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O procurador-geral da República, Augusto Aras, tem um novo vice: Luiz Augusto Santos Lima, que entra no lugar de Lindôra Araújo. A movimentação, formalizada nesta quarta-feira (30), deixa de fora os processos criminais que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), pacote em que ficam os processos da Operação Lava Jato.

Na última sexta (25), Aras designou o subprocurador Humberto Jacques de Medeiros para atuar especificamente nesses processos. Antes, eles faziam parte do acervo sob responsabilidade de Lindôra.

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Também ficam de fora da atuação do novo vice-procurador-geral os processos dos acusados de vandalizar as sedes dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de Janeiro. Esses casos, desde o princípio, são de responsabilidade de um grupo específico - Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos (GCAA) - coordenado pelo subprocurador Carlos Frederico Santos.

O afastamento de Lindôra se dá por questões de saúde. Como mostrou o Estadão, ela estava em férias nos Estados Unidos e precisou fazer uma cirurgia de emergência devido a uma obstrução intestinal. A portaria de nomeação do novo vice, Luiz Augusto Santos Lima, não fala em prazo para a substituição.

Terceiro mandato e aceno a Lula

A movimentação acontece ao apagar das luzes do segundo mandato de Aras na Procuradoria-Geral da República. Ele tem feito gestos que sinalizam o interesse em uma recondução. Não existe proibição legal para um terceiro mandato, embora não seja usual.

Escolhido para ser procurador-geral por Jair Bolsonaro, Aras se mostrou um aliado fiel do ex-presidente durante a gestão. Lindôra foi responsável pelo arquivamento de vários assuntos sensíveis para a gestão presidencial passada, inclusive em casos em que a Polícia Federal concluiu que houve crime.

A atuação de Lindôra na condução nacional da Lava Jato foi decisiva para a desestruturação da força-tarefa. Ela fez uma visita aos gabinetes de Curitiba e pediu para ter acesso a documentos da operação, causando uma reação dos procuradores, que levaram o caso para a Corregedoria do MPF e para Augusto Aras. O episódio deu início a uma crise interna no órgão.

Dentro do MPF, a antiga vice-procuradora é vista como uma voz bolsonarista. O afastamento dela e a designação de outro nome para os casos criminais do Supremo são gestos que podem ser considerados acenos de Aras à ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em busca do terceiro mandato no comando da PGR.

A vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo está afastada dos processos criminais de competência do Supremo Tribunal Federal (STF). A mudança foi oficializada nesta sexta-feira, 25, no Diário Oficial da União.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que a substituição acontece porque Lindôra está de férias e foi preciso designar alguém para dar continuidade ao trabalho.

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Como o mandato do procurador-geral da República Augusto Aras termina em 26 de setembro, ela não deve voltar a atuar nos processos em curso no STF.

O subprocurador-geral Humberto Jacques de Medeiros assume a função, já a partir de hoje. Ele antecedeu Lindôra na coordenação penal da PGR e deixou o cargo em abril de 2022, a pedido.

O acervo pendente no STF inclui inquéritos sensíveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como a investigação das fraudes nos cartões de vacina da covid-19 e o inquérito das milícias digitais. Os casos relacionados aos atos golpistas do dia 8 de janeiro continuam com o subprocurador Carlos Frederico Santos.

Lindôra é considerada uma das principais vozes bolsonaristas no Ministério Público Federal. Sua substituição acontece a um mês do fim do mandato de Aras, que tem buscado uma aproximação junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de olho na recondução.

Ao longo do governo Jair Bolsonaro, Aras foi sistematicamente acusado de alinhamento ao Executivo. Entre os colegas, o afastamento de Lindôra é visto como um gesto final para tentar neutralizar o histórico e se manter no comando da PGR.

Durante sua gestão, a vice-procuradora atuou em casos sensíveis e sistematicamente fez pareceres que isentaram Bolsonaro e seu governo de responsabilidades por atos ou medidas polêmicas, como nos indiciamentos da CPI da Covid, na investigação sobre fake news da vacina, no inquérito sobre o vazamento de informações de um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou na apuração sobre tentativas de interferência na Polícia Federal.

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira, 7, que irá substituir gradualmente a vacina contra poliomielite de via Oral (VOP) pela versão inativada (VIP) nos postos de saúde de todo o Brasil. Segundo a pasta, a VIP, aplicada via injeção e já utilizada nas três primeiras doses do esquema de imunização, estará disponível também para a dose de reforço aplicada aos 15 meses, a partir de 2024. A quinta dose, dada aos 4 anos, deixará de existir.

A recomendação foi debatida e aprovada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), que considerou as novas evidências científicas para proteção contra a poliomielite. Segundo o MS, foram analisados critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema.

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"É importante reforçar que essa atualização não representa o fim imediato do imunizante na versão popularmente conhecida como ‘gotinha’ e sim um avanço tecnológico para maior eficácia do esquema vacinal que será feito após um período de transição", afirma a pasta

"O Zé Gotinha, símbolo histórico da importância da vacinação no Brasil, também continuará na missão de sensibilizar as crianças, os pais e responsáveis em todo Brasil participando das ações de imunização e campanhas do Governo Federal", diz o MS.

Entenda

A indicação da CTAI é que o Brasil passe a adotar exclusivamente a vacina inativada na dose reforço, aplicada aos 15 meses de idade. Atualmente, esse reforço é feito com a forma oral do imunizante, enquanto a vacina injetável é aplicada apenas aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação.

A transição começará no primeiro semestre de 2024. As crianças brasileiras que completarem as três primeiras doses da vacina irão tomar apenas um reforço com a VIP aos 15 meses. A dose de reforço aplicada atualmente aos 4 anos não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses VIP garantirá a proteção contra a pólio.

Ou seja, a partir de 2024, a vacinação contra poliomielite funcionará da seguinte maneira:

Primeira dose: vacina injetável, aos 2 meses de vida;

Segunda dose: vacina injetável, aos 4 meses de vida;

Terceira dose: vacina injetável, aos 6 meses de vida;

Quarta dose: vacina injetável, aos 15 meses de vida.

Na última quarta-feira (7) o comerciante Cícero Severiano Ribeiro, de 50 anos, parou na hora do almoço num trailer que vende salgados no terminal de ônibus da Vila Mariana, na zona sul de São Paulo. Pediu um salgado, um suco e gastou R$ 6. "Adoro comer essa coxa (creme) de frango."

Além de o comerciante ser atraído pelo sabor do salgado, ele conta que vem mudando os hábitos. Duas a três vezes na semana, almoça o tradicional prato feito, mas nos demais dias opta por um salgado e um suco. Antes da pandemia, ele comia arroz com feijão todo dia. A mudança ocorreu por causa da correria do dia a dia e, principalmente, para economizar. "Os tempos se tornaram mais difíceis."

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A conta de quanto Ribeiro economiza ao almoçar um salgado é simples. Um prato feito, com arroz, feijão e carne, por exemplo, não sai por menos de R$ 25 na região onde trabalha. Essa cifra equivale ao desembolso de três dias almoçando salgado e suco.

O comerciante é um entre os milhões de brasileiros que, depois da pandemia, trocaram o prato feito pelo salgado nas refeições fora de casa. Esse movimento foi detectado pela consultoria Kantar, que monitora o consumo fora de casa de alimentos e bebidas em sete regiões metropolitanas do País.

No ano passado, os brasileiros que vivem nessas regiões consumiram 170 milhões a mais de salgados prontos, como quibe, coxinha, pão de queijo, pastel, por exemplo, em relação a 2019, antes da pandemia. Em contrapartida, o consumo de refeições, com arroz, feijão, carne, por exemplo, diminuiu em 247 milhões de unidades na mesma base de comparação.

Para chegar ao número de unidades, que expurga o efeito da inflação, a consultoria monitorou diariamente, por meio de aplicativo, o consumo de alimentos e bebidas fora de casa de 4 mil adultos. Eles representam o comportamento de 48 milhões de pessoas que vivem nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio, Recife, Salvador, Fortaleza, Curitiba e Porto Alegre.

Por outra métrica, o estudo da Consumer Insights mostra que os salgados prontos respondiam em 2019 por 11% do total de unidades de alimentos e bebidas consumidas fora de casa. Em 2022, essa fatia subiu para 15%. Em igual período, a participação das refeições encolheu de 7% para 4%.

"O salgado pronto ganhou tanto destaque que se tornou no ano passado o segundo alimento mais consumido fora de casa e o alimento salgado mais consumido", afirma Hudson Romano, gerente sênior de Consumo Fora do Lar e responsável pela pesquisa.

Em 2019, o salgado ocupava a quarta posição entre os alimentos mais consumidos fora de casa, mas subiu para a segunda colocação em 2022, passando à frente de sanduíches e pizzas, perdendo apenas para os snacks doces que continuaram na liderança nos dois períodos analisados. O salgado pronto e o salgadinho de pacote foram os únicos alimentos fora de casa cujo consumo aumentou no período, com alta de 18% e 4% nos volumes respectivamente. A quantidade consumida de refeições caiu 43%.

O motivo do recuo e da troca da refeição pelo salgado foi, segundo Romano, a inflação. Enquanto o preço da refeição aumentou 21% entre 2019 e 2022, segundo pesquisa da consultoria, o valor do salgado teve alta de 10%.

"Como o salário médio não cresceu na mesma velocidade de outros custos da alimentação fora de casa, que foram muito fortes, o bolso ficou mais apertado", afirma o consultor. Uma das saída foi deixar de comer pratos com a mesma frequência e colocar os salgados como opção. "Isso não quer dizer que o brasileiro tenha abandonado o restaurante. Mas, se antes comia pratos (prontos) três vezes na semana, agora diminuiu para duas, porque o dinheiro não dá", explica.

Classes de menor renda foram as responsáveis pelo movimento

A troca da refeição pelo salgado foi puxada pelas classes de menor renda (C, D e E), que registram aumentos nos preços do prato feito por causa da alta das commodities, como arroz, feijão, carnes e óleo - ingredientes básicos dessas refeições. No período analisado, o preço médio da refeição fora de casa cresceu 36% para as classes D e E; 24% para classe C; e recuou para classes A e B, que geralmente inclui outros ingredientes, aponta o estudo.

Artur Almeida, de 24 anos, que ganha um salário mínimo trabalhando com a locação de equipamentos de gaseificação para bares e restaurantes, por exemplo, aponta o preço menor como o principal motivo da troca da refeição pelo salgado, além da economia de tempo. "Acho muito alto um prato de comida por R$ 25 e tem lugares que é bem mais que isso", afirmou ele, enquanto almoçava dois salgados por R$ 10 na última quarta-feira (7).

Almeida recebe R$ 26 por dia de vale refeição e usa o dinheiro nas compras de supermercado para preparar o jantar e a marmita. "Esta semana não tive tempo de preparar a marmita. Tive de trabalhar no fim de semana, porque o salário não está dando para pagar todas as despesas."

O presidente executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, diz que os resultados da pesquisada Kantar têm aderência com os números constatados pela Abrasel. No ano passado, o setor cresceu 8% em faturamento, descontada a inflação, em relação a 2019. Isso foi um desempenho muito bom, segundo ele.

Solmucci explica que o crescimento foi sustentado pelas camadas de renda da base da pirâmide: as classes C, D e E, que ampliaram em 20% as vendas reais de lanchonetes, padarias, por exemplo, muito provavelmente na compra de salgados prontos e lanches.

Em contrapartida, os dados da entidade mostram que os restaurantes do dia a dia que servem refeições, registraram queda real de 10% na receita no período. Ele atribui essa retração também ao home office, adotado pela maioria das empresas em dois dias na semana. Isso teve reflexos no consumo. Já os restaurantes destinados ao público de maior renda "cresceram muito as vendas", diz o presidente da Abrasel, sem revelar os porcentuais.

Compartilhamento e informalidade

Um dado da pesquisa da Kantar que chamou atenção de Romano foi o aumento do compartilhamento do consumo de salgados prontos, muito provavelmente de combos. O consumo individual, que representa metade do mercado de salgados, ficou praticamente estável entre 2019 e 2022. Já o consumo compartilhado com três ou mais pessoas teve aumento de quatro pontos porcentuais no período. "Isso mostra que está crescendo a compra de salgados em grupo."

O aumento da preferência pelo salgado pronto e pelo consumo compartilhado do item têm transformando o mercado de alimentação fora de casa. Essa mudança também virou uma alternativa de renda para os trabalhadores informais. A pesquisa mostra que o canal de vendas de ambulantes cresceu 45% no pós pandemia e foi o que mais aumentou no período, por ter preços menores em relação ao comércio formal.

A faxineira Maria do Rosário Ramos Silva, de 57 anos, por exemplo, tem como segunda fonte de renda vender salgados que prepara para os vizinhos. Ela tira um salário mínimo com as limpezas e ganha um extra com os quitutes. A coxinha custa R$ 2, bolinha de queijo e bolinho de carne saem por R$ 1. "O pessoal passa na minha casa, compra e leva para comer no trabalho ou à noite em casa e no lugar de uma refeição", conta.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou, no terceiro boletim de ocorrências sobre as eleições neste domingo (2) que 3.222 urnas eletrônicas apresentaram problemas e foram substituídas até as 16h. O número corresponde a 0,60% do total de urnas. No boletim anterior, divulgado às 11h30, o TSE informou que 1.420 urnas haviam sido substituídas até então.

Apenas uma sessão eleitoral no País precisou usar a votação manual, em cédulas de papel. O TSE tem 472.075 urnas ativas em seções eleitorais e outras 63.185 de reserva para eventuais problemas.

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De acordo com o Tribunal Eleitoral, a taxa de substituição ficou por volta de 1,5% nas eleições anteriores.

Depois de recuar e colocar tornozeleira eletrônica, o deputado bolsonarista Daniel Silveira voltou a acionar a corte máxima questionando o monitoramento que lhe foi imposto em razão dos sucessivos ataques aos ministros do tribunal. A defesa do parlamentar diz que o equipamento instalado na sexta-feira, 31, no tornozelo de Silveira, dentro da sede Polícia Federal no Distrito Federal, tem 'vida própria' e pede a substituição por um aparelho fornecido pela Secretaria de Administração Penitenciária do Rio.

O advogado do deputado, Paulo César Rodrigues de Faria, alega 'anormalidades' e 'comportamentos estranhos' da tornozeleira e liga o pedido de substituição do equipamento à 'segurança institucional' de seu cliente. Citando 'suspeitas de manipulação', a defesa quer que o aparelho passe por perícia, mas não no Rio de Janeiro, nem no Distrito Federal, em razão de 'dúvidas sobre a imparcialidade do órgão nessas cidades'.

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A solicitação foi feita em razão de Silveira alegar 'ruídos estranhos' e 'esporádicas vibrações' do equipamento. O deputado diz que há dúvidas sobre a 'integridade e confiabilidade do equipamento', sustentando até que poderia haver uma 'escuta' no aparelho. Ao levantar tal suspeita, a defesa chega a citar 'ocorrências anteriores' afirmando que a policiais federais 'mentiram descaradamente' quando relataram que o deputado tentou pular o muro de sua casa quando foi cercado por agentes que tentavam cumprir seu mandado de prisão no ano passado.

Procurada pela reportagem, a Polícia Federal não se manifestou sobre as alegações de Silveira até a publicação da reportagem.

Além disso, a defesa pede que o ministro Alexandre de Moraes - relator da ação penal em que o deputado é réu por divulgar um vídeo com apologia ao Ato Institucional Número 5 (AI-5) e discurso de ódio contra integrantes da Corte - seja impedido de julgar processos a que Silveira responda na justiça.

O deputado bolsonarista recuou da afronta à ordem emanada por Alexandre e colocou o aparelho de monitoramento eletrônico na tarde de quinta-feira, 31, na sede da Superintendência da Polícia Federal em Brasília. O horário de instalação do equipamento foi fixado por Alexandre de Moraes na manhã do mesmo dia.

O recuo ocorreu depois de o ministro do Supremo estabelecer multa de R$ 15 mil por cada dia de descumprimento da decisão judicial que impôs ao bolsonarista o uso da tornozeleira eletrônica. Além disso, o relator do inquérito das milícias digitais bloqueou as contas do bolsonarista e mandou abrir uma investigação para apurar se ele cometeu crime de desobediência ao descumprir a decisão do STF.

Antes, Silveira se negava a colocar o aparelho de monitoramento eletrônico, medida que foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República. A Polícia Federal e a Polícia Penal do Distrito Federal foram até a Câmara para tentar dar cumprimento à medida cautelar, sem sucesso.

Ao apertar o cerco contra o bolsonarista, Alexandre disse que Silveira tentou se 'valer das dependências' da Câmara dos Deputados como forma de 'indenidade penal, em completa deturpação da natureza do cargo'. "Estranha e esdrúxula situação, onde o réu utiliza-se da Câmara dos Deputados para esconder-se da Polícia e da Justiça, ofendendo a própria dignidade do Parlamento, ao tratá-lo como covil de réus foragidos da Justiça", diz um trecho da decisão.

Em julgamento no Plenário virtual, os ministros do STF confirmaram a decisão que levou Silveira a colocar a tornozeleira eletrônica. Edson Fachin, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Rosa Weber, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Ricardo Lewandowski votaram no sentido de chancelar o posicionamento de Alexandre de Moraes. Indicados ao STF pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), os ministros Kassio Nunes Marques e André Mendonça foram os únicos a votar contra as restrições impostas ao deputado.

Já o julgamento da ação penal a que o deputado Daniel Silveira responde por divulgar um vídeo com apologia ao Ato Institucional Número 5 (AI-5) e discurso de ódio contra integrantes da Corte foi marcada para o dia 20 de abril. A defesa do parlamentar tenta adiar a análise da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República. A decisão sobre a recolocação da tornozeleira eletrônica em Silveira também deve ser analisada na ocasião. Há a expectativa de que as medidas cautelares contra o parlamentar sejam definidas novamente durante o julgamento.

Quase três anos após a posse de Jair Bolsonaro, o governo federal começou a implementar um substituto para o programa Mais Médicos, criado pela gestão petista e que agora deve ser oficialmente encerrado sob forte conotação ideológica. O Médicos pelo Brasil, novo programa de atenção básica em saúde de Bolsonaro, foi lançado em 2019, mas atravessou inoperante a pandemia da covid-19. Os primeiros editais de chamada de municípios foram abertos nas últimas semanas, com previsão de 5 mil vagas para médicos. A estagnação do Mais Médicos e a demora na implantação do Médicos pelo Brasil comprometem a política de interiorização do acesso à saúde, apontam especialistas.

No sudoeste do Pará, a cidade de Rurópolis, de 52 mil habitantes, sentiu os efeitos dessas incertezas. A chegada do Mais Médicos, que aumentou de um para sete o número de profissionais em 2017, resultou num salto nos atendimentos de saúde da família. "Foi o momento em que conseguimos colocar médicos na zona rural", disse Rosecléia Borges, coordenadora de Atenção Primária em Saúde no município.

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Há três anos, porém, a saída dos médicos cubanos do programa e a redução do número de editais deixaram o município com cinco dos sete profissionais que atuavam. As duas vagas abertas nunca foram repostas. A redução deixou desatendidas cerca de dez mil pessoas de duas comunidades rurais a cerca de 60 quilômetros do centro urbano.

Ao todo, no País, são 3.390 vagas sem preenchimento. Segundo o Ministério da Saúde, o 24.º ciclo do Mais Médicos, em andamento, prevê a ocupação de 1.476 postos.

Lançado ainda na gestão do ex-ministro da Saúde Luiz Mandetta, o Médicos pelo Brasil tinha a proposta de substituir gradativamente um programa pelo outro até eliminar o anterior, em 2022. Mas o atraso na efetivação do novo modelo mudou o cronograma.

O último relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre o Mais Médicos é de 2018. Os auditores identificaram inconformidade nos processos de adesão e seleção dos municípios - ou seja, não se priorizou a demanda dos mais vulneráveis. A CGU também apontou que o Ministério da Saúde não corrigiu falhas e provocou prejuízo, com pagamentos antecipados por serviços não executados.

O Mais Médicos atingiu seu auge em 2015, ano em que nele atuavam 18,2 mil profissionais - 11,4 mil deles cubanos. Em novembro de 2018, após a eleição de Bolsonaro - que fez ferrenha campanha contra a presença dos cubanos - Cuba decidiu pela retirada dos profissionais do País. A saída dos estrangeiros deixou 8.157 postos vagos, muitos em áreas de difícil acesso.

Bolsonaro passou a defender que as vagas surgidas fossem ocupadas por brasileiros. Editais para preenchimento das vagas foram lançados com esse objetivo, mas até abril de 2019, 1.052 brasileiros haviam desistido das posições para as quais foram selecionados.

Regime

O Médicos pelo Brasil tem como principal escopo a contratação pelo regime celetista. Prevê uma bolsa inicial de dois anos até a contratação pelo regime da CLT. O salário inicial de R$ 12 mil aumenta de acordo com a progressão na carreira ou atuação em lugar de difícil acesso.

Crítico do Mais Médicos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) celebrou a chegada do novo programa. "Se não é o ideal, vem atender o grande problema de alocar médicos nas regiões mais carentes do País", afirmou em nota, no lançamento do Médicos pelo Brasil.

O professor Mario dal Poz, do Instituto de Medicina Social Hésio Cordeiro, entende que os resultados do programa anterior não justificaram o investimento. "Se você tivesse um melhor diagnóstico, com estudos mais decentes e aprofundados, poderia ter políticas mais sustentáveis", disse.

Para Nésio Fernandes, vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a contratação pela CLT causará um impacto financeiro muito maior do que a estratégia anterior, com bolsistas. "Isso implicará em limitações de expansão rápida do programa e provimento de médicos para o ciclo", disse.

A gestão do Médicos pelo Brasil caberá à Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps). O conselho do órgão terá na vice-presidência a secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro, conhecida como 'Capitã Cloroquina', cujo indiciamento foi pedido no relatório final da CPI da Covid. A Adaps contratará diretamente as equipes, mas não os gestores locais, e pode celebrar acordos com instituições privadas.

"É uma ruptura absoluta, um descaso contra a institucionalidade", disse Rosana Campos, presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). "Todas as soluções deveriam ser tripartites. O diálogo com secretários estaduais e municipais é imprescindível."

Saúde diz que 5 mil vagas serão preenchidas até março

Ao Estadão, o Ministério da Saúde afirmou que a primeira etapa do Médicos pelo Brasil viabilizará a seleção de até 5 mil profissionais, que já poderão trabalhar a partir de março de 2022. Contudo, 70,5% desses postos são transferências de vagas já ocupadas de um programa para o outro. A pasta informou ainda que os profissionais bolsistas do Mais Médicos continuam recebendo até o fim do contrato.

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) realizada em 2019 apontou que o novo programa se baseou em evidências em sua elaboração, mas não se aprofundou nos aspectos referentes aos usuários. As metas estabelecidas, por exemplo, definiam resultados do ponto de vista da provisão de profissionais, e não dos cidadãos.

Além disso, a avaliação de riscos foi considerada insuficiente. "Embora tenha apresentado justificativas legítimas (...) não se pode assegurar que a solução escolhida para o PMPB (Programa Médicos pelo Brasil) seja a mais eficiente e efetiva, fragilizando o processo decisório", diz o relatório.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Saúde designou o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes como substituto eventual do diretor do Departamento de Logística em Saúde, cargo que até ontem era ocupado por Roberto Ferreira Dias, exonerado nesta madrugada após ser acusado de pedir propina para fechar um contrato para compra de vacina anticovid. Ridauto é assessor do mesmo departamento desde janeiro deste ano. Ele assume a função no lugar de Marcelo Blanco da Costa, dispensado nesta quarta-feira, 30, da tarefa. Militar, Blanco da Costa também foi nomeado assessor da área pelo então ministro Eduardo Pazuello ainda em maio do ano passado.

A troca foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nesta tarde. A portaria com a mudança é assinada pelo secretário executivo do ministério, Rodrigo Otavio Moreira da Cruz.

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Pelo menos por enquanto, Ridauto responderá pela área que era chefiada por Roberto Ferreira Dias. A demissão de Dias já havia sido anunciada na noite de ontem pela pasta e ocorreu depois que o empresário Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da Davatti Medical Supply, afirmar à Folha de S.Paulo que Dias pediu propina para o governo federal fechar contrato de compra de vacinas contra a covid-19.

A propina seria de US$ 1 para cada dose da vacina da AstraZeneca/Oxford adquirida pelo Ministério da Saúde. O laboratório nega, no entanto, que a Davatti Medical Supply seja sua representante. A empresa americana também foi desautorizada pela AstraZeneca no Canadá.

Antes mesmo da denúncia de Dominguetti , o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, Luis Ricardo Fernandes Miranda, chefe de Importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, já haviam citado Roberto Ferreira Dias como participante de um suposto esquema de corrupção envolvendo a aquisição de vacinas.

A indicação de Dias ao cargo na Saúde é atribuída ao ex-deputado Alberto Lupion (DEM-PR), com respaldo do atual líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressitas-PR), que teria sido apontado pelo presidente Jair Bolsonaro, segundo relato do deputado Luis Miranda, como o responsável pelo "rolo" da Covaxin.

O agora ex-diretor do Ministério da Saúde também quase ocupou uma diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no ano passado. Bolsonaro desistiu da indicação após o Estadão/Broadcast mostrar que o diretor havia assinado contrato de R$ 133,2 milhões no Ministério da Saúde com indícios de irregularidade, para compra de 10 milhões de kits de materiais utilizados em testes de covid-19.

A International Board (IFAB, na sigla em inglês) anunciou nesta sexta-feira (28) que a regra da opção de cinco substituições para cada time por jogo, criada por causa da maratona de partidas depois da pandemia do novo coronavírus, será prorrogada até o dia 31 de dezembro de 2022. Ou seja, a decisão também abrange a Copa do Mundo de 2022, que será disputada no Catar entre os dias 21 de novembro e 18 de dezembro do ano que vem.

Esta mudança na "regra 3" do futebol, que estabelece um máximo de três substituições por jogo, foi decidida em março de 2020 e vigorou até o final de 2021 para competições de clubes e até 21 de julho de 2022 para os jogos internacionais.

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O objetivo é "apoiar o bem-estar dos jogadores, até porque o calendário tem sido perturbado, o que muitas vezes leva à condensação das competições", explicou a International Board.

Essa modificação foi criticada quando foi adotada em 2020 por oferecer uma vantagem aos grandes clubes, com elencos mais completos, mas o debate acabou quando as equipes confirmaram o cansaço de seus jogadores por acumular partidas depois de vários meses sem competir.

Paralelamente, algumas competições, incluindo o Europeu Sub-21, testaram uma sexta alteração em caso de concussão cerebral, experiência lançada pela IFAB no final de 2020. A entidade decidiu ainda que "continuará examinando o impacto da pandemia no futebol", frisou em seu

Comunicado oficial. A Fifa tem quatro votos de oito nas decisões da IFAB. Os outros quatro são propriedade histórica das federações de futebol do País de Gales, da Escócia, da Inglaterra e da Irlanda do Norte.

Após especulações, o pedido de demissão do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foi concretizado com a entrega do cargo nesta segunda-feira (29). Entre os nomes cotados para a substituição de Araújo, está o de Luís Fernando Serra, convidado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para ocupar a pasta. Serra é embaixador do Brasil na França e é considerado uma esperança do retorno do “pragmatismo” no Palácio do Itamaraty, após meses de crise e pressão do Congresso para a desocupação do carro-chefe.

A saída do chanceler deverá ser oficialmente comunicada ainda nesta segunda-feira (29). Caso aceite o convite, o novo diplomata trocaria o posto em Paris pelo assento em Brasília. Estima-se que a sua presença possa estreitar as relações do Brasil com os Estados Unidos e a China. Além do embaixador, foram cogitados o senador e ex-presidente Fernando Collor (PROS-AL), que não teria passado por uma boa avaliação entre os aliados de Bolsonaro.

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São mais fortemente mencionados, também, a embaixadora Maria Nazareth Farani, cônsul em Nova York, o embaixador Nestor Forster e o secretário de Assuntos Estratégicos, almirante Flavio Rocha.

Protagonista entre as indicações, Serra chama atenção pelo seu histórico conflituoso com a imprensa e representantes franceses. No comando da embaixada de Paris, o convidado do presidente tem atuação consistente em rebater críticas da imprensa francesa ao governo Bolsonaro. Desde o início do seu mandato, o líder brasileiro protagonizou atritos com o mandatário da França, Emmanuel Macron.

Em 2019, a tensão foi testemunhada mundialmente, após as discussões sobre o desmatamento na Amazônia. À época, Jair Bolsonaro trocou ofensas com Macron e chegou a falar mal da aparência da primeira-dama francesa, Brigitte Macron.

Luís Fernando Serra se tornou próximo a Bolsonaro quando o presidente ainda era um deputado federal e pré-candidato à presidência. O encontro ocorreu em Seul, capital sul coreana, em fevereiro de 2018.

 

Com a saída de Ivete Sangalo do quadro de jurados do programa 'The Voice', a TV Globo cogitava a possibilidade de substituir a baiana pela funkeira Anitta, segundo informações do colunista Flávio Ricco, do portal R7. 

Para a emissora, a poderosa era um bom nome para a substituição devido ao seu poder nas redes sociais e a sua participação na versão mexicana do programa. Mas segundo o colunista, a imagem de Anitta ficou "queimada" após os áudios vazados por Léo Dias, em sua coluna no Metrópoles.

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Nos áudios, a cantora falava das polêmicas entre ela e Ivete, Claudia Leitte e Preta Gil. No final, a decisão da emissora favoreceu o cantor Carlinhos Brown, que assumirá o posto deixado por Ivete.

A Fifa estendeu a permissão para que treinadores realizem cinco substituições por partida até julho do próximo ano. O anúncio feito nesta terça-feira (15) também informa que cada time poderá pedir apenas três pausas para fazer as alterações.

O aumento nas substituições será posto em prática para poupar a condição física dos atletas, que terão tempo de preparação e recuperação reduzido em um calendário apertado de competições. Essa é mais uma medida da maior entidade do Futebol para manter os campeonatos enquanto a cura da Covid-19 não é descoberta.

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Uma atitude antes automática - apertar o botão para abrir a cancela do estacionamento do supermercado - virou, no mundo pós-coronavírus, operação complexa. Fazer o quê? Achar um papel para não tocar onde vários dedos possivelmente contaminados já passaram ou dispensar a proteção e lambuzar as mãos de álcool em gel logo depois? Para evitar esse dilema, redes de supermercados começaram a substituir botões por tecnologias de aproximação, que excluem o toque. É um exemplo de escolhas tecnológicas - às vezes, simples e baratas, outras caras e complexas - que as empresas terão de fazer a partir de agora.

A corrida pela adoção de novas tecnologias se intensificará à medida que as mortes pelo coronavírus no Brasil atingirem novos picos, diz Heitor Salvador, presidente da empresa de segurança corporativa SegurPro. Entre os projetos em andamento, diz o executivo, estão soluções simples, como adaptação de antigas câmeras de segurança para medição de distância entre funcionários, até a substituição de inteiros sistemas de identificação por digital por tecnologias de reconhecimento facial. Ele garante que é possível programar as câmeras para reconhecer pessoas mesmo quando elas usam máscaras para se protegerem da covid-19.

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Investimentos

Entre as empresas que já investiram em tecnologias sem toque estão a Petrobrás e a Vale. A mineradora adquiriu câmeras térmicas capazes de identificar, em um grupo de trabalhadores iniciando um turno em uma mina, um indivíduo com febre. Os equipamentos fazem parte de um lote de 86 câmeras térmicas compradas por R$ 7,5 milhões. As câmeras são capazes de identificar as variações de temperatura - e colorir a silhueta do funcionário potencialmente doente.

A Petrobras trabalha em diferentes frentes. Instalou câmeras térmicas - modelos mais simples, que mostram variações de temperatura de profissionais que passam, um a um, por uma catraca - e trabalha em várias frentes para ampliar a distância social, principalmente nas plataformas de produção, onde o espaço é limitado. O índice de infecção pela covid-19 nesses ambientes é acompanhado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), como mostrou ontem reportagem do Estadão.

Segundo Juliano Dantas, gerente do centro de pesquisa da estatal (Cenpes), a tecnologia sem toque - ou low touch, em inglês - é uma "preocupação central". A companhia analisa seus processos para evitar que superfícies sejam tocada por um grande número de pessoas. "Isso começa pelas catracas", diz Dantas. Sem gastar muito, é possível também aumentar a vigilância de determinados comportamentos, como aglomerações de funcionários. "Uma câmera pode ganhar um novo software e ser 'treinada' para disparar um alarme para dispersar pessoas", explica.

Digital x face

Como lembra Salvador, da SegurPro, alternativas low touch terão de ser adotadas também da "porta para fora" e vão influenciar a relação entre negócios e clientes. É o caso das já mencionadas cancelas de estacionamento e de outros pontos de atendimento, como totens de pagamento e caixas eletrônicos de bancos.

Segundo uma fonte ouvida pelo Estadão, um grande banco brasileiro já estuda trocar a identificação do correntista da impressão digital para a identificação facial.

A empresa japonesa de tecnologia NEC já adota, em sua sede, em São Paulo, sistema de identificação facial em que trabalhadores e visitantes são identificados por uma câmera, que libera o acesso ao prédio, sem necessidade de encostar crachá - e, quase sempre, a mão - numa superfície de uso coletivo. Já a SegurPro oferece uma portaria virtual em que a pessoa se coloca diante de uma tela e apenas mostra o documento a um porteiro que trabalha remotamente, em uma central. Ao "ler" a foto do documento, a solução é capaz de liberar ou não o visitante.

Fator humano

Modificar processos depende, claro, do "fator humano". A fábrica da Volkswagen no ABC Paulista deve retomar atividades no dia 18 deste mês. Para garantir o cumprimento de medidas de segurança, funcionários agirão como monitores e vão separar aglomerações. "Todo mundo vai ter de respeitar. Vamos esquecer hierarquias. O monitor poderá chamar a atenção de qualquer um, até de mim", disse Pablo Di Si, presidente da Volkswagen na América Latina, durante a série de entrevistas Economia na Quarentena, na semana passada.

E sempre haverá formas de driblar regras, alerta Leonardo Fonseca Netto, diretor da NEC. A câmera que identifica funcionários febris, por exemplo, só é capaz de medir a temperatura no momento em que filma a pessoa. "Não sou contra a solução, mas, se a pessoa tiver tomado um antitérmico horas antes e a temperatura estiver temporariamente normal, a câmera não vai identificar nada", pondera. É a prova de que a tecnologia pode ir longe, mas não é capaz de garantir que humanos desenvolvam certas qualidades. Nesse caso, o senso de bem comum.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro começou a procurar nomes que possam substituir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com quem tem divergido publicamente sobre a estratégia de combate ao novo coronavírus. As consultas chegaram ao conhecimento de Mandetta, que, diante da situação constrangedora, avisou a equipe que será demitido.

Bolsonaro receberá nesta quinta-feira (16) no Palácio do Planalto o oncologista Nelson Teich, um dos cotados para assumir o lugar de Mandetta. Consultor da campanha de Bolsonaro, em 2018, Teich tem apoio da classe médica e mantém boa relação com empresários do setor da saúde. O argumento pró-Teich é o de que ele trará dados para destravar debates "politizados" sobre a covid-19. O Estado não conseguiu contato com o oncologista.

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Integrantes da área de saúde afirmam que a ideia não é ceder completamente a argumentos sobre o uso ampliado da cloroquina no tratamento da doença nem à abertura total do comércio - duas questões que opõem Bolsonaro e Mandetta.

Ao conversar com apoiadores em frente ao Alvorada, ontem, Bolsonaro afirmou que resolverá agora a "questão da saúde" para "tocar barco". Questionado se dispensará Mandetta, não respondeu. "Pessoal, estou fazendo a minha parte", disse. Horas depois, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, entregou o cargo.

Nem Mandetta nem o secretário executivo da pasta, João Gabbardo, aceitaram, porém, o pedido. "Entramos no ministério juntos, estamos no ministério juntos e sairemos daqui juntos", disse Mandetta. Oliveira é um dos principais formuladores da estratégia adotada para combater a pandemia, com isolamento social para evitar a propagação do vírus. Bolsonaro sempre foi contra esse modelo, sob o argumento de que o "fechamento" do Brasil levará ao desemprego em massa.

O ministro admitiu haver "descompasso" entre as diretrizes da pasta e a posição de Bolsonaro. "São visões diferentes do mesmo problema. Se tivesse uma visão única seria um problema muito fácil de solucionar, mas não é." Para ele, não se pode recomendar uso generalizado da cloroquina com base em "achismos".

Corrida

A expectativa da demissão de Mandetta alimentou uma corrida entre aliados de Bolsonaro para a escolha de quem deverá comandar a Saúde neste momento de calamidade pública. Bolsonaristas não querem um político na pasta.

Mandetta descobriu que seria demitido após receber ligações de colegas médicos sondados para o cargo. Foi então que ele montou uma operação para anunciar sua saída a subordinados e evitar mais desgaste. "Só Deus para entender o que querem fazer", escreveu Oliveira na carta de despedida enviada aos colegas de ministério, após conversa com o ministro.

O presidente do Conselho Deliberativo do Hospital Israelita Albert Einstein, Cláudio Lottemberg, também foi citado para o cargo. Apesar de filiado ao DEM, Lottemberg preside o Lide Saúde, grupo ligado ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), desafeto de Bolsonaro.

A diretora de Ciência e Inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Ludhmila Hajjar, foi mencionada como possível substituta do ministro. "Não recebi convite, não fui sondada. Sigo tocando minha vida normalmente", disse ela ao Estado.

Os nomes do deputado Osmar Terra (MDB-RS), da oncologista Nise Yamaguchi e do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, perderam força no Planalto.

Embora a popularidade de Mandetta seja maior do que a de Bolsonaro, como indicam pesquisas, sua situação no governo é considerada insustentável desde que elevou o tom do confronto com o presidente. Perdeu, com isso, o apoio do núcleo militar do governo. No Planalto, interlocutores de Bolsonaro dizem que o ministro, agora, quer posar de "vítima" e não têm dúvida de que Doria vai levá-lo para a equipe, com o objetivo de provocar Bolsonaro.

Mapeamento

Com a saída de Mandetta dada como certa, o governo teme que uma debandada nos cargos de segundo escalão leve à paralisia do ministério em meio à pandemia. A preocupação quanto a um possível desmonte da pasta vem do 4.º andar do Planalto, onde ficam os ministros militares. Eles estão mapeando que integrantes de escalões inferiores não são ligados umbilicalmente a Mandetta e poderiam continuar no governo caso se confirme a troca na Saúde.

Mandetta se reuniu ontem à tarde, em clima de despedida, com deputados que integram a comissão sobre o coronavírus. Visivelmente abatido, disse que teria pouco tempo à frente da pasta. "Me desculpem por qualquer coisa aí", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro começa a receber, nesta quinta-feira (16), no Palácio do Planalto cotados para substituir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O primeiro da lista é o oncologista Nelson Teich, que atuou na campanha eleitoral do presidente e tem apoio da classe médica. A decisão sobre o novo titular da Saúde, no entanto, ainda não está tomada, afirmam interlocutores do governo.

Devem participar da conversa com o médico os ministros Walter Braga Netto, da Casa Civil, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo. Teich atuou como consultor informal da área de saúde na campanha eleitoral de Bolsonaro, em 2018. À época, a aproximação ocorreu por meio do atual ministro da Economia, Paulo Guedes. Na transição do governo, Teich foi cotado para comandar a Saúde, mas perdeu a vaga para Mandetta, que havia sido colega de Bolsonaro na Câmara de Deputados e tinha o apoio do governador eleito de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM-GO), agora seu ex-aliado, e de Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que foi chefe da Casa Civil e agora é ministro da Cidadania.

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O oncologista tem o apoio da Associação Médica Brasileira (AMB), que referendou a indicação ao presidente, e possui boa relação com empresários do setor de saúde.

O argumento pró-Teich de parte da classe médica é o de que ele trará dados para destravar debates hoje "politizados" sobre o enfrentamento da covid-19. Integrantes do setor de saúde afirmam que a ideia não é ceder completamente a argumentos sobre uso ampliado da cloroquina ou de isolamento vertical (apenas para idosos ou pessoas em situação de risco), por exemplo. Dizem, porém, que há exageros na posição atual do ministério.

A possível demissão de Mandetta provocou uma corrida entre aliados de Bolsonaro para indicar o sucessor no comando da Saúde. Um dos nomes cotados é o da diretora Ciência e Inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Ludhmila Hajjar. A profissional tem o apoio do médico Antonio Luiz Macedo, cirurgião geral que acompanha o presidente desde que ele foi atingido por uma faca em ato de campanha, sem setembro de 2018. Questionada pela reportagem, a cardiologista negou convite do presidente. "Não fui convidada, não fui sondada. Sigo trabalhando normalmente", disse na noite desta quarta-feira (15).

Na lista de indicações para substituir Mandetta aparece ainda Claudio Lottemberg, presidente do Conselho Deliberativo do Hospital Israelita Albert Einstein. Lottemberg, no entanto, preside o Lide Saúde, grupo ligado ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), desafeto de Bolsonaro.

Os nomes do deputado Osmar Terra (MDB-RS) e do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, perderam força no Planalto, apesar de terem a confiança de Bolsonaro. A leitura é a de que a escolha de um deles não seria bem aceita no Congresso e entre entidades médicas, por causa da mudança radical de discurso que levariam ao ministério. Defensora do uso da hidroxicloroquina, a oncologista Nise Yamaguchi também teria perdido força por ter pouco apoio da classe médica.

Depois de estrear na bancada do Jornal Nacional, em comemoração aos 50 anos do telejornal, Márcio Bonfim está pronto para comandar mais uma atração da TV Globo. O apresentador do NE1, exibido em Pernambuco, irá substituir Tadeu Schmidt no Fantástico.

De acordo com informações do colunista Mauricio Stycer, do Uol, Tadeu será substituído por Márcio no último domingo de dezembro, dia de sua folga. Além do Fantástico, o jornalista foi escolhido para voltar a estar à frente das câmeras do JN em breve.

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A partir de janeiro de 2020, Márcio Bonfim será um dos profissionais que irá apresentar o Jornal Nacional, assumindo o lugar de William Bonner e Renata Vasconcelos no esquema de rodízio aos sábados. 

Nesta sexta-feira (1º), o apresentador Geraldo Luís teve que deixar às pressas o comando do Balanço Geral - SP. Os internautas ficaram sem entender após o comentarista Renato Lombardi assumir inesperadamente o lugar de Geraldo.

Segundo o site Notícias da TV, do colunista Daniel Castro, Geraldo Luís sofreu uma queda súbita de pressão, enquanto estava ao vivo, e precisou se ausentar da atração jornalística por quase 43 minutos. Apesar do improviso de Lombardi, Geraldo voltou ao comando do Balanço Geral sem tocar no assunto.

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A reação na internet foi rápida. "O Renato Lombardi apresenta bem melhor do que o Geraldo Luís. Falando nisso, o que aconteceu com Geraldo que sumiu do ar do nada?", questionou uma pessoa no Twitter. Geraldo Luís não tá apresentando o Balanço Geral? Só tô vendo o Renato Lombardi chamar as reportagens", disparou outra.

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O secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, exonerou ontem o "número 2" do órgão, João Paulo Ramos Fachada, numa manobra para evitar pedidos de demissão em massa de seus auxiliares. Em troca, ele conseguiu preservar o superintendente da Receita no Rio de Janeiro, Mário Dehon, e o responsável pela fiscalização no Porto de Itaguaí (RJ), José Alex Nóbrega de Oliveira, e ganhou tempo para tentar contornar uma crise que ameaça até mesmo sua permanência no cargo.

A reportagem apurou que Fachada resistiu a demitir os dois subalternos no Rio, o que expôs o governo. A opção por rifá-lo foi a saída encontrada para dar uma satisfação ao presidente Jair Bolsonaro e passar a imagem de que tem controle sobre o órgão. A ordem para demissões no Rio havia sido repassada a Cintra ao agora ex-auxiliar atendendo a uma determinação do Palácio do Planalto. O novo subsecretário-geral será José de Assis Ferraz Neto, que atua na área de fiscalização em Pernambuco.

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Cintra negou ingerências sobre o órgão e afirmou ao Estado que "nunca mandou mudar nada". "Sugestão de mudanças, eu recebo 20 por dia, de todos os lados, mas o interesse público prevalece", disse, acrescentando que considera Oliveira, o delegado de Itaguaí, "um ótimo funcionário". "Nenhuma razão para mudar."

A pressão por mudanças na Receita teve como origem o vazamento de investigações realizadas por auditores envolvendo autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF) e reclamações do próprio Bolsonaro sobre investidas do órgão contra seus familiares, o que chamou de "devassa". A acusação é de que auditores do órgão estariam agindo por interesses políticos.

A ameaça de interferência provocou uma crise interna, que ganhou força após a recomendação, por pessoas ligadas a Bolsonaro, da demissão de Oliveira, titular da Delegacia da Aduana de Porto de Itaguaí. A região é alvo da atuação de milicianos no contrabando de armas e outras mercadorias, além de foco de tráfico de drogas. A fiscalização tem sido reforçada no local.

Em mensagem compartilhada entre seus pares no fim de semana, Oliveira apontava a existência de "forças externas que não coadunam com os objetivos de fiscalização". Ameaçado de demissão, ele se reuniu ontem com o superintendente do Rio de Janeiro, Mário Dehon, e após o encontro, disse à reportagem que sua situação estava indefinida. "Não saiu nada no Diário Oficial da União."

A permanência de Oliveira e de Dehon - que também havia recusado dispensar o delegado -, é considerada essencial pelos subsecretários da Receita Federal para afastar o risco de ingerência política nos trabalhos do órgão. Em reunião ontem, em Brasília, com os subsecretários, Cintra se comprometeu a manter os dois no cargo. Diante da promessa, os subsecretários recuaram de um pedido de demissão coletiva.

Os chefes da Receita, no entanto, consideram que ainda existe o risco de comprometimento de investigações, inclusive, as que envolvem autoridades. Um subsecretário disse, na condição de anonimato, que Cintra tem dado "azo" a interferências externas.

Interferência. A troca do subsecretário-geral não encontrou resistência na cúpula da Receita, pois o substituto é considerado um bom técnico, embora pouco conhecido. Ferraz Neto foi o adjunto do atual subsecretário de Tributação, Luiz Fernando Nunes, quando ele comandava a Superintendência da 4ª. Região - Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Segundo um interlocutor de Ferraz Neto, o convite foi inesperado.

À reportagem, Cintra elogiou o novo subsecretário, disse que a escolha foi uma "unanimidade", mas queixou-se do que chamou de "clima de fofoca" na Receita. "A quem interessa? Mudanças organizacionais em uma estrutura de 25 mil pessoas são normais."

O secretário lembrou que, desde o início do governo, a Receita tem passado por reestruturação após a medida provisória que obrigou o corte de cargos comissionados na Esplanada dos Ministérios. Cintra disse que o foco não é "mudança de pessoas", mas de estrutura funcional. "Estamos há meses reduzindo delegacias, agências e cortando pela metade as superintendências."

Autarquia

Ainda não há uma definição do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a possibilidade de a Receita se transformar uma autarquia, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo. A mudança vem no rastro da migração do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Banco Central.

Guedes ficou satisfeito com a "solução" do Coaf e quer um modelo parecido para blindar tecnicamente a Receita. Ele aguarda estudos da sua equipe. A eventual transformação do órgão em autarquia, no entanto, sofre resistência entre os auditores fiscais, que veem riscos de impacto nos trabalhos de investigação.

Bolsonaro terá jantar hoje com os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU). Na pauta, além da situação das contas públicas, estão o acesso a dados sigilosos de autoridades públicas federais por parte de auditores. Uma decisão do ministro Bruno Dantas determinou que a Receita passe a relação de servidores que tiveram acesso a dados - o prazo para resposta ainda não se esgotou. (Colaborou Mariana Durão)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dois novos grupos de paradas seletivas foram ativados na Avenida Conde da Boa Vista, nesta quinta-feira (15). Os módulos substituem o ponto de embarque e desembarque nº 180307 que ficava no canteiro central da via, em frente à Caixa Econômica Federal, sentido cidade/subúrbio. A iniciativa faz parte do projeto de requalificação do corredor e afeta, neste trecho, 34 linhas de ônibus.

Os coletivos que antes eram atendidos por uma única parada, agora serão divididos em dois grupos. O primeiro, com 21 linhas, fará o embarque e desembarque de seus usuários no ponto de nº 180307 que foi instalado na calçada do Banco do Nordeste. São os ônibus:

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243 - Vila Dois Carneiros - via Cais de Santa Rita

311 - Bongi (Afogados) - aos domingos

313 - San Martin (Abdias de Carvalho)

314 - Mangueira

315 - Bongi

321 - Jardim São Paulo (Abdias de Carvalho)

324 - Jardim São Paulo (Piracicaba)

331 - Totó (Jardim Planalto)

341 - Curado I

346 - TI TIP (Conde da Boa Vista)

411 - Plaza Shopping (Dantas Barreto)

414 - Torre

516 - Casa Amarela (Nova Torre)

521 - Alto Santa Isabel (Conde da Boa Vista)

524 - Sítio dos Pintos (Dois Irmãos)

531 - Casa Amarela (Rosa e Silva)

624 - Brejo (Conde da Boa Vista)

644 - Largo do Maracanã

726 - Alto Santa Terezinha (Conde da Boa Vista)

731 - Beberibe (Espinheiro)

1981 - Rio Doce (Conde da Boa Vista) 

Já o outro grupo é formado por 13 linhas que serão atendidas pela parada nº 180308 que foi instalada na calçada da Empresa de Urbanização do Recife (URB). São elas:

014 - Brasília (Conde da Boa Vista)

032 - Setúbal (Conde da Boa Vista)

042 - Aeroporto (Opcional)

061 - Piedade

064 - Piedade (Opcional)

071 - Candeias

100 - Circular (Conde da Boa Vista/Prefeitura)

101 - Circular (Conde da Boa Vista/Rua do Sol)

121 - Vila da Sudene

168 - TI Tancredo Neves (Conde da Boa Vista)

185 - TI Cabo - via Unicap (04 viagens a noite)

214 - UR-02 / Ibura (Opcional)

224 - UR-11 (Opcional) - via Ipsep

Para tirar dúvidas ou enviar sugestões e reclamações, o usuário pode entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cliente (0800 081 0158) ou WhatsApp (99488.3999), exclusivo para reclamações.

 

*Da assessoria

O presidente Jair Bolsonaro determinou uma troca no comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O atual diretor-geral, Janér Tesch Hosken Alvarenga, é oficial de inteligência e servidor de carreira. O substituto será o delegado da Polícia Federal Alexandre Ramagem Rodrigues, que atuou na segurança do presidente na campanha de 2018 e atualmente é assessor especial do ministro Santos Cruz, na Secretaria de Governo.

Questionado na tarde desta quarta-feira, 8, Bolsonaro determinou ao ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, que explicasse a troca. Heleno afirmou que não há traumas na substituição e que ainda não sabe quando haverá a oficialização.

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"Nós vemos uma troca sem traumas não há nada contra o atual diretor da Abin. Troca feita por orientação do presidente, buscando uma nova situação para inteligência", disse Heleno. O ministro afirmou que busca outro perfil do setor de inteligência para comandar a Abin, buscando mais integração e velocidade na troca de informações.

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