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Vacas pastando com sinos exóticos pendurados no pescoço são uma espécie de símbolo na Suíça, embora essa cena tradicional não agrade todo mundo e incite críticas ao barulho que fazem durante a noite.

Neste ano, uma denúncia foi apresentada devido ao barulho de um rebanho de aproximadamente 15 vacas, que pastam à noite em um campo próximo a uma área residencial no município de Aarwangen, no centro da Suíça.

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Dois casais, residentes de apartamentos alugados com vista para o campo, solicitaram às autoridades que interviessem para garantir que o dono dos animais retirasse o sino no fim do dia.

A reação foi rápida, com exigências irrefutáveis de uma votação local a fim de proteger o uso tradicional dos sinos.

"Minha primeira reação quando escutei a denúncia foi de surpresa", comentou à AFP o prefeito de Aarwangen, Niklaus Lundsgaard-Hansen, que vive perto do terreno em questão.

"Não sabia que as vacas faziam tanto barulho, mas descobri que elas podem incomodar algumas pessoas".

O prefeito se surpreendeu ainda mais com a intensidade da resposta.

Os solicitantes só precisavam do apoio de 10% das pessoas elegíveis na cidade, de 4.800 pessoas, ou seja, cerca de 380 assinaturas, para submeter uma votação sobre o tema no conhecido sistema de democracia direta da Suíça.

- "Enorme" -

A "Iniciativa do Sino" recebeu 1.099 assinaturas a favor de preservar o direito de usar sinos de vaca a qualquer momento.

"Isso é enorme", comentou Lundsgaard-Hansen.

A campanha será apresentada oficialmente nesta segunda-feira (11) aos eleitores, em uma reunião municipal.

A princípio, a votação será realizada em junho de 2024.

Na semana passada, os rituais pecuários alpinos, que incluem conduzir o gado para pastagens nas altas montanhas durante o verão com sinos decorativos, foram incluídos na lista de patrimônio cultural imaterial da Unesco.

No entanto, para muitos moradores que buscam a paz e tranquilidade do campo, sem muita distância das cidades, o encanto folclórico dos sinos é excessivo.

Os sinos das vacas já foram indispensáveis para rastrear os rebanhos nos pastos alpinos, mas sua utilidade diminuiu com a chegada do GPS. Eles continuam sendo, contudo, um símbolo da vida campestre na Suíça.

- Tradição -

Nos últimos anos, as reclamações sobre o barulho dos sinos aumentaram. Também houve reclamações de que, em algumas igrejas, os sinos tocam a cada 15 minutos, dia e noite.

A "Iniciativa do Sino" quer proteger a tradição.

As críticas costumam gerar reações intensas em defesa das tradições suíças - um país onde os estrangeiros representam um quarto da população.

"Isso é sobre nossa tradição", insistiu à AFP o neurologista Andreas Baumann, responsável pela iniciativa.

"Queremos preservar o que os nossos antepassados criaram ou queremos deixá-lo num museu?", questionou.

- Esperança -

Para os casais que denunciaram, a resposta da comunidade foi, possivelmente, inesperada. Um deles preferiu retirar a denúncia e o outro deseja sair da cidade, segundo o prefeito.

Independente do resultado da votação, o fazendeiro envolvido talvez tenha que remover os sinos das vacas durante a noite, caso as autoridades determinem que eles excedem os níveis de ruído aceitáveis.

Uma decisão judicial sobre o assunto é esperada em breve.

Rolf Rohrbach, um fazendeiro vizinho, diz adorar essa tradição.

"Eu ouço quando durmo", disse Rohrbach, "eu sei que minhas vacas estão em casa".

Em memória aos mais de 105 mil mortos pela covid-19 no país, os sinos de igrejas brasileiras tocaram ao meio dia deste sábado (15). A homenagem é uma reverência também a seus familiares e ao trabalho dos profissionais da área de saúde que atuam na linha de frente no combate ao novo coronavírus no Brasil. A ação é parte da programação do Dia de Oração pela Vida e pelo Brasil, organizado pela Conferência Nacional dos Bispos dos Brasil (CNBB).

Segundo a CNBB, houve relatos de sinos tocando em diversas partes do país, após uma articulação realizada com os bispos para que a ação chegasse ao máximo de igrejas possíveis. Os sinos tocaram na Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, maior templo católico do Brasil localizado no interior paulista; na Basílica Santuário Nossa Senhora de Nazaré, em Belém (PA); em igrejas no interior de minas, entre outras.

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Ao longo do sábado, até as 21h, a CNBB organizou momentos de oração – incluindo missas, celebrações e lives – que podem ser acompanhados pelas redes sociais da entidade e pelos canais de TV de inspiração católicas do país. No site, lançado especialmente para o dia, é possível acompanhar a programação. De acordo com o bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral CNBB, dom Joel Portela Amado, a conferência organizou o dia para unir a igreja no Brasil como forma de contribuir para a superação do quadro triste da pandemia e do avanço do novo coronavírus, além de reforçar sua atuação em torno do Pacto pela Vida e pelo Brasil, construído em parceria com um conjunto de organizações da sociedade brasileira.

Pacto

Assinado em 7 de abril, o Pacto pela Vida e pelo Brasil reúne seis entidades representativas de diversos setores da sociedade brasileira. O documento reconhece que o país vive uma grave crise – sanitária, econômica, social e política – e exige de todos, especialmente de governantes e representantes do povo, o exercício de uma cidadania guiada pelos princípios da solidariedade e da dignidade humana, assentada no diálogo maduro e responsável, na busca de soluções conjuntas para o bem comum, particularmente dos mais pobres e vulneráveis.

Ainda no documento, as entidades afirmam que “a sociedade civil espera, e tem o direito de exigir, que o governo federal seja promotor desse diálogo, presidindo o processo de grandes e urgentes mudanças em harmonia com os poderes da República, ultrapassando a insensatez das provocações e dos personalismos, para se ater aos princípios e aos valores sacramentados na Constituição de 1988”.

As Igrejas Católica e Evangélica de Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul, se comprometeram em reduzir de um minuto para aproximadamente 40 segundos o tempo das badaladas principais de seus sinos. A nova regra foi definida após reuniões com o Ministério Público. As entidades assinaram um Termo de Audiência e Acordo na última segunda-feira, 28.

Pelo acordo, a Igreja Evangélica diminuirá a quantidade de toques às 6h30min, 12h e 18h. No caso da Católica, o tempo será diminuído às 6h, 12h e 18h. As marcações de horário continuarão da mesma maneira, com badaladas simples. O acordo prevê também que, se houver possibilidade técnica, o relógio deverá ficar parado entre 22h e 6h.

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As tratativas para harmonizar o toque dos sinos iniciaram em 19 de abril deste ano, quando foi recebido, pela Promotoria de Nova Petrópolis, um abaixo assinado dos moradores incomodados com o barulho dos sinos.

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