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Neste sábado (9), morreu o sociólogo italiano Domenico de Masi, aos 85 anos de idade, em Roma. De acordo com o jornal italiano Corriere della Sera, o estudioso havia descoberto uma "doença invasiva" no dia 15 de agosto, enquanto passava férias na comuna de Ravello, na região de Campania, na Itália. 

Em seguida, médicos do hospital Gemelli, em Roma, informaram ao sociólogo que ele não teria muito tempo de vida. De Masi nasceu na comuna de Rotello no dia 1 de fevereiro de 1938. O intelectual tornou-se famoso por seu conceito de "ócio criativo", segundo o qual o ócio humano pode ser um importante elemento de estímulo à criatividade.

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De Masi foi professor emérito de Sociologia do Trabalho na Universidade La Sapienza, em Roma, onde também ocupou o cargo de reitor da faculdade de Ciências da Comunicação. Sua produção acadêmica era voltada para a sociologia do trabalho e das organizações, a sociedade pós-industrial, o desenvolvimento e subdesenvolvimento, os sistemas urbanos, a criatividade, o tempo livre, além dos métodos e técnicas de investigação social.

O intelectual nutria amizade com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. O último encontro entre os dois ocorreu em junho deste ano, em Roma.

Internautas passaram a quarta-feira (12) questionando uma citação feita por Ana Maria Braga para encerrar o “Mais Você”. A apresentadora disse que “às vezes nossa vida é colocada de cabeça para baixo, para que a gente possa aprender a viver de cabeça pra cima” e creditou a Max Weber, economista alemão que foi um dos fundadores da sociologia.

Diversos comentários divertidos rapidamente apareceram na rede, perguntando em que livro do autor estaria essa citação ou questionando se não foi de prováveis outros autores, em que muitos creditam frases aleatórias nas redes sociais, como Caio Fernando Abreu ou Clarice Lispector. Veja alguns:

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O diretório municipal do PSDB pediu a expulsão do sociólogo Fernando Guimarães após ele liderar a formação de um grupo suprapartidário de oposição ao governo de Jair Bolsonaro. Na última terça-feira, 21, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que representantes de dez partidos - entre eles PSDB, PDT, PT, PSOL e PCdoB Cidadania - se reuniram para organizar o lançamento do movimento "Direitos Já, Fórum pela Democracia".

A iniciativa gerou uma forte reação de tucanos. "O Diretório Municipal do PSDB (Partido da Social Democracia) de São Paulo informa que não compactua com a postura de Fernando Guimarães Rodrigues ao assumir sua posição pessoal como a do partido", disse a nota oficial do diretório paulistano do PSDB.

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Ainda segundo o texto, a postura do sociólogo, que lidera uma corrente tucana chamada "Esquerda Para Valer", infringe artigos do Estatuto da sigla. "Assim, o caso será encaminhado ao Conselho de Ética para serem tomadas as medidas cabíveis", diz documento.

Questionado se a regra seria aplicada a outros tucanos que apoiam o movimento, como o ex-senador José Aníbal, o ex-ministro da Justiça José Gregori, o ex-governador Alberto Goldman e o senador José Serra, que se reúne com o Fórum pela Democracia no dia 26, o presidente do PSDB paulistano, Fernando Alfredo, foi taxativo.

"Não dá para eles saírem tomando decisões partidárias sem consultar o corpo dirigente do PSDB. A regra vai ser para todos. Eles que têm de se policiar", afirmou o dirigente. "Isso me parece macarthismo. Um partido que tem democracia no nome não pode cercear a participação de seus militantes em um movimento que tem como único propósito a defesa dos valores da Constituição", afirmou Guimarães.

O sociólogo disse, ainda, que o presidente do PSDB ainda é o ex-governador Geraldo Alckmin. "Ele jamais tomaria uma posição macarthista. Já houve a sinalização que os tucanos da ala progressista não terão espaço. É o começo da caça às bruxas".

O presidente estadual do PSDB, Marco Vinholi, também criticou a atuação de Guimarães por meio de nota. "Não há qualquer possibilidade de estabelecermos pautas conjuntas com o PT, responsável maior pela crise ética, política e econômica que vivenciamos hoje e cuja bandeira principal é a liberdade de seu líder, já condenado e preso. Estamos e continuaremos do lado certo da história, o lado dos brasileiros, e oposto ao PT", afirmou o dirigente.

Integrantes do Fórum saíram em defesa de Fernando Guimarães. "Isso causa perplexidade. São novo e estranhos tempos no PSDB", disse o advogado petista Marco Aurélio Carvalho, que organizou o movimento junto com Guimarães.

Após a notícia da morte de um dos maiores sociólogos e filósofos contemporâneos, o polonês Zygmunt Bauman, acadêmicos e seguidores das teorias do autor de "Amor Líquido", "Modernidade Líquida", "Globalização" e "Vidas Desperdiçadas" foram surpreendidos pela notícia, no dia 9 de janeiro. Para relembrar a trajetória do estudioso, a TV Brasil fará uma pré-estreia nesta sexta-feira (13), às 23h30, apresentando uma entrevista exclusiva com Bauman realizada meses antes da sua morte. Em sua residência, ele recebeu a equipe de reportagem, refletiu sobre as perspectivas de futuro para os jovens e discutiu o uso das redes sociais como o Facebook. A gravação foi para o programa Incertezas Críticas.

"Você pode ser quem quiser e ter um mundo imaginário, online, que não aparece na realidade, offline. Pode ter várias identidades diferentes, fingir ser algo que não é e realizar todos os seus sonhos. É uma maneira de fugir das duras exigências e asperezas do mundo offline", disse Zygmunt, durante a entrevista à TV Brasil.

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Apesar da idade, 91 anos, Bauman escrevia sem parar seus livros, concedia palestras e organizava um grupo de estudos na Inglaterra. Sua principal teoria, com a qual ficou mundialmente conhecido, é a da chamada 'modernidade líquida', que aborda  a "liquidez" das relações sociais na modernidade e pós-modernidade e abriu um vasto campo de estudos para diferentes áreas, como a filosofia, a cultura, o relacionamento humano. Grande parte das suas obras foi traduzida para o português e o seu último livro lançado no Brasil foi "A riqueza de poucos beneficia todos nós?".

O professor emérito de sociologia das Universidades de Leeds e Varsóvia fez uma crítica, e explicita o atual sistema fragmentado de absorção de informações. "A combinação dos sentimentos de ignorância e impotência dá um resultado que é a humilhação, um golpe pesado na autoconfiança e na autoestima. Sou um homem sem valor, não sou quem deveria ser. De acordo com as estatísticas, a depressão é a doença mais comum no momento", pontuou o escritor, ainda em entrevista à TV Brasil. "Viver nessas circunstâncias exige que as pessoas tenham nervos muito fortes. Que tenham determinação e, também, eu acho, que pensem em maneiras de transformar o mundo em que vivem. As condições de vida do mundo e não apenas as suas condições particulares. É muito difícil propor isso e ainda mais difícil conseguir”, ponderou Bauman.

Produção

Em 12 programas de 26 minutos na TV Brasil, a série Incertezas Críticas traz reflexão sobre o mundo atual na visão de alguns dos mais importantes intelectuais contemporâneos. Cada episódio destaca um pensador, em uma entrevista exclusiva em sua casa ou escritório.

A proposta da série Incertezas Críticas é debater o mundo contemporâneo em diversas perspectivas como sociedade, economia, cultura e arte. Em cada episódio, o espectador pode ter uma introdução sobre o pensamento de alguns dos mais notáveis intelectuais de nosso tempo.

Serviço

Incertezas Críticas - entrevista de Zygmunt Bauman

Pré-estreia

13 de janeiro | às 23h30

TV Brasil 

Educação, cultura, literatura, arte, mídia, linguística e política serão alguns dos temas da obra do filósofo e sociólogo francês Pierre Bourdieu abordados durante o VII Curso de Extensão para Ler, no Auditório do Instituto Ricardo Brennand, que fica localizado no Bairro da Várzea. O workshop, que vai acontecer entre os dias 14 e 17 de agosto, das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30, será ministrado pelo pelo historiador francês Roger Chartier, proveniente da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais e professor do Collège de France e da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

O curso, que terá 20 horas, custa R$ 250 e os interessados podem se inscrever através do email documenta@institutoricardobrennand.org.br.    

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Serviço

Sétimo Curso de Extensão Para Ler - Pierre Bourdieu

De 14 a 17 de agosto l 8h30 às 12h30 e 13h30 às 17h30

Auditório do Instituto Ricardo Brennand (Alameda Antônio Brennand – Várzea)

R$ 250

(81) 2121 0354

Nesta quinta-feira (19), o setor de Artes Visuais da Fundação Joaquim Nabuco promove, às 19h, mais uma atividade do Projeto Política da Arte. Dessa vez, o economista e sociólogo Francisco Oliveira, mais conhecido como Chico Oliveira, ministra palestra que discute como a crise atual do capitalismo subverte crenças e renova a importância da economia política como instrumento para estabelecer uma ordem social mais justa.

Chico Oliveira é professor titular de sociologia da Universidade de São Paulo, diretor do Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania da USP e autor de vasta obra, em que se destacam A economia da dependência imperfeita, Crítica à razão dualista/O ornitorrinco, Os direitos do antivalor, Elegia para uma re(li)gião, e O elo perdido e A navegação venturosa: ensaios sobre Celso Furtado. Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, deixando o PT em 2003.

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A palestra faz parte da programação pararela à exposição O Legado da Coruja, de Chris Marker, em cartaz na Galeria Vicente do Rego Monteiro, na Fundação Joaquim Nabuco. A palestra é aberta ao público e acontece na Sala Aloísio Magalhães da Fundaj, com capacidade para 100 lugares.

Serviço

Palestra Francisco Oliveira

Quinta-feira (19), 19h

Sala Aloísio Magalhães - Fundação Joaquim Nabuco (rua Henrique Dias, 609, Derby)

Gratuito

Informações: 81 3073-6692 | 3073-6691 | www.fundaj.gov.br

 

O Legado da Coruja, de Chris Marker

Até 2 de setembro, de terça a domingo, das 14h30 às 20h

Galeria Vicente do Rego Monteiro - Fundação Joaquim Nabuco (rua Henrique Dias, 609 Derby)

Gratuito

Informações: 81 3073-6714

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