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Ao menos 22 pessoas morreram em um incêndio na madrugada de sábado em uma casa de repouso particular em Kemerovo, na Sibéria (Rússia), anunciaram as autoridades locais.

"De acordo com as informações atualizadas, durante a inspeção do local foram encontrados os corpos de mais duas pessoas. O número de mortos subiu para 22", anunciou o Comitê de Investigação da Rússia, responsável pelos principais inquéritos no país.

"Seis pessoas ficaram feridas. Duas foram hospitalizadas em estado grave, com queimaduras", acrescentou o Comitê.

"Às 5H25 (0H25 de Brasília), as equipes de resgate terminaram as tarefas de limpeza dos escombros", informou o serviço de emergência.

Um vídeo publicado pelo serviço de emergência mostra vários caminhões de bombeiros próximos do pequeno estabelecimento, entre os escombros carbonizados.

De acordo com a agência de notícia Tass, o fogo se propagou durante a noite por 180 metros quadrados do edifício de madeira, de dois andares.

A casa de repouso para idosos era "ilegal", segundo uma fonte das forças de segurança citada pela Tass.

O Comitê de Investigação abriu um processo por "negligência que provocou a morte de várias pessoas".

Os investigadores acusam "um homem de 31 anos de ter alugado uma casa particular como residência temporária para idosos", segundo um comunicado divulgado pelo comitê.

A origem do incêndio pode ser "um fogão com defeito", afirmaram os investigadores.

Cientistas de um estudo coletivo na Europa reviveram vários vírus antigos que foram bloqueados profundamente no permafrost - camada do subsolo da crosta terrestre que está permanentemente congelada - da Sibéria, desde a Idade do Gelo. Embora a pesquisa pareça arriscada, a equipe acredita que é uma ameaça que vale a pena investigar, diante dos perigos crescentes do degelo do permafrost e das mudanças climáticas. 

Em um novo artigo, que ainda não foi revisado por pares, os pesquisadores explicam como identificaram e reviveram 13 vírus pertencentes a cinco classes diferentes de amostras coletadas no gelado extremo leste da Rússia. O texto foi publicado na plataforma pré-prints BioRxiv. Entre a coleta, eles conseguiram reviver um vírus de uma amostra de permafrost com cerca de 48.500 anos. 

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Eles também reviveram três novos vírus de uma amostra de 27 mil anos com fezes de mamute congelado e um pedaço de permafrost com uma grande quantidade de lã de mamute. Este trio foi chamado de mamute Pithovirus, mamute Pandoravirus e mamute Megavirus. 

Outros dois novos vírus foram isolados do conteúdo estomacal congelado de um lobo siberiano (Canis lupus), denominados Pacmanvirus lupus e Pandoravirus lupus. Esses tipos infectam amebas, bolhas unicelulares que vivem no solo e na água, mas experimentos indicaram que os vírus ainda têm potencial para serem patógenos infecciosos. A equipe introduziu os vírus em uma cultura de amebas vivas, mostrando que elas ainda eram capazes de invadir uma célula e se replicar. 

O projeto vem de uma equipe de pesquisadores da Universidade Aix-Marseille, na França, que ressuscitou um vírus de 30.000 anos encontrado no permafrost da Sibéria em 2014. Com o último grupo desses seres, incluindo um que data de 48.500 anos atrás, os pesquisadores possivelmente reviveram um mais mais antigo ainda. 

“48.500 anos é um recorde mundial”, disse Jean-Michel Claverie, um dos autores do artigo e professor de genômica e bioinformática na Escola de Medicina da Universidade Aix-Marseille, à New Scientist. 

No artigo, os pesquisadores explicam que mais trabalhos precisam se concentrar nos vírus que infectam eucariontes, observando que “poucos estudos foram publicados sobre esse assunto”. Eles explicam que o aumento das temperaturas devido às mudanças climáticas provavelmente despertará muitas ameaças microbianas, incluindo vírus patogênicos, do passado antigo. 

“Como infelizmente bem documentado por pandemias recentes (e em andamento), cada novo vírus, mesmo relacionado a famílias conhecidas, quase sempre requer o desenvolvimento de respostas médicas altamente específicas, como novos antivirais ou vacinas”, escrevem os autores do estudo. 

 

Ao menos seis pessoas morreram e 49 estão desaparecidas após um acidente nesta quinta-feira (25) em uma mina de carvão na Sibéria, de causas ainda desconhecidas, informou o governador da região de Kemerovo, Sergei Tsivilev.

O governador afirmou que 285 pessoas estavam na mina no momento do acidente e 49 permanecem dentro do local, "sem comunicação".

As autoridades não divulgaram informações sobre as causas do acidente.

O ministério russo de Emergências afirmou que dezenas de trabalhadores foram retirados e que pelo menos 45 pessoas ficaram feridas. De acordo com algumas fontes, vários mineiros foram "afetados pela fumaça tóxica".

A polícia local afirmou que a fumaça começou a ser observada na mina às 8H35 locais.

Um canal de televisão público exibiu imagens das equipes de resgate e da polícia na área da mina, dominada pela neve.

A mina, que começou a operar em 1956, registrou um acidente em outubro de 2004, quando uma explosão de metano deixou 13 mortos. Em 1981, outra explosão matou cinco pessoas.

Os acidentes em minas da Rússia, assim como em outras regiões da ex-União Soviética, frequentemente são relacionados à falta de respeito às normas segurança, má gestão ou deterioração das instalações.

O acidente mais grave dos últimos anos deixou 91 mortos e mais de 100 feridos em maio de 2010 na mina Raspadskaya, também na região de Kemerovo, que tem muitas minas de carvão.

Um avião de carga Antonov An-12 caiu nesta quarta-feira (3) em Pivovarikha, um vilarejo localizado em Irkutsk, na Sibéria oriental, e todos os oito ocupantes da aeronave morreram, informam os serviços de emergência.

Segundo a agência de notícias estatal Tass, o acidente aconteceu após a aeronave tentar fazer um segundo pouso no aeroporto local e uma investigação já foi iniciada. O avião pertencia a companha aérea Grodno e, sempre conforme a Tass, ele tinha 53 anos de uso.

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O Antonov An-12 desapareceu dos radares às 14h45 (hora local) e foi localizado a cerca de sete quilômetros do pequeno aeroporto em que deveria pousar. Com a queda, ele pegou fogo e foi completamente destruído. Em entrevista à Tass, o chefe da Defesa Civil e Serviços de Emergência de Irkutsk, Oleg Fedotov, disse que a área da queda é uma floresta fechada.

A aeronave não tinha passageiros civis e contava apenas com funcionários da empresa que estavam transportando itens alimentícios para a cidade e comissários.

Acidentes com esse tipo de aeronave (seja dos modelos 12, 24, 26 ou 26B) têm se tornado comuns nos últimos anos, com mais de 60 registrados desde 2000.

Só considerando o segundo semestre de 2021, esse é o quarto de grande porte: em julho, 26 pessoas morreram na queda em Palana; em setembro, foram seis vítimas na queda em Khabarovsk; em outubro, foram 16 óbitos em acidente na região de Tartaristão.

Da Ansa

Uma onda de calor vem assolando o Ártico há semanas. O local que é sinônimo de frio constante e paisagens brancas por conta da neve bateu recordes no último sábado (20), quando a temperatura atingiu a marca de 38 graus Celsius em uma das regiões mais frias da Rússia.

Os relatos desse calor atípico rapidamente se espalharam pela internet, compartilhados por meteorologistas de todo o mundo e até mesmo pela ativista sueca Greta Thunberg.

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Embora o recorde ainda precise ser verificado, essa é provavelmente a maior temperatura já registrada ao norte do Círculo Ártico, como apontou o meteorologista da CBS Jeff Berardelli no Twitter.

O ano de 2019 foi o mais quente da Rússia, porém 2020 já parece estar pronto para superar a marca. No mês passado, a Sibéria relatou temperaturas quase 4 graus acima do normal para esta época do ano. Além disso, partes da região pegaram fogo. Uma das mais atingidas é Verkhoyansk, que conta com pouco mais de mil moradores e é famosa por suas temperaturas extremamente geladas, já tendo atingido a marca de 65 graus negativos. Entretanto, na noite do dia 20 deste mês, o local atingiu a marca de 26 graus positivos.

Um lago artificial contaminado com a aparência de um paraíso tropical tornou-se recentemente um ímã para os turistas, que buscam a selfie perfeita nessas "Maldivas" siberianas. O local, que serve para o despejo de resíduos de uma usina térmica de Novosibirsk, rapidamente se tornou um fenômeno no Instagram com suas brilhantes águas.

O fenômeno se deve à dissolução do óxido de cálcio descartado pela empresa que administra o local. Apesar dos cartazes que alertam sobre a periculosidade do local, alguns não hesitam em arriscar as consequências, como irritação da pele ou problemas mais sérios, para obter a foto perfeita.

"Eu vim para tirar uma foto bonita. Nossa cidade é cinza e este é um dos únicos lugares bonitos", disse à AFP Alexei Sherenkov, um dos primeiros a ter popularizado este lugar com uma foto em que é visto numa boia em forma de unicórnio branco.

Tirar esta foto custou uma irritação nos pés, que já "desapareceu", segundo ele. O homem, por outro lado, não aconselha "ninguém a experimentar esta água". Segundo ele, a ausência de vigilância explica a presença de turistas no lago, onde alguns "até fazem churrascos".

A fotógrafa Ekaterina Aksiutina foi com alguns clientes, um casal ansioso para ser fotografado vestidos de noivos.

"Era uma data importante para a relação e eles me pediram uma sessão de fotos aqui", declarou. Mas "ninguém veio para se banhar ou tocar na água porque sabemos que é perigoso", acrescentou a fotógrafa.

Diante de tamanho entusiasmo, a empresa responsável pela administração da fábrica concordou em lembrar em seu site que se trata de "uma área industrial, não uma reserva natural ou um parque aquático".

Moradores da região da Sibéria, na Rússia, iniciaram uma verdadeira corrida ao ouro após um avião derrubar 3,5 toneladas de barras de ouro e prata. A carga está avaliada em R$ 1,2 bilhão.

A população tem enfrentando temperaturas de até 24ºC negativos, com pás e outros equipamentos, para encontrar as barras. Já foram recuperadas cerca de 3,5 toneladas da carga.

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A polícia chegou a informar que tudo havia sido recuperado, mas, segundo a imprensa local, moradores alegaram ter encontrado ouro, encorajando outros a procurarem também.

Os profissionais contratados para recuperar a carga passaram por detectores de metais ao fim do expediente. Polícia também fez longas buscas em carros, segundo o jornal The Siberian Times - a grande quantidade de polícia na área também foi alvo de críticas dos moradores.

Quase 3,5 toneladas de barras de ouro se espalharam pela pista de um aeroporto na região russa da Sibéria. O inusitado episódio ocorreu em Yakutsk, quando um avião de carga modelo Antonov AN-12, que levava 9 toneladas de barras de ouro, perdeu 172 lingotes no momento da decolagem.

De acordo com a imprensa russa, as barras caíram do avião devido a uma falha, pois não tinham sido fixadas no compartimento de carga de maneira adequada para não deslizarem no pouso e na decolagem. O avião precisou aterrissar logo em seguida, no aeroporto de Magan, a 12 quilômetros de Yakutsk.

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A polícia não descarta que outras barras de ouro tenham caído também durante o curto percurso. Os cinco membros da tripulação estão bem.

Uma mina de diamantes alagou nesta sexta-feira (4) na Sibéria e soterrou 150 mineiros. De acordo com as autoridades russas, as operações de resgate estão em andamento, mas 17 pessoas ainda permanecem desaparecidas.

"Houve contato com todos os mineradores, exceto 17 pessoas", informou o Ministério da Emergência da Rússia. Ao todo, 133 trabalhadores foram evacuados. A mina atingida é a de Mir, propriedade da empresa russa Alrosa.

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Esse é o segundo acidente em apenas uma semana no local. No dia 29 de julho, uma rocha caiu e matou uma pessoa. 

Mais uma vez um cachorro mostrou ter mais coração do que alguns humanos. Uma criança de dois anos foi abandonada pela própria mãe na varanda da casa, na Sibéria, na Rússia, em plenos 21 graus negativos. Apesar das condições, o bebê sobreviveu durante os dois dias em que ficou exposto a essa situação. Isto porque o cachorro da família o aqueceu durante todo esse tempo, mantendo sua temperatura mais alta. 

O sofrimento do pequeno menino foi encerrado com a chegada dos vizinhos que viram a situação e prestaram socorro. O bebê já apresentava sinais de hipotermia e ainda se encontra hospitalizado desde o acontecimento, em janeiro. O caso só foi divulgado neste final de semana. A mãe retornou quatro dias depois da rejeição e pode receber uma pena de prisão por abandonar seu próprio filho. 

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Ao menos 48 pessoas morreram nesta segunda-feira (19) em Irkutsk, na Sibéria (Rússia), após ingerirem um óleo para banho que continha álcool tóxico. De acordo com o procurador regional, Stanislav Zubovski, cerca de 54 pessoas foram hospitalizadas nos últimos três dias depois de terem bebido o líquido.

Segundo autoridades russas, o líquido foi apresentado como um óleo de banho perfumado com espinheiro-branco. Cada garrafa de 25 mililitros era vendida a 40 rublos (aproximadamente 60 centavos de euros).

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O prefeito de Irkutsk, Dimitri Berdnikov, decretou estado de emergência na cidade de 600 mil habitantes, e prometeu "encontrar e punir os responsáveis", segundo o site do município. A polícia descobriu o local de fabricação da bebida e deteve seus dois proprietários, assim como cinco pessoas acusadas de comercializar o produto. Além disso, as autoridades apreenderam mais de 500 litros do líquido.

"É uma tragédia espantosa", declarou Dimitri Peskov, porta-voz do Kremlin. Já o primeiro-ministro, Dimitri Medvedev, ordenou que o governo solucione o problema e disse que a venda do produto é uma "vergonha absoluta".

As colônias baratas e as loções com álcool são vendidas sem as restrições que são aplicadas às bebidas alcoólicas e são consumidas pelos mais pobres na Rússia. 

Um gato chamado Barsik virou celebridade em Barnaul, uma cidade da Sibéria, liderando com folga as intenções de voto para as eleições municipais, de acordo com uma pesquisa online.

Os seguidos escândalos de corrupção que afetaram esta cidade de 650.000 habitantes ajudaram Barsik, um Scottish Fold de 18 meses, a obter 91% das intenções de voto para prefeito em uma pesquisa realizada pelo site de informação Altaï Online.

Cerca de 5.400 pessoas responderam a esta pesquisa postada no início de dezembro na rede social russa Vkontakte. "As pessoas chegaram a conclusão que não podemos confirmar nas autoridades", explicou à AFP Ievguéni Kuznetsov, um aposentado de Barnaul.

O ex-prefeito de Barnaul, Igor Savintsev, renunciou em agosto após ter sido acusado de abuso de poder. Prefeito desde 2010, ele teria vendido terrenos municipais a empresas dirigidas por membros de sua família por preços muito abaixo do mercado. Seu filho Maxime está preso à espera de ser julgado por fraude e desvio de dinheiro, após ter sido extraditado da Tailândia em fevereiro.

As eleições municipais vão acontecer em 22 de dezembro.

Ele foi batizado "Mollivirus sibericum" porque ele é todo mole e foi encontrado na Sibéria. é um novo tipo de vírus gigante, com mais de 30.000 anos, encontrado nos solos gelados em permanência nesta região do mundo e que os pesquisadores foram capazes de acordar.

Esta descoberta feita por uma equipe franco-russa mostra que os vírus gigantes "não são incomuns e são muito diversificados", disse à AFP Jean-Michel Claverie, um dos coordenadores do estudo sobre este novo vírus publicado nesta segunda-feira na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências (PNAS).

Com o Mollivirus, vai para quatro o número de famílias de vírus gigantes identificados desde 2003, incluindo dois já encontrados no permafrost, disse Claverie, professor de medicina na Universidade de Aix- Marseille e diretor do Laboratório de Genômica e informações estruturais de Marselha.

Segundo ele, isso deve levantar questões sobre o risco potencial que alguns desses vírus gigantes têm de acordar um dia, caso o ser humano comece a agitar porões muito profundas do Ártico em busca de minerais valiosos ou óleo.

Os vírus gigantes, que têm um diâmetro maior do que 0,5 mícron (0,5 milésimo de um milímetro) são facilmente visíveis com um microscópio óptico simples, ao contrário dos outros vírus. Eles podem ser facilmente confundidos com bactérias.

Os investigadores ressuscitam o vírus em laboratório usando amebas (organismos unicelulares) como as células hospedeiras. Eles verificam antes que não são patogênicos para o homem ou um rato.

No ano passado, a equipe, que também inclui Chantal Abergel do CNRS, já havia conseguido reavivar um outro tipo de vírus gigante mantido na mesma amostra de permafrost e o batizou de Pithovirus.

O mundo científico, que durante muito tempo pensou que os vírus eram necessariamente muito pequenos e compostos apenas por um punhado de genes, descobriu em 2003 com surpresa os primeiros vírus gigantes, com mais de mil genes que receberam o nome de "Mimivírus" (família de megavírus).

Uma outra família de vírus gigantes, os Pandoravírus, com 2.500 genes, foi descrita na revista Science em 2013.

- "Precauções" a tomar -

O "Mollivirus sibericum", descoberto no permafrost recolhido por equipes russas no extremo nordeste siberiano, possui mais de 500 genes. Ele parece um escudo de 0,6 mícrons de comprimento.

Para se multiplicar, ele precisa do núcleo da célula-hóspede, o que não acontece com o Mimivírus ou o Pithovírus, que se contentam apenas com o citoplasma da célula.

A análise do DNA contido na amostra de pergelisol permitiu confirmar a presença do genoma intacto do Mollivírus, embora numa concentração extremamente fraca.

"Algumas partículas virais ainda infectadas podem ser suficientes, na presença do hospedeiro sensível, ao ressurgimento de vírus potencialmente patogênicos nas regiões árticas cada vez mais exploradas por seus recursos minerais e petrolíferos, cuja acessibilidade e exploração industrial são facilitadas pelas mudanças climáticas", explicou o CNRS em comunicado.

O aquecimento global libera cada vez mais gelo polar no mar, o que permite chegar à Sibéria oriental e do norte por caminhos marítimos que não existiam antes.

"Se não tomarmos cuidado e industrializarmos estes lugares sem tomarmos precauções, corremos o risco de acordar um vírus como o da varíola, que pensávamos ter erradicado", ressaltou Claverie.

Um novo tipo de vírus gigante, chamado Pithovírus, sobreviveu por mais de 30 mil anos congelado em uma camada de permafrost na Sibéria, sendo contemporâneo à extinção dos neandertais, de acordo com estudo publicado nas Atas da Academia Nacional de Ciências de Estados Unidos (PNAS).

Capaz de infectar amebas, mas inofensivo para humanos e animais, esse vírus elevou para três o número de famílias de vírus gigantes conhecidos, ressaltam os autores dessa pesquisa divulgada na segunda-feira.

Descoberto no solo permanentemente gelado do extremo norte-oriental da Sibéria (na região autônoma de Chukotka), o Pithovírus é muito diferente dos outros vírus gigantes conhecidos, como o Mimivirus (família Megaviridae), o primeiro vírus gigante descoberto em 2003, ou o Pandoravírus, caracterizado na revista "Science" em julho passado.

Os vírus gigantes (de diâmetro superior a 0,5 milionésimos de metro) são, ao contrário dos outros vírus, facilmente visíveis com um simples microscópio óptico.

Esses vírus contêm um grande número de genes em comparação com os vírus comuns (como os da gripe, ou da Aids, que contêm apenas uma dúzia). Seu tamanho e seu genoma são comparáveis ao de muitas bactérias, podendo, inclusive, excedê-las.

"A demonstração de que os vírus enterrados na terra há mais de 30 mil anos possam sobreviver e continuar sendo infecciosos sugere que o derretimento do permafrost, devido ao aquecimento global e à exploração mineradora e industrial do Ártico, pode significar um risco para a saúde pública", disse Jean-Michel Claverie, do laboratório IGS-CNRS de Marselha, França, coautor do estudo.

- Possibilidade de reaparição do vírus -

A possibilidade do ressurgimento de vírus considerados erradicados - como o da varíola, que se multiplica de maneira similar ao Pithovírus -, a partir dessa grande geladeira que é o permafrost, já não é mais um cenário de ficção científica, afirmou Claverie, ressaltando que a varíola fez estragos na Sibéria.

O laboratório IGS-CNRS faz um estudo de "metagenômica" do permafrost que permitirá avaliar o risco.

"Trata-se da busca de DNA, ou seja, as impressões genéticas de vírus (ou de bactérias) patogênicos para os seres humanos para ver se, por exemplo, há rastros de varíola nas amostras dessa camada de permafrost coletadas a 30 metros de profundidade", disse o pesquisador.

Esse processo é seguro, já que é realizado apenas nas impressões que vão ser comparadas com as de bancos de dados já existentes, explicou.

Essa descoberta destaca como o conhecimento da biodiversidade microscópica continua sendo parcial, afirmam os cientistas.

A região de Chukotka, de onde provém o novo vírus gigante, inclui grandes reservas de petróleo, gás natural, carvão, ouro e tungstênio.

O estudo reuniu pesquisadores franceses de Marselha e Grenoble e uma equipe da Academia de Ciências da Rússia.

Pesquisadores encontraram recentemente um vírus "gigante" de mais de 30 mil anos atrás na camada de gelo permanente do nordeste da Sibéria. A descoberta foi revelada na mais recente edição da revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences.

O vírus siberiano não representa uma ameaça a seres humanos e é considerado "gigante" quando comparado a outros vírus - ele é microscópico e infecta apenas amebas.

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A descoberta revela um novo tipo de vírus gigante, categoria encontrada pela primeira vez por cientistas há apenas dez anos.

Segundo os pesquisadores, apesar de o vírus gigante não representar uma ameaça, é possível que germes perigosos venham a ser descobertos no futuro próximo, à medida que o gelo permanente derreter, seja por causa do aquecimento global ou da mineração. Fonte: Associated Press.

A 14ª edição do Big Brother Brasil começa nesta terça-feira (14) após Amor à Vida. Os 20 participantes ainda estão confinados no hotel na Barra da Tijuca, mas já estão na expectativa para o início do programa. Entre as novidades da casa mais viajada do Brasil, está a criação de um cômodo chamado Sibéria, que substituirá a famosa Xepa.

O novo local conta com um alpinista em tamanho real e remete à região da Rússia que tem um clima polar, com temperaturas muito baixas. As informações são da coluna da jornalista Patrícia Kogut. Ainda de acordo com a jornalista, quem perder a prova da comida irá direto para o frio, sem direito a casaco. Segundo Boninho, diretor do Big Brother Brasil, a temperatura chegará a 18 graus. 

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A casa também apresenta outras novidades. Uma escultura de pantera negra foi colocada à beira da piscina do BBB e uma decoração praieira foi montada no ambiente externo da casa. No local onde os participantes se reúnem para conversar com Pedro Bial, os vasos novos são o destaque.

A 14ª edição do Big Brother não terá Casa de Vidro, nem camas no início do programa. Este ano a atração conta com um número recorde de participantes. Serão 20 jogadores em busca do prêmio de R$ 1,5 milhão, sendo dois deles recifenses: Bella Maia, cozinheira de 27 anos, e Rodrigo Lima, cozinheiro de 28 anos. Ainda esta semana, a atriz Tatá Weneck entrará no reality interpretando a Valdirene.

Conheça os 20 participantes da 14ª edição do Big Brother Brasil.

Audiência

A 14ª edição do Big Brother Brasil terá o desafio de recuperar a audiência perdida nos últimos  anos. Após a edição de 2005, na qual o deputado federal Jean Wyllys (PSOL- RJ) faturou o prêmio de R$ 1 milhão, os pontos de audiência sofreram uma queda. A média geral da 13ª edição, de 8 de janeiro a 26 de março de 2013, foi de 24,78 pontos, mesma média do BBB 11 e considerada pior audiência da história do reality. 

A edição que conquistou maior audiência na estreia foi a exibida em 2002, com 49 pontos. Em segundo lugar está o BBB 5, com 46 pontos, seguido pelos BBB 6 (45), BBB 7 (43), BBB 4 (42), BBB 3 (38), BBB 8 (37) e BBB 9 (37).

Para competir com o BBB 14, a Record estreia também nesta terça-feira (14) Breaking Bad, série de sucesso mundial.

Nadejda Tolokonnikova, uma das duas jovens do grupo contestador russo Pussy Riot que foram presas, foi transferida para um campo de trabalhos na Sibéria, depois de dizer que era ameaçada de morte na prisão em que se encontrava, anunciou seu marido nesta terça-feira. O novo campo de Nadejda Tolokonnikova, de 23 anos, fica na região de Krasnoyarsk (Sibéria Oriental), 4.400 km de Moscou, segundo escreveu Piotr Verzilov no Twitter.

"Ela está exilada no fundo da Sibéria. É um castigo pela repercussão de sua carta" que denunciava as ameaças de morte, segundo ele. A decisão da transferência fo tomada depois que ela retomou a greve de fome iniciada no princípio de setembro.

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O delegado russo para os direitos humanos, Vladimir Lukin, assegurou que Nadejda Tolokonnikova está bem de saúde e foi acompanhada por um médico até o novo campo. Nadezhda Tolokonnikova cumpre, com outra colega de grupo, uma pena de dois anos por ter cantado, no início 2012, uma "oração punk" contra o presidente Vladimir Putin na catedral de Cristo Salvador, em Moscou.

Uma colisão entre um barco turístico, cujo capitão estava alcoolizado, e uma pequena embarcação em um rio da Sibéria Oriental deixou pelo menos seis mortos, de acordo com autoridades russas. O barco "Polessie-8", com 56 pessoas a bordo, incluindo os quatro membros da tripulação, chocou-se ao meio-dia, no rio Irtych, a 10 km da cidade de Omsk.

"Por enquanto, temos informações que falam de seis mortos" e muitos feridos, levados para diferentes hospitais de Omsk, "entre eles 14 em estado grave", completou a polícia local. Um exame de sangue do capitão do "Polessie-8" revelou a presença de um grama de álcool por litro de sangue, informou o comitê de investigação.

Uma cepa da varíola que datava de 300 anos foi identificada em corpos congelados na Sibéria no século XVIII e parcialmente sequenciada, o que pode ajudar em pesquisas sobre a evolução do vírus, informaram nesta sexta-feira cientistas franceses.

A varíola, considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) erradicada em 1979, causou centenas de milhões de mortes e é responsável pelo desaparecimento de populações autóctones em América, África e Ásia.

Os elementos do vírus descobertos na Sibéria foram identificados em um membro de uma família de cinco pessoas enterrada em Yakutia, no norte siberiano, informou à AFP Catherine Theves, uma das pesquisadoras, cujos trabalhos foram publicados recentemente na revista americana New England Journal of Medicine.

Esta descoberta permitirá estudar a evolução do vírus. Até o presente só se dispunha de cepas que datavam dos anos 1950-1980.

"Poderemos eventualmente descobrir como sofreu mutações, como se adaptou a novas pessoas, ao frio intenso", declarou a pesquisadora.

Um navio com nove tripulantes e que transportava 700 toneladas de minério de ouro desapareceu nas águas tempestuosas do Mar de Okhotsk, no extremo leste da Rússia. No domingo, o navio emitiu um pedido de socorro, quando navegava da cidade de Neran para a ilha de Feklistov, no Oceano Pacífico. O navio, contratado pela mineradora Polymetal, transportava 700 toneladas de minério de ouro que seriam processadas na ilha. Um porta-voz da Polymetal não quis estimar nesta segunda-feira o valor da carga. A Guarda Costeira russa procura o navio.

As informações são da Associated Press.

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