Tópicos | síndromes gripais

Com o aumento dos casos de viroses e síndromes respiratórias e gripais em crianças nessa época do ano, os cuidados dos pais e responsáveis devem ser redobrados para evitar a contaminação. Um exemplo desse crescimento, é o vírus sincicial respiratório (VSR) que esteve presente em 30% dos casos de doenças respiratórias registradas no país entre janeiro e março de 2023. No total, foram mais de 3,3 mil infecções computadas - dessas, 95% atingiram apenas bebês e crianças de 0 a 4 anos.

O vírus conhecido por ser o "vilão" da temporada das estações outono e inverno, aparecia pouco nos meses em que as temperaturas são mais elevadas, mas o comportamento mudou nos últimos anos. Os dados do Ministério da Saúde, coletados e monitorados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostram uma mudança de padrão na circulação do VSR, um vírus bastante perigoso e transmissível. Em 2022, ele foi responsável por infectar 13.542 crianças.

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Atenção para os grupos de risco

Grupos de risco, como bebês, crianças, idosos e portadores de distúrbios cardíacos congênitos ou doenças pulmonares crônicas, podem sofrer com a forma mais grave do vírus. ele pode evoluir e atingir alvéolos, brônquios e pulmões, o que pode ser fatal. Entre os sinais, estão muita tosse, febre alta e, principalmente, dificuldades do paciente em respirar.

Bronquiolite

Em casos graves, o vírus causa bronquiolite, uma inflamação dos bronquíolos, que são pequenas ramificações dos canais que levam ar para os pulmões. Além disso, o VSR ocasiona pneumonias, que são infecções no órgão, devido a penetração de um agente infeccioso. Vale ressaltar, que a pneumonia também pode ser causada por outros vírus, bactérias, fungos e por reações alérgicas. Os principais tipos da doença são os que mais acometem crianças.

Pneumonia

A pneumonia viral normalmente começa como um resfriado, e ao longo dos dias, vai evoluindo. A criança pode ter febre acima de 38,5 graus, persistência da tosse, além de respiração rápida e curta. Já na bacteriana, os sintomas surgem com mais rapidez. Febre alta, acima de 39 graus, respiração curta e ofegante, tosse, são os sintomas mais comuns. A perda de apetite e a falta de energia também são marcas registradas da pneumonia, mas é sinal de alerta o fato de a criança continuar prostrada e inerte mesmo depois de controlada a febre. Com a apresentação desses sintomas, os pais precisam procurar a unidade hospitalar mais próximas da residência.

Covid-19

Outra doença que ainda preocupa, é a Covid-19. Nas crianças, os sintomas do coronavírus que requerem atenção médica com urgência incluem dificuldade para respirar, respiração rápida ou superficial, grunhidos e incapacidade dos recém-nascidos de mamar. Os pequenos também podem apresentar lábios ou rosto azuis, incapacidade de despertar, confusão mental, falta de interação, incapacidade de ingerir líquidos e fortes dores na região do estômago. Os médicos também já registraram relatos de erupções ou outros sintomas cutâneos. Comorbidades, podem agravar os sintomas da doença.

Em entrevista ao LeiaJá, o médico infectologista Nayro Ferreira, falou sobre o aumento das internações devido essas doenças neste primeiro semestre de 2023, e sobre os sintomas. ''O número de casos de gripe por influenza ou vírus sincicial respiratório em crianças tem assustado. Os sintomas são os mais diversos possíveis, desde tosse, febre, coriza, falta de ar, queda do estado geral e bastante espirro'', pontuou.

Tratamento

A equipe médica deve estar sempre atenta aos sintomas ocasionados pelas síndromes gripais e doenças respiratórias, porém os pais têm uma função fundamental na observação do quadro clínico dos menores. ''A equipe médica procede principalmente em crianças menores de três anos de idade, observando a gravidade dos sintomas, a piora do padrão respiratório, a piora do padrão do raio-x. A gente não pode deixar que isso piore, sem que os nossos olhos estejam atentos’’, afirmou o especialista.

 Prevenção

Com as crianças brincando juntas é difícil para os pais, evitar que elas contraiam alguma virose. Mas, com alguns aprendizados adquiridos durante toda a pandemia, é possível reforçar cuidados de higiene para proteger a saúde de toda a família:

 -Lavar bem as frutas e verduras antes do consumo;

-Na ausência de água para lavar as mãos das crianças, leve um frasco de álcool em gel para fazer a higienização;

-Lavar as mãos das crianças com água e sabão antes da alimentação, quando saírem do banheiro ou ao voltarem da rua;

-Não compartilhar objetos de uso pessoal como talheres, toalhas, garrafas de água e copos;

 -É importante higienizar os brinquedos compartilhados, especialmente na fase em que as crianças costumam levar os objetos à boca;

-Usem máscaras;

-Manter a carteira de vacinação atualizada. A vacinação contra a Covid-19, salva vidas;

-Não permitir o contato das crianças com pessoas que apresentam sintomas gripais;

 

 

 

 

 

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