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Uma das baterias da fase classificatória da prova dos 100 metros dos Jogos Mundiais Universitários, em Chengdu, na China, viralizou nas redes sociais. A representante da Somália, Nasra Abukar, ficou em último lugar e surpreendeu pela distância para as demais atletas, que resultou no pior tempo da história da prova.

Nasra, de 20 anos, terminou a corrida em 21s81, praticamente o dobro do tempo da vencedora, a brasileira Gabriela Silva Mourão, que anotou 11s58. Diante da marca, uma série de suspeitas foram levantadas pelos organizadores. A Somália promete investigar o caso.

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Uma das linhas da apuração se dará sobre a forma como Nasra foi convocada pelo país para participar dos Jogos Universitários. Ela é sobrinha da presidente da Federação Somali de Atletismo, Khadija Aden Dahir.

Nas redes sociais, a mandatária somali havia parabenizado a sobrinha pela convocação dias antes da viagem para a China. Não foi informada pela equipe se a atleta estava com algum problema físico ou mesmo machucada para a realização da prova.

Em resposta às acusações de corrupção e nepotismo, o ministro dos Esportes da Somália anunciou a suspensão da dirigente do comando do atletismo do país africano. Já o comitê olímpico do país fala em suspensão temporária. As investigações devem prosseguir para apontar as razões para a escolha de Nasra e de seu desempenho.

Islamitas radicais do grupo Al Shabaab atacaram, nesta sexta-feira (9), um hotel na capital somali, Mogadíscio, informaram o governo e testemunhas, que reportaram a ocorrência de explosões e tiros.

Os agressores invadiram "um hotel da praia do Lido", local frequentado pelas autoridades, diz uma nota do governo, segundo a qual "as forças de segurança salvaram muitas pessoas que estavam no prédio e a operação continua".

À noite, tiros ainda podiam ser ouvidos e várias ambulâncias estavam estacionadas ao lado do hotel, relatou um jornalista da AFP.

"Estava perto do restaurante Pearl Beach [na praia do Lido], quando houve uma forte explosão na frente do edifício. Consegui fugir, mas em seguida houve disparos e as forças de segurança correram para o local", disse à AFP Abdirahim Ali, testemunha do ataque.

Outra testemunha, Yaasin Nur, afirmou que "o restaurante estava cheio de gente, porque foi recentemente reformado".

O grupo Al Shabaab, afiliado da Al Qaeda que tenta depor o governo central somali há 15 anos, reivindicou a autoria do ataque.

Expulsos das principais cidades do país entre 2011 e 2012, o grupo permanece firmemente estabelecido nas áreas rurais.

O presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, declarou "guerra total" contra o grupo e lançou uma ofensiva militar em setembro, apoiada por bombardeios dos Estados Unidos.

Mas o Al Shabaab continua realizando atentados sangrentos de retaliação, demonstrando sua capacidade de atacar centros urbanos, bem como instalações militares no país.

Em agosto de 2020, islamitas do Al Shabaab atacaram o hotel Elite, também na praia do Lido, matando dez civis e um policial. As forças de segurança levaram quatro horas para retomar o controle do estabelecimento.

A seca sem precedentes que atinge o Chifre da África pode causar até 135 mortes por dia na Somália entre janeiro e junho deste ano, alertaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Unicef em um estudo publicado nesta segunda-feira (20).

Neste mês a OMS afirmou que quase 100.000 pessoas enfrentam um nível catastrófico de fome na Somália devido à pior seca em quatro décadas na região.

Este estudo - que é uma projeção feita com um modelo estatístico - estima que entre 18.100 e 34.200 pessoas podem morrer durante o primeiro semestre.

A investigação também alertou que condições climáticas extremas podem ter causado "mortes em excesso" de 43.000 pessoas no ano passado, fazendo uma comparação com a seca de 2017.

O estudo, encomendado pelo Unicef e pela OMS, foi realizado pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, em conjunto com a Universidade Imperial de Londres.

"Estamos em uma corrida para evitar mortes e salvar vidas", disse Mamunur Rahman Malik, delegado da OMS para a Somália.

Várias regiões do Quênia, Etiópia e Somália sofrem com a falta de chuva há cinco estações consecutivas. Esta seca matou milhões de cabeças de gado, destruiu plantações e forçou mais de um milhão de pessoas a deixar suas casas em busca de comida e água.

De acordo com as previsões meteorológicas, a seca pode se estender para uma sexta temporada sem chuvas, confirmando os temores das agências humanitárias que alertaram sobre uma catástrofe humanitária iminente.

Ao menos cinco pessoas morreram, e 11 ficaram feridas, incluindo um governador regional, nesta terça-feira (14), em um ataque suicida no sul da Somália — informou a polícia local.

O ataque foi reivindicado pelo grupo jihadista Al-Shabab.

Um veículo repleto de explosivos avançou contra um albergue com funcionários do governo em Bardera, 450 km ao oeste da capital Mogadíscio, disse o comandante da polícia da região, Hussein Adan.

"A explosão destruiu a maior parte do prédio, e cinco guardas de segurança morreram", confirmou Adan, acrescentando que 11 pessoas, incluindo o governador Ahmed Bulle Gared, ficaram feridas.

Mohamud Saney, testemunha do ataque, disse que nunca ouviu "algo tão forte como esta explosão".

"Sacudiu o chão como um terremoto", comparou.

O ano de 2022 foi o mais violento para os civis na Somália desde 2017, em grande parte devido ao aumento dos ataques do grupo extremista Al-Shabab, segundo a ONU.

Apesar de ter sido expulso de Mogadíscio e de outros grandes centros urbanos há mais de uma década, o grupo mantém sua força nas áreas rurais do centro e norte da Somália.

A Somália não enfrenta atualmente uma situação de fome generalizada, graças à ajuda humanitária, mas pessoas continuam morrendo de fome, e a situação pode piorar no ano que vem, advertiu a ONU nesta terça-feira (13).

Um relatório divulgado ontem do chamado Integrated Phase Classification (IPC), sistema para descrever a gravidade das emergências alimentares, "não leva à declaração de fome neste momento", explicou o porta-voz da ONU Jens Laerke. Apesar disso, "se a ajuda não for intensificada, especialmente nos setores de saúde e água, saneamento e higiene, prevê-se que ocorra a fome no sul da Somália entre abril e junho de 2023".

Respondendo a esse chamado, os Estados Unidos anunciaram ontem uma ajuda humanitária de US$ 411 milhões para o país africano, o que eleva o montante total de assistência entregue pelos Estados Unidos à Somália neste ano para US$ 1,3 bilhão, informou Samantha Power, que dirige a Agência americana de Ajuda ao Desenvolvimento (Usaid).

Após cinco temporadas chuvosas fracassadas desde o fim de 2020, a Somália precisa de ajuda humanitária para combater outra possível situação de fome. O panorama foi agravado pelo aumento dos preços dos alimentos e pela insegurança no país, que dificulta a ajuda humanitária.

Centenas de milhares de pessoas já abandonaram seus lares em busca de ajuda, devido à perda de safras, à morte do gado e ao medo da fome, ressaltou Jens Laerke.

Segundo o relatório, o financiamento da ajuda alimentar humanitária é suficiente no momento para atender a uma média de mais de 5,8 milhões de pessoas até março.

Nove pessoas morreram e outras dez ficaram feridas em dois atentados suicidas reivindicados pelos islamistas radicais shebab no centro da Somália, onde autoridades anunciaram ter matado um líder jihadista importante.

"Os terroristas realizaram ataques suicidas usando dois veículos carregados de explosivos em Beledweyne, a 300 km de Mogadíscio", declarou à AFP o comandante da polícia na região de Hiiraan, Mohamed Moalim Ali. "Nove pessoas morreram, entre elas a ministra da Saúde do estado de Hirshabelle e um comissário distrital encarregado das finanças, e mais de dez ficaram feridas", acrescentou.

A autoria do ataque, que teve como alvo um prédio do governo, foi reivindicada pelos shebab, grupo ligado à Al-Qaeda há 15 anos em luta contra o governo somali. "A explosão foi enorme e destruiu vários edifícios", relatou Mohamud Addow, testemunha do atentado. "Vi várias pessoas sendo levadas para o hospital e várias pessoas mortas", completou.

O governo somali anunciou hoje, a morte de um importante líder dos shebab em um ataque aéreo no sul da Somália. Uma recompensa de US$ 3 milhões estava sendo oferecida por sua cabeça.

Abdullahi Yare, um fundadores do movimento islamita, morreu no último dia 1º em um bombardeio de drone realizado pelo Exército da Somália e por seus "parceiros internacionais em temas de segurança", perto da cidade costeira de Haramka, informou o ministro somali da Informação.

Yare era considerado candidato a assumir a direção do movimento no lugar de seu chefe atual, Ahmed Diriye, que está doente, acrescentou o ministério. O comando militar dos Estados Unidos para a África (Africom) confirmou ter "realizado um ataque de drone em 1º de outubro contra a rede Shebab" perto de Jilib, a 370 km de Mogadíscio.

"A avaliação inicial do comando é de que o ataque matou um líder dos shebab e que nenhum civil morreu ou ficou ferido", destaca o comunicado do Africom, sem informar a identidade do alvo.

A embaixada dos Estados Unidos na Somália condenou em um tuíte "os ataques dos shebab em Beledweyne contra membros do governo que trabalham para trazer a paz à região". Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, também condenou os atentados.

No começo de setembro, 19 civis foram mortos por islamitas shebab no centro do país. Duas semanas antes, os shebab atacaram o hotel Hayat de Mogadíscio e deixaram 21 mortos e 117 feridos, em uma invasão que durou 30 horas.

O ministro da Saúde anunciou neste domingo (21) que o ataque jihadista de 30 horas a um hotel em Mogadíscio deixou 21 mortos. Enquanto isso, os familiares aguardavam desesperadamente notícias dos desaparecidos.

"O Ministério da Saúde confirmou até agora 21 mortos e 117 feridos" no hotel Hayat na capital somali. Segundo o ministro Ali Haji Adan, o ataque começou na noite de sexta-feira (19).

O levantamento anterior era de 13 mortos.

Neste domingo, os familiares dos desaparecidos no ataque esperavam notícias de seus entes queridos. "Meu irmão estava no hotel na última vez que ouvimos falar dele, mas seu telefone está desligado e não sabemos o que esperar", o empresário Muktar Adan disse à AFP.

Horas antes, as forças de segurança haviam anunciado ter dado um fim ao ataque durante a madrugada de domingo com a morte de todos os assaltantes.

Equipes de resgate tentam encontrar desde domingo possíveis sobreviventes nos escombros, confirmaram jornalistas da AFP.

O hotel, frequentado por funcionários do governo, sofreu danos consideráveis durante o enfrentamento dos islamistas e forças de segurança, com algumas partes até desmoronando.

Esse é o mais grave ataque em Mogadíscio desde maio, na eleição do novo presidente somali Hasan Sheikh Mohamud, e destaca o perigo que a insurreição islâmica representa há 15 anos.

- Crianças em choque -

Os membros do Al Shabab, um grupo afiliado à Al-Qaeda, iniciaram o ataque na noite de sexta-feira ao invadir com armas e bombas o popular hotel Hayatt, onde ficaram barricados por cerca de 30 horas.

O comissário da polícia, Abdi Hasan Mohamed Hijar, disse à imprensa no domingo que "106 pessoas, incluindo mulheres e crianças" foram resgatadas pelas forças de segurança durante o ataque islamita, que terminou por volta da meia-noite.

Pouco antes do fim do cerco, uma testemunha, Salaad Ali, que assistia todo o ocorrido no telhado de outro edifício, disse que as forças de segurança atacavam "com armas pesadas".

Al-Shabab reivindicou a responsabilidade pelo ataque no sábado (20), através dos meios de comunicação relacionados. Abdiaziz Abu Musab, porta-voz do grupo, assegurou em declarações à rádio Andalus que suas forças haviam "causado inúmeras vítimas".

Uma mulher chamada Hayat Ali disse que as forças de segurança haviam encontrado três crianças, entre quatro e sete anos, escondidas em estado de choque no banheiro de um hotel.

O ataque foi feito após os Estados Unidos anunciarem na quarta-feira (17) o abate de 13 militantes do Al-Shabab em um ataque aéreo nas redondezas de Teedaan, cerca de 300 quilômetros ao norte de Mogadíscio e perto da fronteira com a Etiópia.

O presidente Joe Biden decidiu retomar em maio a presença militar americana na Somália, revertendo a decisão de seu antecessor Donald Trump.

Os militantes do Al-Shabab foram expulsos de Mogadíscio em 2011 por uma força da União Africana, mas ainda controlam grandes áreas do território e são capazes de cometer ações mortais contra civis e militares.

O presidente Hasan Sheikh Mohamud disse no mês passado que não poderá vencer os militantes com o recurso único da força militar, mas especificou que ainda não era o momento de encarar uma negociação.

O papa Francisco pediu neste domingo (14), durante a oração do Angelus, ajuda internacional para combater a seca "mortal" que assola a Somália e a região do Chifre da África e que causou um milhão de deslocados, segundo a ONU.

O pontífice de 85 anos alertou para a situação de "grave crise humanitária" que existe na Somália, bem como em vários países vizinhos.

"Os habitantes da região, que vivem em condições precárias, estão agora em um momento mortal por causa da seca".

"Espero que a solidariedade internacional possa responder a esta emergência", pediu.

"Infelizmente, a guerra distrai a atenção e os recursos, mas esses são os objetivos que exigem o máximo envolvimento: o combate à fome, saúde, educação".

Mais de 755.000 pessoas foram deslocadas na Somália este ano devido à grave seca no Chifre da África, de acordo com o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados e o Conselho Norueguês de Refugiados (NRC).

Com isso, já são mais de um milhão de deslocados desde janeiro de 2021, quando começou a atual seca, a pior em 40 anos.

As últimas quatro temporadas de chuvas desde o fim de 2020 foram insuficientes e atualmente 7,1 milhões de somalis, quase metade da população, passam fome, incluindo 213.000 que enfrentam uma situação muito crítica, segundo a ONU.

A Somália, um país mergulhado na violência, mal tem recursos para lidar com essa situação.

Além disso, rebeldes fundamentalistas islâmicos limitam o acesso de ajuda humanitária a algumas áreas do país.

Dois ataques deixaram ao menos 48 mortos e 108 feridos na noite de quarta-feira no centro da Somália, disse nesta quinta-feira (24) Ali Gudlawe Hussein, líder do estado de Hirshabelle.

Os ataques foram reivindicados por insurgentes do Al Shabaab.

O primeiro ataque no distrito de Beledweyne, em Hirshabelle, foi realizado por um homem-bomba, matando dois parlamentares locais, incluindo Amina Mohamed Abdi, e vários de seus guardas enquanto fazia campanha pela reeleição.

Minutos depois, um carro-bomba explodiu do lado de fora do principal hospital de Beledweyne, onde os feridos estavam sendo levados para tratamento, matando dezenas de pessoas, derrubando prédios e carbonizando veículos.

"Podemos confirmar a morte de 48 pessoas e outras 108 feridas nas duas explosões", disse Ali Gudlawe Hussein, chefe do estado de Hirshabelle, acrescentando que equipes de emergência encontraram corpos sob os escombros.

"Estamos pedindo aos cidadãos que sejam muito vigilantes e ordenando que todas as agências de segurança reforcem a vigilância", disse ele.

"Os agressores realizaram o primeiro ataque usando um homem-bomba e prepararam um carro carregado de explosivos em frente a um hospital para causar mais vítimas", disse o coronel Isak Ali Abdulé.

"Foram ataques simultâneos e devastadores, danificando propriedades e causando vítimas civis em massa", acrescentou.

Os ataques ocorreram no mesmo dia em que três pessoas foram mortas em outro ataque perto do aeroporto de Mogadíscio, que também foi reivindicado pelo Al Shabab.

Militantes ligados à Al Qaeda frequentemente atacam alvos civis, militares e governamentais na capital da Somália e além.

Oito pessoas morreram nesta quinta-feira (25) e 17 ficaram feridas na explosão de um carro-bomba perto de uma escola na capital somali Mogadíscio.

O atentado foi reivindicado pelo grupo extremista Al Shabaab, informaram as forças de segurança.

O porta-voz da polícia somali, Abdifatah Adan, confirmou o balanço de oito mortos em um comunicado.

Outro oficial das forças de segurança, Mohamed Abdillahi, afirmou que a explosão deixou 11 estudantes feridos.

Testemunhas afirmaram à AFP que um comboio militar da AMISOM, a Missão da União Africana (UA) na Somália, passava pela área no momento da explosão.

O grupo Al Shabaab, vinculado à Al-Qaeda, reivindicou o ataque contra instrutores militares".

"O prédio da escola sofreu graves danos e os ônibus escolares também foram atingidos", declarou à AFP Ahmed Bare, segurança na área do ataque.

O diretor do serviço de ambulâncias Aamin da capital da Somália, Abdikadir Abdirahman, publicou no Twitter fotos do local da explosão e citou uma "tragédia".

Cinco pessoas, entre elas dois policiais, morreram e mais de 10 ficaram feridas nesta terça-feira (17) quando um kamikaze do Al-Shabaab atacou um restaurante em Mogadíscio, capital da Somália, informaram fontes de segurança.

Um oficial e testemunhas indicaram que o atacante suicida entrou no restaurante localizado perto de uma academia de polícia e se explodiu.

"Foi confirmada a morte de cinco pessoas, duas delas integrantes da polícia, e mais de dez ficaram feridas", disse à AFP Mohamed Abdirahman, um oficial da polícia que se estava presente no local.

"Os feridos foram transferidos urgentemente ao hospital, alguns deles apresentam lesões graves", acrescentou.

Abdukadir Husein, uma testemunha presencial, comentou que havia dezenas de pessoas no restaurante quando ocorreu a explosão.

"Muitas das pessoas que estavam dentro ficaram feridas (...). Eu pessoalmente vi os corpos de duas pessoas. A explosão destruiu tudo", afirmou.

O grupo islamita Al-Shabaab, vinculado ao Al-Qaeda, ataca frequentemente alvos civis e governamentais em Mogadíscio, cidade que controlava até ser expulso pelas tropas da União Africana (UA), em 2011.

Pelo menos quatro pessoas morreram, e mais de dez ficaram feridas, nesta quarta-feira (8), em um ataque do grupo radical islâmico Al Shabab em Mogadíscio, onde um carro-bomba explodiu perto do Parlamento.

O carro estava próximo de outros veículos em um controle de segurança na estrada Maka al-Mukarama, perto da zona de Sayidka, onde fica o Parlamento, informou a polícia somali. O ataque foi reivindicado pelo grupo islâmico afiliado à Al-Qaeda. No domingo, o Al-Shabab atacou uma base militar no Quênia, onde também há presença americana.

"A carga explosiva estava dentro do veículo", informou à AFP o policial Adan Abdullahi. "As forças de segurança acreditam que, como o suicida não conseguiu passar pelo controle, explodiu seu carro", completou.

"Havia outros veículos na fila quando a explosão ocorreu", acrescentou a mesma fonte. "As informações iniciais indicam que quatro pessoas morreram e mais de dez ficaram feridas". O barulho da explosão foi ouvido a vários quilômetros de distância.

Abdirahman Mohamed, uma testemunha que estava em uma loja de alimentos perto do local da explosão, disse que viu "os corpos de várias pessoas mortas em seus veículos". "Havia fumaça e caos por toda estrada", explicou Shamso Ali, outra testemunha. "A explosão foi muito forte. Vi fumaça em vários veículos pegando fogo".

O Al-Shabab comete com frequência ataques com carros-bomba em Mogadíscio, em sua tentativa de derrubar o governo somali, apoiado pela comunidade internacional e por 20.000 homens das forças da União Africana (Amisom). Os islamitas foram expulsos de Mogadíscio em 2011, mas ainda controlam grandes áreas rurais.

O balanço do atentado de sábado em Mogadíscio, capital da Somália, subiu para 81 mortos, após o falecimento de duas vítimas gravemente feridas, anunciou o ministério da Informação.

"O número total de mortos é 81. Duas pessoas faleceram em consequência dos ferimentos. Uma delas estava entre os feridos em estado grave que foram transferidos para a Turquia no domingo e oura vítima faleceu em um dos hospitais de Mogadíscio", declarou à AFP o porta-voz do ministério, Ismail Muktar.

Mais de 10 pessoas continuam desaparecidas desde o atentado com carro-bomba contra um posto de controle em um bairro popular, o mais violento em Mogadíscio em dois anos.

Um balanço anterior citava 79 mortos e 125 feridos. O atentado não foi reivindicado, mas o presidente somali Mohamed Abdullahi Mohamed, conhecido como "Farmajo", acusou o grupo islamita Al Shabab.

Este grupo vinculado à Al-Qaeda executa com frequência atentados com carro-bomba em Mogadíscio, parte da insurreição contra o governo apoiado pela comunidade internacional. O atentado foi o mais violento na capital somali desde 2017, quando um caminhão-bomba matou mais de 500 pessoas, uma ação que tampouco foi reivindicada.

Os islamitas do grupo Al Shabab não costumam reivindicar os atentados que provocam muitas vítimas entre a população civil pelo temor de perder o apoio que ainda possuem entre os somalis. Entre os 81 mortos estão pelo menos 16 estudantes da universidade privada de Banadir, que viajavam em um ônibus no momento da explosão, e dois cidadãos turcos.

Desde 2015, a Somália registrou 13 atentados que deixaram pelo menos 20 mortos, 11 deles na capital. Expulsos de Mogadíscio em 2011, os islamitas do Al Shabab, que declararam guerra ao governo somali e à comunidade internacional que apoia o regime, perderam seus principais redutos, mas ainda controla amplas zonas rurais, onde executam operações de guerrilha e atentados suicidas.

Atualmente possuem entre 5.000 e 9.000 combatentes. O governo dos Estados Unidos anunciou no domingo que matou quatro "terroristas" durante bombardeios executados na Somália.

Um avião militar turco pousou neste domingo em Mogadíscio para evacuar as pessoas gravemente feridas no ataque que causou 79 mortes no dia anterior na capital da Somália, frequentemente atacadas por insurgentes islâmicos.

O avião também transportou medicamentos para tratar os cem feridos no ataque com carro-bomba de sábado, registrado em um bairro movimentado de Mogadíscio e que se tornou o mais mortal nos últimos dois anos.

Nenhum grupo reivindicou a explosão até o momento, mas o presidente da Somália, Mohamed Abdullahi, acusou os islamitas Shebab, um grupo afiliado à Al-Qaeda, autora de numerosos ataques à capital da Somália, no contexto de uma insurreição lançada contra o governo apoiado pela comunidade internacional.

Em uma mensagem televisionada, Abdullahi acusou a organização terrorista Al Shebab de "intimidar e aterrorizar os somalis e de massacrá-los sempre".

O ataque no sábado foi o mais mortífero desde o cometido em 2017 com um caminhão-bomba que matou mais de 500 pessoas na capital.

Entre os 79 mortos, estão 16 estudantes da universidade particular de Banadir, cujo ônibus passou pelo local do ataque, uma área de intenso tráfego no sudoeste de Mogadíscio, no momento do ataque.

Segundo a direção do serviço de ambulância Aamin Ambulance, Abdukadir Abdirahman Haji, o ataque também deixou 125 feridos.

O chefe de polícia, Abdi Hassan Mohamed, informou sobre 79 mortos, destacando que o balanço final pode aumentar.

Dois cidadãos turcos estão entre os mortos.

Segundo fontes médicas, outros dois turcos ficaram feridos e serão repatriados.

Ajuda da Turquia e Catar

"As operações de resgate ainda estão em andamento", disse o ministro da Informação da Somália, Mohamed Abdi Heyr, a repórteres neste domingo.

"Hoje de manhã recebemos medicamentos enviados pelo governo turco e agora estamos separando os feridos graves dos outros para levá-los para fora do país", acrescentou.

O ministro disse que 24 médicos especialistas em trauma chegaram da Turquia - um importante aliado da Somália - e o Catar enviará seu próprio avião na segunda-feira.

"O primeiro voo chegou para evacuar os feridos para a Turquia. Ele veio com médicos turcos e suprimentos médicos de emergência", disse o vice-chefe de polícia da Somália, Zakia Hussein, no Twitter.

O avião evacuará cerca de 15 feridos graves, disse ele. "O problema da explosão é que, mesmo se você escapar da morte, poderá sofrer ferimentos fatais. Como meu primo, que tem ferimentos na cabeça e médicos não têm como tratar dele neste país. Graças a Deus, ele será levado para a Turquia", explicou Abdukadir Moalim, parente de um dos feridos.

Desde 2015, na Somália, houve 13 ataques com pelo menos 20 mortes, das quais 11 ocorreram em Mogadíscio, segundo uma contagem da AFP.

A explosão de um carro-bomba em um posto de controle deixou ao menos 73 mortos em Mogadíscio, capital da Somália, às 8h (horário local) deste sábado (28). O prefeito Omar Muhamoud chegou a falar em 90 feridos, ao passo que um porta-voz do serviço de ambulâncias confirmou que foram transportadas 51 pessoas. Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria do atentado.

Entre os mortos estão dois cidadãos turcos que trabalhavam no local e muitos estudantes universitários.

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O capitão Mohamed Hussein disse que o alvo do atentado era um escritório de coleta de impostos. Fotos do local mostram carros destruídos pela explosão.

Sabdow Ali, 55, mora perto do local da explosão. Ele diz que contou 13 mortos. "Dezenas de pessoas feridas gritavam por ajuda, mas a polícia abriu fogo e eu voltei correndo para a minha casa."

Ao falar com a imprensa próximo ao posto de controle, o prefeito de Mogadíscio, Omar Muhamoud, disse que a maioria dos feridos é composta de estudantes. Eles foram transportados para o Hospital Medina.

"Pedimos que familiares, médicos, enfermeiras e até outros pacientes doem sangue com urgência para ajudar as vítimas. A situação é crítica", disse o médico Yahye Ismail, do Hospital Erdogan.

O país, localizado no chifre da África, foi tomado por conflitos desde 1991, quando senhores tribais derrubaram o governo do ditador Siad Barre. Desde então, disputam o poder.

Um ataque de membros do grupo islâmico radical Al Shabab contra um hotel do centro de Mogadíscio matou cinco pessoas na terça-feira (10) à noite, sendo três civis e dois integrantes das forças de segurança, informou a polícia nesta quarta (1).

O ataque começou por volta das 19h (13h em Brasília) e o comando trocou tiros com as forças de segurança posicionadas em dois postos de controle em torno da sede da presidência somali.

Após várias horas de cerco, a polícia somali conseguiu neutralizar os dois últimos integrantes do comando que permaneciam entrincheirados dentro do hotel SYL, muito frequentado por autoridades e que já havia sido alvo de de ataques do grupo Al Shabab.

"Nossas valorosas forças de segurança puseram fim ao ataque terrorista contra o Hotel SYL. O número de mortos confirmado é de cinco, incluindo dois membros das forças de segurança e três civis", afirma um comunicado divulgado pela polícia.

Segundo as autoridades, o ataque deixou ainda 11 feridos leves e os cinco membros do comando shabab foram "abatidos".

O grupo afirmou em uma página on-line ligada ao jihadismo que executou uma operação "que aconteceu de acordo com o segundo o planejado", mas sem revelar detalhes.

A subchefe da polícia somali, Zakia Hussen, informou no Twitter que "as forças de segurança socorreram 82 pessoas, incluindo civis e oficiais".

Hussen revelou que dois agressores foram mortos no início da ação e os outros se entrincheiraram no Hotel SYL. Testemunhas relataram à AFP as cenas de pânico provocadas pelo ataque.

"Três amigos estavam dentro do hotel quando começou o atque, mas conseguiram escapar. Um deles quebrou a perna ao pular de um muro", disse Ali Moalim Nur. "Estava perto do hotel quando começaram os disparos", relatou Abdukadir Ahmed.

"As forças de segurança ao redor dos postos de controle do palácio presidencial atiraram, mas não sabemos exatamente quem estava lutando contra quem", completou. O palácio presidencial e o gabinete do primeiro-ministro ficam muito perto do SYL. Ambos estão localizados em uma parte da capital sob forte segurança.

Esta foi a quarta vez desde 2015 que o hotel foi alvo de um ataque reivindicado pelos islamistas de Al Shabab.

Um atentado com carro-bomba no hotel em agosto de 2016 matou 15 pessoas e causou grandes danos. Pelo menos 14 pessoas morreram em um ataque anterior contra o hotel, em fevereiro daquele mesmo ano. Um primeiro ataque em janeiro de 2015 deixou cinco mortos.

O grupo Al Shabab, que jurou lealdade à Al-Qaeda, foi expulso de Mogadíscio em 2011 pelas tropas da Missão da União Africana na Somália (AMISOM)

O grupo perdeu em seguida a maior parte de seus redutos urbanos, mas ainda controla grandes áreas rurais de onde executa ataques suicidas, especialmente contra hotéis e restaurantes na capital.

O grupo islamita radical Al Shabab realizou, nesta segunda-feira, na Somália dois ataques separados contra uma base aérea dos Estados Unidos e contra um comboio de assessores militares da União Europeia (UE), informaram testemunhas e uma fonte da segurança à AFP.

Duas fortes explosões foram ouvidas na base de Baledogle, seguidas de um tiroteio, disse Mohamed Adan, uma autoridade local.

Os insurgentes islamitas reivindicaram o ataque.

Na capital Mogadíscio, um carro-bomba se chocou contra o comboio da UE causando vítimas, segundo uma fonte da segurança.

Seis pessoas morreram e seis ficaram feridas, incluindo o prefeito de Mogadíscio, em um ataque nesta quarta-feira contra a prefeitura da capital somali, anunciou o governo.

"Seis pessoas, das quais dois vice-prefeitos e três diretores (de serviço público) foram mortos no ataque terrorista. Seis outras ficaram feridas, incluindo o prefeito de Mogadíscio e vários deputados, que estão sendo tratados por serviços médicos", disse o ministro da Defesa e Informações, Mohamed Abdi Hayir Mareye.

O Abdirahman Omar Osman foi ferido na explosão.

"O prefeito ficou ferido e está recebendo atenção médica. Alguns adjuntos também ficaram feridos. Este ato terrorista não vai nos fazer desistir de servir ao público", declarou o vice-prefeito Mohamed Abdullahi Tulah à rádio Muqdisho.

Uma fonte da segurança, que não quis revelar sua identidade, disse que um homem-bomba entrou no salão onde os membros do gabinete do prefeito estavam reunidos e explodiu a carga explosiva que carregava.

Uma hora antes, o enviado especial da ONU, James Swan, havia se encontrado com o prefeito Abdirahman Omar Osman no mesmo local, segundo a conta da missão no Twitter.

Swan não estava mais na prefeitura quando a explosão aconteceu.

"A explosão ocorreu no interior (da prefeitura), mas não temos certeza de suas causas. Algumas informações sugerem que foi causada por um suicida e que há vítimas", declarou Mahdi Abdirahman.

"A explosão foi muito forte e vi pessoas feridas por estilhaços fugindo da sede" da prefeitura, disse uma testemunha, Mohamud Sharii.

Mogadíscio é muitas vezes alvo de ataques de islamitas radicais shebabs, afiliados à Al-Qaeda.

Os shebab foram expulsos de Mogadíscio em 2011, mas ainda controlam vastas áreas rurais, de onde lançam ataques suicidas contra alvos do governo.

Pelo menos 26 pessoas morreram e 56 ficaram feridas em um ataque de islamistas shebab a um hotel da cidade portuária de Kismayo, no sul da Somália - anunciou o presidente da região semiautônoma de Jubaland, Ahmed Madobe, neste sábado (13).

De quase 12 horas de duração, o ataque começou na sexta-feira à tarde, quando um carro-bomba explodiu na entrada do Hotel Medina, um estabelecimento muito frequentado que fica no centro de Kismayo, relataram fontes de segurança.

Depois da deflagração, um grupo de homens armados entrou no hotel, onde enfrentou as forças de segurança presentes. Os shebab, que assumiram a autoria do ataque, reproduziram as mesmas técnicas usadas no episódio de Mogadíscio, a capital do país.

"Vinte e seis pessoas morreram no ataque, e 56 ficaram feridas. Entre os mortos há estrangeiros: três quenianos, um canadense, um britânico, dois americanos e três tanzanianos. Também há dois cidadãos chineses feridos", declarou o presidente Madobe em entrevista coletiva.

Em conversa com as famílias, a AFP confirmou que pelo menos quatro das vítimas tinham dupla nacionalidade.

A ofensiva shebab terminou apenas no sábado de manhã.

"As forças de segurança têm agora o controle [do hotel]. O último terrorista morreu nas mãos das forças de segurança", disse à AFP Abdiweli Mohamed, uma autoridade local de segurança.

"Achamos que quatro homens armados estavam envolvidos no ataque", acrescentou.

Segundo testemunhas, o hotel ficou destruído pela explosão e pelas balas.

"Todo o prédio está em ruínas. Havia corpos, e tiraram vários feridos lá de dentro. A polícia cercou o local", contou Muna Abdirahman, uma testemunha ouvida pela AFP.

Segundo várias fontes locais, o hotel recebia, sobretudo, empresários e políticos que estavam na cidade para prepararem as eleições presidenciais, previstas para final de agosto na região semiautônoma de Jubaland.

Um dos candidatos morreu no ataque, afirmaram autoridades locais.

Em um comunicado, os shebab reivindicaram a autoria da ofensiva lançada contra "os responsáveis apóstatas da administración de Jubaland".

- Morte de jornalistas

Expulsos de Mogadíscio em 2011, os shebab perderam a maioria de seus redutos. Continuam controlando zonas rurais, porém, de onde lançam operações de guerrilha e cometem atentados suicidas, incluindo a capital, contra alvos do governo, de segurança, ou civis.

Afiliados à rede Al-Qaeda, lutam contra o governo somali, apoiado pela comunidade internacional e pelos 20.000 homens das Forças da União Africana na Somália (Amisom).

A missão dos Estados Unidos no país "condenou" este ataque e prometeu continuar trabalhando para "o combate contra o extremismo violento na Somália".

A Amisom denunciou os shebab como um grupo com intenções "criminosas, mortíferas e destrutivas", que não pode pretender lutar para a "boa administração" do país.

Em um comunicado, o Sindicato Somali de Jornalistas (SJS) anunciou a morte neste ataque de dois profissionais da categoria - Mohamed Omar Sahal e Hodan Naleyeh.

"De novo um dia triste para os jornalistas somalis", lamentou o secretário-geral da organização, Abdal Ahmed Mumin.

Segundo o SJS, são os primeiros jornalistas mortos este ano no país.

Hodan Naleyeh, cujo marido também teria morrido no ataque, havia retornado recentemente para a Somália, depois de ter vivido muito tempo no Canadá.

De nacionalidade somali e canadense, esta jornalista gozava de prestígio na diáspora de seu país natal por seu trabalho a favor da paz e da unidade na Somália. Sua morte causou forte comoção nas redes sociais.

Ao menos 11 pessoas, incluindo um vice-ministro do governo da Somália, morreram neste sábado em um ataque dos insurgentes islamitas shebab contra edifícios administrativos de Mogadíscio, a capital do país.

O ataque foi reivindicado pelo grupo islamita Shebab, vinculado à Al-Qaeda, que lidera uma insurreição armada na Somália.

A nova operação demonstra a capacidade dos jihadistas de atingir a capital somali, apesar do apoio que o governo recebe de forças estrangeiras há vários anos.

O atentado começou com duas explosões perto dos ministérios de Obras Públicas e do Trabalho, localizados em uma grande avenida de Mogadíscio.

Depois, quatro homens armados invadiram os edifícios.

O senador Ilyas Ali Hasan informou que o vice-ministro Saqar Ibrahim Abdalla é uma das vítimas fatais do ataque.

Todos os criminosos morreram na operação policial para acabar com a operação.

Os ataques combinados, explosões seguidas por tiros, se tornaram uma especialidade dos shebab.

O grupo surgiu no centro e sul da Somália e em 2010 anunciou fidelidade à Al-Qaeda. Analistas calculam que tem entre 5.000 e 9.000 homens.

No ano seguinte a seu juramento de lealdade foram expulsos de Mogadíscio por uma força de 22.000 soldados da União Africana.

Apesar das derrotas em seus redutos, os shebab mantêm presença nas zonas rurais e retomas da Somália, onde executam uma guerra de guerrilhas.

Em outubro de 2017 um caminhão-bomba explodiu em um bairro popular de Mogadíscio e matou 500 pessoas, o ataque mais violento até hoje no país.

As forças aéreas americanas executam ataques frequentes contra os insurgentes. Nos últimos dois anos mataram mais de 800 pessoas. A ONG Anistia Internacional denuncia que pelo menos 14 civis foram vítimas destes ataques.

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