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Pré-candidato ao Senado pelo Paraná, o ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) voltou a atacar a esquerda através do ex-presidente Lula (PT). Nesta segunda-feira (18), ele apontou que a vitória do petista e a volta dos seus aliados será uma "catástrofe".

Moro publicou a foto de um encontro de Lula com líderes dos partidos de esquerda em um teatro lotado. No evento, além da cúpula do PT, estão presentes nomes de fora da sigla, como o senador Randolfe Rodrigues (REDE), os deputados Alessandro Molon (PSB) e Jandira Feghali (PCdoB), e a vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB).

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“Além da catástrofe da possível eleição do Lula, temos que estar atentos ao que viria junto com ele. Sinceramente, o Brasil não merece isso”, escreveu o pré-candidato.

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Com uma pré-campanha ainda tímida, o ex-juiz se restringe a comentar sobre notícias do cenário político nas redes sociais e costuma criticar duramente o petista. Em seu primeiro material oficial após o lançamento da pré-candidatura, Sergio Moro propôs a valorização da família e das liberdades fundamentais.

O ex-juiz federal Sergio Moro (União Brasil) anunciou, nesta terça-feira (12), que vai concorrer ao Senado pelo Paraná. O anúncio aconteceu durante uma coletiva de imprensa em Curitiba. Moro tentava concorrer ao pleito deste ano pelo estado de São Paulo, mas teve a transferência de domicílio negada pelo Tribunal Regional Eleitoral paulista.

“Como nos tempos de juiz, escutei muito e tomei minha decisão: sou pré-candidato ao Senado pelo Paraná, a minha terra. Precisamos de renovação e mudança. Eu acredito que, a partir do Paraná, podemos criar novas leis, fazer cumprir aquilo que é justo na legislação atual e fiscalizar o executivo com rigor”, declarou Moro.

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O ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL) também afirmou que o país pode ter "anos difíceis" pela frente e que será preciso "lideranças que não se omitam e não sumam no cenário político".

Com a escolha da disputa pelo Senado, Moro pode ter que enfrentar o senador Álvaro Dias (Podemos) que deve concorrer à reeleição. Dias é considerado uma espécie de padrinho político do ex-magistrado, hoje os dois não são mais aliados políticos. Moro não anunciou em qual chapa vai concorrer ao posto na Casa Alta.

Um levantamento feito pelo Ipespe divulgado no último dia 7, aponta Alvaro Dias liderando a disputa ao Senado com 31% da preferência do eleitorado enquanto Moro aparecia em segundo lugar, com 24% das intenções.

Ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro iniciou o ano de 2022 como um celebrado pré-candidato à Presidência pelo Podemos. Nos últimos meses, no entanto, trocou de partido, perdeu a posição de presidenciável em sua nova legenda, o União Brasil, e ainda sofreu derrota da Justiça Eleitoral, que o impediu de concorrer por São Paulo. Agora volta ao Paraná, seu Estado natal, por onde deve concorrer a deputado federal. Ao Estadão Moro comenta as declarações dos ministros Luiz Fux e Gilmar Mendes sobre a Lava Jato e afirma que o Supremo Tribunal Federal perdeu "força e legitimidade" perante a opinião pública.

Por que o sr. não recorreu ao TSE para manter o domicílio eleitoral em São Paulo?

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Fizemos uma avaliação de que poderíamos ser bem sucedidos. A transferência de domicílio tinha amparo na jurisprudência e resoluções do TSE, mas correríamos o risco de ficar num limbo jurídico. Não foi negativo para mim voltar ao Paraná. É a minha terra.

Sua mulher, Rosângela, que manteve o domicílio em São Paulo e pode concorrer a deputada federal, não corre o mesmo risco?

Não, porque nós temos amparo jurídico. Foi tudo feito com acompanhamento do advogado e margem de segurança. O julgamento do TRE foi uma surpresa. A transferência do domicílio dela nem sequer foi impugnada.

Vê motivação política do TRE-SP?

Respeito o tribunal, mas discordo da decisão. Os próprios juízes falam que estavam inclinados a mudar a jurisprudência consolidada do TSE. É uma pena que tenham escolhido esse caso para proferir a decisão. Mas sou uma pessoa institucional. Não vou brigar ou atacar as instituições.

Vai usar dinheiro do fundo eleitoral na campanha?

Sim. O fundo foi criado por lei. Podemos até ter críticas, mas, se ele existe e não usarmos isso, nos deixaria em desvantagem em relação a concorrentes.

O sr. faz alguma autocrítica por seu projeto presidencial ter fracassado?

Não creio que eu tenha errado. Fiz tudo que eu podia para que a candidatura fosse bem sucedida. Talvez eu tenha superestimado a candidatura dentro de um partido que tem seus méritos, mas com estrutura menor, que é o Podemos. Mas outros também não foram bem sucedidos. Infelizmente essa polarização, que é uma cegueira do País, foi se acentuando. Nenhuma candidatura da terceira via conseguiu se destacar até o momento.

Como avalia a liderança de Lula nas pesquisas?

Um grande erro. Um grande risco colocar alguém que foi condenado por corrupção em três instâncias e foi beneficiado por um erro judiciário numa posição dessa e com perspectiva de poder.

O ministro Luiz Fux, sobre a Lava Jato, disse que a anulação foi formal e houve corrupção. O ministro Gilmar Mendes, por sua vez, afirmou que a ocorrência da corrupção é indiscutível, mas não se combate o crime praticando crime. Esta ideia se consolidou como saldo da operação?

Ninguém praticou nenhum crime para condenar ninguém. Nós éramos competentes para julgar aquele caso. O Supremo mudou sua jurisprudência dizendo que era da Justiça Eleitoral e anulou o caso. Culpar os procuradores e juízes que fizeram seu trabalho é um absurdo. É fazer o jogo dos que querem a impunidade dos poderosos. Existe essa mudança de discurso porque os poderosos que cometeram crimes não têm como justificá-los.

O Centrão elabora no Congresso uma PEC que prevê a derrubada de decisões não unânimes do Supremo ou quando o Legislativo entender que elas extrapolam o limite Constitucional do Poder Judiciário...

É um erro uma PEC dessa natureza. Ela foi gerada porque há um desgaste do Supremo Tribunal Federal. Historicamente falando, os melhores momentos do STF foram o mensalão e durante a Lava Jato, quando ela era apoiada pelo Supremo. Depois, com a ressalva de que há ministros que sempre defenderam o combate à corrupção, decisões começaram a ser maiorias que enfraqueceram o combate à corrupção. O STF acabou perdendo força e legitimidade frente à opinião pública. Isso favorece a apresentação de propostas dessa espécie.

No meio político há uma avaliação de que o sr. precisa de imunidade parlamentar e por isso é candidato.

Busco mandato para continuar defendendo as minhas bandeiras. Sempre fui contrário ao foro privilegiado. Não sigo esse caminho na busca de privilégios.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O juiz Charles Renaud Frazão de Morais, da 2ª Vara Federal Cível da Justiça Federal do Distrito Federal, recebeu nessa segunda-feira, 23, uma ação popular impetrada por deputados do PT contra o ex-ministro Sérgio Moro cobrando indenização aos cofres públicos pela conduta do ex-juiz frente à extinta Operação Lava Jato.

Em despacho dado nesta segunda-feira, o magistrado determinou a citação de Moro - procedimento para que a pessoa acionada na Justiça apresente sua defesa no âmbito do processo - e ainda intimou o Ministério Público Federal (MPF), para que o órgão tome ciência da ação.

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O processo foi apresentado à Justiça Federal do DF no dia 27 de abril, redigido por advogados do Grupo Prerrogativas, é assinada pelos deputados Rui Falcão (SP), Erika Kokay (DF), José Guimarães (CE), Natália Bonavides (RN) e Paulo Pimenta (RS).

Em nota divulgada quando a ação foi impetrada, Moro afirmou que a ação demonstra que os petistas "estão dispostos a inverter os valores da sociedade e que querem perseguir quem combateu a corrupção em seu governo".

A ação popular questiona a atuação do ex-juiz em momentos desde a ordem de condução coercitiva de do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para interrogatório na Operação Alethea e o vazamento da conversa entre Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), até a assunção de Moro ao governo Bolsonaro e sua posterior entrada como sócio-diretor na consultoria Alvarez & Marsal, que presta serviços para empresas condenadas na Lava Jato.

"O ex-juiz Sérgio Moro deturpou, por completo, o sistema de justiça criminal. A bem da verdade, o requerido utilizou o cargo público como mero palanque para sua própria promoção pessoal, que agora está publicamente escancarada", alegam.

Além disso, os petistas sustentaram que a conduta de Moro na Lava Jato "atrofiou as cadeias produtivas dos setores de óleo e gás e construção civil", contribuindo para o desemprego no País.

"Para satisfazer os seus anseios pessoais, o ex-juiz Sérgio Moro teve que sacrificar os cofres da Petrobras e de outras tantas companhias do ramo de petróleo e gás para dar ares de legitimidade aos seus atos. A partir de atos judicantes simulados, proferidos no curso de persecuções penais ilegalmente instauradas, provocou desequilíbrio em todo o sistema financeiro nacional", registra trecho da ação.

O ex-juiz Sérgio Moro se manifestou sobre a decisão. "A ação popular proposta por membros do PT contra mim é risível. Assim que citado, me defenderei. A decisão do juiz de citar-me não envolve qualquer juízo de valor sobre a ação. Todo mundo sabe que o que prejudica a economia é a corrupção e não o combate a ela. A inversão de valores é completa: Em 2022, o PT quer, como disse Geraldo Alckmin, não só voltar a cena do crime, mas também culpar aqueles que se opuseram aos esquemas de corrupção da era petista."

Os advogados dos autores da ação também se manifestaram sobre a ação. "Moro é um dos grandes responsáveis pelo rastro luminoso de destruição e de miséria que o lavajatismo deixou no país. Foram quase 5 milhões de desempregos e aproximadamente 200 bilhões de reais de prejuízos à nossa economia. Precisa, pois, responder pelos atos que praticou na condução da Força tarefa de Curitiba. Terá direito à presunção de inocência e ao livre e sagrado exercício do direito de defesa, princípios que nunca respeitou na sua vida profissional. Agora como réu, terá a oportunidade de refletir sobre o mal que provocou ao país", afirmam Marco Aurélio de Carvalho e Fabiano Silva dos Santos, coordenadores do Grupo Prerrogativas e advogados do caso.

O ex-juiz Sergio Moro, pré-candidato à Presidência pela União Brasil, voltou a se manifestar sobre o conflito de interesses acerca dos crimes do deputado federal Daniel Silveira (PTB), que recebeu indulto do presidente Jair Bolsonaro (PL). Para o ex-tutor da Lava Jato, o caso do parlamentar contém uma “sucessão de erros” de todas as partes, mas apesar dos excessos da Corte, reafirmou que desgostar do Supremo Tribunal Federal (STF) não dá brechas para ameaçar “fisicamente” os ministros. 

“Eu vejo isso como uma sucessão de erros. O deputado Daniel se excedeu; o Supremo pode ser criticado, é um direito do cidadão criticar qualquer autoridade. Mas ele também ofendeu, não só ofendeu, mas ele fez ameaças físicas e incitou a violência, e isso não está compreendido nem na liberdade de expressão, nem na imunidade parlamentar. Por mais que alguém não goste do Supremo, não pode ameaçar fisicamente os ministros”, disse Moro, em evento realizado nessa sexta-feira (29), em Ribeirão Preto, São Paulo. 

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Para o presidenciável, porém, o Supremo determinou uma pena muito alta para o deputado. “E quando o Supremo fixou essa pena excessiva, deu espaço ao presidente para editar aquele indulto, que também é um erro, porque o indulto total acaba, de certa maneira, estimulando aquele comportamento violento, de incitação à violência”, continuou.  

Por fim, falou que seria possível um “meio termo”: “Talvez, aqui o meio termo seria o Supremo ter condenado a uma pena de prestação de serviço e o presidente ter editado um indulto parcial, para que a pena ficasse apenas sem prestação de serviço, e não uma pena de prisão. Então, ao meu ver, é uma sucessão de erros e todos estão errados nessa equação”. 

ONU e a Lava Jato 

O Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que o ex-juiz foi parcial no julgamento dos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no âmbito da Operação Lava Jato. 

Questionado sobre o tema, Moro afirmou que tem “consciência tranquila do trabalho feito na Lava Jato”, e disse acreditar que a entidade tenha se baseado na decisão do Supremo Tribunal Federal para julgar a parcialidade. 

Em 2021, o STF anulou as condenações do ex-presidente Lula referente à Operação Lava Jato. 

“Se basearam no julgado do Supremo Tribunal Federal, da Segunda Turma que anulou as condenações do Lula, então, basicamente, eles reproduziram. Quando tinha para analisar alguma controvérsia sobre o direito brasileiro, eles simplesmente reproduziam o que o Supremo tinha decidido. Se o Supremo tivesse decidido diferente, provavelmente a decisão do comitê seria igualmente diferente”, afirmou Moro. 

 

O Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu, em decisão divulgada nesta quinta-feira (28), que o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) foi parcial no julgamento dos processos da Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também considerou que os direitos políticos do petista foram feridos ao ter sido impedido de disputar as eleições de 2018, bem como a privacidade do líder político e seu direito de presunção à inocência. 

Esse grupo tem o dever de supervisionar o cumprimento do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, ratificado por 173 Estados, inclusive o Brasil. A decisão do comitê ocorre após a análise de uma queixa apresentada pela defesa de Lula. 

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“Embora os Estados tenham o dever de investigar e processar os atos de corrupção e manter a população informada, especialmente em relação a um ex-chefe de Estado, tais ações devem ser conduzidas de forma justa e respeitar as garantias do devido processo legal”, disse o membro do Comitê Arif Bulkan. 

O órgão considerou que o julgamento de Lula violou os artigos 9, 14, 17 e 25 do pacto internacional, que tratam sobre o direito de todo e qualquer cidadão a um julgamento justo e imparcial, o direto à privacidade e o respeito aos direitos políticos. 

“Embora o Supremo Tribunal Federal tenha anulado a condenação e prisão de Lula em 2021, essas decisões não foram suficientemente oportunas e efetivas para evitar ou reparar as violações”, comentou Bulkan. 

O comitê concluiu que “a conduta e outros atos públicos do então juiz Moro violaram o direito de Lula a ser julgado por um tribunal imparcial; e que as ações e declarações públicas do ex-juiz Moro e dos procuradores violaram o direito de Lula à presunção de inocência”. 

O ex-presidente foi representado na ONU pelos advogados Valeska Zanin Martins e Cristiano Zanin Martis, e pelo britânico Geoffrey Robertson. 

O órgão instou o Brasil a “assegurar que quaisquer outros procedimentos criminais contra Lula cumpram com as garantias do devido processo legal, e a prevenir violações semelhantes no futuro”. 

Em nota, Sergio Moro afirmou que deve se manifestar sobre o parecer da ONU apenas quando tiver acesso ao conteúdo, mas voltou a parabenizar a Lava Jato. “Foi uma ação institucional decorrente da corrupção descoberta na Petrobras. A empresa pertencente aos brasileiros já recuperou, aliás, 6 bilhões de reais por conta do trabalho da Lava Jato”, disse. 

- - > LeiaJá também: ‘ONU: Reconhecimento sobre parcialidade de Moro vira meme’ 

O Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) foi parcial no julgamento dos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Operação Lava Jato. A decisão, que será publicada na quinta-feira (28), é o primeiro golpe internacional contra o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro. A ONU também concluiu que os direitos políticos de Lula foram violados em 2018, quando ele foi impedido de disputar as eleições.

Depois de seis anos de análise em Genebra, a decisão é legalmente vinculante e, com o Brasil tendo validado os tratados internacionais, o Estado tem a obrigação de seguir a recomendação. No entanto, sem uma forma de obrigar os Países a adotarem as medidas ou penas contra os governos, o comitê sabe que muitas decisões podem ser ignoradas. 

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No Brasil, O STF já havia considerado que Moro agiu de forma parcial e anulou as condenações, mas as recomendações que ainda serão publicadas pelo comitê da ONU podem pedir medidas para reparar o dano sofrido pelo petista. 

O grupo é encarregado por supervisionar o cumprimento do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, assinado e ratificado pelo Brasil. 

Tanto o governo como os advogados de Lula já foram informados sobre o resultado do caso, mas o anúncio oficial só será divulgado nesta quinta-feira. 

A defesa de Lula, procurada pela Uol, indicou que não poderia comentar o resultado por conta de um embargo imposto pela ONU. Já Moro declarou que só se pronunciará sobre a decisão do comitê quando tiver acesso ao conteúdo. No entanto, ele disse que “o ex-presidente Lula foi condenado por corrupção em três instâncias do Judiciário e pelas mãos de nove magistrados'', e que “sua prisão foi autorizada pelo STF em março de 2018”.

“Foi uma ação institucional decorrente da corrupção descoberta na Petrobras. A empresa pertence aos brasileiros e já recuperou R$ 6 bilhões por conta do trabalho da Lava Jato”, afirmou Moro. 

Lula foi representado na ONU, que avaliava o caso desde 2006, pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Zanin Martins, além do britânico Geoffrey Robertson.

A queixa envolvia quatro denúncias feitas pela defesa do ex-presidente, sendo todas elas atendidas pelo comitê de forma favorável à defesa, que foram: a detenção de Lula pela Polícia Federal em 2016, em uma sala do aeroporto de Congonhas, considerada como arbitrária por seus advogados; a parcialidade do processo e julgamento; a difusão de mensagens de caráter privado de familiares de Lula; e a impossibilidade de uma candidatura em 2018. O comitê concluiu que houve violação dos direitos do ex-presidente em todos os artigos mencionados. 

O STF considerou a violação de Moro e anulou as condenações, permitindo, assim, que Lula esteja livre para se candidatar à presidência em 2022. No entanto, o processo continuou em instâncias internacionais. 

Meme 

No Twitter o assunto virou meme, “Até a ONU” foi parar nos Trending Topics, que são os assuntos mais comentados da rede social. Internautas, políticos e interessados no assunto brincaram com a decisão da organização internacional. O motivo foi porque "Até a ONU" reconheceu a imparcialidade do ex-juiz da Lava Jato. 

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Em vídeo publicado nas redes sociais nesta quarta-feira (27), o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) disse que o Partido dos Trabalhadores vai “perseguir todo mundo que foi contra a corrupção no governo dele”, e pediu que o eleitorado tivesse atenção no voto. A fala de Moro foi em resposta a uma ação judicial que ele recebeu de deputados do PT para indenizá-los por prejuízos ocasionados pela Operação Lava Jato. 

“Tem horas que você não sabe se o PT é um partido político ou um grupo de comediantes. A novidade da vez é que alguns deputados petistas entraram com uma ação judicial contra mim pedindo indenização por supostos prejuízos que a Lava Jato teria ocasionado”, informou. 

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Em seguida, Moro falou sobre o “rastro de lama que o PT deixou”, e que “você [eleitor] decide quem prejudicou quem”. “Vou lembrar rapidamente o rastro de lama que o PT deixou ao longo de 14 anos e você decide quem prejudicou quem: compra de deputados no famoso caso do mensalão, refinaria superfaturada, financiamento de porto em Cuba, o petrolão. Quem acabou com a economia e o desemprego foi o PT, aliando incompetentes e corrupção”. 

Em tom de campanha, o ex-juiz faz um “aviso” ao eleitorado. “A Lava Jato impediu que a Petrobras quebrasse e permitiu que ela recuperasse mais de R$ 6 bilhões. Quem você acha que deve ressarcir quem? Fique atento. Se você continuar, eles vão voltar com tudo e perseguir todo mundo que foi contra a corrupção no governo dele, inclusive quem saiu às ruas”. 

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O ex-juiz Sergio Moro (União) admitiu, nesta quarta-feira (20), que pode não disputar um cargo público nas eleições deste ano. Em entrevista à CNN, Moro disse que a possibilidade é real porque ele não vive da política.

“Olha, tudo é possível. Me coloquei naquela situação, aqui, que todos os pré-candidatos à Presidência da República deveriam se colocar: o de desprendimento. A gente tem que construir um cenário de união para que possamos vencer os extremos. Então, não está descartada nenhuma situação. Eu posso inclusive não concorrer a nada. Não vivo da política. Eu voltei [ao Brasil] para ajudar na construção de algo que possa vencer esses extremos políticos”, afirmou.

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Durante a entrevista, Moro também disse que mudou do Podemos para o União Brasil em prol de uma articulação e união pela terceira via. O ex-juiz declarou que resolveu dar um passo para trás para permitir uma junção e negociação entre as legendas.

“A gente via essa dificuldade de articulação desse centro. Acho que é importante ter esse centro democrático como forma de enfrentar esses dois extremos. E qual era o cenário que eu assistia: ninguém cedia, todo mundo dizia 'eu, eu, eu, eu'. Ninguém admitia ser vice. Então, eu fiz um gesto de me colocar dar um passo para trás para permitir esse centro. E isso está sendo conduzido pelo Luciano Bivar O meu plano, agora, é esse plano nacional para escapar dessa armadilha”, frisou.

Na última segunda-feira (18), Sergio Moro (União Brasil) usou as redes sociais para comemorar o Dia do Livro. Na publicação, Moro relatou que foi ensinado a ler por sua mãe, Odete, a partir da leitura do livro 'Dendeleão', de Stella Leonardos.

"Hoje, no Dia do Livro Infantil, divido com vocês não só a leitura que marcou minha infância, mas uma das lembranças mais bonitas que eu tenho: minha mãe, Odete, me ensinando a ler com o livro Dendeleão. E você, que livro marcou a sua infância?", escreveu o ex-ministro da Justiça.

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No entanto, internautas apontaram que o fato seria improvável, pois a obra em português, é datada de 1995, ou seja, quando ele tinha 23 anos de idade. Outro fato que também foi levantado é que a versão original do livro é de 1964, porém em inglês. Logo, a homenagem ao Dia do Livro virou motivo de piada na web.

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O advogado do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), Luis Felipe Cunha, acusou o Podemos de dar calote nele e em outros associados quando o ex-ministro da Justiça ainda era filiado ao partido. Cunha e os outros funcionários teriam trabalhado na pré-campanha presidencial de Moro. A informação é da coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.

De acordo com a reportagem, o advogado confirmou que uma de suas empresas, a "Bella Ciao Consultoria", fechou um contrato com a Fundação Podemos para elaborar o plano de governo do ex-juiz da Lava Jato. O valor mensal acordado para o serviço foi de R$ 30 mil.

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Cunha relatou que o contrato foi fechado em dezembro do ano passado, mas "somente as duas primeiras parcelas referentes à prestação do serviço foram efetivamente quitadas". "Essa situação de inadimplência também afetou outros prestadores de serviço contratados pelo Podemos para atuar no período pré-eleitoral", disse o advogado à reportagem. Segundo ele, o publicitário de Moro, Pablo Nobel, também não recebeu pagamento por seus serviços.

De acordo com uma apuração da Veja, o Podemos gastou cerca de três milhões de reais com o projeto voltado a viabilizar a candidatura de Sérgio Moro à Presidência nas eleições de 2022. Além de pagar um salário de quase 22.000 reais ao ex-ministro, o partido também custeou viagens, hotéis, carros e seguranças usados por ele durante seus compromissos como pré-candidato.

A saída de Moro do partido foi uma surpresa para muitos filiados e gerou ressentimento entre os dirigentes da sigla.

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União Brasil) usou as redes sociais para chamar  o presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como “autocratas”. A publicação mostra o encontro de Moro com a senadora Simone Tebet (MDB-MS), pré-candidata à Presidência da República nas eleições de 2022. 

No post, Moro afirmou que se encontrou com a política em São Paulo para falar “sobre a união do centro”. O ex-juiz lançou em 2021 a sua pré-candidatura à Presidência após se filiar ao Podemos. Na última quinta (31), ele acabou trocando de partido e filiou-se ao União Brasil. Na ocasião, ele chegou a dizer que abria mão da pré-candidatura “neste momento”.

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Já no dia seguinte, na última sexta (1º), Moro voltou atrás dizendo que  “não desistiu de nada” e que segue “firme na construção de um projeto para o país”. Uma ala do União Brasil, porém, se opõe à pré-candidatura, e ameaçou impugnar a filiação caso o ex-juiz insista na candidatura.

 

Em nota divulgada na noite desta quinta-feira (31), nas redes sociais, o Podemos, antigo partido do ex-presidenciável Sergio Moro, afirmou que ele deixou a sigla sem comunicar a ninguém, “tanto a Executiva Nacional quanto os parlamentares souberam via imprensa da nova filiação de Moro”. 

Sergio Moro informou a troca do Podemos para o União Brasil na manhã desta quinta.

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Em nota, assinada pela presidente da Executiva Nacional, Renata Abreu, a sigla mencionou ter passado mais de um ano de conversas com Moro até a sua filiação e o lançamento da pré-candidatura à presidência pelo Podemos. “Respeitando o seu momento de vida profissional e pessoal e trabalhando para oferecer ao Brasil uma esperança contra a polarização dos extremos. O Podemos jamais mediu esforços para garantir ao presidenciável uma pré-campanha robusta, a começar por um grande evento de filiação e por toda retaguarda necessária para deslocamentos em segurança pelo País, com total garantia de recursos para sua futura campanha eleitoral”.

“O Podemos não tem a grandeza financeira daqueles que detém os maiores fundos partidários, como é sabido por todos. Mas tem a dimensão daqueles que sonham grande, com a convicção de que o projeto de um Brasil justo para todos vale mais do que dinheiro”, alfinetou o partido, tendo em vista que a nova sigla de Moro, o União Brasil, é o maior partido e detentor da maior verba do Fundo Eleitoral. 

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A sigla exaltou ter sido pega de surpresa com a mudança e que soube pela imprensa, diferentemente do que foi afirmado pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO), ao Estadão, ainda nesta manhã. “Para a surpresa de todos, tanto a Executiva Nacional quanto os parlamentares souberam via imprensa da nova filiação de Moro, sem sequer uma comunicação interna do ex-presidenciável. Seguiremos focados para apresentar aos brasileiros e brasileiras uma alternativa que olhe nos olhos sem titubear. E que, com firmeza, de propósitos, nunca desista de sonhar. Porque, sim, juntos, podemos mudar o Brasil”. 

 

Resistência da sigla 

Moro chegou a enfrentar resistências no Podemos após sua filiaçã, a bancada de deputados federais pressionou para que ele migrasse para o União Brasil ou se candidatasse ao Senado. Dos onze parlamentares da sigla, sete não queriam a candidatura à presidência por conta do Fundo Partidário, além de arranjos regionais.

A alegação para a saída do ex-ministro do partido era o desempenho médio nas pesquisas eleitorais e o pouco tempo de TV. 

 

União Brasil

O deputado federal Júnior Bozzella (União Brasil-SP) contou que Moro decidiu se filiar à sigla durante um jantar com o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, na segunda-feira (28).

O ex-ministro se reuniu nesta tarde com representantes do União Brasil. O foi com portas fechadas em uma área reservada e coberta por cortinas no restaurante Tarsila, nos fundos do Hotel Intercontinental, na Alameda Santos, em São Paulo. O estabelecimento foi escolhido por Moro nos últimos meses para se hospedar e fazer reuniões reservadas na capital.

O senador Alvaro Dias (PR), um dos principais aliados de Sergio Moro (Podemos), diz ser “contraditória” a filiação do ex-juiz ao União Brasil, que deve ser anunciada ainda nesta quinta-feira (31). 

“Acho contraditório, especialmente se for para desistir da candidatura presidencial e disputar mandato de deputado federal, como está sendo dito. Para desistir da candidatura não há necessidade de mudança de partido”, afirmou o senador. 

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Dias contou ter sido pego de surpresa com a notícia da mudança de partido de Moro, sobretudo por ter conversado com o ex-ministro nesta quinta pela manhã e nada foi mencionado, disse o senador. “Falei com ele antes das 8h da manhã, mas apenas sobre as conversas para trazer o União Brasil para a aliança. Não me informou nada sobre sair do partido. Parece ser uma coisa repentina, talvez em razão da pressão do prazo de filiação”. 

->> Moro troca Podemos pelo União Brasil

De acordo com ele, caso a saída seja confirmada, o Podemos deve discutir novamente qual caminho tomar na eleição presidencial e ter nome próprio ou apoiar alguém de outra legenda. 









 

Um levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como favorito entre os eleitores do estado de Pernambuco. Na pesquisa, ele aparece com 54,2% das intenções de votos. Já o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) surge logo em seguida com 23,4%. 

A pesquisa estimulada, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados, ouviu 1.510 eleitores com 16 anos ou mais, em 58 cidades pernambucanas, entre 19 e 24 de março. Foi testado um cenário com sete pré-candidatos. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais para mais ou para menos.

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O levantamento, divulgado neste sábado (26), mostra o ex-presidente Lula na liderança, com 54,2%, seguido por Jair Bolsonaro, com 23,4%. Na sequência, vêm os ex-ministros Ciro Gomes (PDT), com 5%, e Sérgio Moro (Podemos), com 3,4%, um empate técnico dentro da margem de erro. 

Empatam com Ciro e Moro, ainda dentro na margem de erro, o deputado federal André Janones (Avante), com 1,5%, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 0,9%, a senadora Simone Tebet (MDB), com 0,3%, e o cientista político Luiz Felipe D'Ávila, com 0,1%.

O levantamento do Ipespe, divulgado nesta sexta-feira (25), aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 44% das intenções de votos no primeiro turno. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece com 26% da preferência. O levantamento aferiu a opinião de 1.000 eleitores por telefone entre segunda (21) e quarta-feira (23).

Em terceiro lugar, segundo dados do levantamento, vem o ex-juiz Sergio Moro (Podemos), com 9%, seguido do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 7%, e do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 2%.

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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), o deputado federal André Janones (Avante), a senadora Simone Tebet (PMDB) e Felipe d’Avila (Novo) ficaram empatados ao contabilizar 1% cada.

A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com o número BR-04222/2022. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,5%.

Segundo turno

Para o segundo turno, o Ipespe verificou nove cenários diferentes. O ex-presidente Lula venceu em todos que foi citado. Veja:

Cenário 1

Lula – 54%

Bolsonaro – 31%

Branco/Nulo/Não votaria/Indecisos – 15%

Cenário 2

Lula – 52%

Moro – 30%

Branco/Nulo/Não votaria/Indecisos –18%

Cenário 3

Lula – 51%

Ciro Gomes – 24%

Branco/Nulo/Não votaria/Indecisos – 25%

Cenário 4

Lula – 54%

Doria – 19%

Branco/Nulo/Não votaria/Indecisos – 27%

Cenário 5

Lula – 56%

Eduardo Leite – 19%

Branco/Nulo/Não votaria/Indecisos – 25%

Cenário 6

Moro  – 35%

Bolsonaro – 33%

Branco/Nulo/Não votaria/Indecisos – 32%

Cenário 7

Ciro Gomes – 48%

Bolsonaro – 36%

Branco/Nulo/Não votaria/Indecisos – 16%

Cenário 8

Dória – 40%

Bolsonaro – 37%

Branco/Nulo/Não votaria/Indecisos – 24%

Cenário 9

Bolsonaro – 39%

Eduardo Leite – 38%

Branco/Nulo/Não votaria/Indecisos – 23%

Nesta quarta-feira (23), o presidenciável Sergio Moro (Podemos) defendeu o ex-procurador Deltan Dallagnol após o correligionário ser condenado a pagar R$ 75 mil de indenização ao ex-presidente Lula (PT). "A gente têm visto fatos assustadores. O país tá doente", afirmou o ex-ministro do governo Bolsonaro.

Na Alemanha, onde visitou líderes parlamentares do país, Moro gravou um vídeo indignado com a punição do ex-coordenador da Operação Lava Jato por ‘espetacularizar’ a investigação com uma apresentação em Power Point em que colocava o petista como líder de uma organização criminosa.  

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Por 4 votos a 1, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a indenização. O próprio Deltan já havia se posicionado contra o entendimento e justificou que o resultado em seu desfavor parte do interesse dos ministros por uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).   

Pré-candidato à Presidência, o ex-juiz apontou que a gestão petista foi responsável pelo escândalo na Petrobras que desviou R$ 6 bilhões e que os prejuízos da investigação estão recaindo em "quem se sacrificou, se dedicou para combater aquela roubalheira, colocar os criminosos na cadeia, sendo condenado a pagar danos morais. Isso é um absurdo. Isso é o país virado do avesso. Isso é querer transformar o certo no errado". 

Moro ainda citou a recente denúncia sobre a liberação de recursos do Ministério da Educação por intermédio de pastores evangélicos e o suposto pedido de propina em ouro para uma Prefeitura. "Nós não vamos deixar o Brasil virar uma terra sem lei e um país de bandido", declarou.



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Após os caminhoneiros ameaçarem uma paralisação e pedir ajuda da população para a causa, o ex-juiz e pré-candidato à presidência Sergio Moro (Podemos) afirmou que "as pessoas (caminhoneiros) que fazem o Brasil acontecer precisam ser levadas a sério".

"Se tudo é transportado em cima de mais de 2 milhões de caminhões, em um País continental, como se explica não ter uma política específica para o setor?", disse Moro, em sua conta no Twitter. Segundo ele, "mais uma vez, falta visão de longo prazo".

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A insatisfação dos caminhoneiros começou no dia 10 de março, quando a Petrobras anunciou reajustes de dois dígitos nos preços da gasolina, do diesel e do gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha. No caso da gasolina, o reajuste foi de 18,7% e do diesel de 24,9%.

Como parte das iniciativas para conter a insatisfação da população como um todo, principalmente com inflação alta, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que muda a cobrança do ICMS sobre o combustível, principal fonte de receita dos Estados. Agora, o combustível será cobrado sobre o litro do combustível, e não mais sobre o preço final do produto.

O deputado estadual Arthur do Val (Podemos-SP) afirmou, nessa segunda-feira (7), que irá se afastar do Movimento Brasil Livre (MBL). A informação ainda não havia sido comunicada aos dirigentes da organização política até então.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Arthur repercutiu a saída e as demais consequências em sua carreira política desde o vazamento de áudios do parlamentar, nos quais ele afirma que as mulheres ucranianas “são fáceis, porque são pobres”.

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“Não é justo que essas pessoas sofram a consequência de um erro só meu”, afirmou Arthur sobre deixar o MBL. “O que o [deputado federal] Kim Kataguiri tem a ver com isso? O que a Adelaide Oliveira tem a ver com isso? Fui eu. Eu. Sozinho”, disse o deputado.

Após a repercussão dos áudios, Arthur retirou a sua pré-candidatura ao governo de São Paulo. “Eu retirei a candidatura porque eu não tenho direito de atrapalhar ninguém”, disse à Folha.

O deputado também afirmou que ficou chateado com as declarações do ex-juiz Sérgio Moro, que repudiou os áudios.

“A minha sensação é de frustração, de tristeza da parte dele. Outra coisa são os fatos. E o fato é que nós ainda temos um país que está aí na beira de ter Lula ou Bolsonaro. Se eu estou atrapalhando a missão [de Moro], será que eu não faria o mesmo [que ele fez]? Será que faria diferente? Eu hoje te falaria diferente”, afirmou Arthur do Val.

Deputado vê cassação como exagero

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) já recebeu cerca de 12 representações pedindo a cassação do mandato do deputado. Após o recebimento de todas as representações, os representantes do Conselho serão comunicados, e Arthur do Val será notificado.

“Se eu estou atrapalhando a missão e eu sair, me cassarem, eu só vou ficar com o questionamento: que país é esse? Porque Lula falou coisas muito piores e está aí líder das pesquisas. Bolsonaro também. Meu mandato é irretocável. O que eu errei fui eu pessoalmente. Se isso for suficiente para me cassar e me tirar os direitos políticos por 8 anos, aí também não quero mais nada”, disse.

E continuou: “O PSOL está querendo me cassar em três dias. Tem um deputado que tentou me bater no plenário, não deu nada. Tem deputado que passou a mão no seio de uma deputada e deu seis meses [de suspensão]. E um áudio meu vai dar cassação em três dias? É desproporcional”.

Além da saída do MBL e de um provável processo de cassação, Arthur do Val deve deixar, também, o Podemos. A sigla atualmente trabalha na candidatura de Sergio Moro à Presidência. A desfiliação já foi adiada duas vezes desde o último fim de semana.

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