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"Não as talibãs", foi o canto ouvido na noite desta segunda-feira (18) em uma praça da ilha grega de Lesbos, quando solicitantes de asilo se reuniram em uma manifestação contra a chegada dos militantes islamitas ao poder em seu país.

Cerca de 200 migrantes e refugiados do Afeganistão, juntamente com alguns do Irã, agitaram bandeiras afegãs e cantaram. “Viemos mostrar ao mundo o que acontece em meu país”, disse à AFP Amidi Rahmazolla, 35. Sua família está em Cabul, seu pai é idoso e seu irmão está doente.

Amidi diz que seus parentes também querem chegar à Grécia. "Os talibãs são pessoas perigosas. Não querem que os jovens vão à escola, as mulheres não podem ir à universidade", afirmou.

Os manifestantes disseram temer pela sorte de seus parentes no Afeganistão, alguns dos quais não puderam ser localizados. Para esses refugiados e migrantes, os últimos dias foram um pesadelo. "Não consigo dormir, minha família está mal, precisa de dinheiro", contou Abdul haq Salarzay, 29 anos, que está na ilha grega há dois anos.

Salarzay quer conseguir dinheiro emprestado com amigos para trazer a família para a Grécia. No entanto, o ministro grego de Migração e Asilo, Notis Mitarachi, descartou novos fluxos de migrantes do Afeganistão. "Nosso país não será porta de entrada para uma nova onda de refugiados", afirmou hoje à TV local.

A China, que compartilha 76 quilômetros de fronteira com o Afeganistão, afirmou nesta segunda-feira que deseja manter "relações amistosas" com os talibãs, um dia depois da entrada dos insurgentes em Cabul e do colapso do governo.

A China "respeita o direito do povo afegão a decidir seu próprio destino e futuro e deseja seguir mantendo relações amistosas e de cooperação com o Afeganistão", afirmou à imprensa a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying.

"Os talibãs indicaram várias vezes a esperança de desenvolver boas relações com a China", completou a porta-voz, antes de afirmar que a embaixada chinesa em Cabul "continua funcionando normalmente".

O governo chinês classificou nas últimas semanas de "irresponsável" a retirada dos Estados Unidos do Afeganistão, por temer uma guerra civil no país vizinho.

Diante do risco de caos no Afeganistão, o governo chinês iniciou em setembro de 2019 conversações com os talibãs. Uma delegação do movimento foi recebida na época na China.

Pequim incluiu em 2016 o Afeganistão em seu grande projeto de infraestruturas, as "Novas Rotas da Seda". Mas, por falta de segurança, os investimentos chineses foram modestos no país: 4,4 milhões de dólares em 2020, segundo o ministério do Comércio.

O Talibã, que está perto de retornar ao poder no Afeganistão, iniciou em maio uma ampla ofensiva sem encontrar grande resistência, graças à retirada das forças americanas e da Otan.

- Início da retirada das tropas -

Em 1º de maio de 2021, os Estados Unidos e a Otan iniciam a retirada de seus 9.500 soldados, incluindo 2.500 americanos, ainda presentes no Afeganistão.

Combates intensos estouram entre os talibãs e as forças do governo na região de Helmand, no sul. No norte, os insurgentes tomam o distrito de Burka, na província de Baghlan.

Em 8 de maio, um ataque a uma escola para meninas mata mais de 50 pessoas em Cabul. As autoridades atribuem o atentado, o mais mortal em um ano, ao Talibã, que nega.

Em meados de maio, os americanos se retiram da base aérea de Kandahar, uma das mais importantes do Afeganistão.

- Avanço -

Os talibãs tomam dois distritos da província de Wardak, perto de Cabul, antes de conquistarem dois distritos da importante província de Ghazni.

Em 19 de junho, diante do rápido avanço dos insurgentes, o presidente afegão Ashraf Ghani nomeia novos ministros do Interior e da Defesa.

No dia 22, o Talibã toma o posto fronteiriço de Shir Khan Bandar (norte), o principal acesso ao Tadjiquistão. Centenas de soldados afegãos derrotados fogem para o território tadjique.

Os insurgentes assumem o controle das outras passagens para o Tadjiquistão, bem como os distritos que conduzem a Kunduz, capital da província de mesmo nome.

- Americanos deixam Bagram -

Em 2 de julho, as tropas americanas e da Otan devolvem ao Exército afegão a base aérea de Bagram, o centro nevrálgico das operações da coalizão, 50 km ao norte de Cabul.

No dia 4, o Talibã conquista o distrito-chave de Panjwai, a cerca de quinze quilômetros de Kandahar (sul).

- Primeira capital provincial atacada -

No dia 7, o Talibã entra em Qala-i-Naw, a primeira capital de uma província - a de Badghis (noroeste) - atacada pelos insurgentes.

No dia seguinte, o presidente dos EUA, Joe Biden, declara que a retirada de suas forças será "concluída até 31 de agosto".

No dia 9, os talibãs afirmam controlar dois grandes postos de fronteira, com o Irã e o Turcomenistão, na província de Herat (oeste).

De acordo com Moscou, os insurgentes controlam a maior parte da fronteira do Afeganistão com o Tadjiquistão.

- Aeroporto protegido -

Em 11 de julho, as autoridades anunciam que o aeroporto de Cabul está protegido de foguetes e mísseis por um "sistema de defesa aérea".

No dia 13, depois da Alemanha, a França convoca seus cidadãos a deixar o Afeganistão.

O Talibã apreende no dia seguinte um importante posto de fronteira com o Paquistão, no sul.

- Grandes cidades ameaçadas -

Em 27 de julho, a Otan pede uma solução negociada para o conflito, enquanto a ONU alerta para um número "sem precedentes" de vítimas civis.

Em 2 de agosto, Ashraf Ghani atribui a deterioração da situação militar à "repentina" retirada americana, em um momento em que várias grandes cidades estão sob ameaça direta dos insurgentes.

As embaixadas americana e britânica em Cabul acusam o Talibã de ter "massacrado dezenas de civis" no distrito de Spin Boldak, no sul.

No dia seguinte, um ataque contra o ministro da Defesa, o general Bismillah Mohammadi, mata oito civis em Cabul. É reivindicado pelo Talibã, que ameaça outras ações direcionadas em resposta aos bombardeios aéreos do Exército.

- Conquistas estratégicas -

No dia 6, o Talibã conquista sua primeira capital provincial, Zaranj (sudoeste).

Nos dias seguintes, várias grandes cidades do norte caem: Sheberghan, Kunduz, Sar-e-Pul, Taloqan, Aibak e Pul-e Khumri (província de Baghlan), Faizabad, assim como Farah (oeste).

No dia 10, Joe Biden diz não lamentar sua decisão de deixar o Afeganistão, estimando que os afegãos "devem lutar por si próprios".

No dia 11, centenas de membros das forças de segurança se rendem ao Talibã perto de Kunduz.

O presidente Ashraf Ghani chega à cidade sitiada de Mazar-i-Sharif para tentar coordenar a resposta.

- Herat, Kandahar e Mazar-i-Sharif -

No dia 12, o Talibã apreende Ghazni, 150 km a sudoeste de Cabul, depois Herat, a terceira maior cidade do Afeganistão.

Os Estados Unidos e o Reino Unido anunciam o envio de milhares de soldados a Cabul para evacuar diplomatas e cidadãos. Outros membros da Otan também anunciam a evacuação de funcionários de suas embaixadas.

No dia seguinte, o Talibã toma Pul-e-Alam, capital da província de Logar, apenas 50 quilômetros ao sul de Cabul, após tomar Lashkar Gah, capital de Helmand, e Kandahar, a segunda cidade do país.

No dia 14, Ashraf Ghani promete remobilizar o Exército contra o Talibã.

Mas nas horas que se seguiram, os insurgentes conquistam sucessivamente Mazar-i-Sharif (norte) e Jalalabad (leste), a última grande cidade ainda controlada pelo governo.

Neste dia 15, às portas de Cabul, estão prestes a retomar o poder. Seus combatentes receberam ordens de não entrar, enquanto o governo prometeu uma transição pacífica de poder.

Os talibãs lançaram, nesta quarta-feira (7), sua primeira ofensiva contra uma capital provincial do Afeganistão, Qala-i-Naw, desde o início, em maio, de sua campanha contra as forças afegãs deflagrada com a retirada das tropas americanas do país.

Horas depois de o Exército americano anunciar que "mais de 90%" de sua retirada do Afeganistão estava completa, os talibãs entraram esta manhã em Qala-i-Naw, capital da província de Badghis (noroeste).

Desde maio, os talibãs já tomaram grandes áreas rurais do país e se aproximaram de várias cidades importantes.

"É preciso admitir que a guerra está sendo travada, e estamos em uma situação militar muito delicada", disse o ministro afegão da Defesa, Bismillah Mohammadi, em um comunicado divulgado pouco depois.

"Mas esta não é a primeira vez que o Afeganistão passa por momentos difíceis" e "quero tranquilizar todos, nossas forças nacionais (...) usarão todo seu poder e recursos para defender nossa pátria e nosso povo", acrescentou.

Com fuzil no ombro e o peito coberto com carregadores, o governador de Badghis, Hessamuddin Shams, garantiu, em um vídeo postado no Facebook, que "todas as forças de segurança (...) estão defendendo a cidade" e que "o inimigo sofreu baixas e foi derrotado", enquanto um tiroteio ecoava.

Na parte da tarde, em uma mensagem de áudio à AFP, ele afirmou que os talibãs estavam "se retirando" de Qala-i-Naw.

O chefe do conselho provincial de Badghis, Abdul Aziz Bek, disse à AFP que, "na noite passada, autoridades do serviço de segurança da província se renderam aos talibãs, que entraram na cidade na manhã de quarta-feira".

Membro do conselho provincial, Zia Gul Habibi, afirmou à AFP esta tarde que "a situação se estabilizou, já que a cidade não caiu" nas mãos dos talibãs.

"Mas os talibãs ainda estão dentro da cidade, e aviões e helicópteros estão atingindo as posições" dos insurgentes na cidade, acrescentou.

- "Efeito psicológico" -

"Todos ficaram apavorados pela manhã, quando souberam que os talibãs tinham entrado na cidade (...) Rapidamente ouvimos tiros e explosões", contou à AFP Aziz Tawakoli, morador de Qala-i-Naw.

"As explosões são audíveis à distância, helicópteros e aviões sobrevoam a cidade e, às vezes, atingem partes da cidade", acrescentou.

Enquanto isso, nesta quarta-feira, delegações do governo afegão e dos talibãs se reuniram em Teerã, segundo o Ministério das Relações Exteriores do Irã, após meses de negociações paralisadas no Catar.

"Hoje, o povo e os dirigentes do Afeganistão devem tomar difíceis decisões para o futuro do país", comentou o chefe da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif, na abertura das discussões, ao saudar a saída americana do território de seu vizinho.

O porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, confirmou que uma "delegação de alto nível" visitou o Irã "a convite oficial" de Teerã para se reunir com "personalidades afegãs" e discutir "a situação atual e encontrar soluções por meio de conversas".

Iniciada em maio, a retirada das tropas americanas tem-se dado de forma acelerada, apesar do avanço inexorável dos talibãs e do recuo das forças afegãs, agora privadas do apoio aéreo americano crucial.

Na semana passada, as forças dos Estados Unidos e da Otan deixaram a base aérea de Bagram, ao norte de Cabul, a maior instalação militar da coalizão no Afeganistão. Este foi o centro nevrálgico de suas operações desde a entrada das tropas americanas no país, após os ataques de 11 de setembro de 2001.

A retirada total dos militares americanos será concluída até o final de agosto, de acordo com a Casa Branca. Isso encerrará 20 anos de intervenção americana no país, a guerra mais longa já travada pelos Estados Unidos em sua história.

Em junho, os talibãs lançaram um rápido ataque a Kunduz, capital da província de mesmo nome no norte do país. Agora, a entrada dos insurgentes em Qala-i-Naw certamente vai desferir mais um golpe no moral - já consideravelmente enfraquecido - das forças afegãs, de acordo com analistas.

A captura de Qala-i-Naw seria "um sucesso estratégico, porque teria um efeito psicológico nas forças afegãs que estão perdendo terreno rapidamente", explicou Nishank Motwani, pesquisador especializado em Afeganistão.

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Em Doha, onde negociam um acordo de paz com o governo afegão, os talibãs dizem estar dispostos a garantir os direitos das mulheres, mas no Afeganistão as ONGs vivenciam um endurecimento de sua posição nos últimos meses.

Os insurgentes dificultam o acesso aos territórios que controlam, ordenaram o encerramento de programas que promovem a autonomia das mulheres e proibiram as ONGs desses lugares de empregarem equipes femininas, segundo várias organizações.

A AFP falou com representantes de cerca de dez organizações, que pediram o anonimato por medo de represálias.

Todas descrevem um agravamento da situação desde a assinatura em Doha, em fevereiro de 2020, do acordo entre Washington e os talibãs sobre a retirada total das forças americanas até maio, e ainda mais nos últimos meses.

Os talibãs esperam voltar ao poder e estabelecer um governo baseado na lei islâmica, com uma estrutura para os direitos das mulheres.

Mas a comunidade internacional lembra que quando estiveram no poder, entre 1996 e 2001, não permitiam que as mulheres trabalhassem ou estudassem, e as acusadas de adultério eram apedrejadas.

Por conta disso, o respeito aos direitos das mulheres é um elemento-chave nas negociações entre o governo e os insurgentes, que começaram em setembro no Catar, mas que estão estagnadas.

Uma carta de novembro da comissão do Talibã dedicada às organizações humanitárias, da qual a AFP obteve uma cópia, tende a mostrar que os talibãs usam uma linguagem ambígua.

"As ONGs que tiram as mulheres de suas casas em nome da independência econômica, da educação ou do esporte (...) não são de forma alguma aceitáveis", diz.

- Não é nada novo -

Este tom desestabilizou as ONGs, que pouco a pouco encontraram um 'modus vivendi' com o Talibã que lhes permitia ajudar as mulheres em alguns lugares, às vezes inclusive com projetos educativos.

Embora a pressão contra este tipo de atividade não seja "nada novo", observa um alto funcionário humanitário, está se tornando "muito mais oficial e generalizada".

Na carta, o comitê afirma que está disposto a "tomar as medidas necessárias" contra as ONGs que violarem suas instruções.

A mensagem chegou e vários cooperadores, que disseram que se viram obrigados a abandonar os programas em algumas regiões.

Enquanto isso, os talibãs bloquearam o acesso a algumas áreas para as equipes femininas de ONGs.

Segundo duas organizações, os insurgentes disseram ter recebido essas ordens de seu escritório político no Catar.

Sem equipes femininas, as ONGs não podem trabalhar com as mulheres, já que os talibãs não permitem que elas vejam homens que não são membros de sua própria família.

Pelo menos 15 crianças morreram e outras 20 pessoas ficaram feridas nesta sexta-feira (18), em uma explosão perto do local onde participavam de uma cerimônia religiosa, na província de Ghazni (leste) - informaram fontes locais.

"Quinze crianças morreram", afirmou Waheedulah Jumazada, porta-voz do governador da província.

Mais cedo, ele havia informado que uma moto com explosivos foi detonada perto do grupo no distrito de Gilan, nesta província.

Segundo Jumazada, a área onde ocorreu a explosão está sob controle dos talibãs.

Os talibãs e o exército afegão se enfrentam com frequência na província de Ghazni. No final de novembro, ao menos 30 soldados morreram em um atentado suicida com carro-bomba contra uma de suas bases.

O Afeganistão vive uma nova onda de violência e os talibãs realizam ataques quase diariamente contra as forças do governo, principalmente nas áreas rurais, apesar das negociações de paz que estão se desenvolvendo em Doha, capital do Catar, desde setembro.

- Negociações de paz interrompidas -

As negociações foram suspensas até 5 de janeiro. Ambas as partes ainda precisam chegar a um acordo sobre a pauta das discussões.

Os Estados Unidos, em virtude de um acordo separado concluído com os talibãs em fevereiro em Doha, aceitou retirar todas as suas tropas do Afeganistão antes de maio de 2021 em troca de garantias de segurança e do compromisso dos insurgentes de iniciar negociações com o governo de Cabul.

Os ataques dirigidos a personalidades - jornalistas, políticos, religiosos ou defensores dos direitos humanos - também aumentaram nos últimos meses.

Esses ataques não costumam ser reivindicados, mas o governo afegão acusa os talibãs, que também são acusados de tentar ganhar vantagem na mesa de negociações com essa violência.

A capital afegã também foi palco recentemente de ataques sangrentos, reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico, que deixaram várias dezenas de mortos.

Entre janeiro e setembro deste ano, mais de 2.100 civis morreram e mais de 3.800 ficaram feridos no país, de acordo com a missão da ONU no Afeganistão.

O presidente afegão, Ashraf Ghani, pediu que a próxima rodada de negociações ocorra em Cabul, argumentando que era inadequado se reunir em "hotéis de luxo" em Doha.

Negociadores talibãs estavam no Paquistão nesta sexta-feira para se reunir com o primeiro-ministro, Imran Khan, que defendeu uma redução da violência e um cessar-fogo.

O Talibã anunciou que libertará neste domingo (12) um primeiro grupo de prisioneiros, no âmbito de uma difícil troca com as autoridades afegãs, um grande avanço depois que os insurgentes abandonaram as negociações com Cabul na semana passada.

O anúncio ocorre em meio ao medo do fracasso das negociações de troca de prisioneiros, considerados essenciais para a paz.

"Hoje [domingo] serão libertados vinte prisioneiros do governo de Cabul", anunciou o porta-voz do Talibã, Suhail Shaheen, no Twitter. Ele explicou que o grupo será entregue a representantes da Cruz Vermelha na cidade de Kandahar.

O anúncio ocorre após a libertação de vários prisioneiros talibãs pelo governo afegão e depois que o chefe das forças americanas e da OTAN no Afeganistão se reuniu com líderes insurgentes para negociar a redução da violência no país.

Washington assinou um acordo histórico com o Talibã em fevereiro, prometendo a retirada das tropas americanas e estrangeiras do Afeganistão nos próximos meses, sob a condição de que os insurgentes acabem com a violência e comecem a negociar com o governo afegão.

O acordo também obriga as autoridades de Cabul, que não são signatárias do texto, a libertar 5.000 talibãs, e os insurgentes, por sua vez, a libertar 1.000 prisioneiros.

A troca deveria ter acontecido em 10 de março para o início das negociações, mas foi marcada por problemas e desavenças.

Cabul assegurou que o Talibã queria a libertação de 15 de seus "principais comandantes", enquanto os insurgentes acusaram as autoridades afegãs de desperdiçarem seu tempo.

Um pequeno grupo de representantes do Talibã se reuniu com o governo para negociar um programa completo de troca de prisioneiros na semana passada, mas abandonou as negociações quando o governo ofereceu uma libertação gradual de detentos.

O Talibã alertou que sua decisão de libertar um grupo de prisioneiros não significa que as negociações com Cabul estejam recomeçando.

"Não, o processo não voltou, mas é um passo de boa vontade [por parte do Talibã] para acelerar o processo de troca de prisioneiros", disse à AFP o porta-voz dos insurgentes, Zabihullah Mujahid.

Por sua parte, Javid Faisal, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional do Afeganistão, criticou os insurgentes por não terem iniciado o processo mais cedo, dizendo que é necessário reduzir a violência entre ambas as partes e um subsequente cessar-fogo.

"Eles também teriam que preparar uma reunião frente a frente com a República Islâmica do Afeganistão", disse Faisal.

Os insurgentes intensificaram seus ataques às forças de segurança afegãs em todo o país em áreas controladas pelo governo e acusam as forças americanas de ajudar o governo afegão com aviões que causam mortes de civis.

O governo afegão anunciou, nesta quarta-feira (8), a libertação de 100 detentos talibãs, um dia depois de os insurgentes anunciarem uma suspensão das negociações com Cabul sobre uma troca de presos, as primeiras em 18 anos, por considerá-las estéreis.

"Cem prisioneiros talibãs vão ser libertados hoje (quarta)", disse à AFP o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Javid Faisal.

"O processo de paz deve avançar", acrescentou.

Os talibãs afirmaram nesta segunda-feira (30) que não têm planos de implementar um cessar-fogo no Afeganistão, após os rumores sobre um potencial acordo depois de mais de 18 anos de guerra.

"Nos últimos dias, alguns meios de comunicação publicaram informações sobre um cessar-fogo (...) O fato é que o Emirado Islâmico do Afeganistão não tem planos de cessar-fogo", afirma o grupo em um comunicado.

O texto acaba com qualquer esperança de que as negociações em curso dos talibãs com o governo dos Estados Unidos possam acabar com a violência em um país marcado por um longo conflito.

Os combates prosseguem, apesar das negociações de Washington com os talibãs, em uma tentativa de reduzir a presença de tropas americanas no país em troca de concessões dos insurgentes para melhorar a segurança.

O Afeganistão também sofre com a incerteza política depois que as autoridades anunciaram os resultados preliminares das eleições presidenciais, nas quais o atual chefe de Estado Ashraf Ghani está bem posicionado para obter um novo mandato.

A análise das mais de 16.000 denúncias por irregularidades nas eleições de setembro adiou o anúncio dos resultados definitivos.

Os talibãs consideram Ghani um aliado americano e se recusam a negociar com seu governo, o que provoca o temor de prosseguimento dos combates contra as forças afegãs mesmo em caso de acordo para a retirada das tropas dos Estados Unidos.

Os talibãs reivindicaram nesta segunda-feira o ataque que matou um militar dos Estados Unidos no Afeganistão e afirmaram que feriram vários soldados americanos e afegãos.

Em um comunicado enviado à AFP por WhatsApp, o porta-voz dos insurgentes, Zabihullah Mujahid, afirmou que os talibãs "provocaram a explosão de um veículo americano no distrito Char Dara de Kunduz".

Antes da divulgação do comunicado talibã, o exército americano anunciou a morte de um soldado "em ação" no Afeganistão, sem revelar mais detalhes.

A morte acontece no momento em que Washington e os talibãs tentam alcançar um acordo sobre a retirada das forças americanos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu o diálogo no início de setembro, após um atentado em Cabul reivindicado pelos insurgentes que deixou 12 mortos, incluindo um soldado americano.

Ao menos 20 soldados americanos morreram no Afeganistão em 2019, o ani mais letal para as Forças Armadas dos Estados Unidos no Afeganistão desde o fim oficial das operações de combate no fim de 2014.

Mais de 2.400 soldados americanos morreram em combate no Afeganistão desde a invasão liderada pelos Estados Unidos em outubro de 2001.

O ataque desta segunda-feira aconteceu um dia após o anúncio de que o presidente afegão Ashraf Ghani teria a reeleição assegurada, após os primeiros resultados das eleições presidenciais celebradas há dois meses.

Os talibãs consideram Ghani um fantoche dos Estados Unidos.

Os talibãs liberaram, nesta terça-feira (19), no sudeste do Afeganistão o refém americano Kevin King e o australiano Timothy Weeks, que estavam sequestrados desde 2016, informaram fontes da polícia e dos insurgentes.

"Os dois professores universitários foram liberados na zona de Nawbahar, na província de Zabul", afirmou à AFP uma fonte policial, antes de explicar que os reféns foram entregues às forças americanas.

Três porta-vozes talibãs confirmaram a informação e afirmaram que esperam em troca a libertação de prisioneiros talibãs detidos em penitenciárias do Afeganistão.

O presidente afegão, Ashraf Ghani, confirmou recentemente que a liberação dos reféns estrangeiros permitiria a libertação de Anas Haqqani, filho do fundador de um importante braço dos talibãs, e de outros dois insurgentes.

Um comandante dos talibãs afirmou que espera que o "governo afegão e os americanos libertem os três prisioneiros o mais rápido possível".

Ghani admitiu que libertar os insurgentes seria uma decisão muito difícil, embora seja considerada a "condição principal para iniciar negociações extraoficiais" com o objetivo de acabar com o conflito de 18 anos no país.

Os talibãs rejeitaram até o momento qualquer proposta de diálogo das autoridades afegãs, que consideram ilegítimas.

Uma conferência interafegã para "encontrar uma solução para o problema afegão" será realizada em Pequim no final do mês, anunciou à AFP o porta-voz dos talibãs Suhail Shaheen, que excluiu a participação de representantes "de alto nível" do governo.

A delegação talibã, liderada pelo cofundador do movimento, mulá Abdul Ghani Baradar, irá à China nos dias 29 e 30 de outubro, disse.

A grande incógnita continua sendo a identidade dos demais participantes da conferência, pois os talibãs rejeitam a presença de um "representante de alto nível" do governo afegão de Cabul.

Paralelamente, os Estados Unidos e a União Europeia instaram as autoridades afegãs a formar uma "equipe de negociação afegã inclusiva", em comunicado divulgado na terça-feira.

A conferência foi decidida após uma reunião em Doha entre o mulá Baradar, que também é o chefe político do Talibã, e o enviado especial chinês Deng Xijon, segundo Shaheen.

O Talibã rejeita qualquer legitimidade do governo afegão, que ele considera "fantoche" dos Estados Unidos. Essa posição foi reiterada por Shaheen em suas declarações à AFP.

Em maio, opositores políticos do governo afegão se reuniram com uma delegação do Talibã em Moscou.

Pequim já abrigou uma delegação do Talibã em junho e, em seguida, no final de setembro, após a suspensão pelo presidente americano Donald Trump de conversas com os insurgentes sobre a retirada das tropas americanas do Afeganistão em troca de uma série de contrapartidas.

O líder dos negociadores talibãs afirmou, nesta quarta-feira, que a "porta está aberta" para a continuidade das negociações com os Estados Unidos, um dia depois de dois atentados que mataram pelo menos 48 pessoas no Afeganistão.

"Do nosso lado, a porta está aberta para seguir negociando", afirmou Sher Mohamad Abbas Stanikzai à BBC.

Abbas Stanikzai também confirmou a autoria dos talibãs nos recentes atentados, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em 7 de setembro a decisão de romper as negociações de paz no Afeganistão em consequência da morte de um soldado americano em um atentado no início do mês.

Ele afirmou que Washington também reconheceu que matou milhares de talibãs enquanto os dois lados negociavam. Stanikzai disse ainda que os insurgentes não fizeram nada de errado em seguir lutando durante as discussões.

O presidente americano decidiu no início do mês romper as negociações, quando tudo parecia indicar um acordo de paz iminente, que teria permitido uma retirada americana do Afeganistão após 18 anos de conflito.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, abriu a porta para uma nova rodada de negociações, mas advertiu que os talibãs deveriam mostrar um "compromisso evidente".

Ao menos 26 pessoas morreram na terça-feira em um atentado durante um comício do presidente afegão, Ashraf Ghani, na província de Parwan (centro). Outra explosão, poucas horas depois, deixou 22 mortos na capital Cabul.

Os atentados também deixaram dezenas de feridos.

O grupo insurgente ameaçou cometer novos ataques nas próximas semanas, antes das eleições presidenciais de 28 de setembro.

Os talibãs afirmaram neste domingo (8) que os Estados Unidos "vão sofrer mais do que ninguém", embora tenham deixado a porta aberta para futuras negociações, depois que o presidente Donald Trump suspendeu, de repente, as conversas em curso.

O objetivo destas negociações que se arrastam há mais de um ano é pôr fim à mais longa guerra em que os Estados Unidos já se envolveram.

"Ainda (...) acreditamos que o lado americano voltará a esta posição (...) Nossa luta durante os últimos 18 anos tinha de ter mostrado aos americanos que não ficaremos satisfeitos até vermos o fim completo da ocupação", tuitou o porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, reagiu, afirmando neste domingo que os EUA estão dispostos a reabrir as negociações, se os talibãs mudarem de atitude e respeitarem seus acordos.

Pompeo disse também que o presidente Donald Trump "ainda não decidiu", se levará adiante a decisão de retirar os milhares de soldados americanos estacionados no Afeganistão, conforme previsto no projeto de acordo em discussão com os talibãs.

Os talibãs iniciaram neste sábado uma ofensiva contra a cidade estratégica de Kunduz (norte do Afeganistão), atacada em várias ocasiões nos últimos anos.

A ofensiva acontece no momento em que os talibãs e representantes dos Estados Unidos prosseguem com as negociações em Doha sobre um futuro acordo de paz que poderia resultar em uma expressiva redução da presença militar americana no Afeganistão.

A ofensiva, por várias frentes, teve início na madrugada de sábado.

"Até o momento, oito combatentes talibãs morreram ao leste e oeste de Kunduz", afirmou à AFP o porta-voz da polícia local, Sayed Sarwar Husaini.

"Os combates continuam. Unidades de reforço chegaram à cidade e tentam respondes os ataques talibãs", completou.

Tiros eram ouvidos em quatro zonas de Kunduz, cidade próxima da fronteira com o Tadjiquistão.

O porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, afirmou que vários pontos importantes da cidade caíram nas mãos dos insurgentes.

"Os talibãs atacaram a cidade de Kunduz a partir de vários acessos. Agora estamos na cidade e ocupamos vários edifícios públicos", declarou Zabihullah.

Em 2015, os talibãs assumiram o controle de Kunduz durante alguns dias, mas foram expulsos pelo exército afegão, que recebeu o apoio da aviação americana.

Os Estados Unidos e os talibãs se reuniram neste sábado em Doha, retomando potencialmente as decisivas conversas para alcançar um acordo que permita a retirada das tropas americanas do Afeganistão.

"Fizemos progressos e agora estamos discutindo o mecanismo de implementação e alguns aspectos técnicos", disse à AFP o porta-voz talibã Suhail Shaheen neste sábado, referindo-se às discussões mantidas dois dias antes. "O acordo se completará depois de um pacto sobre esses pontos", acrescentou.

O segundo dia da nona rodada de diálogo estava previsto para sexta-feira, mas "ambos os lados decidiram adiá-lo para sábado", explicou, referindo-se como motivo a "outros compromissos".

Shaheen assegurou que qualquer pacto será anunciado à imprensa, assim como os representantes dos países vizinhos e a China, a Rússia e os Estados Unidos.

Ambos os lados negociadores negaram informações divulgadas pela mídia neste sábado segundo as quais se teria discutido criar um governo interino no Afeganistão com a presença talibã.

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Os talibãs fecharam dezenas de centros de saúde administrados por uma ONG sueca, uma decisão que afeta milhares de pessoas, especialmente mulheres e crianças, informou a organização nesta quarta-feira.

Os fechamentos afetaram a província de Wardak, a oeste de Cabul, onde o Talibã fechou 42 das 77 unidades de saúde administradas pelo Comitê Sueco para o Afeganistão (SCA), segundo um comunicado.

Impedir que as pessoas tenham acesso a cuidados médicos desta maneira "é uma clara violação dos direitos humanos e do direito internacional", disse o diretor da SCA no país, Sonny Mansson. A ação atinge cerca de seis mil pacientes, segundo a ONG.

"Exigimos a reabertura imediata de todos os centros de saúde e pedimos que todas as partes envolvidas no conflito se abstenham de ações desse tipo que comprometam deliberadamente a vida de civis", continuou ele.

Os talibãs, por sua vez, não fizeram comentários, mas no passado fecharam centros de saúde e proibiram campanhas de vacinação contra a pólio nas áreas rurais sob seu controle. Médicos e hospitais têm sido alvo de muitas décadas de conflito no Afeganistão.

No ano passado, o Talibã alertou o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) de que não mais garantiriam a proteção de seus funcionários, o que levou a organização a reduzir significativamente suas atividades no território.

Um bombardeio da aviação afegã contra uma escola corânica, acusada de acolher uma reunião dos talibãs perto de Kunduz, nordeste do Afeganistão, deixou várias vítimas, incluindo civis, informaram fontes do serviços de segurança.

No momento do ataque, acontecia na escola uma cerimônia de entrega de diplomas na presença de líderes talibãs e muitos estudantes.

De acordo com o médico Naim Mangal, responsável pelo hospital regional, "vários mortos e ao menos 15 civis feridos, incluindo crianças", foram levados ao seu centro médico, localizado a 50 km do distrito de Dashte Archi, onde aconteceu o ataque.

Fontes da segurança e testemunhas informaram a presença de muitos civis, reunidos para a cerimônia de conclusão dos estudos.

"Estávamos dentro da mesquita Akundzada, onde acontecia a cerimônia de 'entrega de turbantes'. Além dos alunos e civis, havia alguns talibãs, talvez oito ou nove, mas eram convidados", informou uma testemunha, Mohamad Isqhaq, à televisão afegã Tolo News.

"Quando escutaram os aviões, as crianças começaram a gritar que seriam bombardeadas, mas os mais velhos pediram calma. Pouco depois, as bombas atingiram a mesquita", acrescentou o homem que viu "muitos mortos e feridos". Um fotógrafo da AFP viu muitas crianças e adolescentes entre os feridos.

Segundo um porta-voz da Defesa, Mohammad Radmanish, ao menos 20 talibãs, entre eles comandantes da Unidade Vermelha, uma unidade de elite, morreram no ataque.

"Membros da Shura (conselho dos talibãs) de Quetta (no Paquistão) estavam presentes", disse o porta-voz, para quem esta escola servia "praticamente como um centro de treinamento" para os insurgentes.

"De acordo com nossas informações, os talibãs estavam preparando ataques contra alvos do governo no distrito de Dashte Archi", disse ele. Uma fonte da segurança disse à AFP que era uma nova tática do Talibã, que "se esconde em madrasas (escolas religiosas) para escapar dos ataques aéreos".

O Talibã afirmou em um comunicado que "pelo menos 150 religiosos e estudantes morreram ou ficaram feridos" neste ataque.

"O inimigo bombardeou uma cerimônia de entrega de diploma realizada em uma escola religiosa, e muitos estudantes e religiosos estavam presentes", afirmou, conclamando as "organizações de direitos humanos e a mídia a investigarem".

A região de Kunduz (nordeste) é de difícil acesso. A maioria dos serviços de comunicação é interrompida após as 16h00 e até a manhã seguinte. Segundo a população, o Talibã interrompe o serviço para impedir que os habitantes forneçam informações às forças do governo. O distrito de Dashte Arshi, localizado no nordeste da província de Kunduz, tem uma forte presença talibã.

De acordo com várias fontes da segurança, o ataque foi às 13h00 por bombardeiros do exército afegão, aviões A-29 de fabricação brasileira que o exército afegão, em reconstrução, começou a receber no final de 2016.

A missão da ONU (Manua), que contabiliza as vítimas civis do conflito, registrou mais de 630 civis afegãos mortos e feridos em bombardeios aéreos em 2017.

Um casal americano-canadense mantido refém pelos talibãs apareceu em um vídeo pela primeira vez com seus dois filhos, nascidos em cativeiro, e pediu que o presidente Barack Obama e que o presidente eleito Donald Trump garantam sua libertação.

O canadense Joshua Boyle e sua esposa americana Caitlin Coleman tiveram dois filhos depois de terem sido sequestrados no Afeganistão em 2012 durante uma viagem. No vídeo de quatro minutos divulgado pelo grupo de inteligência SITE, o casal é mostrado com seus dois filhos pequenos no colo.

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"Esperamos desde 2012 que alguém entenda nossos problemas", declara Coleman no vídeo, apelando para que Obama e Trump resgatem sua família.

Não ficou claro se Coleman, que indicou que o vídeo foi gravado no dia 3 de dezembro, estava lendo o que dizia.

O casal havia aparecido pela última vez em vídeo em agosto, sem os filhos, convocando seus governos a pressionar Cabul a mudar sua política de execuções de insurgentes capturados.

No início de maio, Cabul enforcou seis prisioneiros ligados ao Talibã, no primeiro conjunto de execuções realizadas como parte da nova política de linha dura do presidente Ashraf Ghani contra os militantes, que estão intensificando sua ofensiva nacional.

O porta-voz do grupo Talibã, Zabihullah Mujahid, disse que não poderia comentar imediatamente o último vídeo quando foi contactado pela AFP.

Também não houve uma reação imediata do departamento de Estado dos Estados Unidos ou do governo afegão.

No início deste ano, os pais de Caitlin, James e Lyn Coleman, que moram na Pensilvânia, apelaram aos talibãs para que libertassem o casal e seus dois filhos pequenos.

Os Colemans viram sua filha pela última vez em julho de 2012, quando ela partiu para a Rússia em uma viagem com Boyle que também os levou à Ásia Central e posteriormente ao Afeganistão.

Os pais de Caitlin contaram ao Circa News que receberam uma carta de sua filha em novembro como prova de que ela e Boyle ainda estavam vivos, e anunciando que ela havia dado à luz um segundo filho.

O casal também foi visto em um vídeo enviado aos seus pais em 2013 no qual pediam ao governo americano e as suas famílias que garantissem sua libertação.

Os Colemans divulgaram o vídeo depois que Bowe Bergdahl, um sargento do exército americano mantido prisioneiro por cinco anos no Afeganistão, foi libertado em uma troca de presos.

Uma escola para meninas na conturbada região noroeste do Paquistão foi dinamitada neste sábado, um ato reivindicado pelos talibãs. Não foram registradas vítimas, informou à AFP uma autoridade local da segurança, mas os explosivos destruíram três das cinco salas de aula desta escola primária pública para meninas do vilarejo de Tiarza, localizado na região tribal do Waziristão do Sul, na fronteira com o Afeganistão.

Azam Tariq, porta-voz do Talibã, reivindicou a responsabilidade pelo ataque, dizendo que a escola havia sido alvo porque é gerida por militares e porque o grupo se opõe à educação das mulheres. Ele explicou que o Talibã havia capturado 18 pessoas, incluindo guardas da escola e agricultores, antes de colocar os explosivos na escola. Os reféns foram liberados.

Desde a chegada do exército nas áreas tribais em 2002 para lutar contra o Talibã, centenas de escolas foram atacadas com explosivos.

O exército intensificou sua ofensiva na região após o massacre pelo Talibã de 153 pessoas, a maioria estudantes, em dezembro de 2014, em Peshawar, que chocou o país. No mês passado, talibãs armados atacaram uma universidade em Charsadda (noroeste), matando 21 pessoas.

Uma facção dos talibãs paquistaneses reivindicou a responsabilidade pelo ataque e prometeu fazer o mesmo em outras escolas em todo o país.

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