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O Brasil entrou na lista dos 20 principais países em um ranking mundial de ecossistemas de pequenas empresas de tecnologia (startups). O país subiu 17 posições e figurou na elite mundial no levantamento que leva em conta a quantidade e qualidade de startups, as instituições de apoio e o ecossistema de inovação como um todo, envolvendo o ambiente de negócios.

O levantamento é realizado pela empresa StartupBlink. Ela analisou 1 mil empresas em 100 cidades de todo o mundo.

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Os países mais bem colocados no ranking foram Estados Unidos, Reino Unido, Israel, Canadá e Alemanha. De acordo com os autores, os EUA permanecem bem a frente das demais nações por seu robusto ecossistema de inovação. Figuram também no topo dos 10 primeiros a Holanda, a Austrália, a Suíça, a Espanha e a Suécia.

Juntamente com o Brasil, outro país que galgou posições e entrou no ranking foi Cingapura, ocupando a 16ª posição. Além de entrar no top 20, o Brasil ficou na melhor colocação da América Latina, a frente de Argentina (40º), México (41º) e Colômbia (46º).

O Brasil teve melhor desempenho nos critérios de qualidade das startups e ambiente de negócios. Mas na quantidade, ainda fica bastante atrás dos países mais bem colocados.

São Paulo é o principal centro de inovação, ficando na 18a posição no ranking por cidades. Além da capital paulista, outras cidades listadas foram o Rio de Janeiro (93ª posição), Belo Horizonte (101ª posição) e Curitiba (183ª posição).

“Considerando o vasto potencial do mercado brasileiro e a população de mais de 200 milhões de pessoas, o ecossistema de tecnologia tem todas as condições de um rápido crescimento. Isso é evidenciado pelo crescente número de unicórnios [empresas com valor de mercado de mais de US$ 1 bilhão]”, analisam os autores do estudo.

Em coletiva realizada na manhã desta sexta-feira (27), o Porto Digital, em parceria com o Ministério Público de Pernambuco e a Secretaria de Saúde do Estado, divulgou quais são os projetos que pretendem ajudar a diminuir os casos do novo coronavírus em Pernambuco. Ao todo, oito startups foram selecionadas no Desafio COVID-19 para criar tecnologias que vão ajudar tanto a população quanto os profissionais de saúde a frear o crescimento do número de pessoas infectadas no Estado. 

As ferramentas, que devem entrar em circulação nos próximos 10 dias, levam em consideração diversas questões como a possibilidade de monitoramento de pessoas, até mesmo a atenção sustentada aos grupos de risco, passando pela possibilidade de coibir comportamentos que vão contra as orientações sanitárias vigentes. Confira quais são e o que devem fazer os projetos selecionados:

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Anjo Amigo - Empresa: Cells Digital (PE)

Será uma rede colaborativa de apoio entre idosos acima dos 60 anos e Anjos Amigos. A plataforma (site e aplicativo que trabalha experiência de uso gamificada) promoverá conexão, monitoramento, auxílio, informação e tratamento dos idosos em isolamento social devido ao COVID-19. O apoio se dará através de Anjos Amigos da sociedade em geral predispostos a dar uma mão amiga aos idosos em cada estágio da evolução da doença.

Central de processamento para monitoramento, comunicação e gestão integrada de dados epidemiológicos - Empresa: Evolutix Gestão Tecnologia/Allis (RJ)

Vai tratar do gerenciamento do fluxo de informações através de um barramento, que recebe, em tempo real, os dados sobre casos epidemiológicos - obtidos a partir de diversas fontes, de forma integrada - e permite o monitoramento, predição e gestão ao longo de todo ciclo de vida do caso. A partir do conceito de cenários, os dados são organizados e os fluxos e procedimentos são disponibilizados para facilitar a tomada de decisão para respostas mais ágil e assertiva à crise.

Dynamic Covid Tracking - Empresa: Dycovid (PE)

A aplicação deve criar um alerta de aglomerações em tempo real baseado em geolocalização e classificação de fatores de risco. Será capaz de definir o grau de risco de contaminação a partir do cruzamento de dados históricos do fluxo de pessoas confirmadas com o vírus.

Tecnologia de geolocalização aplicada à mobilidade para entendimento do isolamento social - Empresa: In Loco (PE)

A partir da tecnologia de geolocalização, a In Loco será responsável por criar campanhas para conscientizar cidadãos que estão em situação contrária ao recomendado no cenário de isolamento social, como pessoas visitando shoppings, parques, etc; e criação de um escore de isolamento social que será calculado diariamente, com o objetivo de mensurar a evolução, ou não, do isolamento social em regiões geográficas, a partir do fluxo de mobilidade desses locais.

Xô Corona - Empresa: Nudging (DF)

O aplicativo promove o isolamento social voluntário empregando ferramentas da economia comportamental, linguagem visual e gamificação, visando reduzir a velocidade de propagação da COVID-19.

Medvelox - Empresa: Medvelox (RJ)

Aplicativo de comunicação móvel customizado para necessidades de equipes médicas. É um tipo de WhatsApp médico, onde os grupos são “rounds” (termo médico para rodada de atendimento). Nele existe funcionalidade de anexar exames a pacientes, ver gráficos da evolução dos quadros de pacientes, dentre outras funcionalidades.

COVID-19 Assist - Empresa: eHealth Potiguar (RN)

Também voltada para profissionais da saúde, a aplicação permite a consulta rápida a protocolos que auxiliam na tomada de decisões clínicas de forma atualizada, baseando-se em evidências. Será uma ferramenta para educação e preparação dos profissionais de saúde de forma rápida. Ainda monitora o status de saúde dos agentes, incentiva uma cultura de segurança e reforça o engajamento profissional no combate à pandemia.

Único passo para transcriptase reversa e PCR em sequência para rápido e fácil diagnóstico de sars-cov-2 em lugares distantes de grandes centros técnicos/científicos/hospitalares - Empresa: Grupo de Biologia Molecular de Malária (Dr.Wesley Luzetti Fotoran, MSc. Isadora Prata e Supervisionados pelo Prof.Dr. Gerhard Wunderlich) (SP)

Diferente dos anteriores este é um método criado para, em uma única etapa, cumprir com o papel diagnóstico para SARS-CoV 2. Ele vai possibilitar uma análise com tempo estimado em cerca de 4 horas e passível de ser aplicada em diversos lugares do Brasil, diminuindo custos, tempo e evitando a superlotação de diagnósticos em centros especializados.

A capital pernambucana ganhou mais um reforço no fomento de startups de tecnologia. O Banco do Nordeste inaugurou na última quinta-feira (13) um novo Hub de Inovação, no Porto Digital, no bairro do Recife. A proposta da instituição é colaborar como agente de crédito e suporte estratégico para iniciativas inovadoras em um espaço de coworking.

Serão três estações para cada startup. A seleção das startups é realizada por meio de editais públicos. Atualmente, o Edital 2020 está com inscrições abertas para 21 vagas, distribuídas entre Recife (10), Fortaleza (6) e Salvador (5). Poderão ser financiados até R$ 200 mil por projeto, sendo o limite de financiamento de até 100% de seu valor para empresas e empresários classificados como microempresa ou empresa de pequeno porte.

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Durante a inauguração o banco assinou um contrato de financiamento com a startup pernambucana “Manda Aí”, por meio da linha de crédito FNE Inovação. O valor destinado ao projeto foi de R$ 50 mil e a empresa é sediada no município de Caruaru. O Hub dispõe de três unidades, com espaços de coworking em Fortaleza (inaugurada em 2017), em Salvador (inaugurada em 2018) e agora em Recife. Em cada uma delas há espaço para abrigar 10 startups residentes.

A aceleradora Overdrives, que é investida pela Ser Educacional - um dos maiores grupos brasileiros de educação superior, está prorrogando as inscrições para o primeiro programa de aceleração de 2020. As startups interessadas em participar terão até o dia 19 de janeiro para submeter os seus projetos pelo site. O foco são empresas em início de tração, ou seja, com produto inicial no mercado e primeiros clientes em uso. 

O programa acontecerá na cidade de Recife e startups de qualquer região do Brasil e voltadas a qualquer segmento podem se inscrever. O programa selecionará startups para estarem 6 meses em ritmo intenso de aceleração. Todas as edições contam com uma ampla rede de mentores, investidores e especialistas do mercado.

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Com uma metodologia ativa, o programa de aceleração auxilia nas tomadas de decisões estratégicas, na criação de uma operação forte e na conexão com uma rede mentores experientes em áreas fundamentais para o desenvolvimento de startups. A aceleradora apoia startups nacionais com modelos de negócio e mercado distintos.

As startups terão um aporte financeiro de até 100 mil reais, com um retorno de até 14% em ações. Além do investimento, as startups terão acompanhamento presencial, capacitação profissional e conexão com o mercado de um grupo de startups. “A combinação de metas, acompanhamento intenso, horas de conhecimento técnico compartilhado, escritório aberto, investimento e conexões facilitadas com o mercado fazem do programa de aceleração Overdrives uma etapa estratégica na jornada das startups”, explica o head do Centro de Inovação, Luiz Gomes.

Com menos de dois anos de operação, a Overdrives já realizou duas turmas de aceleração, investindo em 8 startups que atuam em 8 mercados distintos. Para 2020 a aceleradora pretende executar a terceira e quarta chamadas de aceleração, se aproximando ainda mais de startups que operem em quaisquer regiões do Brasil. “Nessas duas chamadas

pretendemos acelerar até 10 startups refletindo um investimento direto de R$1.000.000,00 para potencializar a geração de resultados relevantes”, disse Luiz Gomes.

*com informações da assessoria de imprensa

Mais do que um encontro de empresas e desenvolvedores de soluções tecnológicas, o Hackathon é uma oportunidade única de designer, programadores, profissionais ligados à tecnologia e ao desenvolvimento – ou não – de software se conhecerem e apontarem a resolução de soluções para desafios propostos. O evento é, na verdade, uma competição de inovação, às vezes sendo, até, de pessoas com o objetivo de abrir startups, assim como mostrar seus produtos ao mercado.

Segundo Alessandro Cerqueira, coordenador de Ciência da Computação da UNIVERITAS – Centro Universitário Universus Veritas Rio de Janeiro, em eventos do gênero os inscritos recebem um problema, no qual precisam pensar em uma solução para resolvê-lo. “O Hackaton, geralmente, é uma competição de 24 ou 48 horas, são maratonas longas e cansativas, onde os competidores ficam no local e não podem sair. Lá eles comem e até dormem. Tudo para que, ao final do período, sejam apresentadas as resoluções às empresas que sugeriram determinado tema”, explica Alessandro.

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Maratonas do gênero têm sido muito realizadas por empresas que investem na criação de soluções tecnológicas. Na última ocorrida no Rio, houve até a presença de autoridades como o Ministro da Tecnologia, Marcos Pontes. Mais do que isso, as empresas ali presentes querem o produto final, não aceitando apenas o conceito da ideia. É por isso que, de acordo com Alessandro, é interessante os estudantes de áreas correlatas participarem de congressos e atividades do gênero, já que para confecção do produto final, sempre serão acionados profissionais da computação. É uma maneira de fazer networking e contatos com empresas e startups.

Por Juney Freire

O centro de inovação da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, Overdrives, está com inscrições abertas para o 3º Batch de Aceleração. As startups interessadas em participar da chamada terão até o dia 12 de janeiro para submeter os seus projetos no site da Overdrives. 

O programa de aceleração da Overdrives tem como objetivo atrair startups com potencial de sucesso e auxiliá-las em seus desenvolvimentos. As startups terão um aporte financeiro de até 100 mil reais, com um retorno de até 14% em ações para o Centro de Inovação. 

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Além do investimento, as startups terão acompanhamento presencial, capacitação profissional e conexão com o mercado de um grupo de startups. “A combinação de metas, acompanhamento intenso, horas de conhecimento técnico compartilhado, escritório aberto, investimento e conexões facilitadas com o mercado fazem do programa de aceleração Overdrives uma etapa estratégica na jornada das startups”, explica o head do Centro de Inovação, Luiz Gomes. 

Com uma metodologia ativa, o programa de aceleração da Overdrives auxilia nas tomadas de decisões estratégicas, na criação de uma operação forte e na conexão com uma rede mentores experientes em áreas fundamentais para o desenvolvimento de startups. Atualmente, o Centro de Inovação conta com 8 startups aceleradas de três estados, mostrando ser capaz de apoiar startups nacionais, com modelos de negócio e mercado distintos.

Nesta terça-feira (12), a partir das 14h, o Centro de Inovação da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, Overdrives, realiza o Checkpoint com as startups do último batch de aceleração. Clube de Compras, Klopr, Kornerz e Unimble terão a oportunidade de apresentar os resultados alcançados nos três primeiros meses no Centro de Inovação.

O Checkpoint é o momento em que as aceleradas têm os seus trabalhos avaliados por profissionais destaque do empreendedorismo. Todas as startups apresentam os resultados obtidos nos três primeiros meses de trabalho no Overdrives e recebem orientações sobre o que fazer de diferente e o que não precisa mudar nos próximos meses.

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O diretor executivo de inovação e serviços do grupo Ser Educacional, mantenedor da UNINASSAU, Joaldo Diniz, destaca a importância do momento para as startups. “Eles terão a oportunidade de mostrar tudo o que já fizeram nos últimos três meses. Além disso, é a chance de identificarmos o que não está no caminho certo, para que possamos corrigir”, explica Joaldo, que será um dos integrantes da mesa avaliadora.

Além de Diniz, a mesa contará com a presença de Alcides Pires, da Softex; Joana Cavalcante, do Consulado Americano; Omar Silva, da Avanade; Anne Durey, da Liferay; e Pedro Macedo, da Inloco. Os interessados em participar do evento podem realizar a inscrição pelo Sympla.

*Da assessoria

O Centro de Inovação da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, Overdrives, iniciou um novo ciclo do seu Programa de Residência. As vagas ofertadas são para startups interessadas em vivenciar metodologias para atingir melhores resultados de mercado. Para se inscrever, as candidatas deverão preencher o formulário disponível no site do Overdrives.   

O Overdrives tem como objetivo apoiar a criação e o desenvolvimento de startups que possuam soluções digitais inovadoras e potencial de crescimento rápido. Para isso, executam programas com e sem investimento financeiro direto, este último é o Programa de Residência, que oferece apoio estratégico e operacional, conexões com mentores especialistas e com o mercado, conteúdos periódicos e estrutura física colaborativa adequada para um trabalho sem interrupções.   

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O diretor executivo de Inovação e Serviços do grupo Ser Educacional, Joaldo Diniz, destaca as ações promovidas pelo programa. “A residência oferece às startups a oportunidade de gerar resultados relevantes, facilitando o amadurecimento do ecossistema inovador local. Durante o programa, proporcionamos conexões com o mercado nacional e internacional, aumentando as oportunidades de parceria e investimento”, ressalta. 

O programa traz vários benefícios para as participantes. As residentes têm a oportunidade de trocar conhecimento com outras startups, além de usufruir da estrutura física oferecida pelo centro de inovação e de mentores qualificados para orientar e auxiliar no desenvolvimento e na geração de resultados relevantes.

*Da assessoria

O centro de ciência e saúde da Nestlé está com um programa de aceleração chamado Nestlé Beyond Food. Desenvolvida em parceria com a StartSe e a Innoscience, a iniciativa tem como objetivo identificar e acelerar negócios em parceria com até três startups de todo o Brasil entre 2019 e 2020. 

Durante o processo até 15 empresas poderão ser selecionadas para um bate-papo com altos executivos da companhia. Depois, cinco startups se apresentarão em um pitch day em dezembro, até sobrarem apenas três startups vencedoras, que receberão um aporte financeiro para a cocriação de soluções para consumidores, clientes e áreas internas da empresa. 

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Entre as áreas atendidas pelo programa estão execução do negócio, outpatients, produtos e e-Health. As inscrições para a iniciativa estão abertas até 25 de outubro, pelo site. A seleção terá duração de 3 meses e as startups escolhidas terão contato com executivos e parceiros das áreas de Marketing, Vendas, Inteligência de Mercado e outras. As três aprovadas para receber investimento são anunciadas no dia 16 de dezembro.

O centro de inovação Cubo Itaú anunciou ontem que suas startups residentes receberam mais de R$ 480 milhões em investimento nos últimos dois anos e faturaram mais de R$ 540 milhões em 2019 - mais que o dobro em relação ao ano anterior, quando as startups faturaram R$ 230 milhões. Os números foram anunciados em evento na sede do Cubo, em São Paulo, em comemoração aos quatro anos do centro de inovação.

"O cenário do ecossistema de startups mudou muito nos últimos anos. O Brasil virou um grande foco de investimentos de capital de risco, e as apostas do grupo japonês SoftBank provam isso", afirmou Pedro Prates, diretor do Cubo. "E isso não vai parar no SoftBank: cada vez mais as startups vão fazer parte dos negócios no País", disse.

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Em quatro anos, o Cubo já ocupa sua segunda sede na Vila Olímpia, zona sul da capital paulista. Atualmente, cerca de 250 startups mantêm atividades no Cubo, seja no prédio físico da Vila Olímpia ou por meio de uma plataforma digital - só em 2019, mais de 2 mil startups procuraram o Cubo para serem residentes.

O centro de inovação conecta as startups com outras novatas inovadoras, e também com investidores, universidades e corporações. Nos últimos quatro anos, o Cubo realizou mais de 2,7 mil eventos e, todos os dias, mais de 2 mil pessoas circulam pelo espaço em SP.

Em 2019, as startups do Cubo fecharam mais de 180 negócios com grandes corporações. No centro de inovação, existem startups com soluções para 15 segmentos de mercado.

Para Pedro Prates, as mudanças dos últimos anos, principalmente relacionadas ao acesso de capital, deixou o mercado de startups "mais apetitoso" para quem quer empreender, e também colocou novos desafios para o Cubo: "O crescimento gera necessidades. Precisamos conectar as startups com esses investimentos, além de ligá-las a clientes e talentos", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Criada em Porto Alegre, a plataforma de comunicação Rocket Chat precisou de menos de um dia para atrair 30 mil usuários no mundo todo. Nascida para atender o mercado interno, a empresa descobriu que sua demanda estava no exterior e, em quatro anos de existência, tem seus produtos comercializados em 150 países. A curitibana Pipefy, uma plataforma de gestão de processos, ganhou seus clientes internacionais nos primeiros dias de criação e hoje tem sua marca em 156 nações.

O caminho seguido pelas duas empresas faz parte da estratégia de uma nova leva de startups que já nasce com DNA global. Elas são desenhadas e estruturadas para explorar o mercado mundial, seja a partir do primeiro dia de fundação ou de forma gradual, conforme vão amadurecendo. Essas companhias representam, na avaliação de especialistas, uma nova cultura do empreendedorismo brasileiro, que durante anos apostou apenas no mercado doméstico.

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A mudança se deve, em especial, ao apoio financeiro de grandes fundos de investimentos, que elegeram o Brasil como o principal mercado na América Latina. "Antes era muito difícil conseguir dinheiro para esse modelo de negócios. Ninguém investia. Hoje, o cenário é diferente", diz o sócio da gestora Redpoint eventures, Romero Rodrigues, fundador do Buscapé. Exemplo disso é que só no ano passado, os fundos - chamados de venture capital - investiram US$ 1,3 bilhão (R$ 5,3 bilhões), volume 51% superior ao de 2017.

O movimento de internacionalização está apenas no início e deve continuar em ascensão, sobretudo com o surgimento no Brasil de novos "unicórnios" - empresas que alcançam a marca de US$ 1 bilhão em valor de mercado. A cada companhia que entra para esse grupo de empresas bilionárias, mais dinheiro chega para o universo de startups, que já conta com sete membros - Nubank, Movile, Stone, 99, PagSeguro, Gympass e Loggy. É um ciclo virtuoso que ajuda na expansão dos negócios.

Um exemplo é a Gympass, que recebeu aporte de US$ 300 milhões em junho e usará parte dos recursos na expansão internacional. Criada em 2012, a plataforma de assinatura de acesso a academias já está em 14 países e quer acelerar sua presença global. "Decidimos iniciar a internacionalização quando vimos que os clientes brasileiros já estavam satisfeitos", diz Juliano Ballarotti, vice-presidente da empresa.

Mudança de cultura. Na avaliação de especialistas, o País demorou para entrar nesse movimento de internacionalização por causa do tamanho de seu mercado. "Ao contrário de Israel, Argentina e Colômbia, o Brasil tem um mercado interno muito forte e grande; então, é natural que os empreendedores voltem suas atenções para cá e deixem o ambiente internacional de lado", afirma Michael Nicklas, sócio da empresa de investimentos Valor Capital.

De uns tempos para cá, no entanto, essa visão tem mudado, afirma Nicklas. "Há a impressão de que, se não correr, alguém pode pegar a ideia e dominar o mercado", afirma o executivo, cuja gestora - criada pelo ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil Clifford Sobel - já investiu em 30 startups no País.

Foi com esse pensamento que o banco digital Nubank anunciou, em maio, a abertura de uma subsidiária no México e, em junho, comunicou sua chegada à Argentina a partir do ano que vem. "Poderíamos ficar só no Brasil, mas temos grandes ambições", diz David Velez, fundador da empresa.

Ele afirma que a internacionalização do banco seguiu alguns cuidados. Primeiro, ela deveria ocorrer no momento certo, quando a operação estivesse sólida, gerando caixa e numa curva firme de crescimento. No México, diz ele, a oportunidade é maior do que no Brasil, uma vez que a penetração de cartão de crédito é de apenas 10% e a desbancarização, de 70%.

A maturidade do mercado, por sua vez, tem agradado aos investidores. "Vemos uma postura bem diferente daquela do passado, e um dos motivos é que o ecossistema das startups está muito bem desenhado", diz Romero Rodrigues. Para ele, não existe receita de bolo. Mas a internacionalização depende muito do modelo de negócios, que precisa sanar aflições globais.

Demanda. A exemplo da Pipefy e da Rocket Chat, a solução desenvolvida pela catarinense Resultados Digitais tem mercado global. A empresa criou uma plataforma de marketing digital voltada a pequenas e médias empresas e já conquistou 13 mil clientes, em 20 países. A demanda levou a startup a abrir escritórios em Bogotá (Colômbia), Cidade do México e São Francisco (EUA). "Queremos capturar a oportunidade de ser o primeiro a chegar em algum mercado, mas não queremos confundir pressa com velocidade", diz Juliana Tubino, vice-presidente da empresa.

A chefe de startups e ecossistema do Cubo, centro de inovação do Itaú, Renata Zanuto, concorda com Juliana: "A internacionalização é um movimento natural das empresas, uma nova tendência no Brasil, mas, para dominar um mercado, é preciso dominar direito para não ficar no meio do caminho."

Cases de sucesso mundial

Gympass

Três anos após ser criada, em 2012, a plataforma de assinatura de acesso a academias Gympass já aterrissava no México para iniciar sua trajetória de internacionalização. No ano seguinte, estreou na Europa e, em 2017, alcançou o mercado mais cobiçado do mundo fitness, os Estados Unidos. "Nos preparamos muito para chegar ao mercado americano, considerado mais exigente", diz Juliano Ballarotti, vice-presidente da companhia.

Ele conta que a decisão de abrir as portas no exterior veio depois de a empresa se estruturar melhor no mercado brasileiro, com funcionários mais engajados e menor rotatividade. "Afinal, precisávamos de executivos bem treinados para levar a cultura Gympass lá para fora." A aceitação dos estrangeiros foi maior do que se esperava. Em quatro anos, desde a chegada ao México, a empresa - que virou unicórnio em junho deste ano (empresa que alcança R$ 1 bilhão em valor de mercado) - conseguiu entrar em 13 países.

"A internacionalização era um caminho natural", diz Ballarotti. No total, são 48,2 mil academias conveniadas - sendo 21,5 mil no Brasil e 26 mil, em outros países. Mas essa trajetória não deve parar por aí. Embora haja espaço para crescer nos países nos quais está, sobretudo no Brasil, a empresa está de olho em novos mercados. A Ásia é um deles. "É uma grande oportunidade pelo tamanho da população."

Resultados Digitais (RD)

A Resultados Digitais (RD) foi criada para solucionar um problema da empresa do fundador Eric Santos. Ele não conseguia promover sua companhia no mercado por causa dos elevados custos e ineficiências do marketing tradicional para negócios de pequeno porte. Foi aí que ele decidiu criar a RD, plataforma de marketing digital voltada para pequenas e médias empresas brasileiras. "Mas, desde o início, ficou claro que havia oportunidades de negócios não só no Brasil como em outros países", diz Juliana Tubino, vice-presidente da empresa.

No ano passado, a startup - candidata brasileira a novo unicórnio (nome dado a empresas de tecnologia com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão) - iniciou sua exploração no exterior. De lá para cá conseguiu ampliar sua operação para 20 países e conquistar 13 mil clientes. Criada em 2011, a startup tem escritórios em Florianópolis, Joinville (SC) e São Paulo, além de estar presente na Colômbia, no México e nos Estados Unidos.

Juliana afirma que os próximos países em estudo para expansão são Portugal e Espanha. "Nosso objetivo é conseguir elevar de 5% para 20% a participação do mercado internacional no faturamento da empresa até o ano que vem", afirma. Para reforçar a expansão internacional, a empresa recebeu aporte de R$ 200 milhões no mês passado.

Nubank

A ideia de internacionalizar o Nubank sempre esteve no radar do fundador David Velez. Mas a estreia no exterior tinha de ocorrer no momento certo, depois que a operação brasileira estivesse mais sólida, gerando caixa e com uma curva de crescimento forte, explica o empreendedor, que anunciou em maio deste ano seu processo de expansão para fora do País.

O país escolhido por Velez foi o México, com o lançamento de um cartão de crédito internacional sem anuidade. A opção se deve ao tamanho do mercado, que pode ter potencial maior do que o do Brasil. "A penetração de cartão de crédito no mercado mexicano é de 10%, ante 40% do brasileiro. A desbancarização é de 70% lá e, aqui, de 40%. Ou seja, há um grande espaço para trabalhar."

A próxima aterrissagem do Nubank deve ser na Argentina, onde o banco já abriu um escritório. O início das operações, segundo Velez, deve ser no primeiro semestre de 2020. "Poderíamos escolher ficar só no Brasil, onde ainda há muito mercado a ser explorado. Mas temos grandes ambições", diz o fundador do Nubank.

A expansão internacional, no entanto, deve ser gradativa, sem pressa. Ele afirma que a estratégia adotada no México será parecida com a do Brasil, voltada principalmente aos consumidores millennials e depois na população sem acesso aos bancos tradicionais.

Pipefy

A decisão de criar uma empresa global surgiu de uma provocação feita por um executivo israelense durante um jantar em Tel-Aviv (Israel), no começo de 2014. "Ele me perguntou qual era a empresa brasileira líder global em seu segmento e eu não soube responder", diz o curitibano Alessio Alionço, fundador da Pipefy, plataforma de gestão de processos que ajuda a reduzir ineficiências no dia a dia das empresas.

Alionço afirma que saiu do jantar com uma nova forma de pensar sobre os negócios. "Para ele (executivo israelense), os brasileiros voltam-se apenas para o País achando que é um mercado grande e seguro, mas enquanto isso o mundo anda muito mais rápido, num cenário no qual a competição não respeita mais fronteiras", diz.

A partir daquela noite, ficou claro para Alionço que seu próximo negócio seria global desde o primeiro dia de funcionamento. De volta ao Brasil, decidiu se empenhar na criação de um produto que pudesse mudar a ideia do executivo israelense. Alionço tinha vendido sua primeira empresa em 2012 e, de lá para cá, buscava um novo desafio.

Foi aí que começou a desenhar a Pipefy, hoje em 156 países. Com uma equipe de três pessoas, incluindo ele mesmo, a plataforma ficou pronta em abril de 2015, depois de quase um ano de desenvolvimento. Hoje, a empresa já recebeu US$ 65 milhões em aportes de fundos de investimentos, tem 60 mil usuários, sendo 1,7 mil pagantes.

"Metade do nosso faturamento é do Brasil e a outra metade, do exterior", diz Alionço, cuja empresa tem sede em Curitiba e unidades em São Francisco, na Califórnia, e Austin, no Texas.

Rocket Chat

Quando o empreendedor Gabriel Engel decidiu criar uma plataforma de comunicação, a ideia era atender às inquietações dos clientes de sua empresa no Brasil. Mas, antes do lançamento oficial, a plataforma já era sucesso no mercado internacional. Assim que o produto ficou pronto, em 2015, eles postaram um link num fórum de discussão e, no dia seguinte, já havia 30 mil pessoas olhando o site da Rocket Chat, uma plataforma de código aberto que permite ao usuário personalizar a página conforme suas necessidades.

Com sede em Porto Alegre, a empresa tem clientes em 150 países e funcionários em sete deles. Os maiores mercados são Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra e França. Hoje o Brasil é só o 16.º mercado da Rocket Chat, que funciona como uma espécie de WhatsApp interno para empresas. "Fizemos o produto de olho nos clientes brasileiros, mas a demanda era externa", afirma Engel.

Num primeiro momento, a plataforma tinha apenas uma versão gratuita. Era necessário investir em design e desenvolvimento para iniciar a comercialização do produto. Foi aí que o empreendedor decidiu aceitar um aporte de US$ 5 milhões do fundo de investimentos americano New Enterprise Associates (NEA) e, há um ano, começou a cobrar pelos serviços. Atualmente, tem 350 grandes empresas pagantes, como Intel, Samsung, Audi, Mercedes e Caixa Econômica Federal.

Recentemente, a Rocket Chat recebeu outro aporte: desta vez de US$ 3 milhões dos fundos brasileiros Monashees, DGF e ONEVC. "Crescemos muito no exterior e ficamos meio órfãos do Brasil. Então decidimos abrir para capital nacional." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Cervejaria Ambev está com inscrições abertas para a segunda edição de seu programa de aceleração de startups. Dessa vez, a companhia procura por projetos que ofereçam soluções para os principais problemas socioambientais da atualidade. A premiação cresceu e a vencedora deverá ganhar R$ 100 mil, além da oportunidade de ir para a sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, para apresentar sua ideia a fundos globais de investimento de alto impacto.

As startups selecionadas terão um um funcionário da cervejaria como mentor,  para ajudar a desenvolver a ideia do negócio. Na primeira edição, foram selecionadas 21 startups entre mais de 400 inscritas. Entre elas, oito empresas tiveram, ainda, a oportunidade de fechar contratos a Ambev.

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Quem tiver interesse pode inscrever seus projetos até o dia 31 de outubro, pelo site da empresa. Para participar, os interessados devem fazer o cadastro e propor uma solução para um dos 10 desafios que envolvem, entre os temas, economia circular, desperdício de água e redução de emissões de carbono, e outros. Cerca de 15 startups serão selecionadas para participar dessa edição.

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Focado em encontrar e dar espaço para novos empreendedores, o Porto Digital abre convocação para todos os seus programas relacionados à fomentação de novas ideias. Entre as áreas contempladas estão agronegócio, artes, educação, cidades, comércio, design, entretenimento, finanças, gestão pública, impacto social, indústria, publicidade e saúde.

Um dos projetos com inscrições abertas é o Mind The Bizz, programa para amadurecer novos negócios em parceria com o Sebrae-PE. A iniciativa oferece incubação e seleciona empresas em fase inicial com potencial de escalar suas soluções, produtos e serviços. Os projetos selecionados serão acompanhados tanto em Recife, quanto na unidade avançada do Porto Digital em Caruaru, o Armazém da Criatividade. 

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Outro destaque é o Mind The MINAs que tem sua primeira convocação e vai apoiar o surgimento de iniciativas inovadoras feitas por mulheres. O programa funciona por meio do programa Mulheres em Inovação, Negócios e Artes (MINAs), iniciativa de equidade de gênero do parque.

Para participar é preciso passar por duas etapas. A primeira é a inscrição das propostas até o dia 23 de setembro. Depois de analisados e pré-selecionados, os escolhidos passarão por entrevistas presenciais, entre os dias 28 e 30 de setembro. O resultado final será divulgado em 1º de outubro, com abertura dos programas no dia 3 de outubro, durante o REC'n'Play.

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A Conferência‌ ‌Nordestina‌ ‌de‌ ‌Startups‌ ‌e‌ ‌Empreendedorismo, também conhecida como Mangue.bit, reunirá empreendedores,‌ ‌investidores‌ ‌e‌ ‌profissionais‌ ‌tecnologia‌ ‌para um encontro recheado de palestras e oficinas relacionadas à inovação e negócios. A 4ª edição do evento acontece no‌ ‌dia‌ ‌19‌ ‌de‌ ‌setembro,‌ ‌no‌ ‌Itaipava‌ ‌Catorze‌ ‌(‌Avenida‌ ‌Alfredo‌ ‌Lisboa,‌ ‌Armazém‌ ‌14)‌,‌ ‌no‌ ‌Bairro‌ ‌do‌ ‌Recife e já está com inscrições abertas.‌ ‌

Na programação, ‌palestrantes‌ especialistas em ‌inovação‌ ‌e‌ ‌empreendedorismo,‌ ‌alguns‌ ‌com‌ ‌experiências‌ ‌internacionais.‌ ‌Entre eles Wagner‌ ‌Martins,‌ ‌criador‌ ‌do‌ ‌blog‌ ‌Cocadaboa‌ ‌e‌ ‌diretor‌ ‌associado‌ ‌da‌ ‌CreatorUp‌ ‌para‌ ‌o‌ ‌Brasil,‌ ‌e‌ ‌Jeff‌ ‌Valadares,‌ ‌‌CEO‌ ‌e‌ ‌sócio-fundador‌ ‌da‌ ‌Doppio‌ ‌Games - um‌ ‌estúdio‌ ‌de‌ ‌jogos‌ ‌controlados‌ ‌por‌ ‌voz‌ ‌em‌ ‌Lisboa‌ ‌(Portugal),‌ ‌que‌ ‌tem‌ ‌a‌ ‌Amazon‌ ‌e‌ ‌a‌ ‌Google‌ ‌entre‌ ‌os‌ ‌investidores. 

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Além deles, a lista conta com ‌‌Vitor‌ ‌Andrade,‌ ‌Head‌ ‌no‌ ‌iDEXO, ‌Renata‌ ‌Albertim,‌ ‌CEO‌ ‌e‌ ‌Co-fundadora‌ ‌do‌ ‌Mete‌ ‌a‌ ‌Colher ‌e‌ ‌Sérgio‌ ‌Cavalcante,‌ ‌Head‌ ‌of‌ ‌Innovation‌ ‌do‌ ‌Grupo‌ ‌Cornélio‌ ‌Brennand,‌ ‌presidente‌ ‌da‌ ‌Amcham-Recife‌ ‌e‌ ‌gestor‌ ‌da‌ ‌Aries‌ ‌–‌ ‌Agência‌ ‌Recife‌ ‌para‌ ‌Inovação‌ ‌e‌ ‌Estratégia. A lista completa dos convidados ainda será divulgada.

Além‌ ‌de‌ ‌participar‌ ‌de‌ ‌oficinas‌ ‌e‌ ‌palestras,‌ ‌os‌ ‌empreendedores‌ ‌podem‌ ‌ser‌ ‌expositores‌ ‌e‌ ‌apresentar‌ ‌suas‌ ‌startups‌ ‌durante‌ ‌o‌ ‌evento.‌ ‌Os‌ ‌ingressos‌ ‌para‌ ‌participar‌ ‌do‌ ‌evento‌ ‌custam‌ ‌entre‌ ‌R$‌ ‌100‌ ‌e‌ ‌R$‌ ‌400‌ ‌e‌ ‌estão‌ ‌à‌ ‌venda‌ ‌pelo‌ ‌site‌

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O programa global Merck Accelerator, ofercido pela empresa de ciência e tecnologia Merck, está recebendo inscrições de starutps de todo o mundo para a participação em um dos dois projetos promovidos pelo programa que serão apresentados na própria sede, na Alemanha ou em Xangai, na China. O objetivo do programa é conectar startups a projetos de inovação da Merck juntamente com os três setores de negócios para o desenvolvimento conjunto de parcerias comerciais sustentáveis.

 O programa terá duração de três meses e todos os integrantes das startups receberão um valor de até 50.000 euros. Além do mais, os participantes terão a oportunidade de criar um aprofundado network com uma rede global de mais de 50 mil especialistas, entre a gerência sênior da Merck e coaching. Os empresários também participarão de eventos de inovação e tecnologia.

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De acordo com Isabel De Paoli, diretora global de estratégia da Merck, os participantes do projeto ganham experiências que os ajudam a acelerar os negócios no setor. “Geramos novos negócios impulsionando a inovação além do que estamos fazendo atualmente” completa.

Os eventos da Merck Accelerator serão realizados simultaneamente entre janeiro e abril de 2020, tanto Merck Innovation Center em Darmstadt, onde funciona a sede alemã, quanto no Centro de Inovação da China. As inscrições seguem abertas até 25 de agosto, por meio do site.

Com Informações da assessoria

A revolução digital mudou a forma de trabalhar das empresas da 'velha' economia. Gigantes como Whirpool, Unilever, Natura e Vivo, por exemplo, tentam copiar o modelo rápido e flexível das startups. A antiga rotina - na qual um projeto levava meses e até anos para ser concluído e, quando terminava, muitas vezes já estava ultrapassado - começa ser substituída por métodos mais ágeis, na velocidade da economia digital.

A quantidade de empresas que começou a quebrar os muros que separam os seus departamentos para obter resultados mais rápidos é crescente nos últimos dois anos. Elas passaram a organizar os trabalhos em pequenos grupos de funcionários, misturando diferentes áreas. Eles trabalham fisicamente lado a lado, sem barreiras burocráticas ou de hierarquia. Com isso, conseguem resolver problemas ou colocar um projeto de pé o mais rápido possível, ainda que não esteja 100% pronto.

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Batizados de squads (esquadrão, em inglês), essa forma de organizar o trabalho em pequenos grupos começou nos anos 2000, com a startup sueca Spotify, de serviço de streaming de música. Virou referência no mundo da administração por causa dos ganhos de produtividade alcançados que, a depender do caso, podem ser quatro vezes maiores, se comparados ao de uma empresa tradicional.

O pulo do gato para conseguir esses resultados é a multidisciplinaridade dos grupos, explica Carlos Felippe Cardoso, sócio-fundador da K21, uma das primeiras consultorias especializadas em fazer essa transição de modelo nas empresas. Nos grupos, como há redução de uma série de entraves burocráticos, ganha-se tempo e produtividade. Além disso, os resultados são entregues a conta-gotas. A cada 15 dias, por exemplo, uma nova funcionalidade do site é colocada no mercado, no caso de projetos digitais, onde essa forma de trabalho já é mais familiar. Isso permite que o projeto seja testado e, se necessário, modificado, enquanto é feito.

Explosão

O jeito de trabalhar das startups vem ganhando a adesão de empresas dos mais variados setores. "Neste ano, houve no País uma explosão, e quase todos os segmentos de mercado têm empresas adotando ou, no mínimo, experimentando o trabalho em squads", diz Cardoso.

Desde fevereiro, a Whirpool, fabricante de eletrodomésticos, começou a trabalhar com o novo modelo. Hoje, tem 50 funcionários agrupados em cinco grupos. Até dezembro, quer dobrar esse número. "Não acho que a companhia inteira vá trabalhar dessa forma", diz o diretor de marketing digital, Renato Firmiano.

Como uma grande indústria, baseada nas formas tradicionais de linha de montagem, a empresa decidiu usar squads nas áreas ligadas ao atendimento ao consumidor. E alcançou resultados: em menos de quatro meses, dois grupos voltados ao tema inteligência artificial puseram em prática projetos de um assistente virtual que atende aos clientes em várias demandas e também vende os produtos.

Já a Natura, tradicional fabricante de cosméticos, começou antes. Em 2012, iniciou um projeto-piloto, focado no canal online para as suas consultoras. Mas o modelo ganhou velocidade no último ano, conta Luciano Abrantes, diretor de Inovação Digital. Hoje, são 52 squads trabalhando, e a empresa quer chegar a 100 até dezembro. O grande salto ocorreu em 2018, quando a companhia passou a usar essa forma de trabalho para desenvolver os cosméticos. "É algo arrojado, que acelera bastante o ritmo de lançamentos, ao se comparar com o modelo tradicional." O diretor também pondera que não há intenção de transformar toda a companhia em squads, só nas áreas onde faz sentido.

Na Unilever, gigante de alimentos e itens de higiene e limpeza, o quadro é semelhante. A empresa começou a usar squads faz três anos. "Na época, tínhamos a preocupação de trazer a agilidade das startups para uma empresa que neste ano completa 90 anos no País", diz Carolina Mazziero, diretora de RH. Atualmente, há grupos de trabalho espalhados em áreas específicas da companhia. Na fábrica, por exemplo, há squads voltados para a redução de perdas, outros são para resolver demandas do consumidor.

Competição

Para Luiz Medici, vice-presidente de Inteligência Artificial da Vivo, o grande impulso para começar a organizar o trabalho em squads veio das empresas digitais. A Vivo viu a entrada de players digitais alcançando resultados muito rápidos e entendeu que um dos catalisadores disso era a forma de trabalho em ambientes colaborativos. "Para competir nesse mercado novo digital, precisamos nos reinventar." A operadora começou a usar grupos de trabalho em 2018, com o laboratório digital. Agora, são mais de 100 squads em funcionamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A empresa Amcham está recebendo inscrições de empreendedores, até 30 de junho, para a 3ª edição do Amcham Arena, competição realizada nas 15 unidades da empresa espalhadas pelo Brasil. O objetivo do evento é conectar as startups brasileiras ao universo corporativo. A startup vencedora a nível nacional, será premiada com R$ 50 mil em patrocínio mais Pitch e imersão na Agibank, que é o banco parceiro do concurso.

Nas etapas classificatórias, os empreendedores apresentarão seus negócios em pitches de cinco minutos. As 10 melhores startups de cada estado ficarão frente a frente com uma banca formada por grandes CEOs e executivos. As vencedoras das etapas regionais se enfrentam, em São Paulo, no dia 17 de outubro, na grande final nacional do Amcham Arena.

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Na fase regional, a startup campeã receberá o prêmio de R$ 10 mil em patrocínio de eventos e um ano de associação à Amcham Brasil, de acordo com a unidade escolhida. A final nacional do Amcham Arena, será em São Paulo, em 17 de outubro.

 Empresários já podem se candidatar por meio do site da Amcham, até 30 de junho.

Recife é uma das capitais que participantes na competição. A superintendente da Amcham Recife, Alessandra Andrade, ressalta a importância da promoção de network entre grandes e pequenas empresas. “Entendemos que colocar as pessoas certas em contato é fundamental para gerarmos acesso e oportunidades a todos os agentes do mercado, e que a cooperação é um instrumento importante do nosso futuro e que deve ser fomentada”, afirma.

 

*Com informações da assessoria de imprensa da Amcham Recife

Empreendedores e startups com projetos que relacionem tecnologia com animais terão até o dia 12 de julho para realizar a inscrição no Pet Cloud Innovation Challenge. O desafio acontece na próxima edição da PET South America, uma das feiras de veterinária mais importantes da América Latina.

A proposta é encontrar projetos inovadores e oferecer a possibilidade tirá-los do papel. O projeto vencedor receberá cerca de R$ 10 mil reais em investimentos através de consultoria e mentoria. No dia 2 de agosto serão anunciadas cinco startups que deverão participar da fase final.

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O grupo vencedor deverá de se apresentar no palco do Congresso Internacional da PET South América para defender seu projeto na frente de especialistas. Além disso, um dos cinco primeiros lugares será selecionado pela Petlove participar de um programa de incubação.

O futuro já chegou para todas as empresas. Estar conectado e atualizado em relação as novas tecnologias, inteligência artificial e disrupção é obrigatório, independente do setor de atuação do seu negócio. Junto com essa nova forma de pensar, tivemos um crescimento exponencial do ecossistema das startups, sempre com uma visão nova de como resolver um problema.

Em 2011 existiam no Brasil cerca de 100 startups. Número que disparou para 400 em 2012. O dado mais atual, divulgado no começo de 2019 pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups), cita que existem mais de 10 mil startups no país. Isso significa dizer que o mercado promissor das startups tornou-se realidade, porém, para poucos investidores. Surgiram, então, as startups unicórnios, avaliadas em bilhões de dólares. 

Como qualquer empresa, o objetivo das startups é atrair a atenção do mercado para suas soluções disruptivas em qualquer tipo de situação, com um modelo de negócio que seja replicável e possua escalabilidade. No Brasil, o ecossistema da inovação ainda é considerado pequeno quando comparado aos outros ecossistemas globais. Na realidade, a mortalidade de startups permanece maior do que qualquer outra atividade econômica - 74% fecham após cinco anos, 18% antes mesmo de completar dois anos, segundo pesquisa da Startup Farm.

Há muitos desafios para o ecossistema de inovação e startups do Brasil. Nossos resultados são muito baixos no que tange à conectividade. Além disso, há outros pontos que o país tem pouca condição de vencer: falta acesso a talentos, a parcerias internacionais, a tecnologia de ponta, novos mercados, etc.

Qual seria a saída? Descentralizar. Os maiores avanços nos ecossistemas globais de inovação virão da descentralização, da distribuição de oportunidades, recursos e estrutura para que uma diversidade maior de startups, empresas e fundos também possa ter possibilidade de competir em cenário global.

É preciso se reorganizar e essa é a única saída para se manter relevante no mercado. Não estou falando apenas de adotar novas tecnologias, mas de uma transformação digital por completo. É uma mudança de mindset, repensando os processos para atuar de maneira enxuta e rápida. A chave é esquecer a burocracia e rápido e eficiente.

As startups ganharam, nos últimos dois anos, mais chances de fornecer para grandes empresas brasileiras e para multinacionais que atuam no País. Hoje, mais de 50 companhias abrem espaço, via concursos próprios ou parceria com aceleradoras, para inovações para seus negócios. O garimpo de ideias originou um concorrido "vestibular". Em programas mais estruturados, destinados a desafios específicos, a concorrência fica, em média, em 30 candidatas por vaga. Para desafios abertos, a cada cem inscritas, apenas uma startup costuma ser selecionada.

A altíssima concorrência reflete tanto o "boom" de startups no País - só neste ano, 5 mil empresas devem entrar no mercado, elevando o total de negócios de tecnologia a 15 mil - quanto a falta de preparo de alguns empreendedores que se aventuram no mundo dos negócios sem uma ideia original ou um plano de ação bem definido. Segundo especialistas ouvidos pelo Estado, os erros mais comuns dos que ficam pelo caminho são ideias sem relação direta com o tema apresentado pelas empresas ou propostas sem chance de ganhar escala.

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Para ajudar as empresas a separar o joio do trigo, a 100 Open Startups desenvolveu um sistema que "filtra" ideias. Em 12 anos de mercado, a companhia já cadastrou 30 mil negócios - a maior parte deles hoje fora do mercado. Na plataforma online da companhia, que fomenta a avaliação constante das ideias, hoje há 8,2 mil empresas consideradas ativas.

No entanto, só as 1,5 mil mais bem avaliadas têm chance de um dia apresentar uma ideia ao rol de parceiros, que também é responsável pela manutenção financeira do sistema - o grupo inclui mais de 40 negócios, como Bosch, Dow, Braskem e Johnson & Johnson.

"Vejo uma onda inicial de apoio a startups. É um movimento que ganhou força nos últimos dois anos", diz Maximiliano Carlomagno, sócio da consultoria de inovação corporativa Innoscience. A empresa, que ajuda gigantes como Klabin, Roche e M. Dias Branco a encontrar startups, diz que as companhias querem estratégias que já tenham alguma prova de aplicação prática. "O maior problema é que, em boa parte dos casos, os resultados são facilmente questionáveis. Não vale apenas ter uma ideia na cabeça."

Na farmacêutica Roche, que está com as inscrições abertas para seu desafio de startups até o dia 23, os concorrentes precisam ter conseguido provar que seu negócio pode atrair interesse no mercado - foi o que fez a Heartcare, dona de um aplicativo de monitoramento de saúde que já tem mais de 26 mil usuários cadastrados e que foi a vencedora do desafio no ano passado (leia mais na pág. B5).

Do grupo inicial de 150 startups que a Roche seleciona por meio da Innoscience, apenas cinco empresas são convidadas a apresentar seus projetos às diferentes áreas e subsidiárias da Roche, de acordo com Lênio Alvarenga, diretor médico da multinacional. A concorrência, portanto, é de 30 candidatos para cada vaga.

Escala

Seguindo uma estratégia diferente, o banco Bradesco faz o garimpo de startups dentro de casa, sem focar um segmento específico. Tudo começa no Inovabra Habitat, em São Paulo, que serve de espaço de incubação para empresas nascentes. É pelo Habitat que o banco começa a observar potenciais alvos de investimento, segundo Fernando Freitas, superintendente de inovação do Bradesco. "Se vemos ali uma necessidade mapeada, a empresa passa para fase dois", explica o executivo.

Nessa etapa adicional, o banco tenta ajudar a montar um plano mais estruturado para a startup - se o negócio superar esse desafio, qualifica-se para receber o investimento do fundo do Bradesco voltado ao setor. Os aportes, diz Freitas, podem variar de R$ 1 milhão a R$ 10 milhões ou de R$ 10 milhões a R$ 30 milhões, conforme o nível de desenvolvimento de cada companhia. O funil, porém, é ainda mais estreito: de acordo com o executivo, de cada cem projetos que passam pelo Inovabra Habitat, só um é escolhido para receber investimento.

Um dos negócios que conseguiram levantar capital com o Bradesco foi a Semantix, de Leonardo Santos. A companhia, que faz análise de dados para grandes clientes, incluindo Cielo, Elo, Rede e Claro, hoje tem 300 funcionários e fatura mais de R$ 100 milhões por ano. Parte da equipe veio de aquisições que a companhia fez a partir de 2016, quando recebeu seu primeiro investimento externo. "Nosso objetivo é nos tornarmos um unicórnio, chegando à avaliação de US$ 1 bilhão, e abrir o nosso capital na Bolsa", afirma Santos.

De olho no mundo real

A filial brasileira da multinacional europeia Roche ainda não utiliza os serviços do aplicativo Heartcare, vencedor da primeira edição do desafio de startups no Brasil, realizado no ano passado. Segundo o publicitário Daniel Santos, fundador da companhia, a matriz, na Suíça, já firmou contrato com o app, que tenta se diferenciar das dezenas de serviços semelhantes ao apostar em uma plataforma que remete a um jogo.

"Criamos um sistema de desafios semanais", explica Daniel, referindo-se a itens como pressão, peso e outros sinais vitais. Entre os clientes da Heartcare estão grandes corporações, como a filial da IBM no Brasil. "Lançamos um desafio e, em um mês, 14% dos funcionários cadastrados perderam peso", diz. Além dos departamentos de recursos humanos, o aplicativo também mira todo o ecossistema do setor de saúde, como hospitais, seguradoras, clínicas e laboratórios.

Por meio da tecnologia, a Heartcare quer ajudar a indústria farmacêutica a impulsionar a efetividade dos tratamentos - e isso sem investir um real no desenvolvimento de novas drogas. "Todo mundo sabe que muitas vezes o médico receita um remédio, mas o paciente não toma como deveria. É um problema sério e difícil de resolver", exemplifica o fundador do app. "Nosso sistema permite o envio de lembretes sobre a hora dos medicamentos." Para facilitar a medição da pressão arterial, o aplicativo vem com tecnologia que permite o usuário monitore o batimento cardíaco só segurando o celular na mão.

Além de ganhar acesso a clientes graças ao aval da Roche, Daniel conta que também corrigiu algumas práticas de negócio para dar mais credibilidade à sua proposição. "Como eu não sou médico, a gente era muito questionado por isso. Hoje, temos um cardiologista com 32 anos de experiência como sócio", frisa. Os próximos passos da empresa são o lançamento de versões em vários idiomas, visando ao ganho rápido de escala. "Queremos chegar ao faturamento de R$ 1 bilhão em sete anos", afirma.

Reciclagem

Enquanto Daniel já tinha um negócio desenvolvido quando foi selecionado Roche, a Green Mining era pouco mais do que um rascunho quando foi escolhida para um dos programas para startups mantidos pela gigante das bebidas Ambev. São duas opções: a voltada a soluções relativas às metas ambientais da companhia permite ideias iniciais, enquanto a dedicada aos negócios de bebidas exige inscrições de empresas estruturadas.

Foi a partir de uma solução de logística reversa para garrafas, que Rodrigo Oliveira e dois sócios se uniram à Ambev para criar a Green Mining. A coleta desse tipo de reciclável, até então feita pelos carrinheiros, passou a ser uma atividade formal, na qual os trabalhadores atuam com carteira assinada. Depois de um período de testes em pontos próximos a bares em Pinheiros e na Vila Olímpia, a Green Mining tem o objetivo de abrir mais dez postos de coleta até o fim do ano. "Devemos contratar mais 25 coletores até dezembro."

Em vez de ganhar com a venda do material reciclável, o modelo desenvolvido pelos empreendedores cobra um valor mensal dos clientes. A empresa que precisa coletar o material paga os custos da operação e mais uma comissão, ressalta Rodrigo. "O nosso objetivo é expandir o nosso serviço para outras indústrias", diz o empreendedor. A meta é reduzir a dependência do negócio da Ambev.

Segurança

Ainda em busca de um grande investimento, a empreendedora Gabryella Corrêa é fundadora do Lady Driver, aplicativo de transporte voltado ao público feminino e que conecta passageiras a motoristas mulheres - visando à segurança de ambas. Incubada no Inovabra Habitat, a empresa de Gabryella já foi citada em reportagem do Financial Times. Para "chegar lá", a empreendedora aposta no propósito: "Sempre tenho de pensar que eu levo segurança às mulheres - essa é nossa missão." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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