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Funcionários passaram mal após vazamento de produto químico em galpão da Lear, empresa que fabrica bancos para automóveis no Polo Automotivo da Jeep, em Goiana, Região Metropolitana do Recife, nesta quarta-feira (24). O local precisou ser evacuado e funcionários que inalaram o produto foram atendidos em ambulatórios. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal-PE), algumas pessoas teriam sido transferidas para hospital.

O fato ocorreu por volta das 9h30. O LeiaJá teve acesso a um comunicado da Lear afirmando que o vazamento ocorreu após uma mangueira se desprender de máquina. Equipes da Lear e do Supplier Park atuaram na evacuação do galpão, levando o grupo para local seguro. As pessoas afetadas foram para os ambulatórios médicos da Jeep e da Supplier Park. A rua que dá acesso ao galpão da Lear foi bloqueada até que o local estivesse em segurança e o restaurante da Supplier Park 1 teve a produção afetada, podendo resultar em atrasos no serviço de almoço. Conforme o comunicado, os demais galpões do polo não tiveram impactos com a ocorrência.

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O Sindmetal-PE pretende acionar o Ministério Público do Trabalho (MPT) para inspecionar a fábrica da Lear. De acordo com o presidente do Sindicato, Henrique Gomes, muitas mulheres teriam vomitado após a exposição. “Os demais funcionários foram levados para o refeitório e lá usaram máscaras. É importante a gente saber o risco inerente. Poderia ter sido um caos muito maior”,  reflete Gomes.

De acordo com o Sindmetal-PE, a Lear possui cerca de 1400 funcionários em Goiana, cerca de 70% do sexo feminino. A Lear Corporation confirmou detalhes do vazamento em nota:

A Lear Corporation confirma que, na manhã desta quarta-feira, 24 de julho, ocorreu um vazamento de uma substância volátil durante o processo produtivo do setor de espumas da sua unidade de Goiana, localizada no Parque de Fornecedores do Polo Automotivo Jeep. Os alarmes de detecção e segurança do sistema foram acionados e a planta foi prontamente evacuada. No momento do incidente, cerca de 500 colaboradores estavam na planta. Deste total, 37 receberam atendimento médico imediato no ambulatório local por apresentar sintomas leves como irritação nas vias aéreas superiores. Nenhum caso mais grave foi registrado. A operação da Lear foi retomada no final da manhã, após inspeção e validação pela equipe local de segurança e Corpo de Bombeiros. A Lear reforça seu compromisso com a saúde e segurança de seus colaboradores, por isso acompanhará de perto as investigações sobre as causas do incidente.

Depois da manifestação no centro do Recife na manhã desta terça-feira (25), representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal-PE), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e funcionários das empresas Impsa, Simisa e Piratininga estiveram reunidos com o secretário executivo de Planejamento e Gestão da Casa Civil, Ivan Rodrigues, para discutir questões relacionadas ao atraso de mais de dois meses no pagamento dos salários dos funcionários.

No encontro, secretário informou que o Estado irá checar a situação financeira das empresas, que alegam não terem dinheiro para pagarem os funcionários. Durante a manifestação desta terça (25), um dos funcionários presumiu que não ganharia o 13° salário porque, provavelmente, a empresa diria que não tem condições de pagar.

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"Estamos comprometidos em mediar o conflito. Mas, para isso, se faz necessário que o Sindmetal-PE nos forneça todas as informações que possam contribuir para a solução dos problemas", destacou Ivan Rodrigues. A situação financeira das empresas será analisada junto à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e à Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper).

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