Tópicos | sucateamento

A atual gestão da Prefeitura de Sairé, no Agreste de Pernambuco, que está sendo comandada pelo prefeito recém empossado Gildo Dias (PL), denuncia a situação de descaso em que a Secretaria de Saúde da cidade foi deixada pela antiga gestão de Fernando Pergentino (PSB).

A Prefeitura aponta que na farmácia central do município, onde se encontravam os medicamentos que são distribuídos para toda a rede de saúde local, foram encontrados medicamentos com validade vencida. Além disso, o ar-condicionado que deveria ser mantido para regularizar a temperatura das medicações foi retirado, segundo a denúncia. 

##RECOMENDA##

A atual gestão garante que a verba destinada ao município, que deveria ter como finalidade cobrir os gastos da Covid-19, foi utilizada para pagar folha salarial e INSS dos funcionários.  Aparelhos como respiradores, incubadoras, berços aquecidos e outros materiais teriam sido encontrados queimados por falta de manutenção da antiga gestão. 

Confira o vídeo da denúncia

[@#video#@]

Diante de aproximadamente 80 falhas técnicas -advindas de um suposto processo de sucateamento proposital- e o contraste com os reajustes -que já aumentaram a tarifa de R$ 1,60 para R$ 3, só em 2019-, o metrô do Recife deu o primeiro passo para a privatização enquanto sofre um processo interno de "canibalização". De acordo com denúncias recebidas pelo LeiaJá, a frota de trens não roda integralmente pois 14 composições estão paradas em oficinas e cedem suas peças para alimentar outras composições.

De acordo com o site da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), quatro oficinas são destinadas à reparos técnicos. Pessoas com acesso ao setor, optaram por não se identificar, mas denunciaram que no local, composições estão estagnados para reutilização de suas peças.

##RECOMENDA##

"O que tá acontecendo é que vários trens estão ficando paralisados na manutenção e servindo aos próprios trens como se fosse um laboratório para retirada de peças para colocar em alguns que tenham uma condição melhor de rodar[...] Ou seja, é uma canibalização das composições", confirmou o diretor de comunicação do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro).

Atualmente, o serviço de transporte é mantido por apenas 26 trens, entretanto, a totalidade da frota é de 40, confirmou a CBTU ao LeiaJá. Dos 14 que estão fora de operação, 12 são da antiga frota Santa Matilde e dois foram adquiridos em 2012, em uma compra equivalente a cerca R$ 196 milhões, junto com mais 13 composições.

"Não tem peça de recomposição para as composições, não chega dinheiro e não tem condições de repor as peças danificadas", assegurou o representante do Sindmetro.

Esta semana, o LeiaJá já havia publicado sobre o sucateamento supostamente compulsivo, resultante dos cortes no repasse feito pelo Governo Federal. Para 2019, a União reduziu o valor do orçamento anual da entidade para R$ 98 milhões, mas houve um novo decréscimo e o repasse foi estipulado em R$ 56 milhões.

No dia 4 deste mês, um decreto presidencial foi publicado no Diário Oficial da União com a inclusão da CBTU no Programa Nacional de Desestatização (PND). Este foi o primeiro passo para privatizar a entidade, que também opera em Belo Horizonte, Maceió, João Pessoa e Natal.

LeiaJá também:

-->Linha Camaragibe não roda na manhã deste domingo, diz CBTU

-->Sindicato afirma que falhas no metrô são propositais

-->Virando rotina: metrô de Camaragibe amanhece sem operar

-->Passagem do metrô sofrerá novo aumento neste domingo (8)

 

O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), acusou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de sucatear propositalmente o metrô que circula na capital pernambucana e cidades da Região Metropolitana (RMR). A fala do pessebista aconteceu, nesta quarta-feira (4), durante a abertura do Seminário Todos Pernambuco, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.  

“Nós aqui no Recife e na RMR somos testemunha, estão sucateando o metrô. Sucateando de propósito. Somente esse ano, o metrô já parou mais de 80 vezes. O serviço piora a cada dia”, argumentou Geraldo, subindo o tom contra a gestão de Bolsonaro. 

##RECOMENDA##

“É isso que o Governo Federal está fazendo com o transporte das pessoas. É isso que tá sendo feito pelo Governo Federal para quem usa o transporte público. Sucateia, dá pane, para o serviço, piora o metrô e aumenta a passagem em 84%. É isso que esse Governo quer entregar ao povo brasileiro e ao povo nordestino”, emendou.

O aumento na tarifa do transporte citado por Geraldo é aquele escalonado, que foi autorizado pela Justiça, e fará com que o usuário tenha que pagar, em março de 2020, R$ 4,00 pelo serviço. O valor da passagem hoje é de R$ 2,60, mas no próximo domingo (8) já passará a ser de R$ 3,00. 

Já sobre as paralisações, apenas no mês de agosto a circulação das linhas Centro e Sul pararam três vezes. Na última segunda-feira (26), uma pane elétrica interrompeu a circulação do ramal Camaragibe por mais de 24 horas. Dias antes, a linha Sul passou quatro horas sem operar e a linha Centro ficou quatro dias paralisada.

Um relatório interno da Fundação Nacional do Índio (Funai) identificou nove aeronaves sucateadas que deveriam garantir atendimento médico para a população indígena de todo o País. Das aeronaves sob a responsabilidade da Funai, três estão em estado irrecuperável, uma acidentada e o restante inoperante. O documento obtido pela reportagem alerta para a situação de descaso e abandono da frota, com risco até de incêndio no caso de aeronaves que estão estacionadas em gramado no aeroporto internacional de Brasília.

De acordo com o presidente da Funai, Fernando Melo, só o aluguel atrasado com o estacionamento das aeronaves em Brasília já chega a R$ 3 milhões - o triplo do valor que estimado com o leilão das aeronaves nas próximas semanas (R$ 1 milhão). O risco de incêndio ali se deve ao fato de as aeronaves estarem estacionadas no gramado, "um material de fácil combustão" especialmente no período de seca, de acordo com o relatório.

##RECOMENDA##

O governo também esbarra em outro problema apontado pelo relatório: quanto maior o tempo em que uma aeronave permanecer inoperante e desabrigada, maior será o custo financeiro necessário à sua recuperação. "Qualquer gestor público ficaria horrorizado com uma situação dessas. Deve ser aberta sindicância para apurar por que a frota ficou abandonada e se deteriorando ao longo do tempo", disse Melo.

Essas aeronaves eram utilizadas para levar vacinas e medicamentos a regiões indígenas, além de transportar equipe médica e técnicos para visitar as regiões. Em 2010, um decreto assinado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva transferiu a responsabilidade pelas ações de atenção à saúde dos indígenas para o Ministério da Saúde, mas as aeronaves que atendiam as comunidades a serviço da Funai não foram cedidas para essa finalidade.

'Cemitério'

Entre os principais problemas identificados nas aeronaves estão pintura desgastada, sinais de corrosão na estrutura e até sucateamento de equipamentos.

Foi o que foi ocorreu no aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, onde a equipe de vistoria chegou a uma "espécie de cemitério de aeronaves" em matagal encharcado para avaliar "a aeronave ou o que restou dela". "No seu interior não se encontrou mais nada além de um amontoado de restos de forro e de poltrona em decomposição", diz o documento.

Para a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que acompanhou pessoalmente o pente-fino na frota da Funai, o descaso é imperdoável. "Não vamos encontrar todos os culpados, porque a gente percebe que parte da culpa foi a própria burocracia que o sistema impõe. Temos aeronaves em pátios particulares, e a cobrança está chegando. O que nós vamos apurar no leilão não paga o que está sendo cobrado por pátios particulares. É um absurdo, é insuportável ver isso", disse Damares.

Enquanto a frota da Funai se deteriora, a reportagem apurou que o Ministério da Saúde gasta cerca de R$ 80 milhões ao ano com o aluguel de aeronaves particulares contratadas para garantir assistência aos povos indígenas. A hora-voo de uma aeronave custa, em média, R$ 2 mil.

[@#video#@]

Julgamento

O papel da Funai também vai entrar no centro do debate do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 1.º de agosto, quando o tribunal retoma suas atividades. O plenário vai decidir se confirma ou não decisão do ministro Luís Roberto Barroso que suspendeu trecho de medida provisória que transferia a competência para demarcar terras indígenas para o Ministério da Agricultura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O sistema de compartilhamento de bicicletas públicas em Pernambuco, o BikePE, já não é mais o mesmo. Instalado em 2013 por uma parceria entre o governo do estado, a empresa Samba, responsável pelas estações e bicicletas, e o banco Itaú, o serviço ao abandono e a falta de cuidado salta aos olhos: nos pontos que ficam distribuídos por Recife e Região Metropolitana, são facilmente identificadas falhas e precariedade tanto na locação de bicicletas como nas estrutura das mesmas.

Segundo o estudante de Biblioteconomia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Victor Hugo Rizzo, um locatário assíduo das bicicletas, o serviço deixa a desejar em vários aspectos. “Várias vezes já vi gente tentando pegar uma bike e o sistema dizendo que não tinha nenhuma bicicleta disponível - sendo que ela tava lá na frente”. Ele conta também que acontece do sistema estar fora do ar ou simplesmente não ter bicicletas disponíveis nas estações.

##RECOMENDA##

É assim que pensa também o coordenador da Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo), Roderic Jordão. O grupo é voltado para o incentivo do transporte de bicicletas e democratização de vias públicas. "O serviço não tá legal e a gente nem consegue acesso".

De acordo com ele, a maior parte do problema ainda se concentra na estrutura da cidade. “A estrutura da cidade não liga os pontos. O povo tem medo de ser atropelado e não sai mesmo (com as bicicletas)”.

[@#galeria#@]

Governo reconhece precariedade e promete mais atenção

Conforme o gestor em ciclomobilidade da Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer, Jason Torres, o sistema passa por um processo de reestruturação. “A gente tem consciência do sistema precário, mas essa reestruturação está totalmente ligada às falhas no funcionamento e disponibilidade das bicicletas”. Ele explica que nas próximas semanas devem ser anunciadas mudanças, uma vez que ocorrem essas reformas quanto à empresa responsável pela estrutura das bikes e estações.

Quanto à quantidade de bicicletas e estações sucateadas e vandalizadas pela cidade, Torres acredita que não se trata apenas do ato de vandalizar. “É um ponto de fragilidade. O vandalismo nas estações está relacionado com a insatisfação da população com aquele serviço”.

Com relação às projeções futuras, ele esclarece que estão negociando para a concretização do Plano Diretor Cicloviário (PDC), que promete ligar a cidade através de ciclovias. Torres admite o erro quanto aos prazos, uma vez que o projeto foi proposto para 2017, contudo esclarece que estão correndo atrás para que tudo esteja encaminhado até o final de 2018.

Caixões, roupas pretas e coroas de flores. Com estes aspectos fúnebres, profissionais da Polícia Federal (PF) prometem realizar, nesta terça-feira (8), em todo o Brasil, um novo protesto da categoria. Desta vez, o mote da manifestação é o “enterro” da segurança pública no país, uma crítica ao que a categoria chama de crise e sucateamento estrutural do órgão, resultado de um boicote do Governo Federal. 

No Recife, o “velório” da segurança pública vai ser realizado na Superintendência da Polícia Federal, a partir das 10h, na Avenida Cais do Apolo, no bairro do Recife. A categoria critica uma desvalorização da profissão, resultando em cortes de recursos e redução no número de servidores. Agentes, escrivães e papiloscopistas afirmar passar por um congelamento salarial de mais de cinco anos. 

##RECOMENDA##

De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Jones Leal, várias unidades especializadas da PF possuem menos da metade do número ideal de investigadores. “Existem núcleos operacionais de delegacias especializadas com dois ou três agentes federais, e isso significa que uma investigação que deveria durar dois meses vai durar dois nos. É um absurdo, pois crimes são prescritos e os corruptos, e o crime organizado, comemoram o descaso do governo com a Polícia Federal”.

Ano de protestos – Desde o mês de fevereiro, a categoria dos policiais federais vem realizando um calendário de mobilizações, em diferentes formatos. No dia 7 de fevereiro, um “algemaço” foi realizado no Aeroporto Internacional dos Guararapes. Já em março, em tom mais irônico, os agentes entregaram pizzas e vestiram narizes de palhaço, em crítica ao modo como o Governo Federal vem tratando a categoria. 

Com informações da assessoria

Nessa semana, representantes da bancada da oposição usaram a tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para criticar questões relacionadas não somente ao governo do estado, mas também ao Governo Federal. A deputada estadual, Terezinha Nunes (PSDB) denunciou, que a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está sucateada e vai solicitar uma audiência publica para discutir os problemas enfrentados pela comunidade acadêmica.

Ela que também é presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Informática da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) afirmou que muitos funcionários, alunos e professores da instituição a tem procurado para falar sobre o assunto. 

##RECOMENDA##

“Precisamos saber qual é o problema, se é falta de repasse de recursos pelo Governo Federal ou má administração. Não podemos deixar que problemas como os divulgados pela imprensa nos últimos dias continuem sem solução”, comentou a deputada ao citar o caso ocorrido no laboratório do Departamento de Nutrição, onde mais de 40 pesquisas foram perdidas devido à queima de um gerador.

Terezinha Nunes também falou sobre o dossiê apresentado pela Associação dos Docentes da UFPE, que apontou a falta de laboratórios, iluminação, segurança, abastecimento de água e até de acesso à internet, como os principais problemas que afetam também os três campi da instituição.

Ela informou que a situação dos elevadores do Hospital das Clínicas, que passaram meses quebrados, causa transtornos aos pacientes e funcionários, obrigando-os a subir até 11 andares de escadas para se consultarem, realizar exames ou mesmo trabalhar.

Para a audiência pública que ainda não tem uma data marcada, a deputada pretende convidar o reitor, os professores, alunos e as instituições de classe representativas da UFPE. 

Documento sigiloso produzido pelos comandos militares sobre a situação da defesa nacional repassado ao Palácio do Planalto nos últimos dias mostra um sucateamento dos equipamentos das três Forças. Segundo os militares, os dados esvaziam as pretensões brasileiras de obter uma cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, além de inibir a participação do País em missões especiais da ONU.

De acordo com a planilha obtida pela reportagem, a Marinha, que em março mantinha em operação apenas dois de seus 23 jatos A-4, não tem hoje condições de fazer decolar um avião sequer do porta-aviões São Paulo. Com boa parte do material nas mãos de mecânicos, a situação da Marinha se distancia do discurso oficial, cuja missão seria zelar pela área do pré-sal, apelidada de Amazônia Azul.

##RECOMENDA##

Segundo o balanço, que mostrou uma piora em relação ao último levantamento, realizado em março, a situação da flotilha também não é confortável. Apenas metade dos navios chamados de guerra está em operação. Das 100 embarcações, incluídas corvetas, fragatas e patrulhas, apenas 53 estão navegando. Dos cinco submarinos, apenas dois ainda operam. Das viaturas sobre lagartas (com esteiras), como as usadas pelos Fuzileiros Navais para subir os morros do Rio de Janeiro, apenas 28 de 74 estão em operação.

O Ministério da Defesa mantém os dados sob sigilo. A presidente Dilma Rousseff já foi informada das dificuldade que as Forças estão enfrentando e a expectativa, pelo menos da Aeronáutica, é de que a partir do ano que vem o governo retome as discussões em relação à compra dos novos 36 caças brasileiros já que os atuais deixam de voar em 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando