sobre agosto de 2011 e 3,1% no acumulado do ano ante o mesmo período de 2011. Na análise por regiões do País, o Nordeste foi onde houve a alta mais expressiva em agosto, de 5,2% ante julho.

A proporção de comerciantes otimistas com as vendas do Dia dos Pais diminuiu neste ano. De acordo com pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Serasa Experian, 41% dos entrevistados esperam aumento do faturamento para o segundo domingo de agosto em relação às vendas do mesmo período de 2011. No ano passado, a parcela dos empresários que apostavam em aumento de vendas era de 55%. Este ano, 39% esperam estabilidade e 20% preveem queda no faturamento.

A pesquisa ouviu 1.000 empresários e executivos do varejo entre os dias 3 e 13 de julho. A empresa avalia que o menor número de respostas otimistas é consequência do nível de atividade econômica, dos índices de inadimplência e das condições financeiras das empresas.

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Os comerciantes mais otimistas são os responsáveis por empresas de grande porte: 72% esperam ampliar o faturamento. Nas médias empresas, a proporção é de 56% e nas pequenas, 41%. Na análise por região, o Norte têm os varejistas mais otimistas (63%), seguido pelo Nordeste (42%), Centro-Oeste e Sul (41% cada) e Sudeste (34%).

Seguindo os resultados do Dia dos Pais do ano passado, os presentes mais procurados em 2012 devem ser roupas, sapatos e acessórios, respondendo por 57% das compras. Na sequência, vêm celular e smartphone (16%); perfumaria e cosméticos (10%); eletrônicos (7%); ferramentas (2%); bebidas (2%); joias, relógio e caneta (2%); produtos de informática (1%); refeição em restaurante (1%) e outros (2%).

Os entrevistados responderam ainda que o tíquete médio de compras deve ser de R$ 134, com 41% dos presentes custando entre R$ 51 e R$ 100. Os gastos entre R$ 101 e R$ 200 devem responder por 26% das compras para a data, seguidos por presentes até R$ 50 (24%), com preços entre R$ 201 e R$ 300 (4%), entre R$ 301 a R$ 500 (3%) e mais de R$ 500 (2%).

A maioria das vendas (51%) deve ser realizada à vista e 49% das compras devem ser feitas a prazo. No ano passado, as compras a prazo responderam por 53% das vendas para a data.

Juros e IPI

Nas grandes empresas, apenas 40% dos entrevistados responderam que já perceberam aumento nas vendas por conta das medidas de estímulo ao consumo implementadas pelo governo. Nas médias empresas, só 28% responderam positivamente à pergunta e, nas pequenas, 24%. A maioria dos entrevistados (70%) respondeu também que os juros baixos e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) não afetarão suas vendas.

A inadimplência das empresas recuou 5,7% em junho ante maio deste ano, mas a alta no acumulado do primeiro semestre é a maior para o período desde 2009. Comparando os primeiros seis meses de 2012 com igual período de 2011, o indicador de inadimplência de pessoas jurídicas aumentou 16,5%. No acumulado do semestre em 2009, a alta registrada havia sido de 35,8%. Na comparação de junho de 2012 com igual mês de 2011, a alta foi de 11,4%. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira pela Serasa Experian.

De acordo com avaliação da empresa, grande parte dos negócios de médio e pequeno portes trabalha com varejo e setor de serviços e depende do comportamento dos consumidores. Assim, uma melhora no índice de inadimplência do consumidor pode ter consequência rápida no indicador das empresas, o que explicaria o recuo na comparação mensal. Além disso, a Serasa Experian ressalta que a base de comparação de maio era bastante elevada (com alta de 9,4%) e junho teve menor quantidade de dias úteis.

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Entre as razões apontadas para o resultado do semestre, estão a baixa atividade econômica registrada no ano, as taxas de inadimplência do consumidor e de empresas clientes, a dificuldade para exportar e a maior seletividade na concessão de linhas de crédito. Os economistas da empresa avaliam que o cenário deve melhorar gradualmente, com a expectativa de recuperação da atividade nacional a partir do último trimestre deste ano.

No primeiro semestre do ano, a inadimplência nas dívidas bancárias cresceu 23,9% ante igual período do ano passado. Na sequência, os protestos aumentaram 19%, seguidos por dívidas não bancárias (18,9%) e cheques devolvidos por falta de fundos (3,7%). As dívidas não bancárias contribuíram, sozinhas, com 6,1 pontos porcentuais para o aumento do indicador geral das empresas.

O valor médio das dívidas não bancárias no primeiro semestre do ano aumentou 4,3% ante igual período de 2011. Entre as dívidas não bancárias, são considerados os pagamentos a fornecedores, cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços. As dívidas com banco tiveram valor médio de R$ 5.293,25, aumento de 5,5% na comparação com igual período de 2011.

A alta no valor médio dos títulos protestados foi a maior entre os vários tipos de dívida e chegou a 10,9% no primeiro semestre deste ano, com média de R$ 1.932,23. Cheques sem fundos tiveram aumento de 6,7% no valor médio ante o mesmo período de 2011, chegando a R$ 2.203,03.

O número de pessoas que procuraram crédito no primeiro semestre caiu 7,4% ante igual período de 2011, o que representa o maior recuo da série histórica iniciada em 2008 pelo Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito. Na comparação de junho com o mesmo mês do ano passado, o indicador recuou 6,6%. Em relação a maio, a queda na procura por crédito em junho foi de 2,1%.

A empresa avalia que os níveis elevados de inadimplência e endividamento do consumidor foram responsáveis por reprimir a procura por crédito no primeiro semestre, apesar das medidas de incentivo ao consumo adotadas pelo governo.

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Na análise por classe de renda pessoal, a parcela da população com menor renda (até R$ 500 mensais) foi a única que aumentou a procura por crédito no primeiro semestre, com alta de 2% ante igual período de 2011. Os demais segmentos, na divisão por renda, apresentaram queda. Aqueles que ganham entre R$ 2 mil e R$ 5 mil por mês registraram a maior variação: -8,8% em relação ao primeiro semestre de 2011.

Quanto à análise por regiões, o Norte e o Nordeste apresentaram as menores quedas na busca por crédito no primeiro semestre (de 0,3% e 4,7%, respectivamente) em comparação com o mesmo período de 2011. Na mesma base de comparação, a maior queda foi registrada pela região Sul (9,1%), seguida pelo Sudeste (-8,6%) e Centro-Oeste (-5,4%).

O indicador é calculado mensalmente a partir de uma amostra de números de Cadastros de Pessoas Físicas (CPFs) consultados na base de dados da Serasa Experian em transações que configuram relação creditícia entre consumidores e instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras.

O número de pedidos de falência no País cresceu 11% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 975 pedidos, enquanto em 2011 o total ficou em 877, de acordo com o Indicador de Falências e Recuperações, divulgado nesta quinta-feira pela Serasa Experian. Na comparação mensal, o número diminuiu, passando de 203 em maio para 158 em junho - queda de 22%.

Do total de pedidos de falência realizados entre janeiro e junho, a maioria (529) foi feita por micro e pequena empresas. Entre as médias empresas foram registrados 286 pedidos e, entre as grandes, 160. O número de falências decretadas aumentou, passando de 314 no primeiro semestre de 2011 para 341 no mesmo período deste ano.

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O número de pedidos de recuperação judicial também cresceu na mesma base de comparação. Nos seis primeiros meses de 2012, foram 395 requerimentos, enquanto no mesmo período de 2011 foram 239 pedidos. As micro e pequenas empresas também lideram a lista de pedidos de recuperação judicial, com 202 requerimentos. Foram feitos 129 pedidos de recuperação judicial por médias empresas e 64 pedidos pelas grandes.

De acordo com o Serasa Experian, o cenário de crescimento nas falências é resultado de "maior percepção do risco na economia e o minguante crédito externo, baixa atividade econômica, crédito doméstico mais seletivo, alta inadimplência das empresas e dos consumidores e desvalorização do real como reflexo da crise".

O movimento dos consumidores nas lojas em todo o País recuou 0,2% em junho na comparação com maio, na série com ajuste sazonal, mas cresceu 9,7% em relação ao mesmo mês de 2011. No acumulado do primeiro semestre, houve alta de 7,6%. Os números são do Indicador de Atividade do Comércio, divulgado nesta quarta-feira pela Serasa Experian, e mostram que, apesar de positivo, o desempenho semestral foi o mais baixo em três anos, já que no primeiro semestre de 2010 a alta havia sido de 10,7%, e nos primeiros seis meses de 2011 o avanço foi de 9,6%.

Níveis de endividamento e inadimplência dos consumidores, considerados elevados pela empresa, impediram um desempenho mais favorável do varejo. Nestes primeiros seis meses do ano, os setores incentivados com isenções tributárias foram os que apresentaram melhor resultado.

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Neste período, o movimento nas lojas de material de construção foi 7,7% superior ao registrado no primeiro semestre de 2011. Houve aumento expressivo também em lojas de veículos, motos e peças (7,4%) e comércio de tecidos, vestuário, calçados e acessórios (7,6%).

O varejo especializado de móveis, eletroeletrônicos e informática apresentou alta de 5,2%, supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas cresceram 2,3% e comércio de combustíveis e lubrificantes ficou praticamente estável, com leve avanço de 0,2% no semestre.

O Indicador de Inadimplência das Empresas, divulgado nesta quarta-feira pela Serasa Experian, registrou alta de 9,4% em maio ante o mês anterior, a maior elevação verificada na passagem de abril para maio desde 2006. Em relação a maio de 2011, o aumento foi de 13,2%. Já no acumulado entre janeiro e maio, o avanço foi de 17,5% frente ao mesmo período do ano passado.

De acordo com nota distribuída à imprensa, os economistas da empresa atribuem a evolução da inadimplência em maio à sazonalidade do mês, mas desta vez "potencializada por uma série de entraves econômicos", como atividade econômica fraca, baixo nível de crédito externo, forte inadimplência dos consumidores e queda nas exportações provocada pela crise global.

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O indicador é nacional e considera as variações no número de cheques sem fundos, títulos protestados e dívidas vencidas com instituições bancárias e não bancárias. Para a Serasa Experian, a forte expansão mensal dos protestos de títulos (19,4%) antecipa um provável aumento do número de requerimentos de falências. Em relação a abril, a inadimplência das empresas subiu 0,5% nas dívidas não bancárias, 2,5% nas dívidas com bancos e 20,2% nos cheques.

Nos cinco primeiros meses de 2012, as dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água) tiveram um valor médio de R$ 775,74, o que representou um crescimento de 4% ante igual período de 2011. O valor médio das dívidas com bancos subiu 4,3% e chegou a R$ 5.269,13. Em relação aos títulos protestados, o valor médio ficou em R$ 1.914,33 (alta de 11,1%). Já os cheques sem fundos registraram em média R$ 2.191,88, aumento de 6,5% na comparação o acumulado de janeiro a maio de 2011.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou crescimento nulo em abril ante março e alta de 0,6% na comparação com abril do ano passado, de acordo com o Indicador de Atividade Econômica, divulgado nesta segunda-feira pela Serasa Experian. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, o índice avançou 0,8%. No acumulado de 12 meses, a alta foi de 1,7% ante o mesmo período de 2011, taxa menor do que a verificada em março, de 1,9%, na mesma base de comparação. Todos esses resultados foram ajustados sazonalmente.

Do ponto de vista da oferta agregada, o baixo desempenho do PIB em abril foi justificado pela queda de 2,6% sobre março e de 0,6% ante abril de 2011 na atividade produtiva do setor industrial. No ano, a indústria acumula queda de 0,1% e, em 12 meses, registra pequena alta de 0,6%. De acordo com a Serasa Experian, o setor está mais vulnerável à crise financeira internacional.

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A agropecuária subiu 0,5% ante março, mas o resultado representa um recuo de 8,1% sobre o mesmo mês do ano passado. Em serviços, houve alta de 0,4% na comparação mensal e de 2,1% na anual. No ano, esses dois setores acumulam, respectivamente, queda de 8,4% e alta de 1,7%. No acumulado de 12 meses encerrados em abril, a atividade agrícola cai 0,4% e a de serviços sobe 2%.

Pelo lado da demanda agregada, a atividade econômica do País só não recuou em abril porque o consumo das famílias cresceu 0,4% em relação a março e 2,3% sobre abril de 2011. Este item acumula alta de 2,5% no ano e de 3% em 12 meses. Exceto importações (2%), todos os outros itens apresentaram recuo em abril ante março: consumo do governo (-0,5%), investimentos (-0,6%) e exportações (-4,2%).

"O consumo das famílias tem sido o principal componente dinâmico da economia, impulsionado pelas baixas taxas de desemprego e pelos ganhos reais de rendimentos, já que as altas da inadimplência e do endividamento dos consumidores têm reduzido a eficácia do crédito em concretizar impulsos adicionais à atividade econômica", afirma, em nota, a Serasa Experian.

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