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Pesquisadores da empresa russa Neurobiotics e do Instituto de Física e Tecnologia de Moscou (MIPT, na sigla em inglês) descobriram uma maneira de visualizar a atividade cerebral de uma pessoa.

Com o uso de eletrodos, os cientistas conseguiram captar imagens do pensamento humano e reproduzi-las em tempo real. Isso permitirá que pacientes paralisados ou vítimas de derrame cerebral possam, eventualmente, controlar seus equipamentos de reabilitação – cadeira de rodas, exoesqueletos – utilizando somente a força do pensamento.

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Para desenvolver equipamentos controlados pelo cérebro, neurobiólogos devem entender como o cérebro codifica informações. Um aspecto central deste processo é entender como o cérebro recebe informação visual, por exemplo, enquanto assistimos a um vídeo. 

Atualmente, os métodos para extrair imagens das ondas cerebrais usam ressonância magnética funcional ou analisam os sinais captados por implantes diretamente dos neurônios. Ambos os métodos têm aplicações bastante limitadas na prática clínica e na vida cotidiana.

O novo método desenvolvido pelo MIPT utiliza redes neurológicas artificiais e eletroencefalografia, ou EEG, uma técnica que grava as ondas cerebrais a partir de eletrodos colocados de maneira não invasiva na cabeça do paciente.

"O EEG é uma coleção de sinais cerebrais gravados no couro cabeludo. Pesquisadores acreditavam que estudar os processos cerebrais a partir do EEG seria o equivalente a tentar entender a estrutura interna de um motor a vapor analisando a fumaça deixada no ar por uma locomotiva", explicou o coautor do artigo, Grigory Rashkov.

 Ao analisar a atividade cerebral, o sistema foi capaz de reconstruir as imagens observadas por uma pessoa em tempo real. 

"Nós não esperávamos que [os sinais cerebrais captados] teriam informações suficientes para reconstruir nem parcialmente uma imagem observada por uma pessoa. Mas, no final, isso se provou possível", complementou Rashkov.

"O mais interessante é que poderemos usar isso como a base para desenvolver uma interface de um computador cerebral, operando em tempo real. Com a tecnologia de que dispomos hoje, as interfaces neurológicas vislumbradas por Elon Musk têm o grande agravante de demandar cirurgias complexas e de deteriorarem rapidamente [...] Nós estamos confiantes de que poderemos desenvolver uma interface neurológica que não precise de implante", concluiu o cientista.

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Da Sputnik Brasil

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