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Ao final da assembleia, na última terça-feira (23), que decidiu pela paralisação por 24 horas das operações da Polícia Civil em Pernambuco, a partir das 7h desta quarta-feira (24), o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Áureo Cisneiros, afirmou que não ficou satisfeito com a tentativa de diálogo feita entre as frentes sindicais e o governo do estado. 

“A gente quer uma negociação o mais rápido possível, precisa dar uma estrutura maior à Polícia Civil para investigar os crimes. A Polícia Civil hoje, com sinceridade, tá pedindo socorro”, declarou Cisneiros. O efetivo atual no estado conta com cerca de 5.300 policiais, segundo o presidente do Sinpol. O mínimo esperado em Pernambuco é de 11 mil agentes, em diversas frentes, como delegados, peritos criminais, médicos legistas, entre outros. Cisneiros ainda informou que há cerca de 1.400 policiais com tempo para se aposentar, diminuindo ainda mais o quadro ativo. 

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“Se esses 1.400 policiais se aposentarem aí é que esvazia tudo, não vamos ter investigação aqui em Pernambuco. Por exemplo, já tem mais de 10 mil inquéritos de homicídios sem ser investigados, porque a gente não tem gente para investigar”, afirmou Cisneiros. 

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Operação padrão 

Além da paralisação de 24h, também foi votada a instituição de operação padrão para todas as categorias que estiveram presentes, o que significa que os policiais civis apenas cumprirão o mínimo exigido por lei para o exercício da profissão. 

Uma nova passeata deverá ser realizada no dia 6 de fevereiro, às vésperas do carnaval, onde será decidida uma possível paralisação total das atividades da Polícia Civil durante as festas de Momo. 

Falta de repasse financeiro 

Uma das reivindicações que os sindicatos mais repetem é a falta de investimentos diretos para um reajuste salarial. As tentativas de diálogo com a governadora Raquel Lyra (PSDB) vêm sendo frustradas desde junho de 2023. 

“Desde o ano passado a gente vem relatando essa situação à governadora. Ela disse que tinha R$ 1 bilhão para investir em segurança pública. Depois a gente foi no relançamento do Juntos pela Segurança, ela disse que tinha R$ 2,3 bilhões. Semana passada eu vi uma entrevista que já tinha R$ 3 bilhões, e isso não tá chegando na ponta. Os investimentos na polícia não estão chegando. E a gente tá pedindo socorro”, disse Áureo Cisneiros. 

Diálogo com o governo sem a governadora 

A passeata da terça-feira saiu do prédio do Sinpol, no bairro de Santo Amaro, em direção ao Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio, no centro do Recife. A expectativa era de se reunir com Raquel Lyra para que fossem agendadas aberturas de mesas de negociação para cada uma das categorias presentes. 

Além do Sinpol, representado por Áureo Cisneiros, foi permitida a entrada de mais quatro pessoas. Uma conversa breve entre os presidentes sindicais decidiu que subiriam ao gabinete os seguintes presidentes: Diogo Melo Victor, da Associação dos Delegados e Delegadas de Polícia do Estado de Pernambuco (Adeppe); Camila Reis Baleeiro, da Associação de Polícia Científica de Pernambuco (APOC-PE); Nilson Alves de Oliveira, da Associação dos Peritos Papiloscopistas Policiais Civis de Pernambuco; e Marcelo Melo, da União dos Escrivães de Polícia Civil de Pernambuco. 

As tratativas duraram pouco mais de 2 horas. No entanto, não aconteceu com a governadora, e sim com Rubens Rodrigues da Silva Júnior, secretário Executivo de Articulação e Acompanhamento, e Igor Fontes Cadena, secretário Executivo de Relações Institucionais. Entre idas e vindas dos secretários para confirmar informações com o chefe da Casa Civil, Túlio Vilaça, que não estava presente na sala de reunião, ficou definido que as mesas de diálogo teriam início em 7 de março, o que não deixou os representantes sindicais satisfeitos. 

“Em todo Pernambuco a Polícia Civil está nessa paralisação de advertência, e por quê? É muito importante a gente dizer isso ao povo, a gente não quer estragar o carnaval, não é nosso intuito, até porque se a gente paralisar as atividades a culpa não é nossa. A gente tá procurando aqui dialogar com o governo. Agora o governo não está dando sinalização concreta de que quer realmente discutir a Polícia Civil. Então, à medida que não faz isso, a gente só tem, infelizmente, com essa nova governadora, essa solução”, declarou Cisneiros, se referindo à gestora estadual, que está no mandato desde janeiro de 2023. 

Distanciamento do governo não é recente 

Em retrospecto, Cisneiros ainda afirmou que a falta de diálogo com o Executivo estadual não começou pela tucana. “Com Eduardo (Campos), por exemplo, no início do Pacto Pela Vida, ele atendia a gente, ele fazia reunião com a gente. (Ele) sempre atendia, sempre dialogava. E depois de Eduardo, nenhum outro”, relembrou o sindicalista. Após a renúncia de Eduardo Campos, assumiu o então vice, João Lyra Neto (PDT), seguido de Paulo Câmara (PSB), que assumiu o posto por dois mandatos. 

“Raquel Lyra foi lá no Sinpol, inclusive em campanha eleitoral, e disse que ia atender pessoalmente. Isso não está acontecendo, até agora nada”, disse.  

“Uma governadora que ganhou dizendo que ia dar prioridade à pauta da segurança pública, porque ela foi delegada de polícia, no entanto, tá aí, menospreza, nem quer atender, coloca secretário de segundo escalão para atender a gente”, continuou. 

Crise na segurança pública 

Cisneiros ainda comentou sobre as trocas dos comandos das Polícias Militar e Civil, determinadas pela governadora na última segunda-feira (22), afirmando que enxerga uma “crise na segurança pública”. 

“Tá muito claro pra todo mundo que há uma falta de gestão na segurança pública, e a crise é grande. Inclusive nos bastidores, sabe o que a gente tá sabendo? É que a chefe da Polícia Civil, Simone Aguiar, foi pedir, justamente, efetivo à governadora”, disse o presidente do Sinpol. 

Realidade da polícia civil em Pernambuco 

“Mais de 80% das delegacias são em casa improvisadas. Alugadas e improvisadas. Aí tem casa com goteira, casa com barata, com escorpião, não tem alojamento para os policiais. (...) E a sinalização que a governadora deu para melhorar isso? Até agora nada, não tem licitação para nada”, questionou. 

 

O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) anunciou uma assembleia geral para deliberar sobre a possível greve da categoria. A reunião foi marcada na próxima terça (23), às 17h, na sede do sindicato, em Santo Amaro, no Centro do Recife.

A mobilização cobra o reajuste dos policiais e mais investimento na segurança. A direção do Sinpol aponta que sofre dificuldades para negociar as pautas com o governo do estado.

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"A valorização salarial é crucial para atrair e manter profissionais qualificados, garantindo a eficiência das investigações e diminuindo a impunidade", destaca o sindicato.

Além do Sinpol, apoiam a causa outras entidades profissionais:  Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (ADEPPE),  ⁠Associação de Polícia Científica de Pernambuco – APOC-PE (Peritos Criminais),  ⁠Sindicato dos Peritos Oficiais de Natureza Criminal (SINPOCRIM), ⁠Associação dos Peritos Médicos Legistas e Odontolegistas ⁠(APEMOL), ⁠Associação dos Agentes de Perícia e de Medicina Legal (APEMEPE) e a União dos Escrivães de Polícia de Pernambuco (UNEPPE).  

Afastado da Polícia Civil de Pernambuco pelo ex-governador Paulo Câmara (PSB), em 2021, o comissário Áureo Cisneiros foi reintegrado neste ano e ganhou as eleições do sindicato da categoria (SINPOL). O pleito contou com quatro chapas e quase três mil votos.

O resultado que garantiu a eleição de Áureo com Raimundo Lino como vice foi divulgado na madrugada deste sábado (21). “Voltei sendo porta-voz de um recado da categoria ao governo: Queremos valorização! Se existe R$ 1 bilhão para investimentos na segurança pública, se existem investimentos do governo federal, por que a governadora não valoriza os policiais civis?", provocou o novo presidente na primeira fala em sua volta à frente do SINPOL.

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Em sua terceira gestão, ele prometeu fortalecer o sindicato e indicou que vai tentar unir os policiais civis para buscar o reajuste salarial junto ao governo do estado. "O SINPOL voltará a ter voz ativa. Não dá mais para aceitar que uma das melhores polícias civis do país receba um dos piores salários. A nossa energia será destinada 100% aos policiais civis e a luta por uma segurança pública garantidora de paz social”, continuou.

Áureo também comentou sobre seu retorno ao quadro de efetivos em 2023, após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Fui o primeiro sindicalista demitido por um governo estadual por exercer atividade sindical desde a redemocratização.Mas mesmo assim continuei na luta por minha categoria e tinha certeza que a justiça seria feita."

A eleição foi acompanhada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e terminou com a chapa 1, com 481 votos, em segundo lugar. A chapa 3 recebeu 467, enquanto a chapa 2 obteve 330.

O ex-presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Áureo Cisneiros, criticou a saída do atual líder sindical, Rafael Cavalcanti, que renunciou ao cargo, por meio de uma carta pública (confira na íntegra ao final da matéria), e afirmou que não vai concorrer à eleição, que acontece ainda esse ano. Cisneiros comentou que a “jogada de toalha” de Cavalcanti veio em um momento inoportuno, em meio às negociações da campanha salarial da categoria. 

Na carta, Cavalcanti teceu críticas a Cisneiros, ao citar que “todos estes ex-presidentes que se colocam como ‘solução’ não carregam os elementos fundamentais para ocupar tão honrado posto: honestidade e a vontade de lutar pelo coletivo”. 

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Áureo rebateu as críticas ao comentar sobre a saída antes das negociações com o governo e do processo eleitoral do SINPOL. “É uma decisão pessoal, manifestada numa carta (texto) pessoal. Respeito, mas não concordo. O momento foi inadequado e fragiliza a categoria nas negociações com o governo. É um presidente que, em plena gestão, diz que não quer ser mais presidente do SINPOL. Se já estava ruim, agora piorou muito. Fugir não ajuda em nada. Ou melhor, ajuda ao governo. Bastava na hora da inscrição não colocar seu nome na chapa. Simples assim”, afirmou o policial. 

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“O que o atual/ex-presidente do SINPOL não consegue perceber é que, apesar de todas as suas inseguranças, existe um novo programa de segurança pública em construção e um anúncio de R$ 1 bilhão a mais para nossa área. Vamos debater com o governo o melhor uso desses recursos ou enfiar, covardemente, a cabeça no buraco, como avestruz?  Vamos convencer a governadora a fazer uma reparação salarial histórica com os policiais civis, alertá-la para não fazer igual ao antecessor ou desistir covardemente da luta? É hora de lutar ou perder uma oportunidade de ganho real para a categoria?”, questionou Cisneiros. 

Confira a carta de Rafael Cavalcanti, presidente do Sinpol-PE: 

Meus caros colegas Policiais Civis, venho hoje aqui comunicar a toda a categoria uma dificílima decisão que tomei: não concorrerei às eleições do sindicato que se avizinham. 

Quando entrei nessa Polícia, em janeiro de 2011, vindo do movimento de aprovados, achei que minha estada seria breve. Eu não possuía qualquer vinculação com a Polícia, não tinha parentes Policiais, pensava em alçar outros vôos, mas como muitos, me apaixonei pelo serviço, e como tantos, me indignei com as injustas e imorais condições as quais éramos submetidos. 

Sempre fui de me inquietar diante de absurdos e não foi diferente diante de tantos abusos cometidos com nossa classe. Por isso me juntei na formação de um grupo que tinha nessa indignação com nossas péssimas condições salariais, estruturais e funcionais a razão de ir retomar nossa ferramenta de luta para combater essas injustiças. 

Construímos um movimento forte e extremamente legítimo por causa da sua completa simbiose com o sentimento e as necessidades da base de todo o Estado, afinal foi dela, com ela e para ela que resolvemos encampar essa árdua missão. 

Mesmo com todo o sentimento e a necessidade de mudança que a categoria carregava, enfrentar um aparelho há décadas incorporado como propriedade de um grupo (que parte dele tentará voltar nas próximas eleições sindicais) e nossa vitória foi por apenas 83 votos. 

Ajudei a recolocar o Sinpol na trilha da luta verdadeira por valorização para a classe, representando os interesses dele, e não do governo de plantão. 

Aprendi a lidar com uma estrutura pesadíssima, com inúmeros funcionários e histórico acumulado de desmandos, como negligência a direitos trabalhistas mínimos e um volume gigante de débitos tributários e previdenciários, por exemplo. 

Além de tudo tive que me construir enquanto Ser administrativo e político, para dentro do grupo e diante de um governo bastante insensível e arbitrário com as causas dos servidores Policiais Civis. 

Erramos e aprendemos com os erros uns dos outros. Vivenciei atitudes de lideranças que pregavam discursos democráticos e, na pratica tinha posturas autocratas, tentei sustentar o funcionamento do grupo e, conseqüentemente, da luta por valorização mesmo tendo que ir remendando o processo durante seu curso, já que a liderança só fazia o que queria, não seguia o coletivamente pactuado, pessoalizava as ações que deveriam ser institucionais e mostrava-se cada vez mais distante do discurso que pregava e que encantou a mim e a categoria. 

Por causa do grupo tivemos sucesso em 2 negociações salariais, em 2015 e 2016, com repercussão até o ano de 2018. Fui, em todo esse período o único elemento constante em todas as mesas de negociação, pois dentre a construção que todo o grupo foi fazendo diante da capacidade e perfil de cada componente, me coube, além da co-condução dos discursos políticos, a discussão da construção técnica das propostas para corresponder os anseios e necessidades da base e da defesa delas perante o governo. 

Sofri, como todo o grupo, com as covardes perseguições do Governo via Corregedoria. Mais de 11 processos Administrativos, mais de 90 dias de punição, processo de demissão... ainda assim tudo valia a pena, pois minha categoria merecia. 

Fomos reeleitos com 90% de aprovação em 2017. Mas aí os esforços para tentar minimizar os equívocos da nossa maior liderança não foram mais suficientes. Uma completa desestruturação dentro do grupo com rompimentos políticos de diretores que entregaram os cargos por não mais aguentar autoritarismo, cinismo e falta de coerência. 

Tudo tratado internamente, para não expor a classe a vexames públicos. Tudo pensado, não pela liderança mas pelo grupo, para não prejudicar a categoria, esse era o meu compromisso e, por também ser o do grupo, várias situações errôneas foram tratadas no grupo, como deveria ser sempre. Mas não havia jeito. A pessoalização e o interesse narcisista não mais deixava o interesse coletivo da classe ser prioridade. 

Resolvi ficar por ainda acreditar que poderia ajudar mais estando junto do que abandonando o barco, por acreditar na força do grupo. Mas havia uma eleição em 2018. E um boneco gigante já havia se apropriando da nossa luta. Tentamos fazer campanha salarial em 2019, mas o grupo esfacelado e a liderança ressacada com a retumbante derrota eleitoral para deputado só se afundava ainda mais e levava a todos, direção e categoria, para o fundo do poço. 2020 e um recuo até hoje não entendido antes do Carnaval. 

Veio a pandemia. A responsabilidade minha e do grupo de manter e renovar a luta, ainda mais diante das péssimas alternativas que tentavam ressurgir apenas em momentos eleitorais nos incitavam a reagrupar, repactuar, realinhar, pelo bem da nossa própria classe. Sabíamos que tínhamos nossos erros, mas sabíamos que não poderíamos parar em mãos sem qualquer compromisso ou história na luta recente da categoria. 

Mas precisávamos neutralizar a fonte maior de nossos erros e de distanciamento da defesa dos interesses da classe que era nossa então maior liderança. Garanti ao grupo que não seria um terceiro mandato dele, resgatei alguns que não mais aceitavam militar ao lado por causa dele, mas também deixei claro para a categoria que não deixaria ele para trás como a grande maioria queria. 

Mesmo sem mais ter relação pessoal fiz todos os esforços para mantê-lo na chapa em respeito a toda história que havíamos construído juntos, por justiça com os princípios que defendo mantê-lo dentro do guarda-chuva sindical com o intuito de diminuir a sanha do governo em demiti-lo era obrigação moral, mesmo aumentando o risco de perder as eleições. 

Mesmo tendo sido vítima da covardia do ex-presidente, inclusive com lamentáveis episódios de ataques pessoais e familiares. 

Vencemos as eleições e agora tínhamos os maiores desafios que nosso grupo já havia enfrentado: uma pandemia, a necessidade de reunificar uma categoria completamente dividida (em grande parte por causa do ex-presidente), e fazer a luta por valorização nesse cenário. 

Realizamos, de forma inédita, 32 assembleias regionais para aprovação da pauta apresentada ao Governo, democratizando e interiorizando as decisões como nunca. Quando todas as outras classes estavam adormecidas a nossa foi a única que marchou para arrancar sua valorização. 

Fizemos uma campanha salarial com todo o acúmulo das campanhas anteriores, realizamos atos, passeatas, operação padrão, Lockdown’s, estado de greve e ousamos com uma greve quando nenhuma outra Polícia Civil ousou depois da decisão do STF em 2017 que nos surrupiou o legitimo direito de paralisarmos nossas atividades diante da grave falta de estrutura e valorização que nossa categoria enfrenta e fomos até onde podíamos. 

De forma inédita um dirigente sindical teve suas contas pessoais bloqueadas por fazer a luta por sua classe. Mesmo longe do que merecíamos fomos a única classe que obteve reajuste diferenciado, e ainda com o peso de carregarmos toda a segurança pública nas costas e lidando com um governador que não mais tinha aspirações políticas. 

Sei que o sentimento da classe ao final, tal qual o meu, foi de muita decepção, pois fizemos o maior movimento de nossa história, mas todas essas outras circunstâncias impuseram esse teto em nossa valorização. 

Diante da necessidade de representação política e face aos apelos da direção, de parte da classe e por deliberação da Cobrapol topei partir para tentar ocupar uma vaga legítima no Poder para deixarmos de terceirizar nossos interesses. 

Abri mão de convicções pessoais e parti para um campo político que não representava meu pensamento ideológico pessoal para representar o pensamento coletivo da categoria em busca de um mandato, não para mim, mas para representar todos os anseios da categoria sem precisar mais pedir favores e, mesmo com toda dificuldade num meio extremamente covarde como a política partidária, sendo boicotado pelo partido, ainda assim obtivemos mais de 8 mil votos, eminentemente vindo da categoria e de seus familiares, algo que agradecerei e serei eternamente grato pelo resto de minha vida. 

Após as eleições começaram o processo de desmonte e boicote da gestão, por questões pequenas mas que, diante da pretensão que se revelou no futuro de enfraquecer a gestão com o intuito de se beneficiar eleitoralmente com o esfacelamento da gestão, mesmo que para isso tenham prejudicado a luta pela valorização da classe. 

Busquei manter o norte em busca do melhor para a categoria com firmeza e diálogo, com a ajuda daqueles diretores que se mantiveram no propósito que deve mover qualquer dirigente sindical: a defesa intransigente de nossa categoria. 

Acredito que minha retirada da vida sindical deva oxigenar o debate pela renovação, sempre necessária, da nossa instituição máxima de luta, mas tenho a certeza que todos estes ex-presidentes que se colocam como “solução” não carregam os elementos fundamentais para ocupar tão honrado posto: honestidade e a vontade de lutar pelo coletivo dos Policiais Civis pernambucanos acima de qualquer interesse pessoal, por isso apoiarei o nome que a atual gestão irá apresentar. 

Cumprirei meu mandato até 25 de novembro buscando preparar o terreno para que a próxima gestão possa pegar um caminho já minimamente alicerçado para fazer o enfrentamento com mais um governo que vem se mostrando intransigente e insensível com nós, policiais, e com a segurança de toda a população. 

Volto à base com muito orgulho e com a certeza de que fiz o meu máximo, que a todo tempo que estive no Sinpol, seja como vice-presidente, seja como presidente, busquei não só valorizar financeiramente a classe, mas, sobretudo, lutei para dar a dignidade e o respeito que nossa categoria merece. 

Estarei sempre disponível para contribuir naquilo que for possível, mas focarei minhas atenções na minha família, tão sacrificada devido a completa doação à causa dos Policiais Civis que foi o que moveu minha vida até hoje, e tratarei de projetos pessoais, nunca deixando de exaltar, onde quer que eu esteja, o meu ORGULHO DE SER POLICIAL CIVIL DE PERNAMBUCO. 

Gratidão a todos que me acompanharam nessa jornada, obrigado categoria, pelo respeito e confiança depositados ao longo desses mais de 10 anos de luta, em especial aos amigos Aderson, o amigo-irmão Benoni, meu irmãozinho Deiviso Soares, Douglas Lemos, George Antônio, Jaciara, o gigante Márcio Hortêncio, Sílvio, uma grata surpresa sindical, Washington, Matuto, e também àqueles que se estivessem nesse plano com certeza estariam na luta no lado coerente, meus queridos Roseno e Rogério. 

Meu imenso respeito, carinho e agradecimento a todas e todos os funcionários do Sinpol, de todas as áreas, limpeza, administrativo, jurídico e departamento médico, pelo compromisso, pelo cuidado com nossos filiados e pelo respeito e carinho com que sempre aos filiados e a mim. O Sinpol também são vocês! 

Um forte e imenso abraço! 

Rafael Cavalcanti 

 

 

Áureo Cisneiros, ex-presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), foi reintegrado ao quadro da Polícia Civil nesta semana. Na segunda-feira (14), ele compareceu à sede da Diretoria de Recursos Humanos, onde recebeu sua carteira funcional e o distintivo de policial civil das mãos do gestor de recursos humanos, delegado Benedito Anastácio. Na terça-feira (15), ele recebeu o armamento na Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil de Pernambuco (CORE). 

Cisneiros havia sido demitido do quadro da Polícia Civil ainda em 2021, no governo Paulo Câmara, mas foi reintegrado por determinação da 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça. O agente foi uma das lideranças do movimento “SINPOL de volta para Luta”. A reintegração foi oficialmente publicada no Diário Oficial no último sábado (12).

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"Graças a Deus, sempre sou muito bem recepcionado em qualquer unidade da polícia. É grande a felicidade da classe policial. Também estou muito feliz, companheiros. Retribuirei o carinho com muita mais dedicação e luta pela categoria", prometeu Áureo.

O desbloqueio do processo administrativo junto ao governo do estado foi intermediado pelo deputado federal Túlio Gadelha (Rede), que também acompanhou o retorno de Cisneiros ao quadro da Polícia Civil. Em conversa com o gestor do DIRH, foram discutidos temas ligados a: campanha salarial; necessidade de abertura de concurso público; reestruturação das unidades Policiais da PCPE; reenquadramento; Reforma da Previdência para garantir a integralidade e paridade; e a ampliação do quadro dos policiais designado e questão de sua remuneração.  

Segundo a decisão do STJ, o processo administrativo contrário a Áureo "violou os princípios da proporcionalidade e razoabilidade".

Demitido em janeiro de 2021, o ex-presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Áureo Cisneiros, teve sua reintegração oficializada no Diário Oficial do estado deste sábado (12). O líder sindical foi processado e afastado no governo Paulo Câmara (PSB), mas conseguiu reassumir o cargo em uma batalha judicial.

O comissário que retorna ao quadro da Polícia Civil já tinha obtido decisão favorável na Justiça de Pernambuco e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que anulou quatro processos administrativos (PADs) recebidos na antiga gestão, motivados pela mobilização sindical de 2015 por reajuste.

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Nas redes sociais, Áureo comemorou a publicação deste sábado e apontou ter sido vítima de perseguição. "Não existe crime algum em lutar por salário digno e condições de trabalho. Fui covardemente perseguido pelo pior governador da história de Pernambuco, mas vencemos! A justiça prevaleceu!", escreveu o policial.

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O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) convocou uma assembleia nesta terça (25) para discutir sobre o possível anúncio de greve. O dia também marca a decisão dos trabalhadores dos ônibus e metrô sobre a paralisação de todo sistema de transporte público por tempo indeterminado.

Nesta tarde, lideranças da Polícia Civil vão se reunir com representantes do governo do estado, na sede da Secretaria de Administração, para negociar o reajuste salarial e outros temas por melhores condições de trabalho, como o excesso de trabalho causado pela insuficiência de policiais. 

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Em seguida, por volta das 18h, o Sinpol-PE apresenta a proposta do governo aos profissionais na sede do sindicato, no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife, onde será debatida deliberação de uma possível paralisação.

 

O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) protocolou ao Ministério Público do Trabalho (MPT) um pedido de interdição da Delegacia de Bom Jardim, no Agreste pernambucano. Dentre as irregularidades, foram constatadas as seguintes: teto totalmente condenado a desabar oferecendo risco de vida aos policiais civis e a toda população, e condição insalubre da estrutura física.

O presidente do Sinpol, Rafael Cavalcanti, ressalta que já virou rotina esse tipo de denúncia. "A situação da delegacia é deplorável. Isso é um destrato com o policial, com o cidadão e com a vida das pessoas", destacou.

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A categoria destaca que as condições violaram as normas do Código Sanitário de Pernambuco, o Decreto Estadual nº 20.786, de 10 de agosto de 1998, que protege a saúde do trabalhador de situações insalubres, por isso foi encaminhado ofício ao MPT em caráter emergencial.

O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) anunciou a suspensão das atividades investigativas da categoria em Pernambuco nesta quinta-feira (10). Esta será a segunda suspensão de atividades da categoria neste ano. 

Desde o ano passado, o Sinpol tem cobrado melhorias salariais e funcionais dos policiais civis. Neste momento, eles cobram mais celeridade nas tratativas com o Governo de Pernambuco.

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"Amanhã é dia de toda a polícia suspender as atividades do Litoral ao Sertão. Só vamos realizar atividades administrativas e burocráticas, para mostrarmos a nossa indignação. Cheguemos na reunião do dia 14 [de fevereiro] com o governo com toda a força e com o recado muito bem dado, que a gente não vai aceitar migalhas", disse o presidente do Sinpol, Rafael Cavalcanti.

Com isso, as atividades investigativas das  delegacias e nos institutos de todo o Estado não serão realizadas das 8h às 16h da quinta-feira (10), como um ato de advertência, caso não haja um acordo entre o Governo de Pernambuco e os policiais. 

Os serviços administrativos, medidas protetivas de urgência para violência doméstica e condução para audiência de custódia serão mantidos. O Sinpol garante que esse será o último ato antes da assembleia geral que definirá se a categoria irá deflagrar uma greve geral.

"Não somos cachorros, somos essenciais para a estrutura da Polícia Civil, somos essenciais para a segurança pública, mais do que qualquer outra. Nesta quinta-feira nós vamos mostrar o nosso valor", afirmou Rafael. 

Por meio de nota, a Secretaria de Defesa Social informou que tem mantido um canal de diálogo aberto com a Chefia da Polícia Civil e o Sinpol na busca da valorização profissional dos agentes e demais categorias da Polícia Civil do Estado.

"Reuniões vêm ocorrendo na SDS desde o fim do ano passado e outro encontro está previsto para a próxima semana. O Governo de Pernambuco está fazendo todos os estudos necessários para apresentar o melhor cenário possível de valorização de todos os profissionais de segurança pública do estado, dentro dos limites orçamentários", declarou a pasta.

O Sindicato dos Policiais Civis do estado de Pernambuco (Sinpol-PE), que estão em estado de greve desde quinta-feira (30), realizaram um ato nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (31), em frente a padaria Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Mais de 3.000 cruzes foram colocadas na areia da praia para lembrar dos homicídios no estado em 2021.

Nas redes sociais, o vice-presidente da entidade, Marsal Sobreira, comentou sobre o “ato das cruzes” e pediu valorização a categoria. “Estamos aqui buscando diálogo, buscando uma ponte que nos leve finalmente por fim esse movimento por uma luta justa de valorização da nossa classe policial civil”. 

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Os policiais, além de cobrar reformas nas delegacias e melhores condições de trabalho, também colocaram na pauta o aumento salarial da categoria.

Há mais de cinco meses reivindicando um reajuste salarial, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) afirma que fará uma manifestação em frente ao Palácio do Campo das Princesas nesta terça-feira (26). 

O Sinpol diz que tem tentado diálogo com o Governo de Pernambuco visando a valorização profissional e funcional da categoria, mas sem sucesso. Desde o dia 27 de julho que os policiais civis executam apenas as funções que constam apenas na lei, além de terem entregue o Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES), que é a hora extra do policial. 

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“Atualmente, os policiais da base trabalham em uma clandestinidade funcional exercendo funções que não são suas e sem receber por isso, possuem uma absurda diferença salarial entre a base e seus chefes, muito embora sejamos nós que fazemos grande parte das atribuições deles, além das estruturas precárias da maioria esmagadora das unidades da Polícia Civil e ainda somos um efetivo que é metade do que deveríamos ter em 2015 e, mesmo assim, somos a Polícia Investigativa estadual que mais produz e traz resultados no país", afirma o presidente do sindicato, Rafael Cavalcanti.

O líder do sindicato assevera que o governador Paulo Câmara tem dado a desculpa de que não tem dinheiro para atender as demandas, mas o sindicato aponta que isso não procede. 

"Todos os números, balancetes e estudos divulgados pelo próprio Estado comprovam que o Governo de Pernambuco tem sobra de caixa para investir mais na Segurança Pública e no seu policial civil, além do que a negociação pode se dar agora com os efeitos financeiros a partir de 2022, como vários outros Estados estão fazendo", complementa.

Na manhã desta segunda-feira (11), a deputada federal Marília Arraes (PT) participou de um ato contra a demissão, considerada por ela arbitrária e com motivação política, de Áureo Cisneiros, ex-presidente do Sindicato dos policiais civis de Pernambuco (Sinpol). 

"Esse ato não é só pela readmissão de Áureo, é também um ato para denunciar o viés fascista desse grupo que hoje comanda o estado de Pernambuco. Desse grupo que usa as instituições para influenciar eleitoralmente com todo tipo de mentira", diz Marília.

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A parlamentar acredita que a demissão de Áureo em meio a pandemia e no começo de janeiro mostra toda a desfaçatez do PSB no Governo do Estado.

"Mesmo com eles tentando nos calar, com toda essa perseguição, não vamos descansar, porque no dia que a gente descansar a gente entrega a escritura do estado de Pernambuco para esse grupo", aponta a deputada.

O governador Paulo Câmara (PSB) demitiu da Polícia Civil o ex-presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Áureo Cisneiros. A decisão foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (5). Cisneiros acusa o governador de exercer uma postura perseguidora e antissindical. 

Paulo Câmara havia recebido da Corregedoria a decisão pela demissão do sindicalista em dezembro de 2018. À época, a categoria fez um protesto no centro do Recife para que o gestor não assinasse o documento. 

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Segundo a Secretaria de Defesa Social em nota, foram abertos contra Cisneiros 21 Processos Administrativos Disciplinares (PADs). No último deles, diz a pasta, o policial civil incidiu na contumácia de transgressões disciplinares.

Ele respondia, por exemplo, ao fato de ter denunciado as condições do Instituto de Medicina Legal (IML) à imprensa. No ano passado, ele foi punido pela Secretaria de Defesa Social (SDS) por se manifestar com palavras depreciativas e desrespeitosas ao governador de Pernambuco. Outras punições se deram por contumácia, ou seja, pela transgressão de normas disciplinares de forma repetida.

Ao LeiaJá, o ex-presidente do Sinpol e atual diretor de imprensa do sindicato disse que pretende recorrer ao judiciário ainda nesta terça-feira. "Vamos resistir. Para todo ato injusto há uma correção. A gente está recorrendo ao judiciário e vamos marcar uma mobilização", disse Cisneiros.

Segundo ele, a data da publicação da decisão foi oportuna, visto que o governador poderia ter assinado a demissão desde 2018. "Foi uma decisão estratégica. Deixaram a eleição passar para fazer isso, para não interferir na eleição de João Campos, porque sabem que estão cometendo uma injustiça." Áureo Cisneiros disputou uma vaga como vereador no ano passado pelo Psol, mas não conseguiu se eleger. 

"Eu estou de cabeça erguida, mas é uma injustiça muito grande desse governo do PSB, do Paulo Câmara. Todos os meus processos foram por luta sindical, porque denunciei o IML, reivindiquei segurança pública, as condições das delegacias, a violência aumentando", acusou. "Isso é uma conduta anti-sindical, contra os postulados do próprio PSB, que tem história na luta sindicalista", comentou.

O atual presidente do sindicato, Rafael Cavalcanti, também criticou a decisão do governador. "De maneira sórdida, antidemocrática e antissindical, [o governador] comete um absurdo desses, sabendo que todos os procedimentos de Áureo se devem por sua atuação em defesa dos policiais civis", afirmou

A SDS diz em nota que o servidor já havia sido penalizado com suspensão em outros sete processos administrativos, em quatro deles com a dosimetria máxima de 30 dias. Um parecer da Procuradoria Geral do Estado diz que o PAD que fundamentou a demissão foi instaurado e conduzido de acordo com as prescrições legais e constitucionais, com direito à ampla defesa e ao contraditório. 

A secretaria informou também que, desde 2015, 310 profissionais de segurança pública foram demitidos ou excluídos do serviço público. "A Corregedoria da SDS respeita o livre exercício de manifestação e reafirma que o amplo direito de defesa é garantido em todos os processos disciplinares. É importante esclarecer que esses processos, conduzidos de forma técnica, investigam a atuação de servidores enquanto policiais, sem qualquer relação com atividade sindical", diz a nota.

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O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Áureo Cisneiros, foi punido pela Secretaria de Defesa Social (SDS) por se manifestar com palavras depreciativas e desrespeitosas ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). A secretaria penalizou o comissário com 20 dias de suspensão convertidos em multa.

Segundo a portaria, o sindicalista, em 26 de abril de 2018, afirmou que Paulo Câmara era perseguidor dos movimentos sociais e que se utilizava dos órgãos da administração pública para fins políticos. Cisneiros também teria dito que o governo utilizava a Corregedoria da SDS para finalidades políticas e não queria que a Polícia Civil investigasse crimes, por isso o crescimento da violência. 

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Na data a qual se refere a portaria, o Sinpol realizou um protesto no centro do Recife pressionando contra uma eventual demissão de Áureo Cisneiros. Na época, havia 12 Processos Administrativos Disciplinares (PADs), entre concluídos e em trâmite, contra o presidente do sindicato. Atualmente, contando com o de agora, são 18 processos.

Cisneiros voltou a dizer que o governo está perseguindo um servidor público. "Estou sendo punido por cumprir o meu papel como presidente do Sinpol, cobrando melhores condições de trabalho para minha categoria. Pior, fui condenado em um processo totalmente viciado, sem o direito a ampla defesa ou contraditório. Em nenhum momento fui intimado, não sei quem são as testemunhas e muito menos tive direito a me defender desse verdadeiro absurdo. Fala-se muito que Bolsonaro é fascista, mas quero lembrar o governador de que perseguir críticos é uma expressão fascista, cometida por representantes do Partido Socialista Brasileiro. No mínimo contraditório", disse ele. O presidente do Sinpol é filiado ao Psol e já disputou o cargo de deputado estadual nas eleições de 2018.

Conforme a portaria da SDS, ele infringiu os seguintes artigos do Estatuto dos Policiais Civis: divulgar, através de qualquer veículo de comunicação, fatos ocorridos na repartição, propiciar-lhe a divulgação ou facilitar de qualquer modo, o seu conhecimento a pessoas não autorizadas a tal; referir-se, desrespeitosa e depreciativamente às autoridades e atos da Administração Pública em geral; promover ou participar de manifestações de apreço ou desapreço a quaisquer autoridades; e manifestar-se ou participar de manifestações contra atos da Administração Pública em geral.

Integrantes do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) realizaram uma reunião que fechou a Rua da Aurora na altura do prédio da sede operacional da entidade por alguns minutos nesta sexta-feira (13). O motivo são as reivindicações feitas antes do Carnaval que não foram cumpridas pelo governo, segundo o presidente do sindicato, Áureo Cisneiros.

O grupo cobra uma melhor estrutura para os policiais, além de reajuste salarial e pagamento de hora extra. A reunião foi feita com delegados de base e a promessa é de que na próxima quinta-feira (19) o grupo realizará uma passeata do Derby ao Palácio do Governo para entregar suas reivindicações. O ato sairá do Derby às 9h da manhã.

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"A gente já fez antes do carnaval (reivindicações), o governo se comprometeu a entregar uma proposta no dia 11 (quarta-feira) e não apresentou quebrando o acordo com os policiais civis, quebrando a palavra deles publicamente", declarou Áureo Cisneiros. 

"A passeata vai ser para entregar o programa de jornada extraordinária que é o extra que a gente faz, que o governo só paga um quarto do que era para pagar. A gente trabalha 12 horas para ganhar 200 reais. Se o governo seguisse a constituição isso ai daria entre 700 e 900 reais", completou.

Na conversa com a reportagem do LeiaJá, Áureo ainda revelou que dentro das unidades a situação é delicada. "Falta água. A água aqui nas delegacias são os policiais que compram, fazem cotinha", finalizou.

O Tribunal de Justiça do Pernambuco considerou ilegal a paralisação anunciada pelo Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), prevista para começar a partir da meia-noite de sexta-feira (13). Em caso de descumprimento da decisão, o Sinpol será multado em R$ 50 mil por dia. 

A decisão do desembargador José Carlos Patriota, que concedeu uma liminar na tarde desta quinta-feira (12), atende a um pedido da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e determinou “a suspensão da greve dos policiais civis, com a retomada, imediata, de todos os serviços inerentes a função policial desenvolvida pelos servidores grevistas”. 

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O desembargador levou em consideração os argumentos da PGE, que afirma ter um histórico de negociações com o sindicato e alega o cumprimento de acordos para atender reivindicações dos policiais nos últimos anos. A decisão também levou em consideração o interesse público, uma vez que o serviço prestado pela Polícia Civil é considerado essencial para a população. 

Ao LeiaJá, a assessoria de comunicação do Sinpol afirmou que o sindicato ainda não foi notificado da decisão da Justiça e, portanto, até o momento está mantida a paralisação que foi decidida pela categoria na última assembleia.

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Pedindo por melhoria salarial, os policiais civis de Pernambuco saíram em protesto pelo Centro do Recife nesta terça-feira (10), na tentativa de chamar a atenção do poder público para as demandas da categoria. Eles reclamam que o Governo do Estado não corrigiu a “distorção gravíssima que aumentou a carga horária dos policiais em 1/3 sem as devidas compensações”, reclamam.

De acordo com Áureo Cisneiros, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), os civis do estado são os que tem a menor valorização salarial, estando há 10 anos trabalhando mais e ganhando menos. A categoria reclama que duas horas de trabalho de cada policial civil são “surrupiados” pelo Estado que, segundo eles, se nega a atender os ajustes que já foram pedidos. 

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Foram quase três horas de passeata. Os policiais se concentraram na frente da sede do sindicato, localizado na Rua Frei Cassimiro, Santo Amaro, área central do Recife. De lá, a categoria seguiu pela Avenida Cruz Cabugá, entrou na Conde da Boa Vista e finalizou em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo de Pernambuco. 

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O secretário executivo da Casa Civil do Estado, Eduardo Figueiredo, além do também secretário executivo da Secretaria de Defesa Social, Cláudio Borba, receberam 5 representantes da categoria para que as questões fossem discutidas. 

No entanto, o sindicato afirma que esta não é a primeira vez que  o governo recebe a categoria para conversar, tendo o último encontro acontecido em abril deste ano. De lá pra cá, aparentemente, nada do que a categoria reclama foi atendido pelo governo. “Nós estamos aqui pacificamente para que nossas reivindicações sejam atendidas”, diz Áureo. 

Em assembleia realizada na quinta-feira (11), o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) deflagrou o início da campanha salarial de 2019 da categoria. Os policiais prometem grandes mobilizações.

Segundo o Sinpol, o movimento ressurge após cerca de três anos do último acordo firmado entre o Governo do Estado e o sindicato para que a greve de 2016 fosse encerrada. "Agora é momento de, mais uma vez, demonstrarmos o tamanho da força e a união dos Policiais Civis de Pernambuco em busca de sua valorização e melhores condições de trabalho", disse Áureo Cisneiros, presidente do sindicato.

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Atualmente, tramitam 40 processos administrativos contra a diretoria do Sinpol. "Dois deles pedem a minha demissão, bem como a de Áureo, que sozinho já acumula dezesseis PAD's. Mas se queriam nos intimidar, o efeito foi justamente o contrário. Vamos lutar como nunca", afirmou o vice-presidente do Sinpol, Rafael Cavalcanti.

A categoria pede: revisão do plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos; novo enquadramento para quem está no estágio probatório; carreira única; conclusão de trabalhos para estruturar a Lei Orgânica da categoria; projeto de unificação de cargos entre agentes, escrivães e auxiliares do Instituto de Criminalística (IC) e Instituto de Medicina Legal (IML); anistia e arquivamento de processos para todos os diretores e filiados ao Sinpol em razão da atividade sindical; reserva de 50% das vagas nos concursos para delegado e perito para quem já está nos quadros da Polícia Civil; e convocação de aprovados no concurso de 2016.

Com informações da assessoria

Policiais civis realizaram um protesto na manhã desta quinta-feira (7) no centro do Recife. Os manifestantes cobram que o presidente do sindicato da categoria no Estado (Sinpol), Áureo Cisneiros, não seja demitido. Cisneiros acumula 16 processos, mas a Secretaria de Defesa Social (SDS) já sugeriu sua demissão, faltando apenas a assinatura do governador Paulo Câmara (PSB). O vice-presidente do Sinpol, Rafael Cavalcanti, responde a nove processos administrativos.

O protesto ficou concentrado em frente à Chefia da Polícia Civil, na rua da Aurora, no bairro da Boa Vista. Um protocolo foi entregue no local para que o chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle, interceda no caso.

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Cisneiros lembra que antes de presidir o sindicato não possuía nenhum processo administrativo. “São todos por atividade sindical, porque denunciamos as péssimas condições do IML, das delegacias, delegacias fechadas, paralisações que fizemos. Ao invés do governador sentar e negociar, prefere punir o sindicato e seus diretores. Isso nunca aconteceu no Estado, de um sindicalista ser demitido por atividade sindical, e não vamos permitir isso”, defende.

Rafael Cavalcanti diz que o governo havia assinado um acordo anos atrás para arquivar os processos, mas não o fez. “Esses processos são uma completa ilegalidade e afronta à democracia. Fizemos críticas contundentes, mas construtivas em relação aos erros e desmandos na gestão da segurança pública. A Corregedoria é única e exclusivamente para apurar as faltas que o policial comete no exercício da função e está sendo usado para tentar punir nossas ações sindicais”, acusa o vice-presidente do Sinpol.

Cerca de 15 ações no Judiciário tentam barrar os processos e a demissão de Áureo. “Há uma pressão por parte do governo para tentar revestir de legalidade esses procedimentos encaminhados via corregedoria”, opina Rafael. A advogada Dani Lacerda, que pleiteou o governo do estado pelo PSOL, participou do ato e também fez críticas ao governo. “O governo se diz socialista, do campo da esquerda, mas que vem punindo os trabalhadores. Hoje é um policial, amanhã pode ser um professor, um estudante. A gente não admite perseguição política dentro de um governo que se diz de esquerda”, disse a dirigente estadual PSOL.

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A Polícia Civil de Pernambuco enviou uma nota se posicionando sobre a notícia de que a Delegacia de São José do Egito, no Sertão de Pernambuco, recebeu uma ordem de despejo. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), o fechamento da delegacia se deve ao não pagamento do aluguel do imóvel pelo governo do Estado.

Conforme a nota da Polícia Civil, a nova sede da delegacia no município está sendo viabilizada com máxima urgência. A promessa é que ela estará em pleno funcionamento a partir do dia 17 de dezembro.

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A polícia afirma também que não há atrasos no pagamento do aluguel do imóvel. "Os valores estão quitados até o mês atual, dezembro de 2018. O proprietário da casa escolheu por não continuar o alugando o imóvel onde funciona atualmente a DP, cancelando o contrato unilateralmente", diz nota.

Por fim, a Polícia Civil diz estar adotando uma política de devolver imóveis alugados para usar locais próprios, gerando economia aos cofres públicos e melhores condições de atendimento à população e de trabalho aos policiais. Em 2018, 17 delegacias foram transferidas para imóveis que pertencem ao Estado ou adquiridos por meio de parcerias, seja com o Poder Judiciário, prefeituras ou iniciativa privada, o que gerou uma economia de R$ 1,5 milhão por ano aos cofres públicos.

Em São José do Egito, os homicídios diminuíram em 60% entre janeiro e outubro de 2018, quando se compara com o período equivalente em 2017. Em toda a Área Integrada de Segurança (AIS) 20, que engloba São José do Egito e outros 11 municípios do Sertão, a redução foi de 46%. Quanto aos roubos, a diminuição em São José do Egito foi de 6%, passando de 65 para 61 registros entre janeiro e outubro.

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